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Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 02 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 90 AULA 2: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte III SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do tema 1 Restos a Pagar na LRF 2 Relatórios 6 Receita Corrente Líquida 13 Despesas com Pessoal 17 Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado 36 Gestão Fiscal e Transparência 38 Escrituração, Consolidação e Prestação das Contas 43 Gestão e Preservação do Patrimônio Público 47 Mais Questões de Concursos Anteriores - ESAF 52 Memento (resumo) 67 Lista das Questões Comentadas na Aula 73 Gabarito 90 Olá amigos! Como é bom estar aqui! Conversando com um amigo, certa vez ele disse: _ Para alguns, a vida parece amarga ou insípida. Pois saiba que a vida tem o sabor de um chá... Acontece algumas vezes que não achamos bom o chá. Descobre-se a causa quando se chega ao fundo da xícara: era o açúcar. Não estava faltando, mas estava no fundo. Teria sido necessário mexer... Você já tem o “açúcar” dentro de você! É hora de se sacudir que vamos para mais um encontro! Continuaremos nesta aula o estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal!

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AULA 2: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte III

SUMÁRIO PÁGINA

Apresentação do tema 1

Restos a Pagar na LRF 2

Relatórios 6

Receita Corrente Líquida 13

Despesas com Pessoal 17

Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado 36

Gestão Fiscal e Transparência 38

Escrituração, Consolidação e Prestação das Contas 43

Gestão e Preservação do Patrimônio Público 47

Mais Questões de Concursos Anteriores - ESAF 52

Memento (resumo) 67

Lista das Questões Comentadas na Aula 73

Gabarito 90

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Conversando com um amigo, certa vez ele disse:

_ Para alguns, a vida parece amarga ou insípida. Pois saiba que a vida tem o

sabor de um chá... Acontece algumas vezes que não achamos bom o chá.

Descobre-se a causa quando se chega ao fundo da xícara: era o açúcar. Não estava faltando, mas estava no fundo. Teria sido necessário mexer...

Você já tem o “açúcar” dentro de você! É hora de se sacudir que vamos para

mais um encontro!

Continuaremos nesta aula o estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal!

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1. RESTOS A PAGAR NA LRF

Para coibir abusos com os

recursos públicos em fim

de mandato, a LRF, em seu art. 42, parágrafo

único, determina:

“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido

no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa

ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha

parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que

haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de

caixa serão considerados os encargos e despesas

compromissadas a pagar até o final do exercício.”

A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida

integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício

seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato

subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das parcelas no exercício seguinte.

E por que este artigo está dentro da Seção VI – Dos Restos a Pagar?

Relembro que consideram-se Restos a Pagar (RAP) ou resíduos passivos as

despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até

o dia 31 de dezembro.

Os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por

credor, distinguindo-se as despesas processadas (empenhadas, liquidadas e

não pagas) das não processadas (empenhadas, não liquidadas e não pagas).

A origem dos RAP está ligada ao princípio da continuidade dos serviços

públicos, pois visa adequar o fim do exercício financeiro ao pagamento de

despesas que extrapolem esse período, de forma a não prejudicar o bom

andamento da Administração Pública, tampouco causar interrupções nos

serviços públicos. No entanto, com o decorrer do tempo, os RAP passaram ser usados para a

rolagem de dívidas. De acordo com Nascimento e Debus (2002), “a falta de

sincronia entre orçamento e execução financeira e a ausência de medidas

corretivas ocasionava uma sobra de pagamentos que não podiam ser atendidos no mesmo exercício e eram transferidos para o exercício seguinte

sob a forma de Restos a Pagar. O orçamento do exercício seguinte, por sua

vez, frequentemente não contemplava espaço para os Restos a Pagar que,

para serem atendidos, ocasionavam deslocamento de outras despesas. Estas, por sua vez, seriam também transferidas sob a forma de Restos a Pagar para o

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terceiro exercício, configurando-se então a rolagem extraorçamentária de

dívidas.”

Tal situação se agravava principalmente no último ano do mandato dos Chefes

do Executivo, pois além da pressão pela realização de mais despesas que

poderiam culminar em mais dividendos eleitorais, a “conta” das despesas transformada em Restos a Pagar seria herança fiscal para seu sucessor, que

levaria boa parte do seu mandato pagando as dívidas daquele que o

antecedeu. A fim de se evitar tal herança fiscal, o principal foco do art. 42 da

LRF são os restos a pagar. Se a despesa não for paga até o término do

exercício financeiro, dia 31 de dezembro, o crédito poderá ser inscrito em restos a pagar, com o pagamento a realizar-se no exercício subsequente. No

entanto, os restos a pagar do último ano do mandato, processados ou não

processados, sofrem a restrição do art. 42 visando ao equilíbrio financeiro do

mandato subsequente.

O MCASP observa que, embora a Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o

mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda contrair

obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, eliminando as heranças fiscais.

Assim, o art. 42 visa evitar que o novo governo seja imobilizado logo no início

do mandato, por ter que pagar dívidas e honrar compromissos financeiros

deixados pelo antecessor. No entanto, vale ressaltar que mesmo em caso de

reeleição a regra do art. 42 deverá ser atendida.

Outro aspecto que vale ser destacado é que o art. 5º da Lei 8.666/1993

determina que, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de

bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, deve ser obedecida, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem

cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes

relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da

autoridade competente, devidamente publicada. Assim, o gestor público não pode burlar a regra do art. 42 dando prioridade ao pagamento de despesas dos

oito meses do fim do mandato e deixando as dos meses anteriores para o

sucessor, por não serem atingidas explicitamente pela referida regra.

1) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A LRF proíbe a inscrição de despesas em restos a pagar no último ano do

mandato do governante.

A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,

contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente

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dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem

que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato subsequente,

desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das

parcelas no exercício seguinte.

Resposta: Errada

2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Existe possibilidade

legal para que o presidente da República contraia despesa que não

seja paga integralmente no último ano de seu mandato.

Existe possibilidade legal para que o presidente da República contraia despesa

que não seja paga integralmente no último ano de seu mandato: basta que

exista a respectiva cobertura financeira.

Resposta: Certa

3) (CESPE - Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no último ano

de mandato, é permitido aos prefeitos deixar restos a pagar

processados e não processados que, somados, alcancem valor superior à disponibilidade de caixa.

De acordo com o art. 42 da LRF, é vedado ao titular de Poder ou órgão, nos

últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que

não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade

de caixa para este efeito.

Os restos a pagar do último ano do mandato, processados ou não processados,

sofrem a restrição do art. 42 da LRF, pois sua inscrição ocorre em 31 de dezembro, portanto, dentro dos dois últimos quadrimestres.

Logo, é vedado aos prefeitos, no último ano de mandato, deixar restos a pagar

processados e não processados que, somados, alcancem valor superior à

disponibilidade de caixa. Resposta: Errada

4) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-

2008) Os compromissos assumidos pelo chefe do Poder Executivo no último ano de mandato, no caso de serviços continuados, destinados à

manutenção das atividades da administração, devem ter cobertura das

disponibilidades de caixa pelo menos até o final do respectivo

exercício

De acordo com o art. 42 da LRF, é vedado ao titular de Poder ou órgão, nos

últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que

não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a

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serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade

de caixa para este efeito. A questão dispõe que o compromisso foi assumido no último ano de mandato.

Apesar de não afirmar que se trata dos dois últimos quadrimestres, podemos

concluir que se enquadra no art. 42, pois são serviços continuados, portanto

que se prolongarão por todo o exercício financeiro. Resposta: Certa

5) (CESPE – Administração - Prefeitura de Vila Velha – 2008) Em 2008,

a partir de maio, os prefeitos não poderão assumir dívidas que não

possam ser quitadas até o final do exercício; se houver parcelas com vencimento em 2009, deverá haver disponibilidade de caixa suficiente

para supri-las.

A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato (ou seja, a partir de maio), contrair obrigação de despesa que não

possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem

pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa

para este efeito. Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa

para o pagamento das parcelas no exercício seguinte.

Resposta: Certa

6) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) No final do exercício de X1 o contador da Prefeitura Tudo Certo percebeu

que existia um montante disponível em caixa de R$ 1.000.000,00,

despesas liquidadas e pagas de 2.000.000,00, despesas liquidadas e

não pagas de R$ 600.000,00 e despesas empenhadas e não liquidadas de 500.000,00. Considerando que é o último ano do mandato do

prefeito e de acordo com a Lei Complementar no 101/2000, o valor

máximo a ser inscrito em Restos a Pagar, em reais, é de

(A) 500.000,00. (B) 600.000,00.

(C) 1.100.000,00.

(D) 1.000.000,00.

(E) 900.000,00.

De acordo com o art. 42 da LRF:

“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos

dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não

possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de

caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão

considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do

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exercício.”

Logo, o valor máximo a ser inscrito em Restos a Pagar é o montante disponível

em caixa de R$ 1.000.000,00.

Resposta: Letra D

7) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) A Lei

de Responsabilidade Fiscal veda ao titular do Poder Executivo contrair

obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente

dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte

sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito (A) no último ano de seu mandato.

(B) no último trimestre de seu mandato.

(C) nos dois últimos trimestres de seu mandato.

(D) nos dois últimos quadrimestres de seu mandato. (E) no último bimestre de seu mandato.

De acordo com o art. 42 da LRF:

“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de

despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha

parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente

disponibilidade de caixa para este efeito.

Resposta: Letra D

2. RELATÓRIOS

2.1. Relatório de Gestão Fiscal

O Relatório de Gestão Fiscal – RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos

titulares dos Poderes e órgãos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo;

Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório

equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou

órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do

Poder Judiciário; Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O

relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela Administração Financeira e pelo controle interno, bem como por outras

definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.

É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar

por divulgar semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal.

De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá comparativo com

os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:

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despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita (tais demonstrativos estarão

apenas no RGF do Poder Executivo).

Se ultrapassado qualquer dos limites, o RGF conterá também a indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar.

Apenas no último quadrimestre, o RGF conterá demonstrativos:

do montante das disponibilidades de caixa em 31/12;

da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do

saldo da disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de

disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e

do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38, que trata das operações de crédito por antecipação de receita.

O relatório será publicado até 30 dias após o encerramento do período a que

corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico. O descumprimento do prazo impedirá, até que a situação seja regularizada, que

o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de

crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da

dívida mobiliária.

2.2. Relatório Resumido de Execução Orçamentária

De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,

até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária – RREO.

Os arts. 52 e 53 da LRF regulamentam o tema. O RREO abrangerá todos os

Poderes e o Ministério Público e será composto pelo balanço orçamentário e por demonstrativos de execução de receitas e despesas:

Balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as

receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a

previsão atualizada; as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo.

Demonstrativos da execução das receitas, por categoria econômica e

fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o

exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a

previsão a realizar; e das despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o

exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício.

Despesas, por função e subfunção.

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Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão

destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida. Da mesma forma que na escrituração e consolidação

das contas e no RGF, o descumprimento do prazo impedirá, até que a situação

seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e

contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

De acordo com o art. 53 da LRF, acompanharão o RREO demonstrativos

relativos a:

Apuração da receita corrente líquida e sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício.

Receitas e despesas previdenciárias.

Resultados nominal e primário.

Despesas com juros. Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os

pagamentos realizados e o montante a pagar.

É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar por divulgar semestralmente os demonstrativos do RREO (citados acima).

No entanto, o RREO deve ser divulgado bimestralmente em todos os entes,

já que este período é o previsto no § 3º do art. 165 da CF/1988, conforme

estudamos no início deste tópico.

Já o RREO referente ao último bimestre do exercício será acompanhado

também de demonstrativos do atendimento da regra de ouro (inciso III do art.

167 da CF/1988 e disposições da LRF no § 3º do art. 32); das projeções

atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos; e da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a

aplicação dos recursos dela decorrentes.

Quando for o caso, serão apresentadas justificativas da limitação de empenho

e da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

RGF ≠ RREO

RGF: será emitido, a cada quadrimestre, pelos

titulares dos Poderes e órgãos RREO: publicado, até 30 dias após o encerramento de

cada bimestre, pelo Poder Executivo.

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8) (CESPE – Assessor Técnico de Controle e Administração – TCE/RN – 2009) As justificativas para limitação de empenho e de frustração de

receitas deverão acompanhar o relatório de gestão fiscal a ser publicado com a periodicidade quadrimestral.

Quando for o caso, no relatório resumido da execução orçamentária, de

periodicidade bimestral, serão apresentadas justificativas da limitação de

empenho e da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e

cobrança.

Resposta: Errada

9) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) Se um

ente federativo deixar de publicar, no prazo legal, relatório resumido

de execução orçamentária, ficará impossibilitado de receber

transferências voluntárias e de contratar operações de crédito, excetuando-se as destinadas ao refinanciamento do principal

atualizado da dívida mobiliária.

O descumprimento do prazo de publicação no RREO impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências

voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao

refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Resposta: Certa

10) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) De forma a se aprimorar a

evidenciação das receitas e despesas públicas na divulgação do

Relatório Resumido da Execução Orçamentária, os valores referentes

ao refinanciamento da dívida mobiliária devem constar em destaque nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização

da dívida.

Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com

amortização da dívida (art. 52, § 1, da LRF).

Resposta: Certa

11) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O Relatório de Gestão Fiscal

divulga as dívidas consolidada e mobiliária, a concessão de garantias e

as operações de crédito, exceto as advindas de antecipação de receita.

De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:

_ despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

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_ dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita (tais demonstrativos estarão

apenas no RGF do Poder Executivo). Resposta: Errada

12) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O relatório de gestão fiscal

deve conter os demonstrativos do último quadrimestre da inscrição de

restos a pagar e das despesas empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo de disponibilidade de caixa.

Apenas no último quadrimestre, o RGF conterá demonstrativos:

_ do montante das disponibilidades de caixa em 31/12; _ da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e não

liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da

disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e

cujos empenhos foram cancelados; e _ do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38,

que trata das operações de crédito por antecipação de receita.

Resposta: Certa

13) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) O Poder Executivo

de cada ente da Federação terá de publicar, até trinta dias após o

encerramento do trimestre, o relatório resumido da execução

orçamentária.

De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,

até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da

execução orçamentária.

Resposta: Errada

14) (CESPE - Técnico Administrativo - MPU - 2010) O relatório

resumido da execução orçamentária é necessário para todos os órgãos

da administração direta e indireta dos poderes da República.

Segundo o art. 52 da LRF, o relatório resumido de execução orçamentária

abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público. No entanto, tal artigo deve

ser combinado com o artigo 1º da LRF, o qual dispõe que a LRF não se aplica a todos os órgãos da administração indireta. As disposições da LRF obrigam a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Nas referências à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos

o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de

Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais

dependentes. Dessa forma, a LRF não alcança as empresas estatais não

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dependentes, apesar de tais empresas também integrarem a administração

indireta. Assim, o relatório resumido da execução orçamentária não é necessário para

todos os órgãos da administração direta e indireta dos poderes da República.

O CESPE optou por anular o item, pois considerou que dificultava um

julgamento objetivo por parte do candidato. No entanto, para efeitos de estudos, o item está errado.

Resposta: Errada

15) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) No

âmbito do Poder Judiciário estadual, o relatório de gestão fiscal será elaborado pelo tribunal de justiça e assinado pelo presidente desse

órgão e demais membros de conselho de administração ou órgão

decisório equivalente, conforme respectivo regimento interno.

O RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e órgãos,

assinado pelo Chefe do Poder Executivo; Presidente e demais membros da

Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos

dos órgãos do Poder Legislativo; Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório

equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder

Judiciário; Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O relatório

também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração

financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.

Resposta: Certa

16) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) O governador do estado de Pernambuco dispõe de até trinta dias, após o final de cada

quadrimestre, para publicar o relatório de gestão fiscal. O

descumprimento desse prazo impede o estado de receber

transferências constitucionais e contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida

mobiliária estadual.

O Relatório de Gestão Fiscal – RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e órgãos. O relatório será publicado até 30 dias após o

encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público,

inclusive por meio eletrônico. O descumprimento do prazo impedirá, até que a

situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências

voluntárias (e não constitucionais) e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Resposta: Errada

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17) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Compete ao Poder Executivo publicar o relatório resumido da execução

orçamentária no prazo de até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,

até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da

execução orçamentária – RREO. Resposta: Certa

18) (FCC - Analista Judiciário – Contabilidade - TRF 2ª Região – 2007)

O relatório resumido da execução orçamentária a) alcança todos os entes da Federação, sendo elaborado pela

Secretaria do Tesouro Nacional.

b) é produzido individualmente em cada Poder estatal, apresentando

números que permitem a limitação de empenho e de movimentação financeira.

c) apresenta o comportamento de despesas e dívidas sujeitas a

limites fiscais.

d) revela somente a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os saldos de operações de crédito e Restos a Pagar.

e) abrange todos os Poderes, fornecendo dados que indicam a

limitação de empenho e de movimentação financeira.

a) Errada. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária - RREO (art.

165, §3º, da CF/1988). A interpretação a ser dada é que o Poder Executivo de

cada ente elaborará seu Relatório, não há um único RREO que alcance todos

os entes. b) Errada. Quando for o caso, serão apresentadas no RREO justificativas da

limitação de empenho. No entanto, o RREO abrangerá todos os Poderes e

o Ministério Público de cada ente. Logo, não é produzido individualmente

em cada Poder estatal. c) Errada. O Relatório de Gestão Fiscal apresenta o comportamento de

despesas e dívidas sujeitas a limites fiscais, inclusive com a indicação das

medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites.

d) Errada. O Relatório de Gestão Fiscal conterá, dentre outros, a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os saldos de operações de crédito e

Restos a Pagar.

e) Correta. O RREO abrange todos os Poderes do ente. Quando for o caso,

serão apresentadas justificativas da limitação de empenho e da frustração de

receitas. Resposta: Letra E

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19) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) O Poder Executivo publicará, até ...... dias após o encerramento de cada bimestre,

relatório resumido da execução orçamentária. Completa corretamente a lacuna acima:

(A) trinta

(B) quarenta e cinco

(C) sessenta

(D) noventa (E) cento e vinte

De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará,

até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária – RREO.

Resposta: Letra A

3. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Um conceito importante da LRF é o de Receita Corrente Liquida (RCL),

utilizado como referência na despesa pública, como no cálculo do limite para as

despesas de pessoal, dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,

patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e

outras receitas também correntes, deduzidos:

Na União: os valores transferidos aos estados e municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na

alínea “a” do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à

seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).

Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.

Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência

social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no

§ 9º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas

previdenciários).

No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o

Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF e dos

Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo

de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao

DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

Repare que o conceito de Receita Corrente Líquida visa separar as receitas

disponíveis a cada um dos entes daquelas que eles não têm autonomia para

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gerenciar. De nada adiantaria fazer cálculos e determinar percentuais em cima

de receitas brutas, que na verdade não estão totalmente disponíveis aos entes. Assim, ao determinar o limite de despesas com pessoal em relação à RCL

(veremos nos próximos tópicos), a LRF estabelece um limite percentual sobre

as receitas efetivamente disponíveis para o pagamento de pessoal.

É importante frisar que a RCL será apurada somando-se as receitas

arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as

duplicidades. Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um ano,

não necessariamente coincidente com o ano civil.

Por exemplo, se formos calcular a RCL do mês de julho de 2011, para

divulgação em agosto, devemos somar a RCL do nosso mês de referência

(julho/2011) e nos 11 anteriores (junho/2011 a agosto/2010).

R$ Milhão

Mês RCL Mensal

Julho/11 550

junho 590

maio 600

abril 650

março 550

fevereiro 480

janeiro 520

dezembro 560

novembro 540

outubro 520

setembro 510

Agosto/10 500

Total 6570

Assim, a RCL apurada no mês de julho de 2011 será de R$ 6.570.000.000,00.

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20) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Sob a óptica da LRF, para a apuração da receita corrente líquida, serão englobados os valores

referentes a receitas tributárias e de contribuições, incluídas aquelas advindas da contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema

de previdência e assistência social.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e

outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, a contribuição

dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência

social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9.º do

art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas previdenciários).

Resposta: Errada

21) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, a receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas

tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias,

de serviços, transferências correntes e outras receitas também

correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência

e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. A RCL corresponde ao

somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,

agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.

Resposta: Certa

22) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) no cômputo da receita corrente líquida, não devem ser considerados os

recursos obtidos por meio da exploração de atividades industriais.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes

e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria

LRF.

Resposta: Errada

23) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde -

2008) Entre outros ajustes no cálculo da receita corrente líquida,

devem ser subtraídas as receitas oriundas da compensação financeira

correspondente à contagem recíproca do tempo de contribuição para

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os beneficiários da previdência social na administração pública e na

atividade privada, rural e urbana.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,

patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e

outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e

as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9.º do art. 201

da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas previdenciários).

Resposta: Certa

24) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A receita

corrente líquida será apurada pelo somatório, de janeiro a dezembro,

das receitas correntes, deduzidas as transferências estabelecidas na

lei.

É importante frisar que a RCL será apurada somando-se as receitas

arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as

duplicidades. Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o ano civil.

Resposta: Errada

25) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Receita corrente

líquida corresponde ao total de receitas correntes deduzido das receitas de capital.

A Receita Corrente Líquida - RCL corresponde ao somatório das receitas

tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, com as

deduções estabelecidas na própria LRF.

Logo, se o termo é “Receita Corrente Líquida”, as despesas de capital sequer são mencionadas. Não há como deduzir algo que sequer está dentro do

conceito. O que a LRF prevê como dedução da RCL são algumas receitas

também correntes que não entram no cálculo.

Resposta: Errada

26) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) A receita corrente líquida é

apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês de referência e

nos três meses anteriores.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência

e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Resposta: Errada

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27) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita corrente líquida deve sempre ser apurada no período referente a um ano,

coincidente com o ano civil.

É importante frisar que a RCL será apurada somando-se as receitas

arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as

duplicidades. Assim, a apuração da RCL é feita durante o período de um

ano, não necessariamente coincidente com o ano civil.

Resposta: Errada

4. DESPESAS COM PESSOAL

4.1. Considerações Iniciais

O propósito da LRF é a ação planejada e transparente, tendo o objetivo de

prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas

públicas. Os meios utilizados para se atingir este objetivo são o cumprimento de metas de receitas e despesas e obediência a limites e condições para a

dívida pública e gastos com pessoal. Assim, a finalidade da LRF é disciplinar a

gestão dos recursos públicos, atribuindo maior responsabilidade aos

administradores públicos.

O termo fiscal congrega todas as ações que se relacionam com a arrecadação e

a aplicação dos recursos públicos. Neste caminho, as despesas com pessoal

são as que mais despertam a atenção da população e dos gestores públicos,

em razão de serem as mais representativas em quase todos os entes, entre os gastos realizados. A preocupação gerada diante do excesso de despesas com

pessoal é objeto de maior detalhamento por meio da LRF. As despesas com

pessoal são sempre despesas correntes.

Para os efeitos da

LRF, entende-se

como despesa total

com pessoal:

O somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,

cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de

Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,

proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive

adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições

recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

As despesas consideradas como indenizatórias não são consideradas espécies

remuneratórias, logo não entram no cálculo do percentual de despesas com

pessoal. Exemplo: auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, auxílio-transporte, ajuda de custo para o militar removido para outra cidade etc.

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São também despesas com pessoal os valores dos

contratos de terceirização de mão de obra que se referem

à substituição de servidores e empregados públicos. Serão

contabilizados como “outras despesas de pessoal”.

Por exemplo, a contratação de um professor temporário para uma vaga de

professor efetivo em uma escola é despesa com pessoal para efeitos da LRF, já

que se refere à substituição de uma atribuição de um servidor efetivo. No

entanto, a contratação de pessoal para a segurança dessa mesma escola não é considerada despesa com pessoal, já que em geral não se trata de substituição

de servidores ou empregados públicos. É uma atividade importante, porém

acessória, instrumental ou complementar às atribuições legais da escola, não

sendo inerente a categorias funcionais abrangidas pelo quadro de pessoal.

4.2. Limites

Uma novidade da LRF, em relação às leis anteriores de limites para despesas com pessoal, é que os poderes e as três esferas de governo estão envolvidos

nos limites. A limitação visa permitir ao gestor público que atenda as

demandas da população como, por exemplo, saúde e educação, e não

comprometa quase toda sua receita com pagamento de despesas com pessoal.

O conceito de RCL, que vimos no tópico anterior, é importante porque, segundo o art. 19, a despesa total com pessoal será apurada somando-se a

realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores,

adotando-se o regime de competência. Para os fins do disposto no caput do

art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da

receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I – União: 50.

II – Estados: 60%. III – Municípios: 60%

LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL

UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS

50% 60% 60%

As disposições da LRF obrigam a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Nas referências a estados entende-se considerado o Distrito

Federal. Logo, o Distrito Federal deve observar o limite estabelecido na LRF

para a esfera estadual.

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Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será(ão) computada(s) a(s)

despesa(s):

Com indenização por demissão de servidores ou empregados.

Relativas a incentivos à demissão voluntária.

Com convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em

razão de convocação do Congresso Nacional).

Decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-

se o regime de competência. As despesas com pessoal decorrentes de

sentenças judiciais do período atual serão incluídas no limite do

respectivo Poder ou órgão.

Com pessoal, do Distrito Federal e dos estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União decorrentes da

competência da própria União para organizar e manter o Poder

Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal

e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar

assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços

públicos, por meio de fundo próprio. Nesses casos, as despesas desses

entes não são pagas com suas próprias receitas e sim da União, logo,

não são somadas aos seus limites de 60%.

Com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:

– da arrecadação de contribuições dos segurados;

– da compensação financeira entre os diversos regimes de

previdência social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na Administração Pública e na atividade

privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei.

– das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a

tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.

Segundo o art. 20 da LRF, a repartição dos limites globais do art. 19 – União

(50%), estados (60%), municípios (60%) – não poderá exceder os seguintes percentuais:

I – na esfera federal:

a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União.

b) 6% para o Judiciário. c) 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% para as despesas com pessoal

decorrentes da competência da União para organizar e manter o Poder

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Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos

Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira

ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo

próprio, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a

cada um destes dispositivos, em percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.

d) 0,6% para o Ministério Público da União.

II – na esfera estadual:

a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado. b) 6% para o Judiciário.

c) 49% para o Executivo.

d) 2% para o Ministério Público dos Estados.

Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual definido para o Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%, o que

corresponde, respectivamente, a acréscimo e redução de 0,4%.

III – na esfera municipal: a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando

houver.

b) 54% para o Executivo.

Observação: Tribunal de Contas dos Municípios é diferente de Tribunal de Contas do Município.

Há apenas dois Tribunais de Contas do Município, pois há vedação

constitucional para a instituição de Cortes de Contas municipais, ressalvados os Tribunais de Contas do Município de São Paulo e o do Rio de Janeiro,

criados antes da CF/1988. Tais Tribunais têm competência para processar e

julgar contas exclusivamente do município onde foi criado e não dos outros

municípios do Estado. Porém, não há impedimento para que o Estado institua Tribunais de Contas

dos Municípios, para apreciar e julgar exclusivamente as contas dos

municípios integrantes de seu território. Mas há apenas quatro Tribunais de

Contas dos Municípios (Bahia, Ceará, Pará e Goiás). Os municípios dos outros estados que não possuem Tribunais de Contas dos Municípios estão sob a

jurisdição dos Tribunais de Contas Estaduais.

Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será repartido

entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente

anteriores ao da publicação da LRF (1997 a 1999). Por exemplo, o Poder

Judiciário do estado X teve como médias nesses três anos as despesas

divididas por três órgãos de tamanho diferentes, A, B e C, na proporção,

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respectivamente, de 20%, 30% e 50% do gasto com pessoal desse Judiciário

Estadual. Como a partir da LRF o limite é de 6% da RCL para o Judiciário desse Estado, o rateio do limite será da seguinte forma em relação à RCL: 1,2% para

o órgão A; 1,8% para o órgão B e 3% para o órgão C.

Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes

Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,

ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais

fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com

pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos no art. 20 da LRF.

Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer critérios

diferentes da LRF. Mas essa faculdade que estava no § 6º do art. 20 da LRF foi vetada:

Vetado: § 6º do art. 20: “Somente será aplicada a repartição dos limites

estabelecidos no caput caso a lei de diretrizes orçamentárias não disponha de

forma diferente.” Razões do veto: “A possibilidade de que o limite de despesas de pessoal dos

Poderes e órgãos possam ser alterados na Lei de Diretrizes Orçamentárias

poderá resultar em demandas ou incentivo especialmente no âmbito dos

Estados e Municípios para que os gastos com pessoal e encargos sociais de

determinado Poder ou órgão sejam ampliados em detrimento de outros, visto que o limite global do ente da Federação é fixado na Lei Complementar. Desse

modo, afigura-se prejudicado o objetivo da lei complementar em estabelecer

limites efetivos de gastos de pessoal aos Três Poderes. Na linha desse

entendimento, o dispositivo contraria o interesse público, motivo pelo qual sugere-se a oposição de veto.”

Assim, a LDO não pode dispor de forma diferente da LRF.

Logo:

LIMITES POR ESFERA

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% Legislativo (TCM): 6%

Judiciário: 6% Judiciário: 6%

Executivo: 40,9% Executivo: 49% Executivo: 54%

MPU: 0,6% MPE: 2%

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Nos estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o

percentual do Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%.

4.3. Controle

Conforme o art. 21 da LRF, é nulo de pleno direito o ato que provoque

aumento da despesa com pessoal e não atenda:

As exigências para a criação das despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 17). São elas: atos que criarem as despesas ou as

aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos

dois subsequentes; demonstração da origem dos recursos para seu

custeio; comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não

afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO; compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos

seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução

permanente de despesa.

As exigências de acompanhamento, para a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da

despesa (art. 16): estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, e

declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação

orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com

a LDO.

As exigências do § 1º do art. 169 da CF/1988 (veremos ainda neste tópico).

O percentual de reserva dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e os critérios de sua admissão definidos em lei.

O limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com

pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do

respectivo Poder ou órgão. É comum associar este prazo ao final dos mandatos

de quatro anos dos Chefes do Executivo, porém é interessante observar que a

norma também alcança o mandato dos Presidentes de casas legislativas, o qual é de dois anos. Logo, um Presidente de uma Câmara Municipal, por

exemplo, não poderá aumentar a despesa com pessoal nos 180 dias anteriores

ao final do seu mandato de dois anos.

Ainda, consoante o inciso XIII do art. 37 da CF/1988, é vedada a vinculação ou

equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de

remuneração de pessoal do serviço público. Logo, é nulo o ato aumentativo da

despesa com pessoal que promova a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias.

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Ressalta-se que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a

concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento

de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do

Distrito Federal e dos municípios.

Consoante o art. 22 da LRF, a verificação do cumprimento dos limites

estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.

Limite de alerta: compete aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos

limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão e alertá-los quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassar

90% do limite.

Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite, são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:

Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial

ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral anual,

sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Criação de cargo, emprego ou função.

Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa.

Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou

falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.

Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do

Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006

vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação do Congresso Nacional).

Atenção: o limite de alerta ocorre quando os Tribunais de Contas constatam

que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite, não havendo nenhuma sanção ou vedação, apenas um alerta. Já o limite

prudencial ocorre quando a despesa total com pessoal excede a 95% do

limite, incorrendo em diversas vedações para o Poder ou órgão que incorrer no

excesso.

Limite ultrapassado (caput do art. 23 da LRF): se a despesa total com

pessoal, do Poder ou órgão, ultrapassar os limites definidos no art. 20, sem

prejuízo das medidas previstas no art. 22 citadas acima, o percentual

excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências

previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988.

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Assim, a CF/1988 também trata do assunto despesas com pessoal. Segundo o

art. 169, a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios não poderá exceder os limites estabelecidos

em lei complementar, que é exatamente o que estudamos na LRF, por isso

começamos o estudo da Lei antes da CF/1988.

De acordo com o § 1º do art. 169 da CF/1988, a concessão de qualquer

vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e

funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou

contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da

Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas se houver:

Prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes.

Autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Continuando, para o cumprimento dos limites estabelecidos com base no que

estudamos na LRF, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios

adotarão as seguintes providências (são os §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988):

Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança.

Exoneração dos servidores não estáveis.

Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de

cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. O servidor que

perder o cargo fará jus a indenização correspondente a um mês de

remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será

considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

Vale ressaltar que, de acordo com o art. 37, XV, da CF/1988, a regra é que o

subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, com algumas ressalvas constitucionais, nas quais não se inclui a

redução consensual dos respectivos vencimentos.

Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá (§ 3º do art. 23 da LRF):

Receber transferências voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à educação e à assistência social.

Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente.

Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das

despesas com pessoal.

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4.4. Exceções aos Prazos para Redução das Despesas com Pessoal

Estas são as exceções aos prazos do art. 23 da LRF para a redução das

despesas com pessoal:

Aplicação imediata: as restrições são aplicadas imediatamente se a despesa

total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão.

Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso

Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos

estados e municípios; e em caso de estado de defesa ou de sítio decretado na

forma da constituição, enquanto perdurar a situação, serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo.

Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto

Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior

a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no

período correspondente aos quatro últimos trimestres.

4.5 Despesas com a Seguridade Social

De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à

Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação

da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do art. 17, o qual trata

das despesas obrigatórias de caráter continuado.

A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência e

assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares,

ativos e inativos, e aos pensionistas.

No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de receita

ou pela redução permanente de outras despesas se o aumento de despesa

decorrer de: I – concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação

prevista na legislação pertinente;

II – expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;

III – reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.

28) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) A despesa total com pessoal, para os efeitos da LRF, será apurada somando-se a despesa realizada

no mês em referência com as despesas dos doze meses imediatamente

anteriores, adotando-se o regime de caixa.

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Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será apurada somando-

se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.

Resposta: Errada

29) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os valores gastos

com serviços prestados por empresas contratadas para a terceirização de mão de obra e que se refiram à substituição de servidores e

empregados públicos devem ser contabilizados como despesas de

capital.

São também despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização

de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados

públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. Logo, são

despesas correntes. Resposta: Errada

30) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A despesa total com

pessoal da União não deve ultrapassar a 50% da sua receita corrente líquida.

No caso da União, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração,

não poderá exceder a 50% da RCL.

Resposta: Certa

31) (CESPE - AFCE - TCU - 2008) Na verificação da despesa total com

pessoal da União, não serão computadas as despesas com indenização

por demissão de servidores, as relativas à demissão voluntária e as decorrentes dos contratos de terceirização de mão-de-obra referentes

a substituição de servidores e empregados públicos.

Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas, entre outras, as despesas com indenização por demissão de servidores e as

relativas à demissão voluntária. No entanto, são computadas as decorrentes

dos contratos de terceirização de mão-de-obra referentes à substituição de

servidores e empregados públicos. Resposta: Errada

32) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Na hipótese de a receita

corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400

bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões.

Na esfera federal, o limite é de 6% da RCL para o Judiciário. Logo, na hipótese

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de a receita corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400

bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder a 6% do total, ou seja, R$ 24 bilhões.

Resposta: Errada

33) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o BNDES empresta recursos a um estado para completar o valor

necessário ao pagamento da folha de salários de seus servidores, tal

procedimento fere a CF.

A CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e

Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com

pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios. Assim, se o BNDES empresta recursos a um ente para completar o valor necessário ao pagamento de pessoal, tal procedimento fere a CF/1988.

Resposta: Certa

34) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A LRF prevê a aplicação de restrições à gestão de recursos públicos, ainda

que o limite de despesas de pessoal não tenha sido atingido.

Há limites de alerta e prudencial, que são formas de controle ainda que o

limite de despesas com pessoal não tenha sido atingido. Resposta: Certa

35) (CESPE - Administrador - Ministério da Previdência Social - 2010)

Combinando-se as disposições constitucionais com as da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), constata-se que mesmo os servidores

estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de

pessoal ultrapassarem determinados limites, o que, entretanto,

poderia ser evitado no caso de redução consensual dos respectivos vencimentos.

Combinando-se as disposições constitucionais com as da LRF, constata-se que

mesmo os servidores estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal ultrapassarem determinados limites (limite ultrapassado).

No entanto, segundo a CF/1988, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de

cargos e empregos públicos são irredutíveis. Não poderá haver redução dos

respectivos vencimentos, mesmo que vise evitar a exoneração.

Resposta: Errada

36) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008)

Considere a hipótese de um município em que as despesas de pessoal

totais estão abaixo do limite global de 60% das receitas correntes

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líquidas, mas a Câmara de Vereadores respectiva gasta, com sua folha

de pagamentos, mais do que seu limite próprio, de 6% do mesmo agregado de receita, e está nessa situação há dez meses. Nesse caso,

as transferências voluntárias da União para esse município não

precisam ser suspensas.

Estamos diante da situação de limite ultrapassado. Nesse caso, o percentual

excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes (oito

meses), sendo pelo menos um terço no primeiro. Não alcançada a redução no

prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá,

dentre outras restrições, receber transferências voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à educação e à assistência social.

Resposta: Errada

37) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Com exceção das prestações destinadas aos idosos, nenhum benefício ou serviço

relativo à seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido

sem a indicação da fonte de custeio total.

De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à

Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação

da fonte de custeio total. Não há exceção das prestações destinadas aos

idosos.

Resposta: Errada

38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011)

Considera-se nulo o ato de prefeito que reajustar o vencimento dos

servidores municipais em 25%, resultando em aumento de despesa com pessoal, no penúltimo mês de seu mandato.

É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal

expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão. Logo, é nulo o ato de prefeito que reajustar o

vencimento dos servidores municipais, resultando em aumento de despesa

com pessoal, no penúltimo mês de seu mandato.

Resposta: Certa

39) (CESPE – Contador – FUB – 2009) A Lei de Responsabilidade Fiscal

(LRF) considera como baixo crescimento a variação real acumulada do

PIB abaixo de 1% em dois trimestres consecutivos ou em quatro

alternados no intervalo de dois anos.

Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB

inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres.

Resposta: Errada

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40) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) As despesas de pessoal

permanente de um órgão ou entidade podem ser classificadas como correntes ou de capital, dependendo de o pessoal ser empregado nas

atividades normais, de manutenção do órgão ou entidade, ou alocado a

um projeto de que resultará um investimento.

As despesas com pessoal são sempre correntes. Resposta: Errada

41) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Na

repartição dos limites das despesas de pessoal na esfera federal, o TJDFT se inclui no percentual de 6% atribuído ao Poder Judiciário, que

estão compreendidos nos 50% da receita corrente líquida da União.

O TJDFT se inclui no percentual de 40,9% atribuído ao Poder Executivo, que estão compreendidos nos 50% da RCL da União.

Resposta: Errada

42) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Um município cuja despesa total com pessoal ultrapasse, em determinado período de

apuração, 50% da receita corrente líquida infringe a Lei de

Responsabilidade Fiscal.

Um município cuja despesa total com pessoal ultrapasse, em determinado período de apuração, 50% da RCL, ainda não infringe a LRF. Apenas caso

ultrapassasse 60% da RCL é que estaria contrariando o disposto na Lei.

Resposta: Errada

43) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A despesa total

com pessoal será apurada pela soma no mês em referência com as

previstas para os onze meses imediatamente subsequentes.

Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será apurada somando-

se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente

anteriores, adotando-se o regime de competência.

Resposta: Errada

44) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A despesa

total da União com pessoal não poderá exceder 50% da receita líquida

corrente, computando-se, para verificação do atendimento a esse

limite, as despesas derivadas de indenizações por demissões de seus servidores e empregados.

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Segundo a LRF, a União não pode realizar despesa com pessoal em percentual superior a 50% da receita corrente líquida.

Entretanto, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, não serão computadas, entre outras, as despesas com indenização por demissão de

servidores ou empregados.

Resposta: Errada

45) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Na verificação do atendimento dos limites definidos na LRF, para despesas com

pessoal, devem ser computadas despesas relativas a incentivos à

demissão voluntária.

Para fins de verificação dos limites definidos na LRF, não serão computadas,

entre outras, as despesas relativas a incentivos à demissão voluntária.

Resposta: Errada

46) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Considerando-se que, em

determinado município brasileiro, a despesa pública com pessoal

corresponda a 55% da receita corrente líquida, é correto afirmar que

essa despesa ultrapassa o limite previsto na LRF.

No âmbito do município, o limite da despesa pública com pessoal corresponde

a 60% da receita corrente líquida. Logo, se a despesa for inferior a tal

percentual, a despesa ainda não ultrapassou o limite.

Resposta: Errada

47) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Segundo a LRF,

a União não pode realizar despesa com pessoal em percentual superior

a 50% da receita corrente líquida, nela incluídas as despesas de indenização por demissão de servidores ou empregados.

Segundo a LRF, a União não pode realizar despesa com pessoal em percentual

superior a 50% da receita corrente líquida. Entretanto, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, não serão

computadas, entre outras, as despesas com indenização por demissão de

servidores ou empregados.

Resposta: Errada

48) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha

que determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de

mão-de-obra para o serviço de operação de máquinas fotocopiadoras,

uma atividade que não consta das atribuições de nenhum dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão. Nesse caso, as despesas

do contrato de terceirização não devem ser contabilizadas como outras

despesas de pessoal.

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São também despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização

de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”.

Logo, caso determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de

mão-de-obra para uma atividade que não consta das atribuições de nenhum

dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão, as despesas do

contrato de terceirização não devem ser contabilizadas como outras despesas de pessoal.

Resposta: Certa

49) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Se o aumento acentuado e inesperado do número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a

administração a efetuar a contratação de novos professores mediante

terceirização, as despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas

entre as despesas de pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite.

Caso determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de mão-

de-obra para uma atividade que consta das atribuições dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão, como é o caso de professores da rede

pública, as despesas do contrato de terceirização devem ser contabilizadas

como outras despesas de pessoal.

Resposta: Certa

50) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Caso a despesa total

com pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao

poder público o provimento de cargo público, com exceção da

reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público.

Caso a despesa total com pessoal exceda o limite prudencial de 95%, é vedado

ao poder público o provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público apenas das

áreas de educação, saúde e segurança.

Resposta: Errada

51) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas

relativas às pensões, por não constituírem gastos com servidores

inativos, não fazem parte da limitação de despesas de pessoal prevista

na LRF.

Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entende-se

como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação

com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,

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cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com

quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,

inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de

qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo

ente às entidades de previdência. Logo, as despesas relativas às pensões também fazem parte da limitação de

despesas de pessoal prevista na LRF.

Resposta: Errada

52) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As despesas com pessoal, pagas à conta de despesas de exercícios anteriores,

decorrentes de decisão administrativa ou judicial e relativas aos cinco

exercícios anteriores, serão normalmente computadas para efeito de

cálculo dos limites fixados para cada ente e cada um dos Poderes.

As despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais no período de

apuração serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão.

No entanto, não serão computadas as despesas decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total

com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze

imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Logo, essas

devem ser excluídas do cálculo.

Assim, as despesas com pessoal, pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, decorrentes de decisão administrativa ou judicial e relativas aos

cinco exercícios anteriores, não serão normalmente computadas para efeito de

cálculo dos limites fixados para cada ente e cada um dos Poderes.

Resposta: Errada

53) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) No Distrito Federal

(DF), o controle para a verificação do cumprimento do limite da

despesa total com pessoal deve ser realizado ao final de cada quadrimestre.

Em todos os entes a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos será

realizada ao final de cada quadrimestre. Resposta: Certa

54) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a

admissão ou a contratação de pessoal a qualquer título possa ser

proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, a exoneração de servidores não estáveis por excesso de

despesa somente é possível depois que esse limite for ultrapassado.

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A admissão ou a contratação de pessoal a qualquer título pode ser proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, ainda no

limite prudencial. No entanto, combinando-se as disposições constitucionais com as da LRF, constata-se que mesmo os servidores estáveis podem perder

seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal ultrapassarem

determinados limites (limite ultrapassado).

Resposta: Certa

55) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Os recursos correspondentes às

dotações orçamentárias destinadas ao pagamento de pessoal e

encargos sociais do TCU serão entregues em duodécimos de igual

valor, até o dia 20 de cada mês.

Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os

créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes

Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais fins, a

entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal

por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos no

art. 20 da LRF. Não serão duodécimos de igual valor. Resposta: Errada

56) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Se

determinado órgão público for obrigado a pagar a seus servidores

vantagens ou indenizações decorrentes de decisões judiciais, então ele deve, obrigatoriamente, excluir esses valores no cálculo de sua

despesa total com pessoal para efeito da aplicação do limite imposto

pela LRF.

Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na

LRF, não serão computadas as despesas decorrentes de decisão judicial e da

competência de período anterior ao da apuração da despesa total com

pessoal. No entanto, as despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais no período de apuração serão incluídas no limite do respectivo Poder

ou órgão.

Logo, se determinado órgão público for obrigado a pagar a seus servidores

vantagens ou indenizações decorrentes de decisões judiciais, então ele deve verificar o período e determinar se vai excluir ou incluir esses valores no

cálculo de sua despesa total com pessoal para efeito da aplicação do limite

imposto pela LRF.

Resposta: Errada

57) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Para

realização de despesa com o pessoal, o Poder Legislativo do Distrito

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Federal deve observar o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade

Fiscal para o legislativo da esfera municipal.

As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios. Nas referências a Estados entende-se considerado o Distrito

Federal. Logo, o Poder Legislativo do Distrito Federal deve observar o limite estabelecido na LRF para o legislativo da esfera estadual.

Resposta: Errada

58) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008)

As despesas de pessoal (A) não incluirão os valores dos contratos de terceirização de mão-de-

obra.

(B) poderão exceder 50% da receita líquida da União.

(C) do Poder Judiciário estão sujeitas a limites fixados pelo Ministério Público da União.

(D) dos inativos não podem ser maiores que os dos funcionários

ativos.

(E) serão apuradas, para fins de obediência aos limites, num período de doze meses.

a) Errada. As despesas com pessoal incluirão os valores dos contratos de

terceirização de mão-de-obra, desde que se refiram à substituição de

servidores e empregados públicos. b) Errada. As despesas com pessoal não poderão exceder 50% da receita

líquida da União.

c) Errada. Todos os Poderes e o Ministério Público estão sujeitos a limites

fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. d) Errada. Não existe tal regra de que as despesas com pessoal dos inativos

não podem ser maiores que os dos funcionários ativos.

e) Correta. Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será

apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência, o que

totaliza 12 meses.

Resposta: Letra E

59) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010)

Considere a tabela abaixo.

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(*) Receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras também

correntes, já realizadas as deduções previstas na LRF e excluídas as duplicidades.

(**) Receita e despesa referentes ao acumulado de janeiro a

dezembro de 2009, tomado o mês de dezembro de 2009 como

referência.

Estão acima do limite de gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida

(A) o Poder Executivo Estadual, o Estado e o Município.

(B) o Poder Executivo Municipal, o Poder Legislativo Municipal e o

Município. (C) os Poderes Executivos Estadual e Municipal.

(D) os Poderes Legislativos Estadual e Municipal.

(E) o Poder Judiciário Estadual, o Poder Executivo Municipal e o

Município.

A) Ente ou

Poder B) RCL

C) Despesas

com pessoal D) C/B

Limites

da LRF

Acima do

limite ?

Estado R$ 1 milhão R$ 595.000,00 60% 59,5% Não

Executivo R$ 1 milhão R$ 480.000,00 48% 49% Não

Legislativo R$ 1 milhão R$ 29.000,00 2,9% 3% Não

Judiciário R$ 1 milhão R$ 66.000,00 6,6% 6% Sim

MP R$ 1 milhão R$ 20.000,00 2,0% 2% Não

Município R$ 1 milhão R$ 655.000,00 60% 65,5% Sim

Executivo R$ 1 milhão R$ 600.000,00 60% 54% Sim

Legislativo R$ 1 milhão R$ 55.000,00 5,5% 6% Não

Logo, estão acima do limite de gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida o Poder Judiciário Estadual, o Poder Executivo Municipal e o

Município.

Resposta: Letra E

5. DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO

Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou

indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas

jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar

prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tais regras se

aplicam a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e

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empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as

instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e

refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição

de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.

Já de acordo com o caput do art. 27, na concessão de crédito por ente da

Federação, a pessoa física ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou

indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Ainda, dependem de autorização em lei específica as prorrogações e

composições de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a

concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do art. 27, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.

Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos,

inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de

recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Isso

significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar pelo

Congresso. No entanto, tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de

conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe o socorro às instituições do Sistema

Financeiro Nacional, prevendo, porém, a criação de fundos para a cobertura

destas instituições em situação de insolvência. A LRF prevê que a prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos,

constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.

60) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) De acordo com o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o próximo item, relativo à destinação de recursos públicos para o setor

privado.

Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados recursos

públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante concessão de

empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de

controle acionário.

Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos,

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inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema

Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.

Isso significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar

pelo parlamento. Tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder

às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

Resposta: Certa

61) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Com

relação à destinação de recursos públicos para o setor privado, considere:

I. Deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições

estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no

orçamento ou em seus créditos adicionais. II. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou

jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos

financeiros, comissões e despesas congêneres serão inferiores ao

custo de captação. III. Em regra, poderão ser utilizados recursos públicos para socorrer

instituições do Sistema Financeiro Nacional, inclusive mediante a

concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para

mudança de controle acionário.

Está correto o que se afirma APENAS em (A) I.

(B) I e II.

(C) I e III.

(D) II e III. (E) III.

I) Correto. Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou

indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem

atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar

prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tais regras se

aplicam a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as

instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

II) Errado. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou

jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos

financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores ao custo de captação.

III) Errado. Em regra, não poderão ser utilizados recursos públicos para

socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, inclusive mediante a

concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança

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de controle acionário. Isso só poderá ocorrer caso exista uma lei específica,

logo não é a regra, é uma excepcionalização. Assim, apenas o item I está correto.

Resposta: Letra A

6. GESTÃO FISCAL E TRANSPARÊNCIA

6.1 Gestão Fiscal

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da

competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal

determinação no que se refere aos impostos.

Apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na

gestão fiscal contemplarem os tributos, a vedação quanto às

transferências voluntárias se refere apenas aos impostos.

Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas

a ações de educação, saúde e assistência social.

A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo,

diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle

interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a:

atingimento das metas estabelecidas na LDO;

limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição

em Restos a Pagar; medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal;

providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas

consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos;

cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.

Compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao

Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

6.2 Transparência

Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal,

aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de

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acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as

prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões

simplificadas desses documentos.

A transparência será assegurada também mediante: incentivo à participação popular e realização de audiências públicas,

durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de

diretrizes orçamentárias e orçamentos;

liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em

tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os

entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o

acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos

praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados

referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou

ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do

pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; e quanto à receita, referente ao lançamento e ao recebimento de toda a

receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos

extraordinários;

adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que

atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.

O maior objetivo das regras de transparência na LRF é viabilizar o controle

social, ou seja, a participação da sociedade no acompanhamento e verificação da execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e

resultados, visando assegurar que os recursos públicos sejam bem

empregados em benefício da coletividade.

62) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - STM - 2011) Os municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública,

bem como os que não a tenham previsto em seus orçamentos e não a

estejam arrecadando, estão proibidos de receber transferências

voluntárias de outros entes, ressalvadas aquelas destinadas a ações com saúde, educação e assistência social.

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da

competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a

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realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal

determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a

vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos impostos.

Os municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública não

estão proibidos de receber transferências voluntárias, pois não se trata da instituição de impostos.

Resposta: Errada

63) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN -

2009) A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas acerca da

execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso

público, é uma das formas de assegurar a transparência da gestão

fiscal.

A transparência será assegurada, entre outros, mediante liberação ao pleno

conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de

informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público.

Resposta: Certa

64) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) O

legislador brasileiro, ao incluir na LRF dispositivos que tratam da transparência da gestão fiscal, relacionou o assunto à Constituição

Federal, que estabelece a obrigatoriedade de lei complementar para

dispor sobre finanças públicas. Por essa razão, as normas da LRF sobre

transparência se aplicam a todos os entes da Federação, e respectivos órgãos e entidades, e se caracterizam como de caráter geral.

A Constituição Federal estabelece a obrigatoriedade de lei complementar para

dispor sobre finanças públicas, a qual é a Lei de Responsabilidade Fiscal, de aplicação a todos os entes da federação.

O maior objetivo das regras de transparência na LRF é viabilizar o controle

social, ou seja, a participação da sociedade no acompanhamento e verificação

da execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e resultados, visando assegurar que os recursos públicos sejam bem

empregados em benefício da coletividade.

Resposta: Certa

65) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão

fiscal o relatório resumido da execução orçamentária, de periodicidade

trimestral, e o relatório de gestão fiscal, de periodicidade semestral.

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Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal o relatório resumido da execução orçamentária, de periodicidade bimestral, e o relatório

de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral. Resposta: Errada

66) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme dispõe a

LRF, o estado ou município que não promover a instituição, previsão e

efetiva arrecadação de todos os impostos de sua competência constitucional ficará impossibilitado de receber transferências

voluntárias da União.

A regra geral dispõe que é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não promover a instituição, previsão e efetiva arrecadação de

todos os impostos de sua competência constitucional. Assim, apesar de os

requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os

tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos impostos.

Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas

a ações de educação, saúde e assistência social.

Resposta: Certa

67) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Os

instrumentos de transparência, relativos a planejamento, execução e

controle da gestão fiscal incluem o relatório resumido da execução

orçamentária e o relatório de gestão fiscal. Além disso, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes

orçamentárias e orçamentos deve haver incentivo à participação

popular e realização de audiências públicas.

São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla

divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos,

orçamentos e LDOs; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o

Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

A transparência será assegurada também, entre outros, mediante incentivo à

participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos

de elaboração e discussão dos planos, LDOs e orçamentos. Resposta: Certa

68) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN -

2009) É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente

que não observe os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal em relação aos impostos de sua competência

constitucional.

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Novamente: a regra geral dispõe que é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não promover a instituição, previsão e efetiva

arrecadação de todos os impostos de sua competência constitucional. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal

contemplarem os tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se

refere apenas aos impostos.

Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas

a ações de educação, saúde e assistência social. Resposta: Certa

69) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) A

realização de audiências públicas quadrimestrais, quando o Poder Executivo tem a oportunidade de demonstrar e avaliar o cumprimento

das metas fiscais, é uma das formas de assegurar a transparência, no

que concerne à execução orçamentária.

Como exemplo de transparência, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o

cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na

Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional ou equivalente nas

Casas Legislativas estaduais e municipais. Resposta: Certa

70) (CESPE – Contador – IBRAM/DF - 2009) Acerca da fiscalização da

gestão fiscal, julgue o seguinte item.

O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos tribunais de contas, e o sistema de controle interno de cada poder e do Ministério

Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF).

A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo,

diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle

interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das

normas da LRF. Resposta: Certa

71) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Afronta

o conceito de responsabilidade fiscal da receita o fato de, até a presente oportunidade, a União não ter instituído o imposto sobre

grandes fortunas.

O que caracteriza a responsabilidade na gestão fiscal é a instituição, previsão e

efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Segundo o art. 153 da CF/1988, compete à União instituir,

entre outros, o imposto sobre grandes fortunas - IGF. Logo, afronta o conceito

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de responsabilidade fiscal o fato de, até a presente oportunidade, a União não

ter instituído o IGF.

Resposta: Certa

7. ESCRITURAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO E PRESTAÇÃO DAS CONTAS

7.1 Escrituração das Contas

De acordo com o art. 50 da LRF, além de obedecer às demais normas de

contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as

seguintes:

• A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem

identificados e escriturados de forma individualizada.

• A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o

regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.

• As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as

transações e as operações de cada órgão, fundo ou entidade da

Administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.

• As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em

demonstrativos financeiros e orçamentários específicos.

• As operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais

formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação

da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo

de credor.

• A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos.

Ainda temos as seguintes observações:

Demonstrações conjuntas: no caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais (dentro do mesmo governo).

Normas gerais: a edição de normas gerais para consolidação das contas

públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não

implantado o conselho de gestão fiscal. Sistemas de custos: a Administração Pública manterá sistema de custos que

permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e

patrimonial.

7.2 Consolidação das Contas

Consoante o art. 51, o Poder Executivo da União promoverá, até o dia 30 de

junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes

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da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por

meio eletrônico de acesso público. Para isso, os estados e os municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:

os municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até 30

de abril; e os Estados, até 31 de maio.

Consolidação das Contas

Envio dos Municípios: 30/04

Envio dos Estados: 31/05 Consolidação da União: 30/06

O descumprimento dos prazos previstos impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e

contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do

principal atualizado da dívida mobiliária.

7.3 Prestação das Contas

Os principais dispositivos da LRF que tratam sobre o assunto estão com

eficácia liminarmente suspensa devido a uma Ação Direta de

Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.

