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MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE REGULAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE COORDENAÇÃO-GERAL DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SIA/SUS SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBULATORIAIS ONCOLOGIA MANUAL DE BASES TÉCNICAS Setembro/2013 BRASILIA-DF BRASIL 15ª Edição

Manual de Bases Técnicas - Oncologia

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Manual de bases técnicas em oncologia do Ministério da Saúde

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MINISTRIO DA SADE SECRETARIA DE ATENO SADE DEPARTAMENTO DE REGULAO, AVALIAO E CONTROLE COORDENAO-GERAL DE SISTEMAS DE INFORMAO SIA/SUS SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS ONCOLOGIA MANUAL DE BASES TCNICAS Setembro/2013 BRASILIA-DF BRASIL 15 Edio MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 2 MINISTRIO DA SADE SECRETARIA DE ATENO SADE SAS/MSInstituto Nacional de Cncer - INCADepartamento de Articulao de Redes de Ateno Sade DARAS Coordenao-Geral de Ateno s Pessoas com Doenas Crnicas - CGAPDC Departamento de Regulao, Avaliao e Controle - DRAC Coordenao-Geral de Sistemas de Informao - CGSI Edio, Distribuio e Informaes: MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de Regulao, Avaliao e Controle de Sistemas Coordenao Geral de Sistemas de Informao CGSI/DRAC SAFSul Quadra 2 - Ed. Premium - Torre II - 3 Andar - Sala 303. CEP: 70070.600, Braslia - DF Telefone: (61) 3315-5873 / 3315-5870Home Page: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/area.cfm?id_area=1529 E-mail: [email protected] Diretor do DRAC: Fausto Pereira dos Santos Coordenador-Geral da CGSI: Giorgio Bottin Elaborao e Atualizao: Maria Inez Pordeus Gadelha SAS/MSMaria Adelaide de Sousa Werneck INCA/SAS/MS Emlia Tomasssini CGSI/DRAC/SAS/MSLeandro Manassi Panitz CGSI/DRAC/SAS/MSTereza Filomena Lourenzo Faillace CGSI/DRAC/SAS/MS Ficha Catalogrfica Brasil.MinistriodaSade/SecretariadeAtenoSade/Departamentode Regulao,AvaliaoeControle/CoordenaoGeraldeSistemasdeInformao 15 Edio. Setembro de 2013. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA SIA/SUS - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS119 pginas 1.SistemadeInformaoAmbulatorialSIA/SUS,2.OncologiaeCncer,3.Bases Tcnicas. 4. Ministrio da Sade, 5. Ateno Especializada do SUS. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 3 SUMRIO 1.INTRODUO .................................................................................................................4 2.NEOPLASIA .................................................................................................................. 10 2.1.Conceito ........................................................................................................................ 10 2.2.Classificao ................................................................................................................. 10 2.2.1.Comportamento biolgico ............................................................................................. 10 2.2.2.Histognese ................................................................................................................... 12 2.3.Nomenclatura ................................................................................................................ 12 2.4.Graduao Histopatolgica ........................................................................................... 15 2.5.Estadiamento ................................................................................................................. 16 3.TRATAMENTO DO CNCER ...................................................................................... 19 4.QUIMIOTERAPIA (QT) ................................................................................................. 30 4.1.Definies e Orientaes Gerais ................................................................................... 30 4.2.Autorizao e Ressarcimento pelo SUS ....................................................................... 33 4.3.Finalidades da Quimioterapia ........................................................................................ 40 4.3.1.Quimioterapia Paliativa.................................................................................................. 40 4.3.2.Quimioterapia para Controle Temporrio de Doena ................................................... 44 4.3.3.Quimioterapia Prvia, Neoadjuvante ou Citorredutora. ................................................ 53 4.3.4.Quimioterapia Adjuvante ou Profiltica ......................................................................... 55 4.3.5.Quimioterapia Curativa .................................................................................................. 58 4.3.6.Quimioterapia de Tumores de Crianas e Adolescentes - at 18 anos ........................ 61 4.3.7.Quimioterapia Experimental .......................................................................................... 65 4.3.8.Procedimentos Especiais .............................................................................................. 65 5.RADIOTERAPIA (RT) ................................................................................................... 67 5.1.Definies e Orientaes Gerais ................................................................................... 67 5.2.Finalidades da Radioterapia .......................................................................................... 69 5.2.1.Radioterapia Paliativa.................................................................................................... 69 5.2.2.Radioterapia Pr-Operatria (RT Prvia, Neoadjuvante ou Citorredutora.) ................. 69 5.2.3.Radioterapia Ps-Operatria ou Ps-QT (RT Profiltica ou Adjuvante.) ...................... 69 5.2.4.Radioterapia Curativa .................................................................................................... 69 5.2.5.Radioterapia Anti-lgica ................................................................................................ 70 5.2.6.Radioterapia Anti-Hemorrgica ..................................................................................... 70 5.3.Autorizao e Ressarcimento pelo SUS ....................................................................... 70 5.4.Tempo de Tratamento ................................................................................................... 71 5.5.Autorizao .................................................................................................................... 71 5.6.Procedimentos Radioterpicos Principais ..................................................................... 72 5.7.Procedimentos Radioterpicos Secundrios ................................................................ 77 5.8.Autorizao dos Procedimentos Radioterpicos Principais .......................................... 81 6.TRATAMENTO DE SUPORTE ..................................................................................... 87 7.NORMAS GERAIS DE AUTORIZAO ....................................................................... 89 8.ANEXO I ........................................................................................................................ 92 9.ANEXO II ....................................................................................................................... 94 10.ANEXO III ...................................................................................................................... 96 11.ANEXO IV ...................................................................................................................... 98 12.ANEXO V ..................................................................................................................... 100 13.ANEXO VI .................................................................................................................... 107 14.ANEXO VII ................................................................................................................... 108 14.1.Portarias e Resolues Vigentes ................................................................................ 108 14.2.Portarias Revogadas ................................................................................................... 