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Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas
Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 02
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AULA 2: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte III
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do tema 1
Restos a Pagar na LRF 2
Relatórios 6
Receita Corrente Líquida 13
Despesas com Pessoal 17
Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado 36
Gestão Fiscal e Transparência 38
Escrituração, Consolidação e Prestação das Contas 43
Gestão e Preservação do Patrimônio Público 47
Mais Questões de Concursos Anteriores - ESAF 52
Memento (resumo) 67
Lista das Questões Comentadas na Aula 73
Gabarito 90
Olá amigos! Como é bom estar aqui!
Conversando com um amigo, certa vez ele disse:
_ Para alguns, a vida parece amarga ou insípida. Pois saiba que a vida tem o
sabor de um chá... Acontece algumas vezes que não achamos bom o chá.
Descobre-se a causa quando se chega ao fundo da xícara: era o açúcar. Não estava faltando, mas estava no fundo. Teria sido necessário mexer...
Você já tem o “açúcar” dentro de você! É hora de se sacudir que vamos para
mais um encontro!
Continuaremos nesta aula o estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal!
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1. RESTOS A PAGAR NA LRF
Para coibir abusos com os
recursos públicos em fim
de mandato, a LRF, em seu art. 42, parágrafo
único, determina:
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido
no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa
ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de
caixa serão considerados os encargos e despesas
compromissadas a pagar até o final do exercício.”
A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato
subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das parcelas no exercício seguinte.
E por que este artigo está dentro da Seção VI – Dos Restos a Pagar?
Relembro que consideram-se Restos a Pagar (RAP) ou resíduos passivos as
despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até
o dia 31 de dezembro.
Os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por
credor, distinguindo-se as despesas processadas (empenhadas, liquidadas e
não pagas) das não processadas (empenhadas, não liquidadas e não pagas).
A origem dos RAP está ligada ao princípio da continuidade dos serviços
públicos, pois visa adequar o fim do exercício financeiro ao pagamento de
despesas que extrapolem esse período, de forma a não prejudicar o bom
andamento da Administração Pública, tampouco causar interrupções nos
serviços públicos. No entanto, com o decorrer do tempo, os RAP passaram ser usados para a
rolagem de dívidas. De acordo com Nascimento e Debus (2002), “a falta de
sincronia entre orçamento e execução financeira e a ausência de medidas
corretivas ocasionava uma sobra de pagamentos que não podiam ser atendidos no mesmo exercício e eram transferidos para o exercício seguinte
sob a forma de Restos a Pagar. O orçamento do exercício seguinte, por sua
vez, frequentemente não contemplava espaço para os Restos a Pagar que,
para serem atendidos, ocasionavam deslocamento de outras despesas. Estas, por sua vez, seriam também transferidas sob a forma de Restos a Pagar para o
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terceiro exercício, configurando-se então a rolagem extraorçamentária de
dívidas.”
Tal situação se agravava principalmente no último ano do mandato dos Chefes
do Executivo, pois além da pressão pela realização de mais despesas que
poderiam culminar em mais dividendos eleitorais, a “conta” das despesas transformada em Restos a Pagar seria herança fiscal para seu sucessor, que
levaria boa parte do seu mandato pagando as dívidas daquele que o
antecedeu. A fim de se evitar tal herança fiscal, o principal foco do art. 42 da
LRF são os restos a pagar. Se a despesa não for paga até o término do
exercício financeiro, dia 31 de dezembro, o crédito poderá ser inscrito em restos a pagar, com o pagamento a realizar-se no exercício subsequente. No
entanto, os restos a pagar do último ano do mandato, processados ou não
processados, sofrem a restrição do art. 42 visando ao equilíbrio financeiro do
mandato subsequente.
O MCASP observa que, embora a Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o
mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda contrair
obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, eliminando as heranças fiscais.
Assim, o art. 42 visa evitar que o novo governo seja imobilizado logo no início
do mandato, por ter que pagar dívidas e honrar compromissos financeiros
deixados pelo antecessor. No entanto, vale ressaltar que mesmo em caso de
reeleição a regra do art. 42 deverá ser atendida.
Outro aspecto que vale ser destacado é que o art. 5º da Lei 8.666/1993
determina que, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de
bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, deve ser obedecida, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem
cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes
relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da
autoridade competente, devidamente publicada. Assim, o gestor público não pode burlar a regra do art. 42 dando prioridade ao pagamento de despesas dos
oito meses do fim do mandato e deixando as dos meses anteriores para o
sucessor, por não serem atingidas explicitamente pela referida regra.
1) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A LRF proíbe a inscrição de despesas em restos a pagar no último ano do
mandato do governante.
A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
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dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem
que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato subsequente,
desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das
parcelas no exercício seguinte.
Resposta: Errada
2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Existe possibilidade
legal para que o presidente da República contraia despesa que não
seja paga integralmente no último ano de seu mandato.
Existe possibilidade legal para que o presidente da República contraia despesa
que não seja paga integralmente no último ano de seu mandato: basta que
exista a respectiva cobertura financeira.
Resposta: Certa
3) (CESPE - Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no último ano
de mandato, é permitido aos prefeitos deixar restos a pagar
processados e não processados que, somados, alcancem valor superior à disponibilidade de caixa.
De acordo com o art. 42 da LRF, é vedado ao titular de Poder ou órgão, nos
últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que
não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
Os restos a pagar do último ano do mandato, processados ou não processados,
sofrem a restrição do art. 42 da LRF, pois sua inscrição ocorre em 31 de dezembro, portanto, dentro dos dois últimos quadrimestres.
Logo, é vedado aos prefeitos, no último ano de mandato, deixar restos a pagar
processados e não processados que, somados, alcancem valor superior à
disponibilidade de caixa. Resposta: Errada
4) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-
2008) Os compromissos assumidos pelo chefe do Poder Executivo no último ano de mandato, no caso de serviços continuados, destinados à
manutenção das atividades da administração, devem ter cobertura das
disponibilidades de caixa pelo menos até o final do respectivo
exercício
De acordo com o art. 42 da LRF, é vedado ao titular de Poder ou órgão, nos
últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que
não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a
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serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito. A questão dispõe que o compromisso foi assumido no último ano de mandato.
Apesar de não afirmar que se trata dos dois últimos quadrimestres, podemos
concluir que se enquadra no art. 42, pois são serviços continuados, portanto
que se prolongarão por todo o exercício financeiro. Resposta: Certa
5) (CESPE – Administração - Prefeitura de Vila Velha – 2008) Em 2008,
a partir de maio, os prefeitos não poderão assumir dívidas que não
possam ser quitadas até o final do exercício; se houver parcelas com vencimento em 2009, deverá haver disponibilidade de caixa suficiente
para supri-las.
A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato (ou seja, a partir de maio), contrair obrigação de despesa que não
possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa
para este efeito. Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa
para o pagamento das parcelas no exercício seguinte.
Resposta: Certa
6) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) No final do exercício de X1 o contador da Prefeitura Tudo Certo percebeu
que existia um montante disponível em caixa de R$ 1.000.000,00,
despesas liquidadas e pagas de 2.000.000,00, despesas liquidadas e
não pagas de R$ 600.000,00 e despesas empenhadas e não liquidadas de 500.000,00. Considerando que é o último ano do mandato do
prefeito e de acordo com a Lei Complementar no 101/2000, o valor
máximo a ser inscrito em Restos a Pagar, em reais, é de
(A) 500.000,00. (B) 600.000,00.
(C) 1.100.000,00.
(D) 1.000.000,00.
(E) 900.000,00.
De acordo com o art. 42 da LRF:
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de
caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do
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exercício.”
Logo, o valor máximo a ser inscrito em Restos a Pagar é o montante disponível
em caixa de R$ 1.000.000,00.
Resposta: Letra D
7) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) A Lei
de Responsabilidade Fiscal veda ao titular do Poder Executivo contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte
sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito (A) no último ano de seu mandato.
(B) no último trimestre de seu mandato.
(C) nos dois últimos trimestres de seu mandato.
(D) nos dois últimos quadrimestres de seu mandato. (E) no último bimestre de seu mandato.
De acordo com o art. 42 da LRF:
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de
despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Resposta: Letra D
2. RELATÓRIOS
2.1. Relatório de Gestão Fiscal
O Relatório de Gestão Fiscal – RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos
titulares dos Poderes e órgãos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo;
Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou
órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do
Poder Judiciário; Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O
relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela Administração Financeira e pelo controle interno, bem como por outras
definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.
É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar
por divulgar semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal.
De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá comparativo com
os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:
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despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita (tais demonstrativos estarão
apenas no RGF do Poder Executivo).
Se ultrapassado qualquer dos limites, o RGF conterá também a indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar.
Apenas no último quadrimestre, o RGF conterá demonstrativos:
do montante das disponibilidades de caixa em 31/12;
da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do
saldo da disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de
disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e
do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38, que trata das operações de crédito por antecipação de receita.
O relatório será publicado até 30 dias após o encerramento do período a que
corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico. O descumprimento do prazo impedirá, até que a situação seja regularizada, que
o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da
dívida mobiliária.
2.2. Relatório Resumido de Execução Orçamentária
De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária – RREO.
Os arts. 52 e 53 da LRF regulamentam o tema. O RREO abrangerá todos os
Poderes e o Ministério Público e será composto pelo balanço orçamentário e por demonstrativos de execução de receitas e despesas:
Balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as
receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a
previsão atualizada; as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo.
Demonstrativos da execução das receitas, por categoria econômica e
fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o
exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a
previsão a realizar; e das despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o
exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício.
Despesas, por função e subfunção.
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Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão
destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida. Da mesma forma que na escrituração e consolidação
das contas e no RGF, o descumprimento do prazo impedirá, até que a situação
seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
De acordo com o art. 53 da LRF, acompanharão o RREO demonstrativos
relativos a:
Apuração da receita corrente líquida e sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício.
Receitas e despesas previdenciárias.
Resultados nominal e primário.
Despesas com juros. Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os
pagamentos realizados e o montante a pagar.
É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar por divulgar semestralmente os demonstrativos do RREO (citados acima).
No entanto, o RREO deve ser divulgado bimestralmente em todos os entes,
já que este período é o previsto no § 3º do art. 165 da CF/1988, conforme
estudamos no início deste tópico.
Já o RREO referente ao último bimestre do exercício será acompanhado
também de demonstrativos do atendimento da regra de ouro (inciso III do art.
167 da CF/1988 e disposições da LRF no § 3º do art. 32); das projeções
atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos; e da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a
aplicação dos recursos dela decorrentes.
Quando for o caso, serão apresentadas justificativas da limitação de empenho
e da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.
RGF ≠ RREO
RGF: será emitido, a cada quadrimestre, pelos
titulares dos Poderes e órgãos RREO: publicado, até 30 dias após o encerramento de
cada bimestre, pelo Poder Executivo.
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8) (CESPE – Assessor Técnico de Controle e Administração – TCE/RN – 2009) As justificativas para limitação de empenho e de frustração de
receitas deverão acompanhar o relatório de gestão fiscal a ser publicado com a periodicidade quadrimestral.
Quando for o caso, no relatório resumido da execução orçamentária, de
periodicidade bimestral, serão apresentadas justificativas da limitação de
empenho e da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e
cobrança.
Resposta: Errada
9) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) Se um
ente federativo deixar de publicar, no prazo legal, relatório resumido
de execução orçamentária, ficará impossibilitado de receber
transferências voluntárias e de contratar operações de crédito, excetuando-se as destinadas ao refinanciamento do principal
atualizado da dívida mobiliária.
O descumprimento do prazo de publicação no RREO impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências
voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Resposta: Certa
10) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) De forma a se aprimorar a
evidenciação das receitas e despesas públicas na divulgação do
Relatório Resumido da Execução Orçamentária, os valores referentes
ao refinanciamento da dívida mobiliária devem constar em destaque nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização
da dívida.
Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com
amortização da dívida (art. 52, § 1, da LRF).
Resposta: Certa
11) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O Relatório de Gestão Fiscal
divulga as dívidas consolidada e mobiliária, a concessão de garantias e
as operações de crédito, exceto as advindas de antecipação de receita.
De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:
_ despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
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_ dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita (tais demonstrativos estarão
apenas no RGF do Poder Executivo). Resposta: Errada
12) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O relatório de gestão fiscal
deve conter os demonstrativos do último quadrimestre da inscrição de
restos a pagar e das despesas empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo de disponibilidade de caixa.
Apenas no último quadrimestre, o RGF conterá demonstrativos:
_ do montante das disponibilidades de caixa em 31/12; _ da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e não
liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da
disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e
cujos empenhos foram cancelados; e _ do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38,
que trata das operações de crédito por antecipação de receita.
Resposta: Certa
13) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) O Poder Executivo
de cada ente da Federação terá de publicar, até trinta dias após o
encerramento do trimestre, o relatório resumido da execução
orçamentária.
De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária.
Resposta: Errada
14) (CESPE - Técnico Administrativo - MPU - 2010) O relatório
resumido da execução orçamentária é necessário para todos os órgãos
da administração direta e indireta dos poderes da República.
Segundo o art. 52 da LRF, o relatório resumido de execução orçamentária
abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público. No entanto, tal artigo deve
ser combinado com o artigo 1º da LRF, o qual dispõe que a LRF não se aplica a todos os órgãos da administração indireta. As disposições da LRF obrigam a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Nas referências à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos
o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais
dependentes. Dessa forma, a LRF não alcança as empresas estatais não
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dependentes, apesar de tais empresas também integrarem a administração
indireta. Assim, o relatório resumido da execução orçamentária não é necessário para
todos os órgãos da administração direta e indireta dos poderes da República.
O CESPE optou por anular o item, pois considerou que dificultava um
julgamento objetivo por parte do candidato. No entanto, para efeitos de estudos, o item está errado.
Resposta: Errada
15) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) No
âmbito do Poder Judiciário estadual, o relatório de gestão fiscal será elaborado pelo tribunal de justiça e assinado pelo presidente desse
órgão e demais membros de conselho de administração ou órgão
decisório equivalente, conforme respectivo regimento interno.
O RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e órgãos,
assinado pelo Chefe do Poder Executivo; Presidente e demais membros da
Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos
dos órgãos do Poder Legislativo; Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder
Judiciário; Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O relatório
também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração
financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.
Resposta: Certa
16) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) O governador do estado de Pernambuco dispõe de até trinta dias, após o final de cada
quadrimestre, para publicar o relatório de gestão fiscal. O
descumprimento desse prazo impede o estado de receber
transferências constitucionais e contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida
mobiliária estadual.
O Relatório de Gestão Fiscal – RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e órgãos. O relatório será publicado até 30 dias após o
encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público,
inclusive por meio eletrônico. O descumprimento do prazo impedirá, até que a
situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências
voluntárias (e não constitucionais) e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Resposta: Errada
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17) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Compete ao Poder Executivo publicar o relatório resumido da execução
orçamentária no prazo de até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária – RREO. Resposta: Certa
18) (FCC - Analista Judiciário – Contabilidade - TRF 2ª Região – 2007)
O relatório resumido da execução orçamentária a) alcança todos os entes da Federação, sendo elaborado pela
Secretaria do Tesouro Nacional.
b) é produzido individualmente em cada Poder estatal, apresentando
números que permitem a limitação de empenho e de movimentação financeira.
c) apresenta o comportamento de despesas e dívidas sujeitas a
limites fiscais.
d) revela somente a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os saldos de operações de crédito e Restos a Pagar.
e) abrange todos os Poderes, fornecendo dados que indicam a
limitação de empenho e de movimentação financeira.
a) Errada. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária - RREO (art.
165, §3º, da CF/1988). A interpretação a ser dada é que o Poder Executivo de
cada ente elaborará seu Relatório, não há um único RREO que alcance todos
os entes. b) Errada. Quando for o caso, serão apresentadas no RREO justificativas da
limitação de empenho. No entanto, o RREO abrangerá todos os Poderes e
o Ministério Público de cada ente. Logo, não é produzido individualmente
em cada Poder estatal. c) Errada. O Relatório de Gestão Fiscal apresenta o comportamento de
despesas e dívidas sujeitas a limites fiscais, inclusive com a indicação das
medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites.
d) Errada. O Relatório de Gestão Fiscal conterá, dentre outros, a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os saldos de operações de crédito e
Restos a Pagar.
e) Correta. O RREO abrange todos os Poderes do ente. Quando for o caso,
serão apresentadas justificativas da limitação de empenho e da frustração de
receitas. Resposta: Letra E
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19) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) O Poder Executivo publicará, até ...... dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária. Completa corretamente a lacuna acima:
(A) trinta
(B) quarenta e cinco
(C) sessenta
(D) noventa (E) cento e vinte
De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária – RREO.
Resposta: Letra A
3. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
Um conceito importante da LRF é o de Receita Corrente Liquida (RCL),
utilizado como referência na despesa pública, como no cálculo do limite para as
despesas de pessoal, dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos:
Na União: os valores transferidos aos estados e municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na
alínea “a” do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à
seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.
Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no
§ 9º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas
previdenciários).
No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o
Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF e dos
Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao
DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
Repare que o conceito de Receita Corrente Líquida visa separar as receitas
disponíveis a cada um dos entes daquelas que eles não têm autonomia para
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gerenciar. De nada adiantaria fazer cálculos e determinar percentuais em cima
de receitas brutas, que na verdade não estão totalmente disponíveis aos entes. Assim, ao determinar o limite de despesas com pessoal em relação à RCL
(veremos nos próximos tópicos), a LRF estabelece um limite percentual sobre
as receitas efetivamente disponíveis para o pagamento de pessoal.
É importante frisar que a RCL será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as
duplicidades. Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um ano,
não necessariamente coincidente com o ano civil.
Por exemplo, se formos calcular a RCL do mês de julho de 2011, para
divulgação em agosto, devemos somar a RCL do nosso mês de referência
(julho/2011) e nos 11 anteriores (junho/2011 a agosto/2010).
R$ Milhão
Mês RCL Mensal
Julho/11 550
junho 590
maio 600
abril 650
março 550
fevereiro 480
janeiro 520
dezembro 560
novembro 540
outubro 520
setembro 510
Agosto/10 500
Total 6570
Assim, a RCL apurada no mês de julho de 2011 será de R$ 6.570.000.000,00.
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20) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Sob a óptica da LRF, para a apuração da receita corrente líquida, serão englobados os valores
referentes a receitas tributárias e de contribuições, incluídas aquelas advindas da contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema
de previdência e assistência social.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, a contribuição
dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9.º do
art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas previdenciários).
Resposta: Errada
21) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, a receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias,
de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.
A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência
e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. A RCL corresponde ao
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.
Resposta: Certa
22) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) no cômputo da receita corrente líquida, não devem ser considerados os
recursos obtidos por meio da exploração de atividades industriais.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes
e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria
LRF.
Resposta: Errada
23) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde -
2008) Entre outros ajustes no cálculo da receita corrente líquida,
devem ser subtraídas as receitas oriundas da compensação financeira
correspondente à contagem recíproca do tempo de contribuição para
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os beneficiários da previdência social na administração pública e na
atividade privada, rural e urbana.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e
as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9.º do art. 201
da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas previdenciários).
Resposta: Certa
24) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A receita
corrente líquida será apurada pelo somatório, de janeiro a dezembro,
das receitas correntes, deduzidas as transferências estabelecidas na
lei.
É importante frisar que a RCL será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as
duplicidades. Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o ano civil.
Resposta: Errada
25) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Receita corrente
líquida corresponde ao total de receitas correntes deduzido das receitas de capital.
A Receita Corrente Líquida - RCL corresponde ao somatório das receitas
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, com as
deduções estabelecidas na própria LRF.
Logo, se o termo é “Receita Corrente Líquida”, as despesas de capital sequer são mencionadas. Não há como deduzir algo que sequer está dentro do
conceito. O que a LRF prevê como dedução da RCL são algumas receitas
também correntes que não entram no cálculo.
Resposta: Errada
26) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) A receita corrente líquida é
apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês de referência e
nos três meses anteriores.
A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência
e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
Resposta: Errada
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27) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita corrente líquida deve sempre ser apurada no período referente a um ano,
coincidente com o ano civil.
É importante frisar que a RCL será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as
duplicidades. Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um
ano, não necessariamente coincidente com o ano civil.
Resposta: Errada
4. DESPESAS COM PESSOAL
4.1. Considerações Iniciais
O propósito da LRF é a ação planejada e transparente, tendo o objetivo de
prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas. Os meios utilizados para se atingir este objetivo são o cumprimento de metas de receitas e despesas e obediência a limites e condições para a
dívida pública e gastos com pessoal. Assim, a finalidade da LRF é disciplinar a
gestão dos recursos públicos, atribuindo maior responsabilidade aos
administradores públicos.
O termo fiscal congrega todas as ações que se relacionam com a arrecadação e
a aplicação dos recursos públicos. Neste caminho, as despesas com pessoal
são as que mais despertam a atenção da população e dos gestores públicos,
em razão de serem as mais representativas em quase todos os entes, entre os gastos realizados. A preocupação gerada diante do excesso de despesas com
pessoal é objeto de maior detalhamento por meio da LRF. As despesas com
pessoal são sempre despesas correntes.
Para os efeitos da
LRF, entende-se
como despesa total
com pessoal:
O somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de
Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
As despesas consideradas como indenizatórias não são consideradas espécies
remuneratórias, logo não entram no cálculo do percentual de despesas com
pessoal. Exemplo: auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, auxílio-transporte, ajuda de custo para o militar removido para outra cidade etc.
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São também despesas com pessoal os valores dos
contratos de terceirização de mão de obra que se referem
à substituição de servidores e empregados públicos. Serão
contabilizados como “outras despesas de pessoal”.
Por exemplo, a contratação de um professor temporário para uma vaga de
professor efetivo em uma escola é despesa com pessoal para efeitos da LRF, já
que se refere à substituição de uma atribuição de um servidor efetivo. No
entanto, a contratação de pessoal para a segurança dessa mesma escola não é considerada despesa com pessoal, já que em geral não se trata de substituição
de servidores ou empregados públicos. É uma atividade importante, porém
acessória, instrumental ou complementar às atribuições legais da escola, não
sendo inerente a categorias funcionais abrangidas pelo quadro de pessoal.
4.2. Limites
Uma novidade da LRF, em relação às leis anteriores de limites para despesas com pessoal, é que os poderes e as três esferas de governo estão envolvidos
nos limites. A limitação visa permitir ao gestor público que atenda as
demandas da população como, por exemplo, saúde e educação, e não
comprometa quase toda sua receita com pagamento de despesas com pessoal.
O conceito de RCL, que vimos no tópico anterior, é importante porque, segundo o art. 19, a despesa total com pessoal será apurada somando-se a
realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competência. Para os fins do disposto no caput do
art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da
receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I – União: 50.
II – Estados: 60%. III – Municípios: 60%
LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS
50% 60% 60%
As disposições da LRF obrigam a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Nas referências a estados entende-se considerado o Distrito
Federal. Logo, o Distrito Federal deve observar o limite estabelecido na LRF
para a esfera estadual.
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Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será(ão) computada(s) a(s)
despesa(s):
Com indenização por demissão de servidores ou empregados.
Relativas a incentivos à demissão voluntária.
Com convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em
razão de convocação do Congresso Nacional).
Decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-
se o regime de competência. As despesas com pessoal decorrentes de
sentenças judiciais do período atual serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão.
Com pessoal, do Distrito Federal e dos estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União decorrentes da
competência da própria União para organizar e manter o Poder
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal
e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio. Nesses casos, as despesas desses
entes não são pagas com suas próprias receitas e sim da União, logo,
não são somadas aos seus limites de 60%.
Com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:
– da arrecadação de contribuições dos segurados;
– da compensação financeira entre os diversos regimes de
previdência social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na Administração Pública e na atividade
privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei.
– das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a
tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.
Segundo o art. 20 da LRF, a repartição dos limites globais do art. 19 – União
(50%), estados (60%), municípios (60%) – não poderá exceder os seguintes percentuais:
I – na esfera federal:
a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União.
b) 6% para o Judiciário. c) 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% para as despesas com pessoal
decorrentes da competência da União para organizar e manter o Poder
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Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira
ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo
próprio, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a
cada um destes dispositivos, em percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
d) 0,6% para o Ministério Público da União.
II – na esfera estadual:
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado. b) 6% para o Judiciário.
c) 49% para o Executivo.
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.
Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual definido para o Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%, o que
corresponde, respectivamente, a acréscimo e redução de 0,4%.
III – na esfera municipal: a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando
houver.
b) 54% para o Executivo.
Observação: Tribunal de Contas dos Municípios é diferente de Tribunal de Contas do Município.
Há apenas dois Tribunais de Contas do Município, pois há vedação
constitucional para a instituição de Cortes de Contas municipais, ressalvados os Tribunais de Contas do Município de São Paulo e o do Rio de Janeiro,
criados antes da CF/1988. Tais Tribunais têm competência para processar e
julgar contas exclusivamente do município onde foi criado e não dos outros
municípios do Estado. Porém, não há impedimento para que o Estado institua Tribunais de Contas
dos Municípios, para apreciar e julgar exclusivamente as contas dos
municípios integrantes de seu território. Mas há apenas quatro Tribunais de
Contas dos Municípios (Bahia, Ceará, Pará e Goiás). Os municípios dos outros estados que não possuem Tribunais de Contas dos Municípios estão sob a
jurisdição dos Tribunais de Contas Estaduais.
Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será repartido
entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente
anteriores ao da publicação da LRF (1997 a 1999). Por exemplo, o Poder
Judiciário do estado X teve como médias nesses três anos as despesas
divididas por três órgãos de tamanho diferentes, A, B e C, na proporção,
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respectivamente, de 20%, 30% e 50% do gasto com pessoal desse Judiciário
Estadual. Como a partir da LRF o limite é de 6% da RCL para o Judiciário desse Estado, o rateio do limite será da seguinte forma em relação à RCL: 1,2% para
o órgão A; 1,8% para o órgão B e 3% para o órgão C.
Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais
fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com
pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos no art. 20 da LRF.
Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer critérios
diferentes da LRF. Mas essa faculdade que estava no § 6º do art. 20 da LRF foi vetada:
Vetado: § 6º do art. 20: “Somente será aplicada a repartição dos limites
estabelecidos no caput caso a lei de diretrizes orçamentárias não disponha de
forma diferente.” Razões do veto: “A possibilidade de que o limite de despesas de pessoal dos
Poderes e órgãos possam ser alterados na Lei de Diretrizes Orçamentárias
poderá resultar em demandas ou incentivo especialmente no âmbito dos
Estados e Municípios para que os gastos com pessoal e encargos sociais de
determinado Poder ou órgão sejam ampliados em detrimento de outros, visto que o limite global do ente da Federação é fixado na Lei Complementar. Desse
modo, afigura-se prejudicado o objetivo da lei complementar em estabelecer
limites efetivos de gastos de pessoal aos Três Poderes. Na linha desse
entendimento, o dispositivo contraria o interesse público, motivo pelo qual sugere-se a oposição de veto.”
Assim, a LDO não pode dispor de forma diferente da LRF.
Logo:
LIMITES POR ESFERA
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% Legislativo (TCM): 6%
Judiciário: 6% Judiciário: 6%
Executivo: 40,9% Executivo: 49% Executivo: 54%
MPU: 0,6% MPE: 2%
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Nos estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o
percentual do Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%.
4.3. Controle
Conforme o art. 21 da LRF, é nulo de pleno direito o ato que provoque
aumento da despesa com pessoal e não atenda:
As exigências para a criação das despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 17). São elas: atos que criarem as despesas ou as
aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos
dois subsequentes; demonstração da origem dos recursos para seu
custeio; comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO; compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos
seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
As exigências de acompanhamento, para a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da
despesa (art. 16): estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, e
declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com
a LDO.
As exigências do § 1º do art. 169 da CF/1988 (veremos ainda neste tópico).
O percentual de reserva dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e os critérios de sua admissão definidos em lei.
O limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.
Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão. É comum associar este prazo ao final dos mandatos
de quatro anos dos Chefes do Executivo, porém é interessante observar que a
norma também alcança o mandato dos Presidentes de casas legislativas, o qual é de dois anos. Logo, um Presidente de uma Câmara Municipal, por
exemplo, não poderá aumentar a despesa com pessoal nos 180 dias anteriores
ao final do seu mandato de dois anos.
Ainda, consoante o inciso XIII do art. 37 da CF/1988, é vedada a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. Logo, é nulo o ato aumentativo da
despesa com pessoal que promova a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias.
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Ressalta-se que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a
concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios.
Consoante o art. 22 da LRF, a verificação do cumprimento dos limites
estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.
Limite de alerta: compete aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos
limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão e alertá-los quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassar
90% do limite.
Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite, são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:
Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Criação de cargo, emprego ou função.
Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa.
Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.
Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do
Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006
vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação do Congresso Nacional).
Atenção: o limite de alerta ocorre quando os Tribunais de Contas constatam
que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite, não havendo nenhuma sanção ou vedação, apenas um alerta. Já o limite
prudencial ocorre quando a despesa total com pessoal excede a 95% do
limite, incorrendo em diversas vedações para o Poder ou órgão que incorrer no
excesso.
Limite ultrapassado (caput do art. 23 da LRF): se a despesa total com
pessoal, do Poder ou órgão, ultrapassar os limites definidos no art. 20, sem
prejuízo das medidas previstas no art. 22 citadas acima, o percentual
excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências
previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988.
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Assim, a CF/1988 também trata do assunto despesas com pessoal. Segundo o
art. 169, a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei complementar, que é exatamente o que estudamos na LRF, por isso
começamos o estudo da Lei antes da CF/1988.
De acordo com o § 1º do art. 169 da CF/1988, a concessão de qualquer
vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas se houver:
Prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes.
Autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Continuando, para o cumprimento dos limites estabelecidos com base no que
estudamos na LRF, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios
adotarão as seguintes providências (são os §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988):
Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança.
Exoneração dos servidores não estáveis.
Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de
cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. O servidor que
perder o cargo fará jus a indenização correspondente a um mês de
remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
Vale ressaltar que, de acordo com o art. 37, XV, da CF/1988, a regra é que o
subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, com algumas ressalvas constitucionais, nas quais não se inclui a
redução consensual dos respectivos vencimentos.
Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá (§ 3º do art. 23 da LRF):
Receber transferências voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à educação e à assistência social.
Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente.
Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal.
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4.4. Exceções aos Prazos para Redução das Despesas com Pessoal
Estas são as exceções aos prazos do art. 23 da LRF para a redução das
despesas com pessoal:
Aplicação imediata: as restrições são aplicadas imediatamente se a despesa
total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão.
Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso
Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos
estados e municípios; e em caso de estado de defesa ou de sítio decretado na
forma da constituição, enquanto perdurar a situação, serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo.
Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto
Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior
a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no
período correspondente aos quatro últimos trimestres.
4.5 Despesas com a Seguridade Social
De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à
Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação
da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do art. 17, o qual trata
das despesas obrigatórias de caráter continuado.
A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência e
assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares,
ativos e inativos, e aos pensionistas.
No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de receita
ou pela redução permanente de outras despesas se o aumento de despesa
decorrer de: I – concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação
prevista na legislação pertinente;
II – expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;
III – reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
28) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) A despesa total com pessoal, para os efeitos da LRF, será apurada somando-se a despesa realizada
no mês em referência com as despesas dos doze meses imediatamente
anteriores, adotando-se o regime de caixa.
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Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será apurada somando-
se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.
Resposta: Errada
29) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os valores gastos
com serviços prestados por empresas contratadas para a terceirização de mão de obra e que se refiram à substituição de servidores e
empregados públicos devem ser contabilizados como despesas de
capital.
São também despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização
de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados
públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. Logo, são
despesas correntes. Resposta: Errada
30) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A despesa total com
pessoal da União não deve ultrapassar a 50% da sua receita corrente líquida.
No caso da União, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração,
não poderá exceder a 50% da RCL.
Resposta: Certa
31) (CESPE - AFCE - TCU - 2008) Na verificação da despesa total com
pessoal da União, não serão computadas as despesas com indenização
por demissão de servidores, as relativas à demissão voluntária e as decorrentes dos contratos de terceirização de mão-de-obra referentes
a substituição de servidores e empregados públicos.
Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas, entre outras, as despesas com indenização por demissão de servidores e as
relativas à demissão voluntária. No entanto, são computadas as decorrentes
dos contratos de terceirização de mão-de-obra referentes à substituição de
servidores e empregados públicos. Resposta: Errada
32) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Na hipótese de a receita
corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400
bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões.
Na esfera federal, o limite é de 6% da RCL para o Judiciário. Logo, na hipótese
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de a receita corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400
bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder a 6% do total, ou seja, R$ 24 bilhões.
Resposta: Errada
33) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o BNDES empresta recursos a um estado para completar o valor
necessário ao pagamento da folha de salários de seus servidores, tal
procedimento fere a CF.
A CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e
Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. Assim, se o BNDES empresta recursos a um ente para completar o valor necessário ao pagamento de pessoal, tal procedimento fere a CF/1988.
Resposta: Certa
34) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A LRF prevê a aplicação de restrições à gestão de recursos públicos, ainda
que o limite de despesas de pessoal não tenha sido atingido.
Há limites de alerta e prudencial, que são formas de controle ainda que o
limite de despesas com pessoal não tenha sido atingido. Resposta: Certa
35) (CESPE - Administrador - Ministério da Previdência Social - 2010)
Combinando-se as disposições constitucionais com as da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), constata-se que mesmo os servidores
estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de
pessoal ultrapassarem determinados limites, o que, entretanto,
poderia ser evitado no caso de redução consensual dos respectivos vencimentos.
Combinando-se as disposições constitucionais com as da LRF, constata-se que
mesmo os servidores estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal ultrapassarem determinados limites (limite ultrapassado).
No entanto, segundo a CF/1988, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de
cargos e empregos públicos são irredutíveis. Não poderá haver redução dos
respectivos vencimentos, mesmo que vise evitar a exoneração.
Resposta: Errada
36) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008)
Considere a hipótese de um município em que as despesas de pessoal
totais estão abaixo do limite global de 60% das receitas correntes
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líquidas, mas a Câmara de Vereadores respectiva gasta, com sua folha
de pagamentos, mais do que seu limite próprio, de 6% do mesmo agregado de receita, e está nessa situação há dez meses. Nesse caso,
as transferências voluntárias da União para esse município não
precisam ser suspensas.
Estamos diante da situação de limite ultrapassado. Nesse caso, o percentual
excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes (oito
meses), sendo pelo menos um terço no primeiro. Não alcançada a redução no
prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá,
dentre outras restrições, receber transferências voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à educação e à assistência social.
Resposta: Errada
37) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Com exceção das prestações destinadas aos idosos, nenhum benefício ou serviço
relativo à seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido
sem a indicação da fonte de custeio total.
De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à
Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação
da fonte de custeio total. Não há exceção das prestações destinadas aos
idosos.
Resposta: Errada
38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011)
Considera-se nulo o ato de prefeito que reajustar o vencimento dos
servidores municipais em 25%, resultando em aumento de despesa com pessoal, no penúltimo mês de seu mandato.
É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal
expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão. Logo, é nulo o ato de prefeito que reajustar o
vencimento dos servidores municipais, resultando em aumento de despesa
com pessoal, no penúltimo mês de seu mandato.
Resposta: Certa
39) (CESPE – Contador – FUB – 2009) A Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) considera como baixo crescimento a variação real acumulada do
PIB abaixo de 1% em dois trimestres consecutivos ou em quatro
alternados no intervalo de dois anos.
Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB
inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres.
Resposta: Errada
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40) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) As despesas de pessoal
permanente de um órgão ou entidade podem ser classificadas como correntes ou de capital, dependendo de o pessoal ser empregado nas
atividades normais, de manutenção do órgão ou entidade, ou alocado a
um projeto de que resultará um investimento.
As despesas com pessoal são sempre correntes. Resposta: Errada
41) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Na
repartição dos limites das despesas de pessoal na esfera federal, o TJDFT se inclui no percentual de 6% atribuído ao Poder Judiciário, que
estão compreendidos nos 50% da receita corrente líquida da União.
O TJDFT se inclui no percentual de 40,9% atribuído ao Poder Executivo, que estão compreendidos nos 50% da RCL da União.
Resposta: Errada
42) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Um município cuja despesa total com pessoal ultrapasse, em determinado período de
apuração, 50% da receita corrente líquida infringe a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Um município cuja despesa total com pessoal ultrapasse, em determinado período de apuração, 50% da RCL, ainda não infringe a LRF. Apenas caso
ultrapassasse 60% da RCL é que estaria contrariando o disposto na Lei.
Resposta: Errada
43) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A despesa total
com pessoal será apurada pela soma no mês em referência com as
previstas para os onze meses imediatamente subsequentes.
Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será apurada somando-
se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente
anteriores, adotando-se o regime de competência.
Resposta: Errada
44) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A despesa
total da União com pessoal não poderá exceder 50% da receita líquida
corrente, computando-se, para verificação do atendimento a esse
limite, as despesas derivadas de indenizações por demissões de seus servidores e empregados.
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Segundo a LRF, a União não pode realizar despesa com pessoal em percentual superior a 50% da receita corrente líquida.
Entretanto, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, não serão computadas, entre outras, as despesas com indenização por demissão de
servidores ou empregados.
Resposta: Errada
45) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Na verificação do atendimento dos limites definidos na LRF, para despesas com
pessoal, devem ser computadas despesas relativas a incentivos à
demissão voluntária.
Para fins de verificação dos limites definidos na LRF, não serão computadas,
entre outras, as despesas relativas a incentivos à demissão voluntária.
Resposta: Errada
46) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Considerando-se que, em
determinado município brasileiro, a despesa pública com pessoal
corresponda a 55% da receita corrente líquida, é correto afirmar que
essa despesa ultrapassa o limite previsto na LRF.
No âmbito do município, o limite da despesa pública com pessoal corresponde
a 60% da receita corrente líquida. Logo, se a despesa for inferior a tal
percentual, a despesa ainda não ultrapassou o limite.
Resposta: Errada
47) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Segundo a LRF,
a União não pode realizar despesa com pessoal em percentual superior
a 50% da receita corrente líquida, nela incluídas as despesas de indenização por demissão de servidores ou empregados.
Segundo a LRF, a União não pode realizar despesa com pessoal em percentual
superior a 50% da receita corrente líquida. Entretanto, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, não serão
computadas, entre outras, as despesas com indenização por demissão de
servidores ou empregados.
Resposta: Errada
48) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha
que determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de
mão-de-obra para o serviço de operação de máquinas fotocopiadoras,
uma atividade que não consta das atribuições de nenhum dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão. Nesse caso, as despesas
do contrato de terceirização não devem ser contabilizadas como outras
despesas de pessoal.
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São também despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização
de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”.
Logo, caso determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de
mão-de-obra para uma atividade que não consta das atribuições de nenhum
dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão, as despesas do
contrato de terceirização não devem ser contabilizadas como outras despesas de pessoal.
Resposta: Certa
49) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Se o aumento acentuado e inesperado do número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a
administração a efetuar a contratação de novos professores mediante
terceirização, as despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas
entre as despesas de pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite.
Caso determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de mão-
de-obra para uma atividade que consta das atribuições dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão, como é o caso de professores da rede
pública, as despesas do contrato de terceirização devem ser contabilizadas
como outras despesas de pessoal.
Resposta: Certa
50) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Caso a despesa total
com pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao
poder público o provimento de cargo público, com exceção da
reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público.
Caso a despesa total com pessoal exceda o limite prudencial de 95%, é vedado
ao poder público o provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público apenas das
áreas de educação, saúde e segurança.
Resposta: Errada
51) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas
relativas às pensões, por não constituírem gastos com servidores
inativos, não fazem parte da limitação de despesas de pessoal prevista
na LRF.
Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entende-se
como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação
com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
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cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo
ente às entidades de previdência. Logo, as despesas relativas às pensões também fazem parte da limitação de
despesas de pessoal prevista na LRF.
Resposta: Errada
52) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As despesas com pessoal, pagas à conta de despesas de exercícios anteriores,
decorrentes de decisão administrativa ou judicial e relativas aos cinco
exercícios anteriores, serão normalmente computadas para efeito de
cálculo dos limites fixados para cada ente e cada um dos Poderes.
As despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais no período de
apuração serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão.
No entanto, não serão computadas as despesas decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total
com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Logo, essas
devem ser excluídas do cálculo.
Assim, as despesas com pessoal, pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, decorrentes de decisão administrativa ou judicial e relativas aos
cinco exercícios anteriores, não serão normalmente computadas para efeito de
cálculo dos limites fixados para cada ente e cada um dos Poderes.
Resposta: Errada
53) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) No Distrito Federal
(DF), o controle para a verificação do cumprimento do limite da
despesa total com pessoal deve ser realizado ao final de cada quadrimestre.
Em todos os entes a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos será
realizada ao final de cada quadrimestre. Resposta: Certa
54) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a
admissão ou a contratação de pessoal a qualquer título possa ser
proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, a exoneração de servidores não estáveis por excesso de
despesa somente é possível depois que esse limite for ultrapassado.
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A admissão ou a contratação de pessoal a qualquer título pode ser proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, ainda no
limite prudencial. No entanto, combinando-se as disposições constitucionais com as da LRF, constata-se que mesmo os servidores estáveis podem perder
seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal ultrapassarem
determinados limites (limite ultrapassado).
Resposta: Certa
55) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Os recursos correspondentes às
dotações orçamentárias destinadas ao pagamento de pessoal e
encargos sociais do TCU serão entregues em duodécimos de igual
valor, até o dia 20 de cada mês.
Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais fins, a
entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal
por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos no
art. 20 da LRF. Não serão duodécimos de igual valor. Resposta: Errada
56) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Se
determinado órgão público for obrigado a pagar a seus servidores
vantagens ou indenizações decorrentes de decisões judiciais, então ele deve, obrigatoriamente, excluir esses valores no cálculo de sua
despesa total com pessoal para efeito da aplicação do limite imposto
pela LRF.
Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na
LRF, não serão computadas as despesas decorrentes de decisão judicial e da
competência de período anterior ao da apuração da despesa total com
pessoal. No entanto, as despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais no período de apuração serão incluídas no limite do respectivo Poder
ou órgão.
Logo, se determinado órgão público for obrigado a pagar a seus servidores
vantagens ou indenizações decorrentes de decisões judiciais, então ele deve verificar o período e determinar se vai excluir ou incluir esses valores no
cálculo de sua despesa total com pessoal para efeito da aplicação do limite
imposto pela LRF.
Resposta: Errada
57) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Para
realização de despesa com o pessoal, o Poder Legislativo do Distrito
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Federal deve observar o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade
Fiscal para o legislativo da esfera municipal.
As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. Nas referências a Estados entende-se considerado o Distrito
Federal. Logo, o Poder Legislativo do Distrito Federal deve observar o limite estabelecido na LRF para o legislativo da esfera estadual.
Resposta: Errada
58) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008)
As despesas de pessoal (A) não incluirão os valores dos contratos de terceirização de mão-de-
obra.
(B) poderão exceder 50% da receita líquida da União.
(C) do Poder Judiciário estão sujeitas a limites fixados pelo Ministério Público da União.
(D) dos inativos não podem ser maiores que os dos funcionários
ativos.
(E) serão apuradas, para fins de obediência aos limites, num período de doze meses.
a) Errada. As despesas com pessoal incluirão os valores dos contratos de
terceirização de mão-de-obra, desde que se refiram à substituição de
servidores e empregados públicos. b) Errada. As despesas com pessoal não poderão exceder 50% da receita
líquida da União.
c) Errada. Todos os Poderes e o Ministério Público estão sujeitos a limites
fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. d) Errada. Não existe tal regra de que as despesas com pessoal dos inativos
não podem ser maiores que os dos funcionários ativos.
e) Correta. Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será
apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência, o que
totaliza 12 meses.
Resposta: Letra E
59) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010)
Considere a tabela abaixo.
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(*) Receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras também
correntes, já realizadas as deduções previstas na LRF e excluídas as duplicidades.
(**) Receita e despesa referentes ao acumulado de janeiro a
dezembro de 2009, tomado o mês de dezembro de 2009 como
referência.
Estão acima do limite de gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida
(A) o Poder Executivo Estadual, o Estado e o Município.
(B) o Poder Executivo Municipal, o Poder Legislativo Municipal e o
Município. (C) os Poderes Executivos Estadual e Municipal.
(D) os Poderes Legislativos Estadual e Municipal.
(E) o Poder Judiciário Estadual, o Poder Executivo Municipal e o
Município.
A) Ente ou
Poder B) RCL
C) Despesas
com pessoal D) C/B
Limites
da LRF
Acima do
limite ?
Estado R$ 1 milhão R$ 595.000,00 60% 59,5% Não
Executivo R$ 1 milhão R$ 480.000,00 48% 49% Não
Legislativo R$ 1 milhão R$ 29.000,00 2,9% 3% Não
Judiciário R$ 1 milhão R$ 66.000,00 6,6% 6% Sim
MP R$ 1 milhão R$ 20.000,00 2,0% 2% Não
Município R$ 1 milhão R$ 655.000,00 60% 65,5% Sim
Executivo R$ 1 milhão R$ 600.000,00 60% 54% Sim
Legislativo R$ 1 milhão R$ 55.000,00 5,5% 6% Não
Logo, estão acima do limite de gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida o Poder Judiciário Estadual, o Poder Executivo Municipal e o
Município.
Resposta: Letra E
5. DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar
prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tais regras se
aplicam a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e
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empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as
instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e
refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição
de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.
Já de acordo com o caput do art. 27, na concessão de crédito por ente da
Federação, a pessoa física ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou
indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
Ainda, dependem de autorização em lei específica as prorrogações e
composições de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a
concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do art. 27, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos,
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Isso
significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar pelo
Congresso. No entanto, tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de
conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe o socorro às instituições do Sistema
Financeiro Nacional, prevendo, porém, a criação de fundos para a cobertura
destas instituições em situação de insolvência. A LRF prevê que a prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos,
constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.
60) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) De acordo com o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o próximo item, relativo à destinação de recursos públicos para o setor
privado.
Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados recursos
públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante concessão de
empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de
controle acionário.
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos,
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inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
Isso significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar
pelo parlamento. Tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder
às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
Resposta: Certa
61) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Com
relação à destinação de recursos públicos para o setor privado, considere:
I. Deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no
orçamento ou em seus créditos adicionais. II. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou
jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos
financeiros, comissões e despesas congêneres serão inferiores ao
custo de captação. III. Em regra, poderão ser utilizados recursos públicos para socorrer
instituições do Sistema Financeiro Nacional, inclusive mediante a
concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para
mudança de controle acionário.
Está correto o que se afirma APENAS em (A) I.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) II e III. (E) III.
I) Correto. Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem
atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar
prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tais regras se
aplicam a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as
instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
II) Errado. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou
jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos
financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores ao custo de captação.
III) Errado. Em regra, não poderão ser utilizados recursos públicos para
socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, inclusive mediante a
concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança
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de controle acionário. Isso só poderá ocorrer caso exista uma lei específica,
logo não é a regra, é uma excepcionalização. Assim, apenas o item I está correto.
Resposta: Letra A
6. GESTÃO FISCAL E TRANSPARÊNCIA
6.1 Gestão Fiscal
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal
determinação no que se refere aos impostos.
Apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na
gestão fiscal contemplarem os tributos, a vedação quanto às
transferências voluntárias se refere apenas aos impostos.
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas
a ações de educação, saúde e assistência social.
A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo,
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a:
atingimento das metas estabelecidas na LDO;
limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição
em Restos a Pagar; medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal;
providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas
consolidada e mobiliária aos respectivos limites;
destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos;
cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.
Compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao
Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.
6.2 Transparência
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal,
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de
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acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos.
A transparência será assegurada também mediante: incentivo à participação popular e realização de audiências públicas,
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de
diretrizes orçamentárias e orçamentos;
liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o
acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos
praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados
referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou
ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; e quanto à receita, referente ao lançamento e ao recebimento de toda a
receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos
extraordinários;
adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.
O maior objetivo das regras de transparência na LRF é viabilizar o controle
social, ou seja, a participação da sociedade no acompanhamento e verificação da execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e
resultados, visando assegurar que os recursos públicos sejam bem
empregados em benefício da coletividade.
62) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - STM - 2011) Os municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública,
bem como os que não a tenham previsto em seus orçamentos e não a
estejam arrecadando, estão proibidos de receber transferências
voluntárias de outros entes, ressalvadas aquelas destinadas a ações com saúde, educação e assistência social.
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a
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realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal
determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a
vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos impostos.
Os municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública não
estão proibidos de receber transferências voluntárias, pois não se trata da instituição de impostos.
Resposta: Errada
63) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN -
2009) A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas acerca da
execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
público, é uma das formas de assegurar a transparência da gestão
fiscal.
A transparência será assegurada, entre outros, mediante liberação ao pleno
conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público.
Resposta: Certa
64) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) O
legislador brasileiro, ao incluir na LRF dispositivos que tratam da transparência da gestão fiscal, relacionou o assunto à Constituição
Federal, que estabelece a obrigatoriedade de lei complementar para
dispor sobre finanças públicas. Por essa razão, as normas da LRF sobre
transparência se aplicam a todos os entes da Federação, e respectivos órgãos e entidades, e se caracterizam como de caráter geral.
A Constituição Federal estabelece a obrigatoriedade de lei complementar para
dispor sobre finanças públicas, a qual é a Lei de Responsabilidade Fiscal, de aplicação a todos os entes da federação.
O maior objetivo das regras de transparência na LRF é viabilizar o controle
social, ou seja, a participação da sociedade no acompanhamento e verificação
da execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e resultados, visando assegurar que os recursos públicos sejam bem
empregados em benefício da coletividade.
Resposta: Certa
65) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão
fiscal o relatório resumido da execução orçamentária, de periodicidade
trimestral, e o relatório de gestão fiscal, de periodicidade semestral.
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Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal o relatório resumido da execução orçamentária, de periodicidade bimestral, e o relatório
de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral. Resposta: Errada
66) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme dispõe a
LRF, o estado ou município que não promover a instituição, previsão e
efetiva arrecadação de todos os impostos de sua competência constitucional ficará impossibilitado de receber transferências
voluntárias da União.
A regra geral dispõe que é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não promover a instituição, previsão e efetiva arrecadação de
todos os impostos de sua competência constitucional. Assim, apesar de os
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os
tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos impostos.
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas
a ações de educação, saúde e assistência social.
Resposta: Certa
67) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Os
instrumentos de transparência, relativos a planejamento, execução e
controle da gestão fiscal incluem o relatório resumido da execução
orçamentária e o relatório de gestão fiscal. Além disso, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos deve haver incentivo à participação
popular e realização de audiências públicas.
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos,
orçamentos e LDOs; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
A transparência será assegurada também, entre outros, mediante incentivo à
participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos
de elaboração e discussão dos planos, LDOs e orçamentos. Resposta: Certa
68) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN -
2009) É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente
que não observe os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal em relação aos impostos de sua competência
constitucional.
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Novamente: a regra geral dispõe que é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não promover a instituição, previsão e efetiva
arrecadação de todos os impostos de sua competência constitucional. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal
contemplarem os tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se
refere apenas aos impostos.
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas
a ações de educação, saúde e assistência social. Resposta: Certa
69) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) A
realização de audiências públicas quadrimestrais, quando o Poder Executivo tem a oportunidade de demonstrar e avaliar o cumprimento
das metas fiscais, é uma das formas de assegurar a transparência, no
que concerne à execução orçamentária.
Como exemplo de transparência, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na
Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional ou equivalente nas
Casas Legislativas estaduais e municipais. Resposta: Certa
70) (CESPE – Contador – IBRAM/DF - 2009) Acerca da fiscalização da
gestão fiscal, julgue o seguinte item.
O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos tribunais de contas, e o sistema de controle interno de cada poder e do Ministério
Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo,
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das
normas da LRF. Resposta: Certa
71) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Afronta
o conceito de responsabilidade fiscal da receita o fato de, até a presente oportunidade, a União não ter instituído o imposto sobre
grandes fortunas.
O que caracteriza a responsabilidade na gestão fiscal é a instituição, previsão e
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Segundo o art. 153 da CF/1988, compete à União instituir,
entre outros, o imposto sobre grandes fortunas - IGF. Logo, afronta o conceito
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de responsabilidade fiscal o fato de, até a presente oportunidade, a União não
ter instituído o IGF.
Resposta: Certa
7. ESCRITURAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO E PRESTAÇÃO DAS CONTAS
7.1 Escrituração das Contas
De acordo com o art. 50 da LRF, além de obedecer às demais normas de
contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
seguintes:
• A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem
identificados e escriturados de forma individualizada.
• A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o
regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.
• As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as
transações e as operações de cada órgão, fundo ou entidade da
Administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.
• As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos.
• As operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais
formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação
da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo
de credor.
• A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos.
Ainda temos as seguintes observações:
Demonstrações conjuntas: no caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais (dentro do mesmo governo).
Normas gerais: a edição de normas gerais para consolidação das contas
públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não
implantado o conselho de gestão fiscal. Sistemas de custos: a Administração Pública manterá sistema de custos que
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial.
7.2 Consolidação das Contas
Consoante o art. 51, o Poder Executivo da União promoverá, até o dia 30 de
junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes
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da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por
meio eletrônico de acesso público. Para isso, os estados e os municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:
os municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até 30
de abril; e os Estados, até 31 de maio.
Consolidação das Contas
Envio dos Municípios: 30/04
Envio dos Estados: 31/05 Consolidação da União: 30/06
O descumprimento dos prazos previstos impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do
principal atualizado da dívida mobiliária.
7.3 Prestação das Contas
Os principais dispositivos da LRF que tratam sobre o assunto estão com
eficácia liminarmente suspensa devido a uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.
O primeiro dispositivo com eficácia suspensa é o caput do art. 56, o qual
dispõe que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão,
além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, as quais receberão parecer
prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
O STF entendeu que qualquer prestação de contas por órgão não vinculado ao Executivo somente poderia ser objeto de julgamento pelo respectivo Tribunal
de Contas e que a inclusão das contas referentes às atividades financeiras dos
Poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, dentre aquelas prestadas
anualmente pelo Chefe do Governo, tornaria inócua a distinção efetivada pelos
incisos I e II do art. 71 da CF/1998 (entre apreciar e julgar as contas), já que todas as contas seriam passíveis de controle técnico, a cargo do Tribunal de
Contas, e político, de competência do Legislativo.
O segundo dispositivo suspenso é todo o art. 57: “Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as
contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver
estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
§ 1º No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias.
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§ 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem
contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.”
O STF considerou que a referência, nele contida, a “contas de poder” estaria a
evidenciar a abrangência, no termo “contas” constante do caput desse artigo,
daquelas referentes à atividade financeira dos administradores e demais responsáveis por dinheiros e valores públicos, que somente poderiam ser
objeto de julgamento pelo Tribunal de Contas competente, nos termos do art.
71, inciso II, da CF/1988. Aduziu que essa interpretação seria reforçada pelo
fato de essa regra cuidar do procedimento de apreciação das contas
especificadas no aludido art. 56, onde também se teria pretendido a submissão das contas resultantes da atividade financeira dos órgãos componentes de
outros poderes à manifestação opinativa do Tribunal de Contas.
O Tribunal de Contas da União entende que a medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal Federal em que foi suspensa a eficácia do caput do art. 56 e
do art. 57 da LRF não alterou a estrutura do relatório sobre as contas do
Governo da República, haja vista que continua contemplando a gestão e o
desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União. No entanto, o parecer prévio é exclusivo para o Chefe do
Poder Executivo, cujas contas serão julgadas posteriormente pelo Congresso
Nacional. Nada obsta, contudo, que o Tribunal de Contas da União aprecie, em
processo específico, o cumprimento, por parte dos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, das disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Permanecem valendo as demais determinações da LRF sobre as prestações de
contas:
• As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais; dos Estados, pelos
Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais
tribunais. • A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em
relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da
fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação
de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.
• Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas,
julgadas ou tomadas.
• Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas próprias
contas, a Comissão Mista de Orçamento prevista na CF/1988, ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais, emitirá
parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas.
A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional
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e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis,
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
instituições da sociedade. No que tange aos Chefes do Poder Executivo
Municipal, o § 3º do art. 31 da CF/1988 exige que as contas fiquem, durante 60 dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o
qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. Assim, a LRF
ampliou o prazo constitucional de 60 dias para todo o exercício também para
as contas municipais.
72) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LRF estabelece prazos para estados e municípios encaminharem suas
contas ao Poder Executivo da União, para efeito de consolidação das
contas dos entes da Federação, mas não estabelece punição em caso de descumprimento dos prazos determinados.
O descumprimento dos prazos previstos impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Resposta: Errada
73) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) Segundo dispositivos da LRF, a falta de prestação de contas sujeita o município
à sanção de suspensão pela União de quaisquer transferências
voluntárias ao ente da federação inadimplente. Tal sanção não atinge,
portanto, os recursos recebidos do FPM.
O descumprimento dos prazos previstos para a prestação de contas impedirá,
até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba
transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Logo, é incorreto afirmar que a sanção de suspensão alcança quaisquer
transferências voluntárias ao ente da federação inadimplente.
Resposta: Errada
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74) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) Nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, as contas apresentadas pelo Chefe do
Poder Executivo ficarão disponíveis, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade, durante
(A) três meses após o encerramento do exercício a que se refere.
(B) seis meses após o encerramento do exercício a que se refere.
(C) seis meses após o encerramento do mandato. (D) um ano após o encerramento do mandato.
(E) todo o exercício.
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
instituições da sociedade.
Resposta: Letra E
8. GESTÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
8.1 Alienação de Bens e Direitos
A LRF também traz restrições para a aplicação de receitas provenientes de
conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu
art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em
despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdência, mediante
autorização legal, conforme transcrito a seguir:
“Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de
bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de
despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.”
8.2 Conservação do Patrimônio Público
A LRF ainda contempla restrições para a conservação do patrimônio público.
Inúmeras vezes observamos rodovias caríssimas tornadas intransitáveis pela
falta de manutenção, edifícios semidestruídos pela ausência de recursos para
sua preservação, equipamentos médicos ou científicos inutilizados por inexistir
peças de reposição. É justamente isso que se pretende evitar. O art. 45 da LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão
novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e
contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do
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envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as
informações necessárias ao cumprimento do disposto sobre a conservação do patrimônio público, ao qual será dada ampla divulgação.
8.3 Desapropriação de Imóvel Urbano
De acordo com o art. 46 é nulo de pleno direito ato de desapropriação de
imóvel urbano expedido sem a prévia e justa indenização em dinheiro (§ 3º do
art. 182 da CF/1988), ou prévio depósito judicial do valor da indenização. Tal
dispositivo visa garantir que existam recursos para a desapropriação antes da
expedição do ato, ainda que para depósito judicial em eventual contencioso.
8.4 Empresas Controladas pelo Setor Público
De acordo com o art. 47 da LRF, a empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da
lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do
orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (inciso II do § 5º do art. 165 da CF/1988).
Relembro que uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do
capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da
Federação.
A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa
em que informará:
• Fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições, comparando-os com os praticados no mercado.
• Recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor,
fonte e destinação.
• Venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes dos
vigentes no mercado.
8.5 Conta Única na LRF
A Conta Única é destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art.
164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da União que se encontram à
disposição das UGs on-line, nos limites financeiros previamente definidos. O referido artigo determina que as disponibilidades de caixa da União serão
depositadas no banco central; as dos estados, do Distrito Federal, dos
municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos
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em lei.
A LRF determina que as disponibilidades de caixa dos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que
vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da
CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com
observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.
É vedada a aplicação de tais disponibilidades em:
• Títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da
Federação.
• Empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público,
inclusive a suas empresas controladas.
75) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) A LRF veda, em qualquer caso, a aplicação da receita de capital
derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio
público no financiamento de despesas correntes.
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social,
geral e próprio dos servidores públicos. Resposta: Errada
76) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) É permitida a
aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa
corrente. Exceções são feitas àquelas receitas destinadas por lei aos
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa
corrente. Exceções são feitas àquelas receitas destinadas por lei aos regimes
de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Resposta: Errada
77) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento -
MMA - 2008) O atendimento das despesas de conservação do
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patrimônio público está entre as condições que limitam a inclusão de
novos projetos na lei orçamentária e nas de créditos adicionais.
A LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão
novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e
contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
Resposta: Certa
78) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) Os
projetos em andamento e as despesas de conservação do patrimônio público têm precedência sobre novos projetos na lei orçamentária e
suas alterações. Por isso, o Poder Executivo deve informar ao Poder
Legislativo, até a data de envio do projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, se os projetos em andamento estão adequadamente atendidos e se foram contempladas as necessidades de conservação
do patrimônio público.
A LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e
contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos
em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
Resposta: Certa
79) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As disponibilidades
de caixa dos regimes de previdência geral e próprio dos servidores
públicos devem ficar depositadas em conta separada das demais
disponibilidades de cada ente.
De acordo com o § 1° do art. 43 da LRF, as disponibilidades de caixa dos
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda
que vinculadas a fundos específicos, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de
mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência
financeira.
Resposta: Certa
80) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008)
Com relação à gestão patrimonial, a Lei da Responsabilidade Fiscal
prevê que
(A) as disponibilidades de caixa da União poderão ser depositadas em instituição financeira privada, desde que sua remuneração exceda 6%
ao ano.
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(B) as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social poderão ser aplicadas em empréstimos para os próprios segurados,
desde que haja garantia real. (C) a desapropriação de imóvel urbano, desde que o interesse público
o recomende, poderá ser feito sem prévia indenização em dinheiro ou
depósito judicial.
(D) a aplicação de receita derivada da alienação de bens do ente da
Federação não poderá financiar qualquer tipo de despesas correntes. (E) a empresa controlada por ente da Federação que firmar contrato
de gestão com este gozará de autonomia gerencial, orçamentária e
financeira.
a) Errada. As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco
Central do Brasil.
b) Errada. É vedada a aplicação de disponibilidades de caixa dos regimes de
previdência social em empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.
c) Errada. De acordo com o art. 46 da LRF é nulo de pleno direito ato de
desapropriação de imóvel urbano expedido sem a prévia e justa indenização
em dinheiro (§ 3º do art. 182 da CF/1988), ou prévio depósito judicial do valor da indenização.
d) Errada. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de
bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de
despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência
social, geral e próprio dos servidores públicos (art. 44 da LRF). e) Correta. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se
estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de
autonomia gerencial, orçamentária e financeira (art. 47, caput, da LRF).
Resposta: Letra E
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF
81) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) De acordo
com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público, exceto,
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.
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b) o Plano de Contas Único da União.
c) as prestações de contas e o respectivo parecer prévio. d) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
e) o Relatório de Gestão Fiscal.
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos. Logo, o Plano de Contas Único da União não é um instrumento de
transparência da gestão fiscal, de acordo com a LRF.
Resposta: Letra B
82) (ESAF – Analista - IRB – 2006) Com o advento da Lei de
Responsabilidade Fiscal, novos demonstrativos passaram a ser
exigidos em busca da transparência das contas públicas, como o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal. O Relatório de Gestão Fiscal deve ser publicado:
a) até 30 dias após o encerramento de cada bimestre.
b) até 30 dias após o final de cada quadrimestre.
c) até 30 dias após o fim de cada trimestre.
d) até 30 dias após o encerramento do semestre. e) até 30 dias após o final de cada mês.
Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e
órgãos o Relatório de Gestão Fiscal. O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder (no caso, o
quadrimestre), com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico
Resposta: Letra B
83) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com
base na Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida
compreende o somatório de todas as naturezas de receitas correntes,
deduzida(s): a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas
ao custeio do Sistema Único de Saúde.
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal
por determinação constitucional.
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime geral da previdência social.
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e
fundações públicas.
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e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das
empresas estatais.
A receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de
receitas correntes, deduzidas, entre outros, na União, nos Estados e nos
Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição (compensação entre os
diversos sistemas previdenciários).
Resposta: Letra C
84) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os
efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com
pessoal:
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da administração pública.
b) o auxílio-alimentação dos servidores.
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira
dos servidores. d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder
executivo.
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da
previdência social.
a) Errada. As reparações econômicas a anistiados políticos não membros da
administração pública são despesas consideradas como indenizatórias, logo
não são consideradas despesas com pessoal.
b) Errada. O auxílio-alimentação dos servidores é também despesa indenizatória.
c) Errada. A terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira
dos servidores não é considerada despesa com pessoal. Os valores dos
contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos é que serão contabilizados como despesas
com pessoal.
d) Correta. As aposentadorias e pensões relativas a mandatos eletivos são
despesas com pessoal. e) Errada. As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da
previdência social não são computadas em despesas com pessoal.
Resposta: Letra D
85) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição,
a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada
ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
líquida, a seguir discriminados:
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a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%).
b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%). c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%).
d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%).
e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%).
Segundo a LRF:
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados: I - União: 50% (cinquenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
Resposta: Letra E
86) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com
base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca
da apuração dos limites com pessoal: a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores
transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.
b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de
sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou
entidade. c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da
convocação extraordinária do Congresso Nacional.
d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão
judicial da competência do mesmo período de apuração do limite. e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas
por meio de fundo específico decorrentes da contribuição dos
servidores inativos.
a) É a incorreta. Não será computada a despesa com pessoal, do Distrito
Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos
transferidos pela União decorrentes da competência da própria União
para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; e organizar e manter a polícia
civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem
como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos, por meio de fundo próprio. Ou seja, não é qualquer
transferência da União a esses entes. b) d) Corretas. Não serão computadas as despesas decorrentes de decisão
judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total
com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Serão
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computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial da
competência do mesmo período de apuração do limite. As despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão.
c) Correta. Não serão computadas as despesas com pessoal derivadas da
convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação
do Congresso Nacional).
e) Correta. Não serão computadas as despesas com inativos, ainda que por
intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes da
arrecadação de contribuições dos segurados; da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência social para efeito de aposentadoria,
assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração
pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos
em lei, e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem
como seu superávit financeiro.
Resposta: Letra A
87) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca
da repartição dos limites globais da despesa com pessoal
estabelecidos na Lei Complementar n. 101/2000, é correto afirmar
que:
a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites do respectivo Poder Judiciário.
b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído
no do respectivo Poder Executivo.
c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com pessoal do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios.
d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre
seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios
financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total
com pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites com pessoal.
a) Errada. A despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos
limites do respectivo Poder Legislativo.
b) Errada. Não há Ministério Público na esfera municipal. c) Correta. Dos 40,9% para o Executivo da União, destaca-se 3% para as
despesas com pessoal decorrentes da competência da União para organizar e
manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do
Distrito Federal e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia
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militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
d) Errada. Nos Poderes legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será
repartido entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com
pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
e) Errada. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da
Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes
à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação
dos percentuais definidos na LRF.
Resposta: Letra C
88) (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN - 2008) É requisito
essencial da responsabilidade na gestão fiscal:
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos de competência constitucional do ente da Federação.
b) a previsão, alocação e fixação da arrecadação estimada de todos os
tributos de competência legal do ente da Federação.
c) a fixação, indicação e estimativa da arrecadação de todos os
impostos de competência constitucional do ente da Federação. d) a previsão, instituição e fixação da arrecadação de todas as rubricas
tributárias dos entes da Administração Indireta, inclusive.
e) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os impostos
de competência legal do ente da Administração Federal, com exceção das receitas derivadas.
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.
Resposta: Letra A
89) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) A fiscalização da gestão fiscal pode ser exercida:
a) privativamente pelos Tribunais de Contas.
b) pelo Poder Judiciário, em relação aos demais Poderes.
c) pelo Ministério Público, em sede de controle externo.
d) pelo Ministério da Fazenda, por delegação do Senado. e) pelo Poder Legislativo, diretamente.
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O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o
sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a:
Atingimento das metas estabelecidas na LDO;
Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição
em Restos a Pagar; Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal;
Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas
consolidada e mobiliária aos respectivos limites;
Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos;
Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.
Logo, a fiscalização da gestão fiscal pode ser exercida diretamente pelo
Poder Legislativo ou com o auxílio dos Tribunais de Contas.
Resposta: Letra E
90) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites da despesa total
com pessoal não poderá exceder os percentuais da receita corrente
líquida discriminados na LRF. Esses percentuais: a) não englobam as despesas com inativos custeadas com recursos
provenientes da arrecadação de contribuição dos segurados.
b) são fixados de forma supletiva em relação à lei de diretrizes
orçamentárias.
c) são fixados de forma taxativa e sujeitam o infrator às consequências da lei, entre as quais a impossibilidade de contratar, em
qualquer hipótese, operações de crédito.
d) são repartidos em limites específicos por Poder e órgão nas esferas
federal, estadual e municipal, podendo essa distribuição interna ser alterada pela lei de diretrizes orçamentárias, observado o limite global
de cada ente.
e) são discriminados de forma igualitária para a União, Estados e
Municípios.
a) Correta. Na despesa total de pessoal, para fins de verificação dos limites
definidos na LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será
computada a despesa com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:
da arrecadação de contribuições dos segurados;
da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência
social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recíproca do
tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei;
das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,
bem como seu superávit financeiro.
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b) d) Erradas. Não cabe à LDO alterar ou flexibilizar os limites da despesa total
com pessoal. Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer critérios diferentes, porém essa faculdade que estava no § 6º do art. 20 da
LRF foi vetada.
c) Errada. Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto
perdurar o excesso, o ente não poderá: Receber transferências voluntárias;
Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal. e) Errada. Os limites não são iguais: União: 50%; Estados e Municípios: 60%.
Resposta: Letra A
91) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência da gestão fiscal, exceto:
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.
b) as prestações de contas.
c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão simplificada.
d) os limites da dívida pública.
e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de
elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal,
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
A transparência será assegurada também mediante: Incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;
Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o
acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos
praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados
referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou
ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; e
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quanto à receita, referentes ao lançamento e o recebimento de toda a
receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo
da União. Logo, apesar de presentes na LRF, os limites da dívida pública não são
instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Resposta: Letra D
92) (ESAF – Técnico de Nível Superior – ENAP/MPOG – 2006) A partir do Plano Real, a economia brasileira iniciou uma fase de estabilidade
monetária e maior transparência dos resultados fiscais. Sem os efeitos
inflacionários com o impacto que essa perda causou aos tesouros,
cresceu o debate sobre a necessidade de ajuste nas contas públicas. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 4 de maio de 2000, veio
estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade fiscal. Com base na LRF, indique a opção que não é
verdadeira. a) Prevenção de déficits imoderados e reiterados.
b) Limitação do gasto público continuado.
c) Limitação da dívida pública a níveis prudentes.
d) Administração prudente dos riscos fiscais.
e) Contratação de operações de crédito, que em cada exercício não deverá ser limitada ao montante da despesa de capital.
A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal, a qual pressupõe ação planejada e transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas e à obediência a limites e condições no que tange à renúncia de
receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
Estão incluídos a prevenção de déficits; a limitação do gasto público
continuado; a limitação da dívida pública a níveis prudentes e administração prudente dos riscos fiscais e contratação de operações de crédito, que em cada
exercício deverá ser limitada ao montante da despesa de capital.
Resposta: Letra E
93) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem requisitos essenciais da
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do
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ente da Federação. Nos casos em que um determinado ente deixe de
observar tal dispositivo, ser-lhe-á vedada: a) a realização de transferências obrigatórias, qualquer que seja o
tributo.
b) a realização de transferências obrigatórias, no que se refere aos
impostos. c) a realização de transferências voluntárias, qualquer que seja o
tributo.
d) a realização de transferências voluntárias, no que se refere aos
impostos.
e) a realização de transferências obrigatórias e voluntárias, no que se refere aos impostos.
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe
tal determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos
impostos.
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas
a ações de educação, saúde e assistência social.
Resposta: Letra D
94) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Integram a receita corrente
líquida, exceto:
a) os tributos. b) as receitas patrimoniais.
c) as transferências correntes.
d) os valores recebidos em decorrência do FUNDEB.
e) as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de salários.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB é um fundo de natureza contábil que substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF, que só previa recursos
para o ensino fundamental. O FUNDEB é composto por percentuais de
diferentes receitas correntes.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, na União, nos
Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
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sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição. Logo, as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de
salários não integram a RCL.
Resposta: Letra E
95) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) O Relatório de
Gestão Fiscal instituído pelo art. 54 da Lei Complementar n. 101/2000
conterá, exceto:
a) o montante da despesa com pessoal comparada com os limites
estabelecidos na lei. b) o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre.
c) o total da dívida consolidada e mobiliária.
d) o total das operações de crédito, inclusive por antecipação de
receitas. e) indicação de medidas corretivas quando os limites definidos na lei
forem ultrapassados.
De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá: I - comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:
despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita.
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre do montante das disponibilidades
de caixa em trinta e um de dezembro; da inscrição em Restos a Pagar, das
despesas liquidadas; empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; não
inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram
cancelados; e do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso
IV do art. 38, que trata das operações de crédito por antecipação de receita. Logo, o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre não
constará no Relatório de Gestão Fiscal.
Resposta: Letra B
96) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU – 2002) Com base
nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União,
assinale a opção que indica o valor correto da receita corrente líquida,
de acordo com o disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:
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a) $ 110
b) $ 115 c) $ 120
d) $ 125
e) $ 130
Para o cálculo da RCL devemos somar as receitas correntes. Feito isso,
devemos deduzir as despesas com transferências obrigatórias. Vejamos na
questão.
Receitas correntes: Tributária, Patrimonial e de Serviços. Soma ($ 160). Transferências obrigatórias: ao Estado e ao DF: ($ 45).
Assim 160 - 45 = 115.
Repare que foram colocadas na questão receitas de capital e transferências voluntárias, com o intuito de confundir o candidato.
Resposta: Letra B
97) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2004) Indique, nas opções abaixo, qual das proposições a seguir está em desacordo com o
definido na Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.
a) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO , previsto
nos arts. 52 e 53, deverá ser composto, também, por um balanço
orçamentário. b) o RREO deverá ter, destacados, os valores referentes ao
refinanciamento da dívida mobiliária, nas operações de crédito e nas
despesas com amortização de dívida.
c) o Relatório de Gestão Fiscal - RGF - deverá ser emitido semestralmente pelos titulares definidos no art. 20 da LRF.
d) o RGF também deverá ser assinado pelo controle interno.
e) o descumprimento do prazo de entrega do RREO e do RGF sujeita o
ente à sanção.
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Na alternativa “C”, o Relatório de Gestão Fiscal - RGF - deverá ser emitido
quadrimestralmente pelos titulares definidos no art. 20 da LRF. As demais alternativas estão corretas.
Resposta: Letra C
98) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2004) São deduzidos do somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências
correntes e outras receitas correntes, para a composição da chamada
"Receita Corrente Líquida da União", exceto:
a) as transferências para o Fundo de Participação dos Estados. b) as transferências para o Fundo de Participação dos Municípios.
c) as receitas provenientes da compensação financeira entre os
diversos regimes de previdência social, para contagem recíproca do
tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria. d) as contribuições de servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social.
e) os valores transferidos, voluntariamente, aos Estados, para
implementação de PDV (Programa de Demissão Voluntária).
a) b) c) d) Corretas. A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias,
de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
Na União: os valores transferidos aos estados (como para o Fundo de Participação dos Estados) e municípios (como para o Fundo de
Participação dos Municípios) por determinação constitucional ou legal, e
as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do
art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional.
Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as
receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art.
201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas
previdenciários). No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União
decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o
Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF e dos
Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
e) É a incorreta. Não há previsão de dedução dos valores transferidos,
voluntariamente, aos Estados, para implementação de PDV (Programa de
Demissão Voluntária).
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Resposta: Letra E
99) (ESAF – Procurador – BACEN – 2001) A Lei Complementar no
101/2000 estabeleceu rígidos critérios para as despesas de pessoal
pela Administração Pública. Por seus comandos, caso a despesa com
pessoal exceda a 95% do limite por ela fixado, somente será permitido:
a) provimento de cargo público decorrente de reposição por motivo de
aposentadoria em áreas sociais e administrativas do serviço público.
b) alteração de estrutura de carreira, com aumento de despesa.
c) concessão da revisão geral anual da remuneração prevista pela norma constitucional.
d) contratação de hora extra, em qualquer setor que comprovar a sua
necessidade.
e) criação de empregos regidos pela legislação trabalhista para o setor de educação e saúde.
Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite,
são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:
Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Criação de cargo, emprego ou função.
Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa.
Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.
Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do
Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006
vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação do
Congresso Nacional).
Logo, na alternativa “C”, é permitida a concessão da revisão geral anual da
remuneração prevista pela norma constitucional. As demais alternativas
apresenta vedações impostas pela LRF quando se atinge o limite prudencial. Resposta: Letra C
100) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Lei de
Responsabilidade Fiscal - LRF instituiu mecanismos mais rigorosos
para a administração das finanças nas três esferas de governo e funciona como um código de conduta para os administradores
públicos, que devem obedecer às normas e limites estabelecidos na lei.
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Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a opção
incorreta. a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na
União esse limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.
b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a
Responsabilização. c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação
inclusive suas empresas estatais dependentes na forma definida na
Lei.
d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal,
segundo a LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de
Gestão Fiscal.
e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da Federação, inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma
de novação de dívida contraída anteriormente.
Esta questão aborda diversos assuntos da LRF. Vamos estudá-la em "Despesas com Pessoal" porque é o tema que a responde:
a) É a incorreta. A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que
na União esse limite chega a 50% do total da Receita Corrente Líquida (e não
de todas as receitas correntes).
b) Correta. A LRF tem como base alguns princípios, os quais nortearam sua
concepção e são essenciais para sua aplicação até os dias de hoje. Esses
pilares, dos quais depende o alcance de seus objetivos, são o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilização.
c) Correta. As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder
Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, fundos,
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
d) Correta. Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da
gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal;
e as versões simplificadas desses documentos.
e) Correta. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da
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Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou
empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente (art. 35, caput, da LRF).
Resposta: Letra A
E aqui terminamos a aula 2.
Na próxima aula finalizaremos o estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Forte abraço!
Sérgio Mendes
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MEMENTO II
GESTÃO FISCAL E INSTRUMENTOS DE TRANSPARÊNCIA
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas,
mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e à
obediência a limites e condições no que tange à renúncia de receita, geração de
despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar.
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,
previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do
ente da Federação. No entanto, é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal determinação no que se refere aos impostos. Tal vedação
não alcança as transferências voluntárias destinadas a ações de educação, saúde e
assistência social.
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e
leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (Poder Executivo, bimestral) e o
Relatório de Gestão Fiscal (todos os Poderes, quadrimestral); e as versões simplificadas
desses documentos.
A transparência será assegurada também mediante:
Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público.
Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda ao
padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.
DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e
refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.
A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender
às condições estabelecidas na LDO e estar prevista no orçamento ou em seus créditos
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adicionais. Tal regra se aplica a toda a administração indireta, inclusive fundações
públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as
instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo
o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das
agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências
financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito da União, pelos Presidentes
do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos
respectivos tribunais; dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.
A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão,
destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial,
bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de
contribuições.
Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou
tomadas.
Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas próprias contas, a
Comissão Mista de Orçamento prevista na CF/1988, ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais, emitirá parecer sobre as contas dos Tribunais de
Contas.
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
Será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
Na União: os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS,
PASEP);
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Nos Estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
Na União, nos Estados e nos Municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira citada no § 9.o do art. 201 da CF/1988;
DF, Amapá e Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a
Defensoria Pública do DF e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia
militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
DESPESAS COM PESSOAL
É o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens
pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS
50% 60% 60%
LIMITES GLOBAIS POR ESFERAS
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% Legislativo (TCM): 6%
Judiciário: 6% Judiciário: 6%
Executivo: 40,9% Executivo: 49% Executivo: 54%
MPU: 0,6% MPE: 2%
Nos Estados em que há TC dos Municípios, os limites serão Legislativo: 3,4% e
Executivo: 48,6%.
A verificação do cumprimento dos limites será ao final de cada quadrimestre. Se a
despesa total com pessoal exceder a 95% do limite, são vedados ao Poder ou órgão que incorrer no excesso:
Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual,
ressalvada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
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Criação de cargo, emprego ou função;
Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título,
ressalvada a reposição de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na LDOs e no caso de convocação extraordinária do Congresso Nacional (a EC 50/2006 vedou o pagamento de
parcela indenizatória em razão de convocação do Congresso Nacional).
A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas se houver:
Prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
Autorização específica na LDO, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista.
Para cumprimento dos limites a União, Estados, DF e Municípios adotarão as
providências:
Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança.
Exoneração dos servidores não estáveis.
Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de cada um dos
Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal. O servidor que perder o cargo fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
SEGURIDADE SOCIAL
A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e
inativos, e aos pensionistas.
Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a indicação da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do
art. 17 da LRF, o qual trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.
No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de receita ou pela
redução permanente de outras despesas se o aumento de despesa decorrer de:
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Concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na
legislação pertinente;
Expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;
Reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
RESTOS A PAGAR NA LRF
A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que
tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas
compromissadas a pagar até o final do exercício.
RGF
É quadrimestral. Composição:
Comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: despesa total
com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de crédito, inclusive por antecipação de
receita,
Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
Demonstrativos, no último quadrimestre do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas;
empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do
saldo da disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e do cumprimento do disposto no inciso II e na
alínea b do inciso IV do art. 38, que trata das operações de crédito por ARO.
RREO
É bimestral. Composição
Balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as receitas por fonte,
informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada; as despesas por
grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
Demonstrativos da execução das receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita
realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar; e das despesas,
por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial,
dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;
Despesas, por função e subfunção.
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Acompanharão o RREO demonstrativos relativos a
Apuração da RCL e sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
Receitas e despesas previdenciárias;
Resultados nominal e primário;
Despesas com juros;
Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os pagamentos
realizados e o montante a pagar.
CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
A LOA e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente
atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio
público, segundo a LDO.
ALIENAÇÃO DE BENS E DIREITOS
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que
integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos.
CONTA ÚNICA NA LRF
As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts.
249 e 250 da CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com
observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.
EMPRESAS CONTROLADAS PELO SETOR PÚBLICO
A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos
e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do orçamento de investimento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (inciso II
do § 5° do art. 165 da CF/1988).
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A LRF proíbe a
inscrição de despesas em restos a pagar no último ano do mandato do
governante.
2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Existe possibilidade legal
para que o presidente da República contraia despesa que não seja paga
integralmente no último ano de seu mandato.
3) (CESPE - Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no último ano de mandato, é permitido aos prefeitos deixar restos a pagar processados e não
processados que, somados, alcancem valor superior à disponibilidade de caixa.
4) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Os compromissos assumidos pelo chefe do Poder Executivo no último ano de
mandato, no caso de serviços continuados, destinados à manutenção das
atividades da administração, devem ter cobertura das disponibilidades de caixa
pelo menos até o final do respectivo exercício
5) (CESPE – Administração - Prefeitura de Vila Velha – 2008) Em 2008, a
partir de maio, os prefeitos não poderão assumir dívidas que não possam ser
quitadas até o final do exercício; se houver parcelas com vencimento em 2009,
deverá haver disponibilidade de caixa suficiente para supri-las.
6) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) No final do
exercício de X1 o contador da Prefeitura Tudo Certo percebeu que existia um
montante disponível em caixa de R$ 1.000.000,00, despesas liquidadas e pagas de 2.000.000,00, despesas liquidadas e não pagas de R$ 600.000,00 e
despesas empenhadas e não liquidadas de 500.000,00. Considerando que é o
último ano do mandato do prefeito e de acordo com a Lei Complementar no
101/2000, o valor máximo a ser inscrito em Restos a Pagar, em reais, é de (A) 500.000,00.
(B) 600.000,00.
(C) 1.100.000,00.
(D) 1.000.000,00. (E) 900.000,00.
7) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) A Lei de
Responsabilidade Fiscal veda ao titular do Poder Executivo contrair obrigação
de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para esse efeito
(A) no último ano de seu mandato.
(B) no último trimestre de seu mandato.
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(C) nos dois últimos trimestres de seu mandato.
(D) nos dois últimos quadrimestres de seu mandato. (E) no último bimestre de seu mandato.
8) (CESPE – Assessor Técnico de Controle e Administração – TCE/RN – 2009)
As justificativas para limitação de empenho e de frustração de receitas deverão acompanhar o relatório de gestão fiscal a ser publicado com a periodicidade
quadrimestral.
9) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) Se um ente
federativo deixar de publicar, no prazo legal, relatório resumido de execução orçamentária, ficará impossibilitado de receber transferências voluntárias e de
contratar operações de crédito, excetuando-se as destinadas ao
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
10) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) De forma a se aprimorar a
evidenciação das receitas e despesas públicas na divulgação do Relatório
Resumido da Execução Orçamentária, os valores referentes ao refinanciamento
da dívida mobiliária devem constar em destaque nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.
11) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O Relatório de Gestão Fiscal divulga
as dívidas consolidada e mobiliária, a concessão de garantias e as operações
de crédito, exceto as advindas de antecipação de receita.
12) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O relatório de gestão fiscal deve
conter os demonstrativos do último quadrimestre da inscrição de restos a
pagar e das despesas empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo de disponibilidade de caixa.
13) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) O Poder Executivo de cada
ente da Federação terá de publicar, até trinta dias após o encerramento do trimestre, o relatório resumido da execução orçamentária.
14) (CESPE - Técnico Administrativo - MPU - 2010) O relatório resumido da
execução orçamentária é necessário para todos os órgãos da administração direta e indireta dos poderes da República.
15) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) No âmbito do
Poder Judiciário estadual, o relatório de gestão fiscal será elaborado pelo
tribunal de justiça e assinado pelo presidente desse órgão e demais membros de conselho de administração ou órgão decisório equivalente, conforme
respectivo regimento interno.
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16) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) O governador do estado de
Pernambuco dispõe de até trinta dias, após o final de cada quadrimestre, para publicar o relatório de gestão fiscal. O descumprimento desse prazo impede o
estado de receber transferências constitucionais e contratar operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da
dívida mobiliária estadual.
17) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Compete ao Poder
Executivo publicar o relatório resumido da execução orçamentária no prazo de
até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
18) (FCC - Analista Judiciário – Contabilidade - TRF 2ª Região – 2007) O
relatório resumido da execução orçamentária
a) alcança todos os entes da Federação, sendo elaborado pela Secretaria do
Tesouro Nacional. b) é produzido individualmente em cada Poder estatal, apresentando números
que permitem a limitação de empenho e de movimentação financeira.
c) apresenta o comportamento de despesas e dívidas sujeitas a limites fiscais.
d) revela somente a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os saldos de operações de crédito e Restos a Pagar.
e) abrange todos os Poderes, fornecendo dados que indicam a limitação de
empenho e de movimentação financeira.
19) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) O Poder Executivo publicará, até ...... dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária. Completa corretamente a lacuna acima:
(A) trinta
(B) quarenta e cinco (C) sessenta
(D) noventa
(E) cento e vinte
20) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Sob a óptica da LRF, para a apuração
da receita corrente líquida, serão englobados os valores referentes a receitas
tributárias e de contribuições, incluídas aquelas advindas da contribuição dos
servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social.
21) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, a receita
corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
transferências correntes e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.
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22) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) no
cômputo da receita corrente líquida, não devem ser considerados os recursos obtidos por meio da exploração de atividades industriais.
23) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)
Entre outros ajustes no cálculo da receita corrente líquida, devem ser subtraídas as receitas oriundas da compensação financeira correspondente à
contagem recíproca do tempo de contribuição para os beneficiários da
previdência social na administração pública e na atividade privada, rural e
urbana.
24) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A receita corrente
líquida será apurada pelo somatório, de janeiro a dezembro, das receitas
correntes, deduzidas as transferências estabelecidas na lei.
25) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Receita corrente líquida
corresponde ao total de receitas correntes deduzido das receitas de capital.
26) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) A receita corrente líquida é apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês de referência e nos três meses
anteriores.
27) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita corrente líquida
deve sempre ser apurada no período referente a um ano, coincidente com o ano civil.
28) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) A despesa total com pessoal, para os
efeitos da LRF, será apurada somando-se a despesa realizada no mês em referência com as despesas dos doze meses imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de caixa.
29) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os valores gastos com serviços prestados por empresas contratadas para a terceirização de mão de
obra e que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos
devem ser contabilizados como despesas de capital.
30) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A despesa total com
pessoal da União não deve ultrapassar a 50% da sua receita corrente líquida.
31) (CESPE - AFCE - TCU - 2008) Na verificação da despesa total com pessoal
da União, não serão computadas as despesas com indenização por demissão de servidores, as relativas à demissão voluntária e as decorrentes dos
contratos de terceirização de mão-de-obra referentes a substituição de
servidores e empregados públicos.
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32) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Na hipótese de a receita
corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400 bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões.
33) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o BNDES
empresta recursos a um estado para completar o valor necessário ao pagamento da folha de salários de seus servidores, tal procedimento fere a CF.
34) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A LRF prevê a
aplicação de restrições à gestão de recursos públicos, ainda que o limite de
despesas de pessoal não tenha sido atingido.
35) (CESPE - Administrador - Ministério da Previdência Social - 2010)
Combinando-se as disposições constitucionais com as da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), constata-se que mesmo os servidores estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal
ultrapassarem determinados limites, o que, entretanto, poderia ser evitado no
caso de redução consensual dos respectivos vencimentos.
36) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Considere a
hipótese de um município em que as despesas de pessoal totais estão abaixo
do limite global de 60% das receitas correntes líquidas, mas a Câmara de
Vereadores respectiva gasta, com sua folha de pagamentos, mais do que seu
limite próprio, de 6% do mesmo agregado de receita, e está nessa situação há dez meses. Nesse caso, as transferências voluntárias da União para esse
município não precisam ser suspensas.
37) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Com exceção das prestações destinadas aos idosos, nenhum benefício ou serviço relativo à
seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da
fonte de custeio total.
38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Considera-se
nulo o ato de prefeito que reajustar o vencimento dos servidores municipais
em 25%, resultando em aumento de despesa com pessoal, no penúltimo mês
de seu mandato.
39) (CESPE – Contador – FUB – 2009) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
considera como baixo crescimento a variação real acumulada do PIB abaixo de
1% em dois trimestres consecutivos ou em quatro alternados no intervalo de
dois anos.
40) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) As despesas de pessoal
permanente de um órgão ou entidade podem ser classificadas como correntes
ou de capital, dependendo de o pessoal ser empregado nas atividades
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normais, de manutenção do órgão ou entidade, ou alocado a um projeto de
que resultará um investimento.
41) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Na
repartição dos limites das despesas de pessoal na esfera federal, o TJDFT se
inclui no percentual de 6% atribuído ao Poder Judiciário, que estão compreendidos nos 50% da receita corrente líquida da União.
42) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Um município cuja despesa
total com pessoal ultrapasse, em determinado período de apuração, 50% da
receita corrente líquida infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal.
43) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A despesa total com
pessoal será apurada pela soma no mês em referência com as previstas para
os onze meses imediatamente subsequentes.
44) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A despesa total da
União com pessoal não poderá exceder 50% da receita líquida corrente,
computando-se, para verificação do atendimento a esse limite, as despesas derivadas de indenizações por demissões de seus servidores e empregados.
45) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Na verificação do
atendimento dos limites definidos na LRF, para despesas com pessoal, devem
ser computadas despesas relativas a incentivos à demissão voluntária.
46) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Considerando-se que, em
determinado município brasileiro, a despesa pública com pessoal corresponda
a 55% da receita corrente líquida, é correto afirmar que essa despesa ultrapassa o limite previsto na LRF.
47) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Segundo a LRF, a União
não pode realizar despesa com pessoal em percentual superior a 50% da receita corrente líquida, nela incluídas as despesas de indenização por
demissão de servidores ou empregados.
48) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha que determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de mão-de-
obra para o serviço de operação de máquinas fotocopiadoras, uma atividade
que não consta das atribuições de nenhum dos cargos do quadro de pessoal do
órgão em questão. Nesse caso, as despesas do contrato de terceirização não
devem ser contabilizadas como outras despesas de pessoal.
49) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Se o aumento acentuado e inesperado do
número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a administração a
efetuar a contratação de novos professores mediante terceirização, as
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despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas entre as despesas de
pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite.
50) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Caso a despesa total com
pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao poder público o
provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público.
51) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas relativas às
pensões, por não constituírem gastos com servidores inativos, não fazem parte
da limitação de despesas de pessoal prevista na LRF.
52) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As despesas com
pessoal, pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, decorrentes de
decisão administrativa ou judicial e relativas aos cinco exercícios anteriores, serão normalmente computadas para efeito de cálculo dos limites fixados para
cada ente e cada um dos Poderes.
53) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) No Distrito Federal (DF), o controle para a verificação do cumprimento do limite da despesa total com
pessoal deve ser realizado ao final de cada quadrimestre.
54) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a admissão
ou a contratação de pessoal a qualquer título possa ser proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, a exoneração de
servidores não estáveis por excesso de despesa somente é possível depois que
esse limite for ultrapassado.
55) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias destinadas ao pagamento de pessoal e encargos sociais do TCU
serão entregues em duodécimos de igual valor, até o dia 20 de cada mês.
56) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Se determinado órgão
público for obrigado a pagar a seus servidores vantagens ou indenizações
decorrentes de decisões judiciais, então ele deve, obrigatoriamente, excluir
esses valores no cálculo de sua despesa total com pessoal para efeito da aplicação do limite imposto pela LRF.
57) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Para
realização de despesa com o pessoal, o Poder Legislativo do Distrito Federal
deve observar o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal para o legislativo da esfera municipal.
58) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) As
despesas de pessoal
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(A) não incluirão os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra.
(B) poderão exceder 50% da receita líquida da União. (C) do Poder Judiciário estão sujeitas a limites fixados pelo Ministério Público
da União.
(D) dos inativos não podem ser maiores que os dos funcionários ativos.
(E) serão apuradas, para fins de obediência aos limites, num período de doze meses.
59) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010) Considere a
tabela abaixo.
(*) Receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras também
correntes, já realizadas as deduções previstas na LRF e excluídas as
duplicidades. (**) Receita e despesa referentes ao acumulado de janeiro a dezembro de
2009, tomado o mês de dezembro de 2009 como referência.
Estão acima do limite de gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida
(A) o Poder Executivo Estadual, o Estado e o Município. (B) o Poder Executivo Municipal, o Poder Legislativo Municipal e o Município.
(C) os Poderes Executivos Estadual e Municipal.
(D) os Poderes Legislativos Estadual e Municipal.
(E) o Poder Judiciário Estadual, o Poder Executivo Municipal e o Município.
60) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) De acordo com o
disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o próximo item,
relativo à destinação de recursos públicos para o setor privado.
Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema
Financeiro Nacional, ainda que mediante concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
61) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Com relação à
destinação de recursos públicos para o setor privado, considere:
I. Deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas
na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus
créditos adicionais.
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II. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica
que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres serão inferiores ao custo de captação.
III. Em regra, poderão ser utilizados recursos públicos para socorrer
instituições do Sistema Financeiro Nacional, inclusive mediante a concessão de
empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) I e III. (D) II e III.
(E) III.
62) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - STM - 2011) Os municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública, bem como os que
não a tenham previsto em seus orçamentos e não a estejam arrecadando,
estão proibidos de receber transferências voluntárias de outros entes,
ressalvadas aquelas destinadas a ações com saúde, educação e assistência social.
63) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN - 2009)
A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em
tempo real, de informações pormenorizadas acerca da execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público, é uma das formas de
assegurar a transparência da gestão fiscal.
64) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) O legislador brasileiro, ao incluir na LRF dispositivos que tratam da transparência da gestão
fiscal, relacionou o assunto à Constituição Federal, que estabelece a
obrigatoriedade de lei complementar para dispor sobre finanças públicas. Por
essa razão, as normas da LRF sobre transparência se aplicam a todos os entes da Federação, e respectivos órgãos e entidades, e se caracterizam como de
caráter geral.
65) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal o relatório
resumido da execução orçamentária, de periodicidade trimestral, e o relatório
de gestão fiscal, de periodicidade semestral.
66) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme dispõe a LRF, o estado ou município que não promover a instituição, previsão e efetiva
arrecadação de todos os impostos de sua competência constitucional ficará
impossibilitado de receber transferências voluntárias da União.
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67) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Os
instrumentos de transparência, relativos a planejamento, execução e controle da gestão fiscal incluem o relatório resumido da execução orçamentária e o
relatório de gestão fiscal. Além disso, durante os processos de elaboração e
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos deve haver
incentivo à participação popular e realização de audiências públicas.
68) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN - 2009)
É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não
observe os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal em
relação aos impostos de sua competência constitucional.
69) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) A realização
de audiências públicas quadrimestrais, quando o Poder Executivo tem a
oportunidade de demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais, é uma das formas de assegurar a transparência, no que concerne à execução
orçamentária.
70) (CESPE – Contador – IBRAM/DF - 2009) Acerca da fiscalização da gestão fiscal, julgue o seguinte item.
O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos tribunais de contas, e o
sistema de controle interno de cada poder e do Ministério Público, fiscalizarão o
cumprimento das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
71) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Afronta o
conceito de responsabilidade fiscal da receita o fato de, até a presente
oportunidade, a União não ter instituído o imposto sobre grandes fortunas.
72) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LRF estabelece
prazos para estados e municípios encaminharem suas contas ao Poder
Executivo da União, para efeito de consolidação das contas dos entes da
Federação, mas não estabelece punição em caso de descumprimento dos prazos determinados.
73) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) Segundo
dispositivos da LRF, a falta de prestação de contas sujeita o município à sanção de suspensão pela União de quaisquer transferências voluntárias ao ente da
federação inadimplente. Tal sanção não atinge, portanto, os recursos recebidos
do FPM.
74) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) Nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, as contas apresentadas pelo Chefe do Poder
Executivo ficarão disponíveis, no respectivo Poder Legislativo e no órgão
técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos
cidadãos e instituições da sociedade, durante
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(A) três meses após o encerramento do exercício a que se refere.
(B) seis meses após o encerramento do exercício a que se refere. (C) seis meses após o encerramento do mandato.
(D) um ano após o encerramento do mandato.
(E) todo o exercício.
75) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) A
LRF veda, em qualquer caso, a aplicação da receita de capital derivada da
alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público no
financiamento de despesas correntes.
76) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) É permitida a aplicação da
receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o
patrimônio público para o financiamento de despesa corrente. Exceções são
feitas àquelas receitas destinadas por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.
77) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - MMA -
2008) O atendimento das despesas de conservação do patrimônio público está entre as condições que limitam a inclusão de novos projetos na lei
orçamentária e nas de créditos adicionais.
78) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) Os projetos
em andamento e as despesas de conservação do patrimônio público têm precedência sobre novos projetos na lei orçamentária e suas alterações. Por
isso, o Poder Executivo deve informar ao Poder Legislativo, até a data de envio
do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, se os projetos em andamento
estão adequadamente atendidos e se foram contempladas as necessidades de conservação do patrimônio público.
79) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As disponibilidades de
caixa dos regimes de previdência geral e próprio dos servidores públicos devem ficar depositadas em conta separada das demais disponibilidades de
cada ente.
80) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) Com relação à gestão patrimonial, a Lei da Responsabilidade Fiscal prevê que
(A) as disponibilidades de caixa da União poderão ser depositadas em
instituição financeira privada, desde que sua remuneração exceda 6% ao ano.
(B) as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social poderão ser
aplicadas em empréstimos para os próprios segurados, desde que haja garantia real.
(C) a desapropriação de imóvel urbano, desde que o interesse público o
recomende, poderá ser feito sem prévia indenização em dinheiro ou depósito
judicial.
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(D) a aplicação de receita derivada da alienação de bens do ente da Federação
não poderá financiar qualquer tipo de despesas correntes. (E) a empresa controlada por ente da Federação que firmar contrato de gestão
com este gozará de autonomia gerencial, orçamentária e financeira.
81) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparência da
gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público, exceto,
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.
b) o Plano de Contas Único da União. c) as prestações de contas e o respectivo parecer prévio.
d) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
e) o Relatório de Gestão Fiscal.
82) (ESAF – Analista - IRB – 2006) Com o advento da Lei de Responsabilidade
Fiscal, novos demonstrativos passaram a ser exigidos em busca da
transparência das contas públicas, como o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal. O Relatório de Gestão Fiscal deve ser publicado:
a) até 30 dias após o encerramento de cada bimestre.
b) até 30 dias após o final de cada quadrimestre.
c) até 30 dias após o fim de cada trimestre.
d) até 30 dias após o encerramento do semestre. e) até 30 dias após o final de cada mês.
83) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei
Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s):
a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao
custeio do Sistema Único de Saúde.
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por determinação constitucional.
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime
geral da previdência social.
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e fundações públicas.
e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das empresas
estatais.
84) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal:
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da
administração pública.
b) o auxílio-alimentação dos servidores.
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c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos
servidores. d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo.
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social.
85) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total
com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não
poderá exceder os percentuais da receita líquida, a seguir discriminados:
a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%).
b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%). c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%).
d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%).
e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%).
86) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei
de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca da apuração dos
limites com pessoal:
a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.
b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de sentenças
judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou entidade.
c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da convocação
extraordinária do Congresso Nacional. d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial
da competência do mesmo período de apuração do limite.
e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas por meio
de fundo específico decorrentes da contribuição dos servidores inativos.
87) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca da
repartição dos limites globais da despesa com pessoal estabelecidos na Lei
Complementar n. 101/2000, é correto afirmar que: a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites do
respectivo Poder Judiciário.
b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído no do
respectivo Poder Executivo. c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com pessoal do
Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre seus
ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual
da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com
pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites com
pessoal.
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88) (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN - 2008) É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal:
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos de
competência constitucional do ente da Federação.
b) a previsão, alocação e fixação da arrecadação estimada de todos os tributos de competência legal do ente da Federação.
c) a fixação, indicação e estimativa da arrecadação de todos os impostos de
competência constitucional do ente da Federação.
d) a previsão, instituição e fixação da arrecadação de todas as rubricas
tributárias dos entes da Administração Indireta, inclusive. e) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os impostos de
competência legal do ente da Administração Federal, com exceção das receitas
derivadas.
89) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) A fiscalização da gestão fiscal pode ser
exercida:
a) privativamente pelos Tribunais de Contas.
b) pelo Poder Judiciário, em relação aos demais Poderes. c) pelo Ministério Público, em sede de controle externo.
d) pelo Ministério da Fazenda, por delegação do Senado.
e) pelo Poder Legislativo, diretamente.
90) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites da despesa total com pessoal não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida
discriminados na LRF. Esses percentuais:
a) não englobam as despesas com inativos custeadas com recursos
provenientes da arrecadação de contribuição dos segurados. b) são fixados de forma supletiva em relação à lei de diretrizes orçamentárias.
c) são fixados de forma taxativa e sujeitam o infrator às consequências da lei,
entre as quais a impossibilidade de contratar, em qualquer hipótese, operações
de crédito. d) são repartidos em limites específicos por Poder e órgão nas esferas federal,
estadual e municipal, podendo essa distribuição interna ser alterada pela lei de
diretrizes orçamentárias, observado o limite global de cada ente.
e) são discriminados de forma igualitária para a União, Estados e Municípios.
91) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência
da gestão fiscal, exceto:
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.
b) as prestações de contas. c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão
simplificada.
d) os limites da dívida pública.
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e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de elaboração e
de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
92) (ESAF – Técnico de Nível Superior – ENAP/MPOG – 2006) A partir do Plano
Real, a economia brasileira iniciou uma fase de estabilidade monetária e maior
transparência dos resultados fiscais. Sem os efeitos inflacionários com o impacto que essa perda causou aos tesouros, cresceu o debate sobre a
necessidade de ajuste nas contas públicas. A Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), de 4 de maio de 2000, veio estabelecer normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade fiscal. Com base na LRF, indique a opção que
não é verdadeira. a) Prevenção de déficits imoderados e reiterados.
b) Limitação do gasto público continuado.
c) Limitação da dívida pública a níveis prudentes.
d) Administração prudente dos riscos fiscais. e) Contratação de operações de crédito, que em cada exercício não deverá ser
limitada ao montante da despesa de capital.
93) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem requisitos essenciais da responsabilidade
na gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os
tributos da competência constitucional do ente da Federação. Nos casos em
que um determinado ente deixe de observar tal dispositivo, ser-lhe-á vedada:
a) a realização de transferências obrigatórias, qualquer que seja o tributo. b) a realização de transferências obrigatórias, no que se refere aos impostos.
c) a realização de transferências voluntárias, qualquer que seja o tributo.
d) a realização de transferências voluntárias, no que se refere aos impostos.
e) a realização de transferências obrigatórias e voluntárias, no que se refere aos impostos.
94) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Integram a receita corrente líquida,
exceto: a) os tributos.
b) as receitas patrimoniais.
c) as transferências correntes.
d) os valores recebidos em decorrência do FUNDEB. e) as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de
salários.
95) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) O Relatório de Gestão
Fiscal instituído pelo art. 54 da Lei Complementar n. 101/2000 conterá, exceto:
a) o montante da despesa com pessoal comparada com os limites
estabelecidos na lei.
b) o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre.
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c) o total da dívida consolidada e mobiliária.
d) o total das operações de crédito, inclusive por antecipação de receitas. e) indicação de medidas corretivas quando os limites definidos na lei forem
ultrapassados.
96) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU – 2002) Com base nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União, assinale a
opção que indica o valor correto da receita corrente líquida, de acordo com o
disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:
a) $ 110
b) $ 115 c) $ 120
d) $ 125
e) $ 130
97) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2004) Indique, nas opções
abaixo, qual das proposições a seguir está em desacordo com o definido na Lei
de Responsabilidade Fiscal - LRF.
a) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO , previsto nos arts. 52 e 53, deverá ser composto, também, por um balanço orçamentário.
b) o RREO deverá ter, destacados, os valores referentes ao refinanciamento da
dívida mobiliária, nas operações de crédito e nas despesas com amortização de
dívida.
c) o Relatório de Gestão Fiscal - RGF - deverá ser emitido semestralmente pelos titulares definidos no art. 20 da LRF.
d) o RGF também deverá ser assinado pelo controle interno.
e) o descumprimento do prazo de entrega do RREO e do RGF sujeita o ente à
sanção.
98) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2004) São deduzidos do
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
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correntes, para a composição da chamada "Receita Corrente Líquida da União",
exceto: a) as transferências para o Fundo de Participação dos Estados.
b) as transferências para o Fundo de Participação dos Municípios.
c) as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos
regimes de previdência social, para contagem recíproca do tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria.
d) as contribuições de servidores para o custeio do seu sistema de previdência
e assistência social.
e) os valores transferidos, voluntariamente, aos Estados, para implementação
de PDV (Programa de Demissão Voluntária).
99) (ESAF – Procurador – BACEN – 2001) A Lei Complementar no 101/2000
estabeleceu rígidos critérios para as despesas de pessoal pela Administração
Pública. Por seus comandos, caso a despesa com pessoal exceda a 95% do limite por ela fixado, somente será permitido:
a) provimento de cargo público decorrente de reposição por motivo de
aposentadoria em áreas sociais e administrativas do serviço público.
b) alteração de estrutura de carreira, com aumento de despesa. c) concessão da revisão geral anual da remuneração prevista pela norma
constitucional.
d) contratação de hora extra, em qualquer setor que comprovar a sua
necessidade.
e) criação de empregos regidos pela legislação trabalhista para o setor de educação e saúde.
100) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Lei de
Responsabilidade Fiscal - LRF instituiu mecanismos mais rigorosos para a administração das finanças nas três esferas de governo e funciona como um
código de conduta para os administradores públicos, que devem obedecer às
normas e limites estabelecidos na lei. Com base na Lei de Responsabilidade
Fiscal, assinale a opção incorreta. a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na União esse
limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.
b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a
Responsabilização. c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação inclusive
suas empresas estatais dependentes na forma definida na Lei.
d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal, segundo a
LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal.
e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da Federação,
inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma de novação de dívida
contraída anteriormente.
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