O primeiro dispositivo com eficácia suspensa é o caput do art. 56, o qual

dispõe que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão,

além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, as quais receberão parecer

prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

O STF entendeu que qualquer prestação de contas por órgão não vinculado ao Executivo somente poderia ser objeto de julgamento pelo respectivo Tribunal

de Contas e que a inclusão das contas referentes às atividades financeiras dos

Poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, dentre aquelas prestadas

anualmente pelo Chefe do Governo, tornaria inócua a distinção efetivada pelos

incisos I e II do art. 71 da CF/1998 (entre apreciar e julgar as contas), já que todas as contas seriam passíveis de controle técnico, a cargo do Tribunal de

Contas, e político, de competência do Legislativo.

O segundo dispositivo suspenso é todo o art. 57: “Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as

contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver

estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.

§ 1º No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias.

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§ 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem

contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.”

O STF considerou que a referência, nele contida, a “contas de poder” estaria a

evidenciar a abrangência, no termo “contas” constante do caput desse artigo,

daquelas referentes à atividade financeira dos administradores e demais responsáveis por dinheiros e valores públicos, que somente poderiam ser

objeto de julgamento pelo Tribunal de Contas competente, nos termos do art.

71, inciso II, da CF/1988. Aduziu que essa interpretação seria reforçada pelo

fato de essa regra cuidar do procedimento de apreciação das contas

especificadas no aludido art. 56, onde também se teria pretendido a submissão das contas resultantes da atividade financeira dos órgãos componentes de

outros poderes à manifestação opinativa do Tribunal de Contas.

O Tribunal de Contas da União entende que a medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal Federal em que foi suspensa a eficácia do caput do art. 56 e

do art. 57 da LRF não alterou a estrutura do relatório sobre as contas do

Governo da República, haja vista que continua contemplando a gestão e o

desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União. No entanto, o parecer prévio é exclusivo para o Chefe do

Poder Executivo, cujas contas serão julgadas posteriormente pelo Congresso

Nacional. Nada obsta, contudo, que o Tribunal de Contas da União aprecie, em

processo específico, o cumprimento, por parte dos órgãos dos Poderes

Legislativo e Judiciário, das disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Permanecem valendo as demais determinações da LRF sobre as prestações de

contas:

• As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais

Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais; dos Estados, pelos

Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais

tribunais. • A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em

relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da

fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação

de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.

• Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas,

julgadas ou tomadas.

• Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas próprias

contas, a Comissão Mista de Orçamento prevista na CF/1988, ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais, emitirá

parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas.

A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional

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e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da

seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação

circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.

As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis,

durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico

responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e

instituições da sociedade. No que tange aos Chefes do Poder Executivo

Municipal, o § 3º do art. 31 da CF/1988 exige que as contas fiquem, durante 60 dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o

qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. Assim, a LRF

ampliou o prazo constitucional de 60 dias para todo o exercício também para

as contas municipais.

72) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LRF estabelece prazos para estados e municípios encaminharem suas

contas ao Poder Executivo da União, para efeito de consolidação das

contas dos entes da Federação, mas não estabelece punição em caso de descumprimento dos prazos determinados.

O descumprimento dos prazos previstos impedirá, até que a situação seja

regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e

contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Resposta: Errada

73) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) Segundo dispositivos da LRF, a falta de prestação de contas sujeita o município

à sanção de suspensão pela União de quaisquer transferências

voluntárias ao ente da federação inadimplente. Tal sanção não atinge,

portanto, os recursos recebidos do FPM.

O descumprimento dos prazos previstos para a prestação de contas impedirá,

até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba

transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Logo, é incorreto afirmar que a sanção de suspensão alcança quaisquer

transferências voluntárias ao ente da federação inadimplente.

Resposta: Errada

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74) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) Nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, as contas apresentadas pelo Chefe do

Poder Executivo ficarão disponíveis, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e

apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade, durante

(A) três meses após o encerramento do exercício a que se refere.

(B) seis meses após o encerramento do exercício a que se refere.

(C) seis meses após o encerramento do mandato. (D) um ano após o encerramento do mandato.

(E) todo o exercício.

As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico

responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e

instituições da sociedade.

Resposta: Letra E

8. GESTÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

8.1 Alienação de Bens e Direitos

A LRF também traz restrições para a aplicação de receitas provenientes de

conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu

art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em

despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdência, mediante

autorização legal, conforme transcrito a seguir:

“Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de

bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de

despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.”

8.2 Conservação do Patrimônio Público

A LRF ainda contempla restrições para a conservação do patrimônio público.

Inúmeras vezes observamos rodovias caríssimas tornadas intransitáveis pela

falta de manutenção, edifícios semidestruídos pela ausência de recursos para

sua preservação, equipamentos médicos ou científicos inutilizados por inexistir

peças de reposição. É justamente isso que se pretende evitar. O art. 45 da LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão

novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e

contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos

termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do

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envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as

informações necessárias ao cumprimento do disposto sobre a conservação do patrimônio público, ao qual será dada ampla divulgação.

8.3 Desapropriação de Imóvel Urbano

De acordo com o art. 46 é nulo de pleno direito ato de desapropriação de

imóvel urbano expedido sem a prévia e justa indenização em dinheiro (§ 3º do

art. 182 da CF/1988), ou prévio depósito judicial do valor da indenização. Tal

dispositivo visa garantir que existam recursos para a desapropriação antes da

expedição do ato, ainda que para depósito judicial em eventual contencioso.

8.4 Empresas Controladas pelo Setor Público

De acordo com o art. 47 da LRF, a empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da

lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do

orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (inciso II do § 5º do art. 165 da CF/1988).

Relembro que uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do

capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da

Federação.

A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa

em que informará:

• Fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições, comparando-os com os praticados no mercado.

• Recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor,

fonte e destinação.

• Venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes dos

vigentes no mercado.

8.5 Conta Única na LRF

A Conta Única é destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art.

164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da União que se encontram à

disposição das UGs on-line, nos limites financeiros previamente definidos. O referido artigo determina que as disponibilidades de caixa da União serão

depositadas no banco central; as dos estados, do Distrito Federal, dos

municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele

controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos

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em lei.

A LRF determina que as disponibilidades de caixa dos regimes de

previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que

vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da

CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com

observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.

É vedada a aplicação de tais disponibilidades em:

• Títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da

Federação.

• Empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público,

inclusive a suas empresas controladas.

75) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) A LRF veda, em qualquer caso, a aplicação da receita de capital

derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio

público no financiamento de despesas correntes.

É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e

direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa

corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social,

geral e próprio dos servidores públicos. Resposta: Errada

76) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) É permitida a

aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa

corrente. Exceções são feitas àquelas receitas destinadas por lei aos

regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e

direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa

corrente. Exceções são feitas àquelas receitas destinadas por lei aos regimes

de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Resposta: Errada

77) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento -

MMA - 2008) O atendimento das despesas de conservação do

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patrimônio público está entre as condições que limitam a inclusão de

novos projetos na lei orçamentária e nas de créditos adicionais.

A LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão

novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e

contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

Resposta: Certa

78) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) Os

projetos em andamento e as despesas de conservação do patrimônio público têm precedência sobre novos projetos na lei orçamentária e

suas alterações. Por isso, o Poder Executivo deve informar ao Poder

Legislativo, até a data de envio do projeto da Lei de Diretrizes

Orçamentárias, se os projetos em andamento estão adequadamente atendidos e se foram contempladas as necessidades de conservação

do patrimônio público.

A LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e

contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos

em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

Resposta: Certa

79) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As disponibilidades

de caixa dos regimes de previdência geral e próprio dos servidores

públicos devem ficar depositadas em conta separada das demais

disponibilidades de cada ente.

De acordo com o § 1° do art. 43 da LRF, as disponibilidades de caixa dos

regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda

que vinculadas a fundos específicos, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de

mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência

financeira.

Resposta: Certa

80) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008)

Com relação à gestão patrimonial, a Lei da Responsabilidade Fiscal

prevê que

(A) as disponibilidades de caixa da União poderão ser depositadas em instituição financeira privada, desde que sua remuneração exceda 6%

ao ano.

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(B) as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social poderão ser aplicadas em empréstimos para os próprios segurados,

desde que haja garantia real. (C) a desapropriação de imóvel urbano, desde que o interesse público

o recomende, poderá ser feito sem prévia indenização em dinheiro ou

depósito judicial.

(D) a aplicação de receita derivada da alienação de bens do ente da

Federação não poderá financiar qualquer tipo de despesas correntes. (E) a empresa controlada por ente da Federação que firmar contrato

de gestão com este gozará de autonomia gerencial, orçamentária e

financeira.

a) Errada. As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco

Central do Brasil.

b) Errada. É vedada a aplicação de disponibilidades de caixa dos regimes de

previdência social em empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.

c) Errada. De acordo com o art. 46 da LRF é nulo de pleno direito ato de

desapropriação de imóvel urbano expedido sem a prévia e justa indenização

em dinheiro (§ 3º do art. 182 da CF/1988), ou prévio depósito judicial do valor da indenização.

d) Errada. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de

bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de

despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência

social, geral e próprio dos servidores públicos (art. 44 da LRF). e) Correta. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se

estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de

autonomia gerencial, orçamentária e financeira (art. 47, caput, da LRF).

Resposta: Letra E

MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF

81) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) De acordo

com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,

inclusive em meios eletrônicos de acesso público, exceto,

a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.

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b) o Plano de Contas Único da União.

c) as prestações de contas e o respectivo parecer prévio. d) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

e) o Relatório de Gestão Fiscal.

Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de

acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as

prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da

Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões

simplificadas desses documentos. Logo, o Plano de Contas Único da União não é um instrumento de

transparência da gestão fiscal, de acordo com a LRF.

Resposta: Letra B

82) (ESAF – Analista - IRB – 2006) Com o advento da Lei de

Responsabilidade Fiscal, novos demonstrativos passaram a ser

exigidos em busca da transparência das contas públicas, como o

Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal. O Relatório de Gestão Fiscal deve ser publicado:

a) até 30 dias após o encerramento de cada bimestre.

b) até 30 dias após o final de cada quadrimestre.

c) até 30 dias após o fim de cada trimestre.

d) até 30 dias após o encerramento do semestre. e) até 30 dias após o final de cada mês.

Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e

órgãos o Relatório de Gestão Fiscal. O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder (no caso, o

quadrimestre), com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico

Resposta: Letra B

83) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com

base na Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida

compreende o somatório de todas as naturezas de receitas correntes,

deduzida(s): a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas

ao custeio do Sistema Único de Saúde.

b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal

por determinação constitucional.

c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime geral da previdência social.

d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e

fundações públicas.

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e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das

empresas estatais.

A receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de

receitas correntes, deduzidas, entre outros, na União, nos Estados e nos

Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação

financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição (compensação entre os

diversos sistemas previdenciários).

Resposta: Letra C

84) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os

efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com

pessoal:

a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da administração pública.

b) o auxílio-alimentação dos servidores.

c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira

dos servidores. d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder

executivo.

e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da

previdência social.

a) Errada. As reparações econômicas a anistiados políticos não membros da

administração pública são despesas consideradas como indenizatórias, logo

não são consideradas despesas com pessoal.

b) Errada. O auxílio-alimentação dos servidores é também despesa indenizatória.

c) Errada. A terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira

dos servidores não é considerada despesa com pessoal. Os valores dos

contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos é que serão contabilizados como despesas

com pessoal.

d) Correta. As aposentadorias e pensões relativas a mandatos eletivos são

despesas com pessoal. e) Errada. As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da

previdência social não são computadas em despesas com pessoal.

Resposta: Letra D

85) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição,

a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada

ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita

líquida, a seguir discriminados:

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a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%).

b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%). c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%).

d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%).

e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%).

Segundo a LRF:

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a

despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da

Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a

seguir discriminados: I - União: 50% (cinquenta por cento);

II - Estados: 60% (sessenta por cento);

III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

Resposta: Letra E

86) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com

base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca

da apuração dos limites com pessoal: a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores

transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.

b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de

sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou

entidade. c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da

convocação extraordinária do Congresso Nacional.

d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão

judicial da competência do mesmo período de apuração do limite. e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas

por meio de fundo específico decorrentes da contribuição dos

servidores inativos.

a) É a incorreta. Não será computada a despesa com pessoal, do Distrito

Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos

transferidos pela União decorrentes da competência da própria União

para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; e organizar e manter a polícia

civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem

como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de

serviços públicos, por meio de fundo próprio. Ou seja, não é qualquer

transferência da União a esses entes. b) d) Corretas. Não serão computadas as despesas decorrentes de decisão

judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total

com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze

imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Serão

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computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial da

competência do mesmo período de apuração do limite. As despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do

respectivo Poder ou órgão.

c) Correta. Não serão computadas as despesas com pessoal derivadas da

convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação

do Congresso Nacional).

e) Correta. Não serão computadas as despesas com inativos, ainda que por

intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes da

arrecadação de contribuições dos segurados; da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência social para efeito de aposentadoria,

assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração

pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos

em lei, e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem

como seu superávit financeiro.

Resposta: Letra A

87) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca

da repartição dos limites globais da despesa com pessoal

estabelecidos na Lei Complementar n. 101/2000, é correto afirmar

que:

a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites do respectivo Poder Judiciário.

b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído

no do respectivo Poder Executivo.

c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com pessoal do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito

Federal e Territórios.

d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre

seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios

financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.

e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total

com pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites com pessoal.

a) Errada. A despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos

limites do respectivo Poder Legislativo.

b) Errada. Não há Ministério Público na esfera municipal. c) Correta. Dos 40,9% para o Executivo da União, destaca-se 3% para as

despesas com pessoal decorrentes da competência da União para organizar e

manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do

Distrito Federal e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia

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militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar

assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

d) Errada. Nos Poderes legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será

repartido entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com

pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.

e) Errada. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,

compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos

dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da

Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes

à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação

dos percentuais definidos na LRF.

Resposta: Letra C

88) (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN - 2008) É requisito

essencial da responsabilidade na gestão fiscal:

a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos de competência constitucional do ente da Federação.

b) a previsão, alocação e fixação da arrecadação estimada de todos os

tributos de competência legal do ente da Federação.

c) a fixação, indicação e estimativa da arrecadação de todos os

impostos de competência constitucional do ente da Federação. d) a previsão, instituição e fixação da arrecadação de todas as rubricas

tributárias dos entes da Administração Indireta, inclusive.

e) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os impostos

de competência legal do ente da Administração Federal, com exceção das receitas derivadas.

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.

Resposta: Letra A

89) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) A fiscalização da gestão fiscal pode ser exercida:

a) privativamente pelos Tribunais de Contas.

b) pelo Poder Judiciário, em relação aos demais Poderes.

c) pelo Ministério Público, em sede de controle externo.

d) pelo Ministério da Fazenda, por delegação do Senado. e) pelo Poder Legislativo, diretamente.

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O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o

sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a:

Atingimento das metas estabelecidas na LDO;

Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição

em Restos a Pagar; Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal;

Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas

consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos;

Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.

Logo, a fiscalização da gestão fiscal pode ser exercida diretamente pelo

Poder Legislativo ou com o auxílio dos Tribunais de Contas.

Resposta: Letra E

90) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites da despesa total

com pessoal não poderá exceder os percentuais da receita corrente

líquida discriminados na LRF. Esses percentuais: a) não englobam as despesas com inativos custeadas com recursos

provenientes da arrecadação de contribuição dos segurados.

b) são fixados de forma supletiva em relação à lei de diretrizes

orçamentárias.

c) são fixados de forma taxativa e sujeitam o infrator às consequências da lei, entre as quais a impossibilidade de contratar, em

qualquer hipótese, operações de crédito.

d) são repartidos em limites específicos por Poder e órgão nas esferas

federal, estadual e municipal, podendo essa distribuição interna ser alterada pela lei de diretrizes orçamentárias, observado o limite global

de cada ente.

e) são discriminados de forma igualitária para a União, Estados e

Municípios.

a) Correta. Na despesa total de pessoal, para fins de verificação dos limites

definidos na LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será

computada a despesa com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:

da arrecadação de contribuições dos segurados;

da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência

social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recíproca do

tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei;

das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal

finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,

bem como seu superávit financeiro.

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b) d) Erradas. Não cabe à LDO alterar ou flexibilizar os limites da despesa total

com pessoal. Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer critérios diferentes, porém essa faculdade que estava no § 6º do art. 20 da

LRF foi vetada.

c) Errada. Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto

perdurar o excesso, o ente não poderá: Receber transferências voluntárias;

Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao

refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das

despesas com pessoal. e) Errada. Os limites não são iguais: União: 50%; Estados e Municípios: 60%.

Resposta: Letra A

91) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência da gestão fiscal, exceto:

a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.

b) as prestações de contas.

c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão simplificada.

d) os limites da dívida pública.

e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de

elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e

orçamentos.

Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal,

aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de

acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o

Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão

Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

A transparência será assegurada também mediante: Incentivo à participação popular e realização de audiências

públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos

planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução

orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os

entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o

acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos

praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados

referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou

ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do

pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; e

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quanto à receita, referentes ao lançamento e o recebimento de toda a

receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.

Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que

atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo

da União. Logo, apesar de presentes na LRF, os limites da dívida pública não são

instrumentos de transparência da gestão fiscal.

Resposta: Letra D

92) (ESAF – Técnico de Nível Superior – ENAP/MPOG – 2006) A partir do Plano Real, a economia brasileira iniciou uma fase de estabilidade

monetária e maior transparência dos resultados fiscais. Sem os efeitos

inflacionários com o impacto que essa perda causou aos tesouros,

cresceu o debate sobre a necessidade de ajuste nas contas públicas. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 4 de maio de 2000, veio

estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a

responsabilidade fiscal. Com base na LRF, indique a opção que não é

verdadeira. a) Prevenção de déficits imoderados e reiterados.

b) Limitação do gasto público continuado.

c) Limitação da dívida pública a níveis prudentes.

d) Administração prudente dos riscos fiscais.

e) Contratação de operações de crédito, que em cada exercício não deverá ser limitada ao montante da despesa de capital.

A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade

na gestão fiscal, a qual pressupõe ação planejada e transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas

públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e

despesas e à obediência a limites e condições no que tange à renúncia de

receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por

antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

Estão incluídos a prevenção de déficits; a limitação do gasto público

continuado; a limitação da dívida pública a níveis prudentes e administração prudente dos riscos fiscais e contratação de operações de crédito, que em cada

exercício deverá ser limitada ao montante da despesa de capital.

Resposta: Letra E

93) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem requisitos essenciais da

responsabilidade na gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva

arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do

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ente da Federação. Nos casos em que um determinado ente deixe de

observar tal dispositivo, ser-lhe-á vedada: a) a realização de transferências obrigatórias, qualquer que seja o

tributo.

b) a realização de transferências obrigatórias, no que se refere aos

impostos. c) a realização de transferências voluntárias, qualquer que seja o

tributo.

d) a realização de transferências voluntárias, no que se refere aos

impostos.

e) a realização de transferências obrigatórias e voluntárias, no que se refere aos impostos.

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a

realização de transferências voluntárias para o ente que não observe

tal determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os

requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos

impostos.

Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas

a ações de educação, saúde e assistência social.

Resposta: Letra D

94) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Integram a receita corrente

líquida, exceto:

a) os tributos. b) as receitas patrimoniais.

c) as transferências correntes.

d) os valores recebidos em decorrência do FUNDEB.

e) as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de salários.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB é um fundo de natureza contábil que substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF, que só previa recursos

para o ensino fundamental. O FUNDEB é composto por percentuais de

diferentes receitas correntes.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e

outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, na União, nos

Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu

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sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da

compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição. Logo, as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de

salários não integram a RCL.

Resposta: Letra E

95) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) O Relatório de

Gestão Fiscal instituído pelo art. 54 da Lei Complementar n. 101/2000

conterá, exceto:

a) o montante da despesa com pessoal comparada com os limites

estabelecidos na lei. b) o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre.

c) o total da dívida consolidada e mobiliária.

d) o total das operações de crédito, inclusive por antecipação de

receitas. e) indicação de medidas corretivas quando os limites definidos na lei

forem ultrapassados.

De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá: I - comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:

despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias e operações de

crédito, inclusive por antecipação de receita.

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

III - demonstrativos, no último quadrimestre do montante das disponibilidades

de caixa em trinta e um de dezembro; da inscrição em Restos a Pagar, das

despesas liquidadas; empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; não

inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram

cancelados; e do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso

IV do art. 38, que trata das operações de crédito por antecipação de receita. Logo, o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre não

constará no Relatório de Gestão Fiscal.

Resposta: Letra B

96) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU – 2002) Com base

nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União,

assinale a opção que indica o valor correto da receita corrente líquida,

de acordo com o disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:

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a) $ 110

b) $ 115 c) $ 120

d) $ 125

e) $ 130

Para o cálculo da RCL devemos somar as receitas correntes. Feito isso,

devemos deduzir as despesas com transferências obrigatórias. Vejamos na

questão.

Receitas correntes: Tributária, Patrimonial e de Serviços. Soma ($ 160). Transferências obrigatórias: ao Estado e ao DF: ($ 45).

Assim 160 - 45 = 115.

Repare que foram colocadas na questão receitas de capital e transferências voluntárias, com o intuito de confundir o candidato.

Resposta: Letra B

97) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2004) Indique, nas opções abaixo, qual das proposições a seguir está em desacordo com o

definido na Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.

a) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO , previsto

nos arts. 52 e 53, deverá ser composto, também, por um balanço

orçamentário. b) o RREO deverá ter, destacados, os valores referentes ao

refinanciamento da dívida mobiliária, nas operações de crédito e nas

despesas com amortização de dívida.

c) o Relatório de Gestão Fiscal - RGF - deverá ser emitido semestralmente pelos titulares definidos no art. 20 da LRF.

d) o RGF também deverá ser assinado pelo controle interno.

e) o descumprimento do prazo de entrega do RREO e do RGF sujeita o

ente à sanção.

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Na alternativa “C”, o Relatório de Gestão Fiscal - RGF - deverá ser emitido

quadrimestralmente pelos titulares definidos no art. 20 da LRF. As demais alternativas estão corretas.

Resposta: Letra C

98) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2004) São deduzidos do somatório das receitas tributárias, de contribuições,

patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências

correntes e outras receitas correntes, para a composição da chamada

"Receita Corrente Líquida da União", exceto:

a) as transferências para o Fundo de Participação dos Estados. b) as transferências para o Fundo de Participação dos Municípios.

c) as receitas provenientes da compensação financeira entre os

diversos regimes de previdência social, para contagem recíproca do

tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria. d) as contribuições de servidores para o custeio do seu sistema de

previdência e assistência social.

e) os valores transferidos, voluntariamente, aos Estados, para

implementação de PDV (Programa de Demissão Voluntária).

a) b) c) d) Corretas. A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias,

de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,

transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

Na União: os valores transferidos aos estados (como para o Fundo de Participação dos Estados) e municípios (como para o Fundo de

Participação dos Municípios) por determinação constitucional ou legal, e

as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do

art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).

Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação

constitucional.

Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as

receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art.

201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas

previdenciários). No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União

decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o

Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF e dos

Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo

de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

e) É a incorreta. Não há previsão de dedução dos valores transferidos,

voluntariamente, aos Estados, para implementação de PDV (Programa de

Demissão Voluntária).

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Resposta: Letra E

99) (ESAF – Procurador – BACEN – 2001) A Lei Complementar no

101/2000 estabeleceu rígidos critérios para as despesas de pessoal

pela Administração Pública. Por seus comandos, caso a despesa com

pessoal exceda a 95% do limite por ela fixado, somente será permitido:

a) provimento de cargo público decorrente de reposição por motivo de

aposentadoria em áreas sociais e administrativas do serviço público.

b) alteração de estrutura de carreira, com aumento de despesa.

c) concessão da revisão geral anual da remuneração prevista pela norma constitucional.

d) contratação de hora extra, em qualquer setor que comprovar a sua

necessidade.

e) criação de empregos regidos pela legislação trabalhista para o setor de educação e saúde.

Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite,

são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:

Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial

ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral

anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Criação de cargo, emprego ou função.

Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa.

Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou

falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.

Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do

Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006

vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação do

Congresso Nacional).

Logo, na alternativa “C”, é permitida a concessão da revisão geral anual da

remuneração prevista pela norma constitucional. As demais alternativas

apresenta vedações impostas pela LRF quando se atinge o limite prudencial. Resposta: Letra C

100) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Lei de

Responsabilidade Fiscal - LRF instituiu mecanismos mais rigorosos

para a administração das finanças nas três esferas de governo e funciona como um código de conduta para os administradores

públicos, que devem obedecer às normas e limites estabelecidos na lei.

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Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a opção

incorreta. a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na

União esse limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.

b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a

Responsabilização. c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação

inclusive suas empresas estatais dependentes na forma definida na

Lei.

d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal,

segundo a LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;

o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de

Gestão Fiscal.

e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da Federação, inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma

de novação de dívida contraída anteriormente.

Esta questão aborda diversos assuntos da LRF. Vamos estudá-la em "Despesas com Pessoal" porque é o tema que a responde:

a) É a incorreta. A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que

na União esse limite chega a 50% do total da Receita Corrente Líquida (e não

de todas as receitas correntes).

b) Correta. A LRF tem como base alguns princípios, os quais nortearam sua

concepção e são essenciais para sua aplicação até os dias de hoje. Esses

pilares, dos quais depende o alcance de seus objetivos, são o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilização.

c) Correta. As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder

Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o

Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, fundos,

autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.

d) Correta. Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da

gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios

eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes

orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal;

e as versões simplificadas desses documentos.

e) Correta. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da

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Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou

empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou

postergação de dívida contraída anteriormente (art. 35, caput, da LRF).

Resposta: Letra A

E aqui terminamos a aula 2.

Na próxima aula finalizaremos o estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO II

GESTÃO FISCAL E INSTRUMENTOS DE TRANSPARÊNCIA

A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas,

mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e à

obediência a limites e condições no que tange à renúncia de receita, geração de

despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e

inscrição em Restos a Pagar.

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,

previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do

ente da Federação. No entanto, é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal determinação no que se refere aos impostos. Tal vedação

não alcança as transferências voluntárias destinadas a ações de educação, saúde e

assistência social.

São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla

divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e

leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (Poder Executivo, bimestral) e o

Relatório de Gestão Fiscal (todos os Poderes, quadrimestral); e as versões simplificadas

desses documentos.

A transparência será assegurada também mediante:

Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os

processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e

orçamentos.

Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de

informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios

eletrônicos de acesso público.

Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda ao

padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.

DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO

Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e

refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.

A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender

às condições estabelecidas na LDO e estar prevista no orçamento ou em seus créditos

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adicionais. Tal regra se aplica a toda a administração indireta, inclusive fundações

públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as

instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo

o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua

elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das

agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências

financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.

As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito da União, pelos Presidentes

do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos

respectivos tribunais; dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.

A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão,

destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial,

bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de

contribuições.

Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou

tomadas.

Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas próprias contas, a

Comissão Mista de Orçamento prevista na CF/1988, ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais, emitirá parecer sobre as contas dos Tribunais de

Contas.

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,

industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas

também correntes, deduzidos:

Na União: os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação

constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS,

PASEP);

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Nos Estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

Na União, nos Estados e nos Municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da

compensação financeira citada no § 9.o do art. 201 da CF/1988;

DF, Amapá e Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a

Defensoria Pública do DF e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia

militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

DESPESAS COM PESSOAL

É o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os

pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como

vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,

reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens

pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL

UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS

50% 60% 60%

LIMITES GLOBAIS POR ESFERAS

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% Legislativo (TCM): 6%

Judiciário: 6% Judiciário: 6%

Executivo: 40,9% Executivo: 49% Executivo: 54%

MPU: 0,6% MPE: 2%

Nos Estados em que há TC dos Municípios, os limites serão Legislativo: 3,4% e

Executivo: 48,6%.

A verificação do cumprimento dos limites será ao final de cada quadrimestre. Se a

despesa total com pessoal exceder a 95% do limite, são vedados ao Poder ou órgão que incorrer no excesso:

Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual,

ressalvada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

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Criação de cargo, emprego ou função;

Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título,

ressalvada a reposição de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na LDOs e no caso de convocação extraordinária do Congresso Nacional (a EC 50/2006 vedou o pagamento de

parcela indenizatória em razão de convocação do Congresso Nacional).

A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou

contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração

direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas se houver:

Prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

Autorização específica na LDO, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de

economia mista.

Para cumprimento dos limites a União, Estados, DF e Municípios adotarão as

providências:

Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de

confiança.

Exoneração dos servidores não estáveis.

Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de cada um dos

Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da

redução de pessoal. O servidor que perder o cargo fará jus a indenização

correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com

atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

SEGURIDADE SOCIAL

A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e

inativos, e aos pensionistas.

Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou

estendido sem a indicação da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do

art. 17 da LRF, o qual trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.

No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de receita ou pela

redução permanente de outras despesas se o aumento de despesa decorrer de:

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Concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na

legislação pertinente;

Expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;

Reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.

RESTOS A PAGAR NA LRF

A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair

obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que

tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente

disponibilidade de caixa para este efeito. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas

compromissadas a pagar até o final do exercício.

RGF

É quadrimestral. Composição:

Comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: despesa total

com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de crédito, inclusive por antecipação de

receita,

Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

Demonstrativos, no último quadrimestre do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas;

empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do

saldo da disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e do cumprimento do disposto no inciso II e na

alínea b do inciso IV do art. 38, que trata das operações de crédito por ARO.

RREO

É bimestral. Composição

Balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as receitas por fonte,

informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada; as despesas por

grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;

Demonstrativos da execução das receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita

realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar; e das despesas,

por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial,

dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

Despesas, por função e subfunção.

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Acompanharão o RREO demonstrativos relativos a

Apuração da RCL e sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

Receitas e despesas previdenciárias;

Resultados nominal e primário;

Despesas com juros;

Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os pagamentos

realizados e o montante a pagar.

CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

A LOA e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente

atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio

público, segundo a LDO.

ALIENAÇÃO DE BENS E DIREITOS

É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que

integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se

destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores

públicos.

CONTA ÚNICA NA LRF

As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos

servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts.

249 e 250 da CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com

observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.

EMPRESAS CONTROLADAS PELO SETOR PÚBLICO

A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos

e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do orçamento de investimento das empresas em que a União,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (inciso II

do § 5° do art. 165 da CF/1988).

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A LRF proíbe a

inscrição de despesas em restos a pagar no último ano do mandato do

governante.

2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Existe possibilidade legal

para que o presidente da República contraia despesa que não seja paga

integralmente no último ano de seu mandato.

3) (CESPE - Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no último ano de mandato, é permitido aos prefeitos deixar restos a pagar processados e não

processados que, somados, alcancem valor superior à disponibilidade de caixa.

4) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Os compromissos assumidos pelo chefe do Poder Executivo no último ano de

mandato, no caso de serviços continuados, destinados à manutenção das

atividades da administração, devem ter cobertura das disponibilidades de caixa

pelo menos até o final do respectivo exercício

5) (CESPE – Administração - Prefeitura de Vila Velha – 2008) Em 2008, a

partir de maio, os prefeitos não poderão assumir dívidas que não possam ser

quitadas até o final do exercício; se houver parcelas com vencimento em 2009,

deverá haver disponibilidade de caixa suficiente para supri-las.

6) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) No final do

exercício de X1 o contador da Prefeitura Tudo Certo percebeu que existia um

montante disponível em caixa de R$ 1.000.000,00, despesas liquidadas e pagas de 2.000.000,00, despesas liquidadas e não pagas de R$ 600.000,00 e

despesas empenhadas e não liquidadas de 500.000,00. Considerando que é o

último ano do mandato do prefeito e de acordo com a Lei Complementar no

101/2000, o valor máximo a ser inscrito em Restos a Pagar, em reais, é de (A) 500.000,00.

(B) 600.000,00.

(C) 1.100.000,00.

(D) 1.000.000,00. (E) 900.000,00.

7) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) A Lei de

Responsabilidade Fiscal veda ao titular do Poder Executivo contrair obrigação

de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente

disponibilidade de caixa para esse efeito

(A) no último ano de seu mandato.

(B) no último trimestre de seu mandato.

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(C) nos dois últimos trimestres de seu mandato.

(D) nos dois últimos quadrimestres de seu mandato. (E) no último bimestre de seu mandato.

8) (CESPE – Assessor Técnico de Controle e Administração – TCE/RN – 2009)

As justificativas para limitação de empenho e de frustração de receitas deverão acompanhar o relatório de gestão fiscal a ser publicado com a periodicidade

quadrimestral.

9) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) Se um ente

federativo deixar de publicar, no prazo legal, relatório resumido de execução orçamentária, ficará impossibilitado de receber transferências voluntárias e de

contratar operações de crédito, excetuando-se as destinadas ao

refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

10) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) De forma a se aprimorar a

evidenciação das receitas e despesas públicas na divulgação do Relatório

Resumido da Execução Orçamentária, os valores referentes ao refinanciamento

da dívida mobiliária devem constar em destaque nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.

11) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O Relatório de Gestão Fiscal divulga

as dívidas consolidada e mobiliária, a concessão de garantias e as operações

de crédito, exceto as advindas de antecipação de receita.

12) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) O relatório de gestão fiscal deve

conter os demonstrativos do último quadrimestre da inscrição de restos a

pagar e das despesas empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo de disponibilidade de caixa.

13) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) O Poder Executivo de cada

ente da Federação terá de publicar, até trinta dias após o encerramento do trimestre, o relatório resumido da execução orçamentária.

14) (CESPE - Técnico Administrativo - MPU - 2010) O relatório resumido da

execução orçamentária é necessário para todos os órgãos da administração direta e indireta dos poderes da República.

15) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) No âmbito do

Poder Judiciário estadual, o relatório de gestão fiscal será elaborado pelo

tribunal de justiça e assinado pelo presidente desse órgão e demais membros de conselho de administração ou órgão decisório equivalente, conforme

respectivo regimento interno.

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16) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) O governador do estado de

Pernambuco dispõe de até trinta dias, após o final de cada quadrimestre, para publicar o relatório de gestão fiscal. O descumprimento desse prazo impede o

estado de receber transferências constitucionais e contratar operações de

crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da

dívida mobiliária estadual.

17) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Compete ao Poder

Executivo publicar o relatório resumido da execução orçamentária no prazo de

até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

18) (FCC - Analista Judiciário – Contabilidade - TRF 2ª Região – 2007) O

relatório resumido da execução orçamentária

a) alcança todos os entes da Federação, sendo elaborado pela Secretaria do

Tesouro Nacional. b) é produzido individualmente em cada Poder estatal, apresentando números

que permitem a limitação de empenho e de movimentação financeira.

c) apresenta o comportamento de despesas e dívidas sujeitas a limites fiscais.

d) revela somente a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os saldos de operações de crédito e Restos a Pagar.

e) abrange todos os Poderes, fornecendo dados que indicam a limitação de

empenho e de movimentação financeira.

19) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) O Poder Executivo publicará, até ...... dias após o encerramento de cada bimestre, relatório

resumido da execução orçamentária. Completa corretamente a lacuna acima:

(A) trinta

(B) quarenta e cinco (C) sessenta

(D) noventa

(E) cento e vinte

20) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Sob a óptica da LRF, para a apuração

da receita corrente líquida, serão englobados os valores referentes a receitas

tributárias e de contribuições, incluídas aquelas advindas da contribuição dos

servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social.

21) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, a receita

corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias, de

contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,

transferências correntes e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.

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22) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) no

cômputo da receita corrente líquida, não devem ser considerados os recursos obtidos por meio da exploração de atividades industriais.

23) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)

Entre outros ajustes no cálculo da receita corrente líquida, devem ser subtraídas as receitas oriundas da compensação financeira correspondente à

contagem recíproca do tempo de contribuição para os beneficiários da

previdência social na administração pública e na atividade privada, rural e

urbana.

24) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) A receita corrente

líquida será apurada pelo somatório, de janeiro a dezembro, das receitas

correntes, deduzidas as transferências estabelecidas na lei.

25) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Receita corrente líquida

corresponde ao total de receitas correntes deduzido das receitas de capital.

26) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) A receita corrente líquida é apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês de referência e nos três meses

anteriores.

27) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita corrente líquida

deve sempre ser apurada no período referente a um ano, coincidente com o ano civil.

28) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) A despesa total com pessoal, para os

efeitos da LRF, será apurada somando-se a despesa realizada no mês em referência com as despesas dos doze meses imediatamente anteriores,

adotando-se o regime de caixa.

29) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os valores gastos com serviços prestados por empresas contratadas para a terceirização de mão de

obra e que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos

devem ser contabilizados como despesas de capital.

30) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A despesa total com

pessoal da União não deve ultrapassar a 50% da sua receita corrente líquida.

31) (CESPE - AFCE - TCU - 2008) Na verificação da despesa total com pessoal

da União, não serão computadas as despesas com indenização por demissão de servidores, as relativas à demissão voluntária e as decorrentes dos

contratos de terceirização de mão-de-obra referentes a substituição de

servidores e empregados públicos.

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32) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Na hipótese de a receita

corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400 bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões.

33) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o BNDES

empresta recursos a um estado para completar o valor necessário ao pagamento da folha de salários de seus servidores, tal procedimento fere a CF.

34) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A LRF prevê a

aplicação de restrições à gestão de recursos públicos, ainda que o limite de

despesas de pessoal não tenha sido atingido.

35) (CESPE - Administrador - Ministério da Previdência Social - 2010)

Combinando-se as disposições constitucionais com as da Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF), constata-se que mesmo os servidores estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal

ultrapassarem determinados limites, o que, entretanto, poderia ser evitado no

caso de redução consensual dos respectivos vencimentos.

36) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Considere a

hipótese de um município em que as despesas de pessoal totais estão abaixo

do limite global de 60% das receitas correntes líquidas, mas a Câmara de

Vereadores respectiva gasta, com sua folha de pagamentos, mais do que seu

limite próprio, de 6% do mesmo agregado de receita, e está nessa situação há dez meses. Nesse caso, as transferências voluntárias da União para esse

município não precisam ser suspensas.

37) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Com exceção das prestações destinadas aos idosos, nenhum benefício ou serviço relativo à

seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da

fonte de custeio total.

38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Considera-se

nulo o ato de prefeito que reajustar o vencimento dos servidores municipais

em 25%, resultando em aumento de despesa com pessoal, no penúltimo mês

de seu mandato.

39) (CESPE – Contador – FUB – 2009) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

considera como baixo crescimento a variação real acumulada do PIB abaixo de

1% em dois trimestres consecutivos ou em quatro alternados no intervalo de

dois anos.

40) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) As despesas de pessoal

permanente de um órgão ou entidade podem ser classificadas como correntes

ou de capital, dependendo de o pessoal ser empregado nas atividades

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normais, de manutenção do órgão ou entidade, ou alocado a um projeto de

que resultará um investimento.

41) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Na

repartição dos limites das despesas de pessoal na esfera federal, o TJDFT se

inclui no percentual de 6% atribuído ao Poder Judiciário, que estão compreendidos nos 50% da receita corrente líquida da União.

42) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Um município cuja despesa

total com pessoal ultrapasse, em determinado período de apuração, 50% da

receita corrente líquida infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal.

43) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A despesa total com

pessoal será apurada pela soma no mês em referência com as previstas para

os onze meses imediatamente subsequentes.

44) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A despesa total da

União com pessoal não poderá exceder 50% da receita líquida corrente,

computando-se, para verificação do atendimento a esse limite, as despesas derivadas de indenizações por demissões de seus servidores e empregados.

45) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Na verificação do

atendimento dos limites definidos na LRF, para despesas com pessoal, devem

ser computadas despesas relativas a incentivos à demissão voluntária.

46) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Considerando-se que, em

determinado município brasileiro, a despesa pública com pessoal corresponda

a 55% da receita corrente líquida, é correto afirmar que essa despesa ultrapassa o limite previsto na LRF.

47) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Segundo a LRF, a União

não pode realizar despesa com pessoal em percentual superior a 50% da receita corrente líquida, nela incluídas as despesas de indenização por

demissão de servidores ou empregados.

48) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha que determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de mão-de-

obra para o serviço de operação de máquinas fotocopiadoras, uma atividade

que não consta das atribuições de nenhum dos cargos do quadro de pessoal do

órgão em questão. Nesse caso, as despesas do contrato de terceirização não

devem ser contabilizadas como outras despesas de pessoal.

49) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Se o aumento acentuado e inesperado do

número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a administração a

efetuar a contratação de novos professores mediante terceirização, as

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despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas entre as despesas de

pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite.

50) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Caso a despesa total com

pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao poder público o

provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público.

51) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas relativas às

pensões, por não constituírem gastos com servidores inativos, não fazem parte

da limitação de despesas de pessoal prevista na LRF.

52) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As despesas com

pessoal, pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, decorrentes de

decisão administrativa ou judicial e relativas aos cinco exercícios anteriores, serão normalmente computadas para efeito de cálculo dos limites fixados para

cada ente e cada um dos Poderes.

53) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) No Distrito Federal (DF), o controle para a verificação do cumprimento do limite da despesa total com

pessoal deve ser realizado ao final de cada quadrimestre.

54) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a admissão

ou a contratação de pessoal a qualquer título possa ser proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, a exoneração de

servidores não estáveis por excesso de despesa somente é possível depois que

esse limite for ultrapassado.

55) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Os recursos correspondentes às dotações

orçamentárias destinadas ao pagamento de pessoal e encargos sociais do TCU

serão entregues em duodécimos de igual valor, até o dia 20 de cada mês.

56) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Se determinado órgão

público for obrigado a pagar a seus servidores vantagens ou indenizações

decorrentes de decisões judiciais, então ele deve, obrigatoriamente, excluir

esses valores no cálculo de sua despesa total com pessoal para efeito da aplicação do limite imposto pela LRF.

57) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Para

realização de despesa com o pessoal, o Poder Legislativo do Distrito Federal

deve observar o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal para o legislativo da esfera municipal.

58) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) As

despesas de pessoal

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(A) não incluirão os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra.

(B) poderão exceder 50% da receita líquida da União. (C) do Poder Judiciário estão sujeitas a limites fixados pelo Ministério Público

da União.

(D) dos inativos não podem ser maiores que os dos funcionários ativos.

(E) serão apuradas, para fins de obediência aos limites, num período de doze meses.

59) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010) Considere a

tabela abaixo.

(*) Receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,

agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras também

correntes, já realizadas as deduções previstas na LRF e excluídas as

duplicidades. (**) Receita e despesa referentes ao acumulado de janeiro a dezembro de

2009, tomado o mês de dezembro de 2009 como referência.

Estão acima do limite de gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida

(A) o Poder Executivo Estadual, o Estado e o Município. (B) o Poder Executivo Municipal, o Poder Legislativo Municipal e o Município.

(C) os Poderes Executivos Estadual e Municipal.

(D) os Poderes Legislativos Estadual e Municipal.

(E) o Poder Judiciário Estadual, o Poder Executivo Municipal e o Município.

60) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) De acordo com o

disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o próximo item,

relativo à destinação de recursos públicos para o setor privado.

Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema

Financeiro Nacional, ainda que mediante concessão de empréstimos de

recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.

61) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Com relação à

destinação de recursos públicos para o setor privado, considere:

I. Deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas

na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus

créditos adicionais.

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II. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica

que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres serão inferiores ao custo de captação.

III. Em regra, poderão ser utilizados recursos públicos para socorrer

instituições do Sistema Financeiro Nacional, inclusive mediante a concessão de

empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) I e II.

(C) I e III. (D) II e III.

(E) III.

62) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - STM - 2011) Os municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública, bem como os que

não a tenham previsto em seus orçamentos e não a estejam arrecadando,

estão proibidos de receber transferências voluntárias de outros entes,

ressalvadas aquelas destinadas a ações com saúde, educação e assistência social.

63) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN - 2009)

A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em

tempo real, de informações pormenorizadas acerca da execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público, é uma das formas de

assegurar a transparência da gestão fiscal.

64) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) O legislador brasileiro, ao incluir na LRF dispositivos que tratam da transparência da gestão

fiscal, relacionou o assunto à Constituição Federal, que estabelece a

obrigatoriedade de lei complementar para dispor sobre finanças públicas. Por

essa razão, as normas da LRF sobre transparência se aplicam a todos os entes da Federação, e respectivos órgãos e entidades, e se caracterizam como de

caráter geral.

65) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal o relatório

resumido da execução orçamentária, de periodicidade trimestral, e o relatório

de gestão fiscal, de periodicidade semestral.

66) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme dispõe a LRF, o estado ou município que não promover a instituição, previsão e efetiva

arrecadação de todos os impostos de sua competência constitucional ficará

impossibilitado de receber transferências voluntárias da União.

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67) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Os

instrumentos de transparência, relativos a planejamento, execução e controle da gestão fiscal incluem o relatório resumido da execução orçamentária e o

relatório de gestão fiscal. Além disso, durante os processos de elaboração e

discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos deve haver

incentivo à participação popular e realização de audiências públicas.

68) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN - 2009)

É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não

observe os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal em

relação aos impostos de sua competência constitucional.

69) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) A realização

de audiências públicas quadrimestrais, quando o Poder Executivo tem a

oportunidade de demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais, é uma das formas de assegurar a transparência, no que concerne à execução

orçamentária.

70) (CESPE – Contador – IBRAM/DF - 2009) Acerca da fiscalização da gestão fiscal, julgue o seguinte item.

O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos tribunais de contas, e o

sistema de controle interno de cada poder e do Ministério Público, fiscalizarão o

cumprimento das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

71) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Afronta o

conceito de responsabilidade fiscal da receita o fato de, até a presente

oportunidade, a União não ter instituído o imposto sobre grandes fortunas.

72) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LRF estabelece

prazos para estados e municípios encaminharem suas contas ao Poder

Executivo da União, para efeito de consolidação das contas dos entes da

Federação, mas não estabelece punição em caso de descumprimento dos prazos determinados.

73) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) Segundo

dispositivos da LRF, a falta de prestação de contas sujeita o município à sanção de suspensão pela União de quaisquer transferências voluntárias ao ente da

federação inadimplente. Tal sanção não atinge, portanto, os recursos recebidos

do FPM.

74) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) Nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, as contas apresentadas pelo Chefe do Poder

Executivo ficarão disponíveis, no respectivo Poder Legislativo e no órgão

técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos

cidadãos e instituições da sociedade, durante

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(A) três meses após o encerramento do exercício a que se refere.

(B) seis meses após o encerramento do exercício a que se refere. (C) seis meses após o encerramento do mandato.

(D) um ano após o encerramento do mandato.

(E) todo o exercício.

75) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) A

LRF veda, em qualquer caso, a aplicação da receita de capital derivada da

alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público no

financiamento de despesas correntes.

76) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) É permitida a aplicação da

receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o

patrimônio público para o financiamento de despesa corrente. Exceções são

feitas àquelas receitas destinadas por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

77) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - MMA -

2008) O atendimento das despesas de conservação do patrimônio público está entre as condições que limitam a inclusão de novos projetos na lei

orçamentária e nas de créditos adicionais.

78) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) Os projetos

em andamento e as despesas de conservação do patrimônio público têm precedência sobre novos projetos na lei orçamentária e suas alterações. Por

isso, o Poder Executivo deve informar ao Poder Legislativo, até a data de envio

do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, se os projetos em andamento

estão adequadamente atendidos e se foram contempladas as necessidades de conservação do patrimônio público.

79) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As disponibilidades de

caixa dos regimes de previdência geral e próprio dos servidores públicos devem ficar depositadas em conta separada das demais disponibilidades de

cada ente.

80) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) Com relação à gestão patrimonial, a Lei da Responsabilidade Fiscal prevê que

(A) as disponibilidades de caixa da União poderão ser depositadas em

instituição financeira privada, desde que sua remuneração exceda 6% ao ano.

(B) as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social poderão ser

aplicadas em empréstimos para os próprios segurados, desde que haja garantia real.

(C) a desapropriação de imóvel urbano, desde que o interesse público o

recomende, poderá ser feito sem prévia indenização em dinheiro ou depósito

judicial.

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(D) a aplicação de receita derivada da alienação de bens do ente da Federação

não poderá financiar qualquer tipo de despesas correntes. (E) a empresa controlada por ente da Federação que firmar contrato de gestão

com este gozará de autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

81) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparência da

gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios

eletrônicos de acesso público, exceto,

a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.

b) o Plano de Contas Único da União. c) as prestações de contas e o respectivo parecer prévio.

d) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

e) o Relatório de Gestão Fiscal.

82) (ESAF – Analista - IRB – 2006) Com o advento da Lei de Responsabilidade

Fiscal, novos demonstrativos passaram a ser exigidos em busca da

transparência das contas públicas, como o Relatório Resumido da Execução

Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal. O Relatório de Gestão Fiscal deve ser publicado:

a) até 30 dias após o encerramento de cada bimestre.

b) até 30 dias após o final de cada quadrimestre.

c) até 30 dias após o fim de cada trimestre.

d) até 30 dias após o encerramento do semestre. e) até 30 dias após o final de cada mês.

83) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei

Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s):

a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao

custeio do Sistema Único de Saúde.

b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por determinação constitucional.

c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime

geral da previdência social.

d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e fundações públicas.

e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das empresas

estatais.

84) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal:

a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da

administração pública.

b) o auxílio-alimentação dos servidores.

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c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos

servidores. d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo.

e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social.

85) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total

com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não

poderá exceder os percentuais da receita líquida, a seguir discriminados:

a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%).

b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%). c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%).

d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%).

e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%).

86) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei

de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca da apuração dos

limites com pessoal:

a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.

b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de sentenças

judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou entidade.

c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da convocação

extraordinária do Congresso Nacional. d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial

da competência do mesmo período de apuração do limite.

e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas por meio

de fundo específico decorrentes da contribuição dos servidores inativos.

87) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca da

repartição dos limites globais da despesa com pessoal estabelecidos na Lei

Complementar n. 101/2000, é correto afirmar que: a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites do

respectivo Poder Judiciário.

b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído no do

respectivo Poder Executivo. c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com pessoal do

Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre seus

ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual

da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.

e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com

pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites com

pessoal.

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88) (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN - 2008) É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal:

a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos de

competência constitucional do ente da Federação.

b) a previsão, alocação e fixação da arrecadação estimada de todos os tributos de competência legal do ente da Federação.

c) a fixação, indicação e estimativa da arrecadação de todos os impostos de

competência constitucional do ente da Federação.

d) a previsão, instituição e fixação da arrecadação de todas as rubricas

tributárias dos entes da Administração Indireta, inclusive. e) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os impostos de

competência legal do ente da Administração Federal, com exceção das receitas

derivadas.

89) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) A fiscalização da gestão fiscal pode ser

exercida:

a) privativamente pelos Tribunais de Contas.

b) pelo Poder Judiciário, em relação aos demais Poderes. c) pelo Ministério Público, em sede de controle externo.

d) pelo Ministério da Fazenda, por delegação do Senado.

e) pelo Poder Legislativo, diretamente.

90) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites da despesa total com pessoal não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida

discriminados na LRF. Esses percentuais:

a) não englobam as despesas com inativos custeadas com recursos

provenientes da arrecadação de contribuição dos segurados. b) são fixados de forma supletiva em relação à lei de diretrizes orçamentárias.

c) são fixados de forma taxativa e sujeitam o infrator às consequências da lei,

entre as quais a impossibilidade de contratar, em qualquer hipótese, operações

de crédito. d) são repartidos em limites específicos por Poder e órgão nas esferas federal,

estadual e municipal, podendo essa distribuição interna ser alterada pela lei de

diretrizes orçamentárias, observado o limite global de cada ente.

e) são discriminados de forma igualitária para a União, Estados e Municípios.

91) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência

da gestão fiscal, exceto:

a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.

b) as prestações de contas. c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão

simplificada.

d) os limites da dívida pública.

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e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de elaboração e

de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

92) (ESAF – Técnico de Nível Superior – ENAP/MPOG – 2006) A partir do Plano

Real, a economia brasileira iniciou uma fase de estabilidade monetária e maior

transparência dos resultados fiscais. Sem os efeitos inflacionários com o impacto que essa perda causou aos tesouros, cresceu o debate sobre a

necessidade de ajuste nas contas públicas. A Lei de Responsabilidade Fiscal

(LRF), de 4 de maio de 2000, veio estabelecer normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade fiscal. Com base na LRF, indique a opção que

não é verdadeira. a) Prevenção de déficits imoderados e reiterados.

b) Limitação do gasto público continuado.

c) Limitação da dívida pública a níveis prudentes.

d) Administração prudente dos riscos fiscais. e) Contratação de operações de crédito, que em cada exercício não deverá ser

limitada ao montante da despesa de capital.

93) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem requisitos essenciais da responsabilidade

na gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os

tributos da competência constitucional do ente da Federação. Nos casos em

que um determinado ente deixe de observar tal dispositivo, ser-lhe-á vedada:

a) a realização de transferências obrigatórias, qualquer que seja o tributo. b) a realização de transferências obrigatórias, no que se refere aos impostos.

c) a realização de transferências voluntárias, qualquer que seja o tributo.

d) a realização de transferências voluntárias, no que se refere aos impostos.

e) a realização de transferências obrigatórias e voluntárias, no que se refere aos impostos.

94) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Integram a receita corrente líquida,

exceto: a) os tributos.

b) as receitas patrimoniais.

c) as transferências correntes.

d) os valores recebidos em decorrência do FUNDEB. e) as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de

salários.

95) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) O Relatório de Gestão

Fiscal instituído pelo art. 54 da Lei Complementar n. 101/2000 conterá, exceto:

a) o montante da despesa com pessoal comparada com os limites

estabelecidos na lei.

b) o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre.

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c) o total da dívida consolidada e mobiliária.

d) o total das operações de crédito, inclusive por antecipação de receitas. e) indicação de medidas corretivas quando os limites definidos na lei forem

ultrapassados.

96) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU – 2002) Com base nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União, assinale a

opção que indica o valor correto da receita corrente líquida, de acordo com o

disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:

a) $ 110

b) $ 115 c) $ 120

d) $ 125

e) $ 130

97) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2004) Indique, nas opções

abaixo, qual das proposições a seguir está em desacordo com o definido na Lei

de Responsabilidade Fiscal - LRF.

a) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO , previsto nos arts. 52 e 53, deverá ser composto, também, por um balanço orçamentário.

b) o RREO deverá ter, destacados, os valores referentes ao refinanciamento da

dívida mobiliária, nas operações de crédito e nas despesas com amortização de

dívida.

c) o Relatório de Gestão Fiscal - RGF - deverá ser emitido semestralmente pelos titulares definidos no art. 20 da LRF.

d) o RGF também deverá ser assinado pelo controle interno.

e) o descumprimento do prazo de entrega do RREO e do RGF sujeita o ente à

sanção.

98) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2004) São deduzidos do

somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,

agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas

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correntes, para a composição da chamada "Receita Corrente Líquida da União",

exceto: a) as transferências para o Fundo de Participação dos Estados.

b) as transferências para o Fundo de Participação dos Municípios.

c) as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos

regimes de previdência social, para contagem recíproca do tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria.

d) as contribuições de servidores para o custeio do seu sistema de previdência

e assistência social.

e) os valores transferidos, voluntariamente, aos Estados, para implementação

de PDV (Programa de Demissão Voluntária).

99) (ESAF – Procurador – BACEN – 2001) A Lei Complementar no 101/2000

estabeleceu rígidos critérios para as despesas de pessoal pela Administração

Pública. Por seus comandos, caso a despesa com pessoal exceda a 95% do limite por ela fixado, somente será permitido:

a) provimento de cargo público decorrente de reposição por motivo de

aposentadoria em áreas sociais e administrativas do serviço público.

b) alteração de estrutura de carreira, com aumento de despesa. c) concessão da revisão geral anual da remuneração prevista pela norma

constitucional.

d) contratação de hora extra, em qualquer setor que comprovar a sua

necessidade.

e) criação de empregos regidos pela legislação trabalhista para o setor de educação e saúde.

100) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Lei de

Responsabilidade Fiscal - LRF instituiu mecanismos mais rigorosos para a administração das finanças nas três esferas de governo e funciona como um

código de conduta para os administradores públicos, que devem obedecer às

normas e limites estabelecidos na lei. Com base na Lei de Responsabilidade

Fiscal, assinale a opção incorreta. a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na União esse

limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.

b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a

Responsabilização. c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação inclusive

suas empresas estatais dependentes na forma definida na Lei.

d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal, segundo a

LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações

de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal.

e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da Federação,

inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma de novação de dívida

contraída anteriormente.

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