116 MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 4 1. INTRODUO Aautorizao,ocontroleeaavaliaodequalquerprocessopressupem que haja normas claras e recursos humanos devidamente treinados para exercerem as suas atividades especficas. Isto se torna ainda mais fundamental quando se est diantedeumnovomodelo,nocasoaAutorizaoparaProcedimentosdeAlta Complexidade APAC, inaugurada no SUS com a autorizao para procedimentos dialticos (APAC-TRS), em 1998. Comestemodelo,completaram-seosdadosdoSistemadeInformaes Hospitalares - SIH, que j permitia a identificao dos procedimentos por indivduo e pordoenas.Relembra-sequenoSistemadeInformaesAmbulatoriais-SIAse processam cerca de 80% de todos os registros de atendimentos e de ressarcimentos queocorremnoSUS,cujosarquivoseram,atoadventodaAPAC-TRS, inteiramente numricos. OMinistriodaSadevemtrabalhandonosentidodesupriroSUSde informaesqualificadas,que,almdebaseparaasatividadesgerenciaisdo sistema,permitamanotificaorealdosdados.Estes,porsuavez,servemde esteio para a organizao e replanejamento do prprio sistema, para a avaliao de procedimentos e processos e para anlise qualitativa de dados atuais. No caso da Oncologia, em meados da dcada de 1990, o Ministrio da Sade reuniu as suas instncias tcnicas internas, inclusive o Instituto Nacional de Cncer - INCA,para,sobacoordenaodaSecretariadeAssistnciaSadeSAS/MS, procederemaumarevisocompletadetodasasnormasetabelasde procedimentosoncolgicos.Tambmparticiparamdessetrabalhointensivoos membrosdoConselhoConsultivodoINCA:(a)SociedadeBrasileirade CancerologiaSBC,(b)SociedadeBrasileiradeCirurgiaOncolgicaSBCO,(c) SociedadeBrasileiradeOncologiaClnica-SBOC,(d)SociedadeBrasileirade Oncologia Peditrica SOBOPE, (e) Setor de Radioterapia do Colgio Brasileiro de RadiologiaCBR/RT,(f)FundaoOncocentrodeSoPauloFOSP,(g) AssociaoBrasileiradeInstituiesFilantrpicasdeCombateaoCncer ABIFICC, (h) Hospital AC Camargo, da Fundao Antonio Prudente, de So Paulo, e (i) Hospital Erastro Gaertner, da Liga Paranaense de Combate ao Cncer. Apartirdesteesforo,esobosprincpiosbsicosdaassistnciaintegrale integrada populao brasileira, da atualizao de procedimentos e da gerao de dados para a avaliao dos resultados, o Ministrio da Sade publicou trs portarias, respectivamente:(a)PortariaGM/MS3.535,de02/09/1998(substitudapelas portarias GM/MS 2.439, de 08/12/2005 esta, revogada pela PortariaGM/MS 874, de16/05/2013,queinstituiaPolticaNacionalparaaPrevenoeControledo CncernaRededeAtenoSadedasPessoascomDoenasCrnicasno mbito do SUS -, e SAS/MS 741, de 19/12/2005 esta atualmente sob atualizao), referenteestruturaodaredeeaocredenciamentoehabilitaoemOncologia; (b) Portaria GM/MS 3.536, de 02/09/1998 [substituda pela Portaria SAS/MS 296, de 15/07/1999,porsuavezsubstitudapelaPortariaSAS/MS346,de23/06/2008, alteradapelaSAS/MS649/2008eSAS/MS467,de20/08/2007,revogadapela GM/MSn1.945,de27/08/2009(*),porsuavezrevogadapelaPortariaGM/MSn MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 5 2.415,de25/08/2010,esubstitudapelaPortariaSAS/MS421,de25/08/2010], referenteautorizaoporAPACdeprocedimentosradioterpicose quimioterpicos;e(c)PortariaSAS/MS145,de02/09/1998,relacionadaincluso de procedimentos de quimioterapia e de radioterapia e seus respectivosvalores na TabeladoSIA-SUS[substitudapelasportariasGM/MSn2.848,de06/11/2007, SAS/MS 346 de 23/06/2008 (que revoga a SAS/MS 145) e SAS/MS 282/2010)]. Umaquartaportaria,aSAS/MS034/99,republicadaem31/03/1999, substituiuaSAS/MS146/1998,eregulamentaosprocedimentosquimioterpicose radioterpicos que exigem internao e a internao especfica para quimioterapia e radioterapiadeprocedimentoscobrados por APAC(alteradospela PortariaGM/MS 2.848, de 06/11/2007). Ento, as portarias SAS/MS 296, de 15/07/1999 (revogada pela SAS/MS 346, de23/06/2008,porsuavezretificadapelaSAS/MS461,de22/08/2008ealterada pelaSAS/MS649,de11/11/2008),aSAS/MS431,de03/10/2001(alteradapela SAS/MS 347, de 23/06/2008, ambas revogadas pela SAS/MS 649), a SAS/MS 432, tambmde03/10/2001(revogadapelaSAS/MS346,de23/06/2008),aGM/MSn 1.655,de17/09/2002,eaSAS/MS467,de20/08/2007(revogadapelaGM/MSn 1.945/2009(*), por sua vez revogada pela Portaria GM/MSn 2.415, de 25/08/2010, e substituda pela Portaria SAS/MS 421, de 25/08/2010), passaram a estabelecer os procedimentos e normas da APAC/Oncologia, para a quimioterapia e a radioterapia. APortariaSAS/MS649versasobreaquimioterapiadaleucemiamieloidecrnica (LMC),cujosprocedimentos,antigosenovos,desdeaPortariaSAS/MS346, passaramaconcentrar-seinteiramentenosubgrupodaQuimioterapiadeControle TemporriodeDoenaAdulto,tendo-seexcludosaquelesquecompunhamo subgrupodaQuimioterapiaPaliativaAdulto;aPortariaGM/MSn1.655versa sobreaquimioterapiapaliativadoTumordoEstromaGastrointestinal(GIST,sigla em Ingls); e a Portaria GM/MS n 1.945/2009(*), revogada pela Portaria GM/MS n 2.415, de 25/08/2010, e substituda pela Portaria SAS/MS 421, de 25/08/2010, versa sobreaatualizaodosprocedimentosenormasdeautorizaoparaa hormonioterapia do adenocarcinoma de prstata, no SIH/SUS e no SIA/SUS. Etrsnovasportariasalteraramosprocedimentosradioterpicos:aGM/MS n 1.617, de 09/09/2005, que aumenta os valores dos procedimentos radioterpicos, osmesmosmantidospelaGM/MSn2.848,de06/11/2007;aSAS/MS757,de 27/12/2005, retificada e republicada em 15/02/2006 (e alterada pela SAS/MS 723, de 28/12/2007,republicadaem18/03/2008),queregulamentaaradioterapiacerebral, excluindoeincluindoprocedimentoserevogandoo2doartigo6daPortaria SAS/MS296,de15/07/1999(revogadapelaSAS/MS346,de23/06/2008);ea SAS/MS 322, de 11/05/2006 (tambm revogada pela SAS/MS 346, de 23/06/2008), que complementara o Anexo VIII da PT SAS/MS 296/1999, com nmeros mximos decampospararadioterapiademetstaselinfticacervicaldetumorprimrio desconhecido, nmeros estes revisados pela Portaria SAS/MS 346. Publicadaem26/10/2006,aPortariaSAS/MS768redefineosmodelosde Laudosparasolicitao/autorizaodeprocedimentosambulatoriaisede medicamentos,inclusiveprocedimentosderadioterapiaedequimioterapia.Os Laudos tiveram seu lay-out atualizado pela Portaria SAS/MS 90, de 27/02/2007, com a adequao dos campos que identificam os cdigos dos procedimentos de 08 para 10dgitos,deacordocomaTabelaUnificadadeProcedimentos,Medicamentose OPM do SUS. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 6 Paralelamente,aPortariaSAS/MS466,de20/08/2007,atualizaos procedimentosedasdiretrizesparaaiodoterapiadocarcinomadiferenciadoda tireoide, no mbito do SIH-SUS, e tambm atualiza os valores dos procedimentos de iodoterapia do hipertiroidismo pelas doenas de Graves e de Plummer, no SIA/SUS. EaPortariaSAS/MS513,de26/09/2007,defineosestabelecimentos habilitadosnaaltacomplexidadeemOncologia,conformeaPortariaSAS/MS741, de19/12/2005.APortariaSAS/MS513foirevogadapelaPTSAS/MS146,de 11/03/2008,porsuavezrevogadapelaSAS/MS62,de11/03/2009,queatualiza todas as habilitaes na alta complexidade em Oncologia e se segue de portarias de habilitaes subseqentes. AsseguintesportariastambmincluramaOncologiaemsuas determinaes:aGM/MSn2.848,de06/11/2007,quepublicaaTabelade Procedimentos,Medicamentos,rteses/PrteseseMateriaisEspeciaisdoSUS, com a unificao de procedimentos antes mltiplos no SIA e SIH-SUS; a GM/MS n 2.918, de 13/11/2007, e a SAS/MS 36, de 24/01/2008, que atualizam procedimentos diagnsticos e teraputicos de mdia complexidade dos cnceres do colo uterino e de mama; a SAS/MS 723, de 28/12/2007, republicada em 18/03/2008, que amplia os procedimentosseqenciaisemneurocirurgiaeortopediaeestabeleceos procedimentoscomunsaneurocirurgia,ortopediaouoncologia,compatibilizados com as respectivas habilitaes; a SAS/MS288, de 19/05/2008, que operacionaliza aPolticaNacionaldeAtenoemOftalmologia,institudapelaPortariaGM/MSn 957,de15/05/2008,inclusivenoquerespeitaaosprocedimentosoftalmolgicos aplicveisaotratamentodocncer,eaSAS/MS305,de29/07/2010,que recompes valores de outros procedimentos cirrgicos tambm relacionados com o tratamento do cncer.Assim, com a unificao dos procedimentos e a implantao da nova Tabela de Procedimentos, Medicamentos, rteses/Prteses e Materiais Especiais do SUS, foi revogada a Portaria SAS/MS 296, de 15/07/1999, sendo substituda pela SAS/MS 346,de23/06/2008,quealteraalgumasregrasdeautorizaoeatualizaos procedimentos radioterpicos e quimioterpicos em APAC, tendo sido retificada pela SAS/MS 461, de 22/08/2008, e alterada pela SAS/MS 649, de 11/11/2008. ValeressaltarqueaPortariaSAS/MS282,de17/06/2010,reduzosvalores doprocedimentodequimioterapiapaliativadoGISTedealguns procedimentosde quimioterapia de controle temporrio da LMC.JaPortariaSAS/MS420,de25/08/2010,altera,recompeouatualizaa maioriadosprocedimentosderadioterapiaedequimioterapianaTabelaUnificada do SUS, mantendo e estabelecendo normas de autorizao e controle. A ela seguiu-seaPortariaSAS/MS581,de25/10/2010,retificadaem29/10/2010,quea complementanoqueserefereaintercorrnciasetratamentoclnicodepaciente oncolgico. ApartirdasnegociaesentreoMinistriodaSadeelaboratrios farmacuticos,paraareduodepreosdeantineoplsicosparaoshospitais credenciados no SUS e habilitados em Oncologia, vrias portarias foram publicadas: a Portaria SAS/MS 706, de 17/12/2010, que recompe os valores de procedimentos de quimioterapia relativos ao GIST e LMC e revoga a Portaria SAS/MS 282/2010;a PortariaSAS/MS720,de20/12/2010,querecompeovalordoprocedimentode quimioterapiarelativoaoLinfomaDifusodeGrandesClulas-B,alterandoo estabelecidonaPortariaSAS/MS420/2010;eaPortariaSAS/MS90,de15de MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 7 maro de 2011, que, por compra centralizada no Ministrio da Sade do respectivo antineoplsico, volta a recompor o valor de procedimentos de quimioterapia relativos ao GIST e LMC, orienta o fornecimento de medicamento pelas secretarias estaduais desade,ratificaospercentuaisparaasfasesdaLMCdaPortariaSAS/MS649, estabelecepercentualparaasegundalinhadaquimioterapiadaLMCeimplantaa crtica com esses percentuais no subsistema APAC-SIA-SUS, revogando a Portaria SAS/MS 706/2010. ARDCAnvisa11,de22/03/2011dispesobreocontroledasubstncia Talidomida e o medicamento que a contenha. REVOGA as portarias SVS 631994 e 3541997 e a RDC Anvisa 34, de 20/04/2000, eartigos das portarias SVS 3441998 e 61999. APortariaSAS/MS939,de21/12/2011,alteraotipodefinaciamentodo procedimentodequimioembolizaodocarcinomaheptico(0416040195- Quimioembolizaodecarcinomaheptico)eocompatibilizacomosrespectivos procedimentos especiais, alterando, assim, a Portaria SAS/MS 420/2010. A Portaria SAS/MS 102, de 07/02/2012, exclui do SCNES o cdigo de Servio IsoladodeQuimioterapia;reorientasobreaformaodeComplexoHospitalarea manutenonoSIA-SUSdeServioIsoladodeRadioterapia;atualizaas habilitaesnaaltacomplexidadeemOncologia;erevogainmerasportarias SAS/MS:62/2009,195/2009,235/2009,255/2009,256/2009,259/2009,262/2009, 302/2009,303/2009,341/2009,344/2009,394/2009,397/2009,425/2009,6/2010, 61/2010,165/2010,249/2010,252/2010,264/2010,485/2010,617/2010,650/2010, 67/2011,175/2011,191/2011,237/2011,240/2011,364/2011,435/2011,504/2011, 645/2011, 652/201, 985/2011, 1.000/2011 e 1.001/2011. AsportariasSAS/MS114e115,de10/02/2012,estabeleceoprotocolode tratamento com Mesilato de Imatinibe por crianas e adolescentes: a 114 se refere a LeucemiaMieloideCrnicaea115,aLeucemiaLinfoblasticaAgudaCromossoma Philadelphi positivo. APortariaSAS/MS122,de13/02/2012,restabeleceaadvertnciaparaos percentuaisdosprocedimentosdequimioterapiadaLeucemiaMieloideCrnicado adultoeorientaoencontrodecontasparaaexcednciadopercentualde procedimentossegundalinhadaquimioterapiadaLMCdeAPACdevidamente auditadas pelas respectivas secretarias de sade gestoras. Assim, altera a Portaria SAS/MS 90/2011. APortariaSAS/MS458,de21/05/2012,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas da neoplasia maligna epitelial de ovrio. APortariaSAS/MS599,de26/06/2012,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do tumor cerebral no adulto. APortariaSAS/MS600,de26/06/2012,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do carcinoma de pulmo. APortariaSAS/MS601,de26/06/2012,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do carcinoma colorretal. APortariaSAS/MS602,de26/06/2012,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do carcinoma de fgado no adulto. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 8 APortariaSAS/MS621,de05/07/2012,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do linfoma difuso de grandes clulas B. APortariaSAS/MS1.083,de02/10/2012,aprova,atualizando,oProtocolo Clnico e Diretrizes da Dor Crnica. APortariaGM/MS2.947,de21/12/2012,atualiza,porexcluso,inclusoe alterao,procedimentoscirrgicosoncolgicosnaTabeladeProcedimentos, Medicamentos,rteses/PrteseseMateriaisEspeciaisdoSUS.Retificadaem 20/02/2013e14/03/2013e,incorporandoasretificaesjfeitasecorrees apontadas posteriormente em seus anexos, foi republicada em 11/07/2013. A Portaria GM/MS 2.948, de 21/12/2012, altera na Tabela de Procedimentos, Medicamentos,rteses/PrteseseMateriaisEspeciaisdoSUSovalorde procedimentodeInternaoparaquimioterapiadeleucemiasagudas/crnicas agudizadas. APortariaSAS/MS73,de30/01/2013(retificada),incluiprocedimentosna TabeladeProcedimentos,Medicamentos,rteses/PrteseseMateriaisEspeciais do SUS e estabelece protocolo de uso do trastuzumabe na quimioterapia do cncer de mama HER-2 positivo inicial e localmente avanado. Retificada em 26/03/2013 no Art. 2 - Servio/Classificao do procedimento do exame de confirmao do HER-2. A Portaria SAS/MS 298, de 21/03/2013 (retificada),atualiza os protocolos de uso da talidomida no tratamento da doena enxerto contra hospedeiro e do mieloma mltiplo.RevogaaPortariaConjuntaSPSeSASno25,de30dejaneirode2002. Retificada em 12/04/2013 no Anexo II Termo de Responsabilidade/Esclarecimento. A Portaria SAS/MS 312, de 27/03/2013,aprova o protocolo de tratamento da leucemialinfoblsticaagudacromossomaPhiladelphiapositivodeadultocom mesilato de imatinibe. APortariaSAS/MS357,de08/04/2013,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do melanoma maligno cutneo. APortariaSAS/MS453,de23/04/2013,incluinaTabeladeProcedimentos, Medicamentos, rteses / Prteses e Materiais Especiais do SUS os procedimentos Dosagem do Antgeno CA125 e Quimioterapia de Melanoma Maligno (adjuvncia noi estdioIII)ealtera,mantendoosdemaisatributos,onomedoprocedimentoBloco de Colimao Personalizado para Colimao Personalizada. APortariaSAS/MS505,de06/05/2013,estabelecediretrizesdiagnsticase teraputicas do adenocarcinoma de estmago. APortariaGM/MS876,de16/05/2013,dispesobreaaplicaodaLei 12.732, de 22/12/2012, que versa a respeito do primeiro tratamento do paciente com neoplasia maligna comprovada, no mbito do SUS.

MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 9 Relembra-sequeosprocedimentosdatabeladoSUSsorevisados periodicamente,inclusiveosradioterapiaedequimioterapia,emumprocesso dinmicoqueenvolveoMinistriodaSadeemdiversasinstncias,hospitais especializados,sociedadesdeespecialistas,associaeseafins,queavaliamas propostasdeinclusoouexclusodealgunsprocedimentos,combasesde evidnciastcnico-cientficasconsolidadasederelaocusto/benefcioecusto-efetividadereconhecida.Apontam-sealgumaspremissasobservadasnasrevises: reforoparareasestratgicas;viabilizaodeesquemasquimioterpicosde resultadosestabelecidos;maiorvalorizaodeprocedimentoscurativose adjuvantes;induomelhoriadainformaopelaequalizaodevaloresde procedimentosemdiferentesfinalidades;induomelhoriadainformaopela recomposiodeprocedimentosemdiferentesfinalidades;equalizaodevalores de procedimentos similares; e simplificao pela unificao de procedimentos. Essa atualizaotemcomofocospossibilitarmaiorsustentabilidadedosservios, estimular a oferta de servios, aumentar o acesso assistencial, possibilitar a adoo de novos terapias de comprovada efetividade, melhorar as regulao e avaliao da assistnciaprestada,melhoraraqualidadedainformaoeprevenirdistoresde codificao. EstemanualdeorientaestcnicasparaAutorizaodeProcedimentosde AltaComplexidadeAPAC/Oncologia,sendoestaasua15aedio,desde1999, continuaafazerpartedessasiniciativas,integra-seaoSistemadeInformaes AmbulatoriaisSIA/SUSevisaaotreinamentodosautorizadoreseauditoresde procedimentosquimioterpicoseradioterpicos,nombitodoSUS.Comasua elaborao,oMinistriodaSadebuscaatualizaressesservidorespblicose oferecer-lhes maior capacitao para a atuao descentralizada. Aspartesrealadasemcinzareferem-sesalteraesfeitasnesta edio.Parafacilitarotrabalhodeauditoriaedeavaliaodesrieshistricas, voltou-seaincluiroscdigosdeorigemdosprocedimentosderadioterapiaede quimioterapia, que haviam sido excludos na 14 edio deste Manual. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 10 2. NEOPLASIA 2.1. Conceito Noorganismo,verificam-seformasdecrescimentocelularcontroladaeno controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia so exemplos de crescimento controlado,enquantoqueasneoplasiascorrespondemsformasdecrescimento no controladas e so denominadas, na prtica, de tumores. Aprimeiradificuldadequeseenfrentanoestudodasneoplasiasasua definio, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evoluodoconhecimento,modifica-seadefinio.Amaisaceitaatualmente: Neoplasia uma proliferao anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende autonomia e perpetuao, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro (Prez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984). 2.2. Classificao Vriasclassificaesforampropostasparaasneoplasias.Amaisutilizada levaemconsideraodoisaspectosbsicos:ocomportamentobiolgicoea histognese. 2.2.1.Comportamento biolgico De acordo com o comportamento biolgico os tumores podem ser agrupados emtrstipos:benignos,limtrofesoubordeline,emalignos.Umdospontosmais importantesnoestudodasneoplasiasestabeleceroscritriosdediferenciao entre cada uma destas leses, o que, algumas vezes, torna-se difcil. Estes critrios sero discutidos a seguir e so, na grande maioria dos casos, morfolgicos: Cpsula: Ostumoresbenignostendemaapresentarcrescimentolentoeexpansivo determinandoacompressodostecidosvizinhos,oquelevaaformaodeuma pseudocpsulafibrosa.Jnoscasosdostumoresmalignos,ocrescimentorpido, desordenado,infiltrativoedestrutivonopermiteaformaodestapseudocpsula; mesmoqueelaseencontrepresente,nodeveserequivocadamenteconsiderada como tal, e sim como tecido maligno. Crescimento: Todasasestruturasorgnicasapresentamumparnquima,representado pelasclulasematividademetablicaouemduplicao,eumestroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo dar sustentao e nutrioaoparnquima.Ostumorestambmtmestasestruturas,sendoqueos benignos,porexibiremcrescimentolento,possuemestromaeumaredevascular MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 11 adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumoresmalignos,observa-seque,pelarapidezedesorganizaodocrescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto ndice de duplicao celular, eles apresentam umadesproporoentreoparnquimatumoraleoestromavascularizado.Isto acarretareasdenecroseouhemorragia,degrauvarivelcomavelocidadedo crescimento e a idade tumorais. Morfologia: Oparnquimatumoralexibeumgrauvariadodeclulas.Asdostumores benignos,quesosemelhantesereproduzemo aspecto dasclulasdotecidoque lhesdeuorigem,sodenominadasbemdiferenciadas.Asclulasdostumores malignosperderamestascaractersticas,tmgrausvariadosdediferenciaoe, portanto,guardampoucasemelhanacomasclulasqueasoriginarameso denominadaspoucodiferenciadas.Quandoseestudamsuascaractersticasao microscpio,vem-seclulascomalteraesdemembrana,citoplasmairregulare ncleos com variaes da forma, tamanho e cromatismo. Mitose: Onmerodemitosesexpressaaatividadedadivisocelular.Istosignifica dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior ser o nmero de mitoses verificadas. Nocasodostumores,onmerodemitosesestinversamenterelacionado comograudediferenciao.Quantomaisdiferenciadoforotumor,menorsero nmerodemitosesobservadaemenoraagressividadedomesmo.Nostumores benignos, as mitoses so raras e tm aspecto tpico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas so em maior nmero e atpicas. Antigenicidade Asclulasdostumoresbenignos,porserembemdiferenciadas,no apresentamacapacidadedeproduzirantgenos.Jasclulasmalignas,pouco diferenciadas,tmestapropriedade,emborararamente,quepodeserutilizadano diagnstico e no diagnstico precoce de alguns tipos de cncer. MetstasesAsduaspropriedadesprincipaisdasneoplasiasmalignasso:acapacidade invasivo-destrutivalocaleaproduodemetstases.Pordefinio,ametstase constitui o crescimento neoplsico distncia, sem continuidade e sem dependncia do foco primrio. Caractersticas Diferenciais dos Tumores CritrioBenignoMaligno EncapsulaoFreqenteAusente Crescimento LentoRpido ExpansivoInfiltrativo Bem delimitadoPouco delimitado MorfologiaSemelhante origemDiferente MitoseRaras e tpicasFreqentes e atpicas MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 12 AntigenicidadeAusentePresente MetstaseNo ocorreFreqente 2.2.2.Histognese Odiagramaabaixoresumeasetapasdodesenvolvimentodoovoata formao do embrio tridrmico, do qual derivam todos os tecidos do corpo humano (histognese). (1) Clulas blsticas, residuais, so daqui derivadas. (2)Oectodermadorigemaoepitlioderevestimentoexterno,oepitlioglandulareotecido nervoso. (3)Omesodermadiferencia-seemdiversostecidos,entreosquaisostecidossseo,muscular, vascular, seroso, cartilaginoso e hematopotico. (4) O endoderma d origem ao epitlio de revestimento interno e de glndulas. 2.3. Nomenclatura Regra Geral Adesignaodostumoresbaseia-senasuahistogneseehistopatologia. Paraostumoresbenignos,aregraacrescentarosufixooma(tumor)aotermo que designa o tecido que os originou. Exemplos: - tumor benigno do tecido cartilaginoso condroma; MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 13 - tumor benigno do tecido gorduroso lipoma; - tumor benigno do tecido glandular adenoma. Quanto aos tumores malignos, necessrio considerar a origem embrionria dos tecidos de que deriva o tumor. Quando sua origem for dos tecidos epiteliais de revestimento externo e interno, os tumores so denominados carcinomas. Quando o epitlio de origem for glandular, passam a ser chamados de adenocarcinomas.Ostumoresmalignosoriginriosdostecidosconjuntivosoumesenquimais tero o acrscimo de sarcoma ao vocbulo que corresponde ao tecido. Por sua vez, ostumoresdeorigemnasclulasblsticas,queocorremmaisfreqentementena infncia,tmosufixoblastomaacrescentadoaovocbuloquecorrespondeao tecido original. Exemplos: - Carcinoma basocelular de face tumor maligno da pele; - Adenocarcinoma de ovrio tumor maligno do epitlio do ovrio; - Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso; - Lipossarcoma - tumor maligno do tecido gorduroso; - Leiomiossarcoma - tumor maligno do tecido muscular liso; - Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido heptico jovem; - Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem. Excees Apesardeamaioriadostumoresinclurem-senaclassificaopelaregra geral, alguns constituem exceo a ela. Os casos mais comuns so: Tumores Embrionrios SoosTeratomas(podemserbenignosoumalignos,dependendodoseu graudediferenciao),seminomas,coriocarcinomasecarcinomadeclulas embrionrias.Sotumoresmalignosdeorigemembrionria,derivadosdeclulas primitivas totipotentes que antecedem o embrio tridrmico. Epnimos H tumores malignos que receberam os nomes daqueles que os descreveram pelaprimeiravez:linfomadeBurkitt,DoenadeHodgkin,sarcomadeEwing, sarcomadeKaposi,tumordeWilms(nefroblastoma),tumordeKrukenberg (adenocarcinoma mucinoso metasttico para ovrio). Morfologia Tumoral Oscarcinomaseadenocarcinomaspodemrecebernomescomplementares (epidermoide,papilfero,seroso,mucinoso,cstico,medular,lobularetc.),para melhordescreversuamorfologia,tantomacrocomomicroscpica: cistoadenocarcinomapapilfero,carcinomaductalinfiltrante,adenocarcinoma mucinoso, carcinoma medular, etc. Epitlios Mltiplos Ostumores,tantobenignoscomo malignos, podemapresentar maisdeuma linhagem celular. Quando benignos, recebem o nome dos tecidos que os compem, MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 14 maisosufixooma:fibroadenoma,angiomiolipoma,etc.Omesmofeitoparaos tumores malignos, com os nomes dos tecidos que correspondem variante maligna: carcinossarcoma,carcinomaadenoescamoso,etc.Outrasvezesencontram-se componentesbenignoemaligno,eosnomesestarorelacionadoscomas respectivaslinhagens:adenoacantoma(linhagemglandularmalignaemetaplasia escamosa benigna). Sufixo Indevido Algumasneoplasiasmalignasficaramdenominadascomosefossem benignas(ouseja,apenaspelosufixooma)pornopossuremacorrespondente variantebenigna:melanoma,linfomasesarcomas(estesdoisltimosnomes representam classes de variados tumores malignos). Outros Algumas vezes, a nomenclatura de alguns tumores escapa a qualquer critrio histogenticooumorfolgico:molahidatiforme(umaneoplasiatrofoblstica gestacional, como o corioma) e micose fungoide (linfoma no Hodgkin cutneo). Cdigo Internacional de Doenas Tentandouniformizaranomenclaturatumoral,aOrganizaoMundialda Sade(OMS)temlanado,emvriosidiomas,ediesdaClassificao InternacionaldeDoenaseProblemasRelacionadosSade(CID-10).Porela, possvelclassificarostumoresporlocalizao(topografia)enomenclatura (morfologia), dentro de cdigos de letras e nmeros, sendo usada por especialistas em todo o mundo. Exceto pelos procedimentos de radioterapia de doena ou condio benigna (0304010014e0304010235),osprocedimentosoncolgicosemAPAC correlacionam-secomtumoresclassificadospeloscdigosdeC00aC97eD37a D48,emboranoobrigatoriamentetodososincludosentreessesintervalos.Por isso, para efeito de autorizao de radioterapia, o carcinoma in situ, que o estgio 0docncer(verem5-Estadiamento,adiante),devesercodificadocomcdigodo captulo C (por exemplo, C44 pele, C50 mama e C60 - pnis), especificando-se a sualocalizaonorgopeloterceiroalgarismo,oquartocaracterdocdigoda CID-10. Origem e Nomenclatura dos Tumores OrigemBenignoMaligno A) Tecido epitelial Revestimento Glandular Papiloma Adenoma Carcinoma Adenocarcinoma MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 15 B) Tecido conjuntivo Fibroso MixoideAdiposoCartilagemVasos sangneos GlmusPericitos Vasos linfticosMesotlio Meninge Fibroma Mixoma LipomaCondromaHemangioma Glomangioma Hemangiopericitoma Linfangioma- Meningioma Fibrossarcoma Mixossarcoma Lipossarcoma Condrossarcoma Hemangiossarcoma - Hemangiopericit. maligno Linfangiossarcoma MesoteliomaMeningioma maligno c)Tecido Hemolinfopotico MieloideLinfoide Clulas de Langerhans- - - - - - - Leucemia Leucemia Linfomas Plasmocitoma mieloma Histiocitose X D) Tecido MuscularLiso Estriado -LeiomiomaRabdomioma Leiomiossarcoma Rabdomiossarcoma E) Tecido Nervoso Neuroblasto ou neurnio Clulas gliais Nervos perifricos Neuroepitlio Ganglioneuroma -Neurilemoma- Glanglioneuroblastoma Neuroblastoma Simpaticogonioma Gliomas Neurilemoma ependimoma F) Melancitos -Melanoma G) TrofoblastoMola hidatiforme(corioma) Coriocarcinoma H) Clulas Embrionrias Totipotentes Teratoma maduro (cisto dermoide) Teratoma imaturo (maligno) 2.4. Graduao Histopatolgica A graduao histopatolgica dos tumores baseia-se no grau de diferenciao das clulas tumorais e no nmero de mitoses. O primeiro refere-se a maior ou menor semelhanadasclulastumoraiscomasdotecidonormalquesesupeter-lhe dadoorigem.Paratanto,hquatrograusdescritivosdediferenciao:bem diferenciado(G1),moderadamentediferenciado(G2),poucodiferenciado(G3)e anaplsico (G4).Aocontrriodoquesesupeumaneoplasiamalignanoumaentidade homognea;elatem,numamesmarea,clulascomgrausdiferentesde diferenciao.Poroutrolado,algunstumorespodemmodificarestegraumedida MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 16 que evoluem, tornando-se pouco diferenciados, o que traduz uma maior rapidez de crescimento e maior agressividade.Outrodadoimportanteonmerodemitoses,queexpressaaatividade celular. Quanto maior a proliferao de um tecido, maior ser o nmero de mitoses verificadas, conforme j assinalado anteriormente. 2.5. Estadiamento Estadiamento Clnico Ostumoresmalignos,apesardasuagrandevariedade(maisde100tipos diferentes),apresentamumcomportamentobiolgicosemelhante,queconsisteem crescimento, invaso local, destruio dos rgos vizinhos, disseminao regional e sistmica.Otempogastonestasfasesdependetantodoritmodecrescimento tumoral como de fatores constitucionais do hospedeiro. O conhecimento da biologia dos tumores levou a Unio Internacional Contra o Cncer (UICC) a desenvolver um sistema que permitisse classificar a evoluo das neoplasiasmalignas,parasedeterminaromelhortratamentoeasobrevidados doentes.Estesistema,denominado,noBrasil,deestadiamento,temcomobasea avaliao da dimenso do tumor primrio (representada pela letra T), a extenso de suadisseminaoparaoslinfonodosregionais(representadapelaletraN)ea presena,ouno,demetstasedistncia(representadapelaletraM)e conhecidocomoSistemaTNMdeClassificaodeTumoresMalignos.Para algumasneoplasiasmalignas(depeleedeovrio,porexemplo),oexame histopatolgicodematerialbiopsiado,incisionalouexcisionalmente,faz-se necessrio mesmo para o estadiamento dito clnico. Cadacategoriadoestadiamentoclnicoapresentadiversassubcategorias: para o tumor primitivo, vo de T1 a T4; para o acometimento linftico, de N0 a N3; e paraasmetstases,deM0aM1sendoquealgunstumoresnopreenchem obrigatoriamente todas as categorias T ou N. AcombinaodasdiversassubcategoriasdoTNM(letraenmeros) determina os estdios clnicos, que variam de I a IV, na maioria dos casos, havendo caso de tumor, como o de testculo, que tem sua classificao mxima no estdio III, ou seja, no tem o estdio IV. Oestadiamentoclnicotambmrepresenta,portanto,alinguagemdequeo oncologista dispe para definir condutas e trocar conhecimentosa partir dos dados do exame fsico e de exames complementares pertinentes ao caso. O sistema permanentemente atualizado pela UICC. Alm do TNM da UICC, gruposquesededicamaestudosdetumoresespecficosdesenvolveramsistemas prpriosdeestadiamento,oquenosignificaincompatibilidade,esim complementao,entreasdiferentesclassificaes.Umadascontribuiesmais importantesfoidadapelaFederaoInternacionaldeGinecologiaeObstetrcia (FIGO)noestadiamentodostumoresdagenitliafeminina,jtendosido compatibilizada e incorporada a sua classificao da UICC. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 17 Estadiamento Patolgico Oestadiamentopatolgicobaseia-senosachadoscirrgicosenoexame anatomopatolgicos da pea operatria. estabelecido aps o tratamento cirrgico e determina a extenso da doena com maior preciso. Este estadiamento pode ou nocoincidircomoestadiamentoclnicoenoaplicvelatodosostumores, embora para alguns (pele e ovrio, por exemplo) seja o nico estadiamento possvel. grafadocomaletrapminsculaantesdasletrasT,NeM:Exemplo: pT1pN1pM0. Grau de Diferenciao Independentementedotipodesistemautilizadoparaaclassificao anatmica do tumor, este deve ser, sempre que possvel classificado quanto ao grau dediferenciaohistopatolgica.Algumasvezes,adenominaopatolgicado tumor j inclui a sua diferenciao: Exemplo:adenocarcinomagstricodifusodeLauren,quesignificapouco diferenciado, ou o do tipo intestinal de Lauren, que bem diferenciado. Smbolos Adicionais Foram propostos com a finalidade de permitir o estadiamento, devendo ser de uso e aceitao restritos: -x:Paraoscasosemqueotumorprimrio,oslinfonodosregionaisou metstasesnopossamseravaliadospeloexamefsicoouexames complementares,sendografadoemletraminsculaapsoT,NouM.No correspondeadesconhecimentodoestadiamentoquandoestejfoifeitoouo doente j foi anteriormente tratado. -y:Paraoscasosemqueoestadiamentofeitoduranteouapso tratamento, sendo grafado com a letra y minscula antes do TNM ou do pTNM. - r: Para os casos de recidiva tumoral, quando o estadiamento feito aps um intervalolivrededoena,sendografadocomaletrarminsculaantesdoTNMou pTNM. -R:Aausncia,oupresena,detumorresidualaotrminodotratamento descrita pelaletraR:Rx: a presena do tumorresidual nopodeseravaliada;R0: ausnciadetumorresidual;R1:tumorresidualmicroscpico;R2:tumorresidual macroscpico. Importncia do Estadiamento Adeterminao da extensodadoenaeaidentificao dosrgosporela acometidos constituem um conjunto de informaes fundamentais para: . Obteno de informaes sobre o comportamento biolgico do tumor; . Seleo da teraputica; . Previso das complicaes; . Obteno de informaes para estimar o prognstico do caso; . Avaliao dos resultados do tratamento; MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 18 . Investigao em oncologia: pesquisa bsica e clnica; . Publicao dos resultados e troca de informaes. Almdaavaliaodaextensodotumor(estadiamento),deve-seavaliar tambmacondiofuncionaldodoente(performancestatusoucapacidade funcional).Deve-sedeterminarseesta,quandocomprometida,devida repercussodocncernoorganismo,anteriorneoplasia,derivadadotratamento ou devida a outra doena concomitante. NOTAS: 1) A classificao TNM e o grupamento por estdios, uma vez estabelecidos, devem permanecer imutveis no pronturio mdico. 2) Os tumores malignos classificavam pelo sistema TNM so aqueles de tipos histolgicosmaiscomunsnasseguinteslocalizaes:LbioeCavidadeBucal (Carcinomas);Faringe(Carcinomas);Laringe(Carcinomas);CavidadeNasale SeiosPara-Nasais(Carcinomas);MelanomaMalignodoTratoAerodigestivo Superior;GlndulasSalivaresMaiores(Carcinomas),GlndulaTireoide (Carcinomas),Esfago (Carcinomas);Estmago(Carcinomas e tumor carcinoide); Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST); Intestino Delgado (Carcinomas e tumor carcinoide);CloneReto(Carcinomasetumorcarcinoide);CanalAnal (Carcinomas);Fgado(CarcinomaHepatocelularPrimrioeColangiocarcinoma Hepticodoductobiliarintra-heptico);VesculaBiliar(Carcinomas);Ductos Biliares Extra-Hepticos (Carcinomas); Ampola de Vater (Carcinomas); Pncreas (Carcinomadopncreasexcrino);Pulmo(Carcinomas);MesoteliomaPleural; Osso(tumoresmalignosprimriosdoosso,excetolinfomas,mielomamltiplo, osteossarcomasuperficial/justacorticalecondrossarcomajustacortical);Partes Moles(SarcomaAlveolardePartesMoles,Angiossarcoma,SarcomaEpitelioide, CondrossarcomaExtra-Esqueltico,Fibrossarcoma,Leiomiossarcoma, Lipossarcoma,FibrohistiocitomaMaligno,HemangiopericitomaMaligno, MesenquimomaMaligno,SchwannomaMaligno,Rabdomiossarcoma,Sarcoma SinovialeSarcomaSOE,ouseja,semoutraespecificao);Pele(Carcinoma, Melanoma);Mama,Vulva,Vagina,ColoUterino,CorpoUterino(endomtrioe sarcomas),Ovrio,TrompadeFalpio,CrionPlacentrio(Tumores TrofoblsticosGestacionais);Pnis,Prstata,Testculo,Rim,PelveRenale Ureter,BexigaUrinria,Uretra,OlhoPlpebra(Carcinoma);Conjuntiva (Carcinoma,Melanoma);vea(Melanoma);Retina(Retinoblastoma);rbita (Sarcoma)eGlndulaLacrimal(Carcinoma);SistemaLinfopotico(Linfomade Hodgkin e Linfomas no Hodgkin). 3) S se pode exigir no subsistema APAC-Onco, o estadiamento dos tumores acimarelacionados,quesoosincludosemTNM-ClassificaodeTumores Malignos,2010,7aEdio,traduzida,publicadaedistribudapeloMinistrioda Sade, por meio do Instituto Nacional de Cncer e Fundao do Cncer, em 2012, e disponvel em http://www.cancer.org.br/tnm, na Internet. Estadiamento Geral dos Tumores (Estdio Descrio): 0 - carcinoma in situ (TisN0M0); I - invaso local inicial; II - tumor primrio limitado ou invaso linftica regional mnima; MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 19 III - tumor local extenso ou invaso linftica regional extensa; IV - tumor localmente avanado ou presena de metstases. Capacidade Funcional do Doente (PS): - Zubrod 0, Karnofsky 100-90: Doente assintomtico ou com sintomas mnimos. -Zubrod1,Karnofsky89-70:Doentesintomtico,mascomcapacidadeparao comparecimento ambulatorial. - Zubrod 2, Karnofsky 69-50: Doente permanece no leito menos da metade do dia. - Zubrod 3, Karnofsky 49-30: Doente permanece no leito mais da metade do dia. -Zubrod4,Karnofsky29-10:Doenteacamado,necessitandodecuidados constantes. - Karnofsky < 9: Doente agnico. Para a autorizao de procedimentos de radioterapia e de quimioterapia, necessriaaapresentaodecpiadolaudocitoouhistopatolgico,e, conformeespecificadonadescriodosrespectivosprocedimentos, indispensvelacomprovaodereceptorhormonalpositivo,noscasosde mulheres sob hormonioterapia do carcinoma de mama ou do adenocarcinoma deendomtrio; dapositividade do exame do anti-CD 117/c-Kit, nos casos de tumordoestromagastrintestinal;docromossomaPhiladelphiaoudogene bcr/abl, nos casos de leucemia mielide crnica e linfoblstica aguda; do HER-2(porexamedeimunohistoqumicacomexameconfirmatrioportcnica molecular),emcasosdecncerdemama;eoutrosquevenhamase estabelecer em portarias especficas. Ressalta-sequeoexamecitopatolgicodocolodoteroexame preventivo,dePapanicolaouumexamedetriagemenorepresentaum meio diagnstico definitivo de cncer, da a necessidade de, quando sugestivo de malignidade, ter sua confirmao por exame histopatolgico. Inexisteindicaodetratamentodecncersemaconfirmaocitoou histopatolgica de malignidade. Em caso de tumor primrio desconhecido, a definio teraputica se d conformeotipoesubtipocelularesdotumormetasttico,identificadospor exame cito ou histopatolgico. Em casos excepcionais (tumor primrio ou metasttico cerebral e tumor mediastinal comprimindo veia cava superior) poder ser o diagnstico clnico (por exame fsico e de imagem) que justifica o incio do tratamento solicitado, inclusive o de emergncia, ainda sem confirmao de malignidade. 3. TRATAMENTO DO CNCER Existemtrsformasdetratamentodocncer:cirurgia,radioterapiae quimioterapia.Elassousadasemconjuntonotratamentodasneoplasias MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 20 malignas,variandoapenasquantoimportnciadecadaumaeaordemdesua indicao. Atualmente,poucassoasneoplasiasmalignastratadascomapenasuma modalidadeteraputica.Da,aimportnciadeumaassistnciaintegralpela integraodeserviosoncolgicos(decirurgia,radioterapiaequimioterapia),entre siecomserviosgerais,emestruturahospitalar,cujaregulamentaopara credenciamentoehabilitaofoiatualizadapelasportariasSAS/MS741/2005,no 361/2007 e no 102/2012 e suas subseqentes. Obviamente, a autorizao de procedimentos deve verificar a compatibilidade com a real existncia de respectivos equipamentos e instalaes, a habilitao dos estabelecimentoseseucadastroatualizadonoSistemaNacionalde Estabelecimentos de Sade - SCNES. Porseulado,asportariasGM/MSno1.655/2002easportariasSAS/MSno 757/2005(retificadaerepublicadaem15/02/2006ealteradapelaSAS/MS723,de 28/12/2007,republicadaem18/03/2008),466e467/2007(revogadapelaGM/MS 1.945/2009)e649/2008(querevogouas431/2001e347/2008),estabelecem diretrizes diagnstico-teraputicas e de autorizao. Atentar que, com a publicao da Portaria SAS/MS 420/2010, o Ministrio da Sadepassouaestabelecerprotocolosediretrizesdiagnsticaseteraputicasde neoplasiasmalignas,iniciandocomarepublicaodasnormasdeautorizaoda hormonioterapiadoadenocarcinomadeprstata(AnexodaPortariaSAS/MS421, de25/08/2010,substitutadaGM/MS1.945/2009)eapublicaodediversas portarias especficas por neoplasia maligna (ver Anexo VII). Aobservnciadetodososatributosdosprocedimentosoncolgicos, mormenteasdescriesdosprocedimentos,orientaasdecisesdeautorizao,e todos os procedimentos podem ser pesquisados no stio eletrnico: http://sigtap.datasus.gov.br/ NaTabelaUnificadadoSUS,osprocedimentosoncolgicos(assim consideradososcirrgicos,radioterpicos,quimioterpicosedeiodoterapiado carcinoma diferenciado da tireoide) encontram-se em dois grupos: a)Grupo03ProcedimentosClnicos;Sub-Grupo04Tratamentoem Oncologia,comasseguintesformasdeorganizao(quintoesextodgitosdos cdigos):01Radioterapia,02QuimioterapiaPaliativa-Adulto,03Quimioterapia paraControleTemporriodeDoenaAdulto,04QuimioterapiaPrvia (neoadjuvante/citorredutora)-Adulto,05QuimioterapiaAdjuvanteAdulto,06QuimioterapiaCurativaAdulto,07QuimioterapiadeTumoresdeCrianae Adolescente,08QuimioterapiaProcedimentosEspeciais,09-MedicinaNuclear Teraputica Oncolgica e 10Gerais em Oncologia; e b)Grupo04ProcedimentosCirrgicos;Sub-Grupo16CirurgiaOncolgica, sendoasformasdeorganizaorelacionadascomasdiversasespecialidades cirrgicas:01-Urologia),02SistemaLinftico,03CabeaePescoo(04Esfago-Gastro-DuodenaleVscerasAnexaseOutrosrgosIntra-abdominais,05Colo-Proctologia,06Ginecologia,07Oftalmologia(semprocedimentos,disponibilizados MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 21 noSubgrupo05-CirurgiadoAparelhodaViso),08PeleeCirurgiaPlstica,09OssosePartesMoles,10Neurocirurgia(semprocedimentos,disponibilizadosno Subgrupo 03), 11Cirurgia Torcica, 12Mastologia.H de se atentar para as habilitaes em Oncologia tambm compatibilizadas comprocedimentosdeOrtopedia(Grupo04-ProcedimentosCirrgicos;Subgrupo 08-Cirurgia do Sistema steo-muscular) e de Oftalmologia (Grupo 04-Procedimentos Cirrgicos;Subgrupo05-CirurgiadoAparelhodaViso),demdiaedealta complexidade,sejaparaodiagnstico,sejaparaoparatratamentodocncer, lembrando-sedequeaPortariaSAS/MS288,de19/05/2008,operacionalizaa PolticaNacionaldeAtenoemOftalmologia,institudapelaPTGM/MS957,de 15/05/2008,inclusivenoquerespeitaaosprocedimentosoftalmolgicosaplicveis ao tratamento do cncer. QuantoNeurocirurgia,recorda-sequeaPortariaSAS/MS723,de 28/12/2007,republicadaem18/03/2008,estabeleceuosprocedimentosdealta complexidadecomunsaNeurocirurgiaeCirurgiaOncolgicaeaOrtopedia, Neurocirurgia e Cirurgia Oncolgica, definindo as habilitaes correspondentes: PROCEDIMENTOS DE ALTA COMPLEXIDADE COMUNS A NEUROCIRURGIA E CIRURGIA ONCOLGICA HABILITAES EXIGIDAS: Neurocirurgia ou Oncologia CDIGODESCRIO 04.03.01.004-7Craniotomia para retirada de cisto/ abscesso / granuloma enceflico 04.03.01.005-5 Craniotomiapararetiradadecisto/abscesso/granulomaenceflicoc/tcnica complementar 04.03.01.011-0Descompresso da rbita 04.03.01.012-8Microcirurgia cerebral endoscpica 04.03.01.014-4Reconstruo craniana / crnio facial 04.03.01.024-1Tratamento cirrgico da fistula liqurica craniana 04.03.01.025-0Tratamento cirrgico da fistula liqurica raquiana 04.03.01.029-2Tratamento cirrgico do hematoma intracerebral com tcnica complementar 04.03.01.035-7Trepanao p/ bipsia cerebral/ drenagem de abscesso / cisto c/ tcnica complementar 04.03.02.009-3Neurotomia seletiva do trigmeo e outros nervos cranianos 04.03.03.017-0Tratamento conservador de tumor do sistema nervoso central 04.03.03.005-6Craniectomia por tumor sseo 04.03.03.001-3Craniotomia para biopsia enceflica 04.03.03.002-1Craniotomia para biopsia enceflica com tcnica complementar 04.03.03.004-8Craniotomia para retirada de tumor intracraniano 04.03.03.006-4Hipofisectomia transesfenoidal com microcirurgia04.03.03.007-2Hipofisectomia transesfenoidal endoscpica04.03.03.016-1Resseco de tumor raquimedular extra-dural04.03.03.008-0Microcirurgia de tumor intradural e extramedular 04.03.03.010-2Microcirurgia de tumor medular 04.03.03.009-9Microcirurgia do tumor medular com tcnica complementar MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 22 04.03.03.011-0Microcirurgia para bipsia de medula espinhal ou razes 04.03.03.013-7Microcirurgia para tumor de rbita 04.03.03.014-5Microcirurgia para tumor intracraniano 04.03.03.015-3Microcirurgia para tumor intracraniano com tcnica complementar 04.03.03.012-9Microcirurgia para tumore da base do crnio 04.03.03.003-0Craniotomia para retirada de tumor cerebral inclusive da fossa posterior 04.03.04.002-7Descompresso neurovascular de nervos cranianos 04.03.04.008-6Tratamento cirrgico da fistula cartido cavernosa 02.01.01.053-4Biopsia estereottica 04.03.05.016-2 Tratamentodelesoestereotticaestruturaprofundap/tratamento.doroumovimentos anormais 04.03.05.003-0Bloqueios prolongados sist nerv perifrico/ central c/ uso bomba infuso 04.03.05.006-5Microcirurgia com cordotomia / mielotomiaa cu aberto 04.03.05.004-9Cordotomia / mielotomia por radiofreqncia 04.03.05.015-4Tratamento de leso do sistema neurovegetativo por agentes qumicos 04.03.05.007-3Microcirurgia com rizotomiaa cu aberto 04.03.05.010-3Rizotomia percutnea por radiofreqncia 04.03.05.009-0Rizotomia percutnea com balo 03.03.04.006-8Tratamento conservador da dor rebelde de origem central e neoplsica 04.03.07.013-9Embolizao de tumor intra-craniano ou da cabea e pescoo 04.08.03.018-6Artrodese occipto-cervical (c3) posterior 04.08.03.019-4 Artrodese occipto-cervical (c4) posterior 04.08.03.020-8Artrodese occipto-cervical (c5) posterior 04.08.03.021-6Artrodese occipto-cervical (c6) posterior 04.08.03.022-4Artrodese occipto-cervical (c7) posterior 04.08.03.008-9Artrodese cervical anterior c1-c2; via trans-oral ou extra-oral 04.08.03.007-0Artrodese cervical anterior; at dois nveis 04.08.03.006-2Artrodese cervical anterior; trs ou mais nveis 04.08.03.002-0Artrodese cervical / crvico-torcico posterior (1 nvel-inclui instrumentao) 04.08.03.003-8Artrodese cervic/cerv-torac poster; trs ou mais nveis, inclui instrumentao 04.08.03.023-2Artrodese traco-lombo-sacra anterior (1 nvel inclui instrumentao) 04.08.03.024-0Artrodese traco-lombo-sacra anterior (2 nveis, inclui instrumentao) 04.08.03.026-7Artrodese traco-lombo-sacra posterior (1 nvel inclui instrumentao) 04.08.03.027-5Artrodese traco-lombo-sacra posterior (3 nveis inclui instrumentao)04.08.03.029-1Artrodese traco-lombo-sacra posterior, dois nveis, inclui instrumentao 04.08.03.013-5Artrodese intersomtica via posterior/pstero-lateral (1 nvel) 04.08.03.014-3Artrodese intersomtica via posterior/pstero-lateral ( 2 nveis) 04.08.03.036-4Descompresso ssea na juno crnio-cervical via posterior 04.08.03.037-2Descompresso ssea na juno crnio-cervical via posterior c/ ampliao dural 04.08.03.035-6Descompresso da juno crnio-cervical via transoral / retrofaringea 02.01.01.025-9Biopsia da lmina /pedculo / processos vertebrais a cu aberto 02.01.01.012-7Biopsia de corpo vertebral a cu abertoMANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 23 02.01.01.013-5Biopsia de corpo vertebral/lmina/pedculos vertebrais por dispositivo guiado 04.08.03.055-0Resseco de um corpo vertebral cervical 04.08.03.050-0Resseco de dois ou mais corpos vertebrais cervicais (inclui reconstruo) 04.08.03.051-8Resseco de dois ou mais corpos vertebrais traco-lombo-sacrais (inclui reconstruo) 04.08.03.053-4Ressecodeelementovertebralposterior/postero-lateral/distalac2(maisde2 segmentos) 04.08.03.054-2Resseco de elemento vertebral posterior / postero-lateral distal a c2 (ate 2 segmentos) 04.08.03.055-0Resseco de um corpo vertebral cervical 04.08.03.051-9Resseco um corpo vertebral traco-lombo-sacro (inclui reconstruo) 04.08.03.056-9Resseco um corpo vertebral traco-lombo-sacro (inclui reconstruo) 04.08.03.061-5Revisoartrodese/tratamento.cirrgicodepseudartosedacolunatraco-lombo-sacra anterior 04.08.03.062-3Reviso artrodese / tratamento. cirrgico de pseudartrose da coluna cervical posterior 04.08.03.063-1Revisoartrodese/tratamento.cirrgicodepseudartrosedacolunatraco-lombo-sacra posterior 04.08.03.064-0Reviso artrodese tratamento. cirrgico de pseudoartorse da coluna cervical anterior 04.08.04.021-1Retirada de enxerto autgeno de ilaco 04.08.03.079-8Vertebroplastia em um nvel por dispositivo guiado ( 3 nveis) 04.03.02.005-0Microneurlise de nervo perifrico 04.03.02.006-9Microneurorrafia 04.03.02.002-6Enxerto microcirrgico de nervo perifrico (nico nervo) 04.03.02.001-8Enxerto microcirrgico de nervo perifrico(2 ou mais nervos) 04.03.02.013-1Tratamento microcirrgico de tumor de nervo perifrico / neuroma Com apublicao da PortariaGM/MS2.947,de21/12/2012,republicada em 11/07/2013,todososprocedimentosdoGrupo04-TratamentoCirrgicoSubgrupo 16-CirurgiaemOncologiaforamatualizados,comaexcluso,alteraoeincluso deprocedimentos,eacriaodo04.15.02.005-0-Procedimentossequenciaisem oncologia. Tambmforamcompatibilizadososprocedimentoscomosseusrespectivos sequenciais e materiais. Alm,oshospitaiscredenciadosnoSUSehabilitadosemoncologiaforam classificados em trs grupos, conforme a sua produo de procedimentos cirrgicos de cncer, nas mdia e alta complexidades, fazendo os hospitais alocados nos dois primeirosgrupos,jusaincentivode20%sobrefaturamentototalpelaproduo cirrgica do ano anterior. APortariaGM/MS2.947/2012(republicadaem11/07/2013)prevasua avaliao contnua, inclusive quanto classificao dos hospitais. Aqui,valeressaltarquecompatibilidadesexistementreashabilitaesdos estabelecimentosdesadeeosprocedimentosoncolgicosquepodemser respectivamente faturados: a) Obviamente, os procedimentos de internao, autorizados e informados em AIH(encontradosentreos03.04.01.xxx-xRadioterapiae03.04.08.xxx-xQuimioterapia-procedimentos especiais e todos os 03.04.09.xxx-x-Medicina Nuclear MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 24 TeraputicaOncolgicae04.16.xx.xxx-x-CirurgiaOncolgica)soexclusivamente compatveiscomhabilitaeshospitalares(todasasclassificaesdeUNACONe CACON),sendoquealgunsdos03.04.08.xxx-xQuimioterapia-procedimentos especiaisetodosos03.04.09.xxx-x-MedicinaNuclearTeraputicaOncolgicae todosos04.16.xx.xxx-x-CirurgiaOncolgicasoincompatveiscomaclassificao UNACON exclusiva de Hematologia. O procedimento 03.04.10.001-3 Tratamento de IntercorrnciasClnicasdePacienteOncolgico(formadeorganizao10-Gerais em Oncologia) no exige habilitao. b)OsprocedimentosdeRadiocirurgiaedeRadioterapiaEstereottica FracionadasocompatveiscomashabilitaeshospitalaresdeUNACONcom Servio de Radioterapia e as duas categorias de CACON (que, obrigatoriamente, o detm). c)JosprocedimentosinformadosemAPACdequimioterapiadetodasas formas de organizao (ou seja, a de adultos, a de crianas e adolescentes e a de procedimentosespeciais)sointeiramentecompatveiscomashabilitaes hospitalares(todasascategoriasdeUNACONeCACON)eambulatoriais(Servio deOncologiaClnicadeComplexoHospitalareServioIsoladodeQuimioterapia). Porm, quando se trate de UNACON exclusiva assim no se d, sendo a habilitao UNACONexclusivadeHematologiacompatvelcomosprocedimentosdasformas deorganizao03-QuimioterapiaparaControleTemporriodeDoenaAdulto,06-QuimioterapiaCurativaAdulto,07-QuimioterapiadeTumoresdeCrianase Adolescentese08Quimioterapia-procedimentosespeciais;eahabilitao UNACONexclusivadeOncologiaPeditricacomosprocedimentosdaformasde organizao07-QuimioterapiadeTumoresdeCrianaseAdolescentese08-Quimioterapia-procedimentos especiais.d)QuandosetratadeumSERVIODERADIOTERAPIADECOMPLEXO HOSPITALAR(cdigo17.15),poderoserrealizadostodososprocedimentosde radioterapia,emAIHeemAPAC,compatveiscomahabilitaoUNACONCOM SERVIODERADIOTERAPIA(cdigo17.07),tendooseuCNESdeinformarque os leitos do hospital com que forma o Complexo lhe so terceirizados. e)QuandosetratadeumSERVIODEONCOLOGIACLNICADE COMPLEXOHOSPITALAR(cdigo17.16),poderoserrealizadostodosos procedimentosdequimioterapiaeprocedimentosespeciais,emAIHeemAPAC, compatveis com a habilitao UNACON (17.06), tendo o seu CNES de informar que os leitos do hospital com que forma o Complexo lhe so terceirizados. AtabelaaseguirresumeascompatibildadesdashabilitaesemOncologia comasformasdeorganizaodotratamentoemOncologia,que,excetopelo procedimento03.04.10.001-3-Tratamentodeintercorrnciasclnicas depaciente oncolgico, da forma de organizao 10Gerais em Oncologia, consta como atributos dos procedimentos oncolgicos: CDIGODESCRIO CIR ONCOL RTQTESPECIAISIODOGERAIS 17.04SERVIO ISOLADO DE RADIOTERAPIA 1 17.06UNACON X234XX 17.07UNACON COM SERVIO DE RADIOTERAPIAXXXXXX 17.08UNACON COM SERVIO DE HEMATOLOGIAX2XXXX 17.09 UNACONCOMSERVIODEONCOLOGIA PEDITRICA X2XXXX 17.10UNACON EXCLUSIVA DE HEMATOLOGIA 567 X 17.11UNACONEXCLUSIVADEONCOLOGIAX287XX MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 25 PEDITRICA 17.12CACONXXXXXX 17.13 CACONCOMSERVIODEONCOLOGIA PEDITRICA XXXXXX 17.14 HOSPITALGERALCOMCIRURGIA ONCOLGICA XXX 17.15 SERVIO DE RADIOTERAPIA DE COMPLEXO HOSPITALAR X 17.16 SERVIODEONCOLOGIACLNICADE COMPLEXO HOSPITALAR XX 1 S procedimentos radioterpicos ambulatoriais (APAC ou BPA individualizado), mas no Braquiterapia de alta taxa de dose, Radiocirurgia nem RT esterotxica. 2 S os procedimentos Internao para radioterapia externa e Implantao de halo para radiocirurgia. 3 Todos os procedimentos quimioterpicos ambulatoriais (APAC). 4 S procedimentos especiais ambulatoriais em APAC.5 S o procedimento Internao para radioterapia externa. 6 S procedimentos de quimioterapia para controle temporrio de doena, curativa e de tumores de crianas e adolescentes. 7 Procedimentos especiais que no os de quimioterapia intra-arterial ou intra-cavitria. 8 S procedimentos de quimioterapia de tumores de crianas e adolescentes. AS RESPECTIVAS COMPATIBILIDADES ENCONTRAM-SE ESPECIFICADAS COMO ATRIBUTOS DOS PROCEDIMENTOS. O procedimento 03.04.10.001-3 - Tratamento de intercorrncias clnicas de paciente oncolgico, da forma de organizao 10Gerais em Oncologia, independente de habilitao na alta complexidade em Oncologia. Portodooexposto,oautorizadordeveatentarnosomenteparaos procedimentos e normativos relativos ao SIA/SUS, mas, tambm, aos do SIH/SUS, e aassistnciaqueelesintegram.SoexemplosascorrelaesentreaAPACde quimioterapiadeleucemia(SIA/SUS)eaAIHdeinternaoparaquimioterapiade leucemiasagudas(inclusiveolinfomalinfoblsticoeolinfomadeBurkitt,quese tratamcomoleucemialinfoideaguda)oucrnicasagudizadas(SIH/SUS);entrea APAC de radioterapia e a AIH de internao para radioterapia externa; entre a APAC paraquimioterapiaeaAIHdeinternaoparaquimioterapiadeadministrao contnua;eentreAPACdequimioterapiaprviaouadjuvantecomaAIHdo respectivo ato operatrio. Ateno deve ser dada para os procedimentos do SIH-SUS unificados e seus perodos de internao: O perodo de administrao da chamada Quimioterapia de Infuso Contnua de 24 horas/dia, sem interrupo, com tempo mdio de permanncia de 03 dias (ou seja, de 02 a 06 dias) descrito no procedimentos 03.04.08.002-0 - INTERNAO P/ QUIMIOTERAPIADEADMINISTRAOCONTNUA,sejaodoentecrianaou adulto,conformeaprescriomdica.Esseprocedimentoremuneraainternao (AIH),sendoqueaquimioterapiapropriamenteditadeversercobradaporAPAC, concomitantemente.Valeentoafirmarquequimioterapiacominfusodelonga durao no se enquadra no conceito de "contnua". [Como o seu tempo mdio de permannciade03dias,significaqueestevariade02a06eesseintervalode tempo suficiente para as possveis eventualidades que possam ocorrer: suspenso antecipadadaadministraocontnua(02dias)ounecessidadedepermannciaa maior (at 04, 05 ou 06 dias). Caso esta necessidade se faa para alm dos dias de permannciapermitidos(06dias),nomaissetratadequimioterapia,e,simde intercorrncia.Nessaeventualidade,aAIHparaoprocedimento0304080020- INTERNAOPARAQUIMIOTERAPIADEADMINISTRAOCONTNUAdever ser encerrada e aberta uma para o procedimento 0304100013- TRATAMENTO DE INTERCORRNCIAS CLNICAS DE PACIENTE ONCOLGICO.] MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 26 ObservarqueaPortariaSAS/MS420/2010recompeatibutosno procedimento 03.04.08.003-9 - INTERNAO P/ QUIMIOTERAPIA DE LEUCEMIAS AGUDAS/CRNICASAGUDIZADAS,sendoagoraregistradopordiade permannciaenomaispormdiadepermannciaemdias.Pemanecea concomitnciadacobranadeprocedimentodequimioterapiaemAPAC.Ea Portaria GM/MS 2.498, de 21/12/2012, que aumenta o valor deste procedimento. PelaPortariaSAS/MS420/2010,sejaodoentecrianaouadulto,o procedimento 03.04.10.001-3 - TRATAMENTO DE INTERCORRNCIAS CLNICAS DEPACIENTEONCOLGICOpassouatercomoatributocomplementara permanncia por dia e no mais o tempo mdio de permanncia em dias. A Portaria SAS/MS581/2010,retificadaem29/10/2010,melhordescreveesteprocedimento 03.04.10.001-3ecria oprocedimento03.04.10.002-1parao TratamentoClnicode Paciente Oncolgico. AsrecomposiestrazidaspelaPortariaSAS/MS420/2010paraos procedimentos03.04.08.003-9-Internaoparaquimioterapiadeleucemias agudas/crnicasagudizadase03.04.10.001-3-Tratamentodeintercorrncias clnicasdepacienteoncolgicoderam-seporsugestodassociedadesde especialistas,paraasuacompatibilizaotambmcomamodalidadede atendimento em Hospital-Dia. Dois foram os argumentos dessa solicitao: Primeiro, o avano observado nos esquemas teraputicos do cncer e de suas complicaes, quepassouaexigirmenortempodepermannciahospitalaremesmopermitiro atendimentodirio,emregimeexterno;e,segundo,aconsequenteotimizaodo usodeleitoshospitalares.Comisto,ambososprocedimentosforamrecompostos emseusatributosdeformaacontemplar-setambmamodalidadeHospital-Dia (sendoqueo03.04.08.003-9-Internaoparaquimioterapiadeleucemias agudas/crnicasagudizadasteve,alm,umasignificativavalorao)eo 03.04.10.001-3-Tratamentodeintercorrnciasclnicasdepacienteoncolgico manteve o valor total. E a permanncia desses procedimentos passou de mdia de permanncia(respectivamente,8e4dias)parapermannciapordia(coma quantidademximadedias,tambmrespectivamente,de16e8dias),nose alterandoostemposmdiosdepermannciaoriginaisdosprocedimentos,que tambmforamosencontradosnobancodedadosdoSistemadeInformaes Hospitalares (SIH-SUS), mas excluindo-se o atributo admite permanncia a maior. Porm, com a vigncia da referida Portaria, surgiram demandas pela reviso damudananoprocedimento,emfunodanecessidadedeummaiornmerode diasdepermannciadedoentesinternadosparaoprocedimento03.04.10.001-3- Tratamento de intercorrncias clnicas de paciente oncolgico. E os exemplos dados pelosdemandantesdemonstravamqueafinalidadedasinternaesnoera tratamentoclnicodeintercorrncias,mas,sim,internaoparacuidados prolongadosoumesmointernaodedoentesemfaseterminaldecncer. Levantou-se,ento,que,noBrasilcomoumtodo,cercade90%dasinternaes registradascomo03.04.10.001-3-Tratamentodeintercorrnciasclnicasde pacienteoncolgicoeram,naverdade,paracuidadospaliativosdedoentes terminais.Imps-se,assim,anecessidadedeumaadequaodoprocedimento 03.04.10.001-3-Tratamentodeintercorrnciasclnicasdepacienteoncolgico,de modoaorientar-lheousoparaasuarealfinalidadeebuscar-lhevalidade epidemiolgica,mas,tambm,possibilitaroatendimentodedoentesdecncer avanadoouemfaseterminalnecessitadosdeinternaohospitalar.Comisto, manteve-se o procedimento 03.04.10.001-3 - Tratamento de intercorrncias clnicas MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 27 depacienteoncolgico,conformeseencontranaPortariaSAS/MS420/2010, alterando-seasuadescrio,demodoamelhororientaroseuusoequalificara informaoepidemiolgica,deTratamentoclnicodepacienteinternadopor intercorrnciadevidaaocncerouaoseutratamentoparaTratamentoclnicode pacienteinternadoporintercorrnciadevidaaocncerouaoseutratamento. Entende-se por intercorrncia clnica a complicao aguda, previsvel ou no, devida neoplasiamalignaouaoseutratamentoequenecessitadeinternao,na modalidade hospitalar ou em hospital-dia, para controle da complicao. E criou-se umprocedimento,comomesmovalorunitrio,paraasoutrasutilizaes identificadas,namodalidadeexclusivamentehospitalarecomapossibilidadede permannciaamaior,assimespecificado:03.04.10.002-1-Tratamentoclnicode pacienteoncolgico-Tratamentoclnicodepacienteinternadonamodalidade hospitalar por complicao aguda ou crnica devida neoplasia maligna ou ao seu tratamento,inclusiveaprogressotumoraloucomplicaoprogressiva.A autorizao deste procedimento pode seguir-se do procedimento 03.04.10.001-3 - Tratamentodeintercorrnciasclnicasdepacienteoncolgico,seocontroleda complicao intercorrente exigir maior permanncia hospitalar. AindanaPortariaSAS/MS420/2010,existeaoArtigo6umpargrafo especfico quanto ao procedimento 02.01.01.027-5 BIPSIA DE MEDULA SSEA: Pargrafo nico - O procedimento 02.01.01.027-5 Bipsia de medula ssea ter o instrumentoderegistroAIH-procedimentoespecial,quandoainternaoocorrer comumprocedimentoprincipaldiverso,eteroinstrumentoderegistroAIH- procedimentoprincipal,quandonecessitardeinternaoparaserealizarsomente estabipsia.Muitaatenodogestordeveserdadaaocontroleeavaliaodo registro e ressarcimento deste procedimento, dado que o seu nmero mximo so 4 (quatro)biopsiasemumacompetncia,nmeroderarautilizao,maspodeser necessrioemcasosdeLeucemiaAguda,porexemplo,nasfasesiniciaisdo tratamento.Oprocedimento03.04.01.011-1-INTERNAOP/RADIOTERAPIA EXTERNA(COBALTOTERAPIA/ACELERADORLINEAR),sejatambmodoente criana ou adulto, tem o a quantidade mxima de 31 dias. Osprocedimentos03.04.08.006-3-QUIMIOTERAPIAINTRACAVITRIA (PLEURAL/PERICRDICA/PERITONEAL),e03.04.08.004-7-QUIMIOTERAPIA INTRA-ARTERIALtmumamdiadepermannciaestabelecidaem04dias(ou seja, de 02 a 08 dias). Note-se que procedimentos diagnsticos e teraputicos (inclusive hidratao, controledeefeitoscolateraisdetratamentos,administraodemedicamentos, reposiodeeletrlitos,etc.)jcontamcomamodalidadedeHospital-Dia.Jos procedimentosdequimioterapia(deadministraocurta,longaoucontnua)ede radioterapia,sejamdedoenteinternado,sejamdedoenteambulatorial,adultoou criana, se incluem em APAC.Procedimentosdiagnsticospodemserregistradosefaturadoscomo Diagnsticoouprimeiroatendimentoem...;eteraputicos(inclusive,hidratao, controledeefeitoscolateraisdetratamentos,administraodemedicamentos, reposiodeeletrlitos,etc.)comoIntercorrnciasclnicasdepacienteoncolgico; Tratamento clnico de paciente oncolgico; ou procedimentos especficos. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 28 Com a unificao, todos os procedimentos de radioterapia e de quimioterapia trazemumadescrioque,muitasdasvezes,explicitamalmdoqueofaza denominao dos prprios procedimentos. ComonaPortariaSAS/MS346,de23/06/2008,houveprocedimentosque deixaram de ser unificados, alguns foram excludos por unificao de procedimentos pela Portaria SAS/MS 420/2010: PROCEDIMENTO DE ORIGEMPROCEDIMENTO(S) VIGENTE(S) 03.04.01.022-7Radiocirurgiaporgama-knife hum isocentro 03.04.01.021-9 Radiocirurgia um isocentro 03.04.02.035-4Hormonioterapiadocarcinomade mamareceptorpositivo(doenametastticaou recidivada) 2 linha 03.04.02.033-8Hormonioterapiadocarcinoma de mama avanado - 2 linha 03.04.04.003-7Quimioterapiadocarcinomade mama em estdio III 2 linha 03.04.04.002-9Quimioterapiadocarcinomade mama (prvia) 03.04.05.014-8Quimioterapiadocarcinomade mamaemestdioIIclnicooupatolgicoCom linfonodos axilares acometidos 03.04.05.007-5Quimioterapiadocarcinomade mama em estdio II 03.04.06.005-4Quimioterapiadaleucemia promieloctica aguda - 1 fase 03.04.06.007-0QuimioterapiadeLeucemia Aguda/Mielodisplasia/LinfomaLinfoblstico/ Linfoma de Burkitt 1 linha 03.04.06.006-2Quimioterapiadaleucemia promieloctica aguda - fases subseqentes 03.04.06.008-9QuimioterapiadeLeucemia Aguda/Mielodisplasia/LinfomaLinfoblstico/ Linfoma de Burkitt 2 linha 03.04.06.009-7QuimioterapiadeLeucemia Aguda/Mielodisplasia/LinfomaLinfoblstico/ Linfoma de Burkitt 3 linha 03.04.06.010-0QuimioterapiadeLeucemia Aguda/Mielