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Livro de Resumos XXXII ENCONTRO Galego-Português de Educadores/as pela Paz Inclusão, Cidadania e Paz: políticas públicas e papel dos/as educadores/as, professores/as e mediadores/as Chaves, 20, 21 e 22 de abril de 2018

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Livro de Resumos

XXXII ENCONTRO Galego-Português de Educadores/as pela Paz

Inclusão, Cidadania e Paz: políticas públicas e papel dos/as educadores/as, professores/as e mediadores/as

Chaves, 20, 21 e 22 de abril de 2018

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FICHA TÉCNICA

Título: Livro de Resumos do XXXII ENCONTRO Galego-Português de Educadores/as pela Paz

Coordenação de Edição:

Américo Nunes Peres

Cristina Costa Gomes

Cristiana Pizarro Madureira

Comissão Científica

Américo Nunes Peres - Instituto de Filosofia da Universidade do Porto

Ana Vieira - Instituto Politécnico de Leiria

Cathryn Teasley Severino - Universidade da Corunha, Faculdade de Ciências da Educação

Cristiana Pizarro Madureira - Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Escola Superior de Educação e

Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins

Cristina Costa Gomes – Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins

Evangelina Bonifácio - Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Educação

João Paulo Delgado - Instituto Politécnico do Porto, Escola Superior de Educação

Maria Lopes de Azevedo - Instituto Superior de Ciências Educativas do Douro

María Victoria Carrera Fernández - Universidade de Vigo, Facultade de Ciencias da Educación de Ourense

Ramiro Gonçalves - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Ricardo Vieira - Instituto Politécnico de Leiria

Xosé Manuel Cid – Universidade de Vigo

Edição

Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins Chaves, julho de 2018

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Apresentação

Esta publicação reúne os resumos das comunicações orais e das oficinas apresentadas no XXXII

Encontro de Educadores/as pela Paz.

Este encontro pretendeu constituir um espaço de partilha e de diálogo entre professores/as,

educadores/as e mediadores/as sobre práticas de inclusão e de cidadania que promovam uma

cultura de paz nos diversos contextos sociais e educativos. Conforme é sublinhado na Agenda de

Haia, esta cultura será alcançada “quando os cidadãos do mundo compreenderem os problemas

mundiais, tiverem a capacidade de resolver os conflitos e lutarem pela justiça de forma não

violenta, observarem as normas internacionais de direitos humanos e de justiça, apreciarem a

diversidade cultural e respeitarem a Terra e o próximo”.

A agenda de Haia propõe ainda uma educação radicalmente diferente para a geração futura: ao

invés de glorificar a guerra, educar para a paz, para a não violência e para a cooperação

internacional. Por isso, vale a pena acreditar que a educação lança as sementes para construir o

futuro, mas um futuro com paz, cidadania e vida inclusiva. Nesta perspetiva, assume grande

importância uma visão humanista de escola, onde o enfoque numa cultura de convivência

pacífica, com práticas de mediação positiva, fomentem a educação para a paz, através da

prevenção de conflitos, da sua resolução pacífica e consequentemente a emancipação

socioeducativa de todos e cada um dos agentes educativos.

A Comissão Organizadora

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COMUNICAÇÕES

Mesa redonda: Espaços de Mediação e intervenção: prevenção, resolução de conflitos e

transformação socioeducativa.

ESPAÇOS DE MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO: O PAPEL DA MEDIAÇÃO ENTRE PARES NA

TRANSFORMAÇÃO SOCIOEDUCATIVA

Cristiana de Sousa Pizarro Bravo Madureira

Palavra-chave: conflitos, convivência pacífica, mediadores, mediação, paz.

A intervenção que vou apresentar no XXXII Encontro Galego-Português de Educadores pela Paz, pretende

refletir sobre a escola enquanto espaço de socialização e de mediação, centrando-se nos alunos enquanto

mediadores de pares e no seu papel na transformação socioeducativa. Neste sentido, irei partilhar a

experiência decorrente da implementação do projeto de mediação positiva do Agrupamento de Escolas Dr.

Júlio Martins, em Chaves, através da institucionalização do Gabinete de Mediação Positiva de Conflitos.

Este gabinete enquadra-se no seu Plano de Ação Estratégica e constitui mais um recurso da escola para

promover o sucesso escolar, numa escola que se pauta pelo lema de ser “de todos e para todos”.

Este projeto, foi legitimado no Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar e teve uma fase de

sensibilização da comunidade educativa, que decorreu no ano letivo 2015/2016, de modo a que, no ano

letivo seguinte, se implementasse em pleno.

Tem como objetivos, promover em contexto escolar uma cultura de convivência pacífica, prevenindo

situações de indisciplina e diminuindo as participações disciplinares. Para dar resposta a estes objetivos,

têm sido desenvolvidas diversas ações de formação dirigidas a toda a comunidade educativa (docentes, não

docentes, alunos e encarregados de educação), de modo a promover a partilha colaborativa dos valores da

cultura de paz, dos direitos humanos, de justiça e de cidadania.

Estes valores, são desenvolvidos em sintonia com o perfil do aluno para o século XXI que se complementam

num modelo de escolaridade orientado para a aprendizagem dos alunos, que visa, simultaneamente, a

qualificação individual e a cidadania democrática. Estas premissas, patentes no perfil do aluno para o

século XXI, motivaram a equipa a envolver os alunos na mediação, começando pela sua formação, com

vista ao desenvolvimento de competências de mediação. Esta foi uma forma de promover a participação e

a responsabilização dos alunos na promoção de uma cultura de convivência pacífica, motivando-os a ser

mediadores de pares, de modo a prevenir e diminuir situações de conflito e a contribuir para a

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transformação socioeducativa e a realização pessoal de todos e de cada um dos atores. A mediação

constituiu um método pacífico de resolução de conflitos, que o agrupamento encontrou para fortalecer a

cultura de convivência pacífica, desenvolvendo-a como um instrumento de promoção da cultura de paz, a

par do anunciado na Declaração por uma Cultura de Paz da UNESCO.

Reconhecendo que o indivíduo é um ser de relações e essas relações se dão com o outro, o mediador é

aquele que faz comunicar, que promove o diálogo, que estabelece ligações e laços entre todos na escola,

entre a escola, a comunidade e a sociedade. Nesta linha de análise, serão dadas a conhecer as fases de

desenvolvimento do projeto, enfatizando-se as atividades desenvolvidas pelos alunos mediadores ao nível

da mediação de pares, destacando os princípios que estão por trás da sua ação: dialógica, participativa e

pacificadora. Ao longo de todo o projeto tem vindo a ser desenvolvida uma avaliação reguladora, contínua

e sistemática, que nos permite destacar a satisfação dos mediadores por integrarem este projeto, bem

como o seu forte envolvimento em atividades desenvolvidas no âmbito do fortalecimento de uma cultura

de convivência pacífica e consequentemente de promoção do sucesso escolar.

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PAZ POSITIVA, GÉNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS: ROMPER COM A VIOLÊNCIA PATRIARCAL, EDUCANDO

Cathryn Teasley Severino

Em 1906, a socióloga pacifista e feminista norte-americana Jane Addams apresentou uma nova visão da paz

que foi popularizada mais tarde, nos anos 60, primeiro por Martin Luther King, Jr. e depois pelo

pesquisador norueguês Johan Galtung (1998). Para eles, a paz verdadeira seria uma paz positiva, que

consistiria não apenas na ausência de guerra, mas também na ausência da própria violência, em todas as

suas manifestações. Aqui na Península Ibérica, essa definição da paz foi bem acolhida e difundida por

especialistas dos Estudos da Paz e o Conflito, entre eles o cofundador e máximo expoente de Educadoras e

Educadores pela Paz de Nova Escola Galega, Xesús (Suso) R. Jares (2005 e 2006).

Após o nosso companheiro Suso ter cessado as suas funções em 2008, uma investigadora francesa,

Dominique Saillard (2010), que tinha coordenado várias iniciativas pacifistas no País Basco, publicou um

estudo sobre o papel das mulheres nos movimentos pela paz e o desenvolvimento. Nesse estudo ela

definiu a paz positiva como a construção da justiça, com base tanto nas obras das figuras já citadas quanto

em outras (históricas e atuais) dos movimentos pela paz, dos Estudos da Paz e o Conflito, e dos Estudos do

Desenvolvimento, e em particular as obras que fossem escritas por mulheres. Em palavras de Saillard, o

próprio Gandhi "sempre disse que aprendera as técnicas da não violência e da desobediência civil das

mulheres" (2010, p. 108, traduzido). De acordo com Saillard e Jares (especialmente com as últimas

publicações deste), outra pesquisadora, Cécile Barbeito Thonon (2016), da Escola de Cultura de Pau da

Universidade Autónoma de Barcelona, vem sublinhando a importância de unir as palavras não e violência

numa única palavra, mesmo na sua forma de adjetivo (não violento). Como termo, a não violência cobra um

valor reivindicativo pois tem a sua origem numa palavra hindi que tanto difundia Mahatma Gandhi, ahimsa,

que significa "ação sem violência".

Da Índia também têm surgido algumas poderosas vozes femininas. Uma delas é a da cientista Vandana

Shiva. No seu livro Biopirataria (2001) revela a violência estrutural do extrativismo material e intelectual

praticado nos países pobres pelas grandes empresas globais do Norte, como Bayer/Monsanto

(recentemente fundidas numa imensa empresa). Tratam-se de práticas neocoloniais justificadas sob a

bandeira do "desenvolvimento". O fato é que cada vez mais mulheres, como Shiva, Barbeito e Saillard,

estão a projetar a sua voz em favor da justiça, da não violência e da paz positiva. Poderíamos fazer um

percurso histórico das numerosas mulheres pacifistas que, apesar de serem das primeiras e das mais

comprometidas neste domínio, nunca chegaram a ter tanta repercussão como certas vozes masculinas.

Porém, a intenção com esta exposição não é oferecer esse percurso histórico, nem salientar as diferenças

entre homens e mulheres que trabalham neste campo, porque as suas lutas devem ser unidas se queremos

parar os múltiplos processos de exploração e destruição da vida neste planeta finito, e se queremos

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proteger a vida humana em comum e o bem-estar pacífico e equitativo, em harmonia com a natureza.

