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LISTA DE EXERCÍCIOS 3º E CURSO DINAMICO PROFESSOR: JEOVÁ CANHETE HISTÓRIA DO BRASIL 01 - (UNIPÊ PB/2018) Disponível em: < http://4.bp.blo gspot.com/-fU_6l6L3Gg4/Uugy 9kSVmLI/AAAAAAAAATA/2 VEOAamj7pM/s1600/FORMA %C3%87%C3%83O+ BLOG. jpg>. Acesso em: 1 out. 2017. O mapa retrata a distribuição das atividades econômicas do Brasil colonial, no período referente ao século 01. XV. 02. XVI. 03. XVII. 04. XVIII. 05. XIX. 02 - (UESB/2018)

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º E CURSO DINAMICO PROFESSOR: … · escrava e de capital para as zonas mineradoras, provocando a decadência final da produção açucareira. 04. a criação

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LISTA DE EXERCÍCIOS

3º E CURSO DINAMICO

PROFESSOR: JEOVÁ CANHETE

HISTÓRIA DO BRASIL

01 - (UNIPÊ PB/2018)

Disponível em: < http://4.bp.blo

gspot.com/-fU_6l6L3Gg4/Uugy

9kSVmLI/AAAAAAAAATA/2

VEOAamj7pM/s1600/FORMA

%C3%87%C3%83O+ BLOG.

jpg>. Acesso em: 1 out. 2017.

O mapa retrata a distribuição das atividades econômicas do Brasil colonial, no período

referente ao século

01. XV.

02. XVI.

03. XVII.

04. XVIII.

05. XIX.

02 - (UESB/2018)

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O município de Vitória da Conquista tem uma história que remonta à colonização

exploratória do território brasileiro. Sua identidade territorial é marcada pelas incursões

pertencentes ao processo de colonização portuguesa do século XVIII e início do século XIX.

A busca do ouro, na faixa de terras entre o rio Pardo e de Contas, aliada às políticas de

interiorização do Governo Português, levou a uma ocupação efetiva das terras hoje

pertencentes ao município de Vitória da Conquista e Região. Por volta de 1750, ocorreram

as primeiras expedições Portuguesas pelas terras pertencentes hoje ao município de Vitória

da Conquista. Nesse período, o território era ocupado por tribos indígenas, principalmente

os índios Camacãs, que habitavam as margens do rio Verruga, eo entorno da Serra do

Periperi. Os portugueses ocuparam as terras indígenas e passaram a consolidar o arraial

que deu origem à cidade. (O MUNICÍPIO... 2018).

O MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CON-

QUISTA tem uma história que remonta à

colonização exploratória do território brasi-

leiro. Disponível em: <http://periodicos.

uesb.br/index.php/coloquiobaiano/article/vi-

ewFile/2857/pdf_84>. Acesso em: 3 jan. 2018.

Diversas características compuseram o processo de colonização portuguesa no Brasil, como

01. o trabalho voluntário das comunidades indígenas, em decorrência de sua ignorância e

desconhecimento quanto aos interesses dos exploradores lusitanos.

02. a ausência das Capitanias Hereditárias e das sesmarias em regiões onde a economia

agroaçucareira não se desenvolveu, restringindo a América portuguesa à área

litorânea.

03. a descoberta do ouro no século XVIII, que provocou o deslocamento de mão de obra

escrava e de capital para as zonas mineradoras, provocando a decadência final da

produção açucareira.

04. a criação extensiva de gado e as bandeiras de apresamento, prospecção e contrato,

elementos que contribuíram para a interiorização da colonização e para o alargamento

das fronteiras.

05. a carência de mão de obra nas regiões distantes dos centros açucareiros, permitindo a

adoção das colônias de parceria, nas regiões da pecuária, e assalariada, nas regiões

mineradoras.

03 - (Faculdade Guanambi BA/2018)

A agromanufatura açucareira foi uma importante atividade econômica que predominou no

Brasil colônia. Porém, a extração de drogas do sertão e a exploração da pecuária também

representaram um papel de destaque no desenvolvimento da colônia, porque

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01 utilizaram o sistema de exploração da mita, originário das colônias espanholas, que,

posteriormente, permitiu a formação de uma mão de obra mais qualificada e

assalariada.

02. absorveram um grande número de escravos africanos, principalmente para a pecuária,

quando, a partir do século XVII, esta mão de obra foi transferida dos grandes engenhos

em decadência.

03 determinaram o surgimento de um mercado interno autônomo em relação à

metrópole, possibilitando a acumulação de capital dentro da colônia e um comércio

livre do controle metropolitano.

04. contribuíram para o aumento da escravização do indígena, apoiada pela Igreja

Católica, que se constituiu a mão de obra básica na exploração das atividades

econômicas interioranas.

05. foram responsáveis pela interiorização territorial do Brasil, com a exploração das

drogas do sertão no norte da colônia e da pecuária extensiva, ao longo do rio São

Francisco.

04 - (ENEM/2019)

A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados

cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos

quanto o Rio de Janeiro.

FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).

Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está

relacionada à seguinte atividade:

a) Coleta de drogas do sertão.

b) Extração de metais preciosos.

c) Adoção da pecuária extensiva.

d) Retirada de madeira do litoral.

e) Exploração da lavoura de tabaco.

05 - (ENEM/2019)

O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam

no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo

de colonização portuguesa, a produção de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-

se lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a

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consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os

mares e chegou aos mercados africanos.

BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico:

um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e

Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br.

Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado).

Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a

a) difusão de hábitos alimentares.

b) disseminação de rituais festivos.

c) ampliação dos saberes autóctones.

d) apropriação de costumes guerreiros.

e) diversificação de oferendas religiosas.

