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LISBOA CULTURAL 180

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CENTENÁRIO DA REPÚBLICA PORTUGUESA | ENTREVISTA: JOÃO BRITES (o director do Teatro O Bando fala sobre "Os bigodes na Res Publica") | MOTELx - FESTIVAL DE CINEMA DE TERROR DE LISBOA | AFRICA: SEE YOU, SEE ME! (exposição) | LANDSCAPE WITH FIGURES/LAKE/WORK... (dança)

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27 de SETEMBRO a 3 de OUTUBRO`10 n.º 180

Centenário da República / Programação / Pág. 8

Em Agenda / Pág.13

Curtas / Pág. 12

Em destaque / Centenário da República: no auge das comemorações / Pág. 4

Entrevista / Os Bigodes na Res Publica: Entrevista João Brites / Pág. 6

Festivais / MOTELx: Onde o Terror é Bem-Vindo / Pág. 9

Exposições / Africa: see you, see me!! / Pág. 10

Editorial / Pág. 3

Dança / Landscape with Figures/Lake/Work / Pág. 11

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LISBOA CULTURAL

Ficha técnica

Edição: Divisão de Programação e Divulgação Cultural | Direcção Municipal de Cultura | CMLEditor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira, Susy Silva Capa e Paginação: Rute FigueiraContactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 21 817 06 00 | [email protected]

Ao longo dos últimos meses, a vida cultural da cidade tem sido marcada pelas comemorações do centenário da República. Os momentos da história e o ideário republicano pautaram grandes eventos culturais e artísticos, como as Festas de Lisboa ou o Festival dos Oceanos. Esta semana inicia-se aquilo que nomeámos como “auge das comemorações”, uma vez que nos aproximamos do 5 de Outubro, a data que justifica o assinalar deste centenário.

Dos espectáculos de música e teatro às exposições e aos roteiros culturais, a evocação da Revolução de 1910, que instaurou o regime republicano em Portugal, transformou-se em matéria criativa para os artistas que, tal como nós, são os herdeiros daqueles que há cem anos atrás mudaram a face do país. Com todas as conquistas e derrotas, por entre avanços e recuos, a República está de parabéns e continua a inspirar-nos enquanto cidadãos e enquanto povo.

Assim, nesta edição propomos alguns eventos, entre largas dezenas, que vão assinalar a data, destacando nas páginas seguintes uma entrevista com o director do Teatro O Bando, João Brites, que levará à Praça do Município, no dia da Implantação da República, um espectáculo evocativo da massa anónima que tornou possível um sonho partilhado por tantos homens e mulheres.

EditorialNEWSLETTER

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Durante os próximos dias a festa do Centenário da República faz-se sentir por todo o país. Em Lisboa, como não poderia deixar de ser, são múltiplas as manifestações culturais e artísticas que evocam a data em que a velha monarquia caiu aos pés

dos republicanos revoltosos de 1910. Da música ao teatro, passando por exposições e roteiros culturais, há de tudo um pouco para assinalar uma das datas mais importantes do calendário português.

Foi na manhã de 5 de Outubro de 1910 que José Relvas, membro do Directório do Partido Republicano, proclamou o triunfo da revolução da varanda dos Paços do Concelho. Cem anos depois, na Praça do Município, o Presidente da República fará a evocação da data e o grupo teatral O Bando levará à cena uma peça que contará com a presença de várias centenas de figurantes (ver página 6). Segue-se o Hastear da Bandeira ao som de A Portuguesa, interpretada pela Banda da Guarda Nacional Republicana, com Elisabete Matos e as Jovens Vozes de Lisboa, e a impressão numa tela das mãos de cem crianças.

Música para a República Para além das cerimónias oficiais do 5 de Outubro, a cidade vai acolher inúmeros eventos, destacando-se uma programação musical rica e variada. A exemplo, no Teatro Nacional de São Carlos sobe ao palco Dona Branca, de Alfredo Keil, em versão de concerto, nos dias 29 de Setembro, 1, 3 e 5 de Outubro (com preços especiais no dia do Centenário da Implantação da República); e, a 2 de Outubro, há mais uma edição de Música nas Praças, concertos promenade que decorrem entre as 15h e as 22h, em locais da Baixa-Chiado.

Fora do âmbito da música erudita, a Alameda D. Afonso Henriques vai engalanar-se, na noite de 4 de Outubro, para receber o Grande Baile da República. Trata-se de uma festa popular que contará com actuações de

NEWSLETTERLISBOA CULTURAL

PAG. 4Em Destaque

CENTENÁRIO DA REPÚBLICAno auge das comemorações

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Pedro Burmester, da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, dos brasileiros Orquestra Imperial e do Real Combo Lisbonense, que convidou Vitorino, Lenita Gentil, Jaime Nascimento e B Fachada. Como “100 anos é muito tempo”, a um baile que celebra o espírito republicano não poderiam faltar fanfarras, “bombos da corte”, majoretes e “homens-sandwich”. E, claro, um mestre-de-cerimónias que promete não deixar ninguém indiferente, ou não fosse ele o imprevisível e camaleónico Manuel João Vieira.

A República conta-se assimO tema da República contém múltiplos aspectos a descobrir em exposições que propõem olhar as mais variadas dimensões e aspectos da vida social, política, cultural e artística da I República. Esta semana, destaca-se a abertura ao público de duas novas exposições que abrem novas perspectivas sobre o tema.

Na Galeria de Exposições dos Paços do Concelho, a proposta recai sobre Eu fui uma testemunha - O 5 de Outubro em Lisboa. Esta nova exposição revisita Lisboa, epicentro estratégico da implantação da República, a partir do relato de um republicano anónimo. Inaugura a 1 de Outubro.

Num período de grande fulgor da caricatura enquanto arte de intervenção política e social, o Museu Bordalo Pinheiro propõe revisitar, a partir de dia 2, a obra de Silva Monteiro, um cartoonista muito pouco conhecido, mas de reconhecida qualidade, que marcou a história do bissemanário humorístico Os Ridículos, entre 1908 e 1926. Esta exposição reúne o acervo das colecções municipais do Museu Bordalo Pinheiro e da Hemeroteca Municipal e alguns inéditos da colecção de Emílio Rincon Peres.

Na rua com a RepúblicaPensada nos salões, a revolução que quase não se fez acabou na rua, corporalizada pela audácia de militares e civis que decidiram não esperar mais. Por isso mesmo,

a República é comemorada na rua, em locais que marcaram indelevelmente a sua história, conforme demonstra o roteiro que a Câmara Municipal de Lisboa, com o apoio da Carris, promove ao longo do mês de Outubro. Trata-se do Autocarro do Centenário, um veículo que se propõe, diariamente a percorrer os passos dos revoltosos, numa viagem que se inicia na Praça do Município e segue pelo Terreiro do Paço, Estação do Rossio, Praça do Marquês de Pombal, Quartel de Campolide, Alcântara e Cordoaria Nacional.

Mas, não é tudo! O pulsar republicano manifesta-se no Rossio, onde, de 1 a 3 de Outubro, os cidadãos podem marcar presença na Incrível Tasca Móvel, também conhecida pelo epíteto de “tasca das tascas”, ou na sala de visitas da capital, o Terreiro do Paço, tornado cenário para um incrível espectáculo multimédia que vai animar as noites de 1 a 5 de Outubro, com sessões às 21h30 e 00h (excepto dia 5, apenas às 21h30), com entrada livre. FB

Consulte a programação integral das Comemorações do Centenário da República em www.centenariorepublica.pt

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PAG. 5Em DestaqueNEWSLETTER

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PAG. 6EntrevistaNEWSLETTER

A pouco mais de uma semana da apresentação do espectáculo Os Bigodes na Res Publica, na Praça do Município, durante as

cerimónias oficiais do 5 de Outubro, o grupo de teatro O Bando trocou a tranquilidade bucólica de Vale de Barris, em Palmela, onde se sedia, pelo complexo da Fábrica do Braço de Prata, em Lisboa. Foi ali, entre a azáfama e o nervosismo próprio de quem tem ainda muito trabalho pela frente, que estivemos à conversa com João Brites, encenador e director do Teatro O Bando.

Como surgiu o convite da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR) para fazer este espectáculo?Tudo terá começado há cerca de dois anos, quando apresentámos à Câmara Municipal

de Lisboa a ideia para um espectáculo concebido especialmente para o centenário da República. Como é normal, e uma vez que nem sequer tínhamos o projecto devidamente delineado, o tempo foi passando e, a convite da CNCCR, acabámos por conceber um projecto completamente diferente intitulado Os Bigodes na Res Publica.