Nesta linha, o propósito desta intervenção é procurar respostas educativas – tanto dentro das salas de aula

quanto fora delas a meio da política educativa e pública em geral – respostas a uma injustiça de raiz: o

patriarcado, que domina o tecido social e gera diversas formas de violência. Para desafiá-lo, examinaremos

a igualdade afetiva (Lynch, 2014), o Bom Viver (León, 2011) e a economia dos cuidados (Federici, 2013),

assim como a justiça restaurativa (Domingo, 2013).

Referências Bibliográficas:

Addams, Jane (1906/2007). Newer Ideals of Peace. Chicago: University of Illinois Press.

Barbeito Thonon, Cécile (2016). 122 acciones fáciles (y difíciles) para la paz. Madrid: Los Libros de la Catarata.

Domingo, Virginia, et al. (2013). Justicia restaurativa: mucho más que mediación. Burgos: PressBooks.com.

Federici, Silvia (2013). Revolución en punto cero: trabajo doméstico, reproducción y luchas feministas. Madrid:

Traficantes de Sueños.

Galtung, Johan (1998). Tras la violencia, 3R: reconstrucción, reconciliación, resolución. Afrontando los efectos visibles e

invisibles de la guerra y la violencia. Bilbao: Bakeaz / Gernika Gogoratuz.

Jares, Xesús R. (2005). Educación para la Paz: su teoría y su práctica. Madrid: Popular (3ª edición).

Jares, Xesús R. (2006). Pedagogía de la convivencia. Barcelona: Graó.

León, Magdalena (2011). Redefiniciones económicas hacia el Buen Vivir: un acercamiento feminista. En AWID

Women’s Rights (novembro).

Lynch, Kathleen, et al. (2014). Igualdad afectiva: amor, cuidados e injusticia. Madrid: Morata.

Saillard, Dominique (2010). ¡Siempre desobedientes! Educar para la Paz desde el feminismo. En UPV/EHU, Hegoa e

ACSUR Las Segovias (Eds.), Género en la Educación para el Desarrollo: Abriendo la mirada a la interculturalidad,

pueblos indígenas, soberanía alimentaria, educación para la paz (pp. 93-136). Bilbao: UPV/EHU.

Shiva, Vandana (2001). Biopiratería: el saqueo de la naturaleza y del conocimiento. Barcelona: Icaria.

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ACESSIBILIDADE WEB

Ramiro Gonçalves

O conceito de acessibilidade Web assume-se como representando a possibilidade de todos os utilizadores

da internet, independentemente das suas necessidades especiais individuais, poderem percecionar,

perceber, navegar e interagir com os vários conteúdos disponibilizados online. Se à luz dos últimos dados

da Comissão Europeia, mais de 50 milhões de cidadãos europeus apresentam uma qualquer necessidade

especial (seja ela uma deficiência, incapacidade temporária ou definitiva), os dados mais recentes sobre a

realidade portuguesa mostram que mais de um milhão desses cidadãos estão no nosso país. Ainda que

existam diversas regulamentações, normas e diretivas focadas no tema da garantia de acessibilidade Web,

os estudos realizados tanto ao nível nacional como internacional mostram uma clara tendência para a

inexistência de preocupações para com o tema que resulta num muito baixo nível de acessibilidade Web.

De forma a ser possível dinamizar e desenvolver o tema em Portugal, o projeto “ACESSWEB – Barómetro da

Acessibilidade Web em Portugal” surgiu com o principal objetivo da criação de um barómetro anual sobre

os níveis de acessibilidade dos vários websites portugueses (privados e públicos). Através deste projeto, foi

desenvolvida uma infraestrutura tecnológica e funcional inteligente que permite realizar ações, em grande

escala, de avaliação automática da conformidade de websites relativamente às diretivas para a

acessibilidade Web do W3C. Transversalmente o que se vê como sendo eminentemente necessário é a

implementação real de uma abordagem estratégica que englobe as associações da sociedade civil e

empresarial, o estado e as instituições de ensino, no sentido de desenvolver mecanismos que permitam

educar, divulgar e fiscalizar todos os cidadãos e particularmente aqueles que mais responsabilidades

podem ter no planeamento, desenvolvimento, manutenção e gestão de plataformas e conteúdos Web.

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A EDUCACIÓN SERÁ HUMANIZACIÓN OU NON SERÁ: UNHA APOSTA NECESARIA

POLA EDUCACIÓN EN VALORES

Maria Victoria Carrera

O obxectivo desta exposición é analizar o papel da educación na construción dunha sociedade máis

democrática e xusta, unha sociedade transformada. En primeiro lugar, ponse de manifesto o dobre rol das

institucións e entidades educativas formais e non formais, especialmente da escola, como axentes de

socialización e como espazos inter-relacionais, destacando os obstáculos e limitacións que deben ser

superados, concretamente: i) un paradigma positivista que se orienta á transmisión dos coñecementos e

“valores” etnocentristas e heteronormativos, propios dos grupos hexemónicos e que da lugar á formación

de identidades normativas e non normativas; ii) así como unha realidade socioeducativa na que se

reproducen toda unha serie de prácticas de otredade alimentadas polo prexuízo, entre as que destaca o

fenómeno do (ciber)bullying, que ten recibido unha atención crecente nas últimas décadas.

A continuación propóñense os principais retos que enmarcan o horizonte cara o que debemos dirixirnos: o

desenvolvemento dunha práctica educativa contextualizada nun paradigma sociocrítico da educación , que

máis alá de aproximacións positivistas-tecnolóxicas, asuma como obxectivo principal a humanización dos

educandos/as, atendendo especialmente a súa dimensión afectiva. E destácanse as principais ferramentas

que nos axudarán a acadalo: unha educación en valores de mínimos morais -aqueles que son universais,

laicos e públicos, e que o estado debe encarnar e promover- que xa non pode ser unha opción, senón

necesariamente unha obriga, baseada, polo tanto, nun modelo intercultural de xestión da diversidade, así

como nun concepto positivo da paz e de conflicto e nunha metodoloxía socioafectiva. Así, os obxectivos

desta proposta non se orientan a fomentar que os grupos hexemónicos (o eu/nos que constitúe “o centro”)

toleren aos/ás outros/as (“as marxes”), senón a transformar a aula nun espazo que favoreza o cambio

social, a través dunha práctica educativa transgresora, crítica e queer, que fomente a resolución pacífica de

conflictos a través da mediación, cuestione a heteronormatividade e o etnocentrismo interrogando

seriamente as categorías sexo- xénero-etnia-orientación sexual, máis alá das dicotomías, e valore outras

posibilidades de ser e de posicionarse como ser humano.

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COLÓQUIO-DEBATE

Inclusão, cidadania e Paz: o papel dos/as educadores/as,

professores/as e mediadores/as nas políticas públicas

A MEDIAÇÃO INTERCULTURAL NA CONSTRUÇÃO DE PONTES PARA A INCLUSÃO, A CIDADANIA E A PAZ

Ricardo Vieira

Ana Vieira

Palavras-chave: mediações sociais; mediação Intercultural; tolerância versus respeito; hermenêutica multitópica;

neutralidade versus multiparcialidade; cidadadania(s); convivência; paz.

Nesta comunicação clarificam-se alguns conceitos e pilares habitualmente afetos à mediação.

Particularmente, distingue-se a mediação intercultural que dentro de todas as mediações sociais é a que

mais investe na prevenção, transformação, educação e reabilitação. Discute-se a neutralidade e a

imparcialidade e sugere-se a opção pelo conceito de multiparcialidade que permite conciliar a empatia com

as partes, no sentido da compreensão émica, e, simultaneamente, com a busca da equidade. Critica-se o

uso abusivo do conceito de tolerância e propõe-se o de respeito como pilar da convivência entre

diferentes.

Assume-se a mediação intercultural como tendo potencialidade para atravessar todas as mediações

socioculturais (familiar, comunitária, pessoal, laboral, escolar...) se se assumir o intercultural como

paradigma que rompe com o culturalismo.

Desta forma, a mediação intercultural não está presente apenas em contextos de forte multiculturalidade,

como é o exemplo da coexistência de pessoas migrantes. Ela é aqui considerada uma ferramenta da

pedagogia social fundamental à construção de uma sociedade mais inclusiva e de cidadanias menos

monolíticas capazes de estimular a convivência rumo à paz.

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ELFA E A CAIXA DE MEMÓRIAS: UMA HISTÓRIA DE MEMÓRIAS, MEDIAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

Paulo Delgado

Esta apresentação pretende constituir um espaço de partilha e de reflexão sobre os processos de mediação

na relação com o outro e face às políticas públicas, enquanto processo de intervenção socioeducativa na

busca do saber, do bem-estar e da qualidade de vida, para a construção conjunta da inclusão e da

cidadania.

Num primeiro momento, reflete nos desafios que se colocam ao processo da mediação, quando tem por

finalidade o desenvolvimento da participação das pessoas e dos grupos, a partir do livro de literatura

infantil «Elfa e a Caixa de Memórias», de Bell e Fuller (2008). A história descreve o modo como Marvin

desenvolve um conjunto de ações facilitadoras da inclusão social, promotoras do percurso educativo de

Elfa, que tem dificuldades em lidar com as suas memórias, com o impacto que elas têm no presente, no seu

desenvolvimento e na sua autonomia.

Num segundo momento aborda o papel dos educadores/ mediadores nas políticas públicas, na sua

conceção, discussão e implementação, questionando o modo como podem contribuir para o

desenvolvimento e sustentabilidade de práticas emancipatórias que visem a paz, a transformação social e a

justiça.

Em ambos os casos, a mediação socioeducativa decorre da possibilidade de expor o processo de construção

de um saber ou cultura, confrontando o outro com percursos de vida alternativos (Mari, 2009), de propor

um trajeto ou deslocação de que resulte a compreensão "de que o mundo pode ser diferente, a um nível

elementar, das nossas mais básicas assunções acerca dele" (Cairns, 2002, p.67).

Referências Bibliográficas:

Bell, M., & Fuller, R. (2008). Elfa and the Box of Memories. London: BAAF.

Cairns, K. (2002). Attachment, trauma and resilience: therapeutic caring for children. London: BAAF. DOI:

10.1046/j.1365-2206.2003.t01-3-00268.x

Marí, R. (2009). La noción de inclusión y de ciudadanía en Educación Social. In R. Marí (Coord.), Ciudadanía y

Educación Social - Contextos y espacios profesionales (pp.15-42). Talavera de la Reina: Universidad de Castilla-La

Mancha.

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EXPERIÊNCIAS, COMUNICAÇÕES E MATERIAIS PEDAGÓGICOS

CONTRIBUTOS DO GABINETE DE MEDIAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

Cristina Costa Gomes

Palavras-chave: acompanhamento, mediação, inclusão

Nesta comunicação proponho-me abordar o tema, baseando-me nas minhas experiências profissionais e

pessoais, naquilo que aprendi ao longo dos meus 39 anos de serviço, com alunos/as, professores/as,

famílias, com estudos, leituras, com todas as histórias, acontecimentos, impressões, que ao longo dos anos

partilhei com os que se cruzaram no meu caminho. Ao preparar esta comunicação, refleti sobre como a

inclusão, o conflito e a mediação fizeram parte do meu percurso profissional e dei-me conta de que afinal,

sem saber ou sem lhe dar nome, estiveram sempre lá.

Atualmente, sem uma turma no sentido formal, com um público escolar diferente e noutras funções, a de

membro da equipa do Gabinete de Mediação que ajudei a criar e a crescer, o termo mediação está mais

presente e dessas experiências darei aqui nota, salientando sobretudo algumas situações de mediação

vividas em contextos de educação informal.

Partindo do pressuposto de que a escola é um lugar onde, com frequência, surgem conflitos, porque na

escola “move-se diariamente uma população muito diversa que interage forçosamente de forma

permanente, seja na sala de aula, no recreio, nos corredores, na cantina e outros espaços” (Silva & Dotta,

2013, p.68), é necessário entendê-los com uma visão positiva, uma vez que contribuem para o crescimento

de todos e de cada um. Encontramos situações de conflito em diversas situações, como entre alunos/as,

entre pais e filhos/as, entre pais e professores/as, entre alunos/as e professores/as e alunos/as e

funcionários/as e mesmo entre professores/as. Não nos debruçando sobre todos, reconhecemos a sua

existência e nesse sentido tentamos intervir para melhorar. Nessa perspectiva aprendemos a encarar o

conflito como uma oportunidade.

Em diversas situações, o recreio, no caso do 1º Ciclo e os espaços comuns, incluindo o recreio, no ensino

secundário, observei que são os palcos onde o conflito se torna mais visível e frequente.

Irei partilhar e refletir sobre os resultados do inquérito por questionário aplicado a alunos do Agrupamento,

no sentido de perceber quais os espaços da escola mais propícios à emergência de situações de conflito,

que foi no ano lectivo anterior, o nosso ponto de partida. Nesse sentido e no presente contexto educativo,

faremos uma perspetiva da origem da criação do Gabinete de Mediação do AEJM, donde partimos para a

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sua construção, os instrumentos e estratégias construídos, bem como as diversas experiências e atividades

que vivemos e desenvolvemos com os alunos e alunas, mediadores e mediados, que dele fazem parte.

Esperamos que esta pequena amostra possa ilustrar que o acompanhamento e as atividades que temos

dinamizado e desenvolvido com os/as alunos/as se enquadram na ambição que temos, de fomentar na

escola um sentido de pertença a um projeto onde o saber ser/ estar/conviver aparecem como pilares

essenciais ao exercício de uma cidadania ativa.

Referências Bibliográficas:

Silva, F. & Dotta, L. (2013). Conflito na escola – um conceito em movimento por meio de narrativas. In B.D. Silva, L.S.

Almeida, A. Barca, M. Peralbo, A Franco, R. Monginho (Org.), Atas do XII Congresso Internacional Galego-Português de

Psicopedagogia (pp. 67-80).Braga: Universidade do Minho

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O PAPEL DOS TÉCNICOS DE INTERVENÇÃO SOCIOEDUCATIVA NA EDUCAÇÃO PARA O SÉC. XXI

Evangelina Bonifácio

Palavras-chave: Pedagogia social, intervenção socioeducativa, ética e hospitalidade

A comunicação a apresentar no XXXII Encontro Galego-Português de Educadores/as pela Paz tem como

objetivo central partilhar a(s) experiência(s) enquanto gestora e professora no âmbito da formação de

técnicos de intervenção socioeducativa.

Para contextualizar destaco duas ideias orientadoras que balizam a minha práxis: i) considero a educação

um direito inalienável através da qual nos humanizamos, nos tornamos melhores pessoas. Acredito na

educação ao longo da vida e é através dela que se atinge a plenitude enquanto pessoa. Diria que a

educação promove o bem comum; ii) assumo como premissa importante um dos pilares do Relatório da

UNESCO (1996) que defende que a educação do século XXI exige que aprendamos a «viver juntos».

Acredito, pois, que quer a intervenção educativa quer a socioeducativa se devem alicerçar no respeito pela

singularidade do OUTRO, até nos atos mais triviais de vida.

Pelo que foi dito, defendo que os técnicos de intervenção socioeducativa devem adotar uma atitude ética e

reflexiva enquanto promotores de uma relação sociopedagógica dialogante, pacífica, justa e respeitosa,

marcada por laços de proximidade e hospitalidade.

Ora, centrando-me na instituição pública em que sou diretora, no ano letivo de 2017-2018, existe uma

comunidade residente de 40 jovens, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos. Perante esta

contextualização, sou confrontada/convocada para a gestão de problemas quotidianos, de índole diversa,

destacando-se de forma evidente as questões da relação interpessoal e as dificuldades inerentes à

mediação de conflitos. A este propósito comungo da ideia de que a relação interpessoal constitui o “lugar

privilegiado para a realização da diferença em todos os planos da vida humana, na medida em que implica

o encontro entre seres igualmente misteriosos e únicos (Baptista, 2014, p. 144). Convém, ainda,

acrescentar que neste espaço há interesses conflituantes (alunos, funcionários, pais, encarregados de

educação, etc.), sendo comum ressaltar uma atitude individualista em que cada um se centra na defesa dos

seus interesses e no bem-estar imediato, desvalorizando os objetivos ou interesses coletivos. Há uma

prevalência do Eu sobre o Outro e enquanto «adultos de referência» somos, com frequência, interpelados

a refletir, a agir, a optar, a negociar (…). No seguimento das ideias explicitadas, apresentarei uma

experiência prática que procura dar testemunho da importância da intervenção socioeducativa, quando

tem subjacente uma intencionalidade pedagógica baseada no respeito pelos direitos humanos.

Concretamente, o que se pretendia era «formar e transformar» os jovens, problematizando

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acontecimentos reais, em que se apelava à sua análise, participação democrática e apresentação de

contributos para a resolução de situações dilemáticas, ocorridas na instituição.

Importa, ainda, sublinhar que viver em sociedade implica adotar normas e padrões de condutas necessárias

à convivência humana. Deste entendimento e corresponsabilização decorrem oportunidades de

aprendizagem e de encontro(s), pois educar pressupõe, também, confrontar, contrariar e colocar no lugar

do OUTRO. Cabe a cada um de nós assumir a educação como um compromisso social não podendo desunir

a nossa intervenção socioeducativa de valores humanos e de princípios ético-deontológicos porquanto

numa “lógica de aprendizagem na e com a vida, as dinâmicas de mediação socioeducativa ajudam a fazer

sociedade, fomentando condições de «laço social» num mundo desenlaçado” (Baptista, 2008, p. 38). Ora,

enquanto professores-educadores somos corresponsáveis por este exercício de cidadania e espera-se que

sejamos os «semeadores utopistas» dos alicerces de uma sociedade em que todos(as) consigamos viver de

modo mais feliz, solidário, benevolente, pacífico e justo, numa matriz de abertura à diferença e à

diversidade (culturas, raças, religiões, políticas).

Ressalto, neste processo percursor de desenvolvimento humano, a importância indiscutível da Escola.

Contudo, a educação contemporânea está muito para lá dos muros da instituição escolar. Existem, outros

espaços, outros territórios que possibilitam a formação cidadã partindo dos pressupostos de uma educação

informal, sustentada na pedagogia social enquanto saber de referência destes interlocutores sociais –

técnicos de intervenção socioeducativa.

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A CASA DO PROFESSOR DE CHAVES, ALTO TÂMEGA E BARROSO

Maria Isaura Sousa

Reportando-nos a 1983, “Século Passado”, pode dizer-se, um grupo de Professores do Ensino Primário,

confrontando-se com os efeitos inovadores que o Trabalho em Equipa nos oferecia, atreveu-se a lançar a

ideia de nos constituirmos em Associação.

Com o entusiasmo que nos caracterizava (…), fomos passando a palavra e foi, com enorme sucesso, que a

“Casa do Professor Primário” surgiu, baseada em convicções fortes de podermos construir um espaço e um

tempo de convívio, de dinamização de uma classe avultada, à época, e dispersa pelos quatro cantos de uma

zona geográfica considerável.

E, podemos dizer, pelo número de associados conseguido, que o sucesso foi pleno, em convívios

organizados nas instalações sediadas em Chaves e em vários espectáculos e atividades alargadas a outros

níveis de Ensino. Foi, através delas, que se sentiu a necessidade de abrirmos os Estatutos aos outros níveis

de ensino a alargarmos a nossa acção a todos os Professores de todos os graus de Ensino.

Não podemos deixar de salientar que, “pelos entretantos” foram alguns os entraves impeditivos de levar

por diante o ideal de partida. A febre das “PARTIDARITES POLÍTICAS”, à época, originou desentendimentos

que enfraqueceram e acabaram por destruir os ideais de partida, a ponto de cairmos no abismo de que

resultou a sua desaparição total.

Ainda que tudo de material tivesse desaparecido, sem deixar rasto, uma aspiração pairava no espírito de

quem esteve sempre na rota colegial e na necessidade de recomeçar um projecto que até tinha dado

frutos, mas que exigia novas formas de estar e de sentir a nossa muito querida profissão, na mira de “O

Local ao Global”.

“Em conversa de café, entre duas amigas/colegas”, certo dia, levantou-se a hipótese de reerguermos esse

tempo num espaço geo-físico a necessitar de renovação/inovação, de encontro, de partilha, de dinamismo,

de abertura, de encontro, de presenças práticas, de reforço de conhecimento, de convívio.

Foi, assim, que se renovaram Estatutos e se constituiu a nova Associação que passou a denominar-se de:

“Casa do Professor de Chaves, Alto Tâmega e Barroso”.

E, se é certo que gostaríamos de ter avançado mais, podemos dizer que vamos dando passos seguros em

campos ainda pouco mais que aflorados. Queremos mais. Muito mais.

Daí deixarmos um apelo a toda a Comunidade Educacional, em primeiro lugar e, em simultâneo, à

Comunidade Local, juntamente com um AGRADECIMENTO sentido à Autarquia Flaviense nas Pessoas dos

seus Presidentes que nos cederam um espaço onde as nossas atividades vão encontrando a RESPOSTA,

ainda que não ideal, a POSSÍVEL.

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Com abertura à Comunidade Local temos o Projeto “Artylinha”, um espaço e um tempo revelador de

sucesso, encontro, amizade, bem estar, partilha, alegria.

Deixamos o CONVITE a todos/as quantos/as desejarem integrar-se. Nele e com ele reforçamos os nossos

AGRADECIMENTOS profundos pela V/ colaboração e atenção.

– 18 –

CONTRIBUTOS PARA UMA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA EM PORTUGAL

Maria Luísa Bravo Lamas

O conceito de Cidadania tem percorrido um longo caminho até à actualidade. Têm sido alcançadas metas

importantes, mas a evolução das sociedades impele-nos a mudanças mais rápidas que acompanhem as

novas exigências. O Estado tem, neste processo, um papel relevante, traçando as linhas estratégicas que

permitam satisfazer as nossas necessidades como cidadãos. Cabe também aos cidadãos exigir ao Estado o

cumprimento desse dever e actuar em simultâneo, individualmente, em prol do mesmo objectivo.

As mudanças sociais implicam uma educação que prepare os indivíduos para responder solidariamente,

através da construção da paz e dos Direitos Humanos. Esta comunicação que apresentamos faz parte de

um estudo alargado de Doutoramento em Educação na Universidade de Santiago de Compostela.

Apresentamos a evolução do conceito de cidadania, algumas teorias sobre Educação para a Cidadania e as

normativas internacionais e nacionais aplicadas à realidade do país. A investigação que estamos a realizar

tem como objectivo perceber como estão estruturadas as políticas educativas portuguesas centradas na

Educação para a Cidadania e qual o seu impacto na formação dos adolescentes do Concelho de Vila Nova

de Gaia.

Neste sentido efectuámos um estudo empírico com alunos de cinco escolas secundárias de Vila Nova de

Gaia com o objectivo de analisar o conceito construído de Cidadania e a sua experiência como destinatários

dessas políticas educativas. Realizámos um inquérito por questionário a 300 alunos e um focus group a um

conjunto de alunos de uma escola que fez parte do estudo.

Pensamos que os resultados desta investigação poderão ajudar-nos a compreender como a Educação para

a Cidadania deve contribuir para a formação de melhores cidadãos, empenhados na transformação social

que deve ter lugar para a construção de um mundo melhor.

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A EDUCAÇÃO PARA A PAZ E PARA OS DIREITOS HUMANOS

Maria Adalgisa Babo

Como as guerras nascem nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que deverão ser construídos os

baluartes da paz (ato constitutivo da UNESCO, 1945).

A democracia surge como meio de concretizar um projeto de paz e bem-estar social e não se pode falar de

democracia sem se falar no Movimento Cerci (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos

Inadaptados)

Os construtores da paz são todos aqueles que procuram antecipar ou resolver conflitos, tenham estes a

dimensão e o envolvimento que tiverem. Deste ponto de vista, as Cerci são claramente entidades

promotoras da Paz. Desde logo pela sua génese, que está associada à mobilização das pessoas em torno de

grandes objetivos solidários, para a resolução de problemas comuns. Os cidadãos que estiveram na origem

da fundação das Cerci mobilizaram-se em torno do bem comum, que é o plano onde se constrói a ideia de

paz.

A primeira Cerci foi implementada em 1975, um período de algum modo conturbado, num país que tinha

ainda muito recente a revolução dos cravos.

Defender os direitos das pessoas com deficiência intelectual e multideficiência e das suas famílias, é aquilo

que costumo chamar de guerra pacífica, isto é, uma luta cívica e construtiva pela igualdade de todas as

pessoas perante a lei.

Hoje há milhares de cidadãos no nosso país que, não fora esta aposta na valorização com a diferença que

está no cerne do trabalho das Cerci, não teriam hoje qualquer expectativa de futuro. Estando ao serviço das

pessoas, as Cerci são ferramentas de desenvolvimento das comunidades, cuja ação é marcada pela grande

proximidade e afinidade que têm com as pessoas, com as suas culturas e realidades concretas, o que faz

com que as soluções que encontram sejam mais adequadas e eficazes.

Como disse Mia Couto “Há coisas que são resolvidas por governos. Há coisas que nenhum governo é capaz

de resolver. Seremos nós, com o tempo que nos for concedido, que resolveremos. Por via da nossa cidadania

em construção.”

Concluo parafraseando o saudoso Paulo Freire: A Paz para ser vivida, tem de ser construída, dia a dia, nos

pequenos atos, de onde germinam as grandes transformações. A Paz é para ser realizada, não só

idealizada. A Paz faz-se, não é dada.

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A UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ROTARY DE CHAVES NA CONSTRUÇÃO DA PAZ

Marília Ruivo

A Universidade Sénior de Rotary de Chaves foi fundada ainda no século XX – Outubro de 1999, no âmbito

do lema rotário “Dar de si, sem pensar em si”. Foi a primeira universidade sénior criada no movimento

rotário português. É um dos projectos do Rotary Club de Chaves e tem por finalidade a melhoria da

qualidade de vida dos seniores flavienses, tornando-os activos, solidários e intervenientes na vida do

município.

Está instalada na antiga Escola Primária nº 2 – Escola da Estação, que foi restaurada e reinventada para

servir os seniores flavienses que a frequentam. Está aberta a toda a comunidade sénior ou não, do

concelho de Chaves e dos concelhos vizinhos.

Praticamente todos/as professores/as trabalham em regime de voluntariado, dando o seu melhor. As

atividades são o mais variadas possível, desde intelectuais a físicas, procurando atender as preferências e

as necessidades dos alunos. Algumas das atividades mais significativas e atractivas estão ligadas à música,

ao teatro, às artes e à gastronomia. A Tuna, ou melhor, a Cinquentuna existe praticamente desde a

fundação da universidade e tem levado a música a todos os lugares onde têm sido solicitados; já o “Grupo

Cénico” foi criado mais tarde e a primeira actuação foi “A casa de Bernarda Alba” de García Llorca, levando

boa disposição a todos os que assistem às suas representações, que já são muitas. O grupo mais recente

são os jograis, criado em 2017. A cerâmica, a pintura e a encadernação ajudam a desenvolver a vertente

criativa dos alunos. A U.S.R. tem ainda outra actividade que é muito apreciada pela maioria dos alunos e

professores, ou seja, a “Cozinha sem fronteiras”, onde são compartilhadas refeições de várias partes do

mundo, cozinhadas por todos em alegre e sã convivência. Apenas uma breve referência às atividades

físicas, ginástica e taichi, que também contribuem para um envelhecimento saudável e activo. Como o

espírito tem necessidade de harmonia e paz temos também aulas de Ioga do Riso.

Todas as atividades têm como finalidade última o bem-estar, a amizade, a paz e a sã convivência entre

todos. A camaradagem e o apoio fraterno estão sempre presentes e são a imagem de marca da U.S.R., que

em Paz desenvolve todas estas acções, procurando integrá-las no meio onde está inserida, contribuindo

para o progresso e divulgação da região.

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O IMPACTO DAS LIDERANÇAS NA GESTÃO DE CONFLITOS, ENTRE ALUNOS, NA ESCOLA

Ana Paula Carvalho

Os conflitos coexistem com o Homem desde sempre e juntos ultrapassam os tempos e os espaços.

Encontramo-los com grande frequência nas organizações, embora nem sempre sejam abordados da melhor

forma. A existência do conflito não é necessariamente prejudicial à pessoa e às organizações; pelo

contrário, se abordado e gerido de forma construtiva pelas lideranças, ajuda ao crescimento e

desenvolvimento. Neste sentido, torna-se pertinente a atualização da forma de gestão e resposta aos

conflitos que emergem nas escolas.

Desta forma o estudo / a experiência que irá ser apresentada teve como objetivo principal analisar o papel

das lideranças nas escolas (de topo e intermédias) perante situações de conflito entre alunos.

Para tal, recorreu-se a uma amostra de 50 professores de uma escola do distrito de Vila Real. Foi realizado

um estudo quantitativo e qualitativo aplicando dois instrumentos: um questionário a 46 professores e

entrevistas a 4 docentes do 2º, 3º Ciclos e ES (Ensino Secundário).

Os principais resultados revelaram que na escola onde foi implementado o estudo existem vários conflitos

entre alunos, tendo os professores consciência dessa realidade. Também se verificou que os professores se

preocupam com a resolução de conflitos, e que seria relevante a implementação de um projeto de

Mediação Escolar.

Face aos resultados obtidos, foi proposta a implementação de um programa de mediação de conflitos, que

possa ser potenciadora de uma gestão positiva de conflitos.

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O SOÑO DA INCLUSIÓN

Germán Manuel Torres de Aboal

Exposición dun programa de intervención na comunidade cigana asentada nun poboado marxinal do barrio

de Trabanca Badiña en Vilagarcía de Arousa (Pontevedra) por medio dun plan de formación e de

desenvolvemento comunitario. Descrición da súa posta en marcha, das súas dificultades e atrancos e de

súa situación actual. Trátase da realidade e dun programa desenvolvido cunha comunidade marxinada, os

últimos da sociedade, que mal viven nun poboado, especie de ghetto, situado no entorno da rúa

Depuradora, do barrio de Trabanca Badiña na cidade de Vilagarcía de Arousa (Pontevedra). Diante da súa

lamentable situación, Cáritas deseña un programa baseado na promoción educativa e social deste grupo

humano. Suscita e provoca este programa a constatación de que nesta comunidade, pese a estar

escolarizada a súa nenez e mocidade, ningún individuo da mesma obtén a titulación mínima básica. E sen

estudos nin a máis mínima cualificación profesional vense abocados ao paro e a economía soterrada;

levando unha vida miserenta a nivel material e a nivel intelectual. Será posible que algún día esta

comunidade supere esta situación inxusta de vida? Aínda é posible soñar coa inclusión?

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DIREITOS HUMANOS, PAZ E CIDADANIA: UMA CONFLUÊNCIA DE VALORES.

Bruno Rodrigues Alves

Na ótica dos Direitos Humanos a Paz é reconhecida, não apenas como direito de toda a pessoa e de povos,

bem assim como valor e garante de outros direitos. Por isso, a Educação Para a Paz deve partir,

necessariamente, de uma perspetiva dos direitos humanos. A Educação Em e Para os Direitos Humanos é,

em si mesma, veículo para a Paz. A Escola assume-se neste quadro como local privilegiado e estratégico na

edificação de valores facilitadores de uma Cultura da Paz. Esta educação/formação tem como objetivo

último a consolidação de uma sociedade civil consciente dos direitos humanos e da importância de os

defender e promover. Nas últimas décadas, têm crescido em número, reconhecimento e influência

movimentos que emergem da sociedade civil e que se assumem como novas formas de ação coletiva no

espaço público que empoderam o cidadão e que dão corpo, cada vez mais, a uma democracia participativa,

a formas de solidariedade cosmopolita, e a reconfigurações da cidadania, progressivamente reflexiva e

crítica, ativa e emancipada, e inclusiva, também elas decisivas para a Paz.

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OFICINAS/OBRADOIROS SIMULTÂNEOS

Oficina 1/Obradoiro 1 - “Entrar na dança”

Orientada por: Margarida Pires, Agrupamento de Escolas de São Julião da Barra/Oeiras; Lourdes Lista Neira, CEIP;

Antonio Carpinteiro de Arbo e Ana Carolina Cordeiro Teixeira Júlio, aluna da Escola Profissional de Chaves.

“Entrar na dança” é uma expressão popular que significa "participar numa situação ou num acontecimento

de que antes se era apenas espectador”. As danças tradicionais internacionais sempre se relacionaram com

encontros e comemorações de uma comunidade intergeracional e multicultural, onde todos podem

participar.

Todos sabem dançar à maneira de cada um, sem certos nem errados. As danças de roda, por colocarem

todos cara a cara, em pé de igualdade, são um bom exemplo dessa possibilidade de partilha em comum;

em que fazemos parte de um todo, sem necessidade de abdicar da nossa individualidade.

As danças utilizam na sua maioria passos muito simples e acessíveis para todas as idades e a música é um

factor motivador que proporciona bemestar e alegria. Numa sociedade individualista, onde a tecnologia

nos aproxima de quem está longe mas nos afasta de quem está perto, a dança permite o aproximar do

outro, dando as mãos, envolvendo num abraço, andando de braço dado, cantar, sorrir, corar, e mesmo

tropeçar. A dança pode ser uma excelente estratégia de inclusão, mediação e Paz. Vamos?

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Oficina 2/Obradoiro 2 - “Músicas para a Paz e animação musical com cavaquinhos”

Orientada por: Maria Amélia Rua, Casa do Professor de Chaves, Alto Tâmega e Barroso; Bernardo Carpente,

Educadores/as pela Paz – Nova Escola Galega e professor jubilado de Vigo; Joana Filipa Machado, aluna do

Agrupamento de Escolas Fernão de Magalhães.

Este obradoiro tem como objetivo dar a conhecer técnicas no domínio do cavaquinho, utilizando-o para

acompanhar música tradicional portuguesa.

Nesta atividade, os participantes aprenderão breves noções de cavaquinho com as quais poderão

interpretar música tradicional portuguesa, utilizando um acompanhamento fácil. Também será cantada

música galega acompanhada com cavaquinho e guitarra, alusivas à Paz. A sessão será essencialmente

prática e as aprendizagens serão feitas em grupo. A par do cavaquinho serão utilizados (caso se justifique),

outros instrumentos de percussão da música tradicional.

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Oficina 3/Obradoiro 3 - “Escrita Criativa”

Orientada por: Sílvia Alves, escritora de Chaves; Rosalía Fernández Rial, escritora, CPI A Revolta, Cabana de

Bergantiños; Guthyerres Rudgeri, aluno mediador do Gabinete de Mediação Positiva do Agrupamento de Escolas Dr.

Júlio Martins.

Rosalía Fernández Rial, escritora, CPI A Revolta, Cabana de Bergantiños

Respigadores de livros - guardadores de memórias e de sonhos

A história de uma história é uma outra história. Podemos enrolá-la num novelo e depois desdobar e ir

tecendo por aí, atando ao fio pequenos nadas. Somos todos narradores de uma memória nossa. A escrita e

a leitura são a nossa permanência contra o tempo. Em tempos difíceis, como nos outros, ninguém sabe o

que vai acontecer a seguir. A seguir é sempre o momento de pôr um pé à frente do outro. A seguir é olhar

para o presente e para o passado em busca do que levar para o futuro.

Os livros lidos, escolhidos entre o acaso e a intencionalidade, são fios de uma teia.

Labirintos. Cada livro é dono de uma narrativa de geografia e afecto, parte da história de cada um. Quantos

livros lemos? Mudamos muito ao fim de muitos livros? Ou mudamos com alguns livros? Valem mais

aqueles de que realmente nos lembramos, são esses que moldam o nosso pensamento, a nossa construção

como pessoas, ancoram o nosso passado. Há livros que sempre nos acompanham, outros que, em

mudanças várias, deixamos pelo caminho. Um livro lido é mais que um objecto, é parte de quem o leu. A

releitura é uma nova história. A escrita o começo de muitas outras.

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Guthyerres Rudgeri, aluno mediador do Gabinete de Mediação Positiva do Agrupamento de Escolas Dr.

Júlio Martins

A minha participação nesta oficina, vai contar a minha experiência no Gabinete de Mediação (GM+) porque

entrei no início do ano como aluno sinalizado, por faltar muito às aulas, não ter interesse pela escola e

pelas matérias e ter pouca confiança em mim . Com o apoio que recebi das professoras do GM+, modifiquei

o meu comportamento, passei a vir sempre à escola, a participar nas atividades do GM+ , agora como aluno

mediador e aí descobri o meu talento para a escrita. Com base no meu gosto pela música, sobretudo de rap

e hip hop, comecei a escrever letras, a partir de palavras chave que me eram dadas, sobre alguns temas da

escola e da vida. E assim fui fazendo várias letras, algumas que musiquei e isso deu-me muito entusiasmo e

ajudou-me a acreditar em mim e nas minhas capacidades e talentos.

Palavras Chave: Violência, mediação, paz, escola, empatia, atenção, amizade, união

Exemplo de um poema:

O RAP DO SIM

Eu preciso de aprender a dizer SIM

Dizer SIM a cuidar de mim

Dizer SIM ao que me faz bem!

Dizer SIM a pensar que vou além

SIM aos amigos ajudar

SIM para eu bem me cuidar

SIM deste rap vão gostar

SIM vão todos apreciar

vou dizer SIM porque sou bom a rimar

vou pensar SIM porque gosto de improvisar

SIM se quiseres desabafar

SIM atenção eu vou prestar

SIM de ti eu vou cuidar

SIM eu quero a todos alegrar

SIM sou do gabinete de mediação

SIM lá temos todos educação

SIM temos todos uma grande vocação

SIM todos juntos somos união

SIM todos vão relembrar esta canção

pode ser em qualquer ocasião

lamento muito mas o rap do SIM chegou ao seu

fim .

Ghutyerres Rudgeri

Chaves, 30/1/2018

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Oficina 4/Obradoiro 4 - “Plástica e Origamis”

Orientada por: Carla Alexandra, Casa do Professor de Chaves, Alto Tâmega e Barroso; Alexandra Carneiro e Sofia

Alves, alunas do Agrupamento de Escolas Dr. António Granjo.

A arte de dobrar papéis - Origami é a arte tradicional japonesa de dobrar papéis. Trata-se de uma forma de

representação visual/escultural definida principalmente pela dobragem de papéis. De uma ou mais folhas

simples de papel, emerge um universo de formas. A palavra Origami deriva da denominação é ori (dobrar)

e kami (papel.

O origami é uma forma de expressão. Quem manipula o papel abre uma porta de comunicação com o

outro, além de valorizar o movimento das mãos, estimular as articulações e o cérebro. As atividades com

dobragens manuais possuem uma dinâmica que valoriza a descoberta, a construção manipulativa, a

visualização e a representação geométrica. As dobragens podem ser utilizadas de várias maneiras como

um recurso indicado para a exploração das propriedades geométricas das figuras planas e espaciais. A

construção e utilização de exemplos e a sua análise detalhada trazem algumas sugestões, para bem

aproveitar essa alternativa de trabalho no ensino da Geometria, uma vez que a manipulação com objetos

permite a construção dos modelos mentais dos diversos elementos. Surge como uma estratégia

relativamente às técnicas de ensino e aprendizagem de conceitos geométricos. O trabalho com origamis é

enriquecedor, no que se refere às inúmeras possibilidades que nos oferece diversos ramos da Matemática.

