Author
ccdr-lvt
View
221
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Projeto Gestão Estratégica RLVT 2000-2006, CCRLVT, Junho 2003
Gesto Estratgica da Regio de Lisboa e Vale do Tejo
LISBOA E VALE DO TEJO NA EUROPA DAS REGIES
Junho de 2003
M CO T A
INISTRIO DAS IDADES,
RDENAMENTO DO ERRITRIO E MBIENTE
Comisso de Coordenao da Regio de Lisboa e Vale do Tejo
Ficha Tcnica
Ttulo Gesto Estratgica da RLVT - Lisboa e Vale do Tejo na Europa das Regies
Edio Comisso de Coordenao da Regio de Lisboa e Vale do Tejo
Coordenao Antnio Fonseca Ferreira
Coordenao Operacional Isabel Sousa Lobo Joo Afonso
Equipa Interna Antnio Marques Isabel Carvalho Moura de Campos
Equipa Externa / Peritos Augusto Mateus Ctia Fernandes Isabel Guerra Joo Ferro Joo Paulo Bessa Manuel Laranja Paulo Madruga Vanessa de Sousa
Design e Paginao Ana Garcia
Apoio Edio Gabinete de Apoio Presidncia
Comisso de Coordenao da Regio de Lisboa e Vale do Tejo
Morada Rua Artilharia Um, 33 . 1269-145 Lisboa Telefone 21 383 71 00
Fax 21 383 12 92
Endereo Internet www.ccr-lvt.pt
Impresso Comisso de Coordenao da Regio de Lisboa e Vale do Tejo Tiragem 100 exemplares Data Junho de 2003 Preo 30 ISBN 972-9163-94-4 Depsito Legal 198473/03
NDICE
A INTRODUO 7 B A REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO NO CONTEXTO DAS REGIES DA EUROPA DOS 27:
UMA TIPOLOGIA 11
B.1 A Europa das Regies e o Alargamento a Leste 13 B.2 Metodologia de Anlise 14 B.3 Resultados 16
ndice de Figuras 31
C MONITORIZAO DA REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO: UMA VISO A PARTIR DA EUROPA ALARGADA DAS REGIES 33 C.1 Dois Indicadores Chave De Enquadramento: PIB e Educao 35
C.1.1 PIB per capita 37
C.1.2 Educao 40 ndice de Figuras 46 C.2 Domnio Territrio 47
C.2.1 Introduo 49 C.2.2 Condies de Mobilidade e Atraco 50 C.2.3 Qualidade de Vida 57
C.2.4 Sntese do Domnio 64
ndice de Figuras 65 C.3 Domnio Pessoas 67
C.3.1 Introduo 69
C.3.2 Contexto Demogrfico 70 C.3.3 Recursos Humanos 80 C.3.4 Qualidade de Vida: Sade 102
C.3.5 Sntese do Domnio 106
ndice de Figuras 108
C.4 Domnio Organizaes 111
C.4.1 Competitividade e Internacionalizao 113 C.4.1.1 Introduo 115 C.4.1.2 Dinmica Econmica 116 C.4.1.3 Competitividade Internacional 125 C.4.1.4 Factores de Crescimento 130
C.4.1.5 Sntese do Domnio 135 C.4.2 Inovao 137 C.4.2.1 Introduo 139
C.4.2.2 Actividades de I&D 141
ndice de Figuras 145 D SNTESE FINAL 147 E A REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO FACE EUROPA: METAS PARA O FUTURO 153 F ANEXO - QUADRO SNTESE DOS INDICADORES 159
A INTRODUO
A - INTRODUO
9
A maior parte das anlises da Regio de Lisboa e Vale do Tejo feita com base em indicadores mdios,
cujos valores de referncia so de mbito nacional. Ora, sendo avaliada no contexto do Pas, os
resultados obtidos tendem a generalizar a imagem de uma regio com uma situao globalmente
favorvel ou at privilegiada. A actual posio de phasing out, singular em termos nacionais, contribui
para reforar esta viso particularmente positiva da regio portuguesa mais desenvolvida.
Contudo, o contexto nacional h muito deixou de ser o referencial exclusivo ou at essencial para avaliar
o desempenho de qualquer regio. Por outro lado, sabe-se bem que os valores mdios obtidos para o
conjunto de um determinado territrio podem ocultar a existncia de disparidades internas relevantes.
Num mundo crescentemente interactivo, as regies tornam-se mais vulnerveis a presses externas do
mais diverso tipo. Por outro lado, a actual sociedade da informao e do conhecimento impe nveis de
exigncia mais elevados no que se refere s capacidades e competncias das pessoas e das
organizaes. Finalmente, tambm a apreciao da qualidade do ambiente e do bem-estar dos cidados
obedece, hoje, a padres de maior exigncia.
A avaliao da Regio de Lisboa e Vale do Tejo no pode, por isso, deixar de ser efectuada a um nvel
supra-nacional, com prioridade para o espao europeu. O alargamento a leste da Unio Europeia
reforar, alis, a necessidade de atribuir um peso crescente ao conceito de co-evoluo em qualquer
anlise sobre as condies de desenvolvimento e o futuro posicionamento internacional das vrias
regies da Europa.
Este documento procura caracterizar a Regio de Lisboa e Vale do Tejo luz de um olhar europeu,
averiguando o seu actual posicionamento no contexto das regies da Unio Europeia a 27. Esta viso de
fora para dentro permite desenhar uma imagem mais ntida das potencialidades e dificuldades da
Regio. E sublinha, ao mesmo tempo, a necessidade de a RLVT adoptar um modelo de desenvolvimento
capaz de a transformar numa plataforma de intermediao estratgica entre o mundo externo e Portugal,
isto , um modelo que procura um reposicionamento internacional mais competitivo e slido como
condio para se desenvolver a si prpria e ao pas.
O documento encontra-se organizado em trs seces.
A - INTRODUO
10
Na primeira seco constri-se uma tipologia das 266 regies da Unio Europeia dos 27 a partir de 25
indicadores representativos de seis domnios analticos: demografia, instruo, mercado de trabalho,
emprego, riqueza e inovao. A informao disponibilizada pelo Eurostat a nvel espacial 4 (NUT II)
permite identificar 9 classes de regies, integrando a RLVT numa classe com um perfil bastante prximo,
mas ainda aqum da mdia da UE dos 15.
Na segunda seco aplica-se a abordagem desenvolvida no Guia para a Gesto Estratgica da Regio
de Lisboa e Vale do Tejo (2002). Num primeiro captulo, efectua-se uma breve contextualizao da RLVT
no quadro da Europa das Regies no que se refere a dois indicadores-chave: nveis de instruo e PIB
per capita. Nos captulos seguintes procede-se, para cada uma das reas de monitorizao Territrio,
Pessoas e Organizaes apreciao dos indicadores regionais disponveis mais relevantes por
domnio e subdomnio de anlise. Os resultados desses indicadores so sistematicamente comparados
com dois conjuntos de referncia regies capitais e regies perifricas e ainda com as respectivas
mdias ao nvel da Unio Europeia e de Portugal. Estes vrios nveis de comparao permitem uma
avaliao multidimensional e, por isso mais, rica e rigorosa, do posicionamento relativo da Regio de
Lisboa e Vale do Tejo no espao europeu.
Finalmente, na terceira seco identificam-se, tendo por base os resultados das anlises comparativas
anteriormente efectuadas, algumas metas a que a RLVT dever aspirar no seu futuro prximo.
B
A REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO NO CONTEXTO DAS REGIES
DA EUROPA DOS 27:
UMA TIPOLOGIA
B.1 - A EUROPA DAS REGIES E O ALARGAMENTO A LESTE
13
O alargamento a leste da Unio Europeia torna o espao comunitrio simultaneamente mais heterogneo
e assimtrico. Por um lado, haver maior diversidade nos mais diversos domnios, da cultura religio ou
aos sistemas institucionais. Por outro lado, as disparidades de riqueza, qualidade de vida e bem-estar
tendero, inevitavelmente, a agravar-se.
Simultaneamente, a mobilidade intra-europeia ser mais fcil, pelo que o velho continente ser mais
interactivo e, por isso, mais pequeno.
Finalmente, o reforo da Europa, como comunidade imaginada, tender a aproximar os europeus em
torno de um nmero crescente de causas e reptos colectivos.
A intensificao dos processos de segmentao e de co-evoluo no seio do espao europeu torna-se,
por isso, inevitvel, condicionando de forma decisiva o futuro das pessoas, organizaes, regies e
pases.
Neste contexto, importa entender e acompanhar o modo como a Regio de Lisboa e Vale do Tejo se
posiciona face ao conjunto das regies dos 27 pases que iro brevemente partilhar o grande clube
comunitrio. Tendo em vista este objectivo, a anlise que se segue define uma tipologia das regies da
Europa dos 27 e procura identificar o lugar ocupado pela RLVT no seio deste universo.
B.2 METODOLOGIA DE ANLISE
14
A partir da informao regional do Eurostat, construiu-se uma base de dados para o nvel espacial 4 (NUT
II) das regies da Europa dos 27.
A informao disponvel permitiu considerar 25 indicadores, organizados em 6 blocos analticos:
demografia; instruo; mercado de emprego; estrutura do emprego; riqueza e inovao (Quadro 1). Para
cada um destes indicadores, consideraram-se 5 categorias de respostas, sequencialmente definidas a
partir das respectivas mdias. Essas categorias encontram-se graficamente assinaladas por uma escala
em que os resultados acima da mdia esto representados pelo smbolo + (muitssimo superior: +++;
bastante superior: ++; ou superior: +); as que se situam abaixo da mdia pelo smbolo (bastante
inferior: - -; ou inferior: -) e, finalmente, os valores em torno da mdia pelo smbolo =.
A partir da matriz 25 indicadores (desdobrados em 5 categorias) x 266 regies, efectuou-se uma anlise
de correspondncias mltiplas, seguida de uma classificao tipolgica dos indivduos (regies) em
classes relativamente homogneas.
A descrio do perfil-tipo de cada uma das classes efectuada tendo como referncia as categorias
sobre-representadas em cada caso face ocorrncia no universo considerado. Com esse objectivo,
retiveram-se as categorias que correspondem s trs situaes seguintes:
- categorias presentes em mais de 2/3 das regies da classe e que tm ndices de sobre-
representao1 superiores a 2: permitem identificar caractersticas muito predominantes;
- categorias presentes entre metade e 2/3 das regies da classe e que tm ndices de sobre-
representao superiores a 3: permitem identificar caractersticas predominantes;
- categorias presentes num nmero significativo embora no maioritrio (entre 1/3 e metade) de
regies da classe mas que tm ndices de sobre-representao bastante elevados (superiores a
4,5): permitem identificar caractersticas distintivas, isto , caractersticas relativamente pouco
expressivas no conjunto dos universos em anlise, mas muito concentradas nestas classes.
1 Grau de sobre-representao de uma categoria: diferena entre o valor da ocorrncia no grupo e o valor da ocorrncia no universo ponderado pelo nmero global de indivduos (regies)
B.2 METODOLOGIA DE ANLISE
15
Quadro 1 Indicadores considerados
BLOCOS
ANALTICOS INDICADORES ESCALES CONSIDERADOS
Demografia
. Densidade populacional (UE27=113,3 hab / km2)
. % populao 64 anos (UE27=15,6%)
>2000 (+++); 500-2000 (++); 200-500 (+); 100-200 (=); 20 (++); 18-20 (+); 16-18 (=); 14-16 (-); 70 (++); 68-70 (+); 66-68 (=); 64-66 (-); 19 (++); 17-19 (+); 15-17 (=); 13-15 (-); 60 (++); 40-60 (+); 25-40 (=); 15-25 (-); 70 (++); 60-70 (+); 40-60 (=); 30-40 (-); 30 (++); 25-30 (+); 15-25 (=); 10-15 (-); 20 (+++); 15-20 (++); 10-15 (+); 5-10 (=); 20 (+++); 15-20 (++); 10-15 (+); 5-10 (=); 60 (++); 50-60 (+); 40-50 (=); 30-40 (-); 20 (++); 12,5-20 (+); 7,5-12,5 (=); 5-7,5 (-); 40 (++); 25-40 (+); 15-25 (=); 10-15 (-); 75 (++); 65-75 (+); 60-65 (=); 50-60 (-); 70 (++); 60-70 (+); 50-60 (=); 40-50 (-); 80 (++); 75-80 (+); 65-75 (=); 55-65 (-); 4 (++); 2-4 (+); -2-+2 (=); -2- -4 (-); 30 (++); 20-30 (+); 10-20 (=); 5-10 (-); 40 (++); 35-40 (+); 25-35 (=); 20-25 (-); 80 (++); 70-80 (+); 60-70 (=); 50-60 (-);
B.3 RESULTADOS
16
a) Anlise global
A tipologia construda permitiu identificar 9 classes principais de regies, referenciadas de A a I no
dendrograma da Figura 1.
Figura 1 Tipologia das regies da Unio Europeia dos 27
Uma leitura descendente do dendrograma permite verificar o modo como esses 9 grupos se posicionam
entre si:
a um nvel mais geral, as vrias classes agregam-se em dois grandes grupos: o Grupo I, que engloba 6 classes (de A a F), inclui as regies com nveis e dinmicas de desenvolvimento
idnticos ou mais favorveis que a mdia comunitria; pelo contrrio, no Grupo II, encontram-
-se as classes (G, H e I) que renem as regies com resultados claramente inferiores mdia;
no interior de cada um destes dois grupos, as classes dispem-se, grosso modo, de forma sequencial: quanto mais direita se posicionam no dendrograma, mais negativa a sua
situao;
Grupo I Grupo II
A B C D E F G H I (EU 27) (RLVT) (PORT)
B.3 RESULTADOS
17
a classe D integra as regies com um perfil mais prximo da mdia comunitria (UE15 e UE27), pelo que as classes sua esquerda (C, B e, sobretudo, A) correspondem s regies
europeias em situao mais favorvel, enquanto que as classes mais prximas (E e F)
incluem regies com resultados no muito inferiores mdia e, finalmente, as classes
restantes (G, H e, sobretudo, I) agregam as regies mais problemticas;
a ttulo ilustrativo, registe-se que a Regio de Lisboa e Vale do Tejo faz parte da classe E, enquanto que o conjunto do Pas, assim como todas as outras regies NUT II portuguesas, se
integram na classe G, isto , o conjunto em situao menos desfavorvel (tipicamente, as
actuais regies de Objectivo 1) do Grupo mais problemtico.
A identificao do perfil-tipo de cada uma das 9 classes permite estabelecer a seguinte classificao e
est representada no seguinte mapa (ver Figura 2):
Classe A Regies-Motor
Classe B Regies Prsperas
Classe C Regies Laboriosas
Classe D Regies Intermdias Consolidadas
Classe E Regies Intermdias em Consolidao
Classe F Regies Intermdias em Reestruturao
Classe G Regies Perifricas de Baixa Densidade
Classe H Regies em Crise
Classe I Regies Pobres
B.3 RESULTADOS
18
Tipologia das Regies da Europa dos 27
Regies Motor
Regies LaboriosasRegies Intermdias ConsolidadasRegies Intermdias em ConsolidaoRegies Intermdias em ReestruturaoRegies Perifricas de Baixa DensidadeRegies em CriseRegies Pobres
Regies Prsperas
N
Figura 2 Mapa da Tipologia das regies da UE27
B.3 RESULTADOS
19
Apresentemos, brevemente, cada uma destas classes:
Classe A: Regies-Motor Esta classe inclui 12 regies de natureza urbana, a maioria com o estatuto de capital nacional,
caracterizadas, essencialmente, por valores de PNB per capita muito superiores mdia europeia e com
uma trajectria divergente de sentido positivo no perodo 1998-2000.
Regies includas nesta classe:
Oberbayern (Munique), Bremen, Hamburgo e Darmstadt Alemanha; Viena ustria; Bruxelas Blgica;
Ile de France (Paris) Frana; Luxemburgo; Utrecht Holanda; Uusimaa (Helsnquia) Finlndia;
Londres Reino Unido; e Estocolmo Sucia.
Quadro 2
Classe A: Perfil-tipo
CLASSE A (12 REGIES;
4,51 %)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia % populao 15-64 anos: +
Instruo Nveis elev. instr. pop. 25-29 anos: + + Mercado de
trabalho
Emprego Emprego agricultura 2001: -
Riqueza
PNB/cap EU15 2000: + + PNB /cap EU15 evol. 98-00: + + PNB /cap EU25 2000: + + PNB/cap EU15 1995: + +
Inovao
B.3 RESULTADOS
20
Classe B: Regies Prsperas
As 22 regies que integram esta classe destacam-se por conciliar valores de PNB per capita superiores
mdia, com dinmicas de mercado de trabalho particularmente positivas, visveis atravs da ocorrncia
de taxas de desemprego muito baixas, em especial no que diz respeito aos jovens e ao sexo feminino.
Regies includas nesta classe:
Destaca-se um conjunto mais ou menos contguo de regies distribudas pela Alemanha, norte de Itlia e
oeste da ustria, e ainda algumas reas da Blgica (Anturpia e Vlaams Brabant, a regio que inclui
Bruxelas, excepto o centro da cidade), Holanda (Groningen), Irlanda (regio que engloba Dublin) e
Repblica Checa (Praga).
Quadro 3 Classe B: Perfil-tipo
CLASSE B
(22 REGIES; 8,27%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia Instruo
Mercado de trabalho
Evol. taxa desemp. 91-01: = T. desemprego 2001: - T. desemprego 1991: - T. desemprego jovens 2001: - -
T. empr. masc. 15-64 anos 2001: +
T. desemprego feminina 2001: - - T. emprego 15-64 anos 2001: +
Emprego Emprego aqricultura 2001: -
Riqueza
PNB/cap EU15 2000: + PNB /cap EU15 evol. 98-00: + PNB/cap EU15 1995: + PNB /cap EU25 2000: + PNB /cap EU15 evol. 95-00: =
Inovao
B.3 RESULTADOS
21
Classe C: Regies Laboriosas
Esta classe engloba regies demograficamente jovens e densas, com um mercado de trabalho dinmico
(elevadas taxas de emprego e reduzidas taxas de desemprego), sobretudo no domnio dos servios e
nveis mdios de riqueza.
Regies includas nesta classe:
Maioria das regies da Holanda e do Reino Unido, e ainda algumas reas dos pases escandinavos.
Quadro 4 Classe C: Perfil-tipo
CLASSE C
(36 REGIES; 13,53 %)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia % pop. < 15 anos: + Densidade populacional: +
Instruo Nveis mdios instr. pop. 25-29 anos: =
Mercado de trabalho
T. desemprego feminina 2001: - - T. emp. masc 15-64 anos 2001: + + T. desemprego 2001: - Evol. taxa desemp. 91-01: - T. empr. fem. 15-64 anos 2001: + T. desemprego jovens 2001: - - T. desemprego 1991: -
Des. longa durao 2001: - -
T. empr. masc. 15-64 anos 2001: + +
Emprego Emprego agricultura 2001: - Emprego servios 2001: +
Riqueza PNB/cap EU15 1995: =
PNB/cap EU15 2000: = PNB /cap EU15 evol. 98-00: =
Inovao Patentes 1998-2000: =
B.3 RESULTADOS
22
Classe D: Regies Intermdias Consolidadas
O perfil-tipo desta classe reproduz, com grande fidelidade, os valores mdios do universo em anlise.
Regies includas nesta classe:
Primeira coroa perifrica ao ncleo central do espao europeu: i) a sul, a esmagadora maioria das regies
francesas, o centro de Itlia, as reas mais desenvolvidas de Espanha (regies do Nordeste, Madrid,
Catalunha, Baleares) e ainda, as pequenas ilhas de Chipre e Malta; ii) a norte, um nmero muito
significativo de regies inglesas, a parte oeste da Irlanda e alguns casos pontuais da Alemanha, Blgica,
ustria e Finlndia; iii) a leste, a regio de Kozep-Magyaroroszg (Budapeste) Hungria.
Quadro 5 Classe D: Perfil-tipo
CLASSE D
(49 REGIES; 18,05%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia % populao 15-64 anos: -
Instruo Nveis md. instr. pop. 25-29 anos: = Nveis elev instr. pop. 25-29 anos: =
Mercado de trabalho
T. desemprego 2001: = T. empr. masc. 15-64 anos 2001: =
T. empr. femin. 15-64 anos 2001: =
T. desemprego jovem 2001: = T. desemprego feminina 2001: = T. emprego 15-64 anos 2001: =
Taxa desemprego 1991: + Des. longa durao 2001: -
Emprego Emprego indstria 2001: = Empr. servios 2001: =
Riqueza PNB/cap EU15 evol. 95-00: = PNB /cap EU25 2000: = PNB /cap EU15 evol. 98-00: -
Inovao Patentes 1998-2000: =
B.3 RESULTADOS
23
Classe E: Regies Intermdias em Consolidao
Revelando um perfil-tipo bastante prximo da mdia, esta classe destaca-se pelas dinmicas do mercado
de trabalho: elevada taxa de emprego da populao em idade activa em 2001, mas agravamento da taxa
de desemprego entre 1991 e 2001.
Regies includas nesta classe:
Ncleo central de incidncia no arco Blgica flamenga Alemanha ustria, grande parte da Sucia
rural e algumas regies dispersas por vrios pases, com destaque para duas capitais de localizao
perifrica, Lisboa e Bratislava (Eslovquia).
Quadro 6 Classe E: Perfil-tipo
CLASSE E
(36 REGIES; 14,29%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia % populao 15-64 anos: = % populao < 15 anos: =
Instruo
Nveis baixos instr. pop. 25-29 anos: =
Nveis mdios instr. pop. 25-29 anos: + Nveis elevados instr. pop. 25-29 anos: =
Mercado de trabalho
T. emprego 15-64 anos 2001: + T. empr. masc. 15-64 anos 2001: =
Evol. taxa desemp. 91-01: + T. desemprego 2001: = T. desemprego jovens 2001: - -
Emprego Emprego aqricultura 2001: -
Riqueza PNB /cap EU15 evol. 98-00: = PNB /cap EU25 2000: = PNB/cap EU15 1995: =
PNB /cap EU25 2000: =
Inovao
B.3 RESULTADOS
24
Classe F: Regies Intermdias em Reestruturao
As regies integradas nesta classe revelam nveis de riqueza abaixo da mdia e uma populao em
idade activa considervel e relativamente instruda, mas a sofrer as consequncias de processos de
reestruturao produtiva tpicos de reas com uma forte tradio industrial (aumento de desemprego,
nomeadamente de longa durao).
Regies includas nesta classe:
Regies da antiga Repblica Democrtica Alem, da Repblica Checa e da Eslovnia; regies que
incluem as capitais de dois outros pases de leste: Mazowieckie/Varsvia Polnia e Bucareste
Romnia; e ainda, Nyugat-Dunntl, a regio onde se localiza a 2 cidade da Hungria, Gyor.
Quadro 7 Classe F: Perfil-tipo
CLASSE F
(21 REGIES; 7,89%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia % populao 15-64 anos: +
% populao 15-64 anos: + + % populao > 64 anos: -
Instruo
Nveis baixos instr. pop. 25-29 anos: - - Nveis mdios instr. pop. 25-29 anos: +
Mercado de trabalho
T. empr. fem. 15-64 anos 2001: = T. desemprego jovens 2001: =
Des. longa durao 2001: + T. desemprego feminina 2001: +
Evol. taxa desemp. 91-01: + +
Emprego Emprego indstria 2001: + +
Riqueza
PNB /cap EU25 2000: - PNB/cap EU15 1995: - PNB /cap EU15 evol. 98-00: - PNB /cap EU25 2000: -
Inovao
B.3 RESULTADOS
25
Classe G: Regies Perifricas de Baixa Densidade
Esta classe engloba regies com as caractersticas tpicas das zonas perifricas (rurais) de baixa
densidade: pobreza relativa e ausncia de capacidade de inovao tecnolgica, num contexto
globalmente marcado por baixos nveis de instruo, avano do desemprego (em particular de jovens e
mulheres) e envelhecimento demogrfico. As regies desta classe, assim como as das que se seguem,
encontram-se maioritariamente em processos de divergncia face mdia europeia, conforme se pode
confirmar pelo agravamento relativo do PNB per capita (UE15=100) entre 1998 e 2000.
Regies includas nesta classe:
Periferia europeia sul (excepto 3 regies da Blgica e uma da Finlndia), com particular incidncia na
Grcia (todas as regies), Portugal ( excepo da RLVT) e Espanha (reas do Noroeste, Centro e Sul),
mas incluindo ainda algumas regies mediterrneas da Frana e da Itlia.
Quadro 8 Classe G: Perfil-tipo
CLASSE G
(39 REGIES;
14,66%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia Densidade populacional: - % populao > 64 anos: + +
Instruo
Nveis mdios instr. pop. 25-29 anos: - - Nveis baixos instr. pop. 25-29 anos: +
Nveis baixos instr. pop. 25-29 anos: + +
Mercado de trabalho
T. desemprego jovens 2001: + T. desemprego 2001: + T. emprego 15-64 anos 2001: -
T. empr. fem. 15-64 anos 2001: - - T. empr. fem. 15-64 anos 2001: - T. desemprego femin. 2001: +
Emprego Emprego agricultura 2001: +
Riqueza
PNB/cap EU15 2000: - PNB /cap EU15 evol. 98-00: - PNB /cap EU25 2000: - PNB/cap EU15 1995: -
Inovao Patentes 1998-2000: -
B.3 RESULTADOS
26
Classe H: Regies em Crise
Encontram-se includas nesta classe regies cujos mercados de trabalho se encontram em profunda
crise, algumas h mais de uma dcada, com traduo evidente nas elevadas taxas de desemprego que
aqui se verificam. A ausncia de capacidade tecnolgica e a inexistncia de uma base industrial mnima
contribuem, entre outros factores, para a ocorrncia destes resultados preocupantes.
Regies includas nesta classe:
Sul da Itlia (englobando a Siclia e a Sardenha) e ainda territrios extra-europeus, tanto de Espanha
(Ceuta-Melilha), com de Frana (Departamentos de alm-mar Guadalupe, Martinica, Guiana e
Reunio).
Quadro 9 Classe H: Perfil-tipo
CLASSE H
(11 REGIES; 4,14%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia Instruo
Mercado de trabalho
T. emprego 15-64 anos 2001: - - T. desemprego femin. 2001: + + T. empr. fem. 15-64 anos 2001: - - T. desemprego 2001: + + T. desemprego jovens 2001: + +
Des. longa durao 2001: + + T. emp. masc 15-64 anos 2001: -
T. desemprego 1991: + +
Emprego Emprego indstria 2001:- -
Riqueza
PNB /cap EU25 2000: - PNB/cap EU15 2000: - PNB/cap EU15 1995: - PNB /cap EU15 evol. 98-00: - PNB /cap EU15 evol. 95-00: =
Inovao Patentes 1998-2000: -
B.3 RESULTADOS
27
Classe I: Regies Pobres
As 39 regies englobadas nesta ltima classe correspondem s reas europeias de maior pobreza. Os
baixssimos nveis de PNB per capita e a reduzida capacidade de criao de emprego no deixam de se
relacionar com o predomnio de estruturas econmicas marcadas por uma presena muito dbil das
actividades tercirias.
Regies includas nesta classe:
Maior parte dos novos candidatos a pases-membros da Unio Europeia: todas as regies da Bulgria,
Estnia, Letnia, Litunia; todas, excepto as respectivas capitais, no caso da Eslovquia, Polnia e
Romnia; todas excepto as regies que englobam as duas principais aglomeraes urbanas, Budapeste
e Gyor, no caso da Hungria.
Quadro 10 Classe I: Perfil-tipo
CLASSE I
(39 REGIES; 14,66%)
CARACTERSTICAS MUITO PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS PREDOMINANTES
CARACTERSTICAS DISTINTIVAS
Demografia % populao 15-64 anos: + Densidade populacional: - % populao > 64 anos: - -
Instruo Nveis elev. instr. pop. 25-29 anos: -
Mercado de trabalho
T. emp. masc 15-64 anos 2001: - T. empr. fem. 15-64 anos 2001: - T. emprego 15-64 anos 2001: -
T. desemprego jovens 2001: + +
Emprego Emprego servios 2001: - Emprego servios 2001: - -
Riqueza
PNB/cap EU15 1995: - - PNB /cap EU15 evol. 98-00: - - PNB/cap EU15 2000: - - PNB /cap EU25 2000: - -
Inovao
A tipologia apresentada permite salientar quatro aspectos cruciais da geografia europeia do
desenvolvimento regional:
- o predomnio de um padro territorial de tipo centro-periferia, em que a rea central coincide
grosso modo com o pentgono Londres Paris Milo Munique Hamburgo;
- a persistncia da tradicional clivagem existente entre as periferias norte, sul e leste;
- a importncia do efeito nacional;
B.3 RESULTADOS
28
- o destaque positivo, nos pases mais perifricos, das regies que possuem uma forte base
urbana (capitais nacionais e, secundariamente, cidades de maior dimenso) e/ou regies que
reestruturaram precocemente uma base produtiva tradicionalmente industrial.
b) A RLVT face diversidade regional da Europa
No Quadro 11 pode ver-se a distribuio das 266 regies europeias pelas 9 classes identificadas na
tipologia anteriormente apresentada. As classes D (Regies intermdias consolidadas) e E (Regies
intermdias em consolidao) so as mais heterogneas, incluindo regies com trajectrias de
desenvolvimento bastante distintas: antigas reas industriais, que h muito procederam reestruturao
da base econmica tradicional; reas rurais, cujo actual elevado nvel de vida se deve, em boa medida,
manuteno de quadros de vida qualificados do ponto de vista ambiental e patrimonial; regies urbano-
metropolitanas de localizao perifrica, face ao centro do espao europeu.
Quadro 11 Distribuio das regies pelas vrias classes
Pases
A Regies motor
B Regies
prsperas
C Regies
laboriosas
D Regies interm.
consolid.
E R.interm.
em consol.
F R.interm.
em reest.
G R.perif. baixa
densid.
H Regies
em crise
I Regies pobres TOTAL
Alemanha 4 6 1 19 10 40 ustria 1 3 1 4 9 Blgica 1 2 2 3 3 11 Dinamarca 1 1 Espanha 6 11 1 18 Finlndia 1 1 2 1 1 6 Frana 1 17 1 3 4 26 Grcia 13 13 Holanda 1 1 10 12 Irlanda 1 1 2 Itlia 8 4 2 6 20 Luxemburgo 1 1 Portugal 1 6 7 Reino Unido 1 23 11 2 37 Sucia 1 1 6 8 Bulgria 6 6 Chipre 1 1 Eslovquia 1 3 4 Eslovnia 1 1 Estnia 1 1 Hungria 1 1 5 7 Letnia 1 1 Litunia 1 1 Malta 1 1 Polnia 1 15 16 Rep. Checa 1 7 8 Romnia 1 7 8
TOTAL 12
(4.51%) 22
(8.27%) 36
(13.53%) 48
(18.49%) 38
(14.29%) 21
(7.89%) 39
(14.66%) 11
(4.14%) 39
(14.66%) 266
(100.00%)
B.3 RESULTADOS
29
No caso da classe E, em que a Regio de Lisboa e Vale do Tejo se integra, as regies de Alscia
(Frana), Cumbria (Reino Unido) e Bratislava (Eslovquia) ilustram as trs situaes identificadas no
pargrafo anterior. Esta diversidade interna na mesma classe significa que, de um ponto de vista de
posicionamento estratgico internacional e de benchmarking, as referncias mais significativas para a
RLVT no sero muitas das regies tambm includas na classe E, mas sim regies litorais e/ou
aglomeraes metropolitanas de localizao perifrica includas nas classes contguas, tanto superiores
(D e C) como imediatamente inferior (F). Assim, parece particularmente relevante estabelecer
comparaes directas com as seguintes regies:
Classe C: Regies laboriosas
Dinamarca (constitui uma nica regio); Noord Holland (Amsterdam) Holanda; Gloucestershire (engloba
Bristol) Reino Unido.
Classe D: Regies intermdias consolidadas
Madrid e Catalunha (Barcelona) Espanha; Provence-Alpes-Cte dAzur (Marselha) e Aquitaine
(Bordus) Frana; Umbria (Perugia) e Marche (Ancona) Itlia; Greater Manchester, West Midlands
(Birmingham) e West Wales (Cardiff) Reino Unido; Kozep-Magyarorszg (Budapest) Hungria.
Classe E: Regies intermdias em consolidao
Hannover Alemanha; Vstsverige (Gotemburgo) Sucia; South Western Scotland (Glasgow) Reino
Unido; Bratislava Eslovquia.
Classe F: Regies intermdias em reestruturao
Nyugat-Dunantul (Gyor) Hungria; Bucareste Romnia; Mazowieckie (Varsvia) Polnia; Eslovnia
(constitui uma nica regio).
A este conjunto parece ainda aconselhvel adicionar duas regies que incluem capitais nacionais de
localizao perifrica integradas na classe B: Southern and Eastern Ireland (Dublin) Irlanda; Praga
Repblica Checa.
B.3 RESULTADOS
30
A listagem acima indicada permite sublinhar o facto de, no contexto da periferia europeia oeste, sul e
leste, existirem as seguintes regies (cidades) numa posio mais favorvel que a Regio de Lisboa e
Vale do Tejo:
Vrias regies da fachada atlntica que contm cidades mdias, com destaque para Bristol, Manchester, Birmingham e Cardiff Reino Unido e Bordus - Frana;
Vrias regies da fachada mediterrnea que contm cidades mdias, com destaque para Barcelona - Espanha e Marselha - Frana;
Quatro regies de pases perifricos que englobam as respectivos capitais nacionais: Dublin Irlanda, Madrid Espanha, Praga Repblica Checa e Budapeste Hungria.
A este conjunto de regies (cidades), cuja evoluo a RLVT dever vigiar de perto, juntam-se ainda as
regies (cidades) das classes E e F que venham a revelar uma trajectria positiva de desenvolvimento,
nomeadamente as que se localizam em pases do leste europeu (Bratislava, Lubliana e Varsvia, por
exemplo).
Na Figura 3 apresenta-se o perfil da RLVT face mdia da Europa dos 25. Conforme se torna patente, a
regio apresenta uma situao particularmente vulnervel nos domnios da inovao e da instruo da
populao em idade activa.
Figura 3
Perfil da RLVT face UE 25
-100,0 -50,0 0,0 50,0 100,0 150,0 Densidade populacionalEducao baixa (pop. 25-59 anos)Taxa de emprego feminina 15-64 anos 2001Taxa de emprego 15-64 anos 2001PNB/cap eu15 98-00Taxa de emprego masculina 15-64 anos 2001Pop. >64 anos
SERVIOS emprego 2001Pop. 15-64 anosPNB/cap eu15 1995PNB/cap eu25 2000PNB/cap eu15 2000INDUSTRIA emprego 2001Pop.
B NDICE DE FIGURAS
31
Quadro n. Designao Pg
1 Indicadores considerados 15
2 Classe A: Perfil-tipo das Regies Motor 19
3 Classe B: Perfil-tipo das Regies Prsperas 20
4 Classe C: Perfil-tipo das Regies Laboriosas 21
5 Classe D: Perfil-tipo das Regies Intermdias Consolidadas 22
6 Classe E: Perfil-tipo das Regies Intermdias em Consolidao 23
7 Classe F: Perfil-tipo das Regies Intermdias em Reestruturao 24
8 Classe G: Perfil-tipo das Regies Perifricas de Baixa Densidade 25
9 Classe H: Perfil-tipo das Regies em Crise 26
10 Classe I: Perfil-tipo das Regies Pobres 27
11 Distribuio das regies pelas vrias classes 28
Figura n. Designao Pg
1 Tipologia das regies da Unio Europeia dos 27 16
2 Mapa da Tipologia das regies da EU 27 18
3 Perfil da RLVT face EU 25 30
C
MONITORIZAO DA REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO:
UMA VISO A PARTIR DA EUROPA ALARGADA DAS REGIES
C.1
DOIS INDICADORES CHAVE DE ENQUADRAMENTO:
PIB e EDUCAO
C.1.1 PIB per CAPITA
37
A anlise comparativa da competitividade da Regio de Lisboa e Vale do Tejo face s regies europeias
seleccionadas deve, quando analisada de acordo com uma ptica de resultado, recorrer utilizao de
um dos indicadores que melhor traduz o nvel de vida das regies (o PIB per capita).
A Regio de Lisboa e Vale do Tejo apresentava em 2000 um nvel de PIB per capita que, apesar de
superior mdia nacional, ficava bastante aqum da mdia da UE. De facto, no contexto das regies
capitais, a RLVT ocupa uma posio intermdia, sendo o seu nvel aproximado a algumas regies da
Europa de Leste, como Bratislava (Figura1), e a algumas regies perifricas (Figura 2).
Figura 1
Diferena do PIB per capita nas regies capitais face UE15 (1995/2000)
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
-100
-50
0
50
100
150
Reg.
Bru
xelle
s-Ca
p. B
EL
Luxe
mbo
urg
LUX
?le
de F
ranc
e FR
A
Sto
ckho
lm S
WE
Lon
don
UK
Uusim
aa F
IN
Sout
hern
and
Eas
tern
IRL
Prah
a CH
E
Danm
ark
DEN
Lazio
ITA
Com
unid
ad d
e M
adrid
Noor
d-Ne
derla
nd N
ED
Brat
islav
sk?
SVK
Berli
n G
ER
Lisb
oa e
Val
e do
Tej
o PO
R
Attik
i GRE
Kypr
os C
HI
Kz
p-M
agya
rors
zg
HUN
Portu
gal P
OR
Slov
enija
SLO
Maz
owie
ckie
PO
LM
alta
MAL
Buca
rest
e RO
M
Eest
i EST
Liet
uva
LIT
Yugo
zapa
den
BUL
Latv
ija L
ET
1995 2000
Wie
n AU
S
C.1.1 PIB per CAPITA
38
Figura 2 Diferena do PIB per capita nas regies perifricas face UE 15 (1995/2000)
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
Apesar de a Regio de Lisboa e Vale do Tejo apresentar um diferencial positivo face mdia nacional, a
verdade, que quando comparada com outras regies capitais europeias, o destaque assumido pela
Regio de Lisboa e Vale do Tejo bastante mais tnue. Isto deve-se ao facto de o grau de afastamento
do PIB per capita regional, face respectiva mdia nacional, se encontrar entre os menos significativos.
-30
-20
-10
0
10
VstsverigeSWE
CataluaSPA
Lisboa e Valedo Tejo POR
Provence-Alpes-Cted'Azur FRA
AquitaineFRA
GreaterManchester
UK
Leipzig GER
1995 2000
C.1.1 PIB per CAPITA
39
Figura 3 PIB per capita Diferenas das regies capitais face s mdias nacionais (1995/2000)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
Prah
a CH
E
Brat
islav
sk
SVK
Bucu
rest
i RO
M
Reg.
Bru
xelle
s-Ca
p. B
EL
le d
e Fr
ance
FRA
Kz
p-M
agya
rors
zg
HUN
Maz
owie
ckie
PO
L
Lon
don
UK
Sto
ckho
lm S
WE
Uusim
aa F
IN
Wie
n AU
S
Com
unid
ad d
e M
adrid
Lisb
oa e
Val
e do
Tej
o PO
R
Yugo
zapa
den
BUL
Attik
i GRE
Lazio
ITA
Sout
hern
and
Eas
tern
IRL
Noor
d-Ne
derla
nd N
ED
Berli
n G
ER
1995 2000
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.1.2 EDUCAO
40
ao nvel da qualificao dos Recursos Humanos que a Regio de Lisboa e Vale do Tejo se demarca
mais pela negativa, no se aproximando de qualquer capital europeia e no havendo mesmo qualquer
comparabilidade com as outras regies no metropolitanas. A comparao ainda mais alarmante
quando confrontada com outras regies semelhantes e no capitais, ou mesmo com os pases do actual
alargamento europeu.
Possuindo acima de 2/3 da populao com o mais baixo nvel de escolaridade e pouco mais de 10% da
populao com o nvel 3 de escolaridade, o Pas e a Regio demarcam-se claramente do conjunto de
capitais e regies europeias. A comparao pode ser realizada, sobretudo, com os pases da Europa do
Sul Espanha, Grcia e Itlia que apesar de registarem melhores indicadores que a RLVT,
manifestam tambm uma grande distncia em relao ao conjunto europeu.
A comparao faz ainda ressaltar os pases de leste, que no apresentando nveis muito elevados de
escolaridade superior, tm, no entanto, uma escolarizao mdia muito significativa.
a) Os nveis de instruo
Portugal apresenta-se como o pas com o nvel de instruo mais baixo entre os pases europeus
considerados neste estudo, detendo quase 80% de populao com o nvel inferior de escolaridade. Os
pases com maior proximidade, esto, ainda assim, muito longe dos valores portugueses, como o caso
da Espanha (57,6%) e da Grcia (44,6%). Torna-se, pois, evidente, que a populao com o nvel mais
elevado de escolaridade reduzida. Portugal detm 9% de populao com nvel 3 de escolaridade, a
Grcia 18,5% e a Espanha quase atinge trs vezes o nvel de Portugal com 25%. de salientar que os
novos pases da adeso, se nem sempre reflectem fortes percentagens no nvel 3 de escolarizao,
apresentam, no entanto, nveis mdios muito elevados .
A RLVT, sendo a regio mais escolarizada do pas, reflecte melhores nveis de instruo, mas, mesmo
assim, esses nveis esto muito abaixo dos nveis mdios europeus e das regies europeias
seleccionadas para comparao. O peso relativo da populao de nvel menos escolarizado de 72% e
o de nvel 3 de 13,3%.
No grupo mais restrito de regies em anlise, Portugal e a RLVT no tm par no domnio das
qualificaes da sua populao. As regies que imediatamente se seguem RLVT apresentam nveis
C.1.2 EDUCAO
41
bem mais elevados (situando-se em 20% da populao com nvel 3 por oposio aos 13% registados
para a RLVT) e so as regies Aquitania e Provence. As regies com nveis mais elevados neste
indicador so as capitais: Helsnquia Finlndia e Londres Reino Unido.
Figura 4 Nveis de instruo da populao entre 25-59 anos, em 2001, por pases (em % do total)
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
0 10 20 30 40 50 60 70 80
LIETUVA
FINLANDIA
ESSTI
BELGICA
REINO UNIDO
CHIPRE
DINAMARCA
SUCIA
ESPANHA
IRLANDA
HOLANDA
ALEMANHA
FRANA
EU15
BULGRIA
LUXEMBURGO
GRCIA
LATIVIJA
AUSTRIA
ESLOVNIA
MAGYARORSZAG
RLVT
POLNIA
REPUBLICA CHECA
ITALIA
ROMNIA
PORTUGAL
NVEL3
NVEL2
NVEL1
C.1.2 EDUCAO
42
Figura 5 Populao com nvel de instruo 3, em 2001, por regies capitais e perifricas (em %)
FONTE : REGIONS, EUROSTAT, 2002
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
40,8
40,7
35,2
34,4
34,3
33,8
32,6
30,4
29,5
26,7
26,6
26,3
25,7
25,7
24,6
22,6
21,5
21,5
21,3
20,3
20,3
15,5
13,8
13,3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Uusimas-FIN
Londres
Rep.Bruxelas-Cap
Ile-de-France
Madrid
Estocolmo
Berlin
Yugozapaden-BUL
Leipzig
G.Manchester
South. E Eastern-IRL
Catalunha
Praga
Vastsverige-SUE
Bratislava
Attiki
Kozep-Magyarorszag
Provence-Alpes-Cte dAzur
Acquitania
Bucareste
Wien
Mazowieckie
Lazio
RLVT
C.1.2 EDUCAO
43
b) Distncias na educao A comparabilidade da situao da Regio face s mdias europeias e face s mdias nacionais
apresenta um resultado inverso. De facto, se por um lado, a comparao entre a RLVT e a mdia
europeia da populao com nvel 3 de instruo, reflecte bem a distncia que separa a Regio da mdia
da UE 27. Inversamente, face aos baixos nveis de instruo nacionais, a RLVT apresenta uma distncia
menor face s mdias de outras regies portuguesas.
Figura 6
Distncia mdia europeia de populao, em 2001, com nvel 3 de instruo, por regies (EU15 = 100)
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
0 50 100 150 200
EU15
RLVT
Lazio
Mazowieckie
Wien
Bucareste
Noord-Nederland
Acquitania
Provence-Alpes-Cte dAzur
Kozep-Magyarorszag
Attiki
Bratislava
Vastsverige
Praga
Catalunha
Southern and eastern
MG, Manchester
Leipzig
Yugozapaden
Berlin
Estocolmo
Madrid
Ile-de-France
Rep,Bruxelas-Cap
Londres
Uusimas
C.1.2 EDUCAO
44
Figura 7 Distncia s mdias nacionais, em 2001, por regies (Pas = 100)
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0
Noord-Nederland
Acquitania
Provence-Alpes-Cte dAzur
Catalunha
Yugozapaden
Rep,Bruxelas-Cap
Leipzig
Attiki
Mazow ieckie
Estocolmo
Lazio
Berlin
RLVT
Madrid
Londres
Ile-de-France
Praga
Bratislava
C.1.2 EDUCAO
45
Figura 8 Populao entre os 25 e 64 anos com nvel 3 de instruo, por NUTS II em Portugal, 2000
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
9
45
6
78
9
12
0
2
4
6
8
10
12
Portugal Madeira Aores Algarve Norte Centro Alentejo RLVT
NDICE DE GRFICOS
46
Figura n Designao Pg
1 Diferena do PIB per capita nas regies capitais face UE15 (1995/2000) 37
2 Diferena do PIB per capita nas regies perifricas face UE15 (1995/2000) 38
3 PIB per capita Diferena das regies capitais face s mdias nacionais (1995/2000) 39
4 Nveis de instruo da populao entre 25-59 anos, em 2001, por pases (em % do
total) 41
5 Populao com nvel de instruo 3, em 2001, por regies capitais e perifricas (em %) 42
6 Distncia mdia europeia de populao, em 2001, com nvel 3 de instruo, por
regies (EU15 = 100) 43
7 Distncia s mdias nacionais, em 2001, por regies (pas = 1000) 44
8 Populao entre os 25 e 64 anos com nvel 3 de instruo, por NUTS II em Portugal,
2000 45
C.2
DOMNIO TERRITRIO
C.2.1 INTRODUO
49
A escassez da informao estatstica disponvel ao nvel das NUTS II no permite comparar as regies
da UE 27, no que se refere aos vrios aspectos considerados no domnio Territrio.
A primeira dimenso, Ordenamento do Territrio, no pde mesmo ser ilustrada por qualquer indicador
relevante nas suas vrias sub-dimenses: conservao e preservao ambiental, conservao e
preservao patrimonial, organizao do territrio.
Quanto dimenso Condies de Mobilidade e Atraco, ser analisada atravs de dois indicadores
densidade de auto-estradas e vtimas mortais de acidentes rodovirios que, pela sua natureza, so de
certo modo transversais s trs sub-dimenses consideradas: acessibilidades, conectividade e
atractividade.
Finalmente, a dimenso Qualidade de Vida ser avaliada a partir de trs indicadores: resduos slidos
urbanos recolhidos per capita; percentagem de resduos slidos urbanos destinados a lixeiras; consumo
de gua per capita.
O Anurio Estatstico das Regies de 2002 editado pelo Eurostat inclui, pela primeira vez, um captulo
especificamente dedicado a questes ambientais, situao que permitiu avaliar com algum significado a
sub-dimenso qualidade ambiental geral. J as duas restantes sub-dimenses reas rurais e reas
urbanas - no podero ser avaliadas, apesar de existir naquele documento um captulo sobre questes
agrcolas e mesmo, pela primeira vez, um outro sobre questes urbanas. O insuficiente grau de
desagregao espacial da informao disponibilizada no permite, no entanto, que se efectuem
comparaes ao nvel das NUTS II.
As anlises comparativas que se seguem encontram-se estruturadas de forma idntica para cada um dos
indicadores considerados:
a) Caracterizao geral da relao que se estabelece para o conjunto das regies NUTS II da EU
27 entre o indicador em causa e indicadores gerais de desenvolvimento;
b) Posicionamento relativo da RLVT no contexto europeu, nomeadamente em relao s regies
com capitais nacionais e a um leque de regies perifricas de referncia;
c) Posicionamento relativo da RLVT face ao pas.
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
50
a) Densidade de auto-estradas A densidade de auto-estradas (total de km de auto-estrada por km2) geralmente considerada um
indicador significativo de competitividade e desenvolvimento regional. Tomando como referncia os
dados de 2000 relativos s 265 regies NUT II da UE 27 (Figuras 1 e 2), verifica-se, na realidade, que
existe uma estreita associao estatstica deste indicador, tanto com o PIB per capita (ndice de
correlao r=+0.54), como com os nveis de escolaridade mais elevados da populao adulta com 25 a
59 anos (r=+0.35).
Figura 1 Relao entre PIB per capita, em 2000 (UE15=100)
e densidade de auto-estradas (Km por Km2), em 2000, nas regies da UE 27
r = 0,54
PIB per capita
Densidade de auto-estradas
r = 0,54r = 0,54
PIB per capita
Densidade de auto-estradas
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
De uma forma genrica, a densidade de auto-estradas correlaciona-se fortemente com a urbanizao e,
sobretudo, com a metropolizao. No admira (Figura 3), por isso, que o valor atingido pela Regio de
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
51
Lisboa e Vale do Tejo (4,4) seja superior mdia da UE dos 15 (2,7) e mais de trs vezes superior
mdia nacional (1,6). tambm esta razo que explica que os resultados obtidos nas regies com
capitais sejam sistematicamente superiores s respectivas mdias nacionais, embora, no cmputo geral,
o diferencial no seja dos mais significativos no caso da RLVT.
No contexto das regies de referncia, o valor da RLVT pode ser considerado mdio-elevado, tanto para
as regies com capitais nacionais, como para as regies de localizao perifrica.
Figura 2
Relao entre nvel de escolaridade elevado (% pop. 25-59 anos), em 2001 e densidade de auto-estradas (Km por Km2), em 2000, nas regies da UE 27
r = 0,35r = 0,35
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
52
Figura 3 Densidade de auto-estradas (Km por 100 Km2) 2000 nas regies de referncia
(capitais e perifricas)
0,2
0,3
0,3
0,6
0,7
0,8
1,1
1,7
1,8
2,2
2,4
2,7
4,4
6,7
7,4
10,4
11,6
15,8
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Lazio ITA
Mazowieckie POL
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Noord-Holland NED
Berlin GER
le de France FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Praha CHE
Comunidad de Madrid SPA
Kzp-Magyarorszg HUN
Wien AUS
Bratislavsk SVK
Attiki GRE
Stockholm SWE
Bucuresti ROM
Uusimaa FIN
Pas = 1
0,2
0,3
0,3
0,6
0,7
0,8
1,1
1,7
1,8
2,2
2,4
2,7
4,4
6,7
7,4
10,4
11,6
15,8
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Lazio ITA
Mazowieckie POL
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Noord-Holland NED
Berlin GER
le de France FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Praha CHE
Comunidad de Madrid SPA
Kzp-Magyarorszg HUN
Wien AUS
Bratislavsk SVK
Attiki GRE
Stockholm SWE
Bucuresti ROM
Uusimaa FIN
Pas = 1
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,4
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
1,2
1,2
1,4
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
Regies com capitais
Regies perifricas
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,4
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,6
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
1,2
1,2
1,4
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
1,2
1,2
1,6
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
Regies com capitais
Regies perifricas
Densidade de auto-estradas 2000 (Km por 100 Km2)
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,4
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,4
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
1,2
1,2
1,4
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
1,2
1,2
1,4
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
Regies com capitais
Regies perifricas
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,4
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
0,0
0,1
0,2
0,2
0,4
0,6
0,6
1,6
1,7
1,7
2,0
2,1
2,2
2,7
2,7
2,7
3,7
4,4
4,4
4,6
4,9
6,0
6,9
7,0
9,8
10,6
Latvija LET
Mazowieckie POL
Eesti EST
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Buc uresti ROM
Lietuva LIT
Portugal POR
Kzp- Magyarorszg HUN
Attiki GRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Danmark DEN
Uusimaa FIN
EU15
Lazi o ITA
Stockholm SWE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Berlin GER
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord- Holland NED
Wien AUS
1,2
1,2
1,4
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
1,2
1,2
1,6
2,4
2,8
3,9
4,5
12,7
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
Portugal POR
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
EU15
Catalua SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Greater Manchester UK
Regies com capitais
Regies perifricas
Densidade de auto-estradas 2000 (Km por 100 Km2)Densidade de auto-estradas 2000 (Km por 100 Km2)
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
53
b) Vtimas mortais de acidentes rodovirios O total de acidentes mortais provocados por acidentes rodovirios constitui um indicador directo da
segurana nas estradas e um indicador indirecto de nveis de desenvolvimento, numa ptica que abarca
um conjunto diversificado de factores, desde a qualidade da rede viria, cultura de conduo
prevalecente. Significativamente (Figuras 4, 5 e 6), a incidncia relativa deste tipo de vtimas mortais
(total de mortes ocorridas at 30 dias aps o acidente por um milho de habitantes) varia na razo
inversa da densidade de auto-estradas (r = - 0.42), do PIB per capita (r = - 0.41) e dos nveis mais
elevados de instruo (r = - 0.39).
Figura 4
Relao entre mortes por acidentes rodovirios por milho de habitantes, em 1999 e densidade de auto-estradas (Km por Km2) , em 2000, nas regies da UE 27
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
r = -0,42
Mortes por acidentes rodovirios
Densidade de auto-estradas
r = -0,42r = -0,42
Mortes por acidentes rodovirios
Densidade de auto-estradas
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
54
Figura 5
Relao entre mortes por acidentes rodovirios por milho de habitantes, em 1999 e PIB per capita, em 2000 (UE15=100), nas regies da UE 27
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
r = -0,41
Mortes por acidentes rodovirios
PIB per capita
r = -0,41r = -0,41
Mortes por acidentes rodovirios
PIB per capita
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
55
Figura 6
Relao entre mortes por acidentes rodovirios por milho de habitantes, em 1999 e nvel de escolaridade elevado (% pop. 25-59 anos), em 2001, nas regies da UE 27
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
r = -0,39
Nvel de escolaridade elevado (pop. 25-59 anos)
Mortes por acidentes rodovirios
r = -0,39
Nvel de escolaridade elevado (pop. 25-59 anos)
Mortes por acidentes rodovirios
C.2.2 CONDIES DE MOBILIDADE E ATRACO
56
A Regio de Lisboa e Vale do Tejo apresenta, em 1999, um valor superior mdia da UE dos 15 (139 vs.
124), mas bastante inferior mdia nacional (198). Ainda assim, e se tivermos em linha de conta o facto
de um nmero significativo de regies com capitais revelarem valores bastante inferiores s respectivas
mdias nacionais (Figura 7), seria de esperar que a RLVT se demarcasse de forma mais positiva do
resultado obtido ao nvel do conjunto do pas.
No contexto das regies de referncia, a RLVT ocupa uma posio mdia-elevada, partilhando valores
idnticos com vrias regies-capitais da Europa de Leste e com regies perifricas da Europa do Sul.
Considerando a recta de regresso correspondente a cada uma das correlaes acima identificadas,
verifica-se que o total de vtimas mortais por acidentes rodovirios em 1999 na RLVT ultrapassa o valor
expectvel para regies com a mesma densidade de auto-estradas e o mesmo PIB per capita, mas
curiosamente fica aqum dos resultados esperados para regies com a mesma incidncia relativa dos
graus mais elevados de instruo.
Figura 7
Mortes por acidentes rodovirios por milho de habitantes, em 1999, nas regies de referncia
-2,6
-2,1
-1,6
-1,4
-1,1
-1,1
-0,8
-0,7
-0,6
-0,4
-0,3
-0,2
-0,2
-0,2
0,1
0,1
0,2
Wien AUS
Berlin GER
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Stockholm SWE
Comunidad de Madrid SPA
le de France FRA
Uusimaa FIN
Praha CHE
Attiki GRE
Lisboa e Vale do Tejo POR
Lazio ITA
Kzp-Magyarorszg HUN
Noord-Holland NED
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Bratislavsk SVK
Mazowieckie POL
Pas = 1
-2,6
-2,1
-1,6
-1,4
-1,1
-1,1
-0,8
-0,7
-0,6
-0,4
-0,3
-0,2
-0,2
-0,2
0,1
0,1
0,2
Wien AUS
Berlin GER
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Stockholm SWE
Comunidad de Madrid SPA
le de France FRA
Uusimaa FIN
Praha CHE
Attiki GRE
Lisboa e Vale do Tejo POR
Lazio ITA
Kzp-Magyarorszg HUN
Noord-Holland NED
Southern and Eastern IRE
Yugozapaden BUL
Bratislavsk SVK
Mazowieckie POL
Pas = 1
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
235
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
34
65
112
124
137
140
150
192
Greater Manchester UK
Vstsverige SWE
Lei pzig GER
EU15
Provence-Alpes -Cte d' Azur FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Aquitaine FRA
Portugal POR
Regies com capitais
Regies perifricas
Mortes por acidentes rodoviriospor milho de habitantes 1999
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
235
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
198
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
34
65
112
124
137
140
150
192
Greater Manchester UK
Vstsverige SWE
Lei pzig GER
EU15
Provence-Alpes -Cte d' Azur FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Aquitaine FRA
Portugal POR
34
65
112
124
137
140
150
192
198
Greater Manchester UK
Vstsverige SWE
Lei pzig GER
EU15
Provence-Alpes -Cte d' Azur FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Aquitaine FRA
Portugal POR
Regies com capitais
Regies perifricas
Mortes por acidentes rodoviriospor milho de habitantes 1999
--
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
235
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
235
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
34
65
112
124
137
140
150
192
Greater Manchester UK
Vstsverige SWE
Lei pzig GER
EU15
Provence-Alpes -Cte d' Azur FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Aquitaine FRA
Portugal POR
Regies com capitais
Regies perifricas
Mortes por acidentes rodoviriospor milho de habitantes 1999
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
235
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
27
30
37
47
52
62
66
69
84
84
95
97
98
124
126
129
131
134
139
149
157
173
196
198
248
Stockholm SWE
Berlin GER
Wien AUS
Uusimaa FIN
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
Noord-Holland NED
le de France FRA
Comunidad de Madrid SPA
Praha CHE
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Danmark DEN
Kzp-Magyarorszg HUN
EU15
Bratislavsk SVK
Yugozapaden BUL
Atti ki GRE
Luxembourg LUX
Lisboa e Vale do Tejo POR
Eesti EST
Slovenija SLO
Lietuva LIT
Mazowieckie POL
Portugal POR
Latvija LET
34
65
112
124
137
140
150
192
Greater Manchester UK
Vstsverige SWE
Lei pzig GER
EU15
Provence-Alpes -Cte d' Azur FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Aquitaine FRA
Portugal POR
34
65
112
124
137
140
150
192
198
Greater Manchester UK
Vstsverige SWE
Lei pzig GER
EU15
Provence-Alpes -Cte d' Azur FRA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Aquitaine FRA
Portugal POR
Regies com capitais
Regies perifricas
Mortes por acidentes rodoviriospor milho de habitantes 1999
--
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.2.3 QUALIDADE DE VIDA
57
a) Resduos slidos recolhidos (autarquias locais) Existe, tendencialmente, uma correlao positiva entre o total de RSU recolhidos per capita e o PIB per
capita, dado que, quanto mais economicamente afluente uma regio, mais intensa tende a ser a
produo de lixo. Contudo, as excepes a esta associao so suficientemente numerosas para impedir
qualquer tentativa de generalizar este tipo de causalidade (Figura 8). Na realidade, factores como o
comportamento dos cidados, ou a presena significativa de populao temporria (regies tursticas),
podem alterar de forma relevante a relao acima sublinhada. A prov-lo est o facto de muitas regies
alems e suecas revelarem ndices relativos de produo de lixo bastante inferiores ao que seria de
esperar tendo em conta o seu nvel econmico, passando-se justamente o contrrio em vrias regies da
Europa do Sul e do Leste.
Figura 8
Relao entre PIB per capita, em 2000 (UE15=100) e RSU recolhidos per capita (kg), em 1999, nas regies da UE 27
r = 0,06
RSU per capita
PIB per capita
r = 0,06r = 0,06
RSU per capita
PIB per capita
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.2.3 QUALIDADE DE VIDA
58
Em 1999 foram recolhidos na RLVT perto de 522 kg. de lixo por habitante, um valor cerca de 15%
superior mdia do Pas (456) e da UE dos 15 (452).
O valor apresentado pela RLVT pode ser considerado mdio-elevado, quer no contexto das regies-
capitais, quer nas regies perifricas, retidas para comparao (Figura 9). No primeiro caso, destacam-
se, com totais particularmente elevados, algumas das metrpoles europeias mais abertas ao exterior,
como Paris, Bruxelas ou Londres. No segundo caso, o valor elevadssimo de Provence-Alpes-Cte
dAzur confirma o impacte das actividades tursticas neste domnio. O efeito conjugado destes dois
factores (metropolizao e internacionalizao) permite prever que, no futuro prximo, a RLVT tender a
apresentar valores semelhantes aos que actualmente se verificam nas regies que incluem cidades como
Dublin ou Madrid. Assinale-se, por ltimo, que neste domnio o comportamento da RLVT se demarca
pouco da mdia nacional, uma caracterstica que partilha com um nmero significativo de outras regies
com capitais.
Figura 9
RSU recolhidos por ano e per capita (Kg), em 1999, nas regies de referncia
-1,3
-0,3
-0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
0,1
0,2
0,3
0,3
Praha CHE
Stockholm SWE
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
Noord-Holland NED
Attiki GRE
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
le de France FRA
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Wien AUS
-1,3
-0,3
-0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
0,1
0,2
0,3
0,3
Praha CHE
Stockholm SWE
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
Noord-Holland NED
Attiki GRE
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
le de France FRA
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Wien AUS
Pas = 1
-1,3
-0,3
-0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
0,1
0,2
0,3
0,3
Praha CHE
Stockholm SWE
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
Noord-Holland NED
Attiki GRE
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
le de France FRA
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Wien AUS
-1,3
-0,3
-0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
0,1
0,2
0,3
0,3
Praha CHE
Stockholm SWE
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
Noord-Holland NED
Attiki GRE
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
le de France FRA
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Wien AUS
Pas = 1
184
252
280
286
384
388
391
426
452
459
461
499
504
508
510
516
522
537
538
541
566
626
643
654
723
Praha CHE
Latvija LET
Stockholm SWE
Slovenija SLO
Eesti EST
Berlin GER
Noord- Holland NED
Lietuva LIT
EU15
Wien AUS
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
London UK
Danmark DEN
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
le de France FRA
343
440
452
508
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
Regies com capitais
Regies perifricas
RSU recolhidos por ano e per capita (Kg) 1999
184
252
280
286
384
388
391
426
452
459
461
499
504
508
510
516
522
537
538
541
566
626
643
654
723
Praha CHE
Latvija LET
Stockholm SWE
Slovenija SLO
Eesti EST
Berlin GER
Noord- Holland NED
Lietuva LIT
EU15
Wien AUS
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
London UK
Danmark DEN
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
le de France FRA
184
252
280
286
384
388
391
426
452
537
538
541
566
626
643
654
723
Praha CHE
Latvija LET
Stockholm SWE
Slovenija SLO
Eesti EST
Berlin GER
Noord- Holland NED
Lietuva LIT
EU15
- 459Kzp Magyarorszg HUN
461Malta MAL
499Kypros CHI
504Attiki GRE
456Portugal POR
510Wien AUS
516Lazio ITA
522Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
London UK
Danmark DEN
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
le de France FRA
343
440
452
508
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
343
440
452
458
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
Regies com capitais
Regies perifricas
RSU recolhidos por ano e per capita (Kg) 1999
184
252
280
286
384
388
391
426
452
459
461
499
504
508
510
516
522
537
538
541
566
626
643
654
723
Praha CHE
Latvija LET
Stockholm SWE
Slovenija SLO
Eesti EST
Berlin GER
Noord- Holland NED
Lietuva LIT
EU15
Wien AUS
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
London UK
Danmark DEN
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
le de France FRA
343
440
452
508
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
343
440
452
508
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
Regies com capitais
Regies perifricas
RSU recolhidos por ano e per capita (Kg) 1999
184
252
280
286
384
388
391
426
452
459
461
499
504
508
510
516
522
537
538
541
566
626
643
654
723
Praha CHE
Latvija LET
Stockholm SWE
Slovenija SLO
Eesti EST
Berlin GER
Noord- Holland NED
Lietuva LIT
EU15
Wien AUS
Lazio ITA
Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
London UK
Danmark DEN
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
le de France FRA
184
252
280
286
384
388
391
426
452
537
538
541
566
626
643
654
723
Praha CHE
Latvija LET
Stockholm SWE
Slovenija SLO
Eesti EST
Berlin GER
Noord- Holland NED
Lietuva LIT
EU15
- 459Kzp Magyarorszg HUN- 459Kzp Magyarorszg HUN 459Kzp Magyarorszg HUN
461Malta MAL 461Malta MAL
499Kypros CHI 499Kypros CHI
504Attiki GRE 504Attiki GRE
456Portugal POR
510Wien AUS 510Wien AUS
516Lazio ITA 516Lazio ITA
522Lisboa e Vale do Tejo POR 522Lisboa e Vale do Tejo POR
Bratislavsk SVK
Comunidad de Madrid SPA
Southern and Eastern IRE
London UK
Danmark DEN
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles -Cap. BEL
le de France FRA
343
440
452
508
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
343
440
452
458
522
524
714
Vstsverige SWE
Aquitaine FRA
EU15
Portugal POR
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence -Alpes -Cte d'Azur FRA
Regies com capitais
Regies perifricas
RSU recolhidos por ano e per capita (Kg) 1999
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.2.3 QUALIDADE DE VIDA
59
b) Resduos slidos destinados a lixeiras (autarquias locais) Por razes bem conhecidas, as lixeiras constituem um destino para os RSU recolhidos pelas autarquias
locais, que tende a ser substitudo por outras solues ambientalmente mais adequadas (incinerao,
reciclagem, compostagem). Pode, por isso, antever-se a existncia de uma relao globalmente negativa
entre nveis de desenvolvimento e importncia relativa das lixeiras como destino final dos RSU.
Na verdade, e excepo das regies da antiga Repblica Democrtica Alem (com uma presena muito
expressiva de lixeiras para o grau de desenvolvimento que possuem), verifica-se uma associao
negativa estatisticamente significativa entre os valores regionais de PIB per capita e a intensidade do
recurso a lixeiras.
Figura 10
Relao entre PIB per capita, em 2000 (UE15=100) e RSU destinados a lixeiras (%), em 1999, nas regies da UE 27
Coeficiente de correlao (r) com excluso das regies alems da ex-RDA = - 0,41
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
r = -0,39
RSU sem recolha selectiva
PIB per capita
r = -0,39r = -0,39
RSU sem recolha selectiva
PIB per capita
C.2.3 QUALIDADE DE VIDA
60
Em 1999, a percentagem de RSU transportados para lixeiras na RLVT (61%) inferior mdia da UE
dos 15 e do Pas (72% em ambos os casos). A sua posio relativa , no entanto, negativa, quando
comparada com as regies da maior parte das capitais da Europa Central e do Norte (Figura 11). Mesmo
cidades como Bratislava (Europa de Leste) e Atenas (Europa do Sul) revelam situaes bastante mais
favorveis. J no que se refere s regies perifricas retidas para comparao, a RLVT ocupa uma
posio intermdia, muito prxima da Catalunha/Barcelona e de Vstsverige/Gotemburgo.
Figura 11
RSU destinados a lixeiras (%), em 1999, nas regies de referncia
3
11
15
17
22
22
23
41
43
50
55
61
72
72
74
83
87
91
96
97
100
100
Noord-Holland NED
Danmark DEN
Wien AUS
Bratislavsk SVK
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Attiki GRE
Stockholm SWE
le de France FRA
Latvija LET
Comunidad de Madrid SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
EU15
Portugal POR
London UK
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Eesti EST
Lietuva LIT
50
59
61
62
69
72
72
Aquitaine FRA
Vstsverige SWE
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence-Alpes-Cte d'Azur FRA
EU15
Portugal POR
Regies com capitais
Regies perifricas
RSU destinado a lixeiras (%) 1999
3
11
15
17
22
22
23
41
43
50
55
61
72
72
74
83
87
91
96
97
100
100
Noord-Holland NED
Danmark DEN
Wien AUS
Bratislavsk SVK
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Attiki GRE
Stockholm SWE
le de France FRA
Latvija LET
Comunidad de Madrid SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
EU15
Portugal POR
London UK
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Eesti EST
Lietuva LIT
3
11
15
17
22
22
23
41
43
50
55
61
72
72
74
83
87
91
96
97
100
100
Noord-Holland NED
Danmark DEN
Wien AUS
Bratislavsk SVK
Luxembourg LUX
Reg. Bruxelles-Cap. BEL
Attiki GRE
Stockholm SWE
le de France FRA
Latvija LET
Comunidad de Madrid SPA
Lisboa e Vale do Tejo POR
EU15
Portugal POR
London UK
Kzp-Magyarorszg HUN
Lazio ITA
Southern and Eastern IRE
Praha CHE
Slovenija SLO
Eesti EST
Lietuva LIT
50
59
61
62
69
72
72
Aquitaine FRA
Vstsverige SWE
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence-Alpes-Cte d'Azur FRA
EU15
Portugal POR
50
59
61
62
69
72
72
Aquitaine FRA
Vstsverige SWE
Lisboa e Vale do Tejo POR
Catalua SPA
Provence-Alpes-Cte d'Azur FRA
EU15
Portugal POR
Regies com capitais
Regies perifricas
RSU destinado a lixeiras (%) 1999
FONTE: Regions, EUROSTAT, 2002
C.2.3 QUALIDADE DE VIDA
61
c) Consumo de gua O consumo per capita de gua proveniente da rede de abastecimento pblica traduz um jogo complexo
de factores. Em termos genricos, o nvel de desenvolvimento acompanhado por uma melhor cobertura
das redes pblicas de abastecimento (com consequente recuo das formas de auto-abastecimento) e por
consumos mais intensos, traduzindo-se, por isso, por capitaes mais elevadas. Mas vrios factores
impedem que se verifique uma relao linear entre desenvolvimento e capitao dos consumos de gua
proveniente da rede pblica. Por um lado, prticas prudentes de consumo de recursos no renovveis, ou
graus mais intensos de utilizao de gua engarrafada, podem implicar que regies com nveis de vida
mais favorveis apresentem consumos per capita mais baixos do que seria de esperar. Em sentido
oposto, o uso de gua para fins produtivos (agricultura, actividades artesanais e outras desenvolvidas no
domiclio), ou o impacto do turismo, explicam a ocorrncia de capitaes de consumo relativamente
elevadas face aos nveis de desenvolvimento existentes, como sucede, por exemplo, em diversas regies
da Bulgria, da Romnia e, sobretudo, da Grcia.
C.2.3 QUALIDADE DE VIDA
6