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Livro Trigo

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Trigo no BrasilBases para produção competitiva e sustentável

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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Embrapa Trigo

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Trigo no BrasilBases para produção competitiva e sustentável

João Leonardo Fernandes Pires

Leandro Vargas

Gilberto Rocca da Cunha

Editores Técnicos

Embrapa Trigo

Passo Fundo, RS

2011

Page 5: Livro Trigo

4 | Trigo no Brasil

Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:Embrapa TrigoRodovia BR 285, km 294Caixa Postal, 451Telefone: 54 3316-5800 - Fax: 54 3316-580199001-970 Passo Fundo, RSHome page: www.cnpt.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê de Publicações

Anderson Santi, Douglas Lau (vice-presidente), Flávio Martins Santana, Gisele Abigail Montan Torres, Joseani Mesquita Antunes, Maria Regina Cunha Martins, Martha Zavariz de Miranda, Renato Serena Fontaneli, Sandra Maria Mansur Scagliusi (Presidente)

Tratamento Editorial: Aldemir Pasinato e Everaldo Lemos SiqueiraCapa: Everaldo Lemos Siqueira e Liciane Toazza Duda BonattoFicha Catalográ%ca: Maria Regina Cunha Martins

1ª edição

1ª impressão (2011): 1.000 exemplares

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos

direitos autorais (Lei nº 9.610).

Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. / editores técnicos,

João Leonardo Fernandes Pires, Leandro Vargas, Gilberto Rocca da Cunha. - Passo Fundo,

RS : Embrapa Trigo, 2011.

488 p. ; 19x26 cm.

ISBN 978-85-7574-029-3

1. Trigo - Brasil. I. Pires, João Leonardo Fernandes (Ed.). II. Vargas, Leandro. (Ed.). III. Cunha,

Gilberto Rocca da (Ed.). IV. Título.

CDD: 633.11081

©Embrapa Trigo - 2011

Page 6: Livro Trigo

Trigo no Brasil | 5

Aldemir Pasinato

Analista de SistemasAnalista da Embrapa Trigo, AgrometeorologiaRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Ana Lídia Variani Bonato

Engenheira-Agrônoma, Dra.

Pesquisadora da Embrapa Trigo, Biotecnologia - Cereais de inverno

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Anderson Santi

Engenheiro-Agrônomo, M.S.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Mudanças climáticas globais

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Antonio Faganello

Engenheiro-Mecânico, M.S.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Mecanização agrícola

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Antônio Luis SantiEngenheiro-Agrônomo, Dr.Professor do CESNORS/UFSM, Agricultura de precisão

Rodovia BR 386 km 40, Linha 7 de setembro, s/n, CEP 98400-000 Frederico Westphalen, RS E-mail: [email protected]

Antonio Nhani JúniorBiólogo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Biotecnologia - Bioinformática

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Arcenio Sattler

Engenheiro-Mecânico, M.S.

Pesquisador da Embrapa Trigo, aposentado, Mecanização agrícola

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

Autores

Page 7: Livro Trigo

6 | Trigo no Brasil

Casiane Salete Tibola

Engenheira-Agrônoma, Dra.

Pesquisadora da Embrapa Trigo, Segurança de alimentos - Rastreabilidade

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Claudia De Mori

Engenheira-Agrônoma, Dra.

Pesquisadora da Embrapa Trigo, Economia rural

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Douglas Lau

Biólogo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Fitopatologia - Virologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Douglas Sana

Biólogo

E-mail: [email protected]

Edson Roberto Costenaro

Químico, Dr.

Analista da Embrapa Trigo, Fisiologia vegetal

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Eduardo Caierão

Engenheiro-Agrônomo, M.S.Pesquisador da Embrapa Trigo, Melhoramento vegetal - Trigo

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Eliana Maria Guarienti

Engenheira-Agrônoma, Dra.Pesquisadora da Embrapa Trigo, Qualidade tecnológica - Cereais de invernoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Flávio Martins Santana

Engenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Fitopatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Page 8: Livro Trigo

Trigo no Brasil | 7

Genei Antonio DalmagoEngenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Sistemas de produção

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Gilberto Rocca da CunhaEngenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Agrometeorologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Gisele Abigail Montan Torres

Engenheira-Agrônoma, Dra.Pesquisadora da Embrapa Trigo, Melhoramento vegetal - Prospecção de genes de interesse econômico

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Henrique Pereira dos SantosEngenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Sistemas de produção - Manejo de cultivos

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Irineu LoriniEngenheiro-Agrônomo, Ph.D.Pesquisador da Embrapa Soja, Pós-colheita de sementes e grãosRodovia Carlos João Strass - Distrito de Warta - Caixa Postal 231, CEP 86001-970 Londrina, PRE-mail: [email protected]

Jaime Ricardo Tavares MalufEngenheiro-Agrônomo, M.S.Pesquisador da Embrapa Trigo , aposentado, Agroclimatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

João Carlos Haas

Engenheiro-Agrônomo, M.Sc.Pesquisador da Embrapa Trigo, Fisiologia vegetal

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

João Carlos Ignaczak

Engenheiro-Agrônomo, M.S.Pesquisador da Embrapa Trigo, aposentado, Estatística

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Page 9: Livro Trigo

8 | Trigo no Brasil

João Leodato Nunes Maciel

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Fitopatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

João Leonardo Fernandes Pires

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Sistemas de produção

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

José Antonio Portella

Engenheiro-Mecânico, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, aposentado, Mecanização agrícola

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

José Eloir Denardin

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Solos - Manejo e conservação

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

José Maurício Cunha Fernandes

Engenheiro-Agrônomo, Ph.D.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Fitopatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

José Pereira da Silva Junior

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Solos - Fertilidade e nutrição de plantas

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

José Roberto Salvadori

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, aposentado, Professor da FAMV/UPF, Entomologia agrícola

Campus Universitário UPF - Caixa Postal 611, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Leandro Vargas

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Manejo e controle de plantas daninhas

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Page 10: Livro Trigo

Trigo no Brasil | 9

Leila Maria Costamilan

Engenheira-Agrônoma, M.S.

Pesquisadora da Embrapa Trigo, Fitopatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Leo de Jesus Del Duca

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, aposentado, Melhoramento vegetal - Trigo

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal, 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Luciano Consoli

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Biotecnologia - Proteômica

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Luiz Eichelberger

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Tecnologia de sementes

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Márcia Barrocas Moreira Pimentel

Analista de Sistemas

Analista da Embrapa Trigo, Tecnologia da informação

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Márcia Soares Chaves

Engenheira-Agrônoma, Dra.

Pesquisadora da Embrapa Trigo, Fitopatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Márcio Só e Silva

Engenheiro-Agrônomo, M.S.

Pesquisador da Embrapa Trigo, Melhoramento vegetal - Trigo

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Maria Imaculada Pontes Moreira Lima

Engenheira-Agrônoma, M.S.

Pesquisadora da Embrapa Trigo, Fitopatologia

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS

E-mail: [email protected]

Page 11: Livro Trigo

10 | Trigo no Brasil

Mario Antonio Bianchi

Engenheiro-Agrônomo, Dr.

Pesquisador da CCGL TEC, Manejo e controle de plantas daninhas

Rodovia RS 342, km 149 - Caixa Postal 10, CEP 98100-970 Cruz Alta, RS

E-mail: [email protected]

Martha Zavariz de Miranda

Farmacêutica Bioquímica, Dra.Pesquisadora da Embrapa Trigo, Qualidade tecnológica - Cereais de invernoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Mauro César Celaro Teixeira

Engenheiro-Agrônomo, Ph.D.Pesquisador da Embrapa Trigo, Fisiologia da produçãoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Osmar Rodrigues

Engenheiro-Agrônomo, M.S.Pesquisador da Embrapa Trigo, Fisiologia vegetalRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Paulo Roberto Valle da Silva Pereira

Engenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Entomologia agrícolaRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Pedro Luiz Scheeren

Engenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Trigo, Melhoramento vegetal - TrigoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Rainoldo Alberto Kochhann

Engenheiro-Agrônomo, Ph.D.Pesquisador da Embrapa Trigo, aposentado, Solos - Manejo e conservaçãoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Renato Serena Fontaneli

Engenheiro-Agrônomo, Ph.D.Pesquisador da Embrapa Trigo, Sistemas de produção - Integração lavoura e pecuáriaRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Page 12: Livro Trigo

Trigo no Brasil | 11

Roberto Serena FontaneliEngenheiro-Agrônomo, Dr.Professor da UERGS/FUPF, Nutrição animal, Laboratório de Nutrição Animal - UPFCampus Universitário UPF - Caixa Postal 611, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Sandra Maria Mansur ScagliusiBióloga, Dra.Pesquisadora da Embrapa Trigo, Biotecnologia - Cereais de invernoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Sandra Patussi BrammerBióloga, Dra.Pesquisadora da Embrapa Trigo, Biotecnologia - Cereais de invernoRodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Sandro BonowEngenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Biotecnologia e pré-melhoramento vegetal Rodovia BR 392, km 78 - Caixa Postal 403, CEP 96010-971 Pelotas, RSE-mail: [email protected]

Sirio WiethölterEngenheiro-Agrônomo, P.h.D.Pesquisador da Embrapa Trigo, Solos - Nutrição de plantas

Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RSE-mail: [email protected]

Vanderlei Doneda TononEngenheiro-Agrônomo, Dr.Pesquisador da Genoma/DNA Genética Vegetal, Melhoramento vegetal - TrigoRua Venâncio Aires, 1611, sala 1, CEP 98005-020 Cruz Alta, RSE-mail: [email protected]

Page 13: Livro Trigo

12 | Trigo no Brasil

Page 14: Livro Trigo

Trigo no Brasil | 13

A Embrapa Trigo, instituída em 28

de outubro de 1974, que tem

como missão Viabilizar soluções

de pesquisa, desenvolvimento e inovação na

cadeia produtiva do trigo e outros cereais de

inverno para a competitividade e sustentabi-

lidade da agricultura, em benefício da socie-

dade, vem contribuindo decisivamente pa-

ra o desenvolvimento de cereais de inverno,

principalmente a cultura do trigo no Brasil.

Inúmeros produtos, tecnologias e serviços

foram gerados nesta Unidade de Pesquisa

da Embrapa. No entanto, uma obra comple-

ta, referente ao trigo, Trigo no Brasil, foi pu-

blicada em 1982, e, desde esta época, fo-

ram muitas as mudanças no ambiente de

ciência, tecnologia e inovação na agricul-

tura brasileira, o que reforça a necessida-

de de uma nova publicação, Trigo no Brasil:

bases para produção competitiva e susten-

tável. Um livro que se destaca pelo conte-

údo diferenciado e pela qualidade da infor-

mação, prestando-se tanto para 'nalidades

acadêmicas quanto, e acima de tudo, para

uso pelos pro'ssionais que atuam nos di-

versos segmentos que formam o complexo

agroindustrial do trigo no Brasil.

Nesse livro pode ser encontrado o que

há de melhor em CT&I para a produção de

trigo no Brasil de forma competitiva e sus-

tentável. A obra é composta por 18 capítu-

los, que levam a assinatura de especialistas

com vasta experiência na cultura, cobrin-

do os mais variados aspectos do comple-

xo agroindustrial do trigo no País, desde o

setor de insumos, passando pelo processo

de produção e manejo de cultivo em escala

de lavoura, pelos agentes de comercializa-

ção e da indústria de processamento de in-

gredientes à base de trigo, até a materializa-

ção do produto, seja na forma de pão, bolo,

biscoito, macarrão ou qualquer outra, que

atinge o consumidor 'nal.

Somos sabedores dos esforços que fo-

ram despendidos em todas as etapas que

resultaram na produção dessa obra. Por is-

so, nossos reconhecimentos aos editores

pelo moroso trabalho de compilação e or-

ganização de todo o processo editorial, em

especial aos autores dos diversos capítu-

los, pois somos cientes que cada colabora-

dor deste livro deu o melhor de si, e, por 'm,

àqueles que, anonimamente, em diferentes

etapas, da preparação dos originais até a

revisão das provas, não mediram esforços

para que esse livro se materializasse. Cum-

primentos a todos e, em particular a você

leitor, com os nossos votos de que esse livro

seja útil para que possamos, um dia, efetiva-

mente, ver o Brasil na relação dos principais

países produtores de trigo no mundo.

Sergio Roberto Dotto

Chefe-Geral da Embrapa Trigo

Apresentação

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14 | Trigo no Brasil

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Trigo no Brasil | 15

Sumário

Capítulo 1Bases para produção competitiva e sustentável de trigo no Brasil

Gilberto Rocca da Cunha, João Leonardo Fernandes Pires e Leandro Vargas .................... 19

Capítulo 2Regiões para trigo no Brasil: ensaios de VCU, zoneamento agrícola e

época de semeadura

Gilberto Rocca da Cunha, Aldemir Pasinato, Márcia Barrocas Moreira Pimentel,

João Carlos Haas, Jaime Ricardo Tavares Maluf, João Leonardo Fernandes Pires,

Genei Antonio Dalmago e Anderson Santi ................................................................................... 27

Capítulo 3Aspectos econômicos do complexo agroindustrial do trigo

Claudia De Mori e João Carlos Ignaczak ....................................................................................... 41

Capítulo 4Integração de práticas de manejo no sistema de produção de trigo

João Leonardo Fernandes Pires, Gilberto Rocca da Cunha, Genei Antonio Dalmago,

Aldemir Pasinato, Anderson Santi, Paulo Roberto Valle da Silva Pereira,

Henrique Pereira dos Santos e Antônio Luis Santi ....................................................................... 77

Capítulo 5Eco(siologia de trigo: bases para elevado rendimento de grãos

Osmar Rodrigues, Mauro César Celaro Teixeira, Edson Roberto Costenaro e

Douglas Sana .................................................................................................................................... 115

Capítulo 6Fertilidade do solo e a cultura do trigo no Brasil

Sirio Wiethölter................................................................................................................................... 135

Capítulo 7Sistema plantio direto: evolução e implementação

José Eloir Denardin, Rainoldo Alberto Kochhann, José Pereira da Silva Junior,

Sirio Wiethölter, Antonio Faganello, Arcenio Sattler e Anderson Santi ................................ 185

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16 | Trigo no Brasil

Capítulo 8Aspectos "topatológicos, técnicos e econômicos na elevação do

rendimento de grãos de trigo em plantio direto no Brasil Henrique Pereira dos Santos e Renato Serena Fontaneli ......................................................... 217

Capítulo 9Trigo de duplo propósito

Renato Serena Fontaneli, Leo de Jesus Del Duca, Henrique Pereira dos Santos,

Roberto Serena Fontaneli e Eduardo Caierão ............................................................................ 239

Capítulo 10Manejo e controle de plantas daninhas em trigo

Leandro Vargas e Mario Antonio Bianchi ................................................................................... 253

Capítulo 11Pragas da lavoura de trigo

Paulo Roberto Valle da Silva Pereira e José Roberto Salvadori ..............................................263

Capítulo 12Doenças de trigo no Brasil

Douglas Lau, Flávio Martins Santana, João Leodato Nunes Maciel,

José Maurício Cunha Fernandes, Leila Maria Costamilan, Márcia Soares Chaves e

Maria Imaculada Pontes Moreira Lima ....................................................................................... 283

Capítulo 13Tecnologia de colheita de trigo

José Antonio Portella, Arcenio Sattler e Antonio Faganello ................................................... 325

Capítulo 14Produção de sementes de trigo

Luiz Eichelberger ................................................................................................................................ 349

Capítulo 15Qualidade tecnológica de trigo

Martha Zavariz de Miranda, Eliana Maria Guarienti e

Vanderlei Doneda Tonon ................................................................................................................ 371

Page 18: Livro Trigo

Trigo no Brasil | 17

Capítulo 16Gestão da qualidade do trigo na pós-colheita

Casiane Salete Tibola, Claudia De Mori, Eliana Maria Guarienti, Irineu Lorini,

Maria Imaculada Pontes Moreira Lima e Martha Zavariz de Miranda ................................ 391

Capítulo 17Melhoramento de trigo no Brasil

Pedro Luiz Scheeren, Eduardo Caierão, Márcio Só e Silva e Sandro Bonow........................ 427

Capítulo 18Biotecnologia aplicada à cultura do trigo

Sandra Patussi Brammer, Sandra Maria Mansur Scagliusi, Ana Lídia Variani Bonato,

Gisele Abigail Montan Torres, Luciano Consoli e Antonio Nhani Júnior ............................. 453

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18 | Trigo no Brasil

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Trigo no Brasil | 19

Introdução

O trigo faz parte do seleto grupo de commodities agrícolas que domina tanto a produção quanto o comér-

cio mundial de grãos. Na safra 2010/2011, por exemplo, conforme estimativas do USDA - World Agriculture Supply and De-mand Estimates (USDA, 2011), foram, pro-duzidos 648,21 milhões de toneladas desse cereal no mundo, sendo 19,5% (126,40 mi-lhões de toneladas) comercializados en-tre as nações. O Brasil, nesse contexto, tem suas peculiaridades, uma vez que faz par-te tanto do clube de países importadores quanto exportadores de trigo. As estatís-ticas da Companhia Nacional de Abasteci-mento (CONAB, 2011) demonstram que, em 2010, a realidade do País no tocante ao tri-go não se coaduna com o desempenho glo-bal da agricultura brasileira. Para o aten-dimento do consumo de 10,465 milhões de toneladas, foram produzidos 5,882 milhões de toneladas, importados 5,907 milhões de toneladas e exportados 2,398 milhões de to-

neladas. Produção e exportação de trigo, se-guramente, estão muito aquém das poten-cialidades brasileiras para com esse cultivo.

Historicamente, produzir trigo no Bra-sil de forma competitiva e sustentável tem

agricultura. Há registros do cultivo de tri-go no País desde os primórdios do descobri-mento. Embora uma triticultura tecnologi-camente embasada, não sem controvérsias, tenha sido efetivamente consolidada a par-tir da segunda metade do século 20, foi so-

-ta exclusivamente às leis de mercado. Não obstante dispormos de condições adequa-das de ambiente (clima e solo), de estrutura de produção, de agricultores e assistentes técnicos capacitados e com domínio tecno-lógico pleno (cultivares e práticas de ma-nejo), como bem atestam os desempenhos em rendimento e em qualidade tecnológica do trigo produzido no Brasil, há quem ain-da ponha dúvida, mais por desconhecimen-to de causa que por qualquer outra coisa, sobre a viabilidade de produção desse cere-

Bases para produção

competitiva e sustentável

de trigo no Brasil1

Gilberto Rocca da Cunha

João Leonardo Fernandes Pires

Leandro Vargas

Page 21: Livro Trigo

20 | Trigo no Brasil

al no País. Esse livro presta-se sobremanei-ra para demonstrar quão equivocada é essa visão que, lamentavelmente, pode ser en-contrada com relativa facilidade em falas de alguns atores da agricultura brasileira.

Muitas das variações em desempenho do trigo - rendimento, qualidade tecnoló-gica e retorno econômico - entre países ou

-xos de diferenças associadas à disponibili-dade de recursos do ambiente (clima e so-lo), ao uso de tecnologia e à estrutura de produção e qualidade de gestão do processo produtivo, envolvendo preponderantemen-te o elemento humano. Em agricultura, um dos papéis da Ciência, Tecnologia e Inova-ção (CT&I) é, pela via tecnológica, promo-

-cursos, que são fornecidos pelos insumos e pelas disponibilidades do ambiente, por unidade de produto colhido nas lavouras. Nesse livro, pode ser encontrado o que há de melhor em CT&I para a produção de tri-go no Brasil. O foco da obra é a criação da capacidade para se produzir trigo no Bra-sil, de forma competitiva e sustentável, a partir de um modelo de gestão de produ-ção baseado em tecnologia e inovação e, acima de tudo, em sintonia plena com os diversos segmentos que formam o comple-xo agroindustrial desse cereal no País. São 18 capítulos assinados por especialistas com vasta experiência na cultura, cobrin-do os mais variados aspectos do complexo agroindustrial de trigo no Brasil, desde o setor de insumos, passando pelo processo de produção e manejo de cultivo em esca-la de lavoura, pelos agentes de comerciali-zação e da indústria de processamento de ingredientes à base de trigo, até a materia-lização do produto, seja na forma de pão, bolo, biscoito, macarrão ou qualquer ou-

Trata-se de uma obra orientada, a princípio, aos assistentes técnicos que atu-am em escala de lavoura, bem como aos de-mais agentes ligados a diversos segmentos que compõem o complexo agroindustrial do trigo no Brasil. Não é um livro texto, na acepção da palavra, porém serve para uso acadêmico, tanto em cursos de graduação quanto de pós-graduação nas ciências agrá-rias, por cobrir, com profundidade e rigor, todo o complexo agroindustrial desse cere-al, valendo-se do que há de melhor em co-

Em um livro como esse, em que há mui-tos autores e uma vastidão de assuntos co-bertos, em alguns pontos o leitor pode se defrontar com a repetição e até mesmo com pequenas discordâncias entre capítu-los, embora tratem do mesmo tema. Os edi-tores estão conscientes disso, e, nesse ca-pítulo inicial, buscam, a partir da marca de inovação e atualidade que caracteriza a obra, contextualizar o seu lugar mais ade-quado, em meio a outras similares, ante-riormente publicadas sobre trigo no Brasil.

O lugar desse livro

A importância da cultura do trigo - his-tórica e econômica - a exemplo de outros

-

Desde o último quartel do século 19, com relativa facilidade são encontrados textos que, em função de formato da publicação, estrutura de linguagem, da abrangência de tópicos e da característica de síntese do co-nhecimento de uma época, podem ser clas-

de trigo em terras brasileiras.Dentre as obras seminais dessa natu-

reza, vale pinçar o capítulo sobre o culti-vo de trigo no livro Cultura dos Campos, de

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Joaquim Francisco de Assis Brasil, cuja pri-meira edição data de 1897 (ASSIS BRASIL, 1977). Depois, há destaque para as publi-cações de A. Gomes Carmo: O Problema Na-cional da Produção do Trigo (CARMO, 1911) e A Cultura do Trigo (CARMO, 1918), que se

-versidade do Rio Grande do Sul, Lourenço Mário Prunes, intitulado O Trigo, de 1939 (PRUNES, 1939). Todas, apesar de embasa-das principalmente em conhecimentos ge-rados no exterior, cobrem os aspectos re-lacionados com a produção desse cereal no País, e, inclusive, dão ares de contempora-neidade ao apresentarem discussões e da-dos econômicos, além de tecerem conside-rações operacionais sobre a indústria de moagem de trigo.

Depois, no contexto do estímulo à pro-dução de trigo no Brasil, patrocinado ini-cialmente pelo Governo Federal com a cria-ção, em 1919, das Estações Experimentais de Ponta Grossa, no Paraná, e de Alfredo Chaves (atualmente Veranópolis), no Rio Grande do Sul, somadas à contratação dos especialistas estrangeiros Carlos Gayer e Iwar Beckman, foram produzidos novos documentos sobre tecnologia de produção de trigo, como A cultura do trigo no Brasil (BECKMAN, 1949) e Cultura prática do trigo (GAYER, 1950). Vale referir, também, o li-vro de Edgar Fernandes Teixeira, de 1948, A Produção de Trigo no Brasil (TEIXEIRA, 1948) que, seguindo o molde dos antes referidos, inclui informações oriundas da, na época, ainda incipiente experiência brasileira em cultivo de trigo. No tocante aos aspectos socioeconômicos e políticos relacionados com o complexo agroindustrial do trigo, têm-se os livros A tragédia do trigo brasilei-ro (COMPAGNONI, 1958), que reúne os dis-curso em prol da triticultura nacional do

então deputado federal pelo Rio Grande do Sul Luiz Compagnoni, e O trigo no Bra-sil (FREITAS; DELFIM NETTO, 1960), de Luiz

-to, publicado, em 1960, por iniciativa da Associação Comercial de São Paulo.

As obras O Trigo no Sul do Brasil (TEIXEIRA,1958), de Edgar Fernandes Tei-xeira, e o livro Trigo (BAYMA, 1960), em dois volumes, de Cunha Bayma, publica-do pelo Serviço de Informação Agrícola (SIA), instituição vinculada ao Ministério da Agricultura, foram, sob o ponto de vis-ta do uso do enfoque de sistema de produ-ção, as obras mais completas publicadas no País, até então.

A partir dos anos 1970, as principais orientações tecnológicas para produção de trigo passaram a ser disponibilizadas nas publicações derivadas das reuniões das co-missões de pesquisa (Comissão Sul-Brasi-leira de Pesquisa de Trigo, Comissão Cen-tro-Sul-Brasilera de Pesquisa de Trigo e Comissão Centro-Brasileira de Pesquisa de Trigo) que, a partir de 2007, foram in-tegradas na Comissão Brasileira de Pesqui-sa de Trigo e Triticale. Tais indicações são autênticos manuais para a assistência téc-nica, anualmente atualizados, cobrindo os mais variados aspectos da produção de tri-go, da pré-semeadura à pós-colheita. Essas publicações pelo caráter de aplicação e atu-alização permanente, até certo ponto não estimularam a necessidade de novos livros sobre trigo no Brasil (REUNIÃO..., 2005a, 2005b, 2005c, 2010).

De qualquer forma, surgiram, dos anos 1980 até os tempos atuais, diversos livros, al-

sobre trigo no Brasil. Muitos desses são, no tocante à tecnologia de produção, majori-tariamente baseados em compilações de in-formações derivadas das publicadas das co-

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missões de pesquisa de trigo. Nesse grupo, incluem-se os livros: Cultivo dos cereais de estação de fria: trigo, cevada, aveia, centeio, al-piste, triticale (MUNDSTOCK, 1983), Trigo: da lavoura ao pão (BASTOS, 1987), A cultura do trigo (OSÓRIO, 1992), Trigo para o abaste-cimento familiar; do plantio à mesa (SILVA et al., 1996), Planejamento e manejo integra-do da lavoura de trigo (MUNDSTOCK, 1998), Tecnologia para produzir trigo no Rio Gran-de do Sul (CUNHA; BACALTCHUCK, 2000) e, mais recentemente, Manual da cultura do tri-go (FORNASIERI FILHO, 2008). Ainda, desse período, tratando de aspectos socioeconô-micos e políticos relacionados com o com-plexo agroindustrial do trigo, têm-se os li-vros Trigo no Mercosul (CUNHA; TROMBINI, 1999), Estratégias para o trigo no Brasil (ROSSI; NEVES, 2004) e A competitividade do tri-go brasileiro diante da concorrência argentina (BRUM; MÜLLER, 2006); entre outros.

Em língua inglesa, há algumas obras sobre trigo, que alcançaram grande su-cesso editorial e com as quais essa apre-senta similaridades. É o caso do livro Wheat and wheat improvement, lançado em 1967 (QUISENBERRY; REITZ, 1967), e sua segunda edição, revista e ampliada (HEYNE, 1987), e, em, tempos mais recen-tes, as obras Wheat: ecology and physiology of yield determination (SATORRE; SLAFER, 1999) e Wheat: science and trade (CARVER, 2009).

Até quanto conhecemos, desde o livro Trigo no Brasil (OSÓRIO, 1982), publicado sob os auspícios da Fundação Cargill, com a coordenação do professor Eduardo Algayer Osório, nenhum outro veio a público com as características desse que ora está sen-do disponibilizado, razão que, ao nosso ver, somada à necessidade de atualização de in-formações e ampliação do alcance daque-la obra seminal em áreas do conhecimen-

complexo agroindustrial do trigo no Brasil do século 21.

Conteúdo dos capítulos

Neste capítulo 1, é apresentada, pelos Tri-

go no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável, sendo buscada, a partir dos di-ferenciais que possui � inovação, atualiza-ção de informações, foco em todos os seg-mentos do complexo agroindustrial do trigo no Brasil e expertise dos autores � a

compêndio, em meio a outros similares an-teriormente publicados no País. Inclui, ain-da que resumidamente, aquilo que forma a essência da cada capítulo, dando uma visão geral da obra aos leitores.

O Brasil, em termos de orientação pa-ra pesquisa e transferência de tecnologia, é dividido em três regiões tritícolas: Sul-Bra-sileira (RS e SC), Centro-Sul-Brasileira (PR, MS e SP) e Centro-Brasileira (GO, DF, MG, MT e BA). O capítulo 2 contempla a regio-nalização para determinação do Valor de Cultivo e Uso (VCU) de cultivares de tri-go no Brasil, em que se delimita a região úmida, que vai do Rio Grande do Sul até o norte do Paraná, com pelo menos du-as divisões: uma parte fria e outra quen-te. A região moderadamente seca e quen-te, porém passível de cultivo de trigo sem

sul de SP e parte do território do MS. Por último, uma região quente e seca envol-ve parte dos estados de SP e MS, além de GO, DF, MG, MT e BA. O capítulo também inclui uma síntese de trabalhos sobre zo-neamento agrícola para trigo no Brasil e indicações de épocas de semeaduras mais

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favoráveis, com destaque para os riscos de natureza climática inerentes ao cultivo desse cereal no País.

O capítulo 3 descreve o complexo agroindustrial de trigo, apresentando visão global do negócio no País e no mundo. Des-taque para análise do panorama do merca-do mundial e brasileiro, que possibilita o entendimento da dinâmica de produção, do balanço de oferta e demanda e de comércio exterior. Também são incluídas seções so-bre comportamento de preços e custos de produção.

manejo em trigo pode ser decisiva tan-to para a obtenção de pequenos ganhos

(práticas promotoras) quanto para redu-ção de perdas, via gestão técnica de pro-cessos e de uso de insumos. No capítulo 4 são tratados alguns pontos considerados relevantes para o sucesso da cultura de tri-go no Brasil, com o enfoque de sistema de produção. Na sua elaboração, serviram de base apenas resultados de pesquisas que dão sustentação a tecnologias efetivamen-te validadas e de uso consolidado, nas dife-rentes regiões em que esse cereal é cultiva-do no País.

No capítulo 5, os autores discutem as

rendimentos elevados em trigo. É apresen-tado o processo de formação do rendimen-to de grãos em trigo ao longo do ciclo de desenvolvimento desse cereal. Destaque

-ção das fases vegetativa, reprodutiva e en-chimento de grãos e dos subperíodos entre

-ponentes do rendimento, em função de res-postas à temperatura e ao fotoperíodo.

O conceito de fertilidade de solo e suas implicações para a cultura do trigo no Bra-

sil é objeto do capítulo 6, onde são apresen-tadas as principais reações químicas que,

-suração de status da fertilidade dos solos, tanto sob o ponto de vista de diagnóstico quanto de orientação de manejo de aduba-ções e nutrição de cultivos. Complementam o capítulo orientações sobre o manejo da correção de solos e da adubação em trigo.

O sistema plantio direto na palha, com diferentes graus de obediência aos seus princípios - cobertura permanente do solo, revolvimento apenas na linha/cova de se-

-ção no uso da terra � é, atualmente, prática preponderante nos sistemas de produção que incluem o trigo no Brasil. No capítulo 7 são tratados aspectos históricos desse sis-tema, origem na agricultura mundial e in-trodução no Brasil, os requisitos para a sua implementação, além de apresentadas al-gumas práticas conservacionistas passíveis de utilização na agricultura brasileira.

No capítulo 8, é enfatizado o uso do enfoque sistêmico como base de elevação da produtividade do trigo no Brasil. Dis-cutem-se os efeitos de esquemas de rota-ção de cultura e de práticas de integração

-tológicos (doenças radiculares, principal-mente) e sobre o rendimento de trigo, sob sistema plantio direto, no sul do Brasil. As conclusões são embasadas em análises eco-nômicas e de risco.

mundo, cada vez mais, manifesta-se pela via da integração de sistemas, a exemplo de

de sistema integrado, o chamado trigo de duplo propósito ajusta-se plenamente, por se prestar, na mesma safra, tanto à produ-ção de forragem quanto de grãos. Algumas características, como ciclo mais longo, po-

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vigor e maior taxa de desenvolvimento inicial da cultura, diferenciam essas culti-vares. No capítulo 9 é apresentado o siste-ma de manejo de trigo para duplo propósi-to, desde a escolha de cultivares e manejo

-cas desse sistema, além de tecidas compa-rações econômicas e de produção de for-ragem, envolvendo o desempenho de trigo de duplo propósito versus outras opções de cultivo de inverno.

As plantas daninhas, quer seja pe-la competição por recursos do ambien-te (água, luz e nutrientes), por causarem efeitos alelopáticos ou, indiretamente, pe-la contaminação de grãos com materiais estranhos, estão entre os agentes respon-sáveis por baixos rendimento e menor va-lor econômico do produto que é colhido em muitas lavouras. No capítulo 10, são des-tacadas as principais plantas daninhas em

-ticos de competição e detalhados os méto-dos de controle que podem ser utilizados de forma conjunta ou isolada. Também fo-ram incluídas informações sobre reações de cultivares de trigo a herbicidas.

O capítulo 11 trata dos principais inse-tos que se enquadram na categoria de pra-gas do trigo no Brasil. As espécies, pragas principais e secundárias, são caracteriza-das quanto à bioecologia, ocorrência e da-

principais, são sugeridas medidas de con-trole, seguindo princípios de manejo inte-grado de insetos-praga (MIP).

O trigo, a exemplo de outros cultivos, é acometido por inúmeras doenças, sejam vi-roses, doenças bacterianas ou doenças fún-gicas, que afetam o desempenho produtivo do cultivo, com maior ou menor predomi-nância de cada tipo conforme a região do

País ou as condições climáticas predomi-nantes nas safras. No capítulo 12 são des-critas as principais doenças do trigo no Brasil, com ilustrações de sintomas típicos, informações sobre os agentes etiológicos, epidemiologia e formas de controle.

A expectativa de retorno dos investi-mentos na lavoura de trigo começa, efe-tivamente, a materializar-se no momento da colheita. É por isso que essa operação pode representar o diferencial entre o su-cesso e o fracasso do empreendimento. No capítulo 13 são apresentadas técnicas e metodologias de retirada da produção de trigo da lavoura, garantindo a qualida-de genética/tecnológica e minimizando o efeito negativo do ambiente.

de questões relacionadas com a produção de sementes de trigo. Apesar das aparen-tes similaridades, são muitas as diferenças que envolvem a condução de uma lavoura

-tra, destinada à produção de sementes. Os cuidados, desde o manuseio da semente ge-nética, com origem nos programas de me-lhoramento genéticos orientados para a criação de cultivares, até as categorias co-mercias, são minuciosamente descritos, po-rém com senso de aplicação prática.

A qualidade tecnológica, em geral, de-

trigo. No capítulo 15 são apresentados tes-tes padrões, conforme normas internacio-nais, envolvendo descrição de métodos (fí-

incluindo o detalhamento do instrumental empregado na avaliação de qualidade tec-nológica de trigo e de farinhas, com vistas

aos fatores que afetam a qualidade de trigo, desde genéticos, ambientais e de práticas de manejo da cultura, até a pré-colheita.

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O foco do capítulo 16 é a gestão da qua-lidade de trigo na pós-colheita. Questões relacionadas com qualidade, segurança de alimentos, segregação e identidade de pro-dutos são discutidas, conceitualmente, à luz da legislação brasileira, regulamentos internacionais e princípios de gestão ope-racional. Ênfase é dada à preservação da qualidade e identidade do trigo brasileiro, sendo apresentados os principais contami-nantes - pragas e fragmentos, fungos toxi-gênicos e resíduos de inseticidas - e descri-tos os sistemas de gestão da qualidade que priorizam a segurança dos produtos, além de tecidas considerações sobre segregação

-dades armazenadoras.

Um relato da história do melhora-mento genético do trigo no Brasil, in-cluindo instituições, pessoas e cultiva-res elites, métodos de melhoramento de plantas, gestão de recursos genéticos e todo o processo de criação de cultivares, desde a experimentação até o registro de proteção, é, com detalhamento inédito e orientação prática, contemplado no capí-tulo 17.

-mento genético de trigo, integrando o que se costuma chamar de melhoramento ge-nético convencional com ferramentas de biologia molecular, é tratada no capítulo 18. Da citogenética clássica, passando pela tecnologia do DNA recombinante, pelo se-quenciamento de DNA até análises de ex-pressão genética e transcricionais, são en-fatizadas as reais e potencias contribuições da biologia avançada. Ênfase é dada na sele-ção assistida por marcadores moleculares e em protocolos laboratoriais para a supera-ção de antigos e de novos entraves ao culti-vo de trigo no Brasil.

Agradecimentos

Os editores agradecem, de forma es-pecial, aos autores dos diversos capítulos, pois estão convictos que cada colaborador deste livro deu o melhor de si, buscando, na sua área do conhecimento, a realização de um trabalho crítico e atualizado sobre tri-go no Brasil.

Também são gratos aos revisores que, anonimamente, como requer o processo de revisão por pares, contribuíram efeti-vamente para a melhoria dessa obra, e, por

processo editorial � desde o recebimento e preparação dos originais para envio aos re-visores, implementação das sugestões/cor-reções, revisão gramatical, diagramação e revisão de provas � não mediram esforços para que esse livro se materializasse, co-mo Aldemir Pasinato, Ana Lucia Maciel Weinmann, Everaldo Siqueira, João Carlos Haas, Leila Maria Costamilan, Liciane Toazza Duda Bonatto, Maria Regina Cunha Martins e Marialba Osorski dos Santos.

A todos, o nosso Muito Obrigado!Passo Fundo, 1º de dezembro de 2011.

Gilberto Rocca da Cunha,João Leonardo Fernandes Pires e

Leandro Vargas Editores

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Referências