A exploração geométrica que é possível ser feita com os Origamis utiliza conceitos básicos relacionados a

ângulos, planos, vértices, paralelismo, semelhança de figuras, entre outros, as noções de

proporcionalidade, frações, aritmética, álgebra e funções, são fortemente evidenciadas nesta prática.

A arte do origami é, portanto, uma atividade criativa que permite curiosidade e alegria e finalmente leva o

executante a ter orgulho e satisfação diante da obra concluída.

Dada a importância de que se reveste esta técnica no ensino /aprendizagem de inúmeros conceitos,

fazemos o convite para entrar neste mundo mágico do origami e levar cada pessoa a expressar-se,

desenvolvendo, em todas as idades, não só na infância como na terceira idade, a concentração, a

motricidade fina, a memória, a paciência, a imaginação e estimula e harmoniza os hemisférios cerebrais de

maneira agradável e leve.

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Oficina 5/Obradoiro 5 - “O cinema como recurso pedagógico na educação para a paz”

Orientada por: Maria Lopes de Azevedo, Instituto Superior de Ciências Educativas Douro, Penafiel; Elisa Dias, Escola

Superior de Educação, Instituto Politécnico de Bragança; Carla Sandra Pinho, Plano Nacional de Cinema, Agrupamento

de Escola Dr. Júlio Martins.

O reconhecimento de que há uma pluralidade de formas de linguagem: visual, verbal, não-verbal e de que a

sua relevância em matéria educativa tem assumido contornos diferentes ao longo da própria história da

educação é algo consensual.

No contexto educativo atual o recurso à imagem é crucial, pois para além de sermos herdeiros de uma

“cultura da imagem” massificada e democratizada através da “televisão”, a evolução tecnológica e

particularmente a Internet abriu o acesso a uma comunicação que se globaliza essencialmente através da

imagem.

Neste sentido, cremos que o vídeo/cinema poderá potenciar o poder da linguagem visual e em articulação

com as outras atividades, possui aquilo que Moran (1995) designa como “interatividade funcional”. Isto

significa, que o vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita, logo permite a

experimentação simultânea de múltiplas sensações.

O recurso aos vídeos em educação é fundamental quer por favorecerem a motivação para a aprendizagem,

despertarem o interesse e a curiosidade, quer por facilitarem a própria aprendizagem considerando que

permite uma maior retenção mnemónica, bem como estimularem o desenvolvimento do pensamento

crítico, uma visão interdisciplinar, a expressão, a comunicação, a criatividade, a imaginação e a partilha.

Não obstante as referidas e até outras potencialidades, importa recorrer ao vídeo enquanto ferramenta

e/ou recurso quando subjacente uma intenção pedagógica, isto é, perseguindo objetivos claros de

aprendizagem, nomeadamente como forma de construção colaborativa das aprendizagens.

Considerando o valor do vídeo em educação, particularmente na educação em valores como a paz, a

convivência pacífica, nesta oficina/obradoiro será exemplificada e experimentada a exploração pedagógica

de um vídeo. Esta exploração será realizada com o cruzamento de outras técnicas e estratégias pedagógicas

como fóruns, jogos didáticos entre outras, na tentativa de evidenciar a sua potencialidade interdisciplinar.

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NOTAS BIOGRÁFICAS DOS/AS AUTORES/AS

Ana Vieira é doutora em Ciências da Educação, área da Educação Social e Mediação Sociopedagógica e mestre em

Ciências da Educação – História e Problemas Atuais da Educação pela UTAD- Universidade de Trás-os -Montes e Alto

Douro. É professora adjunta da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de

Leiria (IPL) e investigadora integrada do CICS.NOVA. IPLeiria. É membro da Comissão Científica da licenciatura em

Educação Social e do Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social da ESECS_IPLeiria.

Ana Paula Coelho Belo Fernandes Carvalho

Licenciada em Matemática pela Universidade de Coimbra em 1992.

Mestre em Administração Educacional pela Universidade de Trás os Montes e Alto Douro em 2017; Estatuto de

Formadora em Didáticas Especificas da Matemática pelo Conselho Científico – Pedagógico de Formação Continua

desde 2009;1992/1993 - Realizou o Estágio Pedagógico Integrado da Licenciatura em Ensino de Matemática na Escola

Secundária José Falcão – Coimbra; 1993/1994 – Professora na Escola E.B. 2,3 de Anadia; Desde 1994/1995 Pertence

ao Quadro da Escola Secundária Dr. António Granjo – Chaves e recentemente ao quadro do Agrupamento de Escolas

Dr. António Granjo - Chaves; Juíza Social entre 2004 e 2016. Lecionou ao Ensino Básico - Matemática, Métodos de

Estudo, Estudo Acompanhado e Formação Cívica e ao Ensino Secundário - Matemática e Métodos Quantitativos.

Cargos exercidos: Assessora da Diretora; Delegada de Grupo; Coordenadora de Departamento; Diretora de Turma;

Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Secundário; Coordenadora dos Apoios Pedagógicos Educativos;

Coordenadora do “Projeto de implementação dos Novos Programas de Matemática”; Vice-presidente do Conselho

Pedagógico; Membro da Assembleia Especializada; Membro da Assembleia Constituinte; Membro da Comissão

Paritária; Elemento do PAM (Plano de Ação da Matemática); Elemento da Associação de Pais da EB 2,3 Nadir Afonso –

Chaves; Elemento da Associação de Pais da EB1 de Santo Amaro- Chaves; Presidente da Associação de Pais do

Agrupamento Vertical Dr. Francisco Gonçalves Carneiro – Chaves e representante dos Encarregados de Educação na

Assembleia de Escola.

Bruno Rodrigues Alves, natural de Chaves. Licenciado em Sociologia (U.Porto), Pós-graduado em Direitos Humanos

(U.Coimbra) e Mestre em Sociologia e Saúde (U.Porto). Docente e Formador. Investigador Associado do ISPUP/FMUP

(Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto/Faculdade de Medicina da Universidade do Porto). Ativista da

Amnistia Internacional.

Carla Marina Alves Lopes Alexandre

Nasceu em Nova Lisboa (Angola) a 16 de setembro de 1964. Fez o ensino primário em Nova Lisboa. Veio para Portugal

onde prosseguiu os estudos na cidade de Chaves. Fez o ensino secundário e ingressou na Escola do Magistério

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Primário de Chaves, concluindo o curso no ano de 1988. Iniciou a sua carreira como docente do 1º ciclo em Lisboa,

lecionando aí durante oito anos. Regressou a Chaves onde continuou a lecionar até à presente data. Fez uma

licenciatura na área da Orientação Educativa no Instituto Superior de Educação e Trabalho no Porto, entre 2000 e

2005. Seguidamente fez o Mestrado em Desenvolvimento e Aprendizagem da Criança, na UTAD – Vila Real. Iniciou em

2005, tendo defendido a sua tese no ramo da Matemática, em dezembro de 2007. Durante o seu percurso profissional

fez inúmeras formações em muitas áreas do ensino. Atualmente leciona na E.B.1 nº 1 de Chaves.

Carla Sandra de Moura Pinho

Licenciada em Geologia – Ramo de Formação Educacional, pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e

Frequência do 1 º ano do Mestrado em Engenharia do Ambiente na UTAD É professora do grupo de biologia e

geologia; teve funções como técnica de Promoção e Educação para a Saúde no Centro de Área Educativa de Viana do

Castelo; nas escolas por onde foi passando esteve envolvida em diferentes projetos, nomeadamente, o Programa de

Intercultura OENA – Outra Escola Novos Amigos, o Projeto Rios, o Projeto de Voluntariado em Moçambique

“Aprender para Ensinar em Napipine”. Fundadora do Cineclube de Chaves e Membro do Júri do I Festival Internacional

de Curtas Vía XIV de Verín. Atualmente coordena a Área Disciplinar de Biologia e Geologia e coordena a Equipa do

Plano Nacional de Cinema do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins.

Cathryn Teasley Severino é Professora Ajudante Doutora de Didáctica e Organização Escolar no Departamento de

Pedagogia e Didáctica da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade da Corunha. As suas linhas de trabalho e

publicações podem ser consultadas em: http://coruna.academia.edu/CathrynTeasley

Cristina Rosa Jorge da Costa Gomes

Professora há 39 anos, estudou em Chaves, tem o curso do Magistério Primário (1978). O CESE em Educação de

Adultos e Desenvolvimento Comunitário (1998) e o Mestrado em História e Problemas da Educação no Pólo da UTAD

de Chaves (2006). O seu primeiro posto de trabalho foi em Lisboa, numa escola problemática, com más instalações,

mas com desafios extremamente estimulantes. Depois dessa experiência marcante, o percurso profissional

desenvolveu-se durante mais de vinte anos em escolas do meio rural, em diversos concelhos do distrito de Vila Real.

Na década de 90, trabalhou em escolas do concelho de Chaves. Em 1999, fruto do trabalho final do CESE, foi desafiada

para fazer parte de uma equipa de dois, a orientar o estágio na formação de professores, do Pólo de Chaves, na

qualidade de assistente convidada. Aí permaneceu durante oito anos, tendo leccionado Seminário de Estágio, Teoria

do Currículo, Metodologia das Ciências Sociais, Metodologia da leitura e da escrita, Educação Ambiental, aos cursos de

Professores, de Educação de Infância, de Animação Sócio Cultural. Extintos os cursos, e prestes a encerrar o Pólo de

Chaves, regressou à origem, 1º ciclo, tendo sido colocada numa escola no concelho de Celorico de Basto. Mais tarde,

fixou-se finalmente em Chaves, no Agrupamento Nadir Afonso, e depois, Dr. Júlio Martins, onde, além de uma turma a

seu cargo, e o desenvolvimento do projeto de apoio a alunos de português como língua não materna, foi

coordenadora do Departamento do 1º ciclo. Atualmente e desde 2016 integra a equipa do Gabinete de Mediação

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Positiva de Conflitos, que coordena. Em 2000 o Instituto de Inovação Educacional do Ministério da Educação, publicou

e distribuiu o seu livro: Por amor à terra.

