Luana - Monog. Fam. Xx

7/24/2019 Luana - Monog. Fam. Xx

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CURSO DE DIREITO

LUANA LOPES CLEMENTE

O DIREITO MUDANA INTEGRAL DO SEXO NO DIREITO BRASILEIRO

CONTEMPORNEO


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Belo Horizonte

2!"



CONTEMPORNEO

Projeto de Pesquisa apresentado aocurso de Direito da Faculdade de Minascomo requisito parcial disciplinaTrabalho de Concluso de Curso- TCC

Orientador: Prof Mestre Fernando!on"al#es Coelho $%nior


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Belo Horizonte

2!"



CONTEMPORNEO

Trabalho de Concluso de Curso

COM&''(O )*+M&,+DO+

...............................................................

...............................................................

...............................................................

Prof Mestre Fernando !on"al#es Coelho $%nior


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/elo 0ori1onte2 ... de............... de3456


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Dedico esta mono7rafia a minha me Danusia2 aos meus irmos2 a minha prima

T8mara e aos meus ami7os pelo inceti#o2 compreenso e apoio incondicional +o

meu pai que mesmo lon7e sempre me deu todo o apoio + minha a#9 que memo

ausentes2 sempre me fe1 acrditar que sou capa1 e sempre estara presentes em

minha #ida

AGRADECIMENTOS

0oje estou reali1ando um sonho que pensei que nunca seria reali1ado Mais para

isso foi preciso muita for"a de #ontade2 confian"a em me2 determina"o2 pacincia e

muita f; em uma pessoa que mais do que nunca hoje sei que e


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compreender por tudo que eu passei este ano e ter uma 7rande pacincia s9 tenho

que te a7recer hoje e sempre

+s minhas ami7as )lienai2 $anaina2 Francielle e Ailma a7rade"o por estarem ao meu

lado neste momento to importante2 onde encontramos for"as umas nas outras para

superar essa etapa2 em especial minha ami7a Bila Obri7ada meninas por todos os

momentos em que tanto aprendemos juntas e nos di#ertimos e por esta ao meu lado

este ano tal dif?cil Obri7ada a todos que2 mesmo no estando citados aqui2 tanto

contribu?ram para a concluso desta etapa da minha #ida

RESUMO

O presente trabalho tem como objeti#o mostrar as dificuldade enfrentadas pelos transe


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ABSTRACT

The present >or aims to sho> the difficult faced b transseith the pscholo7ical2 so that the indi#idual sufferin7 >ith this transtormo can

7et alon7 better >ith the societ /ecause the seho are

born >ith life2 so a qualit human bein7 /ein7 conceptuali1ed the sehich

deri#es from it2 sho>in7 the principles 7o#ernin7 se< chan7e2 the possibilit of chan7in7 the first name

and sho>in7 that ou ha#e to protect not onl the transse


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LISTAS DE SIGLAS

!BT/ E !as2 B;sbicas2 Tra#estir2 Transe


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SUM-RIO

! INTRODU.O

2 O TRANSEXUAL

2/! Con0eito

2/1 A ,ieren3# ,o tr#n%e45#l e o% o5tro% en67eno% ,# %e45#li,#,e

2/1 Co7o o tr#n%e45#l %e %ente 87o,o ,e #9ir: ;en%#r;rio 0or;o

3.4 Direito ? 'onr# e ? i7#9e7 ,# ;e%%o#

1/@ Di9ni,#,e ,# ;e%%o# '57#n#

" DA MUNDANA DO NOME

"/! Do no7e"/2 C#r#0ter%ti0#% ,o no7e

"/1 Prin0;io ,# i75t#=ili,#,e rel#ti$# ,o no7e

"/" Hi;>te%e ,e #lter#3o ,o no7e

"/@ Po%%i=ili,#,e ,e #lter#3o ,o re9i%tro 0i$il

@ A SEXUALIDADE PERANTE A SOCIEDADE

@/! A in%er3o ,o tr#n%e45#l n# %o0ie,#,e

CONCLUS.O REERFNCIAS


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! INTRODU.O

O presente trabalho tem como objeti#o tra1er a complica"Hes passada pelo

transe


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transe


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hormonais Para tanto se abre o questionamento da possibilidade de altera"o do

nome em seu re7istro ci#il K+PB+, '+DOCK !)// 344L2 p5NG

De forma que a se


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o Pro7rama de Combate Aiolncia e Discrimina"o contra !BT/ !as2

B;sbicas2 Tra#estis2 Transe


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9r7o de sua 7enit@lia le#ando a necessidade da cirur7ia K+PB+, '+DOCK

!)//2 344L2 p6LG

Para que tenha um equil?brio f?sico2 biol97ico e psicol97ico2 proporcionado

uma satisfa"o de #ida e bem estar 'e fa1endo essencial a reatribui"o se


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como no psicol97ico2 biol97ico e no ci#il2 dando a possibilidade de entendimento de

como transe


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Tendo como base sempre o interesse e a di7nidade da pessoa humana2 para

produ1ir le7isla"Hes2 sempre sendo res7uardada em todo o ordenamento O direito a

personalidade no C9di7o Ci#il de 3443 recebeu todo um cap?tulo por ser

fundamental para a prote"o do ser humano2 dispondo sobre a inte7ridade f?sica e

inte7ridade moral2 afastado constran7imento medico sendo ele para inter#en"Hes

cir%r7icas2 remo"o de 9r7o ou parte do pr9prio corpo MO,T)&O2344L2 pG

Tal direito recebemos como j@ dito ao nascer tendo seu termino ao more

sendo do seu possuidor2 so absolutos2 intransfer?#eis2 ilimitados2 impenhor@#eis eine


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9r7os2 tecidos ou partes do corpo para fins cientifico ou altru?sticos CO)B0O2

3442 p5G

'endo que a pessoa no pode sofrer qualquer in#aso de seu corpo sem sua

#ontade Mesmo por sua #ontade a restri"Hes para dispor de seu corpo2 estes limites

esto dispostos no arti7o 5L do C9di7o Ci#il de 3443

'al#o por e


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7nero a que ela 7ostaria de pertencer que se confi7ura enfermidade 'epessoa tem #ida afeti#a2 se


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'e j@ ; constran7edor uma pessoa que tem fei"Hes feminina carre7ar uma

identifica"o diferente2 por um erro orto7r@fico ou por que seu nome tem um outro

sentido &ma7ina o transe


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leis encontrando respaldo na Constitui"o Federal2 no princ?pios da di7nidade da

pessoa humana e da cidadania2 nos direitos da personalidade2 como a lei de

&ntrodu"o do C9di7o Ci#il no seu arti7o 6R dispHe Squando a lei for omissa2 o jui1

decidir@ o caso de acordo com a analo7ia2 os costumes e os princ?pios 7erais de

direito /+'&B2 345L2 p53G2 e na Bei de e7istros P%blicos

" DA MUNDANA DO NOME

"/! Do no7e

+o nascer recebemos um nome que inte7ra personalidade do ser humano2

ficando interli7ado pessoa no s9 durante a #ida mais tamb;m durante a sua

morte2 um das qualidades mais importante personalidade Monteiro di1 que ; Sum

dos mais importantes atributos da pessoa natural2 ao lado da capacidade ci#il e do

estado2 ;2 efeti#amente o nome MO,T)&O2 344L2 p544G

,os termos do arti7o 5 do C9di7o Ci#il de 34432 Stoda pessoa tem direito ao

nome2 nele compreendidos o prenome e o sobrenome /+'&B2 345L2 p5UG2

portanto2 ; um elemento que no to somente identifica o indi#?duo na sociedade

mais identifica qual fam?lia esse pertence

)m especial a Bei de e7istros Ci#is em seu t?tulo && onde trata do re7istro da

pessoa natural2 nos di1 que o re7istro do nome de pessoa natural ser@ obri7at9rio

]uanto ao nascimento do filho os pais de#er re7istra-lo arti7o 32 &G2 e no arti7o U42caput da as especifica"Hes que sero informadas como onde ti#er ocorrido o parto2

ou no local da residncia dos pais2 no pra1o de quin1e dias2 sal#o em casos

descritos pelo pr9prio dispositi#o le7al essal#ando de que o nome s9 7erar efeito

no mundo jur?dico ap9s a reali1a"o de seu re7istro

)stando #inculado ao se


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homens e mulheres Tem import8ncia no apenas jur?dica2 mas principalmente

psicol97ica: ; a base para a constru"o da personalidade CO)B0O2 3442 p5QUG

)scolhido pelos seus pais recebendo uma identifica"o de acordo com o seu

7nero2 no se d@ oportunidade de escolha ao indi#?duo2 sendo nome al7o que

carre7amos pela #ida2 no podendo sofrer altera"Hes2 mais a imutabilidade no ;

absoluta2 possuindo assim possibilidade e modifica"o )ntretanto no que tan7e o

transe


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"/1Prin0;io ,# i75t#=ili,#,e rel#ti$# ,o no7e

O nome em #ia de re7ra ; imut@#el2 S; um princ?pio de ordem p%blica2 em

ra1o de que sua definiti#idade ; de interesse de toda a sociedade2 constituindo

7arantia se7ura e efica1 das rela"Hes de direitos e obri7a"Hes correlatas2 uma #e1

reali1ado o re7istro no se permite a modifica"o do nome!+A&(O2 344G

+ anti7a reda"o do arti7o UQ da lei de re7istros ci#is2 disponha que o nome

era imut@#el2 sendo ri7orosa no de di1 respeita o prenome2 por;m2 em seu par@7rafo

%nico2 possibilita#a modifica"o em caso de erro 7r@fico !O,Y+BA)'2 34562p5UUG

Com a altera"o feita pela Bei N4QV5 a no#a reda"o no se fala mais

em ser imut@#el e sim definiti#a2 tra1endo op"Hes para trocar2 como a substitui"o

por apelidos p%blicos e not9rios2 mas sem perder o ri7or

Por mais que seja a re7ra2 ao disponibili1ar que o prenome seja substitu?do

por apelido p%blicos e not9rios2 nas pala#ras de monteiro que ; as Se


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pois a Sfacilidade pode ser de realmente noci#o sociedade MO,T)&O2344L2

p546G

O princ?pio no ; infle


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+ pr9pria lei pre# os casos de substitui"o do prenome ,o s9 o prenomepode ser rid?culo2 como tamb;m2 a pr9pria combina"o de todo o nome,esse caso2 entendemos que o de#er de recusa do oficial persiste )m casode le#antamento de d%#idas pelo ser#entu@rio2 de#e o jui1 impedir o re7istrode nomes que e


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+ ado"o e uma hip9tese de altera"o do prenome2 conforme o art 6N2

par@7rafo UR2 do )statuto da Crian"a e do +dolescente2 onde dispHe que Sa senten"a

concessi#a de ado"o conferir@ ao adotado o nome do adotante e2 a pedido de

qualquer um deles2 poder@ determinar a modifica"o do prenome /+'&B2 345L2

p55ULG Podendo ser total mudando o nome e o sobrenome

Outra possibilidade ; o do arti7o U da Bei de e7istros P%blicos dispHe que

So interessado2 no primeiro ano ap9s ter atin7ido a maioridade ci#il2 poder@2

pessoalmente ou por procurador bastante2 alterar o nome2 desde que no prejudiqueos apelidos de fam?lia2 a#erbando-se a altera"o que ser@ publicada pela imprensa

/+'&B2345L2 pQ5G Contudo2 o menor no tem somente esta oportunidade para

altera2 tendo as outras hip9teses

O estran7eiro tem a possibilidade de mudan"a do nome2 desde que seja de

dif?cil pronuncia e que o le#e ao constran7imento Podendo assim tradu1ir seu nome

e adapt@-lo ao portu7us $@ e


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+ troca se estende a todos no s9 para a #?tima ou testemunha como para

seu conju7ues2 companheiro2 filhos2 dependente desde que haja requerimento do

jui12 ou#indo o minist;rio p%blico D&,&X234542 p 35QG

+cerca do transe


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Di7nidade da pessoa humana como #isto ele ; o n%cleo da Constitui"o

Federal2 na li"Hes de Car#alho Sa di7nidade da pessoa humana decorre do fato de

que2 por ser racional2 a pessoa ; capa1 de #i#er em condi"Hes de autonomia e de

7uiar-se pelas leis que ele pr9pria edita C+A+B0O2 344Q2 p U6G

Contudo o transe


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Os doutrinadores e a jurisprudncia o jul7am e discute a fa#or2 e


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aceita pelas pessoas2 pois o conhecimento tido como moral consiste em Sum

sistema de normas de conduta que prescre#em como o sujeito de#e condu1ir-se em

determinadas circunst8ncias ]=&,T+,)&O2 344L2 p QLG Com isso ser

homosse


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que ele submeteu Para muitos doutrinadores uma possibilidade que tamb;m e

adotada pelos tribunais que a a#erba"o feita e que seja preser#ada a situa"o e

colocar a causa da altera"o para que seja preser#ado os direitos terceiro

,a #iso de Maria /erenice 3442 p36Q2 apud 'X+,&+^'K&2 p 5L3G

Squalquer men"o em documentos de ser transe


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se o transe


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Mais um hip9tese que se tem uma 7rande preocupa e o transe


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de 7nero2 pois para que este transtorno de 7nero seja tratado tra1endo uma

satisfa"o e ter sua di7nidade de #olta O transe


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que fa1 a cirur7ia ap9s o casamento que se o parceiro tem que aceitar por escrito2

no re7istro da prole se a mudan"a ou no e na questo de se con7elar o smen ou o

9#ulo para que seja usado posteriormente

,a minha #iso todos tem que ser respeitado no importando sua cor2

cr;dulo ou op"o se


35/36

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http:VV>>>planalto7o#brVcci#il.4LVleisVlQ4htm acessado em: 5NV4V3446

/OCK2 +na Mercedes /ahia F=T+DO2 Odair e T)&*)&+2 Maria de Bourdes

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direito de #isita dos a#9sG 'o Paulo: )ditora e#ista dos Tribunais2345L

D&+'2 Maria /erenice =nio homosse


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fausto-carpe7eani-de-moura-7a#iao +cessado em: 5UV4V3456

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!O,Y+BA)'2 Carlos oberto Direito Ci$il Br#%ileiro: $!( ;#rte 9er#l& ,e #0or,o

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e atual por +na Cristina de /arros Monteiro Fran"a Pinto 'o Paulo2 sarai#a 344L

OB&A)&+2 'il#;rio da Costa O ;%i0>lo9o 0lni0o e o ;ro=le7# ,#

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http:VV>>>se>>scielobrVscielophpscriptsci.artte

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