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Apresentação do Professor
Professora: Ariane Canestraro.
Pós-graduada em Comércio Exterior, coordenadora e instrutora de Cursos
de Comércio Exterior.
Grande experiência com o mercado internacional, através de atividades
desenvolvidas como Importação, Exportação, Prospecção de Mercado /
Trader, Agenciamento de Cargas, Supply Chain, Logística Internacional,
Câmbio. Participação em Feiras Internacionais e visitas a clientes e
fornecedores a mais de 20 países. Trabalhou em Empresas como Renault
do Brasil, Grupo Tecumseh, American Glass, DW Logistics, Riffel
Motopeças, Citibank, Banco Itaú, ocupando posições de liderança e
gestão. Consultora de Comércio Exterior.
Tópicos a serem abordados:
Conceito da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain).
Gestão da Cadeia de Suprimentos.
Sugestões para Melhorar o Processo da Cadeia de
Suprimentos.
No Brasil, a logística destacou-se em meados dos anos 70 por meio do
transporte, da movimentação e distribuição física, tanto interna quanto
externa.
Ao longo do tempo, a logística evoluiu, passando de ações isoladas para
ações sinérgicas, ou seja, à logística integrada e, recentemente
como gerenciamento da cadeia de suprimentos, (supply chain
management- SCM).
Atividades
integradas em um
sistema logístico.
Associada a
transporte, depósitos
regionais e vendas.
Logística
No início Atualmente
Conceito da Cadeia de Suprimentos/Supply Chain
“É o processo da movimentação de bens desde o pedido do cliente
através dos estágios de aquisição de matéria prima, produção até a
distribuição dos bens para os clientes”. (Rockford Consulting Group –
RCG, 2001).
“Uma metodologia criada para alinhar todas as atividades de produção,
armazenamento e transporte de forma sincronizada visando a obtenção
na redução de custos, minimizar ciclos e maximizar o valor percebido
pelo usuário final em busca de resultados superiores” (Emerson BOND,
2002).
A Cadeia de Suprimentos representa um conjunto de atividades que
envolvem as atividades de compra, armazenamento, transformação,
embalagem, transporte, movimentação interna, distribuição e todo o
suporte necessário para que tudo isso possa acontecer (Professor
Edelvino Razzolini Filho).
É também responsável pelo fluxo inverso de materiais e informações, e
pela redução dos custos de transação a um mínimo indispensável.
Transportadoras Depósitos Fornecedores Fabricantes
Varejistas Clientes
As atividades da cadeia de suprimento iniciam-se com o pedido do
cliente e terminam quando o cliente paga pela compra.
Figura 2 – Fluxos da Logística Integrada – Fonte: Martins
Gestão da Cadeia de Suprimentos
"O gerenciamento da cadeia de suprimento, ou Supply Chain
Management – SCM, nada mais é do que administrar o sistema de
logística da empresa, com o uso de tecnologias avançadas, entre elas
o gerenciamento de informações e pesquisa operacional, para planejar
e controlar uma complexa rede de fatores, visando produzir e distribuir
produtos e serviços para satisfazer o cliente" (Martins & Alt, 2009).
A gestão na cadeia de suprimentos é um processo que consiste em
gerenciar os fluxos de bens, serviços, finanças e informações dentro
de uma cadeia integrada com diversos participantes, incluindo:
fábrica, fornecedores e clientes finais.
É a integração de todos os elementos responsáveis, incluindo o
conjunto de técnicas que são utilizadas para possibilitar excelência
na integração entre as etapas de uma cadeia de suprimentos, como
transporte, estoque e custo.
O gerenciamento apropriado destas etapas facilitará a otimização do
serviço e/ou a melhor qualidade do produto ofertado pela empresa,
assim melhor satisfazendo seus clientes finais.
Fonte: Portogente.
Para ter uma cadeia de suprimentos com alto padrão de competência,
devem-se incluir formas de melhoria nas seguintes atividades:
•Previsão e planejamento do equilíbrio entre oferta e demanda.
• Localização de fornecedores de matéria-prima.
•Fabricação do produto.
•Armazenagem do produto.
•Entrega do produto.
•Devolução do produto pelo cliente, caso necessário.
•Feedback através do serviço de atendimento ao cliente e melhoria do
processo, onde for necessário.
Fonte: Portogente e Logística Descomplicada.
Sugestões para melhorar o processo de gestão da cadeia de
suprimentos na sua empresa:
• Melhore a colaboração e a comunicação de seus compradores com
os fornecedores, informando-os de suas intenções de modificar ou
melhorar algum processo de fabricação.
• Mantenha os níveis de estoques tão baixos quanto aceitável (desde
que seja seguro). O custo de estoque é um dos principais indicadores
utilizados para se analisar o desempenho logístico de uma
organização;
• Pesquise se a terceirização for mais barata (produção, transporte,
armazenagem), e aplique onde couber.
• Invista em tecnologias de comunicação, especialmente com os
fornecedores, a fim de reduzir os tempos de pedido/entrega e garantir
que a matéria-prima esteja sempre disponível. Assim como o custo
de estoque, o tempo de atendimento ao cliente é outro indicador
fundamental, pois incentiva a empresa a ter um relacionamento mais
próximo com seus clientes, e assim garantir um atendimento mais
rápido.
• Utilize as tecnologias de informação existentes. Inicie por previsão
de vendas, passe ao controle de estoques, às compras, pedidos,
expedição, entrega e assim por diante . Existem ferramentas
automáticas para ajudar em cada etapa do processo.
• Sempre que possível, centralize as compras para que consiga
descontos pelo poder de barganha. Quanto maior a compra, menor o
preço.
Conceituação da Cadeia de Suprimentos
Gerenciamento da Cadeia de Suprimento
Estratégia
Planejamento
Aplicativos Corporativos
Gestão de Ativos
Aquisição
Ciclo de Vida do Produto
Nessa fase, conceituamos a Cadeia de Suprimentos (Supply Chain),
vimos a gestão da Cadeia de Suprimentos e fizemos sugestões para
melhorar o processo da Cadeia de Suprimentos.
A Gestão da Cadeia de Suprimentos ou (SCM) resume-se ao conjunto
de processos e procedimentos estratégicos, que são capazes de
atender às demandas específicas do consumidor, por meio do
planejamento integrado de todas as etapas do processo, desde a
extração de recursos naturais, até a sua reciclagem após o término do
ciclo de vida do produto.
Resumo Final
Tópicos a serem abordados:
Dicas para uma Logística Bem Aplicada.
Modalidades de Transporte.
Modais de Transporte – Como Transportar Mercadorias para
o Brasil e para o Exterior.
Características dos Modais de Transporte:
Transporte Rodoviário.
Transporte Dutoviário.
Transporte Ferroviário.
A logística é quem torna possível a compra e a distribuição de seus
produtos, e uma boa logística influencia fortemente os seus resultados.
Quando e empresa recebe as matérias primas ou produto para
comercialização (importação), ou quando da distribuição e entrega de
produto (exportação), deve-se procurar o melhor meio de transporte (custo
x prazo x qualidade), especialmente quando se tratar de grandes
quantidades.
Dicas para uma Logística bem Aplicada:
• Utilize o meio de transporte mais adequado ao produto e à distância,
sempre que possível. Lembre-se que é possível encontrar preços baixos
para o transporte marítimo, porém o tempo será mais longo.
• Negocie os custos de transporte antecipadamente.
• Ajuste com o cliente (ou com seu fornecedor) as quantidades
adequadas, para que nenhuma parte tenha estoques muito altos, a fim
de garantir agilidade na fabricação e maior fluidez nas linhas produtivas.
• A estocagem adequada e o tempo de percurso da entrega podem
aumentar muito a produtividade; utilize ferramentas logísticas (cálculos e
planilhas) para escolher os melhores locais de armazenamento e a
determinação das melhores rotas de entrega.
• Tanto a recepção quanto expedição devem ser eficazes, diminuindo
tempos de processamento e burocracias que em nada agregam valor ao
produto.
• Por fim, o modo de transporte escolhido deverá levar em consideração:
Tipo de produto (perecível ou não).
Tempo necessário para adquirir as matérias-primas.
Disponibilidade das matérias primas e de produtos.
Facilidade de acesso e negociação com os fornecedores (locais ou no
exterior).
Processos alfandegários (para as importações/exportações).
Volume e peso do produto.
• O transporte dos bens até sua empresa (ou até seus clientes) pode ser
feito pelos modais aéreo, ferroviário, aquático ou rodoviário, ou uma
combinação deles pelo transporte multimodal. Cada um apresenta suas
vantagens e desvantagens, e tudo depende do prazo, volume, local e
custo, entre outras variáveis.
Modalidades de Transporte
• Terrestre
• Aquaviário
• Aéreo
características próprias
adequadas
às operações e serviços
A decisão pela melhor opção, deve ser suportada por uma análise dos
custos, características de serviços, disponibilidade de rotas, capacidade
e volume de transporte, versatilidade, segurança e rapidez, isto em
consideração às necessidades da empresa.
