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1 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE TEODORO SAMPAIO PREÂMBULO O povo desta comunidade, invocando a proteção de Deus, imbuídos do mais alto espírito de patriotismo, fraternidade e justiça, por seus representantes, decreta e promulga a seguinte Lei Orgânica do Município de Teodoro Sampaio. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PERMANENTES CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ART. 1º - O Município de Teodoro Sampaio, em união indissolúvel ao Estado de São Paulo e à República Federativa do Brasil, constituído, dentro do Estado Democrático de Direito, em esfera de governo local objetiva, na sua área territorial e competência, o seu desenvolvimento com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, exercendo o seu poder de decisão dos munícipes, pelos seus representantes eleitos ou diretamente, nos Termos desta Lei Orgânica, da Constituição Estadual e da República. Parágrafo Único - A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégios de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ART. 2º - O Município de Teodoro Sampaio, Estado de São Paulo, pessoa jurídica de direito público interno, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á pelas Constituições da República, do Estado de São Paulo e por esta Lei Orgânica, votada e aprovada por sua Câmara Municipal. ART. 3º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Parágrafo Único - São símbolos do Município a Bandeira, o Brasão e o Hino, representativos de sua cultura e história. ART. 4º - Constituem bens do Município todos os móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe pertençam.

Lei Organica

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LEI ORGÂNICA TEODORO SAMPAIO SP

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    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE TEODORO SAMPAIO

    PREMBULO

    O povo desta comunidade, invocando a proteo de Deus, imbudos do mais

    alto esprito de patriotismo, fraternidade e justia, por seus representantes, decreta e

    promulga a seguinte Lei Orgnica do Municpio de Teodoro Sampaio.

    TTULO I

    DAS DISPOSIES PERMANENTES

    CAPTULO I

    DA ORGANIZAO DO MUNICPIO

    SEO I

    DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    ART. 1 - O Municpio de Teodoro Sampaio, em unio indissolvel ao

    Estado de So Paulo e Repblica Federativa do Brasil, constitudo, dentro do

    Estado Democrtico de Direito, em esfera de governo local objetiva, na sua rea

    territorial e competncia, o seu desenvolvimento com a construo de uma

    comunidade livre, justa e solidria, fundamentada na autonomia, na cidadania, na

    dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no

    pluralismo poltico, exercendo o seu poder de deciso dos muncipes, pelos seus

    representantes eleitos ou diretamente, nos Termos desta Lei Orgnica, da

    Constituio Estadual e da Repblica.

    Pargrafo nico - A ao municipal desenvolve-se em todo o seu territrio,

    sem privilgios de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e

    sociais, promovendo o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo,

    cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.

    ART. 2 - O Municpio de Teodoro Sampaio, Estado de So Paulo, pessoa

    jurdica de direito pblico interno, no pleno uso de sua autonomia poltica,

    administrativa e financeira, reger-se- pelas Constituies da Repblica, do Estado

    de So Paulo e por esta Lei Orgnica, votada e aprovada por sua Cmara Municipal.

    ART. 3 - So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o

    Legislativo e o Executivo.

    Pargrafo nico - So smbolos do Municpio a Bandeira, o Braso e o

    Hino, representativos de sua cultura e histria.

    ART. 4 - Constituem bens do Municpio todos os mveis e imveis,

    direitos e aes que a qualquer ttulo lhe pertenam.

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    Pargrafo nico - O Municpio tem direito participao no resultado

    da explorao de petrleo, gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de

    energia eltrica e de outros recursos minerais no seu territrio.

    ART. 5 - A sede do Municpio d-lhe o nome e tem a categoria de cidade.

    SECO II

    DA DIVISO ADMINISTRATIVA DO MUNICPIO

    ART. 6 - O Municpio poder dividir-se, para fins administrativos em

    Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei aps consulta

    plebiscitaria populao diretamente interessada, observada a legislao estadual e o

    atendimento aos requisitos estabelecidos no art. 7 desta Lei Orgnica.

    1 - A criao do Distrito poder efetuar-se mediante fuso de dois ou mais

    Distritos, que sero suprimidos, sendo dispensada, nessa hiptese, a verificao dos

    requisitos do art. 7 desta Lei Orgnica.

    2 - A extino do Distrito somente se efetuar mediante consulta

    plebiscitaria populao da rea interessada.

    3 - O Distrito ter o nome da respectiva sede, cuja categoria ser de vila.

    ART. 7 - So requisitos para a criao de Distrito:

    I - populao, eleitorado e arrecadao no inferiores a quinta parte exigida

    a criao de Municpio;

    II - existncia, na povoao-sede, de pelo menos, cinqenta moradias,

    escola pblica, posto de sade e posto policial.

    Pargrafo nico - A comprovao do atendimento s exigncias

    enumeradas neste artigo far-se- mediante:

    a) Declarao, emitida pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica de estimativa de populao;

    b) Certido, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o nmero de eleitores;

    c) Certido, emitida pelo agente municipal de estatstica ou pela repartio fiscal do Municpio, certificando o nmero de moradias;

    d) Certido do rgo fazendrio estadual e do municipal certificando a arrecadao na respectiva rea territorial;

    e) Certido emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educao, de Sade e de Segurana Pblica do Estado, certificando a

    existncia de escolas pblicas e dos postos de sade e policial na

    povoao-sede.

    ART. 8 - Na fixao das divisas sero observadas as seguintes normas:

    I - evitar-se-o, tanto quanto possvel, formas assimtricas,

    estrangulamentos e alongamentos exagerados;

    II - dar-se- preferncia, para a delimitao, as linhas naturais, facilmente

    identificveis;

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    III - na inexistncia de linhas naturais, utilizar-se- linha reta, cujos

    extremos, pontos naturais ou no, sejam facilmente identificveis e tenham

    condies de fixidez.

    Pargrafo nico - As divisas distritais sero descritas trecho a trecho, salvo

    para evitar duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.

    ART. 9 - A alterao de diviso administrativa do Municpio somente pode

    ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleies municipais.

    ART. 10 - A instalao do Distrito se far perante o Juiz de Direito da

    Comarca, na sede do Distrito.

    CAPTULO II

    DA COMPETNCIA DO MUNICPIO

    SECO I

    DA COMPETNCIA PRIVATIVA

    ART. 11 - Ao Municpio compete prover a tudo quanto diga ao seu peculiar

    interesse e ao bem estar de sua populao, cabendo-lhe, privativamente, dentre

    outras, as seguintes atribuies:

    I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    II - suplementar a legislao federal e a estadual, no que couber;

    III - elaborar o plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

    IV - criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislao estadual

    e esta Lei Orgnica;

    V - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do

    Estado, programas de educao pr - escolar e de ensino fundamental;

    VI - elaborar o oramento anual e plurianual de investimentos;

    VII - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar as suas prprias

    rendas;

    VIII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preos pblicos;

    IX - dispor sobre organizao, administrao e execuo dos servios

    locais;

    X - dispor sobre administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos;

    XI - organizar o quadro e estabelecer o regime jurdico nico dos

    servidores pblicos;

    XII - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concesso ou

    permisso, os servios pblicos locais, nos termos da legislao federal especfica,

    em especial a Lei 11.445/07; (Emenda 008/07).

    XIII - planejar o uso e a ocupao do solo em seu territrio, especialmente

    em sua zona urbana;

    XIV - estabelecer normas de edificao, de loteamento, de arruamento e de

    zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticas convenientes

    ordenao do seu territrio, observada a lei federal;

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    Pargrafo nico - a lei complementar regulamentar os loteamentos

    ou empreendimentos mobilirios que por ventura, estabelecendo que os mesmos

    devero respeitar e conservar as reas naturais, no colocando em risco a

    conservao do solo e da gua, sendo necessrio para tal a utilizao e planejamento

    conservacionista para implantao de tais empreendimentos.

    XV - conceder e renovar licena para localizao e funcionamento de

    estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servios e quaisquer outros;

    XVI - cassar a licena que houver concedido ao estabelecimento que no

    cumprir a legislao atravs do Cdigo Sanitrio e se tornar prejudicial sade,

    higiene, ao sossego, segurana ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade ou

    determinando o fechamento do estabelecimento.

    XVII - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de

    seus servios, inclusive dos seus concessionrios;

    XVIII - regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens

    pblicos de uso comum;

    XIX - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente

    no permetro urbano, determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes

    coletivos;

    XX - fixar os locais de estacionamento de txis e demais veculos;

    XXI - conceder, permitir ou autorizar os servios de transporte coletivo

    e de txis, fixando as respectivas tarifas;

    XXII - fixar e sinalizar as zonas de silncio e de trnsito e trfego em

    condies especiais;

    XXIII - disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem

    mxima permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais;

    XXIV - tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria quando

    houver;

    XXV - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como

    regulamentar e fiscalizar sua utilizao;

    XXVI - prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos remoo e

    destino do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza;

    XXVII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para

    funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, observadas

    as normas federais pertinentes;

    XXVIII - dispor sobre os servios funerrios e de cemitrios;

    XXIX - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixao

    de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de

    publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal;

    XXX - prestar assistncia nas emergncias mdico-hospitalares de pronto-

    socorro, por seus prprios servios ou mediante convnio com instituies

    especializadas;

    XXXI - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao

    exerccio do seu poder de polcia administrativa;

    XXXII - fiscalizar nos locais de vendas, pesos, medidas e condies

    sanitrias do gneros alimentcios;

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    XXXIII - dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias

    apreendidos em decorrncia de transgresso da legislao municipal;

    XXXIV - dispor sobre registro, vacinao e captura de animais, com a

    finalidade precpua de erradicar as molstias de que possam ser portadores ou

    transmissores;

    XXXV - promover os seguintes servios:

    a) - mercados, feiras e matadouros; b) - construo e conservao das estradas e caminhos municipais; c) - transportes coletivos municipais e intermunicipais; d) - iluminao pblica;

    XXXVI - regulamentar o servio de carros de aluguel, inclusive o uso de

    taxmetro;

    XXXVII - assegurar a expedio de certides requeridas s reparties

    administrativas municipais, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situaes,

    estabelecendo os prazos de atendimento.

    1- As normas de loteamento e arruamento a que se refere o inciso

    XIV deste artigo devero exigir reserva de reas destinadas a:

    a) - zonas verdes e demais logradouros pblicos; b) - vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas de

    esgotos e de guas pluviais nos fundos dos vales;

    c) - passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais com largura mnima de dois metros nos fundos de lote,

    cujo desnvel seja superior a um metro da frente ao fundo.

    2 - Dever o Poder Executivo, manter convnio com entidades

    pblicas visando um planejamento completo do grau de eroso das estradas e

    caminhos municipais, para realizao de obras de conteno das guas, atravs de

    manejo integrado que vise a integrao racional do uso do solo e da gua,

    construindo bacias de captao de guas pluviais, tobogans e demais obras que

    beneficiem o trfego ininterrupto nessas estradas ou caminhos.

    SEO II

    DA COMPETNCIA COMUM

    ART. 12 - da competncia administrativa comum do Municpio, da Unio e

    do Estado, observada a lei complementar federal, o exerccio das seguintes medidas:

    I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies

    democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II - cuidar da sade e da assistncia pblica, da proteo e garantia das

    pessoas portadoras de deficincias;

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valores histrico,

    artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios

    arqueolgicos;

    IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e

    de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;

    V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;

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    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de

    suas formas;

    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

    VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento

    alimentar;

    IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das

    condies habitacionais e de saneamento bsico;

    X - combater as causas de pobreza e os fatores de marginalizao,

    promovendo a interao social dos setores desfavorecidos;

    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de

    pesquisas, explorao de recursos hdricos e minerais, respeitando a legislao

    federal, estadual, e desta Lei Orgnica em seu territrio;

    XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do

    trnsito;

    XII - proteger a populao contra as doenas infecto-contagiosas, com

    medidas preventivas.

    SEO III

    DA COMPETNCIA SUPLEMENTAR

    ART. 13 - Ao Municpio compete suplementar a legislao federal e a estadual

    no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse, adaptando

    nossa realidade local.

    CAPTULO III

    DAS VEDAES

    ART. 14 - Ao Municpio vedado:

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o

    funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relaes de dependncia

    ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

    II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncia entre si;

    IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes

    aos cofres pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servio de alto-falante ou

    qualquer outro meio de comunicao, propaganda poltico - partidria ou fins

    estranhos administrao;

    V - outorgar isenes e anistias fiscais, ou permitir a remisso de dvidas,

    sem interesse pblico justificado, sob pena de nulidade do ato;

    VI - estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer

    natureza, em razo de sua procedncia ou destino;

    VII - estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de

    tributos, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo

    Poder Pblico Municipal;

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    1 - A vedao contida no inciso VII extensiva s autarquias e s

    fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, no que se refere ao patrimnio,

    renda e aos servios vinculados s suas finalidades essenciais ou s delas

    decorrentes;

    2 - As vedaes do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio,

    renda e aos servios relacionados com explorao de atividades econmicas regidas

    pelas normas aplicveis e empreendimentos privados, ou em que haja contra-

    prestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente

    comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel;

    TTULO II

    DA ORGANIZAO DOS PODERES

    CAPTULO I

    DO PODER LEGISLATIVIO

    SECO I

    DA CMARA MUNICIPAL

    ART. 15 - O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara

    Municipal.

    Pargrafo nico - Cada legislatura do Municpio ter durao de quatro anos

    compreendendo cada ano uma sesso legislativa.

    ART. 16 - A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo sistema

    proporcional como representantes do povo com mandato de quatro anos.

    1- so condies de elegibilidade para o mandato de vereador na forma da

    lei federal

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o pleno exerccio dos direitos polticos;

    III - o domiclio eleitoral na circunscrio;

    IV - a filiao partidria;

    V - a idade mnima de dezoito anos, e

    VI - ser alfabetizado;

    2 - A Cmara Municipal de Teodoro Sampaio ser composta de 11 (onze)

    vereadores. (Emenda 005/2008 LOM, de 29.12.2008)

    ART. 17 - A Cmara Municipal, reunir-se- anualmente, na sede do Municpio,

    de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 01 de agosto a 22 de dezembro. (Emenda

    006/07)

    1- (Suprimido) Emenda 001/07 2 - A Cmara se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou solenes,

    conforme dispuser o seu regimento interno.

    3 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-:

    a) pelo Prefeito, quando este entender necessrio;

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    b) pelo Presidente da Cmara para o compromisso de posse do Prefeito e Vice-Prefeito;

    c) pelo Presidente da Cmara ou requerimento da maioria dos membros da casa, em caso de urgncia ou interesse pblico

    relevante.

    4 - Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal somente

    deliberar sobre a matria para qual foi convocada, vedado o pagamento de qualquer

    parcela indenizatria. (Emenda 005/07)

    ART. 18 - As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de votos,

    presentes a maioria de seus membros, salvo disposies em contrrio constante na

    Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e no Regimento Interno da Cmara

    Municipal. (Emenda 008/07).

    ART. 19 - A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem a

    deliberao sobre o projeto de lei oramentria.

    ART. 20 - As sesses da Cmara devero ser realizadas em recinto destinado ao

    seu funcionamento, observando o disposto no art. 37, X desta Lei Orgnica.

    1 - Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara , ou

    outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas em outro local

    designado pelo Juiz de Direito da Comarca no auto de verificao da ocorrncia.

    2 - As sesses solenes podero ser realizadas fora do recinto da Cmara.

    ART. 21 - As sesses sero pblicas, salvo deliberao em contrrio de dois

    teros (2/3) dos vereadores em razo de motivo relevante.

    ART. 22 - As sesses somente podero ser abertas com a presena de no

    mnimo, trs dcimos dos membros da Cmara.

    Pargrafo nico - Considerar-se- presente a sesso o vereador que assinar o

    livro de presena at o incio da ordem do dia, participar dos trabalhos do Plenrio e

    das votaes.

    SEO II

    DO FUNCIONAMENTO DA CMARA

    ART. 23 - A Cmara reunir-se- no dia 1 de janeiro, do primeiro ano da

    legislatura, para a posse de seus membros e eleio da Mesa.

    1 - A posse ocorrer em sesso solene, que se realizar independente de

    nmero, sob a presidncia do Vereador mais votado dentre os presentes.

    2 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista no pargrafo

    anterior dever faze-lo dentro do prazo de quinze (15) dias do incio do

    funcionamento normal da Cmara, sob pena de perda de mandato, salvo motivo

    justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara.

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    3 - Imediatamente aps a posse, os vereadores reunir-se-o sob a

    presidncia do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos

    membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa, que sero automaticamente

    empossados.

    4 - Inexistindo nmero legal, o vereador mais votado dentre os presentes

    permanecer na presidncia e convocar sesses dirias at que seja eleita a mesa.

    5 - A eleio para renovao da Mesa para o segundo binio, far-se- na

    ltima sesso ordinria do segundo ano de cada legislatura, considerando-se

    automaticamente empossados os eleitos em 1 de janeiro do terceiro ano de cada

    legislatura.

    6 - Os Vereadores, Prefeito, Vice-Prefeito e Secretrios Municipais ou

    equivalentes, devero apresentar declarao de seus bens anualmente, desde a posse

    at o trmino do mandato, as quais ficaro arquivadas na Cmara constando das

    respectivas atas o seu resumo. (Emenda 008/07).

    ART. 24 - O mandato da Mesa ser de dois anos, permitida a reconduo para o

    mesmo cargo na eleio imediatamente subseqente. (Emenda 008/07).

    ART. 25 - A Mesa da Cmara se compe do Presidente, Vice-Presidente, do

    Primeiro Secretrio e Segundo Secretrio, os quais se substituiro nessa ordem.

    (Emenda 001/2011 LOM, de 05.07.2011)

    1 - Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel a

    representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam,

    da casa.

    2 - Na ausncia dos membros da mesa o Vereador mais idoso assumir a

    Presidncia.

    3 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da mesma, pelo

    voto de dois teros (2/3) dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou

    ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro

    Vereador para a complementao do mandato.

    ART. 26 - A Cmara ter comisses permanentes especiais.

    1 - s comisses permanentes, em razo da matria de sua competncia

    cabe:

    a) realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil; b) receber peties, representaes ou queixas de qualquer pessoa

    contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;

    c) solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; d) exercer, no mbito de sua competncia a fiscalizao dos atos do

    Executivo e da Administrao indireta.

    2 - As comisses especiais, criadas por deliberao do Plenrio, sero

    destinadas ao estudo de assuntos especficos e representao da Cmara em

    congressos, solenidades ou outros atos pblicos.

    3 - Na formao das comisses, assegurar-se-, tanto quanto possvel, a

    representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem

    da Cmara .

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    4 - As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de

    investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no

    regimento interno da casa, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante

    requerimento de um tero dos seus membros, para a apurao de fato determinado e

    por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio

    Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    ART. 27 - A maioria, a minoria, as representaes partidrias com o nmero de

    membros superior a 2/10 (dois dcimos) da composio da casa, e os blocos

    parlamentares tero Lder e Vice-Lider.

    1 - A indicao dos lderes ser feita em documento subscrito, pelos

    membros das representaes majoritrias, minoritrias, blocos parlamentares ou

    partidos polticos, Mesa, nas setenta e duas horas que se seguirem instalao do

    primeiro perodo legislativo anual.

    2 - Os lderes indicaro os respectivos Vice-Lderes, dando conhecimento

    Mesa da Cmara dessa designao.

    ART. 28 - Alm de outras atribuies previstas no regimento interno, os lderes

    indicaro os representantes partidrios nas comisses da Cmara.

    Pargrafo nico - ausente ou impedido o lder, suas atribuies, sero

    exercidas pelo Vice-Lder.

    ART. 29 - A Cmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgnica,

    compete elaborar seu regimento interno, dispondo sobre sua organizao, polcia e

    provimento de cargos de seus servios e, especialmente, sobre:

    I - sua instalao e funcionamento;

    II - posse de seus membros;

    III - eleio da Mesa, sua composio e sua atribuio;

    IV - nmeros de reunies mensais;

    V - comisses;

    VI - sesses;

    VII - deliberaes;

    VIII - todo e qualquer assunto de sua administrao interna;

    ART. 30 - Por deliberao da maioria de seus membros, a Cmara poder

    convocar secretrio municipal ou diretor equivalente para, pessoalmente, prestar

    informaes acerca de assuntos de interesse municipal; previamente estabelecidos.

    (Emenda 008/07). Pargrafo nico - A falta de comparecimento do secretrio municipal ou

    diretor equivalente, sem justificativa razovel, apresentada no prazo de 15 dias da

    data da convocao, salvo prorrogao em face da complexidade da matria e

    dificuldade de obteno dos dados pleiteados nas respectivas fontes, ser

    considerado desacato Cmara, e, se o secretrio ou diretor equivalente for

    Vereador licenciado, o no comparecimento nas condies mencionadas

    caracterizar procedimento incompatvel com a dignidade da Cmara, para

  • 11

    instaurao do respectivo processo, na forma da lei federal, e conseqente

    cassao do mandato.

    ART. 31 - O secretrio municipal ou diretor equivalente, a seu pedido, poder

    comparecer perante o plenrio ou qualquer comisso da Cmara para expor assunto e

    discutir projeto de lei ou qualquer outro ato normativo relacionado com o seu servio

    administrativo.

    ART. 32 - A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de

    informao aos secretrios municipais ou diretores equivalentes, importando

    responsabilidade administrativa punvel com demisso, a recusa ou no atendimento

    no prazo de quinze dias.

    ART. 33 - Mesa dentre outras atribuies compete:

    I - tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos

    legislativos;

    II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos servios da

    Cmara e fixem os respectivos vencimentos;

    III - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de crditos

    suplementares ou especiais, atravs do aproveitamento total ou parcial das

    consignaes oramentrias da Cmara;

    IV - promulgar a Lei Orgnica e suas emendas;

    V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia

    interna;

    VI - contratar pessoal ou servio, na forma da lei, por tempo

    determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse

    pblico;

    VII - suplementar, mediante Ato, as dotaes oramentrias da Cmara,

    observado o limite de autorizao constante de lei oramentria, desde que os

    recursos para cobertura sejam provenientes de anulao total ou parcial de suas

    dotaes oramentrias;

    VIII - devolver tesouraria da Prefeitura, o saldo de caixa existente na

    Cmara no final do exerccio;

    IX - enviar ao Prefeito, at o dia primeiro de maro, as contas do

    exerccio anterior;

    X - nomear, promover, comissionar, conceder gratificaes, licenas,

    por em disponibilidade, exonerar, demitir e punir funcionrios ou servidores da

    Cmara Municipal, nos termos da lei;

    XI - estabelecer no sistema de arquivamento dos trabalhos da Cmara, as

    gravaes das sesses, que ficaro arquivadas no perodo de um ano.

    Pargrafo nico:- Qualquer cidado poder requisitar cpia das gravaes

    mencionadas no inciso XI deste artigo, desde que justificados os motivos que

    ensejam o pedido, sendo que a administrao pblica no fica obrigada a realizar

  • 12

    qualquer tipo de degravao ou servio similar em relao ao contedo das

    gravaes. (Emenda 003/2008)

    ART. 34 - Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara:

    I - representar a Cmara em juzo e fora dele;

    II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e

    administrativos da Cmara;

    III - fazer cumprir o regimento interno;

    IV - promulgar as resolues e decretos legislativos;

    V - promulgar as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido

    rejeitado pelo Plenrio desde que no aceita esta deciso, em tempo hbil, pelo

    Prefeito;

    VI - autorizar as despesas da Cmara, independentemente de anuncia da

    Mesa Diretora, responsabilizando-se por todos e quaisquer atos praticados. (Emenda

    007/05)

    VII - representar por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de

    lei ou ato municipal;

    VIII - Solicitar por deciso da maioria absoluta da Cmara, a interveno

    no Municpio nos casos admitidos pela Constituio Federal e pela Constituio

    Estadual;

    IX - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora

    necessria para esse fim;

    X - encaminhar, para parecer prvio, a prestao de contas do Municpio

    ao Tribunal de Contas do Estado ou rgo a que for atribuda tal competncia.

    XI - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara;

    XII - apresentar ao Plenrio, at o dia 20 de cada ms, o balancete relativo

    aos recursos e s despesas do ms anterior.

    ART. 35 (Suprimido) - (Emenda 008/07)

    SEO III

    DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    ART. 36 - Compete Cmara Municipal, com a sano do Prefeito dispor das

    matrias de competncia do Municpio e especialmente:

    I - legislar sobre os tributos municipais;

    II - autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas;

    III - votar o oramento anual e o plurianual de investimentos bem como

    autorizar a abertura de crditos suplementares especiais;

    IV - deliberar sobre a obteno e concesso de emprstimos e operaes

    de crdito, bem como a forma e os meios de pagamento;

    V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes;

  • 13

    VI - autorizar a concesso de servios pblicos, incentivando a

    concorrncia entre as empresas que prestaro servios, no dando margem ao

    monoplio, nos termos da legislao federal especfica, em especial da Lei de

    Responsabilidade Fiscal; (Emenda 008/07)

    VII - autorizar a concesso do direito real do uso de bens municipais,

    observando rigorosamente a lei de responsabilidade fiscal; (Emenda 004/07)

    VIII - autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais,

    IX - autorizar alienao de bens imveis;

    X - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de

    doao sem encargos;

    XI - criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funes pblicas,

    bem como fixar os respectivos vencimentos, no quadro de Servidores da Prefeitura

    Municipal de Teodoro Sampaio;

    XII - criar, estruturar e conferir atribuies a secretrios ou diretores

    equivalentes e rgos de administrao pblica;

    XIII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

    XIV - autorizar convnios com entidades pblicas ou particulares e

    consrcios com outros municpios;

    XV - delimitar o permetro urbano;

    XVI - autorizar a alterao da denominao de prprios, vias e logradouros

    pblicos;

    XVII - estabelecer normas urbansticas, particularmente as relativas a

    zoneamento e loteamento;

    ART. 37 - compete privativamente a Cmara Municipal exercer as seguintes

    atribuies dentre outras:

    I - eleger a Mesa;

    II - organizar os servios administrativos internos e prover os cargos

    respectivos;

    III - dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao,

    transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios, e a

    iniciativa de lei para fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros

    estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; (Emenda 008/07).

    IV - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;

    V - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio, por mais de quinze

    dias, por necessidade de servio;

    VI - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores nos casos

    indicados na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na legislao federal

    aplicvel;

    VII - autorizar a realizao de emprstimo, operao ou acordo externo de

    qualquer natureza, de interesse do Municpio;

    VIII- proceder tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso

    especial, quando no apresentadas Cmara, dentro de sessenta (60) dias aps a

    abertura de sesso legislativa;

  • 14

    IX - aprovar convnio, acordo ou qualquer instrumento celebrado

    pelo Municpio com a Unio, o Estado, outra pessoa jurdica de direito pblico

    interno ou entidades assistenciais culturais;

    X - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies;

    XI - convidar o Prefeito e convocar o secretrio do municpio ou diretor

    equivalente para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para comparecimento;

    XII - deliberar sobre o adiantamento e a suspenso de suas reunies;

    XIII- conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoas

    que reconhecidamente tenham prestado relevantes servios ao Municpio, ou nele

    destacado pela atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta pelo

    voto de dois teros (2/3) dos membros da Cmara;

    XIV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos

    previstos em Lei Federal;

    XV - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da

    administrao indireta;

    XVI - fixar por lei os subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos

    Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes e Vereadores, em cada

    legislatura, para a subseqente, no prazo de at 30 (trinta) dias antes das eleies,

    observando o que dispe os artigos 37, XI; 39, pargrafo 4; 150, III, 153,

    pargrafo 2, I da Constituio Federal, sobre o qual incidir o imposto sobre

    rendas e proventos de qualquer natureza. (Emenda 002/03).

    a) o no atendimento no prazo previsto no caput implicar a incluso da propositura na ordem do dia, sobrestando-se a

    deliberao sobre os demais assuntos at que seja concluda a

    votao.

    b) a ausncia de fixao implica a prorrogao automtica do ato normativo fixador da remunerao para a legislatura

    imediatamente anterior.

    XVII Os subsdios dos vereadores sero fixados por lei de iniciativa da Cmara Municipal, at trinta dias antes das eleies municipais, para viger na

    Legislatura subseqente, observados os limites e critrios estabelecidos na

    Constituio Federal e na Lei Orgnica do Municpio. (Emenda 008/07).

    a) no prejudicaro o pagamento dos subsdios aos Vereadores presentes, a no realizao de sesso por falta de quorum e

    ausncia de matria a ser votada.

    b) no recesso parlamentar, os subsdios sero pagos de forma integral;

    c) suprimida - (Emenda 008/07) d) suprimida - (Emenda 008/07) e) os subsdios fixados na forma do artigo anterior, podero ser

    revistos anualmente, por lei especfica, sempre na mesma data e

    sem distino de ndices, coincidentemente com a reviso geral

    anual da remunerao dos servidores municipais. (Emenda

    008/07).

  • 15

    f) XVIII Na fixao dos subsdios de que trata o artigo 213 e na reviso anual prevista no pargrafo anterior, alm de outros

    limites previstos na Constituio Federal e nesta Lei Orgnica,

    ser ainda observado:

    1- O subsdio mximo do Vereador corresponder a: a) 20% (vinte por cento) dos subsdios dos Deputados Estaduais quando a

    populao do Municpio for de at dez mil habitantes;

    b) 30% (trinta por cento) dos subsdios dos Deputados Estaduais quando a populao do Municpio for de dez mil e um cinqenta mil habitantes;

    c) 40% (quarenta por cento) dos subsdios dos Deputados Estaduais quando a populao do Municpio foi de cinqenta mil e um cem mil

    habitantes;

    d) 50% (cinqenta por cento) dos subsdios dos Deputados Estaduais quando a populao do Municpio for de cem mil e um trezentos mil

    habitantes;

    e) 60% (sessenta por cento) dos subsdios dos Deputados Estaduais quando a populao do Municpio for de trezentos mil e um quinhentos mil

    habitantes;

    f) 70% (setenta por cento) dos subsdios dos Deputados Estaduais quando a populao do Municpio for superior a quinhentos mil habitantes.

    IXX O total da despesa com os subsdios previstos nesta lei no poder ultrapassar o limite estabelecido na Constituio Federal em relao receita

    do Municpio, nem o limite legal de comprometimento aplicado s despesas

    com pessoal previsto em Lei Federal. (Emenda 008/07).

    XX A Cmara Municipal no gastar mais de 70% (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamento, incluindo o gasto com os subsdios de

    seus vereadores.

    a) Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Cmara Municipal, o desrespeito ao inciso XX deste artigo.

    SEO IV

    DOS VEREADORES

    ART. 38 - Os Vereadores so inviolveis no exerccio do mandato, e na

    circunscrio do Municpio por suas opinies, palavras e votos.

    ART. 39 - So infraes dos vereadores sujeitas ao julgamento pela Cmara

    Municipal e sancionadas com a cassao do Mandato:

    I - desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com o municpio, com suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista ou

  • 16

    com suas empresas concessionrias de servio pblico, salvo

    quando o contrato obedecer as clusulas uniformes;

    b) aceitar cargo, emprego ou funo, no mbito da administrao pblica direta ou indireta municipal; salvo mediante aprovao em

    concurso pblico e observado o disposto no artigo 83, I, IV e V

    desta Lei Orgnica Municipal, ressalvado a ocupao do cargo de

    Secretrio Municipal ou Diretor equivalente.

    II - desde a posse:

    a) exercer outro cargo eletivo federal, estadual e municipal; b) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de

    favor decorrente de contrato com pessoas jurdica de direito

    pblico do municpio, ou nela exercer funo remunerada;

    c) patrocinar causa junto ao Municpio em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alnea a do inciso I;

    d) cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar ou atentatrio s instituies vigentes;

    e) que utilizar-se do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbidade administrativa;

    f) que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual tera parte das sesses ordinrias da Cmara, salvo doena comprovada,

    licena ou misso autorizada pela Edilidade;

    g) que fixar residncia fora do municpio; h) que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

    1 - Alm de outros casos definidos no Regimento Interno da Cmara

    Municipal, considerar-se- incompatvel com o decoro parlamentar o abuso das

    prerrogativas asseguradas ao Vereador ou percepo de vantagens ilcitas ou

    imorais.

    - 2 - Nos casos do incisos I e II a perda do mandato ser declarada pela

    Cmara por voto nominal e por dois teros (2/3) dos membros da Edilidade,

    mediante provocao da mesma ou de seu partido poltico, cidado do municpio

    em pleno gozo de seus direitos polticos, assegurada ampla defesa, exceto o

    previsto nas alneas F e H que a perda ser declarada de ofcio pela Mesa da Cmara. (Emenda 002/05).

    ART. 40 - Nas hipteses da prtica das infraes previstas no artigo anterior,

    com exceo o previsto nas alneas F e H do inciso II, o processo de cassao obedecer ao seguinte rito:

    a) a denncia escrita da infrao, dever conter a exposio dos fatos e a indicao das provas, ser dirigida ao Presidente da Cmara e

    poder ser apresentada por qualquer cidado em pleno gozo dos

    seu direitos polticos, vereador local, partido poltico ou entidade

    legitimamente constituda h mais de um ano;

  • 17

    b) se a denncia for feita por vereador, o mesmo no poder participar, sob pena de nulidade, da deliberao plenria para o

    recebimento da denncia, e sobre o afastamento bem como da

    comisso processante, podendo todavia, participar somente da

    discusso. Se o denunciante for o Presidente da Cmara Municipal,

    passar a Presidncia ao seu substituto legal, aplicando no caso que

    couber o disposto na alnea acima;

    c) De posse da denncia, o Presidente da Cmara ou seu substituto, no prazo de 02(dois) dias teis, determinar a remessa da denncia

    Comisso Especial que dever ser formada por 05(cinco)

    membros indicados pelas lideranas partidrias, proporcionalmente

    ao nmero de componentes da cada bancada. A Comisso analisar

    a procedncia ou no da denncia no prazo de 05(cinco) dias teis

    e emitir parecer para o seu regular prosseguimento, sob as penas

    da Lei. Caso a Comisso Especial opinar pelo arquivamento,

    dever a mesma ser arquivada de imediato. Em caso de parecer

    favorvel sua tramitao, o Presidente da Casa ou seu substituto

    determinar a leitura na primeira Sesso Ordinria, em seguida,

    encaminhar o expediente ao denunciado, para apresentar uma

    manifestao preliminar no prazo decadencial de 16(dezesseis)

    dias (Art. 37, IV, V, LOM). Decorrido o prazo, na imediata Sesso

    Ordinria com ou sem manifestao preliminar, o Presidente da

    Casa consultar o Plenrio sobre o recebimento da denncia

    mediante a votao nominal e pelo quorum de 2/3 dos membros da Cmara. (Emenda 004/05).

    d) havendo apenas trs ou menos vereadores desimpedidos, os que se encontrarem nessa situao comporo a comisso processante,

    preenchendo-se, quando for o caso, as demais vagas atravs de

    sorteio entre os vereadores que inicialmente se encontravam

    impedidos;

    e) na mesma sesso dever ser entregue o processo ao presidente da comisso, o mesmo dever iniciar os trabalhos dentro de 05

    (cinco) dias no mximo, sob as penas da Lei, observando:

    1) como primeiro ato, o presidente determinar a notificao do

    denunciado, mediante remessa de cpia da denncia e dos

    documentos que a instruem.

    2) a notificao ser feita pessoalmente ao denunciado, se ele se encontrar no municpio, e se estiver ausente do municpio, ou

    no for encontrado, a notificao far-se- por edital publicado

    duas vezes nos rgo oficial de divulgao dos atos da

    administrao municipal, com intervalo de trs dias no

    mnimo, a contar da primeira publicao;

    3) uma vez notificado pessoalmente ou por edital, o denunciado ter direito de apresentar defesa prvia por escrita no prazo de

    dez dias, indicando s provas que pretende produzir e o rol de

  • 18

    testemunhas que deseja sejam ouvidas no processo at o

    mximo de dez. Em caso de revelia (ausncia de defesa

    prvia) o Presidente da Comisso tomar as necessrias

    providncias no sentido de nomear um defensor dativo ao

    denunciado, visando assegurar o princpio do contraditrio e

    da ampla defesa;

    4) decorrido o prazo de dez dias, com defesa prvia ou sem ela, a comisso processante emitir parecer dentro de cinco dias,

    opinando pelo prosseguimento ou pelo arquivamento da

    denncia;

    5) se o parecer opinar pelo arquivamento, ser submetido Plenrio, que, pela maioria dos presentes, podero aprov-lo,

    caso em que ser arquivado, ou rejeitado, hiptese em que o

    processo ter prosseguimento.

    6) se a comisso opinar pelo prosseguimento do processo ou seja, se o Plenrio no aprovar seu parecer de arquivamento, o

    presidente da comisso tomar as providncias que se fizerem

    necessrias para proceder ao interrogatrio do denunciado,

    oitiva dos denunciantes, das testemunhas da defesa, arroladas

    e as diligncias para atender as demais provas solicitadas pela

    defesa. Cabe a defesa do denunciado envidar todos os esforos

    no sentido de fazer comparecer s suas testemunhas, junto a

    comisso processante, nas dependncias da Cmara

    municipal, com a finalidade de colher os depoimentos, sob

    pena de precluso.

    7) dentro deste mesmo prazo de 05(cinco) dias; a comisso processante dever analisar tambm os documentos que

    comprovem as irregularidades apontadas na denncia e os

    apresentados na defesa prvia do denunciado, emitindo

    parecer devidamente fundamentado, com vistas

    convenincia da instruo do processo. (Emenda 008/07)

    8) o denunciado dever ser intimado de todos os atos processuais, pessoalmente ou na pessoa de seu procurador,

    com antecedncia mnima de 24 horas, sendo-lhe permitido

    assistir s diligncias e audincias, no interesse de defesa, sob

    pena de nulidade do processo. Na dificuldade de proceder a

    intimao, a mesma poder ser feita por edital, publicado duas

    vezes no rgo oficial da divulgao dos atos da

    administrao municipal.

    g) concluda a instruo, ser aberta vista do processo ao procurador do denunciado, para apresentar razes escritas no prazo de cinco

    dias, vencido o qual, com ou sem razes do denunciado, a

    comisso processante ter cinco dias para emitir parecer final

    opinando pela procedncia ou improcedncia da acusao e

  • 19

    solicitar ao Presidente da Cmara a convocao de sesso

    para julgamento,

    h) a sesso de julgamento s poder ser aberta com a presena de no mnimo um tero dos membros da Cmara. Aberta a sesso o

    Presidente determinar a chamada nominal dos vereadores para

    verificar a existncia do quorum obrigatrio de 2/3 dos membros da Cmara para deliberar. No havendo o quorum exigido, o Presidente suspender a sesso por uma hora. Decorrido esse

    prazo, o Presidente determinar nova chamada dos vereadores e

    persistindo ausncia do quorum exigido, a sesso ser encerrada, devendo ser convocada outra no prazo de 72 horas.

    Decorrido as 72 horas, em sesso com abertura de praxe, e no

    havendo novamente o quorum para deliberar, o Presidente suspende a sesso por uma hora. Decorrido o prazo de suspenso, a

    sesso ser aberta e no havendo o quorum exigido o Presidente determinar o arquivamento do processo. No caso de haver o

    quorum para deliberar, o processo ser lido integralmente pelo relator da comisso processante e, a seguir, os vereadores que o

    desejarem podero manifestar-se verbalmente pelo tempo mximo

    de 15 minutos cada um e, ao final, o acusado ou seu procurador

    dispor de duas horas para produzir sua defesa oral;

    i) concluda a defesa, proceder-se- a tantas votaes nominais quantas forem as infraes articuladas na denncia, considerando-

    se afastado definitivamente do cargo o denunciado que for

    declarado incurso em qualquer das infraes especificadas na

    denncia, pelo voto de dois teros no mnimo, dos membros da

    Cmara; (Emenda 005/04)

    j) concludo o julgamento, o Presidente da Cmara proclamar, imediatamente, o resultado e far lavrar ata na qual se consignar a

    votao sobre cada infrao;

    k) havendo condenao, a mesa da Cmara expedir o competente Projeto de Resoluo de cassao de mandato, que ser publicado

    na imprensa oficial de divulgao dos atos administrativos do

    municpio, e no caso, de resultado absolutrio, o Presidente da

    Cmara determinar o arquivamento do processo, comunicando o

    vereador afastado para reintegrar-se imediatamente ao seu cargo,

    devendo, em ambos os casos, comunicar o resultado a Justia

    Eleitoral. Os Projetos de Resoluo que dispuserem sobre o

    afastamento provisrio ou cassao do mandato do vereador,

    independero de nova deliberao do Plenrio da Cmara

    Municipal.

    l) O processo a que se refere este artigo, sob pena de arquivamento, dever estar concludo dentro de 90(noventa) dias,

    contados da data em que se efetivar a notificao do acusado;

  • 20

    m) O arquivamento do processo por falta de concluso no prazo previsto neste artigo, no impede nova denncia sobre os

    mesmos fatos nem a apurao de contravenes ou crimes

    comuns.

    ART. 41 - O vereador poder licenciar-se, sem a perda de seu mandato;

    I - Por motivo de doena;

    II - Para tratar, sem remunerao, de interesse particular desde

    que o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias (120) por Sesso Legislativa;

    III - para desempenhar misses temporrias de carter cultural ou

    de interesse legislativo;

    IV - Em caso de gestao, a partir do 8 (oitavo) ms, sem

    prejuzo do cargo e do salrio, com durao de cento e vinte dias.

    V - Para ocupar o cargo de Secretrio Municipal ou Diretor

    Equivalente junto a Administrao Pblica Municipal.

    VI- e do subsdio, por 03(trs) dias teis, em razo do falecimento

    do cnjuge, pais, filhos, irmos, menor sob guarda ou tutela e do companheiro,

    sendo este ltimo comprovada por declarao pblica de unio estvel, inclusive a

    primeira Sesso Ordinria data do bito. (Emenda 008/07).

    VII- e dos subsdios nas Sesses Ordinrias por motivos de Sade,

    devendo apresentar o competente Atestado Mdico, na Secretaria desta Casa, no

    prazo improrrogvel de 72(setenta e duas) horas, aps a realizao da referida

    Sesso. (Emenda 008/07)

    1 - O (a) Vereador (a) licenciado nos termos dos incisos I e IV, a

    Cmara determinar o pagamento no valor estabelecido ttulo de remunerao

    integral.

    2 - A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta

    (30) dias e o vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino

    da licena.

    3 - A licena que se refere o inciso V independer de Deliberao

    Plenria, sendo-lhe assegurada a Remunerao Integral do cargo em comisso,

    vedado opo.

    a) o vereador para obter a referida licena dever dirigir um Ofcio Presidncia da Cmara, comprovando a nomeao do seu cargo de

    Secretrio Municipal ou Diretor Equivalente no prazo de 03 dias,

    b) Aps a comprovao da nomeao dos cargos previstos, o Presidente da Casa dever de imediato convocar o suplente para assumir o cargo;

    c) exonerado do Cargo de Comisso, o Vereador deve dirigir um ofcio Presidncia da Casa comunicando o retorno e apresentando cpia do

    Decreto de Exonerao e assumindo de imediato as funes da

    vereana, fato que o Presidente deve comunicar o suplente.

    ART. 42 - Dar-se- a convocao do suplente de Vereador nos casos de vagas ou

    licenas.

  • 21

    1 - O suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze (15)

    dias, contados da data de convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara,

    quando se prorrogar o prazo;

    2 - Enquanto a vaga que se refere o pargrafo anterior no for preenchida,

    calcular-se- o quorum em funo dos Vereadores remanescentes.

    SEO V

    DO PROCESSO LEGISLATIVO

    ART. 43 - O processo legislativo municipal compreende a elaborao de:

    I - emendas Lei Orgnica Municipal;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinrias;

    IV - (Suprimido Emenda 003/2007) V - resolues; e,

    VI - decretos legislativos;

    ART. 44 - A Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta:

    I - de um tero no mnimo dos membros da Cmara Municipal;

    II - do Prefeito Municipal;

    1 - A proposta ser votada em dois turnos com interstcio mnimo de dez

    dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal.

    2 - A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa da

    Cmara com o respectivo nmero de ordem.

    3 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado de

    stio ou interveno no Municpio.

    4 - A proposta de emenda LOM rejeitada, no poder ser proposta

    novamente na mesma Sesso Legislativa, salvo mediante proposta de 2/3 dos

    membros da Cmara. (Emenda 008/07).

    ART. 45 - A iniciativa das Leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao

    eleitorado que a exercer sob forma de moo articulada, subscrita, no mnimo por

    cinco por cento do total do nmero de eleitores do municpio.

    Pargrafo nico Na iniciativa das Leis por parte do eleitorado, no cabe a proposta de Emenda Lei Orgnica Municipal. (Emenda 008/07).

    ART. 46 - As leis complementares somente sero aprovadas se obtiverem maioria

    absoluta dos votos dos membros da Cmara Municipal, observados os demais

    termos de votao das leis ordinrias.

    Pargrafo nico - Sero leis complementares, dentre outras previstas nesta Lei

    Orgnica:

    I - Cdigo Tributrio do Municpio;

    II - Cdigos de Obras;

  • 22

    III - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

    IV - Cdigo de Posturas;

    V - Lei instituidora de regime jurdico nico dos servidores municipais;

    VI - Lei Orgnica instituidora de guarda municipal;

    VII - Lei de criao de cargos, funes ou empregos pblicos.

    ART. 47 - So de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham

    sobre:

    I - criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos

    pblicos da administrao direta e autarquias, fixao e aumento de sua

    remunerao;

    II - servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos,

    estabilidade e aposentadoria;

    III - criao, estruturao e atribuies das secretarias ou departamentos

    equivalentes e rgos da administrao pblica;

    IV - matria oramentria, e a que autorize a abertura de crditos ou

    conceda auxlios, prmios e subvenes.

    Pargrafo nico - No ser admitido aumento da despesa prevista nos

    projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no

    inciso IV, primeira parte.

    ART. 48 - da competncia exclusiva da Mesa da Cmara a iniciativa das

    leis que disponham sobre:

    I - autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais,

    atravs do aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da

    Cmara;

    II - organizao de servios administrativos da Cmara, criao,

    transformao ou extino de seus cargos, empregos e funes e fixao da

    respectiva remunerao.

    Pargrafo nico - Nos projetos de competncia exclusiva da Mesa da

    Cmara no sero admitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o

    disposto na parte final do inciso II deste artigo, e ser assinada pela metade dos

    Vereadores;

    ART. 49 - O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao do Projeto

    de sua iniciativa.

    1 - Solicitada a urgncia, a Cmara dever se manifestar at noventa (90)

    dias sobre a proposio contados da data em que for feita a solicitao.

    2 - Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior sem deliberao pela

    Cmara , ser a proposio includa na ordem do dia, sobrestando-se as demais

    proposies para que se ultime a votao.

    3 - O prazo de pargrafo 1 no corre no perodo de recesso da

    Cmara nem se aplica aos Projetos de Lei Complementar.

  • 23

    ART. 50 - Aprovado o Projeto de Lei ser enviado ao Prefeito, que

    aquiescendo, o sancionar e promulgar.

    1 - O Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte,

    inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico veta-lo- total ou parcialmente, no

    prazo de (15) quinze dias teis, contados da data do recebimento, s podendo ser

    rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores. (Emenda 002/2011 LOM,

    de 06.09.2011)

    2 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo ou de

    pargrafo, de inciso ou de alnea.

    3 - Decorrido o prazo de pargrafo 1, o silncio do Prefeito importar

    sano.

    4 - A apreciao do veto pelo Plenrio da Cmara ser dentro de trinta

    (30) dias a contar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer

    ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

    (Emenda 002/2011 LOM, de 06.09.2011)

    5 - Rejeitado o veto, ser o Projeto enviado ao Prefeito para a

    promulgao.

    6 - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no pargrafo 4, o veto

    ser colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais

    proposies, at a sua votao final, ressalvadas as matrias de que trata o art. 49

    desta Lei Orgnica.

    7 - A no promulgao da lei no prazo de quarenta e oito horas pelo

    Prefeito, nos casos dos pargrafos 3 e 5, criar para o Presidente da Cmara a

    obrigao de faze-lo em igual prazo.

    ART. 51 suprimido (Emenda 008/07).

    ART. 52 - Os projetos de Resoluo disporo sobre matrias de interesse

    interno da Cmara e os Projetos de Decreto Legislativo sobre os demais casos de

    sua competncia privativa.

    Pargrafo nico - Nos casos de Projeto de Resoluo e de Projeto de Decreto

    Legislativo, considerar-se- encerrada com a votao final e elaborao da norma

    jurdica, que ser promulgada pelo Presidente da Cmara.

    ART. 53 - A matria constante do Projeto de Lei rejeitado somente poder

    constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta

    da maioria absoluta dos membros da Cmara, ressalvados os Projetos de iniciativa

    do Prefeito Municipal.

    SEO VI

    DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E

    ORAMENTRIA

    ART. 54 - A fiscalizao contbil, financeira e oramentria, operacional e

    patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto

  • 24

    legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia

    de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle interno do

    Poder Executivo e demais instrumentos institudos em Lei. (Emenda 008/07).

    1 - O controle da Cmara ser exercido com o auxlio do Tribunal de

    Contas do Estado ou rgo Estadual a que for atribuda essa incumbncia, e

    compreender a apreciao das contas do Prefeito e da Mesa da Cmara, o

    acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias do Municpio, o

    desempenho das funes de auditoria financeira e oramentria, bem como o

    julgamento das contas dos administradores e demais responsveis por bens e valores

    pblicos.

    2 - As contas do Prefeito e da Cmara Municipal, prestadas anualmente,

    sero julgadas pela Cmara dentro de sessenta (60) dias aps o recebimento do

    parecer prvio do Tribunal de Contas ou rgo Estadual a que for atribuda essa

    incumbncia, considerando-se julgadas nos termos das concluses desse parecer, se

    no houver deliberao dentro desse prazo;

    3 - Somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara

    Municipal deixar de prevalecer o parecer emitido pelo tribunal de contas do estado

    ou rgo estadual incumbido dessa misso.

    4 - Rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente, remetidas ao

    Ministrio Pblico para fins de direito.

    5 - As contas relativas aplicao dos recursos transferidos pela unio e

    estado sero prestadas na forma da legislao federal e estadual em vigor, podendo o

    municpio suplementar essas contas, sem prejuzo de sua incluso na prestao anual

    de contas.

    6 - Prestar contas ao municpio, qualquer pessoa: fsica ou jurdica,

    pblica ou privada, que, utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre bens e

    valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste,

    assuma obrigaes de natureza pecuniria. (Emenda 008/07).

    ART. 55 - O executivo manter sistema de controle interno, a fim de:

    I - criar condies indispensveis para assegurar eficcia ao controle

    externo e regularidade realizao da receita e despesa:

    II - acompanhar a execuo de programas de trabalho e do oramento;

    III - avaliar os resultados alcanados pelos administradores;

    IV - verificar a execuo dos contratos.

    ART. 56 - As contas do Municpio ficaro, durante sessenta dias

    anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual

    poder questionar-lhe a legitimidade nos termos da lei.

    CAPTULO II

    DO PODER EXECUTIVO

    SEO I

    DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

  • 25

    ART. 57 - O Poder Executivo Municipal exercido pelo Prefeito, auxiliado

    pelos Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes.

    Pargrafo nico - Aplicar-se elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o

    disposto no pargrafo 1 do art. 15 desta Lei Orgnica e a idade mnima de vinte e

    um anos.

    ART. 58 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-

    simultaneamente, nos termos estabelecidos no art. 29 incisos I e II da Constituio

    Federal.

    1 - A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado.

    2 - Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido

    poltico, obtiver maioria simples dos votos, no computados os em brancos e nulos.

    ART. 59 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse no dia 1 de janeiro do

    ano subsequente eleio em sesso da Cmara Municipal prestando o compromisso

    de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar as leis da Unio, do Estado e

    do Municpio, promover o bem geral dos muncipes e exercer o cargo sob a

    inspirao da democracia, da legitimidade e da legalidade.

    Pargrafo nico - Decorridos dez dias da data fixada para a posse do

    Prefeito e do Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo,

    este ser declarado vago.

    ART. 60 - Substituir o Prefeito, no caso de impedimentos e suceder-lhe-,

    no caso de vaga, o Vice-Prefeito.

    1 - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem atribudas

    por lei complementar, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele convocado para

    misses especiais.

    2 - A investidura do Vice - Prefeito em Secretaria Municipal, ou diretoria

    equivalente, no impedir as funes previstas no pargrafo anterior.

    ART. 61 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou

    vacncia do cargo assumir a administrao Municipal o Presidente da Cmara.

    Pargrafo nico - O Presidente da Cmara recusando-se, por qualquer

    motivo, a assumir o cargo de Prefeito, renunciar, incontinente, sua funo de

    dirigente legislativo, ensejando assim a eleio de outro membro para ocupar, como

    Presidente da Cmara, a chefia do Poder Executivo.

    ART. 62 - Verificando-se a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo

    Vice-Prefeito, observar-se- o seguinte:

    I - ocorrendo a vacncia nos dois primeiros anos do mandato, dar-se-

    eleio noventa (90) dias aps a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o

    perodo dos seu antecessores;

    II - ocorrendo a vacncia nos dois ltimos anos do mandato assumir o

    Presidente da Cmara que completar o perodo.

  • 26

    ART. 63 - O mandato do Prefeito de quatro (04) anos, podendo ser reeleito

    e quem os houver sucedido ou substitudo no curso do mandato para um nico

    perodo subseqente, que ter incio em 1 de Janeiro do ano seguinte da sua eleio.

    ART. 64 - O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no cargo, devero residir no

    municpio, e no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do

    Municpio por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo ou

    mandato.

    1 - O Prefeito regularmente licenciado ter direito a perceber a

    remunerao, quando:

    a) impossibilidade de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada;

    b) a servio ou em misso de representao do Municpio. 2 - O Prefeito poder gozar frias anuais de trinta (30) dias, sem prejuzo

    de remunerao, ficando ao seu critrio a poca, para usufruir do descanso, no

    sendo permitido o acmulo de frias. (Emenda 008/07).

    ART. 65 - Na ocasio da posse e do trmino do mandato, o Prefeito e o

    Vice-Prefeito far declarao de seus bens, as quais ficaro arquivadas na Cmara,

    constando das respectivas atas o seu resumo.

    SEO II

    DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

    ART. 66 - Ao Prefeito, como chefe da administrao, compete dar

    cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses

    do Municpio, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas

    administrativas de utilidade pblica, sem exceder as verbas oramentrias.

    ART. 67 - Compete ao Prefeito entre outras deliberaes:

    I - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica;

    II - representar o Municpio em juzo e fora dele;

    III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara

    e expedir os regulamentos para sua fiel execuo;

    IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara;

    V - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou

    utilidade pblica, ou por interesse social;

    VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

    VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros;

    VIII - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos , por terceiros;

    IX - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes

    situao funcional dos servidores;

    X - enviar Cmara os projetos de lei relativos ao oramento anual e ao

    plurianual do Municpio e das autarquias;

  • 27

    XI - encaminhar Cmara, at 15 de abril, a prestao de contas , bem

    como os balanos do exerccio findo;

    XII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado de So Paulo o relatrio

    de gesto fiscal e o relatrio resumido de execuo oramentria, alm das demais

    prestaes de contas exigidas em lei; (Emenda 008/07).

    XIII - fazer publicar todos os atos oficiais do municpio mediante

    divulgao oficial em jornal de grande circulao e afixao em local pblico

    apropriado. A publicao em jornal de grande circulao fica facultada no caso do

    inciso I, do artigo 91 da LOM, podendo ser publicado apenas atravs de afixao em

    local pblico apropriado; (Emenda 008/07).

    XIV - prestar contas Cmara dentro de quinze (15) dias, as

    informaes pela mesma solicitadas, salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo

    determinado de at 05(cinco) dias, em face da complexidade da matria ou da

    dificuldade de obteno respectivas fontes, dos dados pleiteados; (Emenda 001/05).

    XV - prover os servios e obras da administrao pblica;

    XVI - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e

    aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das

    disponibilidades ou de crditos votados pela Cmara;

    XVII - colocar disposio da Cmara, dentro de dez (10) dias de sua

    requisio, as quantias que devem ser dispendidas de uma s vez e at o dia 20 de

    cada ms, os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias,

    compreendendo os crditos suplementares e especiais;

    XVIII- aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como rev-las

    quando impostas irregularmente;

    XIX - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que

    lhe forem dirigidas;

    XX - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e

    logradouros pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;

    XXI - convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da

    administrao exigir;

    XXII - aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento e

    zoneamento urbano ou para fins urbanos;

    XXIII - apresentar, anualmente, Cmara, relatrio circunstanciado sobre o

    estado das obras e dos servios municipais, bem assim o programa da administrao

    para o ano seguinte;

    XXIV- organizar os servios internos das reparties criadas por lei, sem

    exceder as verbas para tal destinadas;

    XXV- contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante

    prvia autorizao da Cmara;

    XXVI - providenciar sobre a administrao dos bens do municpio e sua

    alienao na forma da lei;

    XXVII- organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos s terras

    do municpio, mediante o Plano de Desenvolvimento Rural Integrado do Municpio,

    em consonncia com o Conselho de Desenvolvimento Rural, institudo em Lei;

    XXVIII - desenvolver o sistema virio do Municpio;

  • 28

    XXIX - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das

    respectivas verbas oramentrias e do plano de distribuio prvia anualmente

    aprovado pela Cmara;

    XXX - providenciar sobre o incremento do ensino;

    XXXI- estabelecer a diviso administrativa do Municpio, de acordo com a

    lei;

    XXXII- solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado para garantia

    do cumprimento de seus atos;

    XXXIII - solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara para ausentar-se

    do Municpio por tempo superior a quinze (15) dias;

    XXXIV - adotar providncias para a conservao e salvaguarda do

    patrimnio municipal;

    XXXV - encaminhar Cmara Municipal at o dia 20 do ms subsequente,

    balancete analtico da receita e despesas do ms anterior.

    ART. 68 - O Prefeito poder delegar, por decreto, a seus auxiliares, as

    funes administrativas nos incisos IX,XV,XXIV do art.67.

    SEO III

    DA PERDA E EXTINO DO MANDATO

    ART. 69 - vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo na

    administrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso

    pblico e observado o disposto no art.83, I, IV e V desta Lei.

    Pargrafo nico - A infringncia ao disposto neste artigo importar em

    perda de mandato.

    ART. 70 - As incompatibilidades declaradas no art. 39, seus incisos e letras

    desta Lei Orgnica, estende-se no que forem aplicveis, ao Prefeito e aos Secretrios

    Municipais ou Diretores equivalentes.

    ART. 71 - Os crimes que o Prefeito Municipal praticar, no exerccio do

    mandato ou em decorrncia dele, por infraes penais comuns ou por crime de

    responsabilidade, sero julgados perante o Tribunal de Justia do Estado.

    1 - A Cmara Municipal tomando conhecimento de qualquer ato do

    Prefeito que possa configurar infrao penal comum ou crime de responsabilidade,

    nomear comisso especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias devero

    ser apreciados pelo Plenrio.

    2 - Se o Plenrio entender procedentes as acusaes, determinar o envio

    do apurado Procuradoria Geral da Justia para as providncias; se no, determinar

    o arquivamento, publicando as concluses de ambas as decises.

    3 - Recebida a denncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justia, a

    Cmara decidir sobre a designao de Procurador para assistente de acusao.

    4 - suprimido - (Emenda 008/07)

  • 29

    ART. 72 - So infraes poltico administrativas, dos Prefeitos municipais, sujeitas ao julgamento pela Cmara dos Vereadores, sancionadas com a

    cassao do mandato:

    I - impedir o funcionamento regular da Cmara.

    II - impedir o exame de livros, folha de pagamento e demais documentos

    que devam constar dos arquivos da prefeitura, bem como a verificao de obras e

    servios municipais, por comisso de investigao da Cmara ou auditoria,

    regularmente instituda.

    III - desatender, sem motivo justo, s convocaes ou aos pedidos de

    informaes da Cmara Municipal, quando feitos a tempo e em forma regular;

    IV - retardar a publicao ou deixar de publicar leis e atos

    sujeitos a essas formalidades.

    V - deixar de apresentar Cmara, no devido tempo, e em forma regular,

    a proposta oramentria.

    VI - descumprir o oramento aprovado para o exerccio financeiro;

    VII - praticar, contra expressa disposio de lei, ato de sua competncia ou

    omitir-se na prtica.

    VIII- omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou

    interesse do municpio, sujeitos administrao da prefeitura;

    IX - ausentar-se do municpio, por tempo superior ao permitido pela lei

    ou afastar-se da Prefeitura, sem autorizao da Cmara dos Vereadores;

    X - proceder de modo incompatvel com a dignidade e o decoro do

    cargo;

    1 - Sobre o substituto do Prefeito incidem as infraes poltico-

    administrativas de que se trata este artigo, sendo-lhes aplicvel o processo pertinente,

    ainda que cessada a substituio.

    2 - nas hipteses previstas no artigo anterior, o processo de cassao

    obedecer ao seguinte rito:

    a) a denncia escrita da infrao, dever conter a exposio dos fatos e a indicao das provas, ser dirigida ao Presidente da

    Cmara e poder ser apresentada por qualquer cidado em

    pleno gozo dos seus direitos polticos, vereador local, partido

    poltico com representao na Cmara ou entidade

    legitimamente constituda h mais de um ano;

    b) se o denunciante for vereador, no poder participar, sob pena de nulidade na fase de votao em Plenrio no tocante ao

    recebimento da denncia, sobre o afastamento provisrio do

    Denunciado e no sorteio da Constituio da Comisso

    Processante, podendo, todavia, praticar todos os atos da fase da

    discusso. O Presidente da Casa tomar as necessrias

    providncias para convocar o respectivo suplente relacionado

    no Juzo Eleitoral local do vereador impedido, para participar

    das fases da Discusso e da Votao. Se o denunciante for o

    Presidente da Cmara Municipal, passar a Presidncia ao seu

  • 30

    substituto legal, e s voltar se necessrio para completar o

    quorum de julgamento.

    c) de posse da denncia, o Presidente da Cmara ou seu substituto determinar sua leitura na primeira Sesso Ordinria, em

    seguida encaminhar o expediente ao denunciado para

    apresentar uma manifestao preliminar, no prazo decadencial

    de dezesseis dias (art. 37, IV, V, LOM) . Decorrido o prazo, na

    imediata Sesso Ordinria com ou sem manifestao preliminar,

    o Presidente da Casa consultar o Plenrio sobre o recebimento

    da denncia, mediante votao nominal e pelo quorum de 2/3 dos membros da Cmara.

    d) Decidido o recebimento da denncia por quorum de 2/3 dos membros que compem a Casa, na mesma Sesso ser

    constituda a Comisso Processante, formada por trs

    vereadores sorteados entre os desimpedidos, os quais elegero,

    desde logo, o Presidente e o Relator.

    e) Havendo apenas trs ou menos vereadores desimpedidos, os que se encontrarem nessa situao comporo a comisso

    processante, preenchendo-se, quando for o caso, as demais

    vagas atravs de sorteio entre os vereadores que inicialmente se

    encontravam impedidos;

    f) Na mesma sesso dever ser entregue o processo ao Presidente da Comisso, o mesmo dever iniciar os trabalhos dentro de 05

    (cinco) dias no mximo, sob as penas da lei, observando:

    1- como primeiro ato, o presidente determinar a notificao do denunciado, mediante remessa de cpia da denncia e dos

    documentos que a instruem;

    2- a notificao ser feita pessoalmente ao denunciado, se ele se encontrar no municpio, e se estiver ausente do municpio,

    ou no for encontrado, a notificao far-se- por edital

    publicado duas vezes no rgo oficial de divulgao dos atos

    da administrao municipal, com intervalo de trs dias, no

    mnimo, a contar da primeira publicao;

    3- uma vez notificado, pessoalmente ou por edital, o denunciado ter direito de apresentar defesa prvia por

    escrito no prazo de dez dias, indicando as provas que

    pretende produzir e o rol de testemunhas que desejam sejam

    ouvidas no processo, at o mximo de dez. No caso de

    revelia (ausncia de defesa prvia) o Presidente da

    Comisso Processante tomar as necessrias providncias

    no sentido de nomear um defensor dativo ao denunciado,

    visando assegurar o direito de defesa;

    4- decorrido o prazo de dez dias, com defesa prvia ou sem ela a Comisso Processante emitir parecer dentro de cinco

  • 31

    dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento

    da denncia;

    5- se o parecer opinar pelo arquivamento, ser submetido Plenrio, que, pela maioria dos presentes, poder aprov-lo,

    caso em que ser arquivado, ou rejeitado, hiptese em que o

    processo ter prosseguimento;

    6- se a comisso opinar pelo prosseguimento do processo ou se o Plenrio no aprovar o seu parecer de arquivamento, o

    Presidente da comisso tomar as providncias que se

    fizerem necessrias para proceder o interrogatrio do

    denunciado, oitiva dos denunciantes, das testemunhas da

    defesa arroladas e as deligncias para atender as demais

    provas solicitadas pela defesa. Cabe a defesa do denunciado

    envidar todos os esforos no sentido de fazer comparecer as

    suas testemunhas, junto a comisso processante, nas

    dependncias da Cmara Municipal, com a finalidade de

    colher os depoimentos, sob pena de precluso.

    7- dentro deste mesmo prazo de 05 (cinco) dias a comisso processante dever analisar tambm os documentos que

    comprovem as irregularidades apontadas na denncia e os

    apresentados na defesa prvia do denunciado, emitindo

    parecer devidamente fundamentado, com vistas

    convenincia das instrues do processo. (Emenda 008/07).

    8- O denunciado dever ser intimado de todos os atos processuais pessoalmente ou na pessoa de seu procurador,

    com antecedncia mnima de 24 horas, sendo-lhe permitido

    assistir s diligncias e audincias, no interesse da defesa,

    sob pena de nulidade do processo.

    g) concluda a instruo, ser aberta vista do processo ao procurador do denunciado, para apresentar razes escritas no

    prazo de cinco dias, vencido o qual, com ou sem razes do

    denunciado, a comisso processante emitir parecer final, com o

    prazo de cinco dias, opinando pela procedncia ou

    improcedncia da acusao e solicitar ao Presidente da Cmara

    a convocao de sesso para julgamento.

    h) A sesso de julgamento, s poder ser aberta com a presena de no mnimo um tero dos membros da Cmara;

    1- Aberta a sesso o Presidente determinar a chamada dos vereadores para verificar a existncia do quorum obrigatrio de 2/3 dos membros da Cmara para deliberar.

    2- No havendo o quorum exigido, o Presidente suspender a sesso por uma hora.

    3- Decorrido esse prazo, o Presidente determinar nova chamada nominal dos vereadores, e persistindo ausncia

  • 32

    do quorum exigido, a sesso ser encerrada, devendo ser convocada outra no prazo de 72 horas.

    4- Decorrido s 72 horas, em sesso com abertura de praxe, e no havendo novamente o quorum para deliberar, o Presidente suspende a sesso por uma hora.

    5- Decorrido o prazo de suspenso, a sesso ser aberta e no havendo o quorum exigido, o Presidente determinar o arquivamento do processo.

    6- No caso de haver o quorum para deliberar, o processo ser lido integralmente pelo relator da comisso

    processante e, a seguir, os vereadores que o desejarem

    podero manifestar-se verbalmente pelo tempo mximo

    de 15 minutos cada um e, ao final, o acusado ou seu

    procurador dispor de duas horas para produzir sua defesa

    oral;

    i) concluda a defesa, proceder-se- tantas votaes nominais quantas forem as infraes articuladas na denncia,

    considerando-se afastado definitivamente do cargo o

    denunciado que for declarado incurso em qualquer das

    infraes especificadas na denncia, pelo voto de dois teros,

    no mnimo, dos membros da Cmara; (Emenda 004/04)

    j) concludo o julgamento, o presidente da Cmara proclamar, imediatamente, o resultado e far lavrar ata na qual se

    consignar a votao sobre cada infrao;

    k) havendo condenao, a Mesa da Cmara expedir o

    competente decreto legislativo de cassao de mandato, que

    ser publicado na imprensa oficial de divulgao dos atos

    administrativos do municpio, e no caso, de resultado

    absolutrio, o presidente da Cmara determinar o

    arquivamento do processo, comunicando o Prefeito afastado

    para reintegrar-se imediatamente ao seu cargo, devendo em

    ambos os casos, comunicar o resultado Justia Eleitoral. Os

    decretos legislativos que dispuserem sobre o afastamento

    provisrio ou cassao do mandato do Prefeito, independero

    de nova deliberao do Plenrio da Cmara Municipal.

    l) O processo a que se refere este artigo, sob pena de arquivamento, dever estar concludo dentro de 90 dias,

    contados da data em se efetivar a notificao do acusado(Em.

    004/02).

    m) O arquivamento do processo por falta de concluso no prazo previsto neste artigo no impede nova denncia sobre os

    mesmos fatos nem a apurao de contravenes ou crimes

    comuns;

  • 33

    n) Caracteriza crime de responsabilidade impedir o funcionamento regular da Cmara (incisos I, II e III do artigo

    1 do Decreto n 201/67). (Emenda 007/07)

    ART. 73 - Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de Prefeito

    quando:

    I - ocorrer falecimento, renncia ou condenao por crime

    funcional ou eleitoral;

    II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara

    dentro do prazo de dez (10) dias;

    III - infringir a norma do artigo 64 desta Lei Orgnica;

    IV - perder ou tiver suspensos os direitos polticos.

    SEO IV

    DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

    ART. 74 - So auxiliares direto do Prefeito:

    I - Vice-Prefeito;

    II - Os Secretrios Municipais ou Diretores Equivalentes;

    III - Sub-Prefeitos;

    1 - Os cargos relativos aos incisos II e III sero de livre nomeao

    e demisso do Prefeito, sendo, entretanto, enquadrados como servidores municipais,

    cabendo-lhes os direitos previstos no Estatuto dos Servidores Municipais, bem

    como indenizao no caso de dispensa.

    2 - O Vice-Prefeito poder ocupar o cargo de Secretrio

    Municipal ou Diretor Equivalente, desde que no receba nenhuma remunerao para

    tanto.(Emenda 004/2000)

    ART. 75 - A Lei Municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos

    do Prefeito, definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidades.

    ART. 76 - So condies essenciais para a investidura no cargo de

    Secretrio ou Diretor equivalente:

    I - ser brasileiro;

    II - estar no exerccio dos direito polticos;

    III - ser maior de vinte e um anos

    IV - ter notrio conhecimento tcnico na rea;

    V - Suprimido (Emenda 006/90)

    Pargrafo nico Suprimido (Emenda 001/2003)

    ART. 77 - Alm das atribuies fixadas em lei, compete aos

    Secretrios ou Diretores:

    I - subscrever atos e regulamentos referentes aos seus rgos;

    II - expedir instrues para a boa execuo das leis,

    decretos e regulamentos;

  • 34

    III - apresentar ao Prefeito relatrio anual dos

    servios realizados por suas reparties;

    IV - comparecer Cmara Municipal, sempre que

    convocados pela mesma, para prestao de esclarecimentos oficiais.

    1 - Os decretos, atos e regulamentos referentes aos servios

    autnomos ou autrquicos sero referendados pelo Secretrio ou diretor da

    administrao.

    2 - A infringncia ao inciso IV deste artigo sem justificao,

    importa em crime de responsabilidade.

    ART. 78 - Os secretrios ou diretores so solidariamente responsveis com o

    Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

    ART. 79 - A competncia do sub-prefeito, como delegados do Executivo,

    a seguinte:

    I - cumprir e fazer cumprir, de acordo com as

    instrues recebidas do Prefeito, as leis, resolues, regulamentos e demais atos do

    Prefeito e da Cmara,

    II - fiscalizar os servios distritais;

    III - atender as reclamaes das partes e encaminh-las

    ao Prefeito, quando se tratar de matria estranha as suas atribuies ou quando lhes

    for favorvel a deciso proferida;

    IV - indicar ao Prefeito as providncias necessrias ao

    Distrito;

    V - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando

    lhe forem solicitadas.

    ART. 80 - O sub-prefeito, em caso de licena ou impedimento, ser

    substitudo por pessoa de livre escolha do Prefeito.

    ART. 81 - Os auxiliares diretos do Prefeito faro declarao de bens no ato

    da posse e no trmino do exerccio do cargo.

    SEO V

    DA ADMINISTRAO PBLICA

    ART. 82 - A administrao pblica direta ou indireta, de qualquer dos

    Poderes do Municpio, obedecer aos princpios da Constituio Federal e outros

    pertinentes administrao pblica, o interesse pblico e tambm ao seguinte:

    (Emenda 004/07)

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos

    brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

    estrangeiros, na forma da lei;

    II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende da

    aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo

  • 35

    com a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,

    ressalvadas as nomeaes para o cargo em comisso declarado em lei de livre

    nomeao e exonerao;

    III - o prazo de validade do concurso pblico ser de 02 (dois)

    anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo;

    IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de

    convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos

    ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou

    emprego na carreira;

    V - a lei assegurar a criao de uma comisso de Concursos

    Pblicos, que ser composta por 02 membros indicados pela Cmara Municipal, 02

    membros indicados pelo Poder Executivo, 02 membros indicados pelo Sindicado

    dos Servidores, 02 membros indicados pela OAB Ordem dos Advogados do Brasil e 02 Membros da Sociedade Civil Organizada, com a finalidade de

    participao e fiscalizao dos Concursos Pblicos Municipais. (Emenda

    001/2006).

    a) A comisso de que trata o inciso V do referido artigo ser

    distribuda por salas na aplicao do Concurso Pblico, sendo obrigatria a

    identificao dos seus nomes na entrada da sala, observando que a prova dever

    conter em seu rodap, a assinatura do respectivo candidato e do responsvel pela

    aplicao da mesma. (Emenda 002/2007)

    VI - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por

    servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem

    preenchidos por servidores de carreira nos casos e condies e percentuais

    mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e

    assessoramento.

    VII - garantido ao servidor pblico civil o direito livre

    associao sindical;

    VIII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites da

    Lei Federal n 7.783, de 28 de junho de 1.989;

    IX - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos

    para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;

    X - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo

    determinado para atender a necessidade te