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Lições de Direito e Processo do Trabalho

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Lições de Direito e Processo do Trabalho

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João Oreste Dalazen

Lições de Direito e Processo do Trabalho

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EDITORA LTDA.© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP – BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.brJunho, 2017

Versão impressa: LTr 5821.5 — ISBN: 978-85-361-9286-4

Versão digital: LTr 9189.9 — ISBN: 978-85-361-9312-0

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Lições de direito e processo do trabalho / João Oreste Dalazen. -- São Paulo : LTr, 2017.

Bibliografia.

1. Direito processual do trabalho 2. Direito processual do trabalho - Brasil I. Dalazen, João Oreste.

17-04553 CDU-347.9:331(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Direito processual do trabalho

347.9:331(81)

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À memória de meu pai, João, pelo precioso legado de dignidade e honradez. À minha mãe, Jandira, personificação do amor, a quem devo tudo.

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Sumário

APONTAMENTOS SOBRE A LEI N. 13.015/2014 E IMPACTOS NO SISTEMA RECURSAL TRABALHISTA ............................................................................................................................................ 131. Origem da Lei n. 13.015/2014.................................................................................................................... 132. Finalidade da Lei n. 13.015/2014 ............................................................................................................... 143. Impactos no recurso de revista ................................................................................................................... 15

3.1. Indicação do dispositivo contrariado ................................................................................................ 153.2. Explicitação da contrariedade. Casos de violação não apontada claramente .................................... 163.3. Fundamentação do recurso de revista. Demonstração analítica de cada violação ou contrariedade

apontada ............................................................................................................................................ 173.4. Demonstração do prequestionamento. Transcrição do trecho do acórdão ....................................... 19

3.4.1. Vício nascido no próprio julgamento .................................................................................... 203.4.2. Prequestionamento ficto de questão jurídica ........................................................................ 203.4.3. Alegação de preliminar de nulidade por negativa de prestação jurisdicional ....................... 20

4. Impactos no recurso de revista em execução ............................................................................................. 215. Recurso de revista por divergência jurisprudencial ................................................................................... 22

5.1. Comprovação da divergência jurisprudencial ................................................................................... 226. Incidente de uniformização de jurisprudência ........................................................................................... 23

6.1. Objetivo do incidente de uniformização de jurisprudência .............................................................. 256.2. Objeto ................................................................................................................................................ 256.3. Cabimento do IUJ .............................................................................................................................. 256.4. Legitimados ....................................................................................................................................... 256.5. Momento próprio para suscitação ..................................................................................................... 266.6. Competência funcional para o incidente de uniformização de jurisprudência ................................. 266.7. Efeitos do julgamento do IUJ ............................................................................................................ 26

6.7.1. Irrecorribilidade do acórdão que julga o IUJ ......................................................................... 276.7.2. Súmula regional ..................................................................................................................... 276.7.3. Efeitos no conhecimento do recurso de revista por divergência (CLT, art. 896, § 6º). Caso

concreto e casos futuros ........................................................................................................ 286.7.4. Efeitos de decisão no IUJ não conflitante com súmula ou Orientação Jurisprudencial do

Tribunal Superior do Trabalho .............................................................................................. 296.7.5. Efeitos de decisão no IUJ conflitante com súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribu-

nal Superior do Trabalho ....................................................................................................... 306.8. Conclusões sobre o novo sistema de incidente de uniformização de jurisprudência ....................... 306.9. Algumas questões práticas sobre o novo sistema de IUJ ................................................................... 31

7. Impactos nos embargos de declaração ....................................................................................................... 348. Impactos no recurso de embargos para a SBDI-1 (art. 894) ....................................................................... 359. Dispensa do depósito recursal em agravo de instrumento. Novo § 8º do art. 899 .................................... 3810. Vigência. Vacatio legis. Questões de direito intertemporal ......................................................................... 39

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8 Lições de direito e Processo do trabaLho

ASPECTOS DA PROVA ILÍCITA NO PROCESSO TRABALHISTA BRASILEIRO ....................................... 411. Introdução. Conceito ................................................................................................................................. 412. Aproveitamento da prova ilícita ................................................................................................................. 413. Gravação clandestina, ambiental ou telefônica .......................................................................................... 434. Interceptação telefônica .............................................................................................................................. 455. Documentos furtivamente obtidos ............................................................................................................. 476. Câmeras de vídeo ....................................................................................................................................... 477. Provas ilícitas no âmbito digital ................................................................................................................. 48

7.1. Coleta de dados estáticos de computador ......................................................................................... 497.2. Monitoramento do correio eletrônico .............................................................................................. 51

7.2.1. Correio eletrônico pessoal ..................................................................................................... 517.2.2. Correio eletrônico corporativo .............................................................................................. 517.2.3. Controle formal do correio eletrônico particular, usando computador da empresa ............. 53

7.3. Prova obtida em redes sociais da internet ......................................................................................... 548. Conclusão ................................................................................................................................................... 55

ASSÉDIO MORAL NO DIREITO DO TRABALHO ...................................................................................... 571. Introdução .................................................................................................................................................. 572. Conceito ..................................................................................................................................................... 573. Tipos de assédio moral ............................................................................................................................... 584. Causas: profissionais e pessoais ................................................................................................................. 595. Caracterização ............................................................................................................................................ 596. Elementos do conceito jurídico.................................................................................................................. 607. Impactos do assédio moral ......................................................................................................................... 628. Consequências jurídicas do assédio moral no Brasil .................................................................................. 62

8.1. Dano moral e patrimonial ................................................................................................................. 639. O que não é assédio moral ......................................................................................................................... 64

9.1. Paranoia não é assédio moral ............................................................................................................ 649.2. Estresse não é assédio moral ............................................................................................................. 649.3. Não é assédio moral a agressão pontual ............................................................................................ 65

10. A delicada questão das metas ..................................................................................................................... 6511. Técnica motivacional abusiva e humilhante .............................................................................................. 67

ASSÉDIO SEXUAL NO DIREITO DO TRABALHO ..................................................................................... 691. Generalidades ............................................................................................................................................. 692. Conceito ..................................................................................................................................................... 693. Espécies ...................................................................................................................................................... 69

3.1. “Assédio sexual por chantagem”, também denominado “assédio da contrapartida”, ou assédio quid pro quo ........................................................................................................................................ 70

3.2. Assédio sexual “clima de trabalho”, “assédio sexual ambiental”, ou por intimidação ...................... 704. Distinção entre assédio sexual e assédio moral .......................................................................................... 705. Assédio sexual e jogo de sedução ............................................................................................................... 716. Sujeito passivo ............................................................................................................................................ 737. Consequências jurídicas do assédio sexual no Brasil ................................................................................. 73

7.1. Dano moral e patrimonial ................................................................................................................. 747.2. Terceirização. Responsabilidade solidária da tomadora dos serviços ................................................ 74

8. Impactos do assédio sexual ........................................................................................................................ 759. Medidas de prevenção do assédio sexual ................................................................................................... 75

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Sumário 9

COMBATE À JURISPRUDÊNCIA DEFENSIVA DOS TRIBUNAIS DO TRABALHO. ART. 10 DA IN N. 39/2016 DO TST ............................................................................................................ 771. Juízo de admissibilidade de recurso e combate à jurisprudência defensiva ............................................... 772. Manifestações de jurisprudência defensiva. Crítica ................................................................................... 773. Pressupostos intrínsecos e combate à jurisprudência defensiva dos tribunais do trabalho ....................... 794. Pressupostos extrínsecos e combate à jurisprudência defensiva dos tribunais do trabalho ...................... 79

4.1. Aplicação aos pressupostos extrínsecos das normas de combate à jurisprudência defensiva dos tribunais ............................................................................................................................................ 804.1.1. Preparo. Equívoco no preenchimento da guia de custas. Insuficiência do valor .................. 804.1.2. Depósito recursal. Insuficiência do valor. Equívoco no preenchimento da Guia GFIP ........ 814.1.3. Tempestividade ...................................................................................................................... 824.1.4. Tempestividade e recurso prematuro. Ratificação de recurso em face de decisão em embar-

gos de declaração ................................................................................................................... 834.1.5. Regularidade formal: fundamentação e assinatura ................................................................ 844.1.6. Regularidade de representação .............................................................................................. 84

5. Recurso tempestivo que se ressente de defeito formal não grave ............................................................... 865.1. Finalidade do § 11 do art. 896 da CLT .............................................................................................. 865.2. Âmbito de incidência do § 11 do art. 896 da CLT ............................................................................ 865.3. Exemplos de aplicação do § 11 do art. 896 da CLT .......................................................................... 88

COMPETÊNCIA TERRITORIAL DAS VARAS DO TRABALHO PARA O DISSÍDIO INDIVIDUAL ........... 891. Competência. Conceito .............................................................................................................................. 892. Regras para a distribuição da competência territorial das Varas do Trabalho ............................................ 89

2.1. Regra geral. Foro do local da prestação de serviços – art. 651, caput, da CLT .................................. 892.1.1. Competência territorial ditada pelo foro do domicílio do reclamante .................................. 90

2.1.1.1. Dissídio individual atípico ...................................................................................... 912.1.1.2. Coincidência entre o domicílio do empregado e o local da celebração do contra-

to, ou da arregimentação do empregado, ou da prestação de serviços ................... 912.1.1.3. Empresa de âmbito nacional ou com agência, sucursal ou filial no domicílio do

empregado, sem comprometer o direito de defesa ................................................. 922.2. Primeira regra especial: empregados agentes ou viajantes comerciais – art. 651, § 1º, da CLT ........ 942.3. Segunda regra especial: lides ou dissídios de empregado brasileiro ocorridas no estrangeiro –

art. 651, § 2º, da CLT ........................................................................................................................ 952.3.1. Juízo territorialmente competente no Brasil ......................................................................... 962.3.2. Direito de opção pela jurisdição nacional. Consequência jurídica ....................................... 962.3.3. Exercício da jurisdição brasileira em favor de empregado estrangeiro, com contrato de tra-

balho celebrado no exterior, que presta ou prestou serviços no Brasil e em outros países ... 972.4. Terceira regra especial: empregador que promove atividades em várias localidades – art. 651, § 3º,

da CLT ............................................................................................................................................... 983. Foro de eleição. Modificação da competência territorial ........................................................................... 1004. Forma de arguição da incompetência territorial ........................................................................................ 100

CPC DE 2015 E ALGUNS IMPACTOS NO PROCESSO DO TRABALHO .................................................. 1031. Introdução. Origem do CPC/2015. Juízo crítico preliminar ...................................................................... 1032. Instrução Normativa n. 39/2016 do TST.................................................................................................... 1043. Aplicação subsidiária e supletiva do CPC de 2015 no Processo do Trabalho ............................................ 1054. Nova dimensão do princípio do contraditório. Veto à decisão surpresa .................................................... 1085. A nova concepção de contraditório e o processo do trabalho .................................................................... 1106. O novo contraditório, condições da ação, pressupostos processuais e pressupostos de admissibilidade

de recurso no processo do trabalho............................................................................................................ 111

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10 Lições de direito e Processo do trabaLho

6.1. Admissibilidade de recurso: não conhecimento de ofício ................................................................. 1126.2. Novo contraditório e condição da ação ............................................................................................. 1136.3. Novo contraditório e pressupostos processuais ................................................................................ 114

7. Ampliação dos casos de impedimento do juiz ........................................................................................... 1168. Recurso ordinário. Efeito devolutivo. Sentença citra petita ....................................................................... 118

DANO MORAL TRABALHISTA E TARIFAÇÃO DA INDENIZAÇÃO ......................................................... 1211. Introdução .................................................................................................................................................. 1212. Conceito de dano moral ............................................................................................................................. 1213. Direitos da personalidade passíveis de lesão moral .................................................................................... 1234. Caracterização do dano moral trabalhista .................................................................................................. 1235. Responsabilidade civil objetiva. Atividade de risco. Acidente de trabalho ................................................ 124

5.1. O que é atividade de risco ................................................................................................................. 1265.2. Limitações ......................................................................................................................................... 126

6. Sujeito passivo. Pessoa jurídica .................................................................................................................. 1267. Casuística do dano moral trabalhista em que o empregado é vítima ........................................................ 127

7.1. Dano moral na fase pré-contratual .................................................................................................... 1287.2. Dano moral durante a execução do contrato de emprego ................................................................. 128

7.2.1. Calúnia, injúria e difamação ................................................................................................. 1287.2.2. Câmeras de vídeo .................................................................................................................. 1287.2.3. Revista íntima ........................................................................................................................ 1297.2.4. Mora salarial contumaz ......................................................................................................... 1317.2.5. Atraso na quitação das verbas rescisórias .............................................................................. 1327.2.6. Anotações na CTPS. Informação de que se trata de cumprimento de decisão judicial.

Art. 29, § 4º, da CLT ............................................................................................................. 1327.2.7. Dano moral por discriminações arbitrárias ........................................................................... 1337.2.8. Quebra de sigilo bancário pelo banco empregador ............................................................... 133

7.3. Dano moral na cessação contratual ................................................................................................... 1347.3.1. Dispensa sem justa causa ...................................................................................................... 1347.3.2. Dispensa por justa causa. Reversão em juízo ........................................................................ 135

7.3.2.1. Comunicação de delito pela reclamada à autoridade policial. Autoria atribuída ao empregado ......................................................................................................... 136

8. Determinação do valor da “indenização” por dano moral trabalhista. Tarifação. Reforma trabalhista ..... 1378.1. Inconstitucionalidade da tarifação do valor da indenização por dano moral ................................... 1378.2. Alguns parâmetros para a determinação do valor da indenização por dano moral .......................... 1398.3. Controle do valor da indenização em SI pelo TST ............................................................................ 1418.4. Exigência de fundamentação da decisão de arbitramento da indenização ....................................... 141

DIREITO DE GREVE E INTERDITO PROIBITÓRIO .................................................................................. 1431. Direito de greve. Conceito .......................................................................................................................... 1432. Não há direito absoluto .............................................................................................................................. 1433. Ações possessórias. Interdito proibitório ................................................................................................... 145

3.1. Espécies de possessórias .................................................................................................................... 1454. Competência material ................................................................................................................................ 1465. Competência funcional .............................................................................................................................. 1476. Ajuizamento simultâneo de interditos proibitórios. Conduta antissindical. Dano moral coletivo ............ 148

DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO PROCESSO DO TRABALHO ................................................................................................................................................. 1491. Introdução .................................................................................................................................................. 149

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Sumário 11

2. Princípio do contraditório no CPC/2015 ................................................................................................... 1493. Justo processo ............................................................................................................................................. 1504. Panorama da desconsideração da personalidade jurídica na Justiça do Trabalho antes do CPC de 2015.

Exame crítico ............................................................................................................................................. 1515. Fundamentos para a aplicação do incidente no Processo do Trabalho ...................................................... 1536. Principais objeções à aplicação do IDPJ na JT ........................................................................................... 153

6.1. Cautelar ............................................................................................................................................. 1557. Procedimento em si. Algumas observações ................................................................................................ 156

7.1. Legitimidade para instauração do IDPJ ............................................................................................. 1567.2. Despacho de instauração do IDPJ ..................................................................................................... 1567.3. Requisitos do despacho ..................................................................................................................... 1567.4. Fases instrutória e decisória .............................................................................................................. 1577.5. Fase recursal ...................................................................................................................................... 157

8. Pressupostos materiais para a desconsideração .......................................................................................... 1579. Consequência jurídica da decisão de desconsideração .............................................................................. 15910. Consequências jurídicas se o juiz do trabalho não aplicar o IDPJ ............................................................. 16011. Conclusões ................................................................................................................................................. 161

O JUIZ DO TRABALHO E O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO JURISDICIONAL ............................................... 1631. Desafios atuais da magistratura do trabalho............................................................................................... 1632. Atributos do juiz do trabalho paradigmático ............................................................................................ 164

2.1. Honestidade. Independência ............................................................................................................. 1642.2. Habilidade ......................................................................................................................................... 1642.3. Humildade ......................................................................................................................................... 1672.4. Coragem ............................................................................................................................................ 1692.5. Cortesia ou afabilidade ...................................................................................................................... 1692.6. Prudência .......................................................................................................................................... 1692.7. Ser estudioso ..................................................................................................................................... 1702.8. Pontualidade...................................................................................................................................... 1712.9. Discrição ............................................................................................................................................ 171

3. Vertentes da atuação do juiz no processo ................................................................................................... 1723.1. Correição permanente ....................................................................................................................... 1723.2. O juiz e a correção de linguagem ...................................................................................................... 172

3.2.1. Linguagem não técnica .......................................................................................................... 1723.2.2. Linguagem técnica ................................................................................................................. 173

3.3. O juiz do trabalho e aspectos da produção da prova oral ................................................................. 1743.3.1. Fixação dos pontos controvertidos ....................................................................................... 1743.3.2. Redação da ata ....................................................................................................................... 1753.3.3. Falibilidade da prova testemunhal ........................................................................................ 1753.3.4. Imprescindibilidade do depoimento pessoal das partes ........................................................ 176

3.4. Predicados ideais da sentença ........................................................................................................... 177

NOTAS SOBRE A AÇÃO RESCISÓRIA NO PROCESSO DO TRABALHO NA PERSPECTIVA DO CPC DE 2015 ....................................................................................................................................................... 1791. Introdução .................................................................................................................................................. 1792. Cabimento. Decisão rescindível ................................................................................................................. 1793. Decisão de mérito ....................................................................................................................................... 180

3.1. Sentença de mérito ou acórdão de mérito ......................................................................................... 1803.1.1. Decisão sobre honorários advocatícios ou sobre honorários periciais .................................. 1803.1.2. Sentença homologatória de transação ou de conciliação ...................................................... 181

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12 Lições de direito e Processo do trabaLho

3.1.3. Sentença normativa ............................................................................................................... 1853.1.4. Decisão de mérito do TST que não admite recurso ............................................................... 1863.1.5. Decisão que julga a liquidação de sentença ........................................................................... 1863.1.6. Decisão proferida em mandado de segurança ....................................................................... 187

4. Decisões de natureza processual ................................................................................................................ 1874.1. Decisão que impede a repropositura da demanda ............................................................................. 1874.2. Decisão que não admite recurso ........................................................................................................ 1884.3. Decisão processual que seja pressuposto de validade de uma sentença de mérito ........................... 1904.4. Decisões que aplicam sanção processual ........................................................................................... 1914.5. Decisão que aplica astreintes ............................................................................................................. 192

5. Decisão interlocutória ................................................................................................................................ 1926. Decisão monocrática do relator em tribunal .............................................................................................. 1937. Competência funcional para o julgamento da ação rescisória ................................................................... 1938. Erro no direcionamento da ação rescisória ................................................................................................ 1949. Seis situações concretas para efeito de determinação da competência funcional ...................................... 195

PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO NO PROCESSO DO TRABALHO EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO ........................................................................................................... 199

REFLEXÕES SOBRE DIREITO INTERTEMPORAL EM FACE DO CPC DE 2015 ...................................... 2031. Noções sobre a aplicação da Lei Processual no tempo ............................................................................... 2032. Teoria do isolamento dos atos processuais ................................................................................................. 2033. Atos processuais já praticados que produzem efeitos sob a vigência da lei nova ....................................... 2044. Recurso e direito intertemporal .................................................................................................................. 2045. Direito intertemporal, incidente de resolução de demandas repetitivas, incidente de recurso de revista

repetitivo e incidente de assunção de competência ................................................................................... 205

APÊNDICE

1) O CONCEITO DE JUSTIÇA ................................................................................................................... 2091. Introdução .................................................................................................................................................. 2092. Etimologia do vocábulo “justiça” ............................................................................................................... 2093. As diversas noções do vocábulo “justiça”. Conceitos subjetivo e objetivo ........................................... 2094. Breve evolução histórica do conceito de justiça ......................................................................................... 210

4.1. Platão (427-347 a.C.) ........................................................................................................................ 2104.2. Aristóteles (385-322 a.C.) ................................................................................................................. 2114.3. Roma ................................................................................................................................................. 2134.4. Santo Tomás de Aquino (1225-1274) ............................................................................................... 2134.5. Jusnaturalismo................................................................................................................................... 2134.6. Axiologia ........................................................................................................................................... 214

5. O problema do conteúdo da justiça ........................................................................................................... 2145.1. Justiça é dar a cada um o que é seu ................................................................................................... 2145.2. Justiça é tratar os outros como gostaríamos de ser tratados ............................................................. 2145.3. Justiça é igualdade ............................................................................................................................. 2145.4. Justiça é retribuição ........................................................................................................................... 215

6. A justiça como valor: Perelman e Kelsen ................................................................................................... 2157. Conclusão ................................................................................................................................................... 219

2) CÓDIGO DE ÉTICA DA MAGISTRATURA ............................................................................................ 221Apresentação ..................................................................................................................................................... 221

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Apontamentos sobre a Lei n. 13.015/2014 e Impactos no Sistema Recursal Trabalhista

1. ORIGEM DA LEI N. 13.015/2014

A Lei n. 13.015, de 22 de julho de 2014, acarretou profundos impactos no sistema recursal trabalhista.

Pretendo aqui ocupar-me de alguns e expor o que penso sobre algumas das tormentosas e atormentadoras questões suscitadas pela nova Lei.

Como condição um tanto necessária, devo recor-dar inicialmente a origem e finalidade da Lei.

Coube-me presidir a segunda Comissão de Mi-nistros constituída no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho para examinar a viabilidade de regulamenta-ção do critério da transcendência como juízo prévio de delibação para o conhecimento do recurso de revista (art. 896-A da CLT).

Em junho de 2010, enviei ofício ao então Presi-dente do Tribunal Superior do Trabalho em que comu-niquei a deliberação da Comissão no sentido de:

a) rechaçar a viabilidade técnica de regulamenta-ção da transcendência, sobretudo em face da multipli-cidade de temas objeto de recurso de revista;

b) aprovar um anteprojeto de lei alternativo para submeter ao Congresso Nacional.

Em maio de 2011, já na Presidência da Corte, após novas discussões internas por ocasião da “Semana do TST”, propus, e o Órgão Especial aprovou, o encami-nhamento do anteprojeto ao Congresso Nacional (Re-solução Administrativa n. 1451, de 24.05.2011).

Uma vez que o Tribunal não dispõe de iniciativa parlamentar sobre a matéria, contatei o Deputado Val-tenir Pereira, que subscreveu pronta e integralmente o projeto e submeteu-o à apreciação da Câmara dos De-putados (Projeto de Lei n. 2.214/2011).

A Lei n. 13.015/2014, em larga medida, é fruto do aludido anteprojeto, gestado no Tribunal Superior do Trabalho e emanado do mesmo Tribunal.

Devo esclarecer, no entanto, que, durante o pro-cesso legislativo na Câmara dos Deputados, houve

aprovação de várias emendas aditivas e supressivas, algumas das quais infelizes, mal ocultando a evidente atecnia e falta de zelo com que são aprovadas determi-nadas leis neste País.

Eis alguns exemplos de mudanças no projeto de lei promovidas pela Câmara dos Deputados:

a) o novo § 13 do art. 896 da CLT é totalmente desconexo e não faz sentido, a não ser mediante uma interpretação construtiva como busca a recente regula-mentação da Lei;

b) no art. 894, aprovou-se um “§ 2º” sem que ha-ja um § 1º; havia ali um parágrafo único, já revogado desde 2007;

c) suprimiu-se norma idêntica ao antigo § 5º do art. 896 da CLT que dava poderes ao Relator para deci-dir monocraticamente o recurso de revista, os embargos para a SDI e o agravo de instrumento de competência do Tribunal Superior do Trabalho; agora precisaremos nos socorrer do art. 557 do Código de Processo Civil...;

d) o § 12 do art. 896 contempla disposição se-gundo a qual “da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de oito dias”, sem explicitar que a decisão denegatória impugnável é a monocrática do Ministro Relator (aludida no anterior item “c”) que denega se-guimento ao recurso de revista, como previsto no pro-jeto de lei originário; vale dizer: contemplou-se recurso para impugnar uma decisão monocrática do Ministro Relator explicitamente não endossada pelo legislador...;

e) o novo § 8º do art. 899 introduziu um proble-mático caso de dispensa de depósito recursal em agravo de instrumento que certamente causará muita cizânia doutrinária e jurisprudencial;

f) foram suprimidas todas as propostas de multas em agravo interno e de penalização em embargos de declaração procrastinatórios nos mesmíssimos termos em que já previstas no Código de Processo Civil;

g) a nova norma do § 10 do art. 896 da CLT, ao alargar o espectro de cabimento do recurso de revista

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em execução, mediante redação defeituosa e imprópria, não constava do projeto de lei originário do Tribunal Superior do Trabalho;

h) a nova norma do § 11 do art. 896 da CLT, ao contemplar a possibilidade de conhecimento do recur-so tempestivo que se ressente de defeito formal não gra-ve, não constou do anteprojeto aprovado pelo Tribunal Superior do Trabalho e tampouco do projeto de lei, conquanto pessoalmente eu a tenha defendido na fase de discussões internas no âmbito da Comissão;

i) o projeto de lei originário, ao contrário da Lei n. 13.015/2014, não disciplinava o procedimento de julgamento do recurso de revista repetitivo: apenas de-terminava que se aplicariam ao recurso de revista, no que coubessem, as normas do Código de Processo Civil relativas ao “julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos” (art. 896-C); a longa e minudente normatização, no particular, emana exclusivamente do Congresso Nacional.

2. FINALIDADE DA LEI N. 13.015/2014

De um lado, como salta à vista, a Lei n. 13.015/2014 visou a inibir novos recursos de revista para o Tribunal Superior do Trabalho. Na senda da evolução históri-ca do sistema de recursos trabalhistas, recrudesceu os filtros destinados, sobretudo, a dificultar ainda mais o conhecimento do recurso de revista, mediante agrava-mento das exigências formais ou pressupostos intrínse-cos de admissibilidade.

Não é uma Lei, pois, que se preocupe com todo o sistema recursal trabalhista: ao contrário, tem por ob-jeto precipuamente os recursos da competência fun-cional do Tribunal Superior do Trabalho, em especial o recurso de revista. Muda substancialmente as normas atinentes à admissibilidade do recurso de revista e, em alguma medida, o recurso de embargos por divergência da competência da SDI-1. Reflexamente, afeta outros recursos, a exemplo do agravo de instrumento (dispen-sa de depósito recursal) e recurso ordinário e agravo de petição (estes dois últimos em face do efeito interrupti-vo, ou não, dos embargos de declaração).

E por que há ou como se explica o aludido rigor formal cada vez maior, mediante ampliação constante dos pressupostos intrínsecos de admissibilidade do re-curso de revista?

Isso se explica fundamentalmente por causa da função do recurso de revista.

Como sabemos, ao contrário dos recursos de natu-reza ordinária, o recurso de revista não tem por função ou finalidade imediata propriamente distribuir justiça

às partes, ou reformar a decisão regional acaso injusta, tanto que não se presta ao reexame de fatos e provas.

Infere-se do art. 896 da CLT que o recurso de revis-ta cumpre finalidade bem distinta. O recurso de revista (e, portanto, o Tribunal Superior do Trabalho, mediante o recurso de revista!) realiza dupla função:

1ª) uniformizar a jurisprudência trabalhista na interpretação do direito em tese (proporcionando segu-rança aos jurisdicionados e evitando o caos resultante de possível dissenso de julgados entre 24 Tribunais Re-gionais do Trabalho);

2ª) restabelecer o primado da lei federal violada, inclusive da Constituição Federal, no âmbito da com-petência material da Justiça do Trabalho.

Em uma palavra: a finalidade do recurso de revista é essencialmente a tutela do direito objetivo.

Esse aspecto, aliado à exponencial demanda recur-sal represada no Tribunal Superior do Trabalho, explica a imposição de novos pressupostos de admissibilidade em especial para o recurso de revista.

A finalidade central da novel Lei, contudo, muito além de criar novas exigências formais para o recurso de revista, foi corrigir uma grave disfuncionalidade que se observava na atuação do Tribunal Superior do Tra-balho, antes da Lei n. 13.015/2014, no julgamento de recurso de revista.

Com efeito. Afora o penoso ônus de decidir mi-ríades de vezes a mesma tese jurídica, competia tam-bém ao Tribunal Superior do Trabalho, indiretamente, uniformizar a jurisprudência interna dos Tribunais Regionais do Trabalho ao julgar o recurso de revista por divergência jurisprudencial (vide, a seguir, item 6).

Vale dizer: o Tribunal Superior do Trabalho não apenas uniformizava e uniformiza (recursos de revis-ta residuais) a jurisprudência entre Regionais, mas igualmente uniformizava a jurisprudência interna do Regional.

De que forma? Ao possibilitar o conhecimento de recurso de revista por divergência com base em um aresto de outro Tribunal que não refletisse a posição majoritária ou dominante na Corte.

Ora, afigura-se desarrazoado prestigiar-se, para configurar o dissenso jurisprudencial, uma tese que não exprima com fidelidade o pensamento predomi-nante na Corte sobre a questão jurídica.

Por isso, uma das ideias centrais que animaram o Tribunal Superior do Trabalho ao aprovar o anteprojeto de que resultou a Lei n. 13.015/2014 foi a seguinte:

a) compete a cada Regional promover a homoge-neização da respectiva jurisprudência interna mediante