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Boletim do Contribuinte MAIO • 2ª QUINZENA ANO 69º • 2001 • N º 10 REVISTA DE INFORMAÇÃO FISCAL Fundador: António Feliciano de Sousa Director-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Director: Peixoto de Sousa Preço deste número 3,60 euros (IVA 5% incl.) Publicação Quinzenal DEVESAS - V.N.GAIA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS TAXA PAGA PORTUGAL AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVOLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N º 10 SUMÁRIO Legislação Lei nº 14/2006, de 26.4 (Processo civil - processo de injunção e acção executiva e legislação comple- mentar - alterações) .................................... 412 Lei nº 15/2006, de 26.4 (Administração Pública - aplicação do sistema de avaliação do desempenho - SIADAP) ....................... 421 DL nº 82/2006, de 3.5 (Crédito ao consumo - publicidade da taxa a aplicar - alterações ao DL nº 359/91, de 21.9) 414 Port. nº 197/2006, de 23.2 (Regime de autorização de primeira venda de pescado fresco fora das lotas) ............. 415 Port. nº 429/2006, de 3.5 (IRS e IRC - coeficientes de desvalorização da moeda) .................................................... 407 Resol. do Cons. de Min. nº 51/2006, de 5.5 (Administração Pública - regras e orientações relativas a deslocações) ............................. 410 Dec. Leg. Regional nº 8-B/2006, de 20.4 (Segu- rança social - inscrição das entidades empregadoras na RA da Madeira) ............ 419 Desp. nº 8920/2006-2ª série, de 20.4 (Subsídio de desemprego - requerimento - declaração da entidade empregadora comprovativa da situação de desemprego) ...................... 422 Obrigações fiscais e informações diversas ... 394 a 400 Sistemas de incentivos e apoios ...................... 417 e 418 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho .................... 419 a 425 Sumários do Diário da República ................... 426 e 428 Os últimos dois anos e o ano em curso têm sido para os Técnicos Oficiais de Contas anos de mudança a todos os níveis, com novos desafios e novas responsa- bilidades. Estes desafios e responsabilidades têm vindo a aumentar, quer ao nível corporativo quer ao nível profissional. Novos desafios colocados aos TOC Em termos da Câmara dos TOC, as exigências de inscrição aumentaram de modo considerável, nomea- damente, segundo os seus responsáveis, tendo em atenção a qualidade dos profissionais, podendo os requi- sitos de admissão ser ainda mais exigentes no futuro, com um maior rigor nos exames de avaliação profissi- onal. Isto mesmo foi dito pelo Presidente da CTOC, Domingues Azevedo, na Assembleia Geral onde foi apresentado o Relatório e Contas do ano de 2005. Naquela reunião magna, Domingues Azevedo re- feriu que os TOC carecem de uma imagem mais una e forte e que lhes falta uma convicção de segurança, que só pode ser aumentada com mais exigência e responsabilidade: “Temos vendido socialmente uma imagem de facilidade, quando temos de ser mais exigentes”, disse. Por outro lado, e ainda no que respeita à CTOC e aos beneficios que têm vindo a ser atribuídos aos profissio- nais, o Presidente da Direcção da CTOC relembrou que 2005 “servirá de trampolim para outros voos na profis- são”, e destacou o Sistema Complementar de Seguran- ça Social criado, o qual pretende, segundo palavras do próprio Domingues Azevedo, “acautelar a recta final da vida dos TOC portugueses e dimensionar humanamen- te as funções da própria instituição”. (Continua na pág. 397) NESTE NÚMERO: • Jurisprudência fiscal: manifestações de fortuna e avaliação indirecta da matéria tributável

MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

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Boletim do ContribuinteMAIO • 2ª QUINZENA ANO 69º • 2001 • Nº 10

REVISTA DE INFORMAÇÃO FISCAL

Fundador:

António Feliciano de Sousa

Director-adjunto:

Miguel Peixoto de SousaDirector:

Peixoto de Sousa

Preço deste número

3,60 euros (IVA 5% incl.)

Publicação Quinzenal DEVESAS - V.N.GAIA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

TAXA PAGA

PORTUGAL

AUTORIZADO A CIRCULAREM INVOLUCRO FECHADO

DE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARA

VERIFICAÇÃO POSTAL

MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • Nº 10

SUMÁRIOLegislaçãoLei nº 14/2006, de 26.4

(Processo civil - processo de injunçãoe acção executiva e legislação comple-mentar - alterações) .................................... 412

Lei nº 15/2006, de 26.4 (Administração Pública- aplicação do sistema de avaliaçãodo desempenho - SIADAP) ....................... 421

DL nº 82/2006, de 3.5(Crédito ao consumo - publicidade da taxaa aplicar - alterações ao DL nº 359/91, de 21.9) 414

Port. nº 197/2006, de 23.2(Regime de autorização de primeira vendade pescado fresco fora das lotas) ............. 415

Port. nº 429/2006, de 3.5(IRS e IRC - coeficientes de desvalorizaçãoda moeda) .................................................... 407

Resol. do Cons. de Min. nº 51/2006, de 5.5(Administração Pública - regras e orientaçõesrelativas a deslocações) ............................. 410

Dec. Leg. Regional nº 8-B/2006, de 20.4 (Segu-rança social - inscrição das entidadesempregadoras na RA da Madeira) ............ 419

Desp. nº 8920/2006-2ª série, de 20.4 (Subsídiode desemprego - requerimento - declaraçãoda entidade empregadora comprovativada situação de desemprego) ...................... 422

Obrigações fiscais e informações diversas ... 394 a 400

Sistemas de incentivos e apoios ...................... 417 e 418

Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas

e Regulamentação do Trabalho .................... 419 a 425

Sumários do Diário da República ................... 426 e 428

Os últimos dois anos e o ano em curso têm sido para

os Técnicos Oficiais de Contas anos de mudança a

todos os níveis, com novos desafios e novas responsa-

bilidades.

Estes desafios e responsabilidades têm vindo a

aumentar, quer ao nível corporativo quer ao nível

profissional.

Novos desafios colocados aos TOC

Em termos da Câmara dos TOC, as exigências de

inscrição aumentaram de modo considerável, nomea-

damente, segundo os seus responsáveis, tendo em

atenção a qualidade dos profissionais, podendo os requi-

sitos de admissão ser ainda mais exigentes no futuro,

com um maior rigor nos exames de avaliação profissi-

onal. Isto mesmo foi dito pelo Presidente da CTOC,

Domingues Azevedo, na Assembleia Geral onde foi

apresentado o Relatório e Contas do ano de 2005.

Naquela reunião magna, Domingues Azevedo re-

feriu que os TOC carecem de uma imagem mais una

e forte e que lhes falta uma convicção de segurança,

que só pode ser aumentada com mais exigência e

responsabilidade: “Temos vendido socialmente uma

imagem de facilidade, quando temos de ser mais

exigentes”, disse.

Por outro lado, e ainda no que respeita à CTOC e aos

beneficios que têm vindo a ser atribuídos aos profissio-

nais, o Presidente da Direcção da CTOC relembrou que

2005 “servirá de trampolim para outros voos na profis-

são”, e destacou o Sistema Complementar de Seguran-

ça Social criado, o qual pretende, segundo palavras do

próprio Domingues Azevedo, “acautelar a recta final da

vida dos TOC portugueses e dimensionar humanamen-

te as funções da própria instituição”.

(Continua na pág. 397)

NESTE NÚMERO:

• Jurisprudência fiscal:

manifestações de fortuna e avaliação

indirecta da matéria tributável

Page 2: MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

Boletim do Contribuinte394

PAGAMENTOSEM MAIO

I R S (Até ao dia 22)

– Entrega do imposto retido no mês de Abril sobre rendi-

mentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação

na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto

retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art.

71º do CIRS.

– Entrega do imposto retido no mês de Abril sobre as

remunerações do trabalho dependente, independente e pen-

sões – com excepção das de alimentos (Categorias A, B e H,

respectivamente).

I R C (Até ao dia 22)

– Entrega das importâncias retidas no mês de Abril por

retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 84º do CIRC.

I V A

- Entrega do imposto liquidado no mês de Março pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Atéao dia 10)*

Juntamente com a declaração periódica, deve ser enviado o

anexo recapitulativo referente às operações intracomu-

nitárias de bens isentos.

- Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do impostoapurado relativo ao 1º trimestre de 2006 (Até ao dia 20).* Aobrigação de envio da declaração periódica do IVA subsistecaso no período em referência não haja operações tributáveis.(art. 67º, nº 1, do Código do IVA)

Juntamente com a declaração periódica, deve ser enviadoo anexo recapitulativo referente às operações intracomu-nitárias de bens isentos.

*Obrigatoriedade de envio pela Internet das declarações

periódicas do IVA.

O pagamento pode ser efectuado nas estações dos CTT, no Multibanco

ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até

ao último dia do prazo.

TAXA SOCIAL ÚNICA (Até ao dia 15)

– Contribuições relativas às remunerações de Abril.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 22)

– O Imposto do Selo é pago mediante Documento de

Cobrança de modelo oficial (Declaração de pagamento de

retenções de IRS/IRC e de IS – cfr. Port. nº 523/2003, de 4.7).

A apresentação do Documento de Cobrança deve ser

feita por transmissão electrónica de dados, via Internet, ou

através das seguintes entidades: tesourarias da Fazenda

Pública, caixas multibanco ou balcões dos CTT ou em qual-

quer local ou meio legalmente autorizado, tais como o servi-

ço de “homebanking” para as instituições de crédito que o

disponibilizem.

OBRIGAÇÕESEM MAIO

IRS, IRC e IVA

Declaração Anual de Informação

Contabilística e Fiscal

Termina no final do mês de Junho o prazo para os contribu-

intes procederem à entrega, obrigatoriamente pela Internet, da

declaração anual de informação contabilística e fiscal, à excep-

ção dos sujeitos passivos que tenham optado por um período

de tributação diferente do ano civil, caso em que a declaração

deverá ser apresentada até ao último dia útil do 6º mês posterior

à data do termo desse período.

O objectivo desta declaração é fornecer informação de ca-

rácter contabilístico e fiscal, com finalidades de controlo ins-

pectivo e estatístico.

No que se refere aos sujeitos passivos obrigados à entre-

ga da declaração anual e anexos que a acompanham pode con-

sultar-se a informação publicada no Boletim do Contribuinte,

2006, pág. 347. Relativamente ao “Dossier Fiscal” ver informa-

ção na página seguinte.

IRS

Entidades emitentes e utilizadoras

de vales de refeição

As entidades emitentes de vales de refeição são obrigadas

a enviar à Direcção-Geral dos Impostos, pela Internet, até aofim do mês de Maio, o modelo 18, contendo a identificação

fiscal das entidades adquirentes de vales de refeição, bem como

o respectivo montante.

IRC

Declaração mod. 22 até ao fim do mês

Decorre até ao final do mês de Maio o prazo de entrega da

declaração de rendimentos modelo 22 pelas sociedades co-

merciais, sociedades civis sob a forma comercial, cooperati-

vas, empresas públicas e demais pessoas colectivas de direito

público ou privado.

A declaração de rendimentos e anexos são obrigatoriamen-

te entregues pela Internet.

O envio deve ser efectuado de acordo com os procedimen-

tos constantes da página de internet “Declarações electróni-

cas” em www.e-financas.gov.pt.

Os novos modelos de impressos e respectivas instruções,

oportunamente publicados no Boletim do Contribuinte, en-

contram-se também disponíveis para consulta no site de Inter-

net do Boletim do Contribuinte. Por outro lado, é de referir que

a listagem das taxas da derrama por concelhos e municípios, a

aplicar à colecta de 2005, para cobrança em 2006, foi publicada

no Bol. do Contribuinte, 2006, págs. 240 e 241.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 395

Dossier fiscal

A par da declaração anual de informação contabilística e

fiscal, deverá ser elaborado o dossier fiscal (processo de do-

cumentação fiscal), que deve ser mantido durante pelo menos

10 anos no domicílio do sujeito passivo, contendo os elemen-

tos contabilísticos e fiscais definidos na Portaria nº 359/2000,

de 20.6 (Boletim do Contribuinte, 2000, pág. 414).

A única excepção prevista diz respeito aos sujeitos passi-

vos objecto de acompanhamento pela DSPIT (sujeitos passi-

vos pertencentes ao Cadastro Especial de Contribuintes) e às

entidades a que seja aplicado o regime especial de tributação

dos grupos de sociedades que são obrigados a proceder à

entrega do processo de documentação fiscal conjuntamente

com a declaração de informação contabilística e fiscal.

Documentos IRC IRS

Acta da reunião ou assembleia de aprovação de contas,

quando legalmente exigida, ou declaração justificativa

de não aprovação no prazo legal �

Anexo ao balanço e demonstração de resultados � �

Balancetes analíticos antes e após o apuramento Instituições

de resultados da seguradora ou banco doméstico, Financeiras

das sucursais, e consolidado de Seguradoras

Balancetes sintéticos antes e após o apuramento dos

resultados do exercício � �

Contratos ou outros documentos que definam as condi-

ções estabelecidas para os pagamentos efectuados a não

residentes. � �

Documentos comprovativos das retenções efectuadas ao

sujeito passivo (nº 3 do artigo 114º do CIRS) � �

Documentos comprovativos dos créditos incobráveis � �

Inventário de títulos e participações financeiras Instituições �

Financeiras

e Seguradoras

Listagem dos donativos atribuídos nos termos do Esta-

tuto do Mecenato (Dec.-Lei nº 74/99, de 16 de Março) � �

Mapa de modelo oficial das mais-valias e menos-valias

fiscais � �

Mapa de modelo oficial aos contratos de locação

financeira � �

Mapa de modelo oficial das reintegrações e

amortizações contabilizadas � �

Mapa de modelo oficial do movimento das provisões � �

Mapa de provisões, partes 1, 2 e 3 (anexo à instrução Instituições

nº 91/96, BNPP, nº 1, de 17 de Junho de 1996) Financeiras

Mapa demonstrativo da aplicação do artigo 19º do

CIRC (obras de carácter plurianual) � �

Mapa do apuramento do lucro tributável por regimes

de tributação �

Mapa dos ajustamentos de consolidação �

Nota explicativa com definição do critério de imputa- Instituições

ção de custos comuns à sucursal financeira exterior Financeiras

Relatório e contas anuais de gerência e parecer do con-

selho fiscal ou do conselho geral e documento de certi-

ficação legal de contas, quando legalmente exigidos �

Outros documentos mencionados nos Códigos ou em

legislação complementar cuja entrega esteja prevista

conjuntamente com a declaração de rendimentos � �

Dossier fiscal

Directiva da Poupança

No âmbito do Regime de Tributação dos Rendimentos da

Poupança, foram ratificados os Acordos entre a República Por-

tuguesa e o Território Dependente da Coroa Britânica de Guern-

sey, o Território Associado dos Países Baixos de Aruba e o

Território Associado dos Países Baixos das Antilhas Neerlan-

desas (Decretos do Presidente da República n.ºs 47/2006, 48/

2006 e 49/2006, todos de 28 de Abril).

Relembramos que já anteriormente foi divulgada informa-

ção relativa a outros acordos no âmbito da Directiva da Pou-

pança (ver o Boletim do Contribuinte, 2006, pág. 309).

Os diferentes diplomas estão disponíveis para consulta no

“site” do Boletim do Contribuinte (Legislação) e próximo nú-

mero, será publicado um quadro geral com todos os territórios

abrangidos pela Directiva da Poupança. Por outro lado, aos

assinantes interessados que o solicitem enviaremos cópia dos

diferentes diplomas, podendo o pedido ser remetido via e mail

para o endereço [email protected]

Administração fiscal com acesso “on-line”

ao registo automóvel

A Administração Fiscal vai poder finalmente dar maior uti-

lização ao art. 89.º-A da Lei Geral Tributária, controlando com

maior rigor os sinais exteriores de riqueza transmitidos pela

aquisição de veículos de luxo e motociclos.

O Ministério da Finanças e o Ministério da Justiça vão

assinar um protocolo que permitirá à DGCI aceder às bases de

dados das Conservatórias do Registo Automóvel para deste

modo obter toda a informação fiscalmente relevante.

Esta medida irá permitir ao Fisco o controlo de duas situa-

ções, a primeira, já referida acima, para controlar os sinais exte-

riores de riqueza dos contribuintes, quando os mesmos não

sejam por estes declarados, e, por outro lado, ter uma maior

facilidade no âmbito da penhora de bens.

Revisores Oficiais de Contas

A Ordem dos Revisores Oficiais de Contas procedeu à

actualização da lista dos revisores oficiais de contas, refe-

rente ao 1º trimestre de 2006. Deste modo, foi publicada na 3ª

série do DR, de 24.4.2006, através de aviso, a lista dos revi-

sores oficiais de contas a trabalhar em regime individual,

suspensões voluntárias, cancelamentos voluntários, faleci-

mentos, bem como a lista de inscrições e cancelamentos de

sociedades de revisores oficiais de contas.

Os assinantes interessados em obter a referida lista

podem solicitar o seu envio por e-mail para

[email protected]

Page 4: MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

Boletim do Contribuinte396

PAGAMENTOSEM JUNHO

I R S

– Entrega do imposto retido no mês de Maio sobre rendi-

mentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação

na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto

retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art.

71º do CIRS. (Até ao dia 20 de Junho)

(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

– Entrega do imposto retido no mês de Maio sobre as

remunerações do trabalho dependente, independente e pen-

sões – com excepção das de alimentos (Categorias A, B e H,

respectivamente). (Até ao dia 20 de Junho)

(Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)

I R C

– Entrega das importâncias retidas no mês de Maio por

retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 84º do Código do

IRC. (Até ao dia 20 de Junho)

(Arts. 106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

I V A

– Entrega do imposto liquidado no mês de Maio pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal.*

(Até ao dia 12 de Junho)**

* Juntamente com a declaração periódica, deve ser enviado o anexo

recapitulativo referente às operações intracomunitárias de bens

isentos.

** Obrigatoriedade de envio pela Internet das declarações periódi-

cas do IVA.

O pagamento pode ser efectuado nas estações dos CTT, no

Multibanco ou numa tesouraria de Finanças com o sistema local

de cobrança até ao último dia do prazo.

TAXA SOCIAL ÚNICA (Até ao dia 16 de Junho)

– Contribuições relativas às remunerações de Maio.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de Junho)

– O Imposto do Selo é pago mediante Documento de

Cobrança de modelo oficial (Declaração de pagamento de

retenções de IRS/IRC e de IS – cfr. Port. nº 523/2003, de 4.7).

A apresentação do Documento de Cobrança deve ser

feita por transmissão electrónica de dados, via Internet, ou

através das seguintes entidades: tesourarias da Fazenda

Pública, caixas multibanco ou balcões dos CTT ou em qual-

quer local ou meio legalmente autorizado, tais como o servi-

ço de “homebanking” para as instituições de crédito que o

disponibilizem.

Operações com instrumentos financeiros

As instituições de crédito e sociedades financeiras devem

entregar à Direcção-Geral dos Impostos, via internet, até 30 de

Junho, a declaração modelo 13 relativamente a:

a) operações efectuadas com a sua intervenção, relativa-

mente a valores mobiliários e “warrants” autónomos;

b) resultados apurados nas operações efectuadas com a

sua intervenção relativamente a instrumentos financei-

ros derivados (Art. 124º do Código do IRS).

IRSPlanos de opções, de subscrição, de atribuição

ou outros de efeito equivalente a favor

de trabalhadores ou membros de órgãos sociais

Comunicação de rendimentos e retenções

Quando haja criação ou aplicação, em benefício de traba-

lhadores ou membros de órgãos sociais, de planos de opções,

de subscrição, de atribuição ou outros de efeito equivalente, a

entidade patronal é obrigada a declarar a existência dessa situ-

ação, cujo conhecimento se presume em todos os casos, atra-

vés de modelo 19, a enviar via internet, até 30 de Junho do ano

seguinte (Art. 119º, nº 8, do Código do IRS).

Empresas de seguros

Resgates de apólices de seguros ou adiantamentos

As empresas de seguros devem entregar à Direcção-Geral

dos Impostos, via internet, até 30 de Junho de cada ano, o

modelo 14, relativamente ao ano anterior e ao seguro de vida,

os resgates de apólices de seguros de grupo e os resgates ou

adiantamentos de apólices de seguros individuais efectuados

antes de terem decorrido cinco anos após a sua constituição.

(Art. 121º do Código do IRS)

Empresas gestoras de fundos

de PPR, PPE e PPR/E

As empresas gestoras de fundos de poupança-reforma,

poupança-educação e poupança-reforma/educação devem

entregar à Direcção-Geral dos Impostos, até 30 de Junho de

cada ano, a declaração modelo 32, relativamente ao ano anteri-

or e a cada sujeito passivo, os valores aplicados em planos de

poupança-reforma, poupança-educação e poupança-reforma/

educação, bem como o reembolso dos respectivos certifica-

dos nas condições a que se referem os nºs 3 e 4 do artigo 21.º

do Estatuto dos Benefícios Fiscais (Art. 122º do Código do IRS).

OBRIGAÇÕESEM JUNHO

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 397

IRS

Contas poupança-habitação

As instituições de crédito que procedem à constituição de

contas poupança-habitação devem enviar à Direcção-Geral dos

Impostos, pela Internet, até 30 de Junho, a declaração modelo

15, com a relação de todas as contas poupança-habitação cons-

tituídas e entregas subsequentes, bem como de todas as mo-

bilizações de saldos (Art. 18º, nº 6, do EBF).

Novos desafios colocados aos TOC

(Continuação da pág. 393)

Ainda neste âmbito, foi referido que a partir de 2010

será possível começar a atribuir as primeiras reformas.

Noutro âmbito foi ainda destacado na reunião dos

TOC a introdução da chamada pasta TOC, que permite a

comunicação “on line” entre a Câmara e os TOC, pou-

pando milhares de euros em correios e permitindo a to-

dos os TOC o acesso às informações mais relevantes da

profissão directamente através do site da Câmara.

Ao nível profissional, as exigências pedidas,

nomeadamente em termos de responsabilidades, também

aumentaram bastante, sendo agora estes profissionais

solidariamente responsáveis pelas dívidas e infrações

fiscais dos seus representados.

Esta medida, bastante criticada por todos os sectores,

e fundamentalmente pelos próprios TOC, foi mais uma

daquelas que os últimos Governos têm vindo a adoptar,

transpondo para os cidadãos, para as empresas e para

os profissionais da contabilidade responsabilidades que

lhes deveria competir, nomeadamente ao nível da fiscali-

zação.

Por outro lado, tem existido uma crescente desmateri-

alização dos actos praticados perante a administração fis-

cal, o que, provavelmente implicando maiores custos para

os TOC, nomeadamente em termos materiais (computa-

dores fiáveis, ligação rápida à internet, etc.), também lhes

traz outra comodidade e uma redução de tempo perdido

junto das repartições de finanças.

Neste âmbito, “quase todos os dias” aparecem no-

vas funcionalidades no “site” da DGCI que facilitam a

interacção com o fisco, e mais estão a ser preparadas se

atentarmos à divulgação feita pelo Executivo, através do

Programa “Simplex” (Bol. do Contribuinte, 2006, pág. 261).

Consultando o site das Declarações Electrónicas, em

www.e-financas.gov.pt, vemos que os próximos serviços

a estarem disponíveis serão:

- A entrega dos anexos do IVA conforme o Despacho

Normativo nº 53/2005, de 15 de Dezembro (Bol. do

Contribuinte, 2005, pág. 813);

- O envio e Consulta de Reclamações de IRS, IRC,

IVA e Retenções na Fonte;

- A entrega da declaração Opção/Cessação e da

declaração de alterações do RETGS.

Imposto Municipal sobre veículos

Taxas

Pagamento do imposto em 2006

No último número, página 349 e 340, foram publicadas as

tabelas I a IV do Regulamento do Imposto Municipal sobre

Veículos (selo automóvel), para vigorar no corrente ano de

2006 (e que traduzem um aumento de 2,3% relativamente ás

taxas praticadas em 2005).

As mencionadas tabelas de taxas, aprovadas pelo Aviso

n.º 1623/2006, de 10 de Fevereiro, são aplicáveis às seguintes

categorias de veículos:

- Tabela I – Automóveis

- Tabela II – Motociclos

- Tabela III – Aeronaves

- Tabela II – Barcos de recreio

No que se refere às taxas do imposto para os automóveis,

é de referir que o 1º escalão é aplicável a todos os automóveis

com ano de matrícula posterior a 1995 (ou seja, veículos matri-

culados nos últimos ,10 anos 1996 a 2006).

Relembramos que em 2005, pela Portaria nº 464/2005, de 5.5

(transcrita no Bol. do Contribuinte, 2005, pág. 352), o prazo

para pagamento do IMSV decorreu entre 23 de Maio e 15 de

Julho, tendo para o efeito sido aprovado o impresso modelo

11, podendo o mesmo ser emitido via internet. Já no que res-

peita a aeronaves e barcos de recreio, o pagamento em 2005 do

IMSV foi efectuado através do impresso modelo 12, aprovado

pela Portaria nº 490-A/2005, de 23.5 (Bol. do Contribuinte, 2005,

pág. 380).

Entretanto, e face a alguns rumores no sentido de que o

pagamento deste imposto passaria a ser efectuado via inter-

net, o Ministério das Finanças esclareceu recentemente que o

“selo do carro” será vendido entre Junho e Julho.

Os contribuintes poderão optar por:

- prencher o formulário via Internet recebendo um docu-

mento com uma referência multibanco para pagar o

IMSV, sendo posteriormente enviado para casa os re-

spectivos dísticos; ou

- prencher o modelo 11 e adquirir os dísticos nos locais

habituais, ou seja, nas repartições de finnaçs, revende-

dores de valores selados e no Automóvel Clube de

Portugal.

Ainda de acordo com aquele Minisrério, foi constituído

um grupo de trabalho, liderado pelo Director-Geral das Alfân-

degas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, que está

encarregado de estudar eventuais alterações ao IMSV, cujo

trabalho deverá ser entregue até ao final do primeiro semestre.

Em conclusão, o Ministério das Finanças e da Administração

Pública reitera que se mantêm plenamente em vigor as regras e

o enquadramento legal do Imposto Municipal sobre Veículos.

Page 6: MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte398

Desmaterialização de actos

administrativos

O Governo vai apostar cada vez mais nas comunicações

electrónicas e na disponibilização de contéudos via Internet.

Neste sentido foi já aprovado em Conselho de Ministros

um conjunto de diplomas que visam aprofundar a utilização da

Internet e da comunicação electrónica como forma de desma-

terialização de alguns actos administrativos.

Programa Legislar Melhor

O Governo aprovou uma série de medidas que têm como

objectivo melhorar o seu próprio poder legislativo, bem como

o conhecimento da legislação por parte de todos os cidadãos.

No âmbito do Programa Legislar Melhor, são de destacar:

- a desmaterialização de muitos actos do Governo e da Admi-

nistração, mediante recurso às tecnologias de informa

- a reforma das regras de acesso ao Diário da República,

privilegiando a sua publicação electrónica;

- a racionalização e simplificação das regras de publicação

de actos no Diário da República, nomeadamente com a

fusão das partes A e B na 1.ª série, com o reordenamen-

to da 2.ª série e extinção da 3.ª série;

- a melhoria das formas de acesso ao dire ito e à informação

jurídica tratada disponíveis “online”, tendo a base Di-

gesto como estrutura especialmente dedicada à dispo-

nibilização dos conteúdos;

- a adopção de medidas de avaliação do impacto dos actos

normativos do Governo, com destaque para a introdu-

ção do teste “Simplex”, teste de avaliação prévia do

impacto dos actos normativos do Governo;

- a adopção de medidas relativas ao controlo dos actos

normativos do Governo, no que respeita à sua qualida-

de técnica;

- a introdução da possibilidade de novas formas de audi-

ção aberta através da Internet;

- a introdução de mecanismos de controlo automático dos

prazos de regulamentação dos actos legislativos; e, fi-

nalmente,

- uma melhor estruturação na Presidência do Conselho de

Ministros, em coerência com o Programa de Reestrutu-

ração da Administração Central do Estado (PRACE),

das unidades do Centro de Gestão da Rede Informática

do Governo (Ceger) e Centro Jurídico da Presidência

do Conselho de Ministros (Cejur), ao qual incumbirá

futuramente a gestão da base de dados Digesto.

Valor jurídico pleno do Diário da República electrónico

Como atrás explanámos, uma das medidas fundamentais

para uma melhoria da publicação legislativa é a alteração de

algumas regras ao nível do Diário da República. Assim, o Exe-

cutivo pretende privilegiar a publicação electrónica do Diário

da República, bem como racionalizar e simplificar as suas re-

gras de publicação.

Deste modo, foi já aprovada em Conselho de Ministros

uma Proposta de Lei que procede à segunda alteração da Lei

nº 74/98, de 11 de Novembro, sobre a publicação, a identifica-

ção e o formulário dos diplomas.

Esta alteração pretende atribuir pleno valor jurídico, para todos

os efeitos legais, à edição electrónica do Diário da República e

assegurar a certeza e a segurança jurídica desta edição. Por outro

lado, a única data juridicamente relevante será a data da publicação

electrónica do Diário da República, estabelecendo a uniformização

do prazo de “vacatio legis” para todo o território nacional e para o

estrangeiro, eliminando-se, nomeadamente, o desfasamento que

existe actualmente entre o prazo aplicável em Portugal ontinental e

nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Reformulação do Diário da República

Outra das alterações propostas pelo Programa Legislar

Melhor é o acesso gratuito e universal à edição electrónica do

Diário da República, a partir de 1 de Julho de 2006.

Ainda no diploma que procede a esta alteração o Governo

estabelece, também, que o Diário da República passa a com-

preender apenas duas séries, editadas por via electrónica, e

disponibilizadas no sítio da Internet gerido pela Imprensa Na-

cional – Casa da Moeda, S. A.

Por outro lado, no plano da desmaterialização de procedi-

mentos, a publicação de actos no Diário da República passa a

ser efectuada exclusivamente por via electrónica, em respeito

pelas exigências de fiabilidade e segurança da assinatura elec-

trónica qualificada, no âmbito do Sistema de Certificação Elec-

trónica do Estado – Infra-estrutura de Chaves Públicas, bem

como de acordo com formulários electrónicos expressamente

concebidos para o efeito.

Sistema de Certificação Electrónica do Estado

Ora, a criação do Sistema de Certificação Electrónica do

Estado – Infra-estrutura de Chaves Públicas também já está

aprovado em diploma pelo Conselho de Ministros.

Este Sistema de Certificação Electrónica do Estado funcio-

nará para as entidades públicas e para os serviços e organis-

mos da Administração Pública e tem como objectivo estabele-

cer uma estrutura de confiança electrónica, de forma a que os

serviços disponibilizados pelas entidades certificadoras que a

compõem proporcionem, nomeadamente, a realização de tran-

sacções electrónicas seguras, a autenticação forte e um meio

de assinar electronicamente transacções ou informações e

documentos electrónicos, com vista à implementação do go-

verno electrónico (“e-governement”).

Como referimos supra relativamente ao Diário da Repúbli-

ca Electrónico, o sistema de certificação electrónica permitirá

ao Executivo a desmaterialização de muitos dos seus actos.

Mas outras medidas já aprovadas ou a aprovar no âmbito da

desmaterialização de actos administrativos vão beneficiar deste

sistema de segurança, como, p.ex., a implementação do Cartão

do Cidadão e do Passaporte Electrónico Português, a certifica-

ção electrónica do Governo, a disponibilização de serviços da

Administração Pública através da Internet que requeiram auten-

ticação digital forte de identidades e assinaturas electrónicas, e

a desmaterialização dos processos intra e inter-serviços e orga-

nismos do Estado que requeiram esse tipo de autenticação.

Page 7: MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 399

IVA

Pedidos de reembolso respeitantes a IVA

suportado no ano de 2005 por sujeitos

passivos não residentes

Até ao fim do mês de Junho deverá ser efectuada a

entrega, na Direcção de Serviços de Reembolsos do IVA,

da Direcção-Geral dos Impostos, pelos sujeitos passi-

vos não residentes, dos pedidos de reembolso respei-

tantes a IVA suportado no decurso de 2005, formulados

nos termos do Decreto-Lei n.º 408/87, de 31 de Dezem-

bro, diploma que estabelece o regime de reembolso de

IVA dos sujeitos passivos não estabelecidos em Portugal

[8ª Directiva do Conselho (79/1072/CEE), de 6 de Dezem-

bro de 1979, relativa a sujeitos passivos estabelecidos no

território da Comunidade e 13ª Directiva (86/560/CEE), de

17 de Novembro de 1986, relativa a não residentes esta-

belecidos fora do território da Comunidade].

Direito ao reembolso do imposto

Nos termos do art. 1º do DL nº 408/87, os sujeitos

passivos não estabelecidos no território nacional têm

direito ao reembolso do imposto sobre o valor acrescen-

tado (IVA) que suportaram em transmissões de bens e

prestações de serviços aqui efectuados, nos termos e

nas condições restabelecidas no referido decreto-lei.

O direito ao reembolso respeita ao imposto suporta-

do pelo sujeito passivo não estabelecido no território

nacional nas transmissões de bens e nas prestações de

serviços que tenham sido efectuadas no território nacio-

nal ou que tenha incidido sobre a importação ou aquisi-

ção intracomunitária de bens, desde que esses bens e

serviços sejam utilizados para os fins das operações cor-

respondentes às referidas nas alíneas a) e b) do nº 1 do

artigo 20º do CIVA, no nº 2 do artigo 19º do Regime do

IVA nas transacções Intracomunitárias e na alínea b) do

artigo 2º do presente diploma.

Não haverá direito a reembolso do imposto suporta-

do nas despesas enumeradas no artigo 21º do CIVA (que

dispõe quanto à exclusão do direito à dedução do IVA).

(arts. 1º e 3º do DL nº 408/87, de 31.12.1987)

IRS e IRCConvenção sobre dupla tributação com a Argélia

já está em vigor

De acordo com o Aviso nº 579/2006, publicado na I série do

Diário da República, de 5.5, vigora desde o dia 1 de Maio de 2006

a Convenção celebrada entre Portugal e a Argélia para Evitar a

Dupla Tributação, Prevenir a Evasão Fiscal e Estabelecer Re-

gras de Assistência Mútua em Matéria de Cobrança de Impos-

tos sobre o Rendimento e o Património, assinada em Argel em 2

de Dezembro de 2003 e aprovada pela Resolução da Assembleia

da República nº 22/2006, de 23.3.

Assim, foram emitidas notas pelo Ministério dos Negócios

Estrangeiros de Portugal e pela Embaixada da Argélia em Lis-

boa, em que se comunica terem sido cumpridas as respectivas

formalidades constitucionais internas de aprovação daquela

Convenção.

Esta Convenção aplica-se aos impostos sobre o rendimento

e sobre o património exigidos por cada um daqueles Estados.

São considerados impostos sobre o rendimento e sobre o

património os impostos incidentes sobre o rendimento total,

sobre a totalidade do património ou sobre elementos do rendi-

mento ou do património, incluídos os impostos sobre os gan-

hos derivados da alienação de bens mobiliários ou imobiliários,

os impostos sobre o montante global dos salários pagos pelas

empresas, bem como os impostos sobre as mais-valias.

Regime do Novo Arrendamento

Urbano

No âmbito da Reforma do Arrendamento Urbano, en-

contra-se prevista a publicação de diversos diplomas com-

plementares, publicação essa que deverá ocorrer ainda an-

tes da entrada em vigor da nova lei, que ocorre em 28 de

Junho próximo.

Os diplomas regulamentares do Novo Regime do Ar-

rendamento Urbano, concluídos pelo Governo no passa-

do dia 15 de Maio, deverão ser agora objecto de discussão

com os parceiros sociais. Deste modo, serão agora regula-

mentados os seguintes aspectos legais:

- os elementos do contrato de arrendamento e os requi-

sitos a que obedece a sua celebração;

- a definição do conceito fiscal de prédio devoluto, as

Comissões Arbitrais Municipais;

- Regime Jurídico das Obras em Prédios Arrendados;

- o Regime de determinação e verificação do Coeficiente

de Conservação; e

- os Regimes de Determinação do Rendimento Anual

Bruto Corrigido e atribuição do Subsídio de Renda.

Os impostos actuais a que esta Convenção se aplica são,

relativamente a Portugal:

- o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS);

- o imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC);

- a derrama;

- o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

No caso da Argélia, a Convenção aplica-se aos seguintes

impostos: imposto sobre o rendimento global; o imposto sobre

os lucros das sociedades; o imposto sobre a actividade profis-

sional; a contribuição forfetária; o imposto predial; o imposto

sobre o património; a redevance e o imposto sobre os resulta-

dos relativos às actividades de prospecção, pesquisa, explora-

ção e transporte por canalização dos hidrocarburantes; e, o im-

posto sobre os lucros mineiros.

Page 8: MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

Boletim do Contribuinte400

Aquisição 2001 2002 2003 2004 2005 2006/Alienação (Port. nº 1040/2001, (Port. nº 553/2002, (Port. nº 287/2003, (Port. nº 376/2004, (Port. nº 488/2005, (Port. nº 492/2006

de 28.8) de 3.6) de 3.4) de 14.4) de 20.5) de 3.5)

Até 1903 3 416,83 3 565,39 3 691,85 3 813,68 3 901,39 3987,22De 1904 a 1910 3 180,65 3 318,94 3 436,66 3 550,07 3 631,72 3711,62De 1911 a 1914 3 050,61 3 183,24 3 296,15 3 404,92 3 483,23 3559,861915 2 714,11 2 832,11 2 932,57 3 029,34 3 099,01 3167,191916 2 221,52 2 318,11 2 400,33 2 479,54 2 536,57 2592,371917 1 773,44 1 850,54 1 916,18 1 979,41 2 024,94 2069,491918 1 265,30 1 320,31 1 367,14 1 412,26 1 444,74 1476,521919 969,71 1 011,88 1 047,77 1 082,34 1 107,23 1131,591920 640,73 668,59 692,30 715,15 731,60 747,701921 418,06 436,23 451,70 466,61 477,34 487,841922 309,60 323,06 334,52 345,56 353,51 361,291923 189,49 197,73 204,74 211,50 216,36 221,121924 159,51 166,44 172,34 178,03 182,12 186,13De 1925 a 1936 137,48 143,46 148,55 153,45 156,98 160,43De 1927 a 1939 133,50 139,31 144,25 149,01 152,44 155,791940 112,35 117,23 121,39 125,40 128,28 131,101941 99,77 104,11 107,80 111,36 113,92 116,431942 86,14 89,89 93,08 96,15 98,36 100,521943 73,36 76,55 79,27 81,88 83,76 85,60De 1944 a 1950 62,28 64,99 67,30 69,52 71,12 72,68De 1951 a 1957 57,12 59,60 61,71 63,75 65,22 66,65De 1958 a 1963 53,71 56,05 58,04 59,95 61,33 62,681964 51,32 53,56 55,46 57,29 58,61 59,901965 49,46 51,61 53,44 55,20 56,47 57,711966 47,24 49,30 51,04 52,73 53,94 55,13De 1967 a 1969 44,19 46,11 47,74 49,32 50,45 51,561970 40,92 42,69 44,21 45,67 46,72 47,751971 38,95 40,64 42,08 43,47 44,47 45,451972 36,41 38,00 39,34 40,64 41,57 42,481973 33,10 34,54 35,76 36,94 37,79 38,621974 25,38 26,48 27,42 28,33 28,98 29,621975 21,69 22,63 23,43 24,21 24,77 25,311976 18,16 18,94 19,62 20,26 20,73 21,191977 13,94 14,55 15,06 15,56 15,92 16,271978 10,92 11,39 11,80 12,18 12,46 12,731979 8,69 8,97 9,29 9,60 9,82 10,041980 7,76 8,10 8,38 8,66 8,86 9,051981 6,34 6,62 6,85 7,08 7,24 7,401982 5,27 5,50 5,69 5,88 6,02 6,151983 4,20 4,38 4,54 4,69 4,80 4,911984 3,27 3,41 3,54 3,65 3,73 3,811985 2,72 2,84 2,94 3,04 3,11 3,181986 2,48 2,58 2,68 2,76 2,82 2,881987 2,26 2,36 2,44 2,52 2,58 2,641988 2,06 2,15 2,22 2,29 2,34 2,391989 1,82 1,90 1,97 2,04 2,09 2,141990 1,64 1,71 1,77 1,83 1,87 1,911991 1,45 1,51 1,56 1,62 1,66 1,701992 1,35 1,41 1,46 1,50 1,53 1,561993 1,25 1,30 1,35 1,39 1,42 1,451994 1,19 1,24 1,28 1,32 1,35 1,381995 1,14 1,19 1,23 1,27 1,30 1,331996 1,10 1,15 1,19 1,23 1,26 1,291997 1,08 1,13 1,17 1,21 1,24 1,271998 1,05 1,10 1,14 1,17 1,20 1,231999 1,03 1,07 1,11 1,15 1,18 1,212000 1,00 1,04 1,08 1,12 1,15 1,182001 1,00 1,04 1,07 1,09 1,112002 1,00 1,03 1,05 1,072003 1,00 1,02 1,042004 1,00 1,022005 1,00 1

IRS e IRC

Coeficientes de desvalorização da moeda – Anos 2001 a 2006

No quadro seguinte publicam-se os diferentes coefi-

cientes de desvalorização da moeda para efeitos de cor-

recção monetária, a aplicar em sede de IRS e IRC, coefi-

cientes estes aprovados nos últimos 6 anos.

Na página 407 deste número do Boletim do Contri-

buinte, é publicada a Portaria nº 492/2006, de 3 de Maio,

que procedeu á actualização dos referidos coeficien-

tes.

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401Boletim do Contribuinte

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Boletim do Contribuinte402

JURISPRUDÊNCIA

Acórdão do Tribunal Central Administrativo Norte,

2ª secção, de 26.1.2006

Contencioso tributário

Manifestações de fortuna em desproporção

com os rendimentos declarados

Métodos indirectos

Inversão do ónus da prova

Arts. 75º e 89º-A da Lei Geral Tributária

SUMÁRIO:1 - Com o aditamento à LGT da alínea d) do art. 75º da LGT

e do art. 89º-A, efectuado pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 deDezembro, o legislador criou uma nova situação em que cessaa presunção de veracidade da declaração do contribuinte: ode existirem manifestações de fortuna em desproporção comos rendimentos declarados (designadamente, no caso de aqui-sição de um automóvel ligeiro de passageiros de valor igualou superior a 50.000 euros, quando o contribuinte declarerendimentos inferiores a 50% do valor no ano de matrícula);

2 - Nesses casos em que as manifestações de fortuna este-jam em desproporção com os rendimentos declarados, pas-sou a permitir-se à AF proceder à avaliação indirecta damatéria tributável, a menos que o contribuinte prove que osrendimentos declarados correspondem à realidade (inver-são do ónus da prova) e que a fonte dos rendimentos necessá-rios para assegurar as manifestações de fortuna evidencia-das é outra - cfr. artigos 87º, alínea d) e 89º-A, n.º 3, da LGT;

3 - Nos termos do disposto no n.º 4 do art. 89.º-A, da LGT, seo sujeito passivo não fizer a prova acima referida, considera--se como rendimento tributável em sede de IRS, categoria G(incrementos patrimoniais), o rendimento padrão apurado nostermos da tabela daquele preceito legal (para as aquisiçõesde automóveis ligeiros de passageiros de valor igual ou supe-rior a A 50 000, o rendimento padrão é de 50% do valor noano de matrícula com o abatimento de 10% por cada um dosanos seguintes – actualmente, após 01/01/2005, na redacçãodada pela Lei nº 55-B/2004, de 30 de Dezembro, com o abati-mento de 20% por cada um dos anos seguintes), a menos queexistam indícios fundados, de acordo com os critérios previs-tos no art. 90.º da LGT, que permitam à AT fixar rendimentosuperior;

4 – Limitando-se o contribuinte a fazer prova que con-traiu um empréstimo no montante de A 25 000, tendo ficadocom o encargo mensal, para solver tal crédito, de A 568,83,e que declarou rendimentos no montante de A 9 628,83, ten-do adquirido um veículo automóvel ligeiro pelo preço deA 71 096,59, tal prova é insuficiente para ilidir a presunçãode evasão fiscal relativamente aos rendimentos declaradosnaquele ano.

5 - Decorre da conjugação dos nºs 1, 2, al. a) e 4, do art.89º-A, da LGT, que o legislador pretendeu que a A.F. pudesselançar mão da avaliação indirecta da matéria colectável

quando e tão só o contribuinte procedesse à aquisição dequalquer um dos bens referidos na tabela prevista no nº 4 doreferido artigo 89º-A, da LGT. O contribuinte é tributadocom recurso a este método de cada vez que tenhamos a ocor-rência desse facto aquisitivo e esse facto aquisitivo apenaspode servir de base à tributação no ano em que ocorre ou setiver ocorrido nos três anos anteriores.

Decisão Texto Integral:Acordam na Secção de Contencioso Tributário do Tribunal

Central Administrativo Norte

IO Director-Geral dos Impostos (adiante Recorrente), por

se não conformar com a sentença proferida pela Juiz do Tri-bunal Administrativo e Fiscal de Viseu, que julgou proceden-te o recurso deduzido por M... (adiante Recorrido) contra adecisão de fixação do rendimento tributável para efeitos deIRS nos anos de 2002 e 2004, por métodos indirectos e aoabrigo do disposto no art. 89º-A, da Lei Geral Tributária (LGT),respectivamente em A 35.548,30 e A 28.794,12, recurso esseinterposto ao abrigo dos artigos 89º-A, nº 7, da LGT e 146º-B,nº 5, do Código de Procedimento e de Processo Tributário(CPPT), dela veio interpor o presente recurso, apresentando,para o efeito, o quadro conclusivo constante de fls. 83 e 84:

1. O recurso judicial instaurado teve origem no facto de,em 2002, o recorrente ter adquirido um veículo automóvel,novo, de marca Mercedes, modelo E 270, no valor de 71.096,56Euros, valor este que não era compatível com os rendimentosdeclarados;

2. A desproporção entre a manifestação de fortuna e orendimento declarado fez desencadear a aplicação da normaanti-evasão contida no artigo 89º- A da LGT;

3. Notificado para apresentar prova de que a fonte da ma-nifestação de fortuna era rendimento não sujeito a tributação,o contribuinte argumentou que contraiu empréstimos à ban-ca, a familiares e ao seu sócio, e limitou-se dizer que utilizoucapitais próprios, mas não apresentando qualquer justifica-ção da proveniência destes;

4. Atendendo ao historial declarativo do contribuinte, aAdministração Tributária não pode concluir que a aquisiçãodo veículo tenha sido feita com poupanças de rendimentosde anos anteriores;

5. Que o recorrente utilizou activos de valor suficientepara pagar a aquisição que efectuou, e, portanto, os tinha emalgum lugar, parece evidente: a questão fundamental é sabercomo e porquê estavam esses activos à sua disposição;

6. E o recorrente, a quem pertencia o ónus da prova (n.° 3do artigo 89.°-A da LGT), quando foi notificado para o efeito,não apresentou, no processo de apreciação da sua situaçãopara tomada de decisão, elementos probatórios que levassema uma decisão diferente da que foi tomada.

7. A sentença recorrida, ao anular as fixações de rendi-mento nos anos de 2002 e 2004, considerando procedente orecurso interposto pelo recorrente, fez, salvo o devido respei-to, uma errada apreciação da matéria de facto e uma erradainterpretação e aplicação do artigo 89°-A da LGT, motivopelo qual não deve ser mantida.

8. Decorre da matéria provada que, nos termos do no n.° 1do artigo 89°-A da LGT, se encontram verificados os pres

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Boletim do Contribuinte 403

JURISPRUDÊNCIA

supostos para o recurso à avaliação indirecta da matériacolectável do sujeito passivo.

9. A sentença recorrida considera que, nos termos do n.° 3do artigo referido, o recorrente logrou fazer a prova bastantede que a manifestação de fortuna evidenciada teve origem norecurso ao crédito bancário.

10. No entanto, a prova da existência de um empréstimode 25 000 Euros à banca não é de modo algum suficiente parajustificar a compra de um veículo que custou A 71 096,59.

11. A douta sentença recorrida não ponderou, salvo o de-vido respeito, todos os factos relevantes na decisão da causa;tais como o facto de o recorrente relativamente ao ano de2001 apenas ter declarado A14 435,41 de rendimento brutodo agregado familiar, o facto de ter o encargo do pagamentoda prestação do empréstimo no valor de A562,95 por mês, enão ter feito prova da existência de outros rendimentos quenão tivesse obrigado a declarar;

12. Pelo que não podia a sentença recorrida concluir queo recorrente justificou a fonte da manifestação de fortuna ape-nas com a existência de um empréstimo bancário de 25 000Euros, pois a desproporção entre ambos é notória e manifesta-mente insuficiente para fundamentar tal decisão.

13. Do mesmo modo, estes argumentos também são váli-dos, quando a sentença recorrida dá razão ao recorrente, porconsiderar que a AT não demonstrou a falta de veracidade dodeclarado no que se refere à fixação da matéria colectável doano de 2004.

14. Assim, a douta sentença recorrida fez, salvo o devidorespeito, uma errada apreciação da matéria de facto e umaerrada interpretação e aplicação do artigo 89°-A da LGT,motivo pelo qual não deve ser mantida.

Termos pelos quais e, com o douto suprimento de V. Ex.as.,deve ser concedido provimento ao presente recursojurisdicional e, em consequência, ser revogada a sentençarecorrida, com as legais consequências.

Foram apresentadas contra-alegações em que o Recorridodefendeu a correcção e a manutenção da decisão recorrida,formulando, para o efeito, o quadro conclusivo constante defls. 95 a 98:

a) O recurso judicial foi interposto, nos termos e de acordocom o preceituado nos arts. 89°-A, n° 7 da LGT e 146°-B, n° 5 do CPPT, contra fixações de matéria colectável,produzidas através de métodos indirectos de avalia-ção, com referência a IRS relativo aos anos de 2002 e2004;

b) Os actos de lançamento adicional em causa nestes au-tos são dos valores de A 33.548,30 e A 28.794,12respectivamente;

c) A acção inspectiva foi desencadeada por causa da aqui-sição de um automóvel, no ano de 2002, pelo montan-te de A 71.096,59;

d) A administração fiscal entendeu, em consequência des-se facto, que deveria impor um sacrifício fiscal de acor-do com o padrão de rendimento previsto para as situa-ções em que se verificam as designadas “manifesta-ções de fortuna”;

e) Os actos de lançamento adicionais são relativos a doisanos (2002 e 2004) mas foram praticados com basenum único facto que ocorreu no ano de 2002;

f) O sujeito passivo foi notificado do projecto de decisão,da aplicação de métodos indirectos, para efeito doexercício do direito de audição;

g) O exercício do direito de audição foi praticado atravésde mandatário constituído para esse efeito;

h) Porém, a administração fiscal não notificou ao referidomandatário o competente despacho definitivo;

i) Ao não cumprir com essa notificação, conforme é im-posto pelo art. 40°, n° 1, do CPPT, foram preteridasformalidades legais essenciais - vício de procedimen-to;

j) Tanto bastaria para o deferimento do pedido, uma vezque a invalidade da notificação parece ser inelutável -o art. 36°, n° 1 do CPPT dispõe que os actos em maté-ria tributária que afectem direitos e interesses legíti-mos dos contribuintes, como é o caso, só produzemefeitos em relação a estes quando sejam validamentenotificados, o que não aconteceu;

k) Quanto aos meios mobilizados para a aquisição do car-ro, não pode ser desconsiderado que foram utilizadosfundos de várias proveniências: poupança resultantede mais de 40 anos de trabalho, uma herança e emprés-timos de familiares, de um sócio e do BPI - para alémdos rendimentos obtidos que foram declarados;

l) Só o empréstimo do BPI é suficiente para conduzir àprocedência da acção, pois, conforme ficou demons-trado, o crédito em causa é do montante de A 25.000,consta dos documentos que acompanham a PI que sedestinou à compra de um automóvel (a designação“ligeiro” que consta do documento bancário junto naPI não deixa dúvidas quanto a isto), é anterior e próxi-mo da data da mencionada aquisição (o empréstimoocorreu em Maio de 2002 e a compra foi concretizadaem Julho de 2002);

m) Ora, esse agregado de meios financeiros não éenquadrável nas declarações de rendimentos para efeitodo apuramento do IRS;

n) A administração fiscal, ao não considerar este contexto,incorreu no vício de violação de lei por erro quantoaos pressupostos de facto que motivaram as fixaçõesde matéria colectável atacadas neste processo;

o) Mas pode, e deve, ainda considerar-se que tais actos delançamento são ilegais também por a fundamentaçãoser obscura e insuficiente - vício de forma;

p) O apuramento da matéria colectável do ano de 2004 foiatingido sem a consideração de qualquer facto relati-vo a esse ano;

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Boletim do Contribuinte404

JURISPRUDÊNCIA

q) Ao apurar-se o rendimento desta forma aleatória, só poruma enormíssima coincidência (tipo acertar na lotaria)é que a matéria colectável não seria erradamentequantificada - vício de errónea quantificação da maté-ria colectável;

r) Acresce que o recorrente (do recurso judicial) logroufazer a prova que lhe competia - a relativa ao ano de2002;

s) E o recorrente (do recurso jurisdicional) não fez a provaque lhe cabia - a relativa ao ano de 2004;

t) Todos os factos alegados estão documentalmente com-provados nos autos - através do relatório da acçãoinspectiva e dos documentos que acompanharam a PI;

Termos em que deve ser negado provimento ao recursojurisdicional e, em consequência, ser confirmada a douta Sen-tença recorrida e anulado o despacho contra o qual foi instau-rado o recurso judicial, por ilegalidade - art. 99° do CPPT,tudo com as demais consequências legais e o sempre doutosuprimento de Vossas Excelências, assim se fazendo Justiça.

O Procurador-Geral Adjunto neste Tribunal emitiu pare-cer, a fls. 108 e 109, sustentando que o recurso merece provi-mento no que respeita à fixação do rendimento tributávelrespeitante ao ano de 2002, uma vez que o contribuinte nãologrou ilidir a presunção resultante dos arts. 87º, al. d), e 89º-A, nº 1, da LGT, já que o encargo anual a pagar pelo emprés-timo contraído ascende a A 6655,40, isto é, a quase totalida-de do rendimento tributável declarado em 2002 (A 9628,83);quanto ao ano de 2004, não tendo a Administração Fiscalcomprovado qualquer facto que lhe permitisse a fixação damatéria colectável por avaliação indirecta, emitiu parecer nosentido do improvimento do recurso.

Com dispensa de vistos legais dada a celeridade no julga-mento do recurso (art. 707º, nº 2, do CPC), importa apreciar edecidir.

IINa decisão recorrida julgou-se provada a seguinte maté-

ria de facto:

a) O presente recurso respeita à fixação do rendimentotributável em IRS para os anos de 2002 e 2004, nosmontantes, respectivamente, de A 35 548,30 eA 28 794,12;

b) No ano de 2002, o recorrente adquiriu por A 71 096,59,o veículo automóvel ligeiro de passageiros marcaMercedes, modelo E 270 CDI, com a matrícula 46-23-TV;

c) O recorrente declarou rendimentos de montante inferi-or a 50% do rendimento padrão para os exercícios de2002 e 2004, conforme tabelas constantes do Relató-rio de Inspecção Tributária, a fls. 28 dos autos, que sedão inteiramente por reproduzidas;

d) O recorrente foi notificado para exercer o direito deaudição, através do ofício n° 010158, de 2005.05.31,da Direcção de Finanças de Viseu, no âmbito do pro-jecto de decisão de aplicação de métodos indirectospara a determinação do rendimento sujeito a IRS, cfr.fls. 9 a 11 dos autos;

e) O ora recorrente exerceu tempestivamente o direito deaudição, tendo para o efeito constituído mandatário,cfr. fls. 16 e 17 dos autos;

f) A notificação do Relatório da Inspecção Tributária e dodespacho que sobre ele recaiu foi enviado para a mora-da do recorrente (fls. 22 e sgs.), não tendo sido notifi-cado o mandatário constituído;

g) Em Maio de 2002, o recorrente contraiu um emprésti-mo bancário de A 25 000 junto do BPI (fls. 44 e 45);

h) A petição inicial do presente recurso deu entrada nesteTribunal no dia 15.09.2005.

Os factos provados assentam na análise crítica dos ele-mentos constantes dos autos, nomeadamente dos títulos exe-cutivos, das informações oficiais e dos documentos juntos.

Não se provaram outros factos com relevância para a deci-são.

* * * *Ao abrigo dos poderes concedidos a este Tribunal pelo

art. 712.º, n.º 1, alínea a), do CPC, aplicável ex vi do art. 2.º,n.º 1, alínea e), do Código de Procedimento e Processo Tribu-tário, aditam-se ao probatório os seguintes factos, em ordem auma melhor compreensão e a dele constar o encargo resultan-te do empréstimo concedido ao ora Recorrido para o solver:

i) A acção inspectiva abrangeu os anos de 2001, 2002,2003 e 2004, de acordo com as ordem de serviçoOI200500126 e OI200500263 – cfr. fls. 27;

j) Os rendimentos do agregado familiar do ora Recorrido epelo mesmo declarados, em sede de IRS, foram os se-guintes: para o ano de 2001, A 8 678,53; para o ano de2002, A 9 628,83; para o ano de 2003, A 24 631,68 epara o ano de 2004, A 12 239,87 – cfr. fls. 27vº;

k) O encargo mensal a pagar pelo ora Recorrido, relativoao empréstimo concedido e referido na alínea g) queantecede, em 60 prestações, com início em Maio de2002, cifrava-se inicialmente em A 568,83 e, em Fe-vereiro de 2005, ascendia a A 562,95 – cfr. fls. 44 e 45dos autos.

IIIAntes de mais, importa que nos pronunciemos quanto a

dois aspectos suscitados nas contra-alegações, a saber:Aí se suscita [(alíneas a) a j) das conclusões] a questão da

invalidade da notificação do despacho recorrido, questão essaa que foi negado provimento na decisão recorrida.

Poderia o ora Recorrido ter ampliado o objecto do recur-so, nas suas contra-alegações, ao abrigo do disposto no artigo684º-A, do CPC. Não o fez, como claramente resulta do seupedido, ou seja, limitou-se a solicitar a este Tribunal Superiorque seja negado provimento ao recurso e confirmada a sen-tença recorrida.

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Boletim do Contribuinte 405

JURISPRUDÊNCIA

Não há, assim, que conhecer de novo deste alegado vício.*

Suscita-se aí, ainda, na alínea o), o vício de forma – funda-mentação obscura e insuficiente – do despacho de fixação dorendimento tributável.

Esse vício, porém não foi suscitado na petição inicial e,consequentemente, sobre o mesmo se não pronunciou a sen-tença recorrida.

Ora, como é sabido, os recursos destinam-se a alterar asdecisões recorridas, anulando-se ou revogando-se estas, totalou parcialmente, cabendo aos tribunais superiores areapreciação das questões naquelas decididas.

Não há, assim, que conhecer deste vício que apenas nestainstância é alegado.

*Apreciemos, ora, a questão nuclear do presente recurso,

isto é, se a sentença recorrida fez ou não fez correcta interpre-tação do disposto no nº 3 do artigo 89º-A da LGT.

A denominada Lei de Reforma da Tributação do Rendi-mento – Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro – veio, nocapítulo relativo às medidas de combate à evasão e fraudefiscais, introduzir uma importante alteração nas regras relati-vas ao ónus da prova e à possibilidade de recurso a métodosindirectos na determinação da matéria tributável, proceden-do a alterações na LGT.

Consultar acerca desta matéria, A Reforma FiscalInadiável, de Joaquim Pina Moura e Ricardo Sá Fernandes,em http://www.min-financas.pt/v30/Documentos/Reforma_Fiscal_Inadiavel.pdf

Assim, aquela lei excluiu da presunção de veracidade dasdeclarações do contribuinte os casos em que os rendimentosdeclarados para efeitos de IRS se revelem desproporciona-dos, para menos, sem razão justificativa, dos padrões de ren-dimento indiciados por determinadas manifestações de fortu-na. Ao aditar à LGT a alínea d) do art. 75.º e o art. 89.º-A, olegislador criou uma nova situação em que cessa a presunçãode veracidade da declaração do contribuinte: o de existiremmanifestações de fortuna em desproporção com os rendimen-tos declarados.

Nesses casos em que as manifestações exteriores de rique-za estejam em desproporção com os rendimentos declarados,passou a permitir-se à Administração Fiscal (AF) proceder àavaliação indirecta da matéria colectável, a menos que o con-tribuinte prove que os rendimentos declarados correspondemà realidade (inversão do ónus da prova) e que a fonte dosrendimentos necessários para assegurar as manifestações defortuna evidenciadas é outra - cfr. artigos 87º, alínea d) e 89.º-A, n.º 3, da LGT.

Nos termos do disposto no n.º 4 do art. 89.º-A, da referidaLei, se o sujeito passivo não fizer a prova acima referida,considera-se como rendimento tributável em sede de IRS,categoria G (incrementos patrimoniais) o rendimento padrãoapurado nos termos da tabela daquele preceito legal (para asaquisições de automóveis ligeiros de passageiros de valorigual ou superior a A 50 000, o rendimento padrão é de 50%

do valor no ano de matrícula, com o abatimento de 10% porcada um dos anos seguintes – actualmente, após 01/01/2005,na redacção dada pela Lei nº 55-B/2004, de 30 de Dezembro,com o abatimento de 20% por cada um dos anos seguintes), amenos que existam indícios fundados, de acordo com os cri-térios previstos no art. 90.º da mesma Lei, que permitam à A.F.fixar rendimento superior.

Ora, na situação dos autos, tendo a A.F. constatado que oora Recorrido adquiriu no ano de 2002 um automóvel ligeirode passageiros pelo valor de A 71 096,59 e que, para efeitosde IRS desse ano, declarou rendimentos de A 9 628,83, quemostra uma desproporção superior a 50% para menos em rela-ção ao rendimento padrão (A 35 548,30), solicitou-lhe quecomprovasse ser outra, que não os rendimentos declarados, afonte de fortuna evidenciada.

De igual modo procedeu a A.F. relativamente ao ano de2004, em que o ora Recorrido declarou rendimentos de A 12239,87, que mostra uma desproporção superior em 50% paramenos em relação ao rendimento padrão (A 28 794,12).

*Quanto ao ano de 2002, o ora Recorrido veio apresentar

documentos bancários através dos quais demonstrou que emMaio de 2002 contraiu um empréstimo bancário de A 25 000junto do BPI e que ficou onerado com um encargo mensal,para solver tal empréstimo, de A 568,83, o que perfaz nesseano o montante de A 4550,64.

Alegou ainda, juntando declarações a fls. 37 a 42, quecontraiu dívidas junto de familiares próximos e que utilizoupoupanças acumuladas e parte de uma herança por morte dosogro. Na sentença recorrida, não se deu como provada estamaterialidade alegada, com o fundamento de se tratar de me-ros documentos particulares que não provam qualquer movi-mentação bancária ou de transferência do dinheiro em causa.Este Tribunal de recurso mantém esta fundamentação e, comoadrede se constatou, não dá como provada esta factualidadealegada.

Ora, na sentença recorrida, a Juíza do Tribunal de 1ª ins-tância decidiu que, com o recurso ao crédito bancário no va-lor de A 25 000, o ora Recorrido ilidiu a presunção de evasãofiscal relativamente aos rendimentos declarados naquele anode 2002.

Salvo o devido respeito, face à matéria de facto provada everificando-se que o ora Recorrido declarou, em relação aoano de 2002, o rendimento de A 9628,83, contraiu um em-préstimo bancário de A 25 000, ao qual importa abater omontante de A 4550,64, temos de concluir que o mesmo nãologrou ilidir a presunção de evasão fiscal resultante dos arti-gos 87º, alínea d) e 89º-A, nº 1, da LGT, ou seja, não justificoua manifestação de fortuna consubstanciada na aquisição doveículo automóvel ligeiro pelo preço de A 71 096,59.

*Quanto ao ano de 2004, a Juíza do Tribunal de 1ª instân-

cia decidiu ainda que, por o único elemento de que a A.F. seserviu para apurar o rendimento tributável é o que estáconexionado com o ano de 2002, essa presunção de evasãofiscal foi também ilidida.

Na verdade, a A.F. também procedeu à avaliação indirectado rendimento tributável para o ano de 2004, tomando emconta o que dispõe a Lei, ou seja, “…o rendimento padrão éde 50% do valor no ano de matrícula com o abatimento de10% por cada um dos anos seguintes …”, no caso

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Boletim do Contribuinte406

JURISPRUDÊNCIA

correspondendo a A 28 794,12 e que o ora Recorrido decla-rou o rendimento de A 12 239,87.

Sustenta o magistrado do M. Público neste TCAN que aA.F. deveria comprovar os pressupostos que lhe permitiam aavaliação indirecta da matéria colectável em relação ao anode 2004 e que, não tendo comprovado qualquer facto que lhepermitisse tal fixação, o recurso nessa parte não merece provi-mento.

A interpretação da Lei efectuada por parte da A.F., se bema entendemos e face aos valores que fixou nas tabelas cons-tantes de fls. 28, foi que, verificando-se a aquisição de umautomóvel ligeiro de passageiros de valor igual ou superior aA 50 000 por parte do contribuinte no ano de 2002, aliado aoabatimento de 10% por cada um dos anos seguintes, que nãopodem ultrapassar os três anos, face ao disposto no nº 2 do artº89º-A da LGT, concluiu que o mesmo contribuinte declarounesse ano de 2004 rendimentos (A 12 239,87) que mostramuma desproporção superior a 50%, para menos, em relação aorendimento padrão resultante da tabela prevista no nº 4(A 28 794,12).

Se bem entendemos o magistrado do M. Público nesteTCAN, teria a A.F. de comprovar a existência de uma aquisiçãode qualquer um dos bens identificados na tabela prevista no nº4, do artigo 89º-A, da LGT, nesse ano de 2004, para que pudes-se fixar o rendimento tributável por avaliação indirecta.

Estipula o nº 2 do artigo 89º-A da LGT:“2 – Na aplicação da tabela prevista no nº 4 tomam-se

em consideração:a) Os bens adquiridos no ano em causa ou nos três anos

anteriores pelo sujeito passivo ou qualquer elemento do res-pectivo agregado familiar;

(…)”.Decorre da conjugação destas disposições que o legislador

pretendeu que a A.F. pudesse lançar mão da avaliação indirectada matéria colectável quando e tão só o contribuinte procedes-se à aquisição de qualquer um dos bens referidos na tabelaprevista no nº 4 do referido artigo 89º-A, da LGT. O contribuin-te é tributado com recurso a este método de cada vez que tenha-mos a ocorrência desse facto aquisitivo e esse facto aquisitivoapenas pode servir de base à tributação no ano em que ocorreou se tiver ocorrido nos três anos anteriores.

Na situação objecto dos autos, em 2004, o ora Recorridonão exteriorizou qualquer manifestação de fortuna, estando aA.F. a tributar por um facto aquisitivo que já havia tributadopara o ano de 2002, como vimos.

Não tendo a A.F. comprovado a existência de uma aquisi-ção de qualquer um dos bens identificados na tabela previstano nº 4 do artigo 89º-A, da LGT, no decurso do ano de 2004,não se pode manter o despacho que determinou a fixação damatéria colectável por avaliação indirecta quanto a esse ano.

IVFace ao exposto, decide-se conceder parcial provimento

ao recurso, revogando-se em parte a decisão recorrida e man-tendo-se o despacho de fixação do rendimento tributável paraefeitos de IRS no que concerne ao ano de 2002 e negar provi-

mento ao recurso, mantendo-se a decisão recorrida, mas comdistinta fundamentação, no que concerne ao ano de 2004.

Custas em ambas as instâncias pelo Recorrente e pelo oraRecorrido, na proporção do decaimento.

Notifique e registe.Porto, 26 de Janeiro de 2006Moisés Moura Rodrigues, Dulce Manuel Conceição Neto,

João António Valente Torrão

Relator: Moisés Rodrigues

N.R. - É a seguinte a actual redacção do art. 89º-A da LGT:Artigo 89º-A - Manifestações de fortuna - 1. Há lugar a avaliação

indirecta da matéria colectável quando falte a declaração de rendimentose o contribuinte evidencie as manifestações de fortuna constantes databela prevista no n.º 4 ou quando declare rendimentos que mostremuma desproporção superior a 50%, para menos, em relação aorendimento padrão resultante da referida tabela.

2. Na aplicação da tabela prevista no nº 4 tomam-se em consideração:a) Os bens adquiridos no ano em causa ou nos três anos anteriores

pelo sujeito passivo ou qualquer elemento do respectivo agregadofamiliar;

b) Os bens de que frua no ano em causa o sujeito passivo ouqualquer elemento do respectivo agregado familiar, adquiridos, nesseano ou nos três anos anteriores, por sociedade na qual detenham,directa ou indirectamente, participação maioritária, ou por entidadesediada em território de fiscalidade privilegiada ou cujo regime nãopermita identificar o titular respectivo.

c) Os suprimentos e empréstimos efectuados pelo sócio à sociedade,no ano em causa, ou por qualquer elemento do seu agregado familiar.(Alínea c) aditada pelo art. 44º da Lei nº 107-B/2003, de 31.12)

3. Verificadas as situações previstas no n.º 1 deste artigo, bem comona alínea f) do artigo 87.º, cabe ao sujeito passivo a comprovação deque correspondem à realidade os rendimentos declarados e de que éoutra a fonte das manifestações de fortuna ou o acréscimo de patrimónioou o consumo evidenciados. (Redacção da Lei nº 55-B/2004, de 30.12)

4 - Quando o sujeito passivo não faça a prova referida no númeroanterior relativamente às situações previstas no n.º 1 deste artigo,considera-se como rendimento tributável em sede de IRS, a enquadrarna categoria G, quando não existam indícios fundados, de acordo comos critérios previstos no artigo 90.º, que permitam à administraçãotributária fixar rendimento superior, o rendimento padrão apurado nostermos da tabela seguinte: (nº 4 com a redacção da Lei nº 55-B/2004,de 30.12)

5. No caso da alínea f) do artigo 87.º, considera-se como rendimentotributável em sede de IRS, a enquadrar na categoria G, quando nãoexistam indícios fundados, de acordo com os critérios previstos no artigo90.º, que permitam à administração tributária fixar rendimento superior,a diferença entre o acréscimo de património ou o consumo evidenciadose os rendimentos declarados pelo sujeito passivo no mesmo período detributação. (nº 5 com redacção da Lei nº 55-B/2004, de 30.12)

6. A decisão de avaliação da matéria colectável pelo métodoindirecto constante deste artigo é da exclusiva competência do director-geral dos Impostos, ou seu substituto legal, sem possibilidade dedelegação.

7. Da decisão de avaliação da matéria colectável pelo métodoindirecto constante deste artigo cabe recurso para o tribunal tributário,com efeito suspensivo, a tramitar como processo urgente, não sendoaplicável o procedimento constante dos artigos 91º e seguintes.

8. Ao recurso referido no número anterior aplica-se, com asnecessárias adaptações, a tramitação prevista no artigo 146º-B doCódigo de Procedimento e de Processo Tributário.

9. Para a aplicação dos nºs 3 a 4 da tabela, atende-se ao valormédio de mercado, considerando, sempre que exista, o indicado pelasassociações dos sectores em causa.

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Boletim do Contribuinte 407

LEGISLAÇÃO

IRS e IRC

Coeficientes de desvalorização da moeda

para efeitos de correcção monetária dos valores

de aquisição de determinados bens e direitos

Actualização 2006

Portaria n.º 429/2006

de 3 de Maio

(in DR, nº 85, I Série B, de 3.5.2006)

O artigo 44.º do Código do Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Colectivas (CIRC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de Novembro, e o artigo 50.º do Código do Imposto sobre oRendimento das Pessoas Singulares (CIRS), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro, prevêem a actualização anualdos coeficientes de desvalorização da moeda para efeitos de correcçãomonetária dos valores de aquisição de determinados bens e direitos.

Assim:

Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assun-tos Fiscais, que os coeficientes de desvalorização da moeda aaplicar aos bens e direitos alienados durante o ano de 2006cujo valor deva ser actualizado nos termos dos artigos 44.º doCIRC e 50.º do CIRS, para efeitos de determinação da matériacolectável dos referidos impostos, sejam os constantes doquadro anexo.

N. R. 1 – Os coeficientes de desvalorização da moeda relativosaos anos de 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 encontram-sepublicados no Bol. do Contribuinte, 2000, pág. 453, 2001, pág. 556,2002, pág. 428, 2003, pág. 291, 2004, pág. 340, e 2005, pág. 379respectivamente.

2 – Na pág. 400 deste número, publicamos, em quadro, os dife-rentes coeficientes de desvalorização da moeda para efeitos de correçãomonetária dos valores de aquisição de determinados bens e direitos,fixados nos anos 2001 a 2006.

Refira-se que os coeficientes de desvalorização da moeda para2005 foram fixados pela Portaria nº 488/2005, de 20.5, tendo a mesmasido publicada no Bol. do Contribuinte, 2005, pág. 379.

3 - O art. 44º do Código do IRC, sobre correcção monetária dasmais-valias e das menos-valias, estabelece:

1 - O valor de aquisição corrigido nos termos do nº 2 do artigo

anterior é actualizado mediante aplicação dos coeficientes de desva-

lorização da moeda para o efeito publicados em portaria do Ministro

das Finanças, sempre que, à data da realização, tenham decorrido

pelo menos dois anos desde a data da aquisição, sendo o valor dessa

actualização deduzido para efeitos da determinação do lucro tributável.

2 - A correcção monetária a que se refere o número anterior não

é aplicável aos investimentos financeiros, salvo quanto aos investi-

mentos em imóveis e partes de capital.

Anos Coeficientes Anos Coeficientes

Até 1903 . . . . . . . . . . 3 987,22 1975 . . . . . . . . . . . . . 25,31De 1904 a 1910 . . . . . 3 711,62 1976 . . . . . . . . . . . . . 21,19De 1911 a 1914 . . . . . 3 559,86 1977 . . . . . . . . . . . . . 16,271915 . . . . . . . . . . . . . . 3 167,19 1978 . . . . . . . . . . . . . 12,731916 . . . . . . . . . . . . . . 2 592,37 1979 . . . . . . . . . . . . . 10,041917 . . . . . . . . . . . . . . 2 069,49 1980 . . . . . . . . . . . . . 9,051918 . . . . . . . . . . . . . . 1 476,52 1981 . . . . . . . . . . . . . 7,401919 . . . . . . . . . . . . . . 1 131,59 1982 . . . . . . . . . . . . . 6,151920 . . . . . . . . . . . . . . 747,70 1983 . . . . . . . . . . . . . 4,911921 . . . . . . . . . . . . . . 487,84 1984 . . . . . . . . . . . . . 3,811922 . . . . . . . . . . . . . . 361,29 1985 . . . . . . . . . . . . . 3,181923 . . . . . . . . . . . . . . 221,12 1986 . . . . . . . . . . . . . 2,881924 . . . . . . . . . . . . . . 186,13 1987 . . . . . . . . . . . . . 2,64De 1925 a 1936 . . . . . 160,43 1988 . . . . . . . . . . . . . 2,39De 1937 a 1939 . . . . . 155,79 1989 . . . . . . . . . . . . . 2,141940 . . . . . . . . . . . . . . 131,10 1990 . . . . . . . . . . . . . 1,911941 . . . . . . . . . . . . . . 116,43 1991 . . . . . . . . . . . . . 1,701942 . . . . . . . . . . . . . . 100,52 1992 . . . . . . . . . . . . . 1,561943 . . . . . . . . . . . . . . 85,60 1993 . . . . . . . . . . . . . 1,45De 1944 a 1950 . . . . . 72,68 1994 . . . . . . . . . . . . . 1,38De 1951 a 1957 . . . . . 66,65 1995 . . . . . . . . . . . . . 1,33De 1958 a 1963 . . . . . 62,68 1996 . . . . . . . . . . . . . 1,291964 . . . . . . . . . . . . . . 59,90 1997 . . . . . . . . . . . . . 1,271965 . . . . . . . . . . . . . . 57,71 1998 . . . . . . . . . . . . . 1,231966 . . . . . . . . . . . . . . 55,13 1999 . . . . . . . . . . . . . 1,21De 1967 a 1969 . . . . . 51,56 2000 . . . . . . . . . . . . . 1,181970 . . . . . . . . . . . . . . 47,75 2001 . . . . . . . . . . . . . 1,111971 . . . . . . . . . . . . . . 45,45 2002 . . . . . . . . . . . . . 1,071972 . . . . . . . . . . . . . . 42,48 2003 . . . . . . . . . . . . . 1,041973 . . . . . . . . . . . . . . 38,62 2004 . . . . . . . . . . . . . 1,021974 . . . . . . . . . . . . . . 29,62 2005 . . . . . . . . . . . . . 1

3 - Quando, nos termos do regime especial previsto nos artigos

70º a 72º, haja lugar à valorização das participações sociais recebi-

das pelo mesmo valor pelo qual as antigas se encontravam registadas,

considera-se, para efeitos do disposto no nº 1, data de aquisição das

primeiras a que corresponder à das últimas.

Por sua vez, dispõe o art. 50 do CIRS, sobre correcção monetá-ria:

1 - O valor de aquisição ou equiparado de direitos reais sobre os

bens referidos na alínea a) do nº 1 do artigo 10º é corrigido pela

aplicação de coeficientes para o efeito aprovados mediante portaria

do Ministro das Finanças, sempre que tenham decorrido mais de 24

meses entre a data da aquisição e a data da alienação ou afectação.

2 - A data de aquisição é a que constar do título aquisitivo, sem

prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:

a) Nos casos previstos no nº 3 do artigo 46º (em que o valor de

aquisição de imóveis construídos pelos próprios sujeitos pas-

sivos corresponde ao valor patrimonial inscrito na matriz

ou ao valor do terreno, acrescido dos custos de construção

devidamente comprovados, se superior àquele), é a data re-

levante para efeitos de inscrição na matriz;

b) No caso previsto no artigo 47º (em situações de transferência

para o património particular do titular de rendimentos da

categoria B de quaisquer bens afectos à actividade empresa-

rial e profissional, considera-se valor de aquisição o valor

de mercado à data da transferência), é a data da transferên-

cia.

ANEXOQuadro de actualização dos coeficientes de desvalorização

da moeda a que se referem os artigos 44.º do CIRC e 50.º

do CIRS

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Boletim do Contribuinte408

LEGISLAÇÃO

IVA

Tipografias autorizadas a imprimir

documentos de transporte

Declaração n.º 71/2006 (2.ª série)de 8 de Maio

(in DR, nº 88, II Série, de 8.5.2006)

Para os devidos efeitos, declara-se que as tipografias aseguir indicadas foram autorizadas, nos termos do n.º 1 do

artigo 8.º do regime de bens em circulação, aprovado pelo De-creto-Lei n.º 147/2003, de 11 de Julho, a imprimir facturas eoutros documentos de transporte, em conformidade com omesmo regime (ver nota a, que se reproduz na pág. seguinte):

N.R. 1 - O DL nº 147/2003, que aprovou o regime de bens emcirculação objecto de transacções entre sujeitos passivos de IVA, foioportunamente publicado no Bol. do Contribuinte, 2003, pág. 541 eseguintes.

2 - Nos termos dos arts. 4º e 9º do referido decreto-lei, os docu-mentos de transporte, cujo conteúdo não seja processado por com-putador, devem conter em impressão tipográfica a referência à auto-rização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respectivanumeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipogra-fia, a saber, designação social, sede e nº de identificação fiscal. Épermitido às tipografias autorizadas encarregar outras tipografias,desde que também autorizadas, da impressão dos documentos quelhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedi-dos da fotocópia das requisições recebidas. Tanto a tipografia queefectuou a impressão como a que a solicitou devem efectuar os regis-tos e a comunicação referidos no artigo 10.º do já referido regime debens em circulação e documentos de transporte.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte 409

(a) Esta relação constitui aditamento às publicadas no Diário da República, 2.ª série, n.os 75, de 30 de Março de 1988, 133, de 9 de Junho de 1988,

225, de 28 de Setembro de 1988, 51, de 2 de Março de 1989, 94, de 23 de Abril de 1990, 24, de 29 de Janeiro de 1991, 246, de 25 de Outubro de 1991,

72, de 26 de Março de 1992, 136, de 15 de Junho de 1992, 184, de 11 de Agosto de 1992, 255, de 4 de Novembro de 1992, 75, de 30 de Março de 1993,

162, de 13 de Julho de 1993, 206, de 2 de Setembro de 1993, 290, de 14 de Dezembro de 1993, 53, de 4 de Março de 1994, 116, de 19 de Maio de 1994,

180, de 5 de Agosto de 1994, 276, de 29 de Novembro de 1994, 31, de 6 de Fevereiro de 1995, 113, de 16 de Maio de 1995, 182, de 8 de Agosto de 1995,

270, de 22 de Novembro de 1995, 38, de 14 de Fevereiro de 1996, 110, de 11 de Maio de 1996, 183, de 8 de Agosto de 1996, 256, de 5 de Novembro

de 1996, 33, de 8 de Fevereiro de 1997, 125, de 31 de Maio de 1997, 183, de 9 de Agosto de 1997, 255, de 4 de Novembro de 1997, 27, de 2 de Fevereiro

de 1998, 104, de 6 de Maio de 1998, 174, de 30 de Julho de 1998, 257, de 6 de Novembro de 1998, 41, de 18 de Fevereiro de 1999, 104, de 5 de Maio

de 1999, 187, de 12 de Agosto de 1999, 300, de 28 de Dezembro de 1999, 39, de 16 de Fevereiro de 2000, 108, de 10 de Maio de 2000, 211, de 12 de

Setembro de 2000, 257, de 7 de Novembro de 2000, 281, de 6 de Dezembro de 2000, 23, de 27 de Janeiro de 2001, 108, de 10 de Maio de 2001, 185,

de 10 de Agosto de 2001, 269, de 20 de Novembro de 2001, 30, de 5 de Fevereiro de 2002, 113, de 16 de Maio de 2002, 185, de 12 de Agosto de 2002,

263, de 14 de Novembro de 2002, 41, de 18 de Fevereiro de 2003, 116, de 20 de Maio de 2003, 182, de 8 de Agosto de 2003, 5, de 7 de Janeiro de 2004,

41, de 18 de Fevereiro de 2004, 128, de 1 de Junho de 2004, 208, de 3 de Setembro de 2004, 272, de 19 de Novembro de 2004, 22, de 1 de Fevereiro

de 2005, 84, de 2 de Maio de 2005, 165, de 29 de Agosto de 2005, e 21, de 30 de Janeiro de 2006, referente às tipografias autorizadas nos termos do

n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 45/89, de 11 de Fevereiro, e do n.º 1 do artigo 8.º do regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

147/2003, de 11 de Julho.

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Boletim do Contribuinte410

LEGISLAÇÃO

Administração Pública

Novas regras e orientações relativas

a deslocações em território nacional

e no estrangeiro

Resolução do Conselho de Ministros n.º 51/2006

de 5 de Maio

(in DR, nº 87, I Série B, de 5.5.2006)

Os actuais regimes jurídicos do abono de ajudas de custo e trans-porte ao pessoal da Administração Pública, quando deslocado emserviço público em território nacional e no estrangeiro têm ao longo deuma década de vigência suscitado algumas divergências interpretativas,com os necessários prejuízos que daí advêm. Não obstante algumascirculares, pareceres e outras orientações que foram sendo sucessiva-mente adoptadas, a verdade é que perduram alguns aspectos comopólos geradores de disparidade na aplicação de algumas normas con-sagrados nos Decretos-Leis nºs 106/98 (1), de 24 de Abril, e 192/95 (2),de 28 de Julho.

É certo que, por outro lado, a maior especificação da lei ou dascirculares e orientações não se traduz, muitas vezes, numa maiorracionalidade na obtenção dos serviços, quer de alojamento quer detransportes.

Efectivamente, na óptica de um maior rigor orçamental, impres-cindível na actual conjuntura, torna-se necessário não só avaliar aabsoluta necessidade das deslocações face, nomeadamente, às novasfacilidades de contactos e troca de experiências proporcionados pelasociedade de informação e à maior rapidez dos meios de transportemas também encetar novas formas de contratação com os agentesprestadores de serviços que permitam obter poupanças significati-vas. Estes objectivos pressupõem, porém, uma maior responsabilizaçãodas tutelas sectoriais, limitando-se a intervenção do Ministério dasFinanças e da Administração Pública.

Pretende-se, assim, que o corrente ano constitua uma experiênciada qual se obtenham contributos para a alteração da actual legislaçãosobre a matéria, adaptando-a a novos modelos de contratação e àevolução dos meios de comunicação e tendo como pressuposto aavaliação correcta, por parte dos serviços e das tutelas, dos objecti-vos a atingir com cada deslocação em serviço público.

Neste sentido, o n.º 1 do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 50-A/2006 (3),de 10 de Março, veio determinar que os despachos autorizadores decerto tipo de despesas com deslocações passariam a ser da competên-cia da tutela, durante o ano de 2006, estabelecendo o n.º 2 deste artigoque as autorizações daquelas despesas devem obedecer às orienta-ções a fixar mediante resolução do Conselho de Ministros.

Assim:Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Conse-

lho de Ministros resolve:

1 - Determinar que apenas podem ser realizadas as deslocaçõescujos objectivos não possam ser prosseguidos através da utiliza-ção de novas tecnologias, designadamente correio electrónico,videoconferência ou videochamada, e quando:

a) Sejam necessárias para concretizar os resultados espe-rados dos serviços, quando se trate de actividades re-lacionadas com as suas funções principais, designada-

mente inspecções, auditorias, fiscalizações, visitasdomiciliárias; ou

b) Se justifiquem por imperativos legais, acordos, protoco-los, representação, obrigações internas ou externas; ou

c) Não estejam incluídas nas alíneas anteriores, mas sejam,por despacho da tutela, consideradas indispensáveispara a prossecução dos objectivos dos serviços.

2 - Estabelecer que, no âmbito das deslocações, se devereduzir ao indispensável:

a) O número de elementos das comitivas;b) Os dias de estada, quando a calendarização da acção

que determinou a deslocação e as distâncias assim opermitirem.

3 - Determinar que, no âmbito das deslocações de serviçopúblico, as despesas com alojamento e alimentação relativasàs situações previstas no n.º 1 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º106/98 (1), de 24 de Abril, e no n.º 2 do artigo 2.º e no n.º 2 doartigo 5.º do Decreto-Lei n.º 192/95 (2), de 28 de Julho, apenaspodem ser autorizadas quando os casos excepcionais de re-presentação resultem de:

a) Deslocações de membros do Governo;b) Deslocações de individualidades em representação do

respectivo membro do Governo, assim expressamentedesignadas por despacho do mesmo;

c) Deslocações de membros dos gabinetes ou de dirigentesem acções oficiais em que participem representantes es-trangeiros e da qual resulte diferença de tratamento.

4 - Estabelecer que as despesas com o alojamento e ali-mentação do pessoal indicado nas alíneas b) e c) do númeroanterior, que se desloquem em serviço público integrado na comi-tiva de membros do Governo, podem da mesma forma ser satisfei-tas nos termos do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 106/98 (1), de 24 deAbril, sem prejuízo do disposto no n.º 2.

5 - Definir que não configuram «casos excepcionais derepresentação» as deslocações de outros funcionários, agen-tes ou de outras individualidades que, embora inseridos emcomitivas de membros do Governo, não representam, no exer-cício das suas funções, os serviços ou o Estado Português,nomeadamente pessoal auxiliar, jornalistas, tripulação de aero-naves, motoristas e pessoal afecto à segurança pessoal, salvonas situações em que os deslocados beneficiem de segurançapessoal permanente.

6 - Determinar que, excluindo as situações previstas nosn.os 3 e 4, a autorização de despesa com alojamento em esta-belecimento hoteleiro superior a 3 estrelas ou equiparado sópode verificar-se:

a) Em deslocações a países onde os estabelecimentos ho-teleiros de 3 estrelas não apresentem condições míni-mas face ao tipo de missão, designadamente por razõesde segurança ou de falta de condições;

b) No âmbito de missões organizadas em que todos osparticipantes, por indicação da entidade organizadora,se instalem no mesmo estabelecimento hoteleiro e quetal instalação seja imprescindível para os fins a prosse-guir no âmbito da deslocação.

7 - Determinar que o despacho autorizador dos casos excep-cionais de representação, quer por deslocações em territórionacional quer no estrangeiro, é, nos termos do n.º 1 do artigo51.º do Decreto-Lei n.º 50-A/2006 (3), de 10 de Março, da compe-tência da respectiva tutela, e dele consta obrigatoriamente:

a) A fundamentação para a sua necessidade;

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Boletim do Contribuinte 411

LEGISLAÇÃO

Vantagem Assinante VantagemAssinante VantagemAssinante Vantagem Assinante

Para mais informações contactar: Vida Económica - R. Gonçalo Cristóvão, 111 - 6º esq. - 4049-037 - Porto • Telef.: 223399400

Fax.: 222 058 098 • E-mail: [email protected] • Livraria online: www.vidaeconomica.pt/livraria

b) A data da respectiva efectivação;c) A listagem das correspondentes despesas;d) O comprovativo de cabimento orçamental do montante

das despesas a realizar.

8 - Estabelecer que, relativamente ao meio de transporte,devem observar-se as seguintes orientações:

a) Com excepção do Primeiro-Ministro, e salvo nas situa-ções de viagens intercontinentais, os membros do Go-verno que viajem por via aérea não devem utilizar clas-se superior à executiva e os membros dos gabinetesdevem utilizar classe económica, excepto quando acom-panhem um membro do Governo;

b) O restante pessoal que, nos termos do Decreto-Lei n.º106/98 (1), de 24 de Abril, tem direito a abono de trans-porte por via aérea em 1.ª classe pelas deslocações emserviço público, bem como os gestores de empresaspúblicas, institutos públicos ou equiparados, devemutilizar preferencialmente a classe económica;

c) A utilização, pelos membros do Governo, de aeronavesda Força Aérea tem natureza excepcional e está sujeitaa prévia comunicação ao Gabinete do Primeiro-Minis-tro, para que, na articulação com o Ministério da Defe-sa Nacional, se avalie da sua disponibilidade.

9 - Esclarecer que, no âmbito das situações previstas no n.º1 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de Abril, e no n.º2 do artigo 2.º e no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 192/95, de28 de Julho, não são considerados como membros das comiti-vas oficiais os cônjuges ou familiares que acompanhem os fun-cionários, agentes ou entidades deslocadas, salvo nas situa-ções de natureza protocolar em representação do País.

10 - Determinar que todos os serviços integrados e servi-ços e fundos autónomos, ou secretarias-gerais ou equipara-dos quando responsáveis pelos processamentos, devem pre-encher e enviar, mensalmente, à respectiva delegação da Di-recção-Geral do Orçamento, até ao dia 15 do mês seguinte, emsuporte electrónico a distribuir por esta última, a seguinte in-formação relativa às deslocações mencionadas no n.º 3:

a) Serviço/organismo;b) Deslocação/destino;c) Objectivo;d) Número de dias;e) Número de elementos;f) Encargos totais.

N.R. 1 – O DL nº 106/98, de 24.4, publicado no Bol. do Contri-buinte, 1998, pág. 292, estabeleceu normas relativas ao abono deajudas de custo e de transporte pelas deslocações em serviçopúblico.Este diploma encontra-se também disponível para consultaem www.boletimdocontribuinte.pt, menu legislação, ano 1998.

2 – O DL nº 192/95, de 28.7, disciplinou o abono de ajudas decusto por deslocação em serviço ao estrangeiro, tendo sido transcritono Bol. do Contribuinte, 1995, pág. 450.

3 – O DL nº 50-A/2006, de 10.3, estabelece normas de execuçãodo Orçamento do Estado para 2006, aprovado pela Lei nº 60-A/2005,de 30.12 (Bol. do Contribuinte, 2006, pág. 15).

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Boletim do Contribuinte412

LEGISLAÇÃO

Processo Civil

Processo de injunção e acção executiva

Introdução da regra de competência territorial

do tribunal da comarca do réu para as acções

relativas ao cumprimento de obrigações

Modificação da competência territorial

dos solicitadores de execução no âmbito

do processo executivo

Alterações ao Código de Processo Civil,

ao Estatuto da Câmara dos Solicitadores,

ao regime anexo ao Dec.-Lei nº 269/98,

de 1.9 e ao Dec.-Lei nº 202/2003, de 10.9

Lei n.º 14/2006

de 26 de Abril

(in DR, nº 81, I Série A, de 26.4.2006)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) doartigo 161.º da Constituição, o seguinte:

ARTIGO 1.ºAlterações ao Código de Processo Civil (1)

Os artigos 74.º, 90.º, 94.º, 110.º e 808.º do Código de ProcessoCivil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 44129, de 28 de Dezembrode 1961, alterado pelos Decretos-Leis n.os 47690, de 11 de Maiode 1967, e 323/70, de 11 de Julho, pela Portaria n.º 439/74, de 10de Julho, pelos Decretos-Leis n.os 261/75, de 27 de Maio, 165/76, de 1 de Março, 201/76, de 19 de Março, 366/76, de 5 de Maio,605/76, de 24 de Julho, 738/76, de 16 de Outubro, 368/77, de 3 deSetembro, e 533/77, de 30 de Dezembro, pela Lei n.º 21/78, de 3 deMaio, pelos Decretos-Leis n.os 513-X/79, de 27 de Dezembro,207/80, de 1 de Julho, 457/80, de 10 de Outubro, 400/82, de 23 deSetembro, 242/85, de 9 de Julho, 381-A/85, de 28 de Setembro, e177/86, de 2 de Julho, pela Lei n.º 31/86, de 29 de Agosto, pelosDecretos-Leis n.os 92/88, de 17 de Março, 321-B/90, de 15 deOutubro, 211/91, de 14 de Julho, 132/93, de 23 de Abril, 227/94,de 8 de Setembro, 39/95, de 15 de Fevereiro, 329-A/95, de 12 deDezembro, 180/96, de 25 de Setembro, 375-A/99, de 20 de Setem-bro, e 183/2000, de 10 de Agosto, pela Lei n.º 30-D/2000, de 20 deDezembro, pelos Decretos-Leis n.os 272/2001, de 13 de Outu-bro, e 323/2001, de 17 de Dezembro, pela Lei n.º 13/2002, de 19 deFevereiro, e pelos Decretos-Leis n.os 38/2003, de 8 de Março,199/2003, de 10 de Setembro, e 324/2003, de 27 de Dezembro,passam a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 74.º[...]

1 - A acção destinada a exigir o cumprimento de obrigações, aindemnização pelo não cumprimento ou pelo cumprimento de-

feituoso e a resolução do contrato por falta de cumprimento éproposta no tribunal do domicílio do réu, podendo o credor optarpelo tribunal do lugar em que a obrigação deveria ser cumprida,quando o réu seja pessoa colectiva ou quando, situando-se odomicílio do credor na área metropolitana de Lisboa ou do Porto,o réu tenha domicílio na mesma área metropolitana.

2 - ........................................................................................

ARTIGO 90.º[...]

1 - ........................................................................................2 - ........................................................................................3 - A execução corre por apenso, excepto quando, em comarca

com competência executiva específica, a sentença haja sido pro-ferida por tribunal com competência específica cível ou com com-petência genérica e quando o processo tenha entretanto subidoem recurso, casos em que corre no traslado, sem prejuízo dapossibilidade de o juiz da execução poder, se entender convenien-te, apensar à execução o processo já findo.

ARTIGO 94.º[...]

1 - Salvos os casos especiais previstos noutras disposições, écompetente para a execução o tribunal do domicílio do executado,podendo o exequente optar pelo tribunal do lugar em que a obri-gação deva ser cumprida quando o executado seja pessoa colecti-va ou quando, situando-se o domicílio do exequente na área me-tropolitana de Lisboa ou do Porto, o executado tenha domicílio namesma área metropolitana.

2 - ........................................................................................3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................

ARTIGO 110.º[...]

1 - ........................................................................................

a) Nas causas a que se referem o artigo 73.º, a primeira partedo n.º 1 e o n.º 2 do artigo 74.º, os artigos 83.º, 88.º e 89.º,o n.º 1 do artigo 90.º, a primeira parte do n.º 1 e o n.º 2 doartigo 94.º;

b) .........................................................................................

c) .........................................................................................2 - ........................................................................................3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................

ARTIGO 808.º[...]

1 - ........................................................................................2 - As funções de agente de execução são desempenhadas por

solicitador de execução designado pelo exequente de entre os ins-critos em qualquer comarca; na falta de designação pelo exequente,são essas funções desempenhadas por solicitador de execuçãodesignado pela secretaria, nos termos do artigo 811.º-A, de entreos inscritos na comarca e nas comarcas limítrofes ou, na sua falta,de entre os inscritos em outra comarca do mesmo círculo judicial;não havendo solicitador de execução inscrito no círculo ou ocor-rendo outra causa de impossibilidade, são as funções de agente deexecução, com excepção das especificamente atribuídas aosolicitador de execução, desempenhadas por oficial de justiça,determinado segundo as regras da distribuição.

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Boletim do Contribuinte 413

LEGISLAÇÃO

3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................5 - As diligências que impliquem deslocação para fora da área

da comarca da execução e suas limítrofes, ou da área metropolita-na de Lisboa ou do Porto no caso de comarca nela integrada,podem ser efectuadas, a solicitação do agente de execução desig-nado e, sendo este solicitador, sob sua responsabilidade, por agentede execução dessa área; a solicitação do oficial de justiça é dirigidaà secretaria do tribunal da comarca da área da diligência, por meiotelemático ou, não sendo possível, por comunicação telefónica oupor telecópia.

6 - ........................................................................................7 - ...................................................................................... »

ARTIGO 2.ºAditamento ao Código de Processo Civil

É aditado ao Código de Processo Civil o artigo 138.º-A,com a seguinte redacção:

«ARTIGO 138.º-ATramitação electrónica

A tramitação dos processos é efectuada electronicamente emtermos a definir por portaria do Ministro da Justiça, devendo asdisposições processuais relativas a actos dos magistrados e dassecretarias judiciais ser objecto das adaptações práticas que serevelem necessárias.»

ARTIGO 3.ºAlteração ao Estatuto da Câmara dos Solicitadores

O artigo 128.º do Estatuto da Câmara dos Solicitadores,aprovado pelo Decreto-Lei n.º 88/2003, de 10 de Setembro,passa a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 128.º[...]

1 - O solicitador de execução pode delegar noutro solicitadorde execução a competência para a prática de todos ou de determi-nados actos num processo, comunicando prontamente tal facto àparte que o designou e ao tribunal.

2 - Quando a designação haja sido feita pelo exequente eaceite pelo solicitador de execução, a delegação de competênciapara a prática de todos os actos num processo carece de consen-timento do exequente, que pode indicar o solicitador de execuçãoa quem pretende ver delegada a competência.

3 - Se a delegação for apenas para a prática de determinadosactos num processo, o solicitador delegante mantém-se respon-sável a título solidário.

4 - Passa a ser titular do processo o solicitador de execuçãoque aceite a delegação de competência para a prática de todos osactos nesse processo, cessando a responsabilidade do deleganteno momento em que se efectivar a delegação de competência.

5 - À delegação prevista no presente artigo aplica-se ainda oRegulamento de Delegação de Processos, aprovado pelo conse-lho geral da Câmara dos Solicitadores.»

ARTIGO 4.ºAlterações ao regime anexo ao Decreto-Lei n.º 269/98,

de 1 de Setembro (2)

Os artigos 10.º e 11.º do regime anexo ao Decreto-Lei n.º269/98, de 1 de Setembro, com a redacção dada pela Declara-ção de Rectificação n.º 16-A/98, de 30 de Setembro, e alteradopelos Decretos-Leis n.os 383/99, de 23 de Setembro, 183/2000,de 10 de Agosto, 323/2001, de 17 de Dezembro, 32/2003, de 17de Fevereiro, 38/2003, de 8 de Março, 324/2003, de 27 de De-zembro, com a redacção dada pela Declaração de Rectificaçãon.º 26/2004, de 24 de Fevereiro, e 107/2005, de 1 de Julho, coma redacção dada pela Declaração de Rectificação n.º 63/2005,de 19 de Agosto, passam a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 10.º[...]

1 - ........................................................................................2 - No requerimento, deve o requerente:

a) .........................................................................................

b) .........................................................................................

c) .........................................................................................

d) .........................................................................................

e) .........................................................................................

f) ..........................................................................................

g) .........................................................................................

h) .........................................................................................

i) ..........................................................................................

j) ..........................................................................................

l) Indicar o tribunal competente para apreciação dos autos seforem apresentados à distribuição;

m) [Anterior alínea l).]

n) [Anterior alínea m).]3 - ........................................................................................4 - (Anterior n.º 5.)5 - (Anterior n.º 6.)6 - (Anterior n.º 7.)

ARTIGO 11.º[...]

1 - ........................................................................................

a) Não estiver endereçado à secretaria judicial competente ounão respeitar o disposto na alínea l) do n.º 2 do artigoanterior;

b) .........................................................................................

c) .........................................................................................

d) .........................................................................................

e) .........................................................................................f) ................................................................................

g) .........................................................................................

h) .........................................................................................2 - ...................................................................................... »

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Boletim do Contribuinte414

LEGISLAÇÃO

ARTIGO 5.ºAlteração ao Decreto-Lei n.º 202/2003, de 10 de Setembro (3)

O artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 202/2003, de 10 de Setembro,passa a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 2.º[...]

1 - Sempre que os meios técnicos assim o permitam, na trans-missão de quaisquer documentos, informações, notificações ououtras mensagens dirigidas ao solicitador de execução, deve asecretaria judicial utilizar meios telemáticos que garantam a segu-rança das comunicações, designadamente as respectivasconfidencialidade e fiabilidade, bem como a identificação inequí-voca do transmissor e do destinatário.

2 - Na transmissão de quaisquer documentos, informações ououtras mensagens dirigidas à secretaria judicial, deve o solicitadorde execução utilizar os mesmos meios telemáticos referidos nonúmero anterior, sempre que os meios técnicos assim o permitam.

3 - ........................................................................................4 - ...................................................................................... »

ARTIGO 6.ºAplicação no tempo

A presente lei aplica-se apenas às acções e aos requeri-mentos de injunção instauradas ou apresentados depois dasua entrada em vigor.

N.R. 1 - Ainda sobre as mais recentes alterações ao Código deProcesso Civil é de salientar as introduzidas aos artigos aos 678º,930º e 930º-A, e o aditamento ao mesmo Código dos novos artigos930º-B a 930º- E, pela Lei nº 6/2006, de 27.2 (diploma que aprovou onovo regime do arrendamento urbano). Por outra parte, também foirevogado o artigo 1497.º do Código de Processo Civil pelo art. 61º doDecreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, transcrito no Bol. doContribuinte, 2006, pág. (diploma que Actualiza e flexibiliza os mo-delos de governo das sociedades anónimas, adopta medidas de sim-plificação e eliminação de actos e procedimentos notariais e registraise aprova o novo regime jurídico da dissolução e da liquidação deentidades comerciais) com efeitos a 30 de Junho próximo. Estediploma assim como o regime de dissolução e da liquidação de entida-des comerciais encontra-se disponível no nosso site emwww.boletimdocontribuinte.pt, menu Legislação.

2 - O regime da acção declarativa especial para o cumprimento deobrigações pecuniárias e de procedimento de injunção, aprovado peloDL nº 269/98, de 1.9, foi publicado no Boletim do Contribuinte,2005, pág. 590, já com as alterações que lhe foram efectuadas pelo DLnº 107/2005, de 1.7 e com a rectificação nº 63/2005, de 19.8.

3 - DL nº 202/2003, de 10.9, aprovou o regime das comunicaçõespor meios telemáticos entre as secretarias judiciais e os solicitadoresde execução previsto no C. P. C..

4 - O DL nº 107/2005, de 1.7, foi publicado no Bol. doContribuiunte, 2005, pág. 523

5 - Finalmente, salientamos que pela Portaria nº 436-A/2006, de2.5, foi alterada a Port. nº 708/2003, de 4.8, relativa à remuneração ereembolso das despesas do solicitador de execução no exercício daactividade de agente de axecução.

Crédito ao consumo

Taxa anual de encargos efectiva global (TAEG)

Publicidade quanto à taxa a aplicar

Alterações ao regime jurídico

do crédito ao consumo

estabelecido pelo DL n.º 359/91, de 21.9

Decreto-Lei n.º 82/2006

de 3 de Maio

(in DR, nº 85, I Série A, de 3.5.2006)

O Decreto-Lei n.º 359/91, de 21 de Setembro, procedeu à trans-posição para a ordem jurídica nacional das Directivas do Conselhodas Comunidades Europeias n.os 87/102/CEE, de 22 de Dezembro de1986, e 90/88/CEE, de 22 de Fevereiro, relativas ao crédito ao consu-mo.

A prática tem demonstrado que a aplicação daquele decreto-lei,com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 101/2000, de 2de Junho, não tem garantido uma eficaz transparência das comunica-ções comerciais dirigidas aos consumidores, pondo assim em causa asua capacidade para, de forma consciente e esclarecida, formarem asua vontade de contratar.

Assim, por este motivo, o presente decreto-lei vem estabelecerque a taxa anual de encargos efectiva global (TAEG) deve ser apresen-tada sistematicamente em todas as comunicações comerciais, e não sóquando seja mencionada a taxa de juros ou outro valor relacionadocom o custo do crédito.

Deste modo, toda a comunicação comercial deve indicar a TAEGpara cada modalidade de crédito que vise promover, mesmo quandose apresente o crédito como gratuito, sem juros ou se utilize na men-sagem uma outra expressão equivalente.

Com este alargamento da obrigatoriedade de indicar a TAEG,pretende-se dar mais transparência ao mercado do crédito ao consu-mo e, simultaneamente, prevenir comportamentos menos cuidadosospor parte dos consumidores no recurso ao crédito, contribuindo-se,assim, para a diminuição do risco de sobreendividamento das famíliase dos consumidores.

Nesse sentido, estabelece-se a obrigatoriedade de indicação daTAEG, de forma legível e perceptível, nas comunicações comerciais,incluindo a publicidade, relativas ao crédito ao consumo.

Foi promovida a audição dos membros do Conselho Nacional doConsumo.

Foram ouvidas a União Geral dos Consumidores, a FederaçãoNacional das Cooperativas de Consumo e a Associação dos Consu-midores da Região Autónoma dos Açores.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o

Governo decreta o seguinte:

ARTIGO 1.ºAlteração ao Decreto-Lei n.º 359/91, de 21 de Setembro

Os artigos 5.º e 17.º do Decreto-Lei n.º 359/91, de 21 deSetembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 101/2000, de 2 de Ju-nho, passam a ter a seguinte redacção:

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Boletim do Contribuinte 415

LEGISLAÇÃO

«ARTIGO 5.ºComunicações comerciais

1 - Sem prejuízo das normas aplicáveis em geral à actividadepublicitária, toda a comunicação comercial, incluindo a publicida-de, em que um agente económico se proponha conceder créditoou servir de intermediário para a celebração de contratos de crédi-to deve indicar sempre a TAEG para cada modalidade de créditoa que essa comunicação se refere, mesmo que apresente o créditocomo gratuito, sem juros ou utilize expressões equivalentes.

2 - Se, em função das condições concretas do crédito, houverlugar à aplicação de diferentes TAEG, devem ser indicadas todasas TAEG aplicáveis.

3 - A indicação da TAEG que, pelo seu tratamento gráfico ouáudio-visual, não seja facilmente legível ou perceptível pelo con-sumidor não cumpre o disposto nos números anteriores.

4 - (Anterior n.º 2.)

ARTIGO 17.º[...]

1 - A infracção ao disposto no artigo 5.º constitui contra-ordenação punível com coima de A1746 a A 3740 ou de A 5000 aA 40 000, consoante o infractor seja pessoa singular ou colectiva.

2 - ...................................................................................... »

ARTIGO 2.ºEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no prazo de 60 diasapós a data da sua publicação.

N.R. 1 - O DL nº 359/91, de 21.9, foi publicado no Bol. doContribuinte, 1991, pág. 412. Posteriormente, este diploma foi ob-jecto de rectificação pela declaração de rectificação nº 199-B/91, de21.9.

2 – O DL nº 101/2000, de 2.6, transcrito no Bol. do Contribuinte,2000, pág. 422 e seguintes, aprovou novos anexos I (relativo à equa-ção base que traduz a equivalência entre os empréstimos e os reem-bolsos e encargos), e II (exemplos de cálculo da taxa anual de encargosefectiva global com base no calendário /365 dias ou 366 para os anosbissextos e cálculo da TAEG com base num ano normalizado, ou seja:1 ano = 365 dias, 52 semanas ou 12 meses iguais), ao DL nº 359/91atrás referido.

Regime da primeira venda

de pescado fresco

Normas que regulam a autorização de primeira

venda de pescado fresco fora das lotas

Portaria n.º 197/2006

de 23 de Fevereiro

(in DR, nº 39, I Série b, de 23.2.2006)

O regime legal da primeira venda de pescado fresco, vertido noDecreto-Lei n.º 81/2005 * , de 20 de Abril, tem como preocupaçõesgarantir as melhores condições higio-sanitárias e de comercializaçãodo pescado fresco, não só na perspectiva do consumidor final, comodos operadores económicos do sector.

Reconhece-se porém, como aliás já consta do articulado do citadodiploma, que existem circunstâncias, relacionadas com o exercício dapesca sem auxílio de embarcações, que acarretam excessivas dificul-dades na deslocação à lota mais próxima, com particular destaquesempre que esta se encontre a uma distância considerável do localhabitual de operação.

A verificação de tais circunstâncias, conforme decorre do n.º 4 doartigo 1.º do Decreto-Lei n.º 81/2005, permite que o membro do Go-verno responsável pelo sector das pescas possa adoptar, por porta-ria, medidas específicas relativas ao regime da primeira venda de pes-cado.

Entende-se estarem actualmente reunidas todas as condições querecomendam a criação das citadas medidas específicas, pelo que seconsagra no presente diploma a possibilidade de titulares de licençade apanhador de animais marinhos e de pesca apeada realizarem avenda do pescado capturado, directamente ao consumidor final, acertos estabelecimentos comerciais ou a estabelecimentos que laboremprodutos da pesca.

Assim:Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvi-

mento Rural e das Pescas, ao abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 1.ºdo Decreto-Lei n.º 81/2005, de 20 de Abril, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjecto

A presente portaria estabelece as normas que regulam aautorização de primeira venda de pescado fresco fora das lotas.

ARTIGO 2.ºÂmbito

1 - Os titulares de licença de apanhador de animais mari-nhos e de pesca apeada podem ser autorizados pela Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA) a efectuar a venda dopescado capturado, directamente ao consumidor final, a es-

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Boletim do Contribuinte416

LEGISLAÇÃO

tabelecimentos comerciais retalhistas que abasteçam o consu-midor final ou a estabelecimentos licenciados para laboraçãode produtos da pesca.

2 - A venda de moluscos bivalves, gastrópodes marinhos,equinodermes e tunicados, vivos, a estabelecimentos comer-ciais grossistas e retalhistas ou ao consumidor final só podeser realizada depois de depurados e ou expedidos por um cen-tro de depuração e ou de expedição.

ARTIGO 3.ºProcedimento

O pedido de autorização deve ser feito por escrito à DGPA,acompanhado de certidões comprovativas de que o requeren-te se encontra inscrito na segurança social e na administraçãofiscal para o exercício da actividade da pesca.

ARTIGO 4.ºValidade da autorização

As autorizações dadas pela DGPA têm a validade corres-pondente ao ano civil em que são concedidas ou ao períodode tempo que falte para o completar.

ARTIGO 5.ºDocumentos de acompanhamento

1 - Sempre que haja lugar à movimentação do pescadocapturado pelos titulares da autorização a que se referem osartigos anteriores deve, a mesma, ser acompanhada, desde olocal da captura ou descarga, até à conclusão da respectivavenda, ou até à sua entrada num centro de depuração ou numcentro de expedição, no caso dos moluscos bivalves,gastrópodes marinhos, equinodermes e tunicados, vivos, porguias de transporte de modelo aprovado pela DGPA.

2 - As guias de transporte a que se refere o número anteriorsão adquiridas na sede da DGPA ou suas direcções regionaispelos titulares da autorização que, para o efeito, devem cum-prir com as seguintes formalidades:

a) Preencher, no momento da aquisição, o nome do titular e onúmero da respectiva licença de pesca, no livro de guias;

b) Manter, durante o prazo mínimo de 12 meses, as cópiasdas guias emitidas.

ARTIGO 6.ºObrigações dos titulares de autorizações

1 - Os titulares das autorizações previstas no presente di-ploma são obrigados a:

a) Garantir que o pescado reúne condições de higiene esalubridade, nos termos da legislação aplicável;

b) Adoptar procedimentos relativos à produção primária eactividades conexas;

c) Adoptar manuais de boas práticas;

d) Sujeitar as embarcações e outros meios utilizados notransporte de pescado a inspecção das autoridadescompetentes, sempre que tal lhes seja solicitado.

2 - Ficam ainda obrigados a apresentar nos serviços daDOCAPESCA mais próximos da área de residência respectiva,até cinco dias após o final de cada quinzena, os duplicadosdas notas de venda referentes à produção da quinzena anteri-or, em modelo aprovado pela DGPA, acompanhados dos mon-tantes referentes aos descontos das contribuições para a se-gurança social, do imposto sobre o valor acrescentado (IVA),quando aplicável, e da taxa de registo.

3 - As notas de venda a que se refere o número anterior sãoadquiridas na sede da DGPA ou suas direcções regionais pe-los titulares da autorização, que, para o efeito, devem cumpriras seguintes formalidades:

a) Preencher o nome do titular e o número da respectivalicença de pesca, no livro de notas de venda, no mo-mento da aquisição;

b) Emitir cada nota de venda em triplicado, destinando-seo original a acompanhar o pescado vendido, o duplica-do a ser entregue na lota da DOCAPESCA respectiva eo triplicado a ser arquivado pelo titular durante o prazomínimo de 12 meses.

ARTIGO 7.ºConservação de documentos

A DGPA mantém, pelo prazo de três anos, um registo doslivros de guias de transporte e de notas de vendas vendidos,com indicação dos números sequenciais das mesmas, junta-mente com a identificação dos adquirentes.

ARTIGO 8.ºTaxa de registo

A taxa de registo a que se refere o n.º 2 do artigo 7.º é fixadapela DOCAPESCA, não podendo, no entanto, o seu valor sersuperior a 50% da taxa cobrada ao produtor na venda em lota.

ARTIGO 9.ºEntrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao dasua publicação.

NR. * O DL nº 81/2005, de 20.4, em vigor desde 21 de Abril de2005, foi transcrito no Bol.do Contribuinte, 2005,. Pág. 317 e seguin-tes.

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Boletim do Contribuinte 417

SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS

Período de 10 de Abril a 10 de Maio

PRIME (ENERGIA)

- Despacho n.º 9680/2006 (2.ª série), de 3 de Maio

(DR n.º 85, II Série, pág. 6345)

Suspende temporariamente a apresentação de propostas deideia à Medida de Apoio à Criação de Novas Infra-EstruturasTecnológicas e às Actuais Infra-Estruturas Tecnológicas, daFormação e da Qualidade;

- Despacho n.º 9681/2006 (2.ª série), de 3 de Maio

(DR n.º 85, II Série, pág. 6345)

Determina a reabertura de candidaturas até 31 de Maio de 2006,no que respeita aos projectos desconcentrados referentes àregião do Algarve no âmbito da Medida de Apoio aoAproveitamento do Potencial Energético e Racionalização deConsumos (MAPE), e da medida de apoio “Modernização edesenvolvimento das infra-estruturas energéticas”;

PRIME (TURISMO)

- Despacho n.º 9763/2006 (2.ª série), de 4 de Maio

(DR n.º 86, II Série, pág. 6457)

Determina a abertura da 3.ª fase de apresentação de candidaturasao sistema de incentivos a produtos turísticos de vocaçãoestratégica (SIVETUR), estabelecendo o respectivo prazo, adotação orçamental e âmbito geográfico.

AGRICULTURA

- Portaria n.º 351/2006, de 11 de Abril

(DR n.º 72, I Série-B, pág. 2753)

Adita o n.º 3.º-A à Portaria n.º 457/2005, de 2 de Maio, queestabelece para o continente as normas complementares deexecução do regime de apoio à reconversão e reestruturaçãodas vinhas e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis àconcessão das ajudas previstas;

- Despacho Normativo n.º 23/2006, de 11 de Abril

(DR n.º 72, I Série-B, pág. 2754)

Altera o artigo 8.º do Despacho Normativo n.º 6/2005, queestabelece o procedimento e os critérios de rateio a aplicar atodas as declarações prévias de intenção de plantar (DPIP)apresentadas ao abrigo do Despacho Normativo n.º 1/2002, de29 de Novembro;

- Despacho Normativo n.º 24/2006, de 11 de Abril

(DR n.º 72, I Série-B, pág. 2754)

Altera o Despacho Normativo n.º 2/2006, de 12 de Janeiro[determina que seja definida anualmente, no decorrer do mêsde Junho, e fixada no portal do Ministério da Agricultura, doDesenvolvimento Rural e das Pescas a superfície nacionalgarantida para efeitos de atribuição da ajuda aos agricultoresque produzam frutos de casca rija, nos termos previstos no n.º2 do artigo 83.º do Regulamento (CE) n.º 1782/2003, do Conselho,de 29 de Setembro];

- Portaria n.º 391/2006, de 24 de Abril(DR n.º 80, I Série-B, págs. 2892 a 2896)

Altera os artigos 3.º e 5.º do Regulamento do Regime de Ajudasà Prevenção e Melhoramento Genético das Raças Autóctones,Raças Exóticas e Raça Bovina Frísia, da subacção«Desenvolvimento de outros serviços à agricultura», da acção«Serviços à agricultura», da medida AGRIS, aprovado pelaPortaria n.º 1109-A/2000, de 27 de Novembro;

- Portaria n.º 424/2006, de 2 de Maio(DR n.º 84, I Série-B, págs. 3149 a 3157)

Altera a Portaria n.º 1202/2004, de 17 de Setembro, que estabeleceas regras nacionais complementares relativas ao primeiro anode aplicação do regime de pagamento único, instituído pelareforma da Política Agrícola Comum de 2003;

- Portaria n.º 425/2006, de 2 de Maio(DR n.º 84, I Série-B, pág. 3157)

Altera a Portaria n.º 558/2005, de 28 de Junho, que estabelecenormas complementares de execução do regime de apoio àreconversão e reestruturação das vinhas e fixa os procedimentosadministrativos aplicáveis à concessão das ajudas previstas naregulamentação comunitária para a campanha de 2005-2006;

- Despacho Normativo n.º 26/2006, de 2 de Maio(DR n.º 84, I Série-B, págs. 3157 a 3159)

Altera o Despacho Normativo n.º 42/2004, de 26 de Outubro,que estabelece o método de cálculo do montante de referênciae do número de direitos a atribuir aos agricultores que secandidatem à reserva nacional no âmbito do regime depagamento único;

- Despacho Normativo n.º 27/2006, de 3 de Maio(DR n.º 85, I Série-B, pág. 3214)

Altera o Despacho Normativo n.º 16/2006, de 26 de Janeiro, queestabelece o regime de ajudas no âmbito do sistema integradode gestão e controlo (SIGC);

- Portaria n.º 442/2006, de 10 de Maio(DR n.º 90, I Série-B, págs. 3326 a 3330)

Estabelece, para o continente, as normas complementares deexecução do regime de apoio à reconversão e reestruturaçãodas vinhas e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis àconcessão das ajudas previstas para a campanha vitivinícola de2006-2007.

PESCAS

- Portaria n.º 392/2006, de 24 de Abril(DR n.º 80, I Série-B, págs. 2896 a 2897)

Altera o Regulamento do Regime de Apoio à Construção deNovas Embarcações de Pesca, anexo à Portaria n.º 1078/2000,de 8 de Novembro;

- Portaria n.º 393/2006, de 24 de Abril(DR n.º 80, I Série-B, pág. 2897)

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Boletim do Contribuinte418

SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS

Período de 10 de Abril a 10 de Maio

Altera o n.º 3 do artigo 13.º do Regulamento do Regime de Apoioà Transformação e Comercialização dos Produtos da Pesca e daAquicultura;

- Portaria n.º 394/2006, de 24 de Abril(DR n.º 80, I Série-B, págs. 2897 a 2898)

Altera o Regulamento do Regime de Apoio ao Desenvolvimentoda Aquicultura, anexo à Portaria n.º 1083/2000, de 9 deNovembro;

- Portaria n.º 438/2006, de 8 de Maio(DR n.º 88, I Série-B, págs. 3256 a 3257)

Altera o anexo da Portaria n.º 36/2005, de 17 de Janeiro, queestabelece as regras nacionais de implementação do sistema decontrolo da condicionalidade previstas nos artigos 4.º e 5.º doRegulamento (CE) n.º 1782/2003, do Conselho, de 29 de

Setembro, e no Regulamento (CE) n.º 796/2004, da Comissão,de 21 de Abril;

- Despacho Normativo n.º 29/2006, de 8 de Maio(DR n.º 88, I Série-B, págs. 3258 a 3259)

Altera o Regulamento do Programa de Apoios a Conceder peloFundo Florestal Permanente em 2005 e 2006, aprovado emanexo ao Despacho Normativo n.º 35/2005, de 25 de Julho.

EDUCAÇÃO

- Portaria n.º 353/2006, de 11 de Abril(DR n.º 72, I Série-B, págs. 2755 a 2756)

Estabelece os apoios financeiros a vigorar durante o ano lectivode 2005-2006 nas associações e cooperativas de ensinoespecial.

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Boletim do Contribuinte 419

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

O Decreto-Lei n.º 8-B/2002 (1), de 15 de

Janeiro, operou significativas alterações no

âmbito do processo de inscrição de contribuin-

tes, da respectiva conta corrente e da gestão,

cobrança e pagamento das contribuições, áreas

que reclamavam uma sistematização e definição

de normas num único diploma legislativo, de

forma a garantir uma maior eficácia da gestão do

processo de arrecadação e cobrança das con-

tribuições e quotizações de segurança social.

Porém, tal diploma exclui do seu âmbito de

aplicação as pessoas singulares e as pessoas

colectivas que sejam entidades empregadoras

com sede, direcção efectiva, domicílio profis-

sional ou residência na Região Autónoma da

Madeira.

Com base no princípio da unidade, comple-

mentaridade e harmonização do sistema de

segurança social constante da lei de bases da

segurança social, importa proceder à aplicação

e adaptação do referido Decreto-Lei n.º 8-B/

2002, de 15 de Janeiro, operando as necessárias

ressalvas inerentes às especificidades da estru-

tura e das competências do Centro de Segurança

Social da Madeira como instituição de seguran-

ça social da Região Autónoma da Madeira.

Assim:

A Assembleia Legislativa da Região Autó-

noma da Madeira decreta, nos termos da alínea

a) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição da

República Portuguesa, da alínea c) do n.º 1 do

artigo 37.º e da alínea m) do artigo 40.º do

Estatuto Político-Administrativo da Região

Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º

13/91, de 5 de Junho, e revisto pelas Leis n.º

130/99, de 21 de Agosto, e 12/2000, de 21 de

Junho, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjecto

O presente diploma aplica à RegiãoAutónoma da Madeira, com as necessá-rias adaptações, as regras destinadas a

assegurar a inscrição das entidades em-pregadoras no sistema de segurança so-cial e a gestão do processo de cobrançae pagamento das contribuições e quoti-zações devidas à segurança social cons-tantes do Decreto-Lei n.º 8-B/2002 (1), de15 de Janeiro.

ARTIGO 2.ºÂmbito de aplicação

1 - O presente diploma aplica-se àspessoas singulares e às pessoas colecti-vas que sejam entidades empregadorascom sede, direcção efectiva, domicílioprofissional ou residência no território daRegião Autónoma da Madeira.

2 - Excluem-se do disposto no pre-sente diploma as pessoas singulares eas pessoas colectivas que sejam entida-des empregadoras com sede, direcçãoefectiva, domicílio profissional ou resi-dência no território nacional continentale ou na Região Autónoma dos Açores,ainda que detenham estabelecimentos oulocais de trabalho na Região Autónomada Madeira.

ARTIGO 3.ºCompetência para a inscrição

O Centro de Segurança Social daMadeira, doravante designado porCSSM, é competente para proceder à ins-crição, como contribuintes, das pessoassingulares e das pessoas colectivasabrangidas pelo presente diploma, aindaque estas detenham locais de trabalhoou estabelecimentos no território nacio-

nal continental e ou na Região Autóno-ma dos Açores.

ARTIGO 4.ºAdaptação de competências

1 - As referências feitas ao Institutode Gestão Financeira da Segurança Soci-al no artigo 20.º, nos n.os 1, 2 e 5 do arti-go 23.º e no artigo 32.º e ao Instituto deSolidariedade e Segurança Social no arti-go 32.º, todos do Decreto-Lei n.º 8-B/2002, de 15 de Janeiro, reportam-se, naRegião Autónoma da Madeira, ao CSSM.

2 - As referências feitas ao Institutode Segurança Social no n.º 1 do artigo11.º, no n.º 5 do artigo 23.º e no artigo 30.ºdo Decreto-Lei n.º 8-B/2002, de 15 de Ja-neiro, por força da extinção das delega-ções distritais do Instituto de Gestão Fi-nanceira da Segurança Social, operada

pelo Decreto-Lei n.º 112/2004 (2), de 13 deMaio, reportam-se, na Região Autónomada Madeira, ao CSSM.

3 - A referência feita ao Diário da Re-pública no n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 8-B/2002, de 15 de Janeiro, repor-ta-se, na Região Autónoma da Madeira,ao Jornal Oficial da Região Autónoma daMadeira.

ARTIGO 5.ºDeclaração de início de actividade

1 - A data de início da actividade, de-clarada para efeitos fiscais, deve ser co-municada oficiosamente pelos competen-tes serviços da administração fiscal aoCSSM, nos termos que vierem a ser esta-belecidos em portaria conjunta dos mem-bros do Governo Regional que tutelam asáreas da segurança social e das finanças.

2 - Nos casos em que a comunicaçãoda declaração de início do exercício deactividade não tenha lugar nos termosreferidos no número anterior, compete aoCSSM a obtenção dos elementos neces-sários, sem prejuízo do dever de partici-pação e colaboração das entidades em-pregadoras.

3 - A data de início do exercício de

SEGURANÇA SOCIAL

Adapta à Região Autónoma da Madeira as regras

destinadas a assegurar a inscrição das entidades

empregadoras no sistema de segurança social

e a gestão do processo de cobrança e pagamento

das contribuições e quotizações devidas

à segurança social

Aplicação do Dec.-Lei n.º 8-B/2002, de 15.1

Decreto Legislativo Regional n.º 12/2006/M, de 20 de Abril

(in DR, nº 78, I Série A, de 20.4.2006)

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Boletim do Contribuinte420

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

actividade comunicada nos termos dodisposto no n.º 1 constitui, para efeitosdo presente diploma, presunção ilidível,mediante a apresentação de prova emcontrário.

ARTIGO 6.ºReceitas do CSSM

Os valores das contribuições, quoti-zações e correspondentes juros de mora,arrecadados por força do presente diplo-ma, constituem receitas do CSSM.

ARTIGO 7.ºBeneficiário dos cheques

1 - A entidade beneficiária dos che-ques para pagamento de valores devidosé o Centro de Segurança Social da Madei-ra, podendo a sua identificação ser abre-viada para CSSM, e devem conter, no ver-so, o número de identificação fiscal.

2 - Os cheques remetidos por correioe os vales postais devem ser acompa-nhados da indicação dos seguintes ele-mentos:

a) Número de identificação fiscal;b) Ano e mês a que se refere o paga-

mento;

c) Valor a pagar;d) Número de identificação de segu-

rança social.

ARTIGO 8.ºLocal de entrega e condiçõesde recepção da declaração

de remunerações

1 - A declaração de remunerações éentregue via Internet, em suporte digitalou em suporte de papel, nos termos a regu-lamentar por despacho do secretário regio-nal que tutela a área da segurança social.

2 - Não serão aceites, pelos serviçosde recepção, as declarações de remunera-ções relativas à liquidação de contribui-ções sempre que se verifique o seu incor-recto preenchimento, não seja corrigidonos termos e nos prazos da legislação emvigor ou quando não se verifique inscri-ção anterior ou simultânea dos novos be-neficiários incluídos na declaração.

ARTIGO 9.ºGestão do processo de arrecadação

e cobrança das contribuições

1 - Compete ao CSSM, com obser-vância do âmbito de aplicação fixado noartigo 2.º do presente diploma, assegurar

a gestão do processo de arrecadação ecobrança das contribuições, quotizaçõese correspondentes juros de mora, cons-tituindo os referidos valores receitas cor-rentes do mesmo.

2 - Para efeitos do disposto no núme-ro anterior, o CSSM pode acordar na pres-tação dos serviços que considere conve-nientes com outras instituições do siste-ma de segurança social ou, mediante des-pacho do membro do Governo Regionalque tutela a área da segurança social, comoutras entidades públicas ou privadasdevidamente habilitadas para o efeito.

ARTIGO 10.ºLocal de pagamento

O pagamento, pelos contribuintes,dos valores devidos a título de contri-buições, quotizações e ou juros de mora,bem como de valores constantes de do-cumentos previamente emitidos paraesse efeito, é efectuado:

a) Nas instituições de crédito que,para o efeito, celebrem acordo como CSSM ou com o Instituto deGestão Financeira da SegurançaSocial;

b) Nas tesourarias do CSSM, nos ter-mos a regulamentar por despachodo secretário regional que tutelaa área da segurança social;

c) Por remessa de meio de pagamen-to pelo correio, sob registo pos-tal, para o CSSM.

ARTIGO 11.ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor nodia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 – O DL nº 8-B/2002, de 15.1,

transcrito no Bol. do Contribuinte, 2002, pág.

123, aprovou as regras destinadas a assegurar a

inscrição das entidades empregadoras no siste-

ma de segurança social e a gestão do processo

de cobrança e pagamento das contribuições e

quotizações devidas à segurança social.

2 – O DL nº 112/2004, de 13.5, alterou os

Estatutos do Instituto de Gestão Financeira da

Segurança Social, aprovados pelo DL nº 260/

99, de 7.7, e do Instituto de Solidariedade e

Segurança Social, constantes do DL nº 316-A/

2000, de 7.12.

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Boletim do Contribuinte 421

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

3 - A avaliação do desempenho refe-rente ao ano de 2005 nos serviços e or-ganismos assim como nas carreiras deregime especial e corpos especiais quenão tenham um sistema de avaliação dedesempenho específico e que não este-jam a proceder à aplicação directa do SI-ADAP efectua-se de acordo com o siste-ma de classificação revogado pela Lei n.º10/2004 (1), de 22 de Março, sendo fixadaa percentagem máxima de 25% para a clas-sificação mais elevada, a aplicar nos ter-mos do n.º 2 do artigo 9.º do Decreto Re-gulamentar n.º 19-A/2004 (2), de 14 deMaio.

ARTIGO 3.ºSuprimento da avaliação

do desempenho

1 - Quando a classificação seja ne-cessária para os efeitos previstos no nú-mero seguinte e enquanto não tiver sidoatribuída nos termos referidos nos arti-gos anteriores, é aplicável o disposto nosartigos 18.º e 19.º do Decreto Regulamen-tar n.º 19-A/2004 (2), de 14 de Maio, comas necessárias adaptações.

2 - As classificações atribuídas emsede de suprimento de avaliação relevamapenas para efeitos de apresentação aconcurso e de progressão.

3 - Os casos de suprimento de avali-ação não são considerados para aplica-ção das percentagens máximas de atri-buição das classificações de Muito bome de Excelente.

4 - Os direitos previstos nos n.os 2 a5 do artigo 15.º da Lei n.º 10/2004 (1), de22 de Março, não podem ser conferidosquando a avaliação de desempenho te-

A Assembleia da República decreta, nostermos da alínea c) do artigo 161.º da Consti-

tuição, o seguinte:

ARTIGO 1.ºAvaliação do desempenho de 2004

Ao serviço prestado em 2004 pelosfuncionários, agentes e demais trabalha-dores sujeitos ao sistema integrado deavaliação do desempenho da Adminis-tração Pública (SIADAP), criado pela Lein.º 10/2004 (1), de 22 de Março, que nãotenha sido efectivamente avaliado segun-do aquele sistema corresponde a classi-ficação que venha a ser atribuída relati-vamente ao desempenho do ano de 2005,nos termos dos artigos 2.º e 3.º desta lei.

ARTIGO 2.ºAvaliação do desempenho de 2005

1 - Sem prejuízo do disposto nos nú-meros seguintes, a avaliação do desem-penho referente ao ano de 2005 efectua-se nos termos da Lei n.º 10/2004 (1), de 22de Março, e do Decreto Regulamentar n.º19-A/2004 (2), de 14 de Maio, ou dos sis-temas de avaliação de desempenho es-pecíficos aprovados ao abrigo do n.º 3do artigo 2.º ou do artigo 21.º da Lei n.º10/2004 (1), de 22 de Março.

2 - A avaliação do desempenho refe-rente ao ano de 2005 nos serviços e orga-nismos, assim como nas carreiras de regi-me especial e corpos especiais, que dispo-nham de um sistema de avaliação de de-sempenho específico que ainda não tenhasido adaptado ao abrigo do n.º 3 do artigo2.º ou do artigo 21.º da Lei n.º 10/2004 (1), de22 de Março, efectua-se de acordo com orespectivo sistema específico.

nha sido suprida nos termos do presenteartigo.

ARTIGO 4.ºAvaliação do desempenho de 2006

e anos seguintes

1 - Sem prejuízo do disposto no artigo6.º, a avaliação do desempenho referenteaos anos de 2006 e seguintes efectua-senos termos da Lei n.º 10/2004 (1), de 22 deMarço, e do Decreto Regulamentar n.º 19-A/2004 (2), de 14 de Maio, ou dos siste-mas de avaliação de desempenho especí-ficos adaptados ao abrigo do n.º 3 do arti-go 2.º e do artigo 21.º da Lei n.º 10/2004, de22 de Março, bem como dos sistemas es-pecíficos anteriores enquanto não vierema ser adaptados.

2 - Para os efeitos da subalínea i) daalínea e) do n.º 1 do artigo 25.º da Lei n.º2/2004 (3), de 15 de Janeiro, na redacção

dada pelo artigo 2.º da Lei n.º 51/2005 (4),de 30 de Agosto, a não aplicação do dis-posto no número anterior considera-secomo não realização de objectivos a atin-gir no decurso do exercício de funçõesdirigentes.

ARTIGO 5.ºEscalas e menções qualitativas

1 - Nas situações previstas na lei emque seja necessário ter em conta a avali-ação de desempenho ou a classificaçãode serviço e, em concreto, devam ser ti-dos em conta menções qualitativas ouvalores quantitativos resultantes da apli-cação de diversos sistemas, aplicam-seas seguintes regras:

a) Para consideração da menção qua-litativa, são usadas as que te-nham sido aplicadas no caso con-creto, independentemente do sis-tema utilizado;

b) Para consideração de valores quan-titativos, é usada a escala do SI-ADAP, devendo ser convertidasproporcionalmente para estaquaisquer outras escalas utiliza-das, com aproximação por defei-to, quando necessário.

2 - Noutras situações em que o dis-posto no número anterior não seja passí-

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sistema integrado de avaliação do desempenho

na Administração Pública - SIADAP

Fixa os termos de aplicação do SIADAP,

criado pela Lei n.º 10/2004, de 22 de Março

Lei n.º 15/2006, de 26 de Abril(in DR, nº 81, I Série A, de 26.4.2006)

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Boletim do Contribuinte422

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

vel de aplicação directa, proceder-se-á àaplicação do disposto no artigo 3.º, comas necessárias adaptações.

ARTIGO 6.ºRevisão do SIADAP

A revisão do SIADAP efectua-se nodecurso de 2006, tendo em consideraçãoa experiência decorrente da sua aplica-ção e a necessária articulação com a revi-são do sistema de carreiras e remunera-

ções e com a concepção do sistema deavaliação de serviços, de forma a ser ple-namente aplicável à avaliação do desem-penho referente aos anos de 2007 e se-guintes.

ARTIGO 7.ºEntrada em vigor

A presente lei entra em vigor no diaseguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 – A Lei nº 10/2004, de 22.3, criou

o sistema integrado de avaliação do desempe-

Considerando que a obrigação para com os

serviços de emprego - inscrição nos centros de

emprego - se verifica em primeiro lugar e só

após o cumprimento dessa formalidade po-

dem os beneficiários requerer, junto dos servi-

ços de segurança social, as prestações de de-

semprego;

Considerando que para a verificação da

situação de desemprego o desempregado deve

apresentar já, no respectivo centro de empre-

go, o modelo n.º 346-INCM, emitido pela

entidade empregadora;

Considerando que os requisitos para atri-

buição das prestações, de capacidade e dispo-

nibilidade para o trabalho, verificados pelos

centros de emprego, já são enviados à seguran-

ça social por via electrónica, através de inter-

face implementado para o efeito;

Considerando que, através do serviço de

segurança social directa, passará a estar dispo-

nível aos beneficiários do subsídio de desem-

prego a possibilidade de enviar aos serviços de

segurança social, por via electrónica, o reque-

rimento do subsídio de desemprego;

Considerando, por último, que importa

agilizar procedimentos para evitar que os re-

querentes de prestações de desemprego te-

nham que se deslocar, sucessivamente, a dois

serviços distintos:

Nos termos do artigo 65.º do Decreto-Lei

n.º 119/99 (1), de 14 de Abril, o requerimento

das prestações de desemprego é acompanhado

por declaração da entidade empregadora com-

provativa da situação de desemprego e decla-

ração do centro de emprego comprovativa da

avaliação da capacidade e da disponibilidade

para o trabalho.

O cumprimento destas obrigações exige,

actualmente, por parte dos requerentes de pres-

tações de desemprego a apresentação sucessiva

da declaração comprovativa da situação do

desemprego no centro de emprego da sua área

de residência e no centro distrital de solidarie-

dade e segurança social competente para decidir

sobre a atribuição destas prestações sociais.

Considerando o objectivo inerente ao Pro-

grama de Simplificação Administrativa e Le-

gislativa de orientar a Administração para uma

resposta pronta e eficaz às necessidades dos

cidadãos que possa contribuir para aumentar

a sua confiança nos serviços, facilitar a sua vida

quotidiana, o exercício dos seus direitos e o

cumprimento das suas obrigações e fortalecer

a tutela dos direitos fundamentais;

Considerando que importa, neste contex-

to, evitar que o beneficiário tenha de cumprir

as obrigações de exibição e entrega de prova

documental em duas entidades distintas;

Nestes termos, determino o seguinte:

1 - É facultada aos requerentes dasprestações de desemprego a possibilida-de de procederem à entrega do modelon.º 346-INCM apenas nos centros deemprego.

2 - Nos casos em que seja exercida afaculdade prevista no número anterior,devem os centros de emprego receber omodelo n.º 346-INCM e remetê-lo ao ser-viço de segurança social competente paraa atribuição das prestações de desem-prego, bem como transmitir electronica-mente a declaração comprovativa da ca-pacidade e disponibilidade para o traba-lho.

3 - O disposto nos números anterio-res não prejudica a obrigação de os re-querentes das prestações de desempre-go apresentarem o respectivo requerimen-to junto dos serviços da segurança soci-al competentes ou por via electrónica atra-vés dos serviços de segurança social di-recta.

4 - O Instituto da Segurança Social, I.P., e o Instituto do Emprego e FormaçãoProfissional, I. P., devem promover a arti-culação necessária para o cumprimentodo disposto nos números anteriores.

5 - O presente despacho produz efei-tos a partir de 3 de Abril de 2006.

N.R. 1 – O DL nº 119/99, de 14.4, publi-

cado no Bol. do Contribuinte, 1999, pág. 341,

aprovou o regime de protecção na eventualida-

de desemprego, tendo sido regulamentado pela

Port. nº 481-A/99, de 30.6, transcrita no Bol.

do Contribuinte, 1999, pág. 475.

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

Requerimento a apresentar nos termos do artigo 65.º

do Decreto-Lei n.º 119/99, de 14 de Abril

Declaração da entidade empregadora comprovativa da situaçãode desemprego e declaração do centro de emprego comprovativada avaliação da capacidade e da disponibilidade para o trabalho

Despacho n.º 8920/2006 (2.ª série)de 20 de Abril

(in DR, nº 78, II Série, de 20.4.2006)

nho da Administração Pública (SIADAP).

2 – O Dec. Regulamentar nº 19-A/2004, de

14.5, regulamentou a Lei nº 10/2004, de 22.3,

no que se refere ao sistema de avaliação do

desempenho dos dirigentes de nível intermé-

dio, funcionários, agentes e demais trabalha-

dores da administração directa do Estado e dos

institutos públicos.

3 – A Lei nº 2/2004, de 15.1, aprovou o

estatuto do pessoal dirigente dos serviços e

organismos da administração central, regional

e local do Estado.

4 – A Lei nº 51/2005, de 30.8, aprovou

regras para as nomeações dos altos cargos

dirigentes da Administração Pública.

(Continuação da pág. anterior)

Page 31: MAIO • 2ª QUINZENA MAIO • 2ª QUINZENA ANO 74º • 2006 • N 10 …bc_ed10-116d6b... · 2006-05-19 · MAIO • 2ª QUINZENABoletim do ContribuinteANO 69º • 2001 • Nº

Boletim do Contribuinte 423

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

O Governo apresentou recentementeem sede de Concertação Social as princi-pais medidas para a realização de umareforma estrutural do Sistema de Segu-rança Social, com o objectivo de garantir,futuramente, a sua sustentabilidade fi-nanceira:

- Ligar as pensões de reforma à evo-

lução da esperança de vida – Propõe-se aconcessão aos beneficiários de um direi-to de opção entre três alternativas:

• ou optam por sujeitar o valor dasua futura pensão a um ajusta-mento segundo um “factor desustentabilidade” - factor esseque terá em conta o aumento daesperança média de vida no mo-mento da reforma e, portanto, onúmero de anos que se esperapoder vir a beneficiar da pensão;

• ou optam por programar um reforçodas suas contribuições ao longoda vida activa, para que, ao atin-girem a idade da reforma, não te-

nha que haver nenhum ajusta-mento no valor da pensão.

• por último, podem ainda os benefi-ciários, se assim o preferirem, op-tar por prolongar a sua vida acti-va pelo número de meses que fornecessário para anular o efeito doreferido “factor de sustentabilida-de”;

- Acelerar a entrada em vigor da fór-

mula de cálculo das pensões aprovada em

2002 e que considera toda a carreira

contributiva – De acordo com o Gover-no, esta fórmula, já consagrada no De-creto-Lei nº 35/2002, de 19.2, mas apenaspara vigorar a partir de 2017, aumenta asustentabilidade do sistema. Torna-senecessário antecipar a entrada em vigorda mesma para uma data a acordar naconcertação social;

- Novos critérios a considerar nos

aumentos anuais das pensões - Assim, oGoverno defende que, salvaguardandosempre o poder de compra das pensões

REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL

Foi recentemente adaptado à RegiãoAutónoma da Madeira o Decreto-Lei nº8-B/2002, de 15.1 (Bol. do Contrib., 2002,pág. 123), que estabeleceu as normasdestinadas a assegurar a inscrição dasentidades empregadoras no Sistema deSegurança Social e a gestão do processode cobrança e pagamento das contribui-ções e quotizações devidas à SegurançaSocial.

O Dec. Legislativo Regional nº 12/2006/M, de 20.4, que procedeu à adapta-ção do Decreto-Lei nº 8-B/2002, aplica--se às pessoas singulares e colectivasque sejam entidades empregadoras com

mais baixas, a variação anual do valor das

pensões seja estabelecida em função do

desempenho da economia, nomeadamen-

te tendo em conta o crescimento do Pro-

duto Interno Bruto (PIB) e a inflação;

Por outro lado, propõe-se um pata-

mar máximo para as pensões pagas pelos

sistemas públicos, ficando o seu valor

congelado a partir desse limite superior;

- Variar moderadamente a taxa con-

tributiva dos trabalhadores em função do

número de filhos - Para incentivar o au-

mento da taxa de natalidade, propõe-se

que a taxa contributiva dos trabalhado-

res por conta de outrem varie, ainda que

moderadamente, em função do número

de filhos;

- Reforçar a protecção na invalidez,

na deficiência e às famílias monoparen-

tais

O Governo propõe um reforço da pro-

tecção na invalidez, na deficiência e às

famílias monoparentais.

Será ainda alargada a protecção às

crianças e jovens órfãos através de uma

melhoria da pensão de sobrevivência.

sede, direcção efectiva, domicílio profis-sional ou residência no território da Re-gião Autónoma da Madeira.

O Centro de Segurança Social daMadeira (CSSM) é competente para pro-ceder à inscrição, como contribuintes,das pessoas singulares e das pessoascolectivas, ainda que estas possuam lo-cais de trabalho ou estabelecimentos noterritório do Continental e/ou na RegiãoAutónoma dos Açores.

Compete ao CSSM assegurar a ges-tão do processo de arrecadação e cobran-ça das contribuições, quotizações e cor-respondentes juros de mora, constituin-

do os referidos valores receitas corren-tes do mesmo.

O pagamento, pelos contribuintes,dos montantes referentes às contribui-ções, quotizações e ou juros de mora, bemcomo de valores constantes de documen-tos previamente emitidos para esse efei-to, é efectuado:

- nas instituições de crédito que, parao efeito, celebrem acordo com oCSSM ou com o Instituto de Ges-tão Financeira da Segurança So-cial;

- nas tesourarias do CSSM, nos ter-mos a regulamentar por despachodo secretário regional que tutelaa área da Segurança Social;

- por remessa de meio de pagamentopelo correio, sob registo postal,para o CSSM.

SEGURANÇA SOCIAL

Adaptação à Madeira das regras de inscrição

das entidades empregadoras

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Boletim do Contribuinte424

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

Lembramos que, actualmente, os re-querentes do subsídio de desempregoapenas têm de entregar a declaração daentidade empregadora comprovativa dasituação de desemprego (modelo nº 346-INCM) nos centros de emprego, caben-do a estes remetê-la ao serviço de segu-rança social competente.

REQUERIMENTO DO SUBSÍDIODE DESEMPREGO

Simplificação de procedimentos

Deixou também de ser necessário re-querer ao centro de emprego, para entre-gar no serviço da segurança social, adeclaração comprovativa da capacidadee disponibilidade para o trabalho, pas-sando o centro de emprego a transmitirpor via electrónica tal documento.

Assim, no serviço de segurança so-

Visando restringir as despesas comos funcionários da Administração Públi-ca nas deslocações em serviço em terri-tório nacional e no estrangeiro, o Gover-no aprovou recentemente um conjuntode orientações que deverão passar a serconsideradas na autorização daquelasdespesas.

De acordo com a Resol. do Conselhode Ministros nº 51/2006, de 5.5, publica-da na pág. XXX, apenas poderão ser re-alizadas as deslocações cujos objectivosnão possam ser prosseguidos através dautilização de novas tecnologias, desig-nadamente correio electrónico (e-mail),videoconferência ou videochamada, equando:

- sejam necessárias para concreti-zar os resultados esperados dosserviços, quando se trate de acti-vidades relacionadas com as suasfunções principais, designada-mente inspecções, auditorias, fis-calizações, visitas domiciliárias;ou

- se justifiquem por imperativos le-gais, acordos, protocolos, repre-sentação, obrigações internas ouexternas; ou

- as deslocações não estejam inclu-ídas nas situações anteriormentereferidas, mas sejam, por despa-cho da tutela, consideradas indis-

pensáveis para a prossecuçãodos objectivos dos serviços.

Por seu lado, estabelece-se que, noâmbito das deslocações, se deve reduzirao indispensável:

- o número de elementos das comi-tivas;

- os dias de estada, quando a ac-ção que originou a deslocação eas distâncias o permitirem.

Ainda nos termos da mesma resolu-ção, relativamente ao meio de transpor-te, devem observar-se as seguintes ori-entações:

- com excepção do Primeiro-Minis-tro, e salvo nas situações de via-gens intercontinentais, os mem-bros do Governo que viajem porvia aérea não devem utilizar clas-se superior à executiva e os mem-bros dos gabinetes devem utili-zar classe económica, exceptoquando acompanhem um membrodo Governo;

- os gestores de empresas públi-cas, institutos públicos ou equi-parados, devem utilizar preferen-cialmente a classe económica;

- a utilização, pelos membros do Go-verno, de aeronaves da ForçaAérea tem natureza excepcional eestá sujeita a prévia comunicaçãoao gabinete do Primeiro-Ministro.

cial apenas terá de apresentar-se o res-pectivo requerimento do subsídio de de-semprego.

O referido requerimento terá de serentregue junto dos serviços da seguran-ça social competentes ou por via electró-nica através dos serviços de “SegurançaSocial Directa”, em www.seg-social.pt

Esta medida do Governo, aprovadapelo Despacho nº 8920/2006, de 20.4,publicado na II série do Diário da Repú-blica, integra-se no Programa SIMPLEX- Programa de Simplificação Administra-tiva e Legislativa (desburocratização daAdministração Pública).

TRABALHADORESDA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Contenção das despesas nas deslocações em serviço

FUNÇÃO PÚBLICASubsídios de viagem,

de marcha e de refeição

Relembramos no quadro seguinte osmontantes dos subsídios de viagem, demarcha e de refeição em vigor em 2006,fixados pela Port. nº 229/2006, de 10.3(Bol. do Contribuinte, 2006, pág. 255).

(1) Valor a considerar para efeitos de não tributação emsede de IRS, nos termos do art. 2º, nº 3, al. d), do Códigodo IRS.(2) Valor a considerar para efeitos de não tributação emsede de IRS, nos termos do art. 2º, nº 3, al. b), nº 2), doCódigo do IRS. De acordo com este preceito, o subsídiode refeição é tributado na parte em que exceder em 50% olimite legal, ou em 70%, sempre que o respectivo subsí-dio seja atribuído através de vales de refeição.

(Valores em euros)

SUBSÍDIOS DE VIAGEM 2006E DE MARCHA

- Transporte em automóvel pró-prio 0,37/km (1)

- Transportes públicos 0,12/km

- Transporte em automóvelde aluguer:

• Um funcionário 0,35/km

• Dois funcionários (cada um) 0,16/km

• Três ou mais funcionários(cada um) 0,12/km

- Percurso a pé 0,15/km

SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO 2006

Subsídio de refeição 3,95 A(Limites para efeitos de IRS: 3,95 euros + 50%= 5,93 euros (2); ou 3,95 euros + 70% = 6,72euros) (2)

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Boletim do Contribuinte 425

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

Siglas

e

Abreviaturas

Feder. - Federação

Assoc. - Associação

Sind. - Sindicato

Ind. - Indústria

Dist. - Distrito

CT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Colectivo de Trabalho

ACT - Acordo Colectivo de Trabalho

PRT - Portaria de Regulamentação

de Trabalho

PE - Portaria de Extensão

AE - Acordo de Empresas

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 16 e 17 de 2006

Cimentos- Acordo de adesão entre a CIMPOR -

Ind. de Cimentos, S. A., e o SIMA - Sind. dasInd. Metalúrgicas e Afins ao AE entre a mes-ma empresa e a FETESE - Feder. dos Sind.dos Trabalhadores de Serviços e outros

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Comércio, Escritórios e Serviços

- CCT entre a ACIRO - Assoc. Comerciale Industrial da Região Oeste e o CESP - Sind.dos Trabalhadores do Comércio, Escritóri-os e Serviços de Portugal e outros - Altera-ção salarial e outras

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Combustíveis

- CCT entre a ANAREC - Assoc. Nacio-nal dos Revendedores de Combustíveis e aFEPCES - Feder. Portuguesa dos Sind. doComércio, Escritórios e Serviços e outros -Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Eléctricidade

- CCT entre a Assoc. Portuguesa dasEmpresas do Sector Eléctrico e Electrónicoe a FETESE - Feder. dos Sind. dos Trabalha-dores de Serviços e outros - Revisão global

(Bol. do TE, nº 17, de 8.5.2006)Ensino Particular e Cooperativo

- Acordo de adesão entre a AEEP - As-soc. dos Estabelecimentos de Ensino Parti-cular e Cooperativo e o SPLIU - Sind. Naci-onal dos Professores Licenciados pelosPolitécnicos e Universidades aos CCT entreaquela associação de empregadores e aFNE - Feder. Nacional dos Sind. da Educa-ção e outros e entre a mesma associaçãode empregadores e o SINAPE - Sind. Naci-onal dos Profissionais da Educação

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Imprensa

- CCT entre a AIND - Assoc. Portuguesade Imprensa e a FETICEQ - Feder. dos Tra-balhadores das Ind. de Cerâmica, Vidreira,Extractiva, Energia e Química e outros - Al-teração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Inquilinato

- AE entre a AIL - Assoc. dos InquilinosLisbonenses e o CESP - Sind. dos Trabalha-dores do Comércio, Escritórios e Serviçosde Portugal - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 17, de 8.5.2006)Instituições de Solidariedade

- CCT entre a CNIS - Confederação Na-cional das Instituições de Solidariedade e aFeder. Nacional dos Sind. da Função Públi-ca - Revisão global

(Bol. do TE, nº 17, de 8.5.2006)Lavandaria e Tinturaria

- CCT entre a ANASE - Assoc. Nacionalde Serviços de Limpeza a Seco, Lavanda-ria e Tinturaria e a FESETE - Feder. dos Sind.dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Ves-tuário, Calçado e Peles de Portugal

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Moagem e Massas

- CCT entre a AFIM - Assoc. Portuguesada Ind. de Moagem e Massas e outras e a

FETICEQ - Feder. dos Trabalhadores dasInd. Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energiae Química (pessoal fabril - Sul) - Alteraçãosalarial e outras

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)- CCT entre a APIM - Assoc. Portuguesa

da Ind. de Moagem e Massas e outras e aFETICEQ - Feder. dos Trabalhadores dasInd. Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energiae Química (apoio e manutenção) - Altera-ção salarial e outras

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Navegação Marítima

- AE entre a TRIPUL - Sociedade deGestão de Navios, L.da, e a FESMAR - Fe-der. dos Sind. dos Trabalhadores do Mar -Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 17, de 8.5.2006)Ourivesaria

- CCT entre a Assoc. dos Industriais deOurivesaria do Sul e a FEQUIMETAL - Fe-der. Intersindical da Metalúrgia, Metalome-cânica, Minas, Química, Farmacêutica, Pe-

tróleo e Gás - Integração em níveis de qua-lificação

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Produtos Alimentares

- CCT entre a ADIPA - Assoc. dos Distri-buidores de Produtos Alimentares e outrase a FETESE - Feder. dos Sind. dos Traba-lhadores de Serviços e outros - Revisão glo-bal

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Rádio e Televisão

- ACT entre a Rádio e Televisão de Por-tugal, SGPS, S. A., e outras e o STT - Sind.dos Trabalhadores de Telecomunicaçõese Comunicação Audiovisual e outros

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)Reboques Marítimos

- AE entre a REBOPORT - SociedadePortuguesa de Reboques Marítimos, S. A.,e o SITEMAQ - Sind. da Mestrança e Mari-nhagem da Marinha Mercante, Energia eFogueiros de Terra - Integração em níveisde qualificação

(Bol. do TE, nº 16, de 29.4.2006)- AE entre a REBOPORT - Sociedade

Portuguesa de Reboques Marítimos, S. A.,e o SIMAMEVIP - Sind. dos Trabalhadoresda Marinha Mercante, Agência de Viagens,Transitários e Pesca e entre a mesma em-presa e o Sind. Nacional dos Trabalhado-res das Administrações e Juntas Portuárias- Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 17, de 8.5.2006)

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Morada C. Postal

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❒ Solicito o envio de exemplar(es) da obra “A Dívida das Empresas à Segurança Social”.

❒ Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de A

❒ Debitem A , no meu cartão com o nº

Cód. Seg. emitido em nome de

e válido até / .

❒ Solicito o envio à cobrança. (Acrescem A 4 para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

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Pedidos para:

Vida Económica - R. Gonçalo Cristóvão, 111, 6º esq. • 4049-037 PORTO

Tel. 223 399 400 • Fax 222 058 098

E-mail encomendas: [email protected]

Autor: Filipe Mateus

Formato: 15,5x23 cm

Nº págs: 364

P.V.P: A 16 (IVA incl)

A Dívida das Empresas à Segurança Social

Este livro pretende alertar e sensibilizar os vários utentes para aproblemática da Dívida das Empresas à Segurança Social, chamandoa atenção para o cumprimento dos seus deveres e obrigações, paraque a Segurança Social possa fazer face aos compromissos assumidosem matéria de medidas de protecção social.Destina-se ao público em geral, com incidência nos agentes envolvidosno processo – dirigentes ou simples executantes – académicos,revisores oficiais de contas, técnicos oficiais de contas, empresários,juristas, advogados, consultores, administradores de insolvência,banca, fisco, entre outros.“Não abundam no espaço bibliográfico nacional, obras dedicadasao assunto agora versado; ainda menos, com um conteúdo que sendopragmático, não deixa de apoiar-se em bases conceptuais adequadase, por isso, operacionais.” in prefácio por Ruy L.F. de Carvalho. (Ex-Presidente do Conselho Científico do ISCAL)

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Boletim do Contribuinte426

IRS e IRCPort. n.º 429/2006 (1), de 3.5 – B - Aprova

o coeficiente de desvalorização da moedapara efeitos de correcção monetária dos va-lores de aquisição de determinados bens edireitos.IRS e IRC – Convenção sobre dupla tributação

Aviso n.º 579/2006, de 5.5 – A - Torna pú-blico ter, em 23 de Junho de 2005 e em 27 deMarço de 2006, sido emitidas notas, respecti-vamente, pela Embaixada da República De-mocrática e Popular da Argélia em Lisboa epelo Ministério dos Negócios Estrangeiros dePortugal, em que se comunicou terem sidocumpridas as respectivas formalidades consti-tucionais internas de aprovação da Conven-ção entre a República Portuguesa e o Governoda República Democrática e Popular da Argé-lia para Evitar a Dupla Tributação, Prevenir aEvasão Fiscal e Estabelecer Regras de Assis-tência Mútua em Matéria de Cobrança de Im-postos sobre o Rendimento e o Património, assi-nada em Argel em 2 de Dezembro de 2003.Justiça – Solicitadores de execução

Port. n.º 436-A/2006, de 5.5 – B – (1º Supl.)- Altera a Port. n.º 708/2003, de 4.8, que esta-belece a remuneração e o reembolso das des-pesas do solicitador de execução no exercí-cio da actividade de agente de execução.Lares de idosos

Desp. Normat. n.º 30/2006, de 8.5 – B -Determina as normas de implantação de esta-belecimentos correspondentes a lares de idosos.Madeira

Dec. Regul. Reg. n.º 3/2006/M, de 3.5 –B - Primeira alteração ao Dec. Regul. Reg. n.º8/2004/M, de 5.4 (aprova a orgânica da Di-recção Regional para a Administração Públi-ca de Porto Santo).

Dec. Leg. Reg. n.º 16/2006/M, de 2.5 – A- Aprova o Estatuto das Creches e dos Estabe-lecimentos de Educação Pré-Escolar da Re-gião Autónoma da Madeira.Orçamento do Estado 2006

Declaração n.º 8/2006, de 10.5 – B - Pu-blica os mapas I a IX modificados em virtudedas alterações efectuadas até 31 de Março res-peitantes ao Orçamento do Estado para 2006.Ordenamento do Território

Res. Cons. Min. n.º 43/2006, de 3.5 – B -Ratifica parcialmente o Plano de Urbanizaçãoda UP 5 de Portimão, no município de Portimão.

Res. Cons. Min. n.º 55/2006, de 10.5 – B -Ratifica parcialmente o Plano de Pormenorda Zona Nordeste da Cidade de Ponte de Sor,no município de Ponte de Sor.

Res. Cons. Min. n.º 56/2006, de 15.5 – B -Ratifica o Plano de Pormenor da Senhora doSocorro, no município de Albergaria-a-Velha.

Res. Cons. Min. n.º 57/2006, de 15.5 – B -Ratifica a suspensão parcial do Plano Direc-tor Municipal de Coimbra, pelo prazo de doisanos, e o estabelecimento de medidas pre-ventivas para essa área e pelo mesmo prazo.

Res. Cons. Min. n.º 59/2006, de 15.5 – B -Ratifica o Plano de Pormenor para a Zona doGalante, no município da Figueira da Foz.Pescas - Regime de Apoio à Modernizaçãodas Embarcações de Pesca

Port. n.º 455/2006, de 15.5 – B - Altera oRegulamento do Regime de Apoio à Moder-nização das Embarcações de Pesca, anexo àPort. n.º 1071/2000, de 20.10, na redacçãodada pela Port. n.º 56-F/2003, de 26.6.Produtos cosméticos

DL n.º 84/2006, de 11.5 – A - Primeiraalteração ao DL n.º 142/2005, de 24.8, trans-pondo para a ordem jurídica nacional as Di-rectivas nºs 2005/42/CE, da Comissão, de 20.6,2005/52/CE, da Comissão, de 9.9, e 2005/80/CE, da Comissão, de 21.11, que alteram a Di-rectiva n.º 76/768/CEE, do Conselho, relativaaos produtos cosméticos.Protecção civil - Aquisição de quatro heli-cópteros

Res. Cons. Min. n.º 60/2006, de 15.5 – B -Adjudica a aquisição de quatro helicópterosligeiros para operações de protecção civil esegurança interna e serviços de manutençãono âmbito do concurso público internacionaln.º 2/CPI/2005.

Res. Cons. Min. n.º 61/2006, de 15.5 – B -Adjudica a aquisição de seis helicópteros mé-dios para operações de protecção civil e se-gurança interna e serviços de manutenção noâmbito do concurso público internacional n.º1/CPI/2005.PSP

Port. n.º 441/2006, de 9.5 – B - Aprova osmodelos de cartão de identificação do pesso-al da PSP e de beneficiário familiar do subsis-tema de saúde da PSP (SAD/PSP).Rede de equipamentos sociais

Port. n.º 426/2006, de 2.5 – B - Cria eregulamenta o Programa de Alargamento daRede de Equipamentos Sociais (PARES).Residenciais para Pessoas com Deficiência

Desp. Normat. n.º 28/2006, de 3.5 – B -Aprova o Regulamento das Condições de Or-ganização, Instalação e Funcionamento dasEstruturas Residenciais para Pessoas com De-ficiência.Saúde

Port. n.º 437/2006, de 8.5 – B - Autoriza oconselho de administração da AdministraçãoRegional de Saúde do Norte a realizar a des-pesa relativa à aquisição de serviços de co-municação de voz.Segurança Social

Declaração n.º 7/2006, de 2.5 – B - De-clara terem sido autorizadas alterações aoorçamento da segurança social para 2005.Seguros

DL n.º 83/2006, de 3.5 – A - Transpõeparcialmente para a ordem jurídica nacionala Directiva n.º 2005/14/CE, do ParlamentoEuropeu e do Conselho, de 11 de Maio, e fixaas regras e os procedimentos a observar pelasempresas de seguros com vista a garantir aassunção da sua responsabilidade em caso desinistro no âmbito do seguro automóvel.

Solicitadores de execução – Remuneração edespesas

Port. n.º 436-A/2006, de 5.5 – B – (1º Supl.)- Altera a Port. n.º 708/2003, de 4.8, que esta-belece a remuneração e o reembolso das des-pesas do solicitador de execução no exercícioda actividade de agente de execução.Trabalho e Segurança Social

Port. n.º 432/2006, de 3.5 – B - Regula-menta as actividades desenvolvidas nos cen-tros de actividades ocupacionais (CAO).

Aviso n.º 580/2006, de 11.5 – A - Tornapúblico ter, nos termos do ponto 3 do n.º 1 dosanexos V, VI, VIII e X e do ponto 3 do n.º 2 dosanexos IX, XII, XIII e XIV do Tratado de Adesãoà União Europeia da República Checa, daRepública da Estónia, da República do Chi-pre, da República da Letónia, da Repúblicada Lituânia, da República da Hungria, da Re-pública de Malta, da República da Polónia,da República da Eslovénia e da RepúblicaEslovaca, assinado em Atenas em 16 de Abrilde 2003, Portugal notificado a Comissão Euro-peia de que, a partir de 1 de Maio de 2006,passa a aplicar aos nacionais da RepúblicaCheca, da República da Estónia, da Repúbli-ca da Letónia, da República da Lituânia, daRepública da Hungria, da República da Poló-nia, da República da Eslovénia e da Repúbli-ca Eslovaca os artigos 1.º a 6.º do Regulamen-to (CEE) n.º 1612/68, do Conselho, de 15 deOutubro, relativo à livre circulação de traba-lhadores da Comunidade, com a última re-dacção que lhe foi dada pelo Regulamento(CEE) n.º 2434/92, do Conselho, de 27 de Julho(JO, n.º L 245, de 26 de Agosto de 1992).União Europeia

Aviso n.º 580/2006, de 11.5 – A - Tornapúblico ter, nos termos do ponto 3 do n.º 1 dosanexos V, VI, VIII e X e do ponto 3 do n.º 2 dosanexos IX, XII, XIII e XIV do Tratado de Adesãoà União Europeia da República Checa, daRepública da Estónia, da República do Chi-pre, da República da Letónia, da Repúblicada Lituânia, da República da Hungria, da Re-pública de Malta, da República da Polónia,da República da Eslovénia e da RepúblicaEslovaca, assinado em Atenas em 16 de Abrilde 2003, Portugal notificado a Comissão Euro-peia de que, a partir de 1 de Maio de 2006,passa a aplicar aos nacionais da RepúblicaCheca, da República da Estónia, da Repúbli-ca da Letónia, da República da Lituânia, daRepública da Hungria, da República da Poló-nia, da República da Eslovénia e da Repúbli-ca Eslovaca os artigos 1.º a 6.º do Regulamen-to (CEE) n.º 1612/68, do Conselho, de 15 deOutubro, relativo à livre circulação de traba-lhadores da Comunidade, com a última re-dacção que lhe foi dada pelo Regulamento(CEE) n.º 2434/92, do Conselho, de 27 de Julho(JO, n.º L 245, de 26 de Agosto de 1992).

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - MAIO/2006

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS – 1ª QUINZENA (De 2 a 15 de Maio de 2006)

(Continuação da pág. 428)

1 - Transcrito neste número.

2 - A publicar no próximo número.

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Boletim do Contribuinte 427

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Boletim do Contribuinte428

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - MAIO/2006

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS – 1ª QUINZENA (De 2 a 15 de Maio de 2006)

Acção Social - Centros de actividades ocupa-cionais

Port. n.º 432/2006, de 3.5 – B - Regula-menta as actividades desenvolvidas nos cen-tros de actividades ocupacionais (CAO).Acordo de Cooperação Jurídica e JudiciáriaPortugal/Angola

Aviso n.º 582/2006, de 11.5 – A - Tornapúblico terem sido trocados, no dia 5.4.2006,os instrumentos de ratificação do Acordo deCooperação Jurídica e Judiciária entre a Re-pública Portuguesa e a República de Angola,assinado em 30 de Agosto de 1995 na cidadede Luanda, entrando em vigor no dia 5 deMaio, nos termos previstos no artigo 145.º, n.º1, do referido Acordo.Açores

Decl. de Rectific. n.º 27/2006, de 11.5 –A - De ter sido rectificado o Dec. Leg. Reg. n.º15/2006/A, de 7.4, que estabelece o regimejurídico da educação especial e do apoio edu-cativo visando a criação de condições para aadequação do processo educativo aos requi-sitos das crianças e jovens com necessidadeseducativas especiais ou com dificuldades naaprendizagem que impeçam o sucesso edu-cativo.Administração Pública

Res. Cons. Min. n.º 51/2006 (1), de 5.5 – B- Estabelece orientações no âmbito das deslo-cações em território nacional e no estrangei-ro, dando cumprimento ao n.º 2 do art. 51.º doDL n.º 50-A/2006, de 10 de Março.Administração pública – Comunicações ecorreio electrónico

Res. Cons. Min. n.º 50/2006, de 5.5 – B -Determina a criação de um serviço públicoque permita a realização voluntária de co-municações entre a Administração Pública,os serviços e organismos da administração au-tónoma, as entidades administrativas indepen-dentes e os tribunais, os cidadãos e as empre-sas, através do envio por correio electrónicoe para uma caixa postal electrónica nominal.Agricultura

Port. n.º 424/2006, de 2.5 – B - Altera aPort. n.º 1202/2004, de 17.9, que estabeleceas regras nacionais complementares relativasao primeiro ano de aplicação do regime depagamento único, instituído pela reforma daPolítica Agrícola Comum de 2003.

Port. n.º 425/2006, de 2.5 – B - Altera aPort. n.º 558/2005, de 28.6, que estabelecenormas complementares de execução do re-gime de apoio à reconversão e reestrutura-ção das vinhas e fixa os procedimentos admi-nistrativos aplicáveis à concessão das ajudasprevistas na regulamentação comunitária paraa campanha de 2005-2006.

Port. n.º 438/2006, de 8.5 – B - Altera oanexo da Port. n.º 36/2005, de 17.1, que esta-belece as regras nacionais de implementaçãodo sistema de controlo da condicionalidadeprevistas nos artigos 4.º e 5.º do Regulamento(CE) n.º 1782/2003, do Conselho, de 29.9, e noRegulamento (CE) n.º 796/2004, da Comissão,de 21 de Abril.

Port. n.º 442/2006, de 10.5 – B - Estabele-ce, para o continente, as normas complemen-tares de execução do regime de apoio à re-conversão e reestruturação das vinhas e fixaos procedimentos administrativos aplicáveis àconcessão das ajudas previstas para a campa-nha vitivinícola de 2006-2007.

Desp. Normat. n.º 26/2006, de 2.5 – B -Altera o Desp. Normat. n.º 42/2004, de 26.10,que estabelece o método de cálculo do mon-tante de referência e do número de direitos aatribuir aos agricultores que se candidatem àreserva nacional do âmbito do regime de pa-gamento único.Agricultura e florestas

Desp. Normat. n.º 29/2006, de 8.5 – B -Altera o Regulamento do Programa de Apoiosa Conceder pelo Fundo Florestal Permanenteem 2005 e 2006, aprovado em anexo ao Desp.Normat. n.º 35/2005, de 25 de Julho.Agricultura - Incentivos

Res. Cons. Min. n.º 58/2006, de 15.5 – B -Designa o gestor da Intervenção Estrutural deIniciativa Comunitária de DesenvolvimentoRural LEADER+ e cria as estruturas de apoiotécnico e de controlo de 1.º nível, revogandoa resolução n.º 120/2001 (2.ª série), de 2.10.Caça – Zonas de caça municipais

Port. n.º 431/2006, de 3.5 – B - Estabeleceos requisitos, prazos e termos de procedimentoadministrativo a seguir em processos relativosa zonas de caça municipais, associativas e tu-rísticas. Revoga a Port. n.º 1391/2002, de 25.10.

Desp. Normat. n.º 27/2006, de 3.5 – B -Altera o Desp. Normat. n.º 16/2006, de 26.1,que estabelece o regime de ajudas no âmbitodo sistema integrado de gestão e controlo (SIGC).Contabilidade

Port. n.º 429/2006 (1), de 3.5 – B - Aprova

o coeficiente de desvalorização da moedapara efeitos de correcção monetária dos va-lores de aquisição de determinados bens edireitos.Crédito ao consumo

DL n.º 82/2006 (1), de 3.5 – A - Altera o DL

n.º 359/91, de 21.9, alargando a obrigatorieda-de de indicação da taxa anual de encargos efec-tiva global (TAEG) a todas as comunicações co-merciais relativas ao crédito ao consumo.Desporto - segurança

Res. Cons. Min. n.º 42/2006, de 2.5 – B -Adopta medidas de articulação, coordenaçãoe acompanhamento da fase final do Campeo-nato da Europa de Futebol Sub-21 de 2006,atribuindo ao Gabinete Coordenador de Segu-rança competências de coordenação dos as-pectos relacionados com a segurança global.

EmbaixadasPort. n.º 417/2006, de 2.5 – B - Fixa os

critérios de avaliação do mérito dos conse-lheiros de embaixada a que o conselho diplo-mático deva estender na elaboração de listaanual de promoções à categoria de ministroplenipotenciário. Revoga a Port. n.º 470-A/98, de 31.7.Fundo Florestal Permanente

Desp. Normat. n.º 29/2006, de 8.5 – B -Altera o Regulamento do Programa de Apoiosa Conceder pelo Fundo Florestal Permanenteem 2005 e 2006, aprovado em anexo ao Desp.Normat. n.º 35/2005, de 25.7.Habitação – Preço por m2

Port. n.º 430/2006 (2), de 3.5 – B - Fixa,para vigorar em 2006, o preço da habitaçãopor metro quadrado de área útil (Pc), a que serefere a alínea c) do n.º 2 do art. 5.º do DL n.º141/88, de 22 de Abril.Incêndios florestais

Res. Cons. Min. n.º 46/2006, de 4.5 – B -Adjudica a aquisição de serviços aéreos decombate a incêndios florestais no âmbito doconcurso público internacional n.º 05/CPI/2005.

Res. Cons. Min. n.º 53/2006, de 9.5 – B -Adjudica a aquisição de serviços aéreos decombate a incêndios florestais no âmbito doconcurso público internacional n.º 7/CPI/2005.

Res. Cons. Min. n.º 54/2006, de 9.5 – B -Adjudica a aquisição de serviços aéreos decombate a incêndios florestais no âmbito doconcurso público internacional n.º 6/CPI/2005.Informação cadastral - SINERGIC

Res. Cons. Min. n.º 45/2006, de 4.5 – B -Aprova as grandes linhas orientadoras para aexecução, manutenção e exploração de in-formação cadastral através da criação do Sis-tema Nacional de Exploração e Gestão deInformação Cadastral (SINERGIC) e definiçãodos seus objectivos gerais.Inspecção-Geral das Actividades Culturais -Taxas

Decl. de Rectific. n.º 28/2006, de 15.5 –B - De ter sido rectificada a Port. n.º 354/2006, do Ministério da Cultura, que aprova astaxas a cobrar relativas a actos e serviços pres-tados no âmbito das suas atribuições, pela Ins-pecção-Geral das Actividades Culturais(IGAC), publicada no Diário da República, 1.ªsérie, n.º 72, de 11 de Abril de 2006.Instituições de crédito e sociedades financeiras

Aviso do B.P n.º 3/2006, de 9.5 – B - Sistemade controlo interno das instituições de crédito esociedades financeiras, bem como dos gruposfinanceiros, procedendo à integração num úni-co instrumento regulamentar das actuais dispo-sições da instrução n.º 72/96, assim como dosprocedimentos de controlo interno aplicáveis àsactividades e funções centralizadas nos gruposou desenvolvidas por filiais no estrangeiro.

R. Gonçalo Cristóvão, 111-6º - 4049-037 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

Impressão: Mirandela - Artes Gráficas, SANº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor e proprietário:

Vida Económica - Editorial, S.A.(Continua na pág. 426)