Modais de Transporte – Como Transportar Mercadorias para o Brasil
e para o Exterior
Os transportes são classificados considerando sua modalidade,
também denominada de modal de transporte, e quanto a sua forma.
Segundo a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) no país,
cerca de 60% dos transportes é realizado por rodovias, 20% por
ferrovias, 13% por hidrovias e 4% por dutovias.
Quanto ao Modal:
• Terrestre
Rodoviário – Ferroviário – Dutoviário
• Aéreo
• Aquaviário
Marítimo, Fluvial e Lacustre
Quanto à Forma:
• Modal ou Unimodal
Quando envolve uma única modalidade.
• Intermodal
Quando envolve mais de uma modalidade, e para cada
trecho entre os modais é realizado um contrato.
• Multimodal
Quando envolve mais de uma modalidade, porém regido por
um único contrato.
• Segmentados
Quando envolve diversos contratos para diversos modais.
• Sucessivos
Quando a mercadoria, para alcançar o destino final, precisa ser
transbordada para prosseguimento em veículo da mesma
modalidade de transporte, e regido por um único contrato.
Transporte Rodoviário
• É aquele efetuado por caminhões ou carretas que utilizam a malha
rodoviária disponível.
• É o mais utilizado no transporte de mercadorias em viagens curtas e
médias.
• É também o mais flexível e o mais ágil no acesso às cargas.
• A simplicidade de funcionamento é o seu ponto forte, pois não
apresenta qualquer dificuldade e está geralmente disponível para
embarques urgentes.
• Na América do Sul, é regido pelo "Convênio sobre Transporte
Internacional Terrestre" firmado entre Brasil, Argentina, Bolívia,
Chile, Uruguai e Peru, na cidade de Santiago em 1989.
Vantagens
Adequado para curtas e médias distâncias.
Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso
às cargas.
Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem.
Serviço porta a porta: mercadoria sofre apenas uma operação de
carga (ponto de origem) e outra de descarga (local de destino).
Maior frequência e disponibilidade de vias de acesso.
Maior agilidade e flexibilidade na manipulação das cargas.
Facilidade na substituição de veículos, no caso de acidente ou
quebra.
Desvantagens
Fretes mais altos em alguns casos.
Menor capacidade de carga entre todos os modais.
Menos competitivo para longas distâncias.
• Caminhões
São veículos fixos que apresentam carroceria aberta, em forma de
gaiola, plataforma, tanque ou fechadas (baús), os últimos podendo ser
equipados com sistemas de refrigeração.
Tipos de Veículos
• Carretas
São veículos articulados, com unidades de tração e de carga em
módulos separados. Mais versátil que os caminhões, podem deixar o
semirreboque ser carregado e recolhê-lo posteriormente, permitindo
com isto que o transportador realize maior número de viagens.
As tarifas de frete são organizadas individualmente por cada empresa de
transporte, e o frete pode ser calculado por peso, volume ou por lotação
do veículo.
Frete Básico = tarifa x peso da mercadoria
O valor do frete é calculado através do peso cubado.
Nota: Peso Cubado= 1 metro cúbico é igual a 300 kg.
Podem ser cobradas também taxas adicionas como "ad-valorem"
percentual cobrado sobre o valor da mercadoria, seguro rodoviário
obrigatório, despesas com emissão de documentos, pedágios.
Composição do Frete
• Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) – percurso Brasil.
• Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE) – percurso
Brasil.
• Conhecimento de Transporte - CRT.
• Manifesto de Carga.
• Fatura Comercial.
• Packing List.
Documentos Utilizados no Transporte Rodoviário Internacional
Transporte Dutoviário
Dutos são tubulações especialmente desenvolvidas e construídas de
acordo com normas internacionais de segurança, para transportar
petróleo e seus derivados, álcool, gás e produtos químicos diversos, por
distâncias especialmente longas, sendo então denominados como
oleodutos, gasodutos ou polidutos.
Os Dutos Subterrâneos são aqueles enterrados para serem mais
protegidos contra intempéries, contra acidentes provocados por outros
veículos e máquinas agrícolas, e também, contra a curiosidade e
vandalismo.
Os Dutos Aparentes são aqueles visíveis, o que normalmente acontece
nas chegadas e saídas das estações de abastecimento, nas estações de
carregamento e descarregamento.
Fonte: Portogente
Os Dutos Aéreos: dutos construídos suspensos no ar nos terrenos que
apresentam relevo acidentado, bem como para atravessar um rio ou um
vale.
Os Dutos Submarinos são assim denominados devido à que a maior
parte da tubulação está submersa no fundo do mar. Este método é
geralmente utilizado para o transporte da produção de petróleo de
plataformas marítimas.
Fonte: Portogente
As dutovias podem ser divididas em:
Oleodutos: produtos transportados são, em sua grande maioria
derivados do petróleo como óleo combustível, gasolina, diesel,
álcool, GLP, querosene e nafta, e outros;
Minerodutos: empregado no transporte de produtos como sal-gema,
minério de ferro e concentrado fosfático;
Gasodutos: empregado no transporte de gás natural;
Polidutos: empregado no transporte de outros produtos como, vinho,
água, etc.
A maioria dos produtos transportados pelos dutos são realizados pela
empresa de petróleo brasileira, a Petrobras. No mundo, as dutovias são
um dos mais importantes meios de transporte, sendo muito empregado
nos Estados Unidos e na Europa.
Fonte: Portogente
Vantagens:
Permite que grandes quantidades de produtos sejam deslocados de
maneira segura, diminuindo o tráfego de cargas perigosas por
caminhões, trens ou por navios.
Podem dispensar armazenamento.
Simplificam carga e descarga.
Diminuem custos de transportes.
Menor possibilidade de perdas ou roubos.
Redução do desmatamento.
Melhoria da qualidade do ar nas grandes cidades.
Facilidade de implantação, alta confiabilidade, baixo consumo de
energia e baixos custos operacionais.
Desvantagens:
Possibilidade de ocorrência de alguns acidentes ambientais.
Necessidade de grande investimento em capital.
Número limitado de serviços e capacidade.
Não é indicado para pequenos volumes e distâncias curtas.
Baixa flexibilidade quanto à rota de distribuição.
Seu uso só pode ser estendido a certos grupos de mercadorias
dentro de um mesmo duto, embora seja tecnicamente possível
separar um produto de outro sem que eles se misturem durante o
transporte, não é aconselhável usar um mesmo duto para carregar
parafina e depois leite, por exemplo.
Fonte: Portogente e Blogspot.
Transporte Ferroviário
As restrições das empresas estatais em investir em locomotivas, vagões e
nas linhas da rede ferroviária, foram os principais responsáveis pelas
limitações de capacidade. Como consequência, o setor ferroviário, possui
uma pequena participação na matriz de transporte de carga, respondendo
por apenas aproximadamente 20,7% no Brasil, dos serviços de transporte
de carga prestados nesses países, comparado com, aproximadamente,
43% nos Estados Unidos e 46% no Canadá.
O transporte ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso
quanto o rodoviário.
É mais barato, propiciando menor frete, transporta quantidades maiores e
não está sujeito a riscos de congestionamentos.
É adequado para o transporte de mercadorias de baixo valor agregado e
em grandes quantidades, como produtos agrícolas, derivados de
petróleo, minério de ferro, fertilizantes, etc.
Vantagens:
Flexibilidade.
Capacidade de carga.
Diferentes tipos de carga.
Fretes baixos.
Pouco poluente.
Desvantagens:
Lentidão do modal.
Problemas de bitolas e dormentes dentro e fora do país.
Falta de flexibilidade no trajeto e rota.
Sujeito a saques.
O frete ferroviário é baseado em dois fatores:
• Quilometragem percorrida: distância entre as estações de
embarque e desembarque.
• Peso da mercadoria.
O frete ferroviário é calculado por meio da multiplicação da tarifa
ferroviária pelo peso ou volume, utilizando-se aquele que proporcionar
maior valor. O frete também pode ser calculado pela unidade de
container, independente do tipo de carga, peso ou valor da mercadoria.
Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou qualquer outra.
Podem ser cobradas taxa de estadia do vagão.
Composição do Frete
• Conhecimento de Transporte – TIF.
• No transporte ferroviário, o despacho aduaneiro referente aos
países membros do MERCOSUL requer a apresentação da Carta
de Porte Internacional e Declaração de Trânsito Aduaneiro
(TIF/TDA).
• Nota Fiscal.
• Fatura Comercial.
• Packing List.
Documentos Utilizados no Transporte Ferroviário
Nessa fase, demos dicas para uma Logística Bem Aplicada,
conhecemos as modalidades e os modais de transporte, e vimos as
características dos mesmos, nas modalidades rodoviário, dutoviário e
ferroviário.
Cada modalidade de transporte apresenta suas vantagens e
desvantagens, e a escolha do modal depende do prazo, do volume,
do local onde se encontra a carga e para onde precisa ser
transportada, o custo, entre outras variáveis.
Resumo Final
Tópicos a serem abordados:
Características dos Modais de Transporte:
Transporte Aéreo.
Transporte Aquaviário (Marítimo, Fluvial, Lacustre).
Transporte Aéreo
É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado,
pequenos volumes ou com urgência na entrega.
As empresas e agentes de todo mundo formam uma associação de
caráter comercial que é a International Air Transport Association
(IATA), principal órgão regulador do transporte aéreo internacional.
No Brasil, o órgão regulador é a Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac).
É o modal de evolução mais recente, e por isso o menos utilizado no
transporte de carga. Sua grande vantagem está relacionada a rapidez na
entrega de cargas, porém, seus altos custos ainda limitam uma efetiva
exploração.
A estratégia utilizada para diminuir esse elevado custo do transporte
aéreo é baseado na alta rotatividade e no curto período de
armazenamento desses produtos, ou seja, devido o transporte aéreo
dispor de linhas regulares e de frequência de voos, é possível através de
uma logística apurada, ajustar esse modal para tornar-se competitivo em
relação ao custo de frete e tempo de entrega.
Uma grande vantagem do transporte aéreo na relação internacional é a
acessibilidade, pois pode atender rapidamente países e lugares onde não
há litoral e até mesmas regiões mais remotas.
Vantagens
É o transporte mais rápido e seguro.
Possibilita redução de estoques.
Menores custos com seguro, estocagem e embalagem, além de ser
mais viável para remessa de amostras, brindes, bagagem
desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria
perecível, etc.
A base de cálculo do frete aéreo é obtida por meio do peso ou do volume
da mercadoria, o peso cubado, sendo considerado aquele que
proporcionar o maior valor. Para saber se devemos considerar o peso ou o
volume, a IATA estabeleceu a seguinte relação:
• Peso cubado: 1 metro cúbico é igual a 166,667 kg.
• Se 166,667 kg corresponde a 1 metro cúbico, então 1 kg terá 0,006
metros cúbicos.
Transformando em centímetros ficariam 6.000 cm cúbicos.
Composição do Frete
Fórmula para calcular a cubagem:
• peso cubado (kg)= largura (cm) x comprimento (cm) x altura (cm) ÷
fator de cubagem (6.000 cm cúbicos).
Exemplo: carga com 02 volumes com 80x120x80 cm e 1 com 80x90x80
cm, peso bruto: 198,10 Kgs => Peso cubado = 352,00 kg.
As tarifas, baseadas em rotas, tráfegos e custos, são estabelecidas no
âmbito da IATA pelas empresas aéreas, para serem cobradas
uniformemente, conforme as classificações internacionais.
• Conhecimento do embarque aéreo - "Air Way Bill" (AWB). É composto de
três vias originais, não negociáveis, a primeira, assinada pelo expedidor,
fica com o transportador, a segunda, assinada por ambos, acompanha a
mercadoria, e a terceira, assinada pelo transportador, fica com o expedidor.
Em um embarque pode ter o HAWB (House Air Waybill) e o MAWB (Master
Air Waybill).
• Fatura Comercial.
• Packing List.
• Demais documentos.
Na exportação, é utilizada a Nota Fiscal para o trajeto até o Aeroporto e
é base para confecção de R.E. – Registro de Exportação.
Documentos Utilizados no Transporte Aéreo
Tipos de Aeronaves
As Aeronaves subdividem-se em:
• All Cargo ou Full Cargo - uso exclusivo para transporte de carga, pois
apresenta uma capacidade maior de transporte de mercadorias, utilizando
o deck superior e inferior.
• Combi - transporte misto. Utilizadas para transporte conjunto de
passageiros e cargas, podendo ser tanto no andar inferior quanto no
superior.
• Full Pax - Avião de passageiros. O deck superior é utilizado
exclusivamente para transporte de passageiros, e o inferior, destinado ao
transporte de bagagem. Na eventual sobra de espaço, é preenchido com
carga.
Transporte Aquaviário
Compreende 4 tipos de transporte:
Marítimo Longo Curso
Marítimo Cabotagem
Fluvial
Lacustre
O transporte aquático, aquaviário ou hidroviário consiste no transporte de
mercadorias e de passageiros por barcos, navios ou balsas, via um corpo
de água, tais como oceanos, mares, lagos, rios ou canais.
O transporte aquático engloba tanto o transporte marítimo, utilizando
como via de comunicação os mares abertos, como transporte fluvial,
usando os lagos e rios.
Como o transporte marítimo representa a grande maioria do transporte
aquático, muitas vezes é usada esta denominação como sinônimo.
Este modo de transporte cobre o essencial das matérias primas (petróleo
e derivados, carvão, minério de ferro, cereais, bauxita, alumínio e
fosfatos, entre outros).
Paralelamente a estes transportes a granel, o transporte aquático também
cobre o transporte de produtos previamente acondicionados em sacas,
caixotes ou outro tipo de embalagens, conhecidos como carga geral.
Fonte: Portogente
Marítimo Longo Curso
Ligação entre países distantes.
O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional.
Inclui tanto os navios que realizam tráfego regular, pertencentes a
Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e os outsiders, como aqueles
de rota irregular, os “tramps”.
• Vantagens:
Maior capacidade de carga.
Carrega qualquer tipo de carga.
Menor custo de transporte.
• Desvantagens:
Necessidade de transbordo nos portos.
Distância dos centros de produção.
Maior exigência de embalagens.
Menor flexibilidade nos serviços aliado a frequentes
congestionamentos nos portos.
Alguns Cuidados que se deve ter no Transporte Marítimo
• Usar caixas novas, de madeira sólida ou pallets e que possam ser
manuseadas por guindastes ou empilhadeiras.
• Armazenar cuidadosamente a carga dentro das caixas.
• Respeitar as normas de segurança e os equipamentos necessários.
• Verificar o porto de carregamento e de descarga.
• Verificar o tipo de Container necessário para a carga.
• Ter Recursos Humanos com experiência em Comércio exterior.
• Atender as normas de Aduana.
Checklist
• Existe uma oferta válida?
• O porto de carregamento está definido?
• É necessário utilização de um armador especial?
• Existe alguma situação especial para ser considerada? (carta de
crédito, documentos etc.)
• Existem procedimentos especiais de segurança?
• Existe seguro de transporte?
• Foi feito reserva para o embarque?
• Medidas e pesos são conhecidos?
• As embalagens estão corretas?
• Os documentos estão prontos?
• Existem licenças envolvidas?
Maiores Navios do Mundo
• MOL Triunph – Capacidade 20.150 TEUs
• Maersk Tripple E – Capacidade 18.000 TEUs
Tipos de Navios
Quanto aos tipos de navios utilizados no comércio exterior podemos
identificar vários, com suas características voltadas aos tipos de cargas
que movimentam.
Citamos alguns:
Navio Tanque: Utilizado no transporte de óleo, gás e granel líquido.
Navio para carga geral: Utilizado para o transporte de diversos tipos de
carga, tanto solta como em container incluindo cargas projeto.
Navio porta container: Para o transporte de container. Os maiores
navios atualmente podem levar até 20 mil TEUs = contêineres de 20
pés .
Navio Ro/Ro: Navios usados para o transporte principalmente de
veículos e com abertura preparada para o embarque e desembarque.
Navio Graneleiro: Navios utilizados no transporte de grãos, ou seja
granel sólido. Por ele escoam nossas exportações do setor agrícola.
Navio Reefer: Para o transporte de carga refrigerada e que por ser
perecível precisa ter um controle de temperatura.
Cálculo do Frete
Ao frete básico internacional podem ser adicionadas algumas taxas que
são considerados custos acessórios.
• CAF - Fator de Ajuste de Moeda.
• BAF - Fator de Combustível.
• Heavy lift - Taxa para sobrepeso.
• Oversize - Taxa para peças super dimensionadas.
• Special Equipment - Taxa para equipamentos especiais.
• Congestion Port - Taxa para portos movimentados.
• War risk - Taxa para áreas de risco.
• Handling Fee - Taxa de manuseio.
• Conhecimento do embarque marítimo – BL (Bill of Lading) quando o
embarque é direto com o Armador, podendo também ter em um embarque
o MBL – Master Bill of Lading e o HBL (House Bill of Lading). O Master é
emitido pelo Armador e o House pelo Agente de Carga.
• Fatura Comercial.
• Packing List.
• Demais documentos .
Na exportação, é utilizada a Nota Fiscal para o trajeto até o Porto e é
base para confecção de R.E. – Registro de Exportação.
Documentos Utilizados no Transporte Marítimo
Tipos de Containers
• 20FT e 40FT DC/ HC container.
• 20FT e 40FT OT (Open Top).
• 20FT e 40FT Insulated.
• 20FT e 40FT Reefer.
• 20FT e 40FT Flat Rack.
• 20FT e 40FT Platform.
40' DRY CARGO HIGH CUBE
Size
40' x 8' x 9'6''
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
12033 2352 2698
Door Openings (mm) Width Height
2340 2586
Weights (kg) Gross Tare Payload
30480 4060 26480
Volume (m³) 76.37
20' DRY CARGO
Size
20' x 8' x 8'6''
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
5906 2352 2396
Door Openings (mm) Width Height
2338 2283
Weights (kg) Gross Tare Payload
* 24000 /
30480 2237 / 2340
21763 /
28140
Volume (m³) * 32.00 /
33.29
20' OPEN TOP
Size
20' x 8' x 8'6''
*
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
5898 2333 2348
Door Openings (mm) Width Height
2292 2280
Weights (kg) Gross Tare Payload
* 22773 /
30480 2337 / 2290
20436 /
28190
Volume (m³) 32.31
20' INSULATED
Size
20' x 8' x 8'
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
5694 2273 2121
Door Openings (mm) Width Height
2272 2090
Weights (kg) Gross Tare Payload
24000 2488 21512
Volume (m³) 28.70
20’ REEFER
Size
20' x 8' x 8'6''
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
5558 2300 2324
Door Openings (mm) Width Height
2290 2290
Weights (kg) Gross Tare Payload
*24000 /
30480 2990 / 3050
21010 /
27430
Volume (m³) 30.00
20' FLAT RACK
Size
20' x 8' x 8'6''
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
5929 1980 2270
Door Openings (mm) Width Height
Weights (kg) Gross Tare Payload
* 27000 /
30000 2400 / 2600 21600 / 27400
20' PLATFORM
Size
20' x 8' x 1'1 1/4''
Interior Dimensions
(mm) Length Width Height
6055 2435 335
Door Openings (mm) Width Height
Weights (kg) Gross Tare Payload
24000 2000 22000
Volume (m³)
Marítimo Cabotagem
Cabotagem Internacional: ligação entre países próximos (mesma costa).
Exemplo: Brasil x Uruguai;
Cabotagem Doméstica: navegação na costa de um país, que não
exceda espaços internacionais (portos de um mesmo território
aduaneiro).
Vantagens:
Condições naturais de costa navegável. São cerca de oito mil
quilômetros de costa no Brasil, mais de 40 mil quilômetros de vias
potencialmente navegáveis. Existem 34 portos, e desse total 08 portos
estão na Região Sul, 05 na Norte, 10 na Sudeste e 11 na Nordeste.
Um dos meios de transportes menos poluentes.
Baixa ocorrência de acidentes.
Consolidação do contêiner como facilitador do transporte de carga e
uma maior capacidade de transporte.
Maior segurança, pois a bordo a carga esta menos sujeita a roubos e
assaltos como acontece nas rodovias.
Desvantagens:
Tempo de entrega da carga, que tem o seu maior obstáculo na
burocracia portuária para o desembaraço da carga. Enquanto o
transporte rodoviário consegue entregar uma carga em um prazo de
três dias, por exemplo, o de cabotagem chega a levar de cinco a seis
dias.
Sujeita às mesmas regras do transporte de carga de longo curso, ao
transporte internacional de carga, o que ocasiona custos adicionais
por esperas com vistorias e na liberação da carga.
Precária infraestrutura portuária. O terminal portuário, em geral, dá
preferência ao atracamento internacional, cuja carga tem maior valor
agregado.
Transporte Internacional Fluvial
Realizado em rios de interior.
Baixo custo.
Poucos riscos.
Feito em barcos e Barcaças e em alguns casos em navios.
Vantagens:
A inexistência de custos na construção das vias, devido ao fato de
estas constituírem, na maior parte das vezes, percursos naturais
(rios).
Os reduzidos custos unitários de transporte, resultantes da grande
capacidade de carga das embarcações.
Desvantagens:
É um transporte lento.
Exige, em regra, transbordo (mudança das mercadorias para outros
meios de transporte, de modo a fazê-las chegar aos locais de
consumo ou de utilização).
A distribuição das vias é bastante irregular à superfície da terra.
Os caudais dos cursos de água não são sempre regulares, de forma
a permitirem uma navegabilidade segura.
O transporte fluvial está praticamente limitado às áreas de planície
ou regiões de fracos declives.
Transporte Lacustre
Navegação em lagos que interligam cidades, regiões e até países.
Como exemplo de transporte Lacustre Internacional temos os lagos:
Titicaca, localizado na fronteira entre Bolívia e Peru.
Grandes Lagos, localizados entre USA e Canadá.
No Brasil, a Lagoa dos Patos em Porto Alegre, RS, que liga as
cidades de Rio Grande e Porto Alegre (segunda maior do país e a
segunda maior da América do Sul), e a Lagoa Mirim, que conecta o
sul do Brasil, com o Uruguai.
Vantagens:
Custo baixo
Baixo custo de manutenção
Combustíveis com preços mais baratos
Não causa grande impacto ambiental
Desvantagens:
Pouco flexível ( localização, a profundidade e tamanho)
Lento
Situação dos Portos
Portos Mais Movimentados no Mundo
• Xangai (China).
• Cingapura.
• Hong Kong .
• Rotterdam (Holanda).
• Busan (Coreia do Sul).
• Hamburgo (Alemanha).
• New York (USA).
• Santos (Brasil).
O diretor-presidente do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), o
prático Gustavo Martins, comenta os desafios do segmento portuário no
Brasil, como a previsão do dobro de demanda de movimentação de
cargas, o aumento da dimensão dos navios e a urgência de melhorias de
infraestrutura como dragagens, até agora com resultados abaixo do
necessário.
“Precisamos exportar muito e que nossos portos e vias estejam prontos
para essa demanda do agronegócio, da mineração e da indústria do
petróleo. Temos que nos preparar para os desafios e isso leva tempo. O
que for planejado agora vai definir a restrição operacional futura. Por isso,
a importância do planejamento portuário. A carga vai sempre para o porto
mais eficiente, ágil, competitivo; logo, necessitamos dos melhores
projetos”.
Gustavo Martins ressalta ainda que é importante planejar o tráfego das
embarcações, porque não basta construir novos terminais e dragar os
canais se os acessos continuarão os mesmos.
“O berço de atracação deve esperar o navio e não o navio esperar o
berço para atracar”, ele diz.
Resumo Final
Nessa fase, vimos as características dos Modais de Transporte, Aéreo e
Aquaviário (Marítimo, Fluvial, Lacustre) e a situação dos portos.
O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio
internacional.
“O berço de atracação deve esperar o navio e não o navio esperar o
berço para atracar”. (Gustavo Martins).
Tópicos a serem abordados:
Gerenciamento de Estoques.
Equipamentos de Armazenagem.
Equipamentos de Movimentação.
Opções de Armazenagem.
Tipos de estoques:
• Matérias primas.
• Produção e estoque em curso.
• Materiais de manutenção, auxiliares e operação.
• Produtos acabados.
Gerenciamento de Estoques
Desvantagens dos Estoques:
• Custam dinheiro: Custo dos materiais, custo da encomenda, custo
da posse.
• Ocultam problemas e ineficiências.
Custos Associados ao Estoque:
• Custo da posse.
• Obsolescência.
• Seguro.
• Armazenagem.
• Custo financeiro.
• Perdas ou roubos.
Atividades Relacionadas à Gestão de Estoque
Dimensionar
• Área de Armazenagem.
• Tipo de Construções de
Armazenagens.
• Tipo de Estruturas de
Armazenagem.
Escolher:
• Equipamentos de movimentação
Interna.
• Equipamentos de Carga e
Descarga.
Montar:
• Controle de estoques.
• Controle de Validade (perecíveis,
FIFO)
• Controle de Produtividade.
Definir
• Atividades operacionais.
• Dimensionar quadro de
pessoal.
As áreas de armazenagem podem ser:
Galpões Armazéns
Infláveis
Armazéns
Autoportantes
Silos Tanques
Dimensionamento da Área de Armazenagem
No dimensionamento da área de armazenagem devemos levar em
consideração:
• Área disponível.
• Tipo do produto.
• Estoque médio.
• Estoque máximo a ser comportado.
• Operações a serem executadas no local.
Equipamentos de Armazenagem
Operações de
Armazenagem
Receber mercadorias.
Identificar as mercadorias.
Guardar mercadorias.
Registro dos materiais.
Selecionar ou separar mercadorias.
Expedir mercadorias.
Transportador
Estruturas
Transelevador
Estação de picking
Estrutura Porta Palete Alto Verticalizada - Transelevador
Fatores a Analisar para Seleção:
• Poluição ambiental, ruído, ergonomia.
• Restrições quanto movimentação externa (piso, rampas, chuva, sol).
• Capacidade de carga (nominal).
• Máxima altura de elevação do garfo (capacidade efetiva).
• Largura util do corredor (e de manobra) - (raio de curvatura).
• Velocidades (translação e elevação).
• Acessórios, disponibilidade de peças de reposição.
• Custos (aquisição e operação).
Motorização
Diesel
GLP/GNP
Elétrica
Equipamentos de Movimentação
Nesta fase, falamos do gerenciamento de estoques, vimos os
equipamentos de armazenagem e de movimentação e as opções de
armazenagem.
Diferentes produtos exigem diferentes cuidados quanto aos processos
de armazenagem e movimentação. Cabe ao gestor conhecer e saber
tomar a melhor decisão.
Resumo Final
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