Pode descortinar um pouco sobre este projecto?O espectáculo vai ser um acontecimento teatral, com uma duração de cerca de 20 minutos, que consideraria uma espécie de teatro de massas com inspiração em Piscator, e onde se pretende homenagear os desconhecidos da República através de uma grande representação popular.

OS BIGODES NA RES PUBLICAEntrevista João Brites

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PAG. 7EntrevistaNEWSLETTER

Significa, então, que não vão ser evocadas as figuras notáveis da República?O nosso objectivo não é fazer uma representação histórica, nem evocar as figuras históricas. O que pretendemos é fazer uma manifestação teatral que é, ao mesmo tempo, uma manifestação de cidadania, minha e do Teatro O Bando, no sentido de nos associarmos ao ideário da República e às suas grandes linhas. É, no fundo, um espectáculo animado pela Revolução do 5 de Outubro, onde se pretende fazer luz sobre aquela massa de pessoas que contribui para as mudanças sociais e políticas mas que, no dia seguinte, já saiu de cena.

O espectáculo vai ser encenado no decorrer das cerimónias oficiais. É uma limitação? Antes de mais, confesso que reconheço uma certa ousadia a quem sugeriu que fizéssemos o espectáculo durante as cerimónias oficiais, entre o momento da chegada do Presidente da República e o Hastear da Bandeira. Em relação à questão, há algumas limitações, até porque temos que coordenar, no espaço, algumas centenas de voluntários que vão fazer o espectáculo connosco, sendo que essa muito considerável massa popular vai ter que entrar e sair da praça.

Qual vai ser o papel desses voluntários?O papel dessa massa de pessoas é absolutamente fundamental. Não sendo um espectáculo de época, estas pessoas vão desempenhar o papel de um grande grupo de republicanos, trajados de preto e branco como as fotografias que vi e me inspiraram, com chapéus de chuva que são manchas negras das quais se elevam as mulheres, ou não fosse a República simbolicamente representada pela figura feminina.

Apesar do espectáculo se chamar Os Bigodes na Res Publica…Os republicanos são homens, mas a República é uma mulher e elas formam uma representação mítica. As mulheres neste espectáculo, são quem tem a palavra já que serão dezenas a recitar poemas, a falar e a tocar, num discurso que passa pela construção de imagens simbólicas e metafóricas, que não se situam apenas na data histórica do 5 de Outubro de 1910, mas que são hoje matéria plástica e teatral capaz de nos interrogar, de nos inquietar e partilhar connosco sentimentos, que é, de facto, aquilo que mais me interessa. FB

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PAG. 8Centenário da RepúblicaNEWSLETTER

Autocarro do CentenárioA partir da Praça do MunicípioVisita inaugural: 1 de Outubro | 10hDe 2 a 31 de Outubro | terças e quintas, às 11h e às 15h (para escolas do ensino secundário e idosos) | sábados e domingos, às 11h e às 15h (famílias e público em geral)

Lançamento do livro Relatórios da Revolução de 5 de OutubroReedição de uma publicação da Câmara Municipal de Lisboa de 1978, com prefácio e notas introdutórias de Carlos Ferrão5 de Outubro | 16hSalão Nobre dos Paços do Concelho

Eu fui uma testemunha - O 5 de Outubro em LisboaExposiçãoDe 5 de Outubro a 29 de Abril de 2011Inauguração: 5 de Outubro | 16hGaleria de Exposições dos Paços do Concelho

Concerto de PianoCom Vera Prokic1 de Outubro | 18hSala do Arquivo dos Paços do Concelho

Silva Monteiro – Desenho humorístico n´Os RidículosExposição De 2 de Outubro a 5 de DezembroMuseu Rafael Bordalo Pinheiro

Música nas Praças

Concertos promenade2 de Outubro | das 15h às 23hLargo do São Carlos, Pátio Siza Vieira, Ruínas do Carmo e Praça da Estação do Rossio

Percursos, Conquistas e Derrotas da Mulheres na I RepúblicaExposiçãoA partir de 2 de OutubroMuseu República e Resistência/Cidade Universitária

Leal da Câmara – Caricaturista da RepúblicaExposição A partir de 2 de OutubroHemeroteca Municipal

Grande Baile da República – 100 anos é muito tempoConcertos e animação 4 de Outubro | 21h30Alameda D. Afonso Henriques

Os Bigodes na Res PublicaPelo Teatro O Bando5 de Outubro | 10hPraça do Município

As Marchas Populares em Lisboa na Celebração do Centenário da RepúblicaDesfile das marchas da Baixa, Bela Flor e Graça5 de Outubro | a partir das 17hA partir da Rua do Comércio, seguindo pela Rua Augusta e interpretação final no Rossio

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PAG. 9FestivaisNEWSLETTER

Está a chegar a quarta edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. Entre 29 de Setembro e 3 de Outubro, pelas salas

do Cinema São Jorge, exibem-se mais de 50 filmes de terror. O convidado de honra desta edição é o lendário George Romero, que irá apresentar Survival of the Dead, o último capítulo da sua saga dos mortos, iniciada em 1968.

Um dos principais destaques desta edição é a exibição de algumas das obras mais marcantes de George A. Romero, homenageado na secção Culto dos Mestres Vivos. O cineasta norte-americano, criador do icónico Night of the Living Dead, vai estar em Lisboa, a convite do MOTELx, para promover uma masterclass aberta a todo o público do festival.

Com honras de abertura do festival, Tiago Guedes e Frederico Serra, os autores de Coisa Ruim, estreiam Noite

Sangrenta, uma co-produção entre a RTP e a David & Golias, que evoca os violentos acontecimentos da noite de 19 de Outubro de 1921, quando três figuras históricas da República são assassinadas por facções revoltosas.

Para os fãs do gore mais extremo, a secção Japão Retro reservou uma joint-venture dos maiores criadores nipónicos do género: Pink Extreme, Noburo Iguchi (The Machine Girl), Yoshihiro Nishimura (Tokyo Gore Police) e Tak Sakaguchi (Samurai Zombie). Eles reúnem-se num filme explosivo intitulado Mutant Girls Squad.

Repetindo a aposta do festival no terror português, a secção competitiva será de novo dedicada, em exclusivo, às curtas-metragens de produção ou co-produção nacional, num total de 12 filmes em competição. O Prémio MOTELx será anunciado no último dia do festival, por um júri constituído pelo realizador José Nascimento, pelo historiador e escritor José Matos Cruz e pelo especialista em cinema de terror Alan Jones.. SS

www.motelx.org

MOTELx

Onde o Terror é Bem-Vindo

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PAG. 10ExposiçõesNEWSLETTER

Com comissariado de Awam Amkpa, a mostra está organizada em três partes

distintas: a primeira secção é composta por retratos de africanos que procuram inscrever-se nas paisagens urbanas para as quais migraram; a segunda é uma mostra dos primeiros retratos etnográficos; e, a secção final apresenta fotografias contemporâneas de África da autoria de não-africanos que partilham uma relação de diálogo com os artistas africanos.

Awam Amkpa, que nasceu na Nigéria, mas vive e trabalha nos EUA, é professor e autor de diversos livros e artigos sobre teatro e cinema. A propósito do nome que dá título à exposição, o curador conta que “foi retirado de um trabalho artístico de um ‘Mammy Wagon’ que vi numa estrada nigeriana há muitos

anos atrás. O camião ultrapassou o carro em que seguia, libertando uma nuvem de fumo negra e mal cheirosa de gasóleo, deixando-nos uma imagem gravada de dois olhos enquadrados por uma imagem pincelada de um mapa de África. A visão capturou um continente em movimento, transportado nas traseiras de um camião em marcha. Na superfície corroída do mapa de África aninhava-se a inscrição See You, See Me! [Vejo-te, Vême].”

Descobrir o que é um “Mammy Wagon” ou conhecer o trabalho de artistas como Mamadou Mbaye, Malik Sidibé ou Anirban Duttagupta, é o que se propõe em Africa: See You, See Me!, a exposição que chega agora a Lisboa, depois de ter passado por Nova Iorque e Florença. SF

www.africacont.org

AFRICA: SEE yOU, SEE ME!

Conhecer um pouco da história da fotografia africana é aquilo a que se propõe a exposição Africa: See You, See Me! A partir de 1 de Outubro, no Pavilhão Preto do Museu da Cidade.

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PAG. 11DançaNEWSLETTER

Landscape with Figures/Lake/Work constitui-se por três peças que pretendem responder a uma questão: do que se fala quando se cria? Um espectáculo da TOK’ART, uma nova plataforma de dança, fundada em 2006, pelo coreógrafo André Mesquita e pela bailarina do extinto Ballet Gulbenkian, Teresa Alves da Silva. Para ver, no Maria Matos Teatro Municipal, a partir de 30 de Setembro.

A TOK’ART tem residência artística no Centro Cultural do Cartaxo onde desenvolve os seus projectos. Nas peças que compõem este programa, André Mesquita questiona-se sobre o que está por trás da criação e propõe tornar visível no palco as manifestações físicas que estão presentes no processo criativo. A saber: Landscape with Figures: performance com banda sonora de uma palestra da escritora americana Elizabeth Gilbert sobre criatividade, para a famosa série de conferências TED – Ideas worth

spreading. Landscape with figures desconstrói assim, através do humor, o mito do génio artístico;

Lake: Teresa Alves da Silva interpreta um solo inspirado numa carta que Nadehzhda Mandelstam escreveu, em 1938, ao seu marido, o poeta russo Osip Mandelstam: “Não tenho palavras, meu querido, para escrever esta carta. Estou a escrevê-la no espaço vazio. Quando voltares, talvez não me encontres aqui”. Lake venceu dois prémios no International Solo-Tanz-Theater Festival 09, em Estugarda; Work: refere-se a uma tradição na pintura abstracta de chamar os quadros simplesmente Obra #1 ou Obra #2. O que fica quando se elimina toda a retórica e até a própria significação do processo de criação? SS

Maria Matos Teatro Municipal 30 Setembro a 2 Outubro | 21h30

www.teatromariamatos.pt

L A N D S C A P E with Figures/Lake/Work

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PAG. 12CurtasNEWSLETTER

Andrew Bird no São Luiz para conferência

Considerado um dos mais talentosos músicos da actualidade, Andrew Bird estará no Jardim de Inverno, do São Luiz Teatro Municipal, no

dia 1 de Outubro, para uma conferência intitulada Pensamentos e Emoções, Desdobrando a Canção. Na semana que antecede o concerto

na Aula Magna (7 de Outubro), e por ocasião do Dia da Música, o músico explica como compõe e mostra o papel da criatividade na sua

composição musical. A entrada é livre, sujeita à lotação da sala.

Coliseu de Lisboa recebe V Gala Amália

Amália Rodrigues, a sua vida e obra estarão em destaque na V Gala Amália, que se realizará a 4 de Novembro, no Coliseu de Lisboa. Tal

como vem sendo hábito, neste dia serão entregues os Prémios Amália, que têm como objectivo reconhecer o mérito dos que contribuem

para manter viva a grandeza do Fado. Ada de Castro, Kátia Guerreiro e Ana Sofia Varela, entre tantos outros, são alguns dos nomes já

anunciados como vencedores e que serão os responsáveis por esta noite de festa.

11.ª Festa do Cinema Francês

De 7 de Outubro a 9 de Novembro, seis cidades do país recebem a Festa do Cinema Francês. Com uma programação de 125 sessões de

cinema, não serão esquecidos os concertos, ateliês, debates e encontros com personalidades da sétima arte francesa. Sandrine Bonnaire,

“madrinha” do evento, foi convidada a escolher seis filmes marcantes da sua carreira para serem exibidos numa secção especial que lhe

será dedicada. Jane Birkin, que protagoniza uma das 20 longas-metragens em antestreia em Lisboa, e o realizador André Téchiné também

vão estar na 11ª Festa do Cinema Francês.

Fonoteca recebe propostas para 2011

Com o intuito de divulgar a música e os intérpretes portugueses, a Fonoteca Municipal de Lisboa realiza o ciclo Sextas de Concertos. Por

outro lado, e com um objectivo semelhante, pretende, a partir de Janeiro de 2011, promover o Ciclo das 5.ªs, uma actividade constituída

por concertos de Música Erudita de Tradição Ocidental. Para um ou para outro projecto, a Fonoteca está a receber candidaturas/propostas

para o próximo ano. Para se inscrever ou saber mais informações, visite a página de Internet da entidade, em www.fonoteca.cm-lisboa.pt.

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ExPOSIçõES

- Lisboa à beira Tejo | Até 30 de Setembro | Padrão dos Descobrimentos | www.padraodescobrimentos.egeac.pt

- Sensualité | De Téia Roriz | Até 30 de Setembro Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Grandella | Estrada de Benfica 419 | 21 771 23 10

- 4 Contentores, 1 desenho e Uma Paisagem / a bordo de Victor Hugo | Instalação de Susanne Themlitz, no projecto Contentores | Até 2 de Outubro | Docas de Alcântara www.contentoresp28.com

- Nadir Afonso Sem Limites – retrospectiva | Até 3 de Outubro | MNAC – Museu do Chiado www.mnac-museudochiado.imc-ip.pt

- Contemplações | Exposição de pintura de Paula Teresa Até 5 de Outubro | Quinta das Conchas | 21 391 26 00 [email protected]

- Os Fios d’A Tarumba | Até 10 de Outubro | Museu da Marioneta | www.museudamarioneta.egeac.pt

- Todos | Exposição de fotografia | Até 16 de Outubro Arquivo Municipal de Lisboa / Núcleo Fotográfico Rua da Palma 246 | 21 884 40 60 | http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt

PAG. 13Em AgendaNEWSLETTER

.:ExPOSIçõES:.

Orfeu e Eurydice e O Anjo de TimorA partir de textos de Sophia de Mello Breyner Andresen, a Casa Fernando Pessoa inaugura na próxima quarta-feira, dia 29, as exposições Orfeu e Eurydice e O Anjo de Timor, de Graça Morais. Considerada um dos nomes maiores da pintura da actualidade, a artista nasceu em 1948, numa localidade perto de Trás-os-Montes, tendo tido o primeiro contacto “a sério” com obras de arte em 1970. Aprecie a sua obra, visitando a Casa Fernando Pessoa.

Malick Sidibé nas GalveiasIntegrada nas actividades paralelas do doclisboa – VIII Festival Internacional de Cinema, inaugura a 28 de Setembro, na Galeria do Palácio Galveias, uma exposição com 85 fotografias de Malick Sidibé (na imagem). Vencedor do Prémio Photo España Baume & Mercier 2009, Sidibé nasceu em 1936 em Soloba, uma aldeia a 300 km da capital do Mali, Bamako. Com entrada livre, os trabalhos do fotógrafo maliano estarão expostos até ao final de Outubro.

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CONTINUAçÃO

- Metamorfoses | De Daniele Cavallini e Rodrigo Almeida | Até 23 de Outubro | Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro | Estrada de Telheiras 146

- Lá Vai Ela, Formosa e Segura | Até 24 de Outubro MUDE - Museu do Design e da Moda | www.mude.pt

- Anti-Totem, de André Romão e Pedro Neves Marques com Diogo Evangelista e Eduardo Guerra | Até 14 de Novembro | Galeria Quadrum | Rua Alberto Oliveira 52, Palácio dos Coruchéus | 21 817 05 34

- Lisboa Republicana: Espaço e Memória | Até 31 de Janeiro de 2011 | GEO – Gabinete de Estudos Olisiponenses | Palácio do Beau Sejóurhttp://geo.cm-lisboa.pt

TEATRO

- Coucou | Até 30 de Setembro (excepto dia 27) | Maria Matos Teatro Municipal | www.teatromariamatos.pt

- Hedda | encenação de Jorge Silva Melo | Até 17 de Outubro |São Luiz Teatro Municipal www.teatrosaoluiz.pt

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PAG. 14Em AgendaNEWSLETTER

.:MúSICA:.

Jóhann Jóhannsson & Iskra String QuartetNo próximo dia 28 de Setembro, Jóhann Jóhannsson

estreia-se em concerto no nosso país. O islandês, que

se tem notabilizado pelo hábil cruzamento entre a

sua veia orquestral clássica e uma noção conceptual

muito particular das músicas de vanguarda, terá a

companhia de um dos mais conceituados quarteto

de cordas contemporâneos, o Iskra String Quartet. O

concerto terá lugar na Sala Principal do Maria Matos

Teatro Municipal, com início marcado para as 22h.

.:TEATRO:.

Um louco na minha camaNo âmbito das Noites no Teatro, sugerimos-lhe

Um louco na minha cama, no Teatro Turim. Com

encenação de Attílio Riccó, esta é uma comédia que

conta a história de Bia, uma mulher linda que está

num beco sem saída e liga para uma linha de apoio

a suicidas. Eduardo, um suposto voluntário da linha,

acaba por dar-lhe mais do que uma ajuda. A sessão

das Noites no Teatro realiza-se a 1 de Outubro, às

20h, altura em que terá lugar um comentário com

o encenador e os actores. Gratuito para estudantes,

assegure a sua presença ligando para o 21 817 06 00.