Cristiana de Sousa Pizarro Bravo Madureira

Licenciada em Educação (1999) pela Universidade do Minho, Mestre em Educação: Sociologia da Educação e Políticas

Educativas (2002) pela Universidade do Minho e Doutorada em Ciências da Educação pela Universidade de Vigo

(2010) (Registo na Universidade do Minho). Iniciou o seu percurso profissional em 2000 como docente do ensino

superior no Instituto Piaget (2000-2013), nomeadamente na Escola Superior de Educação Jean Piaget/Nordeste, onde

foi Diretora de Escola durante 7 anos. Colaborou a tempo parcial com a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro

(2001-2006) na lecionação nos cursos de complemento de formação de professores. Foi também docente a tempo

parcial da Escola Superior de Saúde Dr. José Timóteo Montalvão Machado em Chaves (2005-2009). No ano letivo

2014/2015 lecionou na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança e no presente ano letivo

acumula funções docentes na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Desde 2012 incorpora o CEPIHS – Centro de Estudos da Investigação Histórica e Social Trás-os Montes e Alto Douro

com sede em Torre de Moncorvo, onde tem colaborado como autora em diversas publicações científicas. Integra

desde 2015 o CITCEM - Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço & Memória» da Faculdade de Letras

da Universidade do Porto.

Em 2012 iniciou a internacionalização da atividade docente em Moçambique, nomeadamente na Universidade

Pedagógica da Beira e na Universidade Jean Piaget da Beira, em regime presencial e atualmente em regime e-learning.

Em 2015 a sua internacionalização estendeu-se a Angola onde colabora na orientação de trabalhos académicos de

cursos de Mestrado do Instituto Superior de Ciências Educativas do Douro. Tem participado em vários júris de

Mestrado a nível nacional e internacional. Desde 2016 exerce funções de técnica especializada no Agrupamento de

Escolas Dr. Júlio Martins, em Chaves e tem ministrado ações de formação no CFAE do Alto Tâmega e Barroso, dirigidas

a docentes e a não docentes, na temática da Mediação Positiva de Conflitos Escolares como estratégia para a

promoção do sucesso escolar.

Elisa do Rosário Fernandes Dias

Licenciada em Filosofia (1996) pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e Doutorada em Pedagogia

(2004) pela Universidade de Salamanca (Registo na Universidade de Coimbra).

De 1996 a 1999 exerceu funções no Ensino Secundário, integrando o Ensino Superior nesse último ano (Instituto

Piaget). No Ensino Superior exerceu funções de Diretora de Escola durante 11 anos. Tem colaborado com o Instituto

Superior de Ciências Educativas - Douro. Atualmente é docente na Escola Superior de Educação do Instituto

Politécnico de Bragança.

No domínio da investigação, integrou como membro de 2007 a 2015 a Unidade I&D (FCT) Linguagem, Interpretação e

Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Desde 2016 é investigadora do Centro de Investigação

Transdisciplinar - Cultura, Espaço e Memória - Unidade I&D (FCT) da Universidade do Porto. É membro da Academia

– 33 –

de Letras de Trás-os-Montes e colaboradora, desde 2012, do Centro de Estudos e Promoção da Investigação Histórica

e Social/ Trás-os-Montes e Alto Douro.

Para além dos inúmeros artigos que tem publicados, destacam-se as obras Para uma Cultura de leitores da Cultura

(2007); Pedagogia do Imaginário Infantil- Análise na Região de Trás-os-Montes (2008), no domínio da poesia Imagens

de Cera (2015) e participação na Coletânea 40 Poetas Transmontanos de Hoje, Vol I (2017) e o livro de literatura

infanto juvenil O relógio sem horas (2017).

Evangelina Bonifácio

Pós-doutorada em Ética e Educação, doutorada em Teoria e História da Educação, pela Universidade de Salamanca

(2009), mestre em Ciências da Educação - Área de Administração e Planificação da Educação, pela Universidade

Portucalense (2000). Atualmente é professora adjunta convidada, na Escola Superior de Educação do Instituto

Politécnico de Bragança. Desde setembro de 2012, desempenha as funções de Diretora da Calouste Gulbenkian -

Residência para Estudantes – Bragança (DGEstE-DSRN).

Tem publicado livros e artigos, em revistas científicas, nacionais e internacionais, nas áreas de história da educação, da

profissão e ética docente, entre outros temas ligados à educação.

Investigadora do grupo de estudos «Helmantica Paidea» da Universidade de Salamanca.

Isaura das Dores Gomes de Sousa

1961 - Curso do Magistério Primário – Escola do Magistério Primário de Bragança.

1961-1966 - Atividades Letivas / Júris de exames da 4.ª Classe, nos distritos de Bragança (2 anos), Vila Real (4 anos).

1967-1975 - Atividades Letivas / Júris de Exames e Passagens de Classes no Distrito de Uíge, Norte de Angola.

1975-1977 - Orientadora de Estágio - Escola do magistério Primário de Chaves.

1977-1988 - Coordenadora de Metodologia, Atividades Técnicas, Técnicas Pedagógicas – Escola do Magistério

Primário de Chaves.

1988-1990 - Atividades Letivas – Escola Primária n.º 4 de Chaves (Casas dos Montes).

1991-1996 - Ludoteca da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) Pólo de Chaves.

1996-2008 - Atividades Letivas na Escola 1.º Ciclo, N.º 1 de Chaves – Santo Amaro.

2008-2009 - Formadora Residente – PNEP (Programa Nacional para o Ensino do Português) no Agrupamento de

Escolas Francisco Gonçalves Carneiro – Chaves.

2009-2012 - Apoio a Alunos com Necessidades Escolares na Sede de Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Gonçalves

Carneiro.

2009 - Doutoramento em Didática e Metodologias da Investigação, pela Universidade de Vigo – Pólo de Ourense.

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João Paulo Delgado

Licenciado em Direito, Mestre em Administração da Educação e Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de

Santiago de Compostela, com Agregação em Ciências da Educação na UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto

Douro.

Professor Adjunto na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Coordenador do Curso de

Mestrado em Educação.

Presidente do Conselho Pedagógico desde Abril de 2017.

Membro integrado e pertencente ao Conselho Científico do INED - Centro de Investigação e Inovação em Educação da

ESEP.

Membro colaborador no Grupo de investigação «Contextos, quotidianos e bem-estar da criança», do Centro de

Investigação em Estudos da Criança (CIEC), da Universidade do Minho.

Membro colaborador do SEPA - Grupo de Investigación en Pedagogía Social y Educación Ambiental.

Vogal da Direção da Sociedade Ibero-americana de Pedagogia Social (SIPS), desde 2005.

Área científica principal: Direitos da Criança; Proteção de Crianças e Jovens em perigo; Acolhimento Familiar; Tomada

de decisões nos sistemas de proteção; O bem-estar subjetivo das crianças e jovens.

Autor de diversos artigos científicos e dos livros Os Direitos da Criança. Da participação à responsabilidade (2006);

Acolhimento familiar. Conceitos, práticas e (in)definições (2007); Crianças e acolhedores. Histórias de vida em famílias

(2008); Acolhimento familiar de crianças. Uma perspectiva ecológica (2011); Acolhimento Familiar de Crianças.

Evidências do presente, desafios para o futuro (Coord.) (2013); Acolhimento Familiar de Crianças. Pelo direito de

crescer numa família (Coord.) (2015); O Contacto no Acolhimento Familiar. O que pensam as crianças, as famílias e os

profissionais (Coord.) (2016).

Margarida Cristina Sá Pires

É licenciada em Educação Física pelo antigo Instituto Superior de Educação Física – ISEF, actualmente Faculdade de

Motricidade Humana – FMH em 1986.

Fez Pós Graduação em Dança em Contextos Educativos na FMH em 2008.

Fez várias formações no âmbito da Dança: CIRANDA: Danças Populares do Mundo para Crianças e Estímulos de

Dançoterapia com Mónica Sava em 2008, Dança nos Programas de Educação Física I e II com a APEDI (Associação de

Professores para a Educação Intercultural) em 2009 e 2010; Dança na Escola: Danças Portuguesas e Internacionais na

FMH em 2009, Formação de Juízes das Atividades Rítmicas Expressivas do Desporto Escolar em 2010, Danças do

Mundo para Crianças com Hilde Van Hemelrick em 2013; Dança Criativa na Escola com Mónica Teixeira em 2017, e A

dança Tradicional como Elemento Multidisciplinar na Escola com Mercedes Prieto em 2018.

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Tem ido aos Encontros de Educadores pela Paz desde 2005 em Pontevedra e aos Congressos de Atividades Físicas

Cooperativas desde 2006 em Oleiros.

Presentemente é professora de Educação Física na Escola Secundária Sebastião e Silva do Agrupamento de Escolas de

São Julião da Barra em Oeiras, onde também é Coordenadora do Curso de Artes desde 2015.

Maria Adalgisa Portugal Babo

É licenciada em Ensino Básico - 1.º Ciclo; Tem o Curso de Estudos Superiores Especializados na área da Educação

Especial; Mestre em Ciências de Educação.

É formadora certificada pelo Conselho Científico da Formação Contínua na área da Educação Especial e Sensibilização

à Educação Especial. Tem sido formadora em diversas ações de formação no âmbito de formação contínua e lecionou

em vários mestrados as unidades curriculares: Sistemas Aumentativos e Alternativos de Comunicação e Novas

Tecnologias e Necessidades Educativas Especiais

Atualmente desenvolve a sua atividade profissional como docente de educação especial no Agrupamento Dr. António

Granjo, exercendo funções no Centro de Recursos TIC para a Educação Especial.

Sócia fundadora da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Montalegre, onde foi

presidente da direção de 2011 a 2014; Sócia fundadora da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com

Incapacidade de Chaves, exercendo as funções de presidente do Conselho de Administração desde janeiro de 2017

até ao presente.

Apresentou algumas comunicações abordando a temática da Educação Inclusiva.

Maria Amélia Machado Rua, natural de Chaves. Licenciada pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico

da Guarda, mestre em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, mestre em Ensino de

Educação Musical no Ensino Básico, Pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança.

Publicou o livro, “Orfeão Madeirense, das origens a 1957”. Leciona no Agrupamento de Escolas Dr. Bento da Cruz a

disciplina de Educação musical e no centro Social e Paroquial de Chaves a área de Expressão musical. Membro da

direção da Casa do professor do Alto Tâmega e Barroso.

Maria Lopes de Azevedo

Licenciada e Mestre em Ciências da Educação pela FPCE da Universidade do Porto.

Está a concluir Doutoramento Interuniversitário em Equidade e Inovação em Educação, na Faculdade de Ciências da

Educação da Universidade de Santiago de Compostela com o trabalho “O Cinema como recurso pedagógico no

quefacer formativo e profissional dos educadores sociais: análise das suas realidades e perspetivas de futuro em

Portugal, sob orientação do Prof. José António Caride Gómez.

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Atualmente coordena o Departamento de Educação Básica e Social do ISCE Douro, em Penafiel onde leciona no

âmbito das Ciências da Educação e tem a seu cargo diferentes estágios.

María Victoria Carrera Fernández, naceu en Ourense en 1980. É profesora axudante doutora na Facultade de Ciencias

da Educación de Ourense (Universidade de Vigo). Obtivo o seu doutoramento en 2010 coa tese “Maltrato escolar

entre iguais en Educación Secundaria Obrigatoria: Prácticas de xénero e control heteronormativo”, traballo co que

obtivo o Premio Extraordinario de Doutoramento en Ciencias Sociais da Universidade de Vigo (decembro de 2010).

Licenciada en Psicopedagoxía e Premio Nacional Fin de Carreira do Ministerio de Educación (2004), foi beneficiaria

dunha bolsa predoutoral FPU (MEC). Posteriormente a Fundación Barrié de la Maza concédelle unha bolsa

posdoutoral de excelencia para a realización de estadías no estranxeiro (2011), que foi continuada cun contrato

postdoutoral da Xunta de Galicia.

É autora/coautora de máis de oitenta artigos en revistas científicas, con máis dun 30% incluidos no Social Sciences

Citation Index. De entre as súas publicacións máis recentes destacan algúns traballos, dos que é primeira autora,

como: Attitudes toward Cultural Diversity in Spanish and Portuguese Adolescents of Secondary Education: The

Influence of Heteronormativity and Moral Disengagement in School Bullying (Journal of Psychodidactics, 2018) ou

Performing intelligible genders through violence: bullying as gender practice and heteronormative control (Gender &

Education, 2018). É tamén autora de libros como “Yoiyo y la sexualidad: Mision en Ultreia” (Editorial Dykinson, 2014);

“Sexualidad y salud. El estudio de la sexualidad humana desde una perspectiva de género” (Servicio de Publicacións da

Universidade de Vigo, 2013) ou “Educación Sexual: De la Teoría a la Práctica” (Pirámide, 2009); e coordinadora de

traballos colectivos como “Educación Social...”, “(2018), ou “A paz: ponto de (25) encontro(s) de educadores e

educadoras” (Andavira, 2012) ou “Educación Social, Animación Sociocultural y Desarrollo Comunitario (Vol. I e II)

(Universidad de Vigo, UTAD e SIPS, 2007). Tamén publicou máis de 60 capítulos en obras coletivas, entre os que

poden destacarse algúns como: “Violencia de género: ideología patriarcal y actitudes sexistas” (Tirant lo Blanch, 2009)

ou “Unha pedagoxía transgresora para a prevención do bullying na aula” (Ediçoes Afrontamento, 2011. Paralelamente

participou en numerosas reunións científicas a nivel nacional e internacional, con máis dun cento de contribucións

que deron lugar tamén a numerosas publicacións. Destacando algúns relatorios convidados como “Sexual Education

and Bullying in secondary schools in Spain” que realizou na Faculty of Social Sciences (University of Cardiff, Gales,

Reino Unido, 2009).

Ten participado en 18 proxectos de investigación, sendo IP de 4 deles, como por exemplo: (Ciber)Bullying,

heteronormatividade e etnocentrismo en alumnado de secundaria (Universidad de Vigo, 2016). Asimismo realizou

catro estancias pre e postdoutorales na University of Cardiff (Reino Unido, 2009) e na Universidade do Minho

(Portugal, 2011-15). Así mesmo, é revisora de numerosas revistas incluidas no Social Science Citation Index, entre as

que destacan Gender and Society ou Sociology of Education. O seu ámbito docente e investigador céntrase na

construción da identidade de xénero no marco da heteronormatividade, a violencia cara á diversidade sexual e

cultural, o bullying/cyberbullying como prácticas de otredade e a pedagoxía intercultural, crítica e queer para previr a

violencia e favorecer a convivencia na escola.

Marília Ruivo

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Nasceu em Miranda do Douro a 23 de Setembro de 1950. Curso do Magistério Primário na Escola do Magistério

Primário de Bragança de 1966 a 68. Licenciatura em Psicopedagogia na Universidade de Vigo, Campus de Ourense, de

1996 a 1999. Doutoramento em Análise e Intervenção Psicossocioeducativa em Pessoas Maiores, com tese intitulada

"A realidade educativa no nordeste português e nas escolas castelhano-leonesas e galegas fronteiriças, através da

memória oral, na época das ditaduras." Actividade profissional: Escolas do 1º Ciclo do distrito de Bragança: Lagoaça,

Quintela de Lampaças, Cardanha, Moncorvo, Candoso e Parambos. Escolas do 1º Ciclo do distrito de Vila Real: Bustelo,

Calvão, Vila Nova de Veiga e Chaves. Orientadora de Estágio na Escola do Magistério de Chaves;

Orientadora de Estágio na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro. Atividade social:

Professora voluntária na USR de Chaves; Membro da Cinquentuna, do Grupo Cénico e do Grupo dos Jograis;

catequista na Igreja Matriz, participante nos encontros dos/as Educadoras para a Paz.

Participou como oradora em alguns congressos sobre Manuel Luis Acuña, Congresso de Psicopedagogia em Santiago

de Compostela e Congresso de Pedagogia em Havana, Cuba.

Ramiro Gonçalves assumiu funções como Primeiro Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto

Tâmega (CIM-AT) no início deste ano. Professor Associado com Agregação na Universidade de Trás-os-Montes e Alto

Douro (UTAD) em Vila Real e investigador integrado no INESC TEC – Laboratório Associado no Porto, Ramiro

Gonçalves é licenciado em informática de gestão, com mestrado e doutoramento em informática e o grau de

agregado em sistemas de informação. Foi diretor do Curso de Doutoramento em Informática na UTAD e Vice-Diretor

do Doutoramento em Ciência e Tecnologia Web (UAberta-UTAD), prestando regularmente assessorias como consultor

na área de sistemas de informação/negócios digitais. Conta no seu curriculum com cerca de 200 publicações

(incluindo livros e capítulos de livros, artigos científicos em revistas internacionais, bem como publicações em atas de

conferências internacionais). Desenvolveu uma profunda investigação centrada na área de Sistemas de Informação,

Negócio Digital e Acessibilidade Web aplicados ao Desenvolvimento das Organizações e de Setores Estratégicos como

o Turismo e o Empreendedorismo. Em 2015 recebeu o Prémio “Inclusão e Literacia Digital” atribuído pela FCT no valor

de 50.000€ com o seu projeto “Acessweb - Barómetro da Acessibilidade Web”.

Ricardo Vieira é doutor em Antropologia Social, Pós-Doutor em Serviço Social e Agregado em Antropologia da

Educação pelo ISCTE-IUL. É Professor Coordenador Principal (Professor Catedrático) da Escola Superior de Educação e

Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, Professor Decano do Instituto Politécnico de Leiria e Investigador

Integrado do CICS.NOVA.IPLeiria. Coordena o Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social da

ESECS_IPLeiria.

Rosalía Fernández Rial (1988) é licenciada en filoloxía, doutora en didáctica das linguas e da expresión dramática pola

Universidade de Santiago de Compostela e ten formación en artes escénicas e musicais. Pero, sobre todo e desde moi

nova, dedícase á escrita.

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Actualmente exerce como profesora de lingua e literatura e está implicada en diversos proxectos artísticos e

pedagóxicos de carácter interdisciplinar.

Como poeta ten publicados os seguintes libros: En clave de sol (2009), Átonos (2011), Vinte en escena (2012), Un mar

de sensacións (2012), Ningún amante sabe conducir (2014), Contra-acción (2016) ou Sacar a bailar (2016). Títulos que

cos que se metamorfosea en presentacións performánticas e musicais.

Aulas sen paredes (libro-DVD, 2016) é a súa obra de ensaio más relevante, que deriva da Tese Doutoral defendida ese

mesmo ano e inclúe un documental audiovisual coa intervención didáctica na que usa a expresión dramática e teatral

como ferramentas pedagóxicas para o ensino e aprendizaxe de linguas.

Ademais, forma parte da directiva da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG) e do Consello de

Redacción da Revista Galega de Educación.

Sílvia Alves

Nasceu em Trás-os-Montes. Frequentou o Curso de Ensino de Biologia e Geologia da Universidade do Minho e foi

professora de Ciências, durante doze anos. Foi responsável pela programação cultural do Bar Alinhavar, de 1996 a

2012. Autora da “Bruxinha”, suplemento do Semanário Região de Leiria, da qual foi coordenadora editorial de 1999 a

2011. Cronista do Região de Leiria de 2004 a 2011. Colaborou em diversas revistas. Escreveu sobre livros para crianças

para a revistas LER e Fada Morgana (Galiza).

Desde 2004 faz sessões de histórias e mediação de leitura na Pediatria do Hospital de Santo André, em escolas,

bibliotecas. Publicou o primeiro livro em 2006: “Coisas de Mãe”, ilustrações de João Caetano, Ed. Paulinas. Mãe de

dois filhos. Escritora em algumas luas. Atualmente, Os livros ocupam-lhe a casa. As casas ocupam-lhe os dias.

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Organização:

Apoios: