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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA - CEFET/RJ CAMPUS ANGRA DOS REIS LUBRIFICAÇÃO E PLANEJAMENTO APLICADOS NO MEIO INDUSTRIAL Autor: Rogério Albergaria de Azevedo Junior ANGRA DOS REIS DEZEMBRO DE 2013

Lubrificação e Planejamento Aplicados No Meio Industrial

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSOSUCKOW DA FONSECA - CEFET/RJ CAMPUS ANGRA DOS REIS

LUBRIFICAÇÃO E PLANEJAMENTO

APLICADOS NO MEIO INDUSTRIAL

Autor: Rogério Albergaria de Azevedo Junior

ANGRA DOS REISDEZEMBRO DE 2013

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSOSUCKOW DA FONSECA - CEFET/RJ CAMPUS ANGRA DOS REIS

LUBRIFICAÇÃO E PLANEJAMENTO

APLICADOS NO MEIO INDUSTRIAL

Autor: Rogério Albergaria de Azevedo Junior

Trabalho de conclusão de cursoapresentado como requisito

 parcial para obtenção do diplomade técnico em MecânicaIndustrial.

Orientador: Prof. Darcy Muniz de Almeida

ANGRA DOS REISDEZEMBRO DE 2013

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“Porque melhor é a sabedoria do que os

rubis; e tudo o que mais se deseja nada se

 pode comparar com ela.” 

Provérbios 8:11

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AGRADECIMENTOS 

Primeiramente, explicito meu profundo agradecimento a Deus, que me sustenta até

aqui, dando-me força e coragem para superar meus medos e desafios, a cada dia me

 proporcionando as oportunidades que tenho tido e me iluminando com sabedoria para

conduzi-las.

Agradeço aos meus pais, Rogério Azevedo e Elizete Azevedo, pelo apoio e por

mostrar o quanto o estudo é fundamental em minha vida.

A todos os meus verdadeiros amigos que juntamente com minha família estruturam o

alicerce de minha vida, construindo nela momentos de muitas alegrias e felicidades.

Agradeço imensamente a todos os profissionais do CEFET  –  UnED Angra dos Reis

envolvidos na minha formação como técnico. Especialmente ao meu professor orientador,

Darcy Muniz de Almeida, por todo ensinamento e auxílio dado para conclusão do trabalho.

Agradeço também o Professor Rodrigo Vieira da Fonseca pelo auxilio, tanto em

conteúdo como em incentivos, durante toda a conclusão do trabalho, transmitindo o melhor

dos seus conhecimentos em torno do assunto tratado neste.

E ainda assim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão

dessa etapa da minha vida.

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RESUMO 

O presente trabalho busca uma abordagem sobre a proposta de desenvolvimento do

 planejamento e organização da lubrificação como ferramenta de manutenção industrial.

Apresenta-se o conceito dos tipos de manutenção mais aplicados no meio industrial. Também

é apresentada uma abordagem sobre a lubrificação industrial como ferramenta de

manutenção, onde são definidos alguns conceitos que a área engloba, sendo esses importantes

 para dar continuidade na pesquisa. A partir do quarto capítulo será feita uma abordagem sobre

o planejamento e organização da lubrificação, onde será mostrada a importância do

 planejamento, além de como é aplicado e quais as etapas básicas necessárias para suaelaboração. Baseado nesse conhecimento foi elaborado uma aplicação real utilizando

equipamentos do Campus. As principais fontes de pesquisa sobre o tema foram dissertações,

sites, livros e relatórios técnicos. Constituiu-se em um trabalho de levantamento bibliográfico,

 pesquisa, observação, análise, classificação e interpretação dos fatos coletados e um estudo de

caso  –   aplicação de um plano básico de lubrificação no maquinário do laboratório de

usinagem do CEFET/RJ UnED Angra dos Reis.

Palavras-chaves: Manutenção, Lubrificação, Planejamento e Organização.

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ABSTRACT 

The present work search an approach on the proposed development of the planning and

organization of lubrication as industrial maintenance tool. Introduces the concept of types of

maintenance more applied in industrial environment. Is also presented an approach on

industrial lubrication as maintenance tool, where are defined some concepts that the area

encompasses, being these important to continue in research. From the fourth chapter will be

made an approach on the planning and organization of lubrication, where is shown the

importance of planning, plus how is applied, and what are the basic steps necessary for their

 preparation. Based on this knowledge was prepared a real application using equipment on

Campus. The main sources of research on the topic were dissertations, Web sites, books and

technical reports. Consisted in bibliographical work, research, observation, analysis,

classification and interpretation of facts gathered and a case study –  implementation of a basic

 plan in greasing the machinery of CEFET/RJ machining lab UnED Angra dos Reis.

Keywords: Maintenance, Lubrication, Planning and Organization.

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SUMÁRIO

1. Introdução............................................................................................................... 1

1.1 Objetivos........................................................................................................... 11.2 Metodologia de Pesquisa.................................................................................. 21.3 Justificativa....................................................................................................... 21.4 Organização do Trabalho.................................................................................. 2

2. Conceitos de Manutenção Industrial....................................................................... 4

2.1 A Evolução da Manutenção.............................................................................. 4

2.2 Tipos de Manutenção........................................................................................ 52.2.1 Manutenção Corretiva............................................................................... 52.2.2 Manutenção Preventiva............................................................................. 62.2.3 Manutenção Preditiva............................................................................... 7

3. Lubrificação Industrial ........................................................................................... 8

3.1 Conceito de Tribologia..................................................................................... 83.1.1 Princípios da Tribologia............................................................................ 8

3.2 Lubrificantes e Lubrificação Industrial............................................................. 93.2.1 Lubrificantes............................................................................................. 10

3.2.1.1 Lubrificantes Sólidos...................................................................... 103.2.1.2 Lubrificantes Pastosos.................................................................... 113.2.1.3 Lubrificantes Líquidos.................................................................... 13

3.3 Destinação dos Óleos Lubrificantes Usados..................................................... 14

4. Planejamento e Organização da Lubrificação........................................................ 15

4.1 Lubrificação Organizada.................................................................................. 154.2 Etapas para Criação de Um Plano Organizado de Lubrificação....................... 15

4.2.1 Etapa I –  Levantamento de Dados e Codificação.................................... 16

4.2.2 Etapa II –  Programação............................................................................ 164.2.3 Etapa III –  Tipos e Codificação dos Lubrificantes.................................. 174.3 Desenvolvimento de Planilhas para Banco de Dados...................................... 174.4 A Importância e Vantagens na Aplicação de Um Plano de Lubrificação........ 174.5 Aplicação e Resultados.................................................................................... 17

5. Conclusão............................................................................................................... 20

Referências Bibliográficas........................................................................................... 21

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Diagrama dos modos e mecanismos de desgaste..................................... 9

FIGURA 2: Visão macroscópica de duas superfícies separadas por lubrificante....... 10

FIGURA 3: Exemplos de lubrificantes sólidos. Grafite (à direita), bissulfeto de

molibdênio (ao meio) e talco (à esquerda)................................................................... 11

FIGURA 4: Exemplos de lubrificantes pastosos. Variados tipos de graxas................ 12

FIGURA 5: Óleos lubrificantes líquidos..................................................................... 13

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Evolução da manutenção......................................................................... 5

TABELA 2: Variados tipos de graxas e suas aplicações, vantagens e desvantagens.. 12

TABELA 3: Plano de lubrificação do torno mecânico................................................ 18

TABELA 4: Plano de lubrificação da fresa universal................................................. 18

TABELA 5: Plano de lubrificação da fresadora ferramenteira.....................,.............18

TABELA 6: Plano de lubrificação da fresadora rosqueadeira................................... 19

TABELA 7: Plano de lubrificação da retífica plana.................................................... 19

TABELA 8: Plano de lubrificação da retífica cilíndrica............................................. 19

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Capítulo 1

Introdução

As mudanças na indústria são constantes, buscando sempre uma melhor eficiência e

rendimento.

Logo, as formas de prevenir falhas e evitar perdas de diversas maneiras, como amanutenção industrial e a lubrificação também estão em evolução. Antes um bom resultado

era obtido quando a manutenção era realizada corretamente, agora acontece de maneira

inversa, obtém-se um bom resultado quando todas as falhas e quebras foram evitadas ou os

reparos planejados.

A manutenção toma um rumo diferente, reduzindo os custos de parada de manutenção

através da aplicação das técnicas modernas. Uma das formas de controlar esses gastos com a

manutenção é a lubrificação, essa tem como objetivo amenizar os esforços excessivos queacabam causando o desprendimento de energia excessiva durante o funcionamento das

máquinas.

A lubrificação é uma forma primordial de manutenção, que insere um lubrificante

entre duas superfícies a fim de reduzir o atrito e minimizar a oxidação.

E para que o serviço de lubrificação atinja tudo o que busca é preciso que haja um

 planejamento e organização. O planejamento de atividades relacionadas à lubrificação

industrial leva a uma redução de custos com manutenção e lubrificantes, assim como, oaumento da produtividade do maquinário. Junto também o aumento de disponibilidade como

consequência do melhor desempenho do planejamento.

1.1 Objetivos

Este trabalho tem como objetivos principais:

 

Mostrar o conceito de manutenção junto com seus tipos aplicáveis;

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  Explicitar de um modo geral sobre a lubrificação industrial, mostrando as classes dos

lubrificantes, identificando-os e citando algumas aplicações dos mesmos;

  Mostrar a legislação que cuida do descarte dos óleos usados;

 

Dar ênfase no planejamento e organização da lubrificação como forma de manutenção,

mostrando as características gerais de um plano de lubrificação. Além de realizar uma

aplicação de um plano básico no laboratório de usinagem do CEFET/RJ UnED Angra

dos Reis, onde serão vistos os pontos principais estudados e os resultados obtidos.

1.2 Metodologia de Pesquisa

O respectivo trabalho é constituído de uma revisão bibliográfica em livros dedicados

ao tema, artigos e sites a fim de tratar de forma sucinta o conceito de manutenção industrial e

lubrificação mostrando suas respectivas importâncias no campo, dando ênfase ao

 planejamento da lubrificação de um modo geral, mostrando também a aplicação do mesmo.

1.3 Justificativa

A escolha do tema é baseada no fato de que o planejamento da lubrificação como

ferramenta de manutenção está adquirindo uma grande importância no cenário industrial, pois

com a organização da lubrificação há um maior controle das atividades relacionadas, fazendo

assim que haja um aumento da disponibilidade do setor industrial.

1.4 Organização do Trabalho

Este trabalho está dividido em cinco capítulos.

 No primeiro capítulo trata-se de uma breve introdução ao tema proposto pelo trabalho,

mostrando de forma concisa o que será abordado durante o trabalho.

O segundo capítulo trata-se da conceituação da manutenção industrial, será mostrado

também a história da manutenção, abrangendo os seus diferentes tipos e aplicações.

 No terceiro capítulo haverá também uma breve abordagem em relação à lubrificação

industrial, mostrando o conceito de tribologia junto à teoria de lubricação. Ainda aqui serão

mostrados os tipos e as classificações dos lubrificantes industriais. E a legislação em relação

ao descarte de óleos usados.

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Já no quarto capítulo, onde será abordado sobre o planejamento e organização da

lubrificação, se dará uma introdução geral, mostrando os principais pontos de um plano básico

de lubrificação de máquinas. Aplicando também um exemplo prático de um plano básico no

laboratório de usinagem. Onde serão mostrados os resultados e a importância do planejamento

da lubrificação em meio industrial.

Por fim no quinto capítulo a conlusão e considerações finais em torno do trabalho

desenvolvido.

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Capítulo 2 

Conceitos de Manutenção Industrial

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas [1], manutenção é a

“Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão,

destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma

função requerida”. 

Já para Guimarães [2], manutenção são todos os cuidados técnicos oportunos para o

funcionamento regular e permanente das máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações.

Cuidados esses que envolvem a conservação, adequação, substituição, restauração e a

 prevenção.

Portanto, com base nas definições anteriores, a manutenção pode ser definida no

âmbito industrial, como sendo quaisquer atividades realizadas a fim de manter o patrimônio

da empresa e assegurar a funcionalidade operacional e de produção.

2.1 A Evolução da Manutenção

O conceito de manutenção, assim como demasiados conceitos relacionados com a

indústria, vem-se modificando ao decorrer do tempo, em função das necessidades cada vez

maiores e dos estudos correspondentes que procuravam responder a essas necessidades.

A seguir, é apresentada a Tabela 1, mostrando a ocorrência da evolução dos conceitos

que são englobados pela manutenção:

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Tabela 1: Evolução da Manutenção. [3]

A maneira que cada empresa irá aplicar o uso da manutenção é planejada e projetada

minuciosamente. E os principais tipos de manutenção existentes hoje são:

  Manutenção Corretiva

  Manutenção Preventiva

  Manutenção Preditiva

2.2 Tipos de Manutenção

Existem basicamente três principais tipos de manutenção que são: manutenção

corretiva, manutenção preventiva e manutenção preditiva.

2.2.1 Manutenção Corretiva

É a forma mais primária de manutenção. Formalmente, a  Associação Brasileira de

 Normas Técnicas [1], define manutenção corretiva como “Manutenção efetuada após

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ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condição de executar uma função

requerida”. 

Ainda, a manutenção corretiva é classificada como planejada e não planejada. A

 planejada é aquela em que o equipamento para a produção só sob forma planejada, quando a

falha não afeta a sua capacidade operacional, fazendo que a perda seja menor, enquanto a não

 planejada ocorre justamente o oposto, sendo a mais frequente no início da evolução da

manutenção. [3]

Tem-se, por exemplo, de manutenção corretiva planejada, uma válvula com pequeno

vazamento pelas gaxetas, que apesar de necessitar de reparos, não indisponibiliza o sistema de

imediato.

Ou seja, a manutenção corretiva é uma técnica reativa onde as ações de manutenção sósão tomadas depois que ocorrem falhas.

2.2.2 Manutenção Preventiva

Todas as ações preventivas tomadas para manter um item em funcionamento são

 baseadas em planejamentos, tempo de funcionamento da máquina, pela experiência

operacional ou projeto.Conforme definição de manutenção preventiva feita pela a Associação Brasileira de

 Normas Técnicas [1] é classificada como “Manutenção efetuada em intervalos

 predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de

falha ou a degradação do funcionamento de um item”. 

A manutenção preventiva é baseada em revisões de manutenção programadas em

intervalos de tempo determinados (semanal, mensal, anual) ou no tempo funcional da

máquina (horas em operação). E realizada no equipamento, ainda que esteja em condição defuncionamento, a fim de evitar falhas ou desgastes do mesmo. [2]

Portanto, a manutenção preventiva é uma forma evoluída da manutenção corretiva,

onde antes era feita de maneira imediata a ocorrência da falha e aqui são acompanhados

critérios e períodos predeterminados para efetivação correta da manutenção.

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2.2.3 Manutenção Preditiva

O princípio geral da manutenção preditiva é que o problema pode ser identificado

antes da falha. Permitindo a operacionalidade maior dos equipamentos. A filosofia dessa é

desenvolvida para que cubra as lacunas deixadas pela preventiva.

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas [1], manutenção preditiva

 pode ser definida como o tipo de manutenção que garante uma qualidade de serviço desejada,

usando como base a aplicação sistemática de técnicas de análise, por meios de supervisão

centralizados ou de amostragem a fim da redução do uso da manutenção preventiva e evitar a

aplicação da manutenção corretiva.

 Num artigo do autor Nascif [4], manutenção preditiva é a atuação realizada com base

na modificação de parâmetros de condição ou desempenho de um equipamento, cujo

acompanhamento obedece a uma sistemática. E ainda compara-se a uma inspeção sistemática

 para o acompanhamento das condições dos equipamentos.

Há um conjunto de análises que fazem parte da sistemática obedecida no caso da

aplicação da manutenção preditiva, as quais são:

  Análise Estrutural (Emissão Acústica, ultrassom, Termografia)

 

Análise do estado de superfície (Testes visuais)  Estudo das vibrações

  Análise de óleos (Tribologia, Ferrografia)

Com os resultados obtidos da aplicação destes, pode-se fazer um acompanhamento da

condição e desempenho de um equipamento qualquer e assim saber o momento correto de

 parada.

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Capítulo 3

Lubrificação Industrial

A lubrificação muita das vezes consiste em um ato de manutenção, sendo assim será

aqui apresentada uma visão geral do assunto juntamente com uma introdução ao conceito de

tribologia, fenômeno ligado diretamente à lubrificação industrial, e também mostrado as

classificações dos lubrificantes.

3.1 Conceito de Tribologia

A tribologia estuda os desgastes mecânicos por atrito. Define-se tribologia, do grego

Τριβο (Tribo - esfregar) e Λογοσ (Logos - estudo), sendo a ciência e tecnologia da interação

das superfícies em movimento relativo e todos os assuntos e práticas daí decorrentes. [5]

3.1.1 Princípios da Tribologia

Os principais focos da tribologia é estudar sobre o desgaste, atrito e a lubrificação.

 No que envolve desgaste, existem alguns modos e seus mecanismos que podem ser

representados na Figura 1, a seguir: 

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Figura 1: Diagrama dos modos e mecanismos de desgaste. [6] 

 No contexto industrial a tribologia tem grande importância, pois com os resultados

encontrados, a partir do estudo de desgaste, pode-se saber o quanto um equipamento ainda

funcionará sem apresentar falhas decorrentes do mesmo. [5]

O Atrito é outro ponto dos estudos tribológicos e define-se como a resistência aomovimento de uma superfície em relação à outra. Pode ser útil em alguns casos e em outros

indesejáveis, consumindo energia motriz sem produzir o correspondente ao gasto. Sendo

assim, deve ser controlado.

A tribologia estuda também a lubrificação que está relacionada ao desgaste, que tem

 por finalidade a diminuição do mesmo e consequentemente do atrito. O desgaste é

 proveniente de várias causas, a mais importante é a da deficiência de lubrificação. [5]

3.2 Lubrificantes e Lubrificação Industrial

A lubrificação industrial tem um grande papel na garantia da manutenção de

máquinas, devido à necessidade de conservação de elementos mecânicos e equipamentos que

trabalham em contato direto, realizando esforços contínuos.

Para Carreteiro [5], a lubrificação é a atenuação do atrito entre superfícies em

movimento relativo, mediante inserção de uma substância, lubrificante, entre as mesmas.

Podendo ser essa substância sólida, como a grafita ou líquida com óleos, graxas. A Figura 2

ilustra uma visão macroscópica de onde é inserido o lubrificante:

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Figura 2: Visão macroscópica de duas superfícies separadas por lubrificante. [7]

3.2.1 Lubrificantes

Com a aplicação e seleção do lubrificante correto mantém-se uma eficiência esperada.

Os lubrificantes têm como objetivo amenizar o atrito, por meio da formação de uma película

fina e também age contra a oxidação. Há diversos tipos de classificação onde os lubrificantes

industriais são agrupados. De uma maneira comumente e básica são classificados de acordo

com sua origem e com sua qualidade e eficiência. Seguindo seu estado físico dividem-se em:

[5]

  Sólidos (grafite, molibdênio, talco);

  Pastosos (graxas, composições betuminosas);

  Líquidos (óleos, fluidos de corte, água).

3.2.1.1 Lubrificantes Sólidos

Estes são mais usados em metais pelo fato de sua forte aderência, pequena resistência

ao cisalhamento e serem estáveis em elevadas temperaturas. Sendo aqui a grafita o mais

comum dos lubrificantes sólidos, usado a temperaturas no máximo de 370 °C, pois passando

disso sofre oxidação do ar. O molibdênio é obtido da natureza, é um pó preto e brilhante,

recomendado o uso até 400 °C. Há também os lubrificantes sólidos mica e talco, são

utilizados com menos frequência do que os outros dois antes citados por não ligarem

efetivamente a superfícies metálicas. [5]

Veja a seguir, a Figura 3, onde há fotos com exemplos de lubrificantes sólidos:

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Figura 3: Exemplos de lubrificantes sólidos. Grafite (à direita), bissulfeto de molibdênio (ao

meio) e talco (à esquerda). [8]

3.2.1.2 Lubrificantes Pastosos

Ou também conhecidos como semissólidos. Geralmente são encontrados em forma de

graxas.

As graxas são misturas de óleo e sabão ou somente de sabões, usadas em alguns tipos de

lubrificação. A consistência varia desde semifluido até sólido. O desempenho de uma graxa

varia de acordo com o sabão, método de fabricação, aditivos e líquidos lubrificantes utilizados

em sua fabricação. [5]

As vantagens de usar uma graxa como lubrificante são diversas, tais como:

  Boa retenção;

  Lubrificação instantânea;

  Elimina contaminação;

  Baixo consumo;

  Frenquência de aplicação

menor;

  Resistentes a variados tipos de

esforços mecânicos.

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A Tabela 2 mostrará algumas características dos tipos mais comuns de graxas encontradas

no mercado:

Tabela 2: Variados tipos de graxas e suas aplicações, vantagens e desvantagens. [5]

TIPO APLICAÇÃO VANTAGEM DESVANTAGEM

Graxas de CálcioLubrificação de

mancais de bucha.Resistência à água.

 Não recomendadas

 para elevadas

 pressões e

temperaturas.

Graxas de Sódio

Mancais de bucha e

superfícies

deslizantes.

Boa resistência ao

calor. Resistentes à

ferrugem.

 Não resistem à água.

Graxas de Alumínio Graxas para chassi.

Resistência à água,

 boa adesividade e

aparência.

Tornam-se gomosas

quando quentes.

Graxas de Lítio Aplicações múltiplas.Resiste à água e

calor.

 Não resistentes à

ferrugem.

Graxas de Sabões

Complexos Ramo alimentício.

Resiste à água e

calor.

Precisam ser

combinadas para um bom desempenho.

Graxas Grafitadas

Lubrificação dos

moldes à fabricação

de vidro.

Resistentes ao calor.

Precisam ser

combinadas para um

 bom desempenho.

Graxas sem Sabão Aplicações múltiplas.

Antidesgastes e

resistentes ao calor,

resistência à água.

Precisam ser

combinadas para um

 bom desempenho.

A seguir, a Figura 4 mostrando alguns exemplos de lubrificantes pastosos - graxas.

Figura 4: Exemplos de lubrificantes pastosos. Variados tipos de graxas. [8]

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3.2.1.3 Lubrificantes Líquidos

Os óleos lubrificantes são constituídos de duas partes: base + aditivos. A base pode ser

mineral (destilado do petróleo) ou sintética (sínteses químicas suportam condições severas).

Já os aditivos em óleos lubrificantes são definidos como compostos químicos adicionados à

 base para modificar, fornecer ou reforçar as qualidades e propriedades do óleo. Exemplos de

 propriedades nas quais os aditivos fornecem são o aumento do ponto de fluidez e/ou fulgor,

cor, alguns índices de corrosão e qualidades relacionadas à deterioração do óleo, entre outros.

[5]

A seguir, a Figura 5, mostrando exemplos de óleos lubrificantes:

Figura 5: Óleos lubrificantes líquidos. [8]

Como exemplos de aditivos, temos: [5]

  Detergentes;

  Antioxidantes;

  Dispersantes;

  Melhoradores de I.V;

  Antidesgastantes;

  Anticorrosivos;

  Antiferrugem;

  Antiespumante;

  Emulsificantes;

  Demulsificantes;

  Abaixadores do ponto de fulgor.

Quanto à classificação relacionada à qualidade e eficiência de um óleo lubrificante,

tem-se de levar em consideração alguns fatores prévios de estudos e análises onde se obterá

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respostas como as quais: o tipo de serviço, em quais condições o óleo trabalhará, quais tipos

de esforços o mesmo será submetido entre outros.

3.3 Destinação dos Óleos Lubrificantes Usados

O destino dos óleos lubrificantes usados é objetivo de preocupação das empresas

responsabilizadas com o meio ambiente, tendo uma regulamentação específica em vários

 países. Serão apresentadas em âmbito nacional as leis quais identificam as possíveis

destinações finais permitidas.

A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente [9] define os óleos

lubrificantes ou contaminados como substâncias acabadas por decorrência do seu uso normal

ou motivo de contaminação, que se tornaram inadequadas à sua finalidade original.

Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente [9], por meio da Resolução nº

362/2005, em seu artigo 1° diz que os óleos lubrificantes usados ou contaminados deverão ser

recolhidos, coletados e terem destinação final, de modo que não afetem negativamente o meio

ambiente e propiciem a máxima recuperação dos constituintes neles contidos, na forma

 prevista na Resolução.

Dessa maneira, a reciclagem por meio do rerrefino passou a ser o destino para os óleoslubrificantes usados ou contaminados, sendo definidos pela Resolução citada, como uma

categoria de processos industriais de remoção de contaminantes, produtos de degradação e

aditivos dos óleos contaminados. E é a única destinação final permitida, onde não se pode

haver o reaproveitamento com fins energéticos como em alguns países - Europa e EUA.

O processamento do óleo lubrificante usado ou contaminado é admitido também para

a fabricação de produtos a serem consumidos unicamente pelos respectivos geradores

industriais. [10]

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Capítulo 4

Planejamento e Organização da Lubrificação

4.1 Lubrificação Organizada

A lubrificação correta reduz esforços, atrito, desgaste que traz por consequência um

menor consumo de energia. E o planejamento assume um papel indispensável a fim de manter

esse bom desempenho dos equipamentos objetivando reduzir os custos de manutenção. Além

do aumento da vida útil dos equipamentos corretamente lubrificados gerará melhorias nas

condições de segurança do serviço de lubrificação.

Apesar de todas as vantagens ainda há empresas que utilizam pouco dos métodos de

lubrificação planejada. Pelo simples fato de que hoje a lubrificação não é levada como um

fator ímpar na manutenção. [5]

A perfeita lubrificação é condicionada por alguns princípios básicos, que sãoorganizados e coordenados. Seguindo-os haverá resultados positivos na implantação de uma

lubrificação organizada. São os princípios:

  Tipo e qualidade certa;

  Quantidade certa;

  Local certo;

4.2 Etapas Para Criação de Um Plano Organizado de Lubrificação

A montagem do plano de lubrificação baseia-se pelo levantamento e registro das

informações pertinentes, informações essas que permitem futuramente, planejar o controle da

lubrificação de máquinas e equipamentos.

Para criar um plano de lubrificação organizada, devem-se seguir algumas etapas

 baseadas nos princípios básicos antes citados. Para a elaboração do plano de lubrificação,

torna-se necessário o estabelecimento das tarefas a serem realizadas (ex.: lubrificar, verificarnível de óleo, entre outros), especificando também um tempo médio de execução. Os pontos

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de lubrificação são controlados em relação as frequências de lubrificação, podendo ser diária,

semanal, mensal, bimestral, semestral, horas trabalhadas, e também as quantidades do

lubrificante aplicado. [5]

4.2.1 Etapa I –  Levantamento de Dados e Codificação

A primeira medida a ser tomada para a confecção do plano de lubrificação será uma

inspeção geral das máquinas e equipamentos e de suas condições reais de operação.

 Nesse momento há o correto levantamento sobre quais equipamentos e em que pontos

haverá a lubrificação. As máquinas e equipamentos serão especificados e codificados de tal

maneira que possam ser identificados de forma clara. [11]

A codificação é a base da organização, pois será o mapa de uma unidade fabril,

orientando localização e equipamentos que irão receber a lubrificação. A codificação também

é fundamental para que haja o acompanhamento de sua vida útil, seu histórico de manutenção.

A codificação dos equipamentos pode ocorrer de variadas formas, de acordo com cada

indústria. Um dos meios mais usuais é a codificação por tagueamento (TAG’s –  endereço e

identificação).

Uma vez catalogados as informações serão guardadas em fichas próprias junto a todassuas informações coletadas.

4.2.2 Etapa II - Programação

Como nos campos industriais existe uma gama muito grande de máquinas e

equipamentos, é necessário estabelecer rotinas para a execução dos planos de lubrificação,

agrupando equipamentos por localização (por exemplo: andar, galpão), ou por grau derelevância ao processo. [5]

A partir dessa etapa há a necessidade de se especificar a periodicidade dos serviços de

lubrificação. Quanto ao período de aplicação podem ser: diário, semanal, quinzenal, mensal,

 bimestral, trimestral, semestral, anual e outros.

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4.2.3 Etapa III - Tipos e Codificação dos Lubrificantes

Em grandes empresas se faz necessário uma codificação e classificação dos

lubrificantes para simplificar a identificação e aplicação.

Essa codificação pode ser feita de várias maneiras, com combinações de cores e

figuras geométricas por exemplo. Mas um método mais usado é o de plaquetas fixadas

 próximas aos pontos a lubrificar. Podem ser codificados de formas manuais ou com auxilio de

tecnologia, como leitor de código de barras. [5]

4.3 Desenvolvimento de Planilhas para Banco de Dados

Deve ser elaboradas tabelas para a armazenagem de todos os dados que foram

coletados. Assim, será possível manter um histórico de tudo o que foi realizado em cada

equipamento.

4.4 A Importância e Vantagens da Aplicação de Um Plano de Lubrificação

Com um plano de lubrificação bem elaborado e consistente pode-se mensurar algumas

vantagens, como: [5]

  Diminuição do consumo de lubrificantes;

  Aumento significativo dos intervalos entre paradas das máquinas para manutenção

 preditiva;

  Redução dos custos de manutenção;

 

Garantia de que todos os pontos a serem lubrificados e/ou inspecionados sejam deconhecimento da equipe de lubrificação;

  Lubrificação correta, na quantidade correta, na frequência correta e aplicada da

maneira correta.

4.5 Aplicação e Resultados

Serão aqui discutidos os resultados encontrados com a aplicação das etapas antes

mostradas para a elaboração de um plano de lubrificação básico para o maquinário do

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laboratório de usinagem do CEFET/RJ UnED Angra dos Reis.

Como na aplicação prática não há um grande número de máquinas e equipamentos

então não houve uma priorização inicial. E todos os dados contidos são para fins de estudo,

 pois como será visto nas Tabelas a seguir, a maioria dos equipamentos encontra-se fora de

funcionamento.

A seguir serão apresentadas todas as Tabelas dos planos de lubrificação de cada

máquina do laboratório de usinagem do Campus:

Tabela 3: Plano de lubrificação do torno mecânico. [11] I II

TAG TMEC - 01 TMEC - 01

EQUIPAMENTO Torno Mecânico Torno MecânicoPONTO Barramento Reservatório de óleo

TAREFA Lubrificar Verificar nível/CompletarLUBRIFICANTE Óleo Lubrificante Óleo LubrificanteQUANTIDADE ----- 1,5 LitrosDISPOSITIVO Pincel -----FREQUÊNCIA Trimestral Mensal

STATUS Fora de Funcionamento Fora de Funcionamento

Tabela 4: Plano de lubrificação da fresadora universal. [11] 

I IITAG FSUN –  01 FSUN –  01EQUIPAMENTO Fresadora Universal Fresadora Universal

PONTO Mesa de Trabalho Reservatório de óleoTAREFA Lubrificar Verificar nível/Completar

LUBRIFICANTE Graxa Óleo LubrificanteQUANTIDADE ----- 2 LitrosDISPOSITIVO Pincel -----FREQUÊNCIA Trimestral Mensal

STATUS Fora de Funcionamento Fora de Funcionamento

Tabela 5: Plano de lubrificação da fresadora ferramenteira. [11] I II

TAG FSFR –  01 FSFR –  01EQUIPAMENTO Fresadora Ferramenteira Fresadora Ferramenteira

PONTO Mesa de Trabalho Reservatório de óleoTAREFA Lubrificar Verificar nível/Completar

LUBRIFICANTE Graxa Óleo LubrificanteQUANTIDADE ----- 1,5 LitrosDISPOSITIVO Pincel -----FREQUÊNCIA Trimestral Mensal

STATUS Fora de Funcionamento Fora de Funcionamento

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Tabela 6: Plano de lubrificação da furadeira Rosqueadeira. [11]

ITAG FURQ –  01

EQUIPAMENTO Furadeira RosqueadeiraPONTO Barramento

TAREFA LubrificarLUBRIFICANTE GraxaQUANTIDADE -----DISPOSITIVO PincelFREQUÊNCIA Trimestral

STATUS Fora de Funcionamento

Tabela 7: Plano de lubrificação da retífica plana. [11] 

I IITAG REPL –  01 REPL –  01

EQUIPAMENTO Retífica Plana Retífica PlanaPONTO Barramentos Reservatório de óleo

TAREFA Lubrificar Verificar nível/CompletarLUBRIFICANTE Graxa Óleo LubrificanteQUANTIDADE ----- 2 LitrosDISPOSITIVO Pincel -----FREQUÊNCIA Bimestral Mensal

STATUS Em Funcionamento Em Funcionamento

Tabela 8: Plano de lubrificação da retífica cilíndrica. [11] 

I IITAG RECL –  01 RECL –  01

EQUIPAMENTO Retífica Cilíndrica Retífica CilíndricaPONTO Barramentos Reservatório de óleo

TAREFA Lubrificar Verificar nível/CompletarLUBRIFICANTE Graxa Óleo LubrificanteQUANTIDADE 4 Bombadas 3 LitrosDISPOSITIVO Bomba Manual -----

FREQUÊNCIA Trimestral MensalSTATUS Fora de Funcionamento Fora de Funcionamento

A identificação de cada máquina foi feita através de inspeção direta, visual, com

visitas no laboratório de usinagem. Foram seguidas as duas primeiras etapas –  Levantamento

de dados e codificação, programação  –  para que se pudesse criar um exemplo direto de fácil

visualização. A terceira etapa não se fez necessário a aplicação, pois não há um número

diversificado e extenso de lubrificantes.

Alguns pontos podem ser revistos de acordo com a mudança do estado de

funcionamento da máquina, como: frequência das atividades, quantidade de lubrificante.

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Capítulo 5

Conclusão

Este trabalho teve seus objetivos alcançados, os quais eram mostrar sucintamente o

conceito de manutenção industrial e também a lubrificação como ferramenta da manutenção.

Além de expor a importância da lubrificação planejada e organizada e como implantá-la.

Pôde ser percebido que a implantação de planos de lubrificação industrial através de

um planejamento e organização adequados se torna essencial a fim de evitar falhas,

decorrentes de uma má lubrificação, durante o processo de produção, aumentando a vida útil

dos componentes.

Foram evidenciadas também etapas importantes que devem ser seguidas para a

elaboração do planejamento da lubrificação. Com a aplicação dessas etapas na criação dos planos de lubrificação tornou-se eficaz a identificação do local certo a lubrificar com a

quantia adequada a aplicar, acarretando diversos fatores positivos como: um tempo de

manutenção reduzido e aumento de disponibilidade da maquina, enfatizando que a

lubrificação se torna uma ferramenta eficaz da manutenção industrial.

Por fim, conclui-se que com a implantação do planejamento da lubrificação, o nível de

qualidade da produção se eleva assim como o da manutenção. Como consequência, asmaquinas apresentam um aumento em seu desempenho e uma redução nos custos.

E como proposta futura há a possibilidade da informatização de todo o sistema de

 planejamento da lubrificação. Desse modo, há um aumento na qualidade e segurança das

atividades relacionadas à lubrificação planejada dos equipamentos mecânicos do Campus.

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Referencias Bibliográficas 

[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 5462: Confiabilidade eMantenabilidade. Rio de Janeiro, ABNT, 1994.

[2] GUIMARÃES, J. E. Manutenção –  Apostila da Escola Técnica Estadual República,2005. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAF-EAB/manutencao>.Acesso em: 24 de setembro de 2013.

[3] GURSKI, C. A. Noções de Confiabilidade e Manutenção Industrial: Curso deFormação de Operadores de Refinaria. Petrobrás, 2002. Disponível em:<http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/nocoesdeConfiabilidadeeManutencao.pdf>.Acesso em: 25 set. 2013

[4] XAVIER, Julio Nascif. Manutenção Preditiva: Caminho para a excelência. Disponívelem:<http://www.engeman.com.br/site/ptb/artigostecnicos.asp/manutencaopreditiva_Nascif.zip>,2005. Acesso em 28 Set. 2013.

[5] BELMIRO, P. N. A.; CARRETEIRO, R. P. Lubrificantes e Lubrificação. Rio de Janeiro:

JR Editora Interciência, 2006.

[6] ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PÓS –  GRADUAÇÃO DO ITA, 13,2007, São José dos Campo. Anais eletrônicos. São José dos Campos: ITA, 2007. Disponívelem: < http://www.bibl.ita.br/xiiiencita/FUND18.pdf >. Acesso em: 10 Out. 2013.

[7] Lubrificar máquinas é preciso, mas é melhor usar graxa ou óleo? Rio Grande do Sul.Mecatrônica Atual. 2013. Disponível em: <http://www.lcautomacao.com.br/blog/20-02-13/lubrificar-m%C3%A1quinas-%C3%A9-preciso-mas-%C3%A9-melhor-usar-graxa-ou-

%C3%B3leo>. Acesso em: 2 Out. 2013.

[8] Manutenção e Suprimentos. Lubrificantes. 2013. Disponível em: <http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/segmento/lubrificantes/>. Acesso em: 10 set.2013.

[9] CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –  CONAMA, 2005. ResoluçãoConama n° 362. Disponível em:< www.mma.conama.gov.br/conama>. Acesso em:15/10/2013.

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[10] CANCHUMANI, G. A. L. Óleos Lubrificantes Usados: Um Estudo de Caso deAvaliação de Ciclo de Vida do Sistema de Rerrefino no Brasil. 2013. Tese de Doutoradode Pós – graduação –  Planejamento Energético, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, UFRJ. Rio de Janeiro, 2013.

[11] BELINELLI, M. Desenvolvimento de Um Sistema Informatizado Aplicado À Gestãode Planos Preventivos de Lubrificação Industrial. 2011. Dissertação de Mestrado emEngenharia de Produção, Pós-Graduação, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. PontaGrossa, 2011.