06 - (UFT TO/2019)

Leia o fragmento de texto a seguir:

“Num exercício de imaginação, suponhamos que um dos missionários jesuítas do século

XVI, durante sua permanência no Brasil, tenha dividido as suas observações entre o

comportamento dos indígenas e os hábitos das formigas saúva. Quatro séculos depois,

qualquer entomologista poderá constatar que não houve mudanças nos hábitos dos

referidos insetos. Durante quase meio milênio, as habitantes do formigueiro repetiram os

procedimentos de suas antecessoras, obedecendo apenas às diretrizes de seus padrões

genéticos. Supondo, por outro lado, numa hipótese quase absurda, que um dos grupos

indígenas observados tenha sobrevivido aos quatro séculos de dizimação, graças a um

isolamento em relação aos brancos, o que constaria um antropólogo moderno?”

Fonte: LARAIA, Roque. Cultura:

um conceito antropológico. Rio de

Janeiro: Ed. Zahar, 2001, p. 49.

De acordo com o excerto assinale a alternativa CORRETA.

a) As transformações não ocorreram, pois o grupo indígena não teve contato com os

brancos.

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b) O grupo indígena permaneceu intacto e sem transformação.

c) As formigas não se transformaram assim como o grupo indígena.

d) O grupo indígena transformou-se no decorrer dos cinco séculos mesmo que isolado.

07 - (UFT TO/2019)

As afirmativas a seguir abordam sobre os quilombos e quilombolas na formação territorial

do Brasil.

I. Os negros lutando pela liberdade nunca aceitaram passivamente a escravidão. Muitos

fugiram e formaram quilombos que são espécies de vila onde os refugiados, os

quilombolas, tinham autonomia.

II. São considerados quilombolas os remanescentes das comunidades que mantém certas

tradições culturais ao longo do tempo.

III. O quilombo dos Palmares localizado na serra da Barriga no estado de Alagoas teve

como principal líder de resistência e escravidão Zumbi dos Palmares.

IV. Os quilombos estão distribuídos e reconhecidos nas regiões Norte e Nordeste, não

havendo registros em outras regiões do Brasil.

Considerando-se as afirmativas assinale a alternativa CORRETA.

a) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas

b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas

c) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas

d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas

08 - (IFBA/2019)

“Voyages contém dados sobre mais de 3,8 milhões de escravos embarcados em navios luso-

brasileiro na África e cerca de 3,4 milhões desembarcados nas Américas (…). A maior parte

dos africanos trazidos por comerciantes luso-brasileiros embarcou em navios que haviam

partido de portos brasileiros. De acordo com Voyages, pelo menos 37% dos escravos

transportados por traficantes luso- brasileiros embarcaram em navios que haviam partido

do Rio de Janeiro, 36% em navios saídos de Salvador da Bahia e 12% em embarcações de

Recife em Pernambuco. O restante, cerca de 15%, foi transportado em navios que haviam

partido de outros portos, com Lisboa, Porto, Belém do Pará e São Luís do Maranhão.”

SILVA, Daniel B. Domingues da. Brasil e

Portugal no Comércio atlântico de escravos

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: um balanço histórico e estatístico. In. GUE-

DES, Roberto (org.). África – Brasileiros e Por-

tugueses. Rio de Janeiro, Mauad X, 2013 p.53-54.

No início do século XVII, o tráfico de escravos da África para o Brasil passou a ser regular e

tinha intima relação com as economias desenvolvidas no Brasil colonial. Com base nos

dados apresentados, é possível afirmar que:

I. Pelos dados apresentados, o porto do Rio de Janeiro já era o mais concorrido para o

desembarque de pessoas na condição de escravos, podendo evidenciar a maior

atividade econômica desta região, como, por exemplo, a economia aurífera ou do

ouro.

II. A cidade do Salvador, com base nos dados apresentados, mantinha o segundo lugar

no trato de escravos podendo evidenciar a continuidade da importância da economia

do açúcar e do tabaco.

III. Pernambuco, pelos dados do Voyages, aparecia com 12% dos navios embarcados

revelando a falência da economia açucareira e aurífera daquela região.

IV. A presença de diversos portos no trato ou tráfico de escravos evidencia o quanto a

economia do escravismo e da escravidão estavam disseminadas na Idade Moderna.

Marque a alternativa que apresenta as preposições verdadeiras:

a) Se somente as proposições I e III forem verdadeiras.

b) Se somente as proposições I, III e IV forem verdadeiras.

c) Se somente as proposições II e III forem verdadeiras.

d) Se somente as proposições I, II e IV forem verdadeiras.

e) Se todas as proposições forem verdadeiras.

09 - (UFGD MS/2019)

O sistema colonial português utilizou amplamente da população negra como mão de obra

escrava para a produção das riquezas na colônia. A escravidão dos negros no Brasil

começou no século XVIII e acabou formalmente no ano de 1888, com a publicação da Lei

Áurea. Entretanto, o fim da escravidão não garantiu condições de vida digna para os negros

no país e daí vem o fato de que a maior parte da população considerada pobre é negra. Isso

não é uma coincidência, como não é coincidência o fato de a maior parte dos moradores

de favela em grandes cidades também ser negra. As dificuldades encontradas atualmente

pela população negra no Brasil é consequência direta da escravidão e do sistema colonial e

evidencia uma estrutura social estratificada social e etnicamente. Carolina de Jesus foi uma

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poetisa brasileira, negra, catadora de papel e moradora da favela Canindé, na cidade de São

Paulo. Em seus poemas, a autora denuncia as dificuldades enfrentadas por uma mulher

negra e pobre, moradora de uma grande cidade.

Não digam que fui rebotalho,

que vivi à margem da vida.

Digam que eu procurava trabalho,

mas fui sempre preterida.

Digam ao povo brasileiro

que meu sonho era ser escritora,

mas eu não tinha dinheiro

para pagar uma editora.

Carolina Maria de Jesus, “Quarto de despejo”, 1960. Disponível em:

<https://www.revistaprosaversoearte.com/carolina-maria-de-jesus-poemas/>.

Acesso em: 22 ago. 2018.

Sobre o assunto, afirma-se que

a) a sociologia entende que hoje não existem mais diferenças entre brancos, negros e

indígenas no Brasil, e que findada a escravidão o país superou as diferenças sociais.

Sendo todos iguais, a pobreza seria resultado direto da disponibilidade de cada um

trabalhar para viver.

b) o sistema escravocrata deixou marcas profundas na estrutura social brasileira e a

população negra ainda não encontrou condições sociais favoráveis para superar as

feridas deixadas pela escravidão. Daí a importância de políticas sociais voltadas para a

população negra, como a política de cotas, a fim de minimizar as diferenças sociais

resultantes da escravidão.

c) o Brasil é um país marcado pela miscigenação e pela democracia racial. Os casamentos

interétnicos e as possibilidades de as pessoas negras ascenderem socialmente

apontam para um país livre do racismo. Sendo assim, tornam-se desnecessárias

políticas sociais voltadas para grupos sociais específicos.

d) não se pode relacionar os problemas sociais de distribuição das riquezas no Brasil com

a escravidão. As condições de vida de uma pessoa, independentemente de ela ser

branca ou negra, é proporcionalmente equivalentes à quantidade de tempo que ela

dedica ao trabalho.

e) a poesia de Carolina de Jesus é uma obra que fazia sentido em seu tempo de

publicação. Naquele tempo, o Brasil era conhecido por uma estrutura social

hierarquizada e racista, mas isso mudou nas últimas décadas devido a políticas públicas

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eficazes de combate às desigualdades sociais e à melhoria das condições de vida das

populações negras e indígenas.

10 - (UFGD MS/2019)

Leia este trecho do poema Navio Negreiro (1883), de Castro Alves.

III

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!

Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano

Como o teu mergulhar no brigue voador!

Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!

É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...

Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!

IV

Era um sonho dantesco... o tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho.

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar de açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...

Disponível em: <http://www.culturabrasil.org/navionegreiro.htm>.

Acesso em: 20 ago. 2018.

Ao longo da história, ocorreram movimentações de contingentes humanos no Brasil, que

influenciaram a formação social, política e econômica do território e da população

brasileiros. Assinale a alternativa correta que denomina a classificação do movimento

populacional intenso e involuntário de parte considerável da população de um território

que é forçada (muitas vezes, com violência) a se dispersar para outros territórios, a exemplo

do tráfico de milhões de africanos que foram trazidos de forma violenta, degradante e

involuntária para o trabalho escravo, ocorrido no Brasil, entre os séculos XVI e XIX.

a) Diáspora.

b) Migração pendular.

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c) Migração interna.

d) Evacuação.

e) Êxodo rural.

11 - (UFRGS/2019)

Sobre as atividades econômicas e a mão de obra na América Portuguesa, entre os séculos

XVI e XVII, é correto afirmar que a produção

a) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita ao cultivo em plantations,

e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos escravizados.

b) era voltada para além do mercado externo, com diversas culturas ligadas ao mercado

interno, e a mão de obra era majoritariamente de escravizados, mas com a presença

de trabalhadores livres.

c) era voltada exclusivamente para o mercado interno, através do cultivo de itens de

subsistência, e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos

escravizados.

d) não se resumia ao mercado externo, com diversas culturas voltadas ao mercado

interno, e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos escravizados.

e) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita ao cultivo em plantations,

e a mão de obra era majoritariamente de escravizados, mas com a presença de

trabalhadores livres.

12 - (UNICAMP SP/2019)

Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo

o que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a mandar às Minas

Gerais o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes. De todas as partes do

Brasil, se começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente grande, mas

excessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do

rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os moradores

imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e industriais,

adventícias e próprias.

(Adaptado de André Antonil, Cultura

e Opulência do Brasil. Belo Horizon-

te: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)

Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e pedras preciosas no interior

da América portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é correto afirmar que:

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a) A demanda do mercado consumidor criado na zona mineradora permitiu a conexão

entre diferentes partes da Colônia que até então eram pouco integradas.

b) A partir da criação de rotas de comércio entre os campos do sul da Colônia e a região

mineradora, Sorocaba e suas feiras perderam a relevância econômica adquirida no

século XVII.

c) O desenvolvimento socioeconômico da região das minas e do centro-sul levou a Coroa

a deslocar a capital da Colônia de Salvador para Ouro Preto em 1763.

d) Como o solo da região mineradora era infértil, durante todo o século XVIII sua

população importava os produtos alimentares de Portugal ou de outras capitanias.

13 - (UFGD MS/2019)

Muitos historiadores explicam os processos de ocupação do território, expansão

populacional e organização político-econômica do Brasil colonial e imperial por meio da

dinâmica dos chamados ciclos econômicos do Brasil. Assinale a alternativa correta que

indica o ciclo caracterizado pelo auge da economia colonial, com aumento considerável da

população brasileira, exploração de jazidas com trabalho escravo nas regiões de Goiás,

Mato Grosso e, sobretudo, de Minas Gerais, nos séculos XVII e XVIII, cujo boom econômico

com exigência de envio da maior parte das riquezas para a metrópole resultou na

Inconfidência Mineira, como tentativa de emancipação da colônia em 1792.

a) Ciclo da Borracha.

b) Ciclo do Ouro.

c) Ciclo da Cana-de-Açúcar.

d) Ciclo do Café.

e) Ciclo do Pau-Brasil.

14 - (ACAFE SC/2019)

A descoberta de ouro no interior do atual estado de Minas Gerais gerou um grande

deslocamento populacional, transferindo parte da população colonial do litoral para o

interior. Uma série de mudanças ocorreu na colônia, dentro do contexto da mineração.

Sobre o ciclo do ouro no período colonial brasileiro, todas as alternativas estão corretas,

exceto a alternativa.

a) A transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro também está

inserida no contexto da mineração.

b) A mineração favoreceu o surgimento de núcleos urbanos no interior da colônia.

Page 11: LISTA DE EXERCÍCIOS 3º E CURSO DINAMICO PROFESSOR: … · escrava e de capital para as zonas mineradoras, provocando a decadência final da produção açucareira. 04. a criação

c) Foi criado um comércio interno com o charque e outros produtos da pecuária (couro,

sebo).

d) A riqueza do ouro serviu para proporcionar o início da industrialização brasileira nas

regiões Sudeste e Sul.

15 - (FUVEST SP/2018)

A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar:

a) A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da

economia mineradora.

b) A produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que

a atividade aurífera.

c) O custo relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da colonização

portuguesa.

d) A mão de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que na

produção de açúcar.

e) Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado

interno colonial.

16 - (UNIFOR CE/2018)

(Modo como se extrai o ouro do Rio das Velhas e nas mais partes dos Rios, 1780, autor

desconhecido)

“A descoberta do ouro no fim do século XVII foi fruto das inúmeras bandeiras que partiam

da vila de São Paulo de Piratininga para o interior do país. As Minas passaram, então, a

representar o sonho do enriquecimento fácil: estradas, vilas e fazendas surgiram em ritmo

vertiginoso com a chegada de cada vez mais colonos e europeus. A organização social e

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econômica que se estabeleceu era inédita na colônia, e os mapas começavam a demarcar

com cuidado a rica região.” (SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Heloísa. Brasil: uma biografia. São

Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 128-129).

A respeito deste momento histórico no Brasil, avalie as assertivas abaixo.

I. No auge da exploração aurífera, os contrabandistas encontraram artifícios para

escapar da vigilância da Coroa portuguesa. Desse modo, utilizaram, por exemplo, a

técnica do “santo do pau oco”, figuras religiosas para esconder e transportar ouro,

driblando o controle do fisco. Apesar da ilegalidade da conduta, tal contrabando

contribuiu para o requinte e o rebuscamento do estilo Barroco mineiro.

II. A maior parte do trabalho, na época, era realizada por escravos advindos,

principalmente, da África, que trouxeram inúmeras tradições e crenças religiosas que

não se misturaram com o catolicismo dos brancos.

III. A violência, na época, era recorrente não só nas relações entre senhores e escravos.

Houve revolta dos colonos em relação à distância e ao isolamento e em relação aos

desmandos da elite, que agia com ampla liberdade diante da displicência da Coroa em

legislar e controlar a colônia.

É correto apenas o que se afirma em

a) I e III.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) I.

e) III.

17 - (IFGO/2018)

No começo do século XIX, os bandeirantes foram considerados, pelos pensadores ligados

às elites paulistas, uma espécie de heróis nacionais que representavam modelos de

conduta, de moralidade, de abnegação e de luta contra as adversidades.

No século XVIII, bandeirante e o bandeirantismo estão associados

a) à necessidade de encontrar outras regiões que oferecessem o pau-brasil que, no século

XVIII, teve sua demanda aumentada na Europa.

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b) à ampliação das áreas de comercialização no interior da colônia portuguesa como claro

objetivo de criar um mercado interno desenvolvido.

c) ao processo de interiorização da ocupação da colônia portuguesa na América e à busca

por metais preciosos.

d) à busca por regiões que pudesse oferecer melhores condições de plantio para a cultura

de café que se expandia em São Paulo.

18 - (ESPM SP/2017)

O ouro saiu com fartura da terra até por volta de 1750. Durante esse tempo, o trânsito

de pessoas e mercadorias foi intenso no caminho novo. Por ele chegavam a Vila Rica açúcar,

cachaça, gado, pólvora, fumo, azeites, arroz, sal do reino, marmelada e vinhos. Com a

multiplicação das vilas e dos arraiais, as minas, passaram a ser abastecidas de toda a sorte

de bugigangas: vidro, espelhos, arma de fogo, facas flamengas, louças, chumbo, veludos,

fivelas, pelúcia, calções de damasco carmesim, chapéus com fitas debruadas de fios de ouro

e prata, botinas de couro amarradas por cordões, casacos forrados de seda ou de lã felpuda.

(Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma biografia)

A partir do texto é possível concluir que uma das consequências da mineração foi:

a) a ruralização, pois a população buscava oportunidades de sobrevivência em áreas

afastadas de núcleos urbanos;

b) um desenvolvimento comercial associado ao surgimento de uma urbanização e a

maiores oportunidades no mercado interno;

c) uma retração dos movimentos culturais e intelectuais locais em razão da influência

cada vez maior da cultura estrangeira;

d) um decréscimo demográfico em função da emigração produzida pela falta de

oportunidades, na colônia;

e) um deslocamento do centro de gravidade econômica da região central para o nordeste

do Brasil.

19 - (UNESP SP/2017)

Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos,

da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos

mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados,

médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da

milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia

a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação

de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo.

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(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”.

História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)

De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas

Gerais no século XVIII

a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a

independência colonial.

b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos

instrumentos de mineração.

c) provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da

mineração.

d) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea

economicamente ativa.

e) restringiu a divisão da sociedade em senhores e escravos e limitou a diversidade

cultural da colônia.

20 - (UNIFOR CE/2017)

Em fins do século XVII e ao longo do século XVIII, desenvolveu-se, nas regiões sudeste e

centro oeste do Brasil, a mineração. O ouro e os diamantes promoveram vasta

transformação no cenário social e econômico da colônia. Sobre este período da história

econômica do Brasil pode-se afirmar que:

a) Do ponto de vista demográfico, a economia mineira pouco contribuiu para a

transformação da colônia, por causa da alta taxa de mortalidade.

b) O sucesso da empresa mineradora se deu, dentre outros aspectos, pelo conhecimento

técnico dos portugueses e do conhecimento que os “paulistas” possuíam da região.

c) O grau de investimento era bastante elevado na empresa mineradora, o que limitou a

atividade aos grandes mineradores com recursos suficientes para comprar muitos

escravos.

d) O auge da economia mineira manteve-se até meados do século XIX, quando enfrentou

a concorrência da corrida do ouro na Califórnia.

e) Devido a uma geografia de fácil acesso e a fortes divergências políticas, a economia

mineira não criou relações comerciais com o sul do Brasil.

21 - (PUC RS/2017)

Sobre o processo de exploração colonial do Brasil por Portugal, é correto afirmar:

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a) Foi dividido em três ciclos de exploração econômica: produção açucareira, no litoral da

região Nordeste; mineração, no Sudeste e Centro- Oeste; e extrativismo da borracha,

no Norte.

b) Caracterizou-se por relativa estabilidade política, na medida em que, durante a

colonização, não ocorreram movimentos revolucionários de contestação ao Pacto

Colonial.

c) Levou ao desenvolvimento das manufaturas locais, como consequência da exploração

de ouro durante o período da mineração (século XVIII), o que permitiu o acúmulo de

capital e a criação de um mercado interno na colônia.

d) Em 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, em decorrência da

descoberta de ouro e do início da extração aurífera na região de Minas Gerais.

e) Teve como base do trabalho a mão de obra escrava, que era trazida da África, tendo

em vista que, por receio de rebelião das populações originais da colônia, não houve

escravidão indígena.

22 - (PUC GO/2017)

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares

de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em

suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua

alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao

correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua

frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas

cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam

tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a

febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu

posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo

rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A Amazônia é nossa. Tratores e

retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam

rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada

se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é

encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde.

Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

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O texto faz menção a garimpos. Durante o século XVIII, o território goiano experimentou

uma notável ascensão econômica em decorrência do encontro e da extração de ouro.

Acerca dos condicionantes da ocorrência de ouro em Goiás, bem como de seus

desdobramentos, analise as afirmativas a seguir:

I. Ao longo do Século XVIII, os locais de maior probabilidade de se encontrar ouro eram

as áreas de nascentes dos principais rios.

II. A historiografia de Goiás registra que muitos dos aglomerados urbanos surgiram

próximos aos rios, em decorrência da associação com o ouro.

III. Após o declínio na produção de ouro, a tendência observada foi o surgimento de

aglomerados urbanos nas margens das rodovias que passavam por Goiás.

IV. As cidades que surgiram em decorrência da economia aurífera experimentam franca

ascensão até os dias atuais.

Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos

corretos:

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

23 - (FGV/2017)

Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.

Nassau

Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os

seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta

região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção

mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero

provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes…

sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos

romanos e até mesmo judeus.

Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas,

fecha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas

da ordem de dezoito milhões de florins.

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Moradores

Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!

(Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado)

Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que

a) as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma

organização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer

financiamento com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos

grandes proprietários católicos.

b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no

cotidiano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da

companhia holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as

demais religiões.

c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa

trouxe benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da

produção, mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor

mercantil e não no produtivo.

d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função

da lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de

nações inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.

e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção

açucareira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principal mente pelo

livre comércio, o que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português

em retomar a região invadida pela Holanda.

24 - (UNITAU SP/2017)

“A sede insaciável do ouro estimulou a tantos deixarem suas terras e a meterem-se por

caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do

número das pessoas que atualmente lá estão. Contudo, os que assistiram nela nestes

últimos anos por largo tempo, e as correram todas, dizem que mais de trinta mil almas se

ocupam, umas a catar, e outras a mandar catar nos ribeiros do ouro, e outras a negociar,

vendendo e comprando o que se há mister não só para a vida, mas para o regalo [...]”.

ANTONIL, André João, 1711, Cultura e opulência do Brasil

por suas drogas e minas. Lisboa: CNCDP, 2001, p. 242.

Sobre o impacto da descoberta das minas no Brasil colonial, é INCORRETO afirmar:

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a) Permitiu o desenvolvimento do comércio de outras regiões da colônia, devido à

necessidade de abastecimento das minas.

b) Desencadeou uma grande onda migratória de portugueses e de pessoas de outras

regiões da colônia que, junto dos escravos, formariam uma nova composição social.

c) Desenvolveu um novo sistema de fiscalização, especialmente para a atividade

mineradora, que começava com a distribuição das terras na forma de datas para

exploração.

d) Na região aurífera, a liberdade esteve muito mais acessível às escravas, mas também

aos escravos de ganho, do que nas regiões açucareiras.

e) Apesar de suas características distintas, a região mineradora desenvolveu um modelo

de sociedade semelhante à do Nordeste agrário, em que predominou a imobilidade

social.

25 - (Mackenzie SP/2017)

A Inconfidência Mineira representou potencialmente uma das maiores ameaças de

subversão da ordem colonial. O fato de ter ocorrido na área das Minas, área na qual a

permanente vigilância e repressão sobre a população eram as tarefas maiores das

autoridades públicas, indica um alto grau de consciência da capacidade de libertação da

dominação metropolitana.

(Resende, Maria Eugênia Lage de. A Inconfidência Mineira. São Paulo: Global,1988)

De acordo com o texto acima assinale a assertiva correta.

a) A opulência da produção mineradora alcançou o seu apogeu na segunda metade do

século XVIII, aumentando a ganância da metrópole portuguesa, que acreditava que os

mineiros estivessem sonegando impostos e passou a usar de violência na cobrança dos

mesmos.

b) O descontentamento dos colonos aumentava de acordo com o preço das mercadorias

importadas, já que eram proibidas as manufaturas na Colônia. Além disso, os jornais

que circulavam na região, alertavam a população sobre a corrupção nos altos cargos

administrativos coloniais.

c) Sofrendo violenta opressão, a classe dominante mineira conscientizou-se das

contradições entre os seus interesses e os da metrópole. Influenciada pelo

pensamento iluminista e na iminência da cobrança da derrama em Vila Rica, em 1789,

preparou uma insurreição.

d) Contando com adesão e apoio efetivo de diversas parcelas da população mineira, os

insurgentes reivindicavam um governo republicano inspirado na ideias presentes na

Constituição dos EUA, mas foram traídos por um dos participantes em troca do perdão

de suas dívidas pessoais.

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e) Mesmo sem ter ocorrido de fato, a Inconfidência Mineira, o apoio recebido da

população revoltada e influenciada pelos ideais iluministas, demonstrou a maturidade

do processo pela independência do país. Tal engajamento vai estar presente durante

todas as lutas em prol da nossa emancipação.

26 - (IFBA/2017)

Após a leitura do texto abaixo e dos seus conhecimentos sobre o tema, responda a questão

abaixo:

“A Inconfidência Mineira (1789) e a Inconfidência Baiana (1798) têm em comum o fato de

serem reprimidas pela Coroa Portuguesa ainda na fase de preparativos e o desejo de

autonomia de seus participantes, pois consideravam-se prejudicados e excluídos dos

benefícios pelos quais acreditavam ter direito de usufruir em sua plenitude. Apesar de

algumas opiniões contraditórias, percebe-se que o diferencial entre as duas conjurações é

o fato de que a Conjuração Mineira teve um caráter elitista em sua organização e execução

até o fim, enquanto a Conjuração Baiana, ao adquirir contornos mais radicais e populares,

causou o afastamento dos líderes intelectuais da elite local que organizaram inicialmente o

movimento, fazendo com que mulatos, escravos, brancos pobres e negros libertos se

transformassem nos cabeças do levante.”

Disponível em: http://historiasylvio.blogspot.com. br/2013/inconfidencia-

mineira-x-inconfidenciabaiana Acesso em: 02/09/2016

Fazendo um paralelo entre os movimentos revolucionários, a Inconfidência Mineira e a

Conjuração Baiana, podemos afirmar que:

a) Enquanto os participantes da Inconfidência Mineira, em geral buscaram como modelo

político a república organizada nos Estados Unidos, na Conjuração Baiana foi clara a

inspiração na Revolução Francesa.

b) A existência da imprensa livre no século XVIII no Brasil possibilitou a difusão dos ideais

de liberdade e igualdade em Minas e nas outras as regiões do país, possibilitando o

êxito dos revoltos.

c) Na capitania das Minas Gerais, o consumo de livros era inferior, quando comparado a

outras capitanias, o que dificultou a discussão dos ideais emancipacionistas pelos

setores médios urbanos.

d) Na Inconfidência Mineira, houve um amplo apoio das camadas populares, dando maior

força ao movimento, enquanto a Conjuração Baiana ficou restrita a intelectuais.

e) Na conjuração baiana os envolvidos restringiram suas ações a reuniões secretas

coordenadas pela loja maçônica Cavaleiros da Luz, sem nenhuma iniciativa de

convocação pública para a luta.

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27 - (UNCISAL AL/2017)

Uma das principais exigências dos rebeldes na Revolta de Vila Rica, em 1720, foi a

a) diminuição dos preços das roupas comercializadas.

b) modificação do domínio português em Minas Gerais.

c) anulação do decreto de criação das Casas de Fundição.

d) supressão das cobranças na Intendência dos Diamantes.

e) recusa na aceitação dos governantes enviados pela coroa.

28 - (ESPCEX/2017)

No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas fez com que o preço do açúcar

brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de engenho, em Pernambuco, para

minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos junto aos comerciantes da Vila

de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre estas partes, que se acirrou

quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta de ser vinculada a Olinda.

Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de impostos a favor de

Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a

a) Revolta de Beckman.

b) Guerra dos Mascates.

c) Guerra dos Emboabas.

d) Insurreição Pernambucana.

e) Conjuração dos Alfaiates.

29 - (FGV)

Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo

aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão,

como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o

governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do

espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por

esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado

povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar

alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham

vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus

procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se

embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem

concedidas.

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João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no

Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.

O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela

a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam

para impedir a sua liberação.

b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da

Companhia de Comércio do Maranhão.

c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas

sob a sua guarda.

d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e

holandeses na região.

e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os

interesses dos colonos maranhenses.

30 - (UNCISAL AL)

BRASIL. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. Selo comemorativo do

tricentenário da Restauração Pernambucana. 1954. Disponível em: <http://mlb-s1-

p.mlstatic.com/1954-tricentenariorestauraco- pernambucana-mint-c333-14395-

MLB2787657551_062012-F.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2015.

O selo comemorativo mostra a face de quatro dos líderes da Restauração Pernambucana

de 1654 cuja consequência direta foi a

a) expansão do comércio de escravos.

b) propagação dos engenhos de açúcar.

c) extinção do período colonial no Brasil.

d) expulsão dos holandeses do Nordeste.

e) finalização da Batalha dos Guararapes.

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31 - (ESPM SP)

À medida que o século chegava ao fim, agravava-se a tensão entre os comerciantes portugueses residentes em

Recife e os produtores luso-brasileiros. Esse atrito assumiu a forma de uma contenda municipal entre Recife e

Olinda, ou seja, entre o credor urbano e o devedor rural.

Olinda era a principal cidade de Pernambuco e sediava as principais instituições locais. Lá os senhores de engenho

tinham suas casas. Por outro lado, o porto de Recife, a poucos quilômetros de distância era o principal local do

embarque das exportações de açúcar da capitania.

(Adriana Lopez, Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação)

A tensão mencionada no texto contribuiu para desencadear qual das rebeliões coloniais citadas abaixo:

a) Aclamação de Amador Bueno da Ribeira;

b) Revolta de Beckman;

c) Guerra dos Mascates;

d) Guerra dos Emboabas;

e) Revolta de Felipe dos Santos.

32 - (FGV)

Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal - conde de Assumar - se casou em 1715 com D.

Maria José de Lencastre. Daí a dois anos partiria para o Brasil como governador da capitania

de São Paulo e Minas Gerais. Nas Minas, não teria sossego, dividido entre o cuidado ante

virtuais levantes escravos e efetivos levantes de poderosos; o mais sério destes o

celebrizaria como algoz: foi o conde de Assumar que, em 1720, mandou executar Felipe dos

Santos sem julgamento, sendo a seguir chamado a Lisboa e amargurado um longo

ostracismo.

(Laura de Mello e Souza, Norma e conflito:

aspectos da história de Minas no século XVIII)

A morte de Felipe dos Santos esteve vinculada a

a) uma sublevação em Vila Rica, que envolveu vários grupos sociais, descontentes com a

decisão de levar todo ouro extraído para ser quintado nas Casas de Fundição.

b) um movimento popular que exigia a autonomia das Minas Gerais da capitania do Rio

de Janeiro e o imediato cancelamento das atividades da Companhia de Comércio do

Brasil.

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c) uma revolta denominada Guerra do Sertão, comandada por potentados locais, que

não aceitavam as imposições colonialistas portuguesas, como a proibição do comércio

com a Bahia.

d) uma insurreição comandada pela elite colonial, inspirada no sebastianismo, que

defendia a emancipação da região das Minas do restante da América portuguesa, com

a criação de uma nova monarquia.

e) uma rebelião, que contrapôs os paulistas – descobridores das minas e primeiros

exploradores – e os chamados emboabas ou forasteiros – pessoas de outras regiões

do Brasil, que vieram atrás das riquezas de Minas.

33 - (UEG GO)

Dentre as rebeliões e distúrbios que surgiram durante o Brasil Colônia, destaca-se a Guerra

dos Mascates (1710-1711), envolvendo as cidades de Recife e Olinda. A causa desse conflito

foi a diferença

a) social entre a nobreza proprietária de terras de Olinda e os comerciantes de origem

portuguesa que habitavam a cidade de Recife.

b) religiosa entre os católicos de Olinda e os protestantes calvinistas que implementaram

práticas capitalistas na cidade de Recife.

c) econômica entre a cidade de Olinda, enriquecida pela produção de açúcar, e a cidade

de Recife, que estava em decadência comercial.

d) étnica entre os habitantes de Olinda, formados por brasileiros, e os habitantes de

Recife, majoritariamente descendentes dos holandeses.

34 - (UECE)

Considere as afirmações a seguir em relação à Guerra dos Mascates ocorrida na capitania de Pernambuco, entre

1710 e 1711:

I. A Guerra dos Mascates foi um conflito entre os comerciantes de Recife e os proprietários de terras de

Olinda, no contexto em que, a primeira florescia e a segunda mostrava claros sinais de decadência.

II. A vitória dos comerciantes de Recife possibilitou a emancipação de sua vila e o fim da sujeição política,

administrativa e jurídica a Olinda.

III. O discurso dos olindenses derrotados era aquele que os afirmava como nobres homens da terra, destituídos

de suas prerrogativas por estrangeiros e seus descendentes aventureiros.

Está correto o que se afirma em

a) III apenas.

b) II e III apenas.

c) I apenas.

d) I, II e III.

35 - (UEFS BA)

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Os movimentos ocorridos no Brasil colonial, do século XVII até a primeira metade do século

XVIII, podem ser classificados como

a) episódios pan-americanos, visto estarem articulados a outros movimentos anticoloniais

existentes na América colonial.

b) conflitos de colonos contra a metrópole, em geral relacionados à intensa exploração

fiscal e à aplicação de medidas monopolistas.

c) lutas de colonos em defesa do território conquistado aos indígenas e aos quilombolas,

ameaçados de perda, por pressão da Igreja.

d) movimentos anticoloniais, expressando o projeto de separação da Colônia da

dominação metropolitana.

e) movimentos essencialmente nacionalistas, por defenderem a formação de uma nação

brasileira unificada em torno da um governo local.

36 - (UNICAMP SP)

Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos

paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do

século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando

grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o

governo do território, tentando impor suas próprias leis.

(Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), Dicionário da História

da Colonização Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.)

Sobre o período em questão é correto afirmar que:

a) As disputas pelo território emboaba colocaram em confronto paulistas e mineiros, que

lutaram pela posse e exploração das minas.

b) A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do

século XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros.

c) A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império

português nas Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam

definitivamente no século XVIII.

d) A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais,

muitos deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa.

TEXTO: 1 - Comum à questão: 37

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Cirurgia é ciência e arte. Como ciência, tem renovação dinâmica e constante de preceitos e

conceitos em função da sua própria evolução. Como arte exige um aprendizado manual

paciente e bem conduzido. Será aprendida mais facilmente por aqueles que nascem com

vocação e aptidão específicas, como acontece com todas as artes. Em épocas passadas, a

cirurgia era considerada o último recurso aplicável a doentes para os quais não havia mais

remédios que lhe restabelecessem a normalidade. Com a evolução dos conhecimentos, a

cirurgia passou a ter lugar no tratamento de algumas doenças. Hoje exige dos cirurgiões o

conhecimento de anatomia e fisiologia, bioquímica, imunologia, bacteriologia,

metabolismo e, obviamente, de técnica cirúrgica. Antes do século XVI, os próprios médicos

praticavam as poucas operações que as urgências exigiam. Mais tarde, passaram a deixá-

las para pessoas menos qualificadas, os barbeiros. Durante séculos a cirurgia existiu em

estado latente:

— Ocupava-se dos feridos das guerras.

— Raríssimas operações eram bem sucedidas, sendo praticadas, inicialmente, como magia

ou por imperiosa necessidade. (HISTÓRIA..., 2015).

WATKINS, N. A multiplicação das barreiras. Veja.

São Paulo: Abril, ed. 2441, ano 48, n. 35, 2 set. 2015.

37 - (UNIFACS BA)

O elevado número de mortes na Bahia, causado por diversas epidemias, oriundas de

doenças, como a varíola, a tuberculose, o impaludismo, o beribéri, a peste bubônica, a febre

tifoide, além das disenterias, e, da lepra, provocou repercussões na questão da saúde

pública, impactando, também, sobre diversos aspectos socioculturais e políticos, como no

advento da

01. Revolução dos Búzios, revolta da elite colonial contra a proibição da compra de negros

muçulmanos da etnia dos Haussás, responsáveis pela falta de comportamento

higiênico, que favorecia o surgimento de pandemias.

02. Sabinada, movimento revoltoso que defendia a separação da Bahia do Reino de

Portugal e que atribuia a disseminação das epidemias ao grande número de

estrangeiros enviados pela metrópole para a colônia.

03. Revolta dos Malês, liderada por negros libertos católicos, em um período de

enfraquecimento do governo devido a um surto de doenças infecciosas, fator que

contribuiu para a vitória dos revoltosos e para o estabelecimento de uma república

baiana, baseada nos princípios liberais.

04. Cemiterada, revolta popular que provocou a destruição do recentemente construído,

naquela época, Cemitério do Campo Santo, fruto da proibição do enterro dos mortos

dentro das igrejas, como medida de higienização da cidade do Salvador.

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05. Revolta da Vacina, quando o governo federal impôs, em todo território nacional, uma

campanha de vacinação obrigatória e a destruição das casas populares, expulsando

seus moradores para a periferia das grandes cidades.

TEXTO: 2 - Comum à questão: 38

Em 1499 retornavam a Lisboa, em momentos diferentes, as duas naus restantes da

armada que, dois anos antes, partira rumo ao Índico em viagem de descoberta do caminho

que levasse à Índia, local desejado por Portugal há quase meio século. (...) Definitivamente,

as coisas nunca mais foram as mesmas, tanto para aquele pequeno reino português, na

franja atlântica da Europa, quanto, em outras medidas, para o resto do continente europeu.

Desta viagem, mas sobretudo do que se esperou dela e do que efetivamente se encontrou,

restaram-nos alguns documentos epistolares, mas restou-nos também o Roteiro de uma

viagem que levou os sonhos portugueses por “mares nunca dantes navegados”, e

complementando o poeta Camões, “por terras nunca dantes palmilhadas”.

(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem. Expectativas, projeções e descobertas

portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo: Annablume, 2010. p. 27)

38 - (PUCCamp SP/2017)

Dentre os sonhos portugueses relacionados à descoberta de novas terras, certamente

figurava o desejo de encontrar ouro em abundância. Ao longo da colonização do território

brasileiro, o período em que Portugal mais lucrou com a exploração de minérios

a) foi o século XVII, quando da descoberta de metais preciosos na região de Minas Gerais

e da criação da Estrada Real para o controle do escoamento da produção pelo Porto

de Paraty.

b) estendeu-se por cerca de um século entre 1710 e 1810, fase em que vigorou o Sistema

da Real Extração, por meio do qual a coroa portuguesa se apossou das minas e

controlava integralmente a extração, a fundição e a exportação aurífera.

c) limitou-se aos dez anos de intensa exploração do Arraial do Tijuco (atual Diamantina),

área que foi isolada como Distrito e mantida sob o controle da Intendência dos

Diamantes, no final do século XVII.

d) iniciou-se com a descoberta de esmeraldas pelo bandeirante Fernão Dias Paes, em

1681, e se encerrou com a execução da derrama, por falta da arrecadação mínima de

minérios, em 1776.

e) ocorreu ao longo do século XVIII, principalmente após a instituição de impostos como

o quinto, perdurando até o declínio da extração do ouro de aluvião, nas últimas

décadas desse mesmo século.

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GABARITO:

1) Gab: 04

2) Gab: 04

3) Gab: 05

4) Gab: B

5) Gab: A

6) Gab: D

7) Gab: C

8) Gab: D

9) Gab: B

10) Gab: A

11) Gab: B

12) Gab: A

13) Gab: B

14) Gab: D

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Justificativa: esta alternativa está errada, portanto dever ser assinalada, já que o enunciado

pede a exceção. A industrialização não começou no período colonial, as indústrias eram

proibidas na colônia, além disso o ouro não foi destinado para esta finalidade.

15) Gab: C

16) Gab: A

17) Gab: C

18) Gab: B

19) Gab: C

20) Gab: B

21) Gab: D

22) Gab: C

23) Gab: C

24) Gab: E

25) Gab: C

26) Gab: A

27) Gab: C

28) Gab: B

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29) Gab: B

30) Gab: D

31) Gab: C

32) Gab: A

33) Gab: A

34) Gab: D

35) Gab: B

36) Gab: D

37) Gab: 04

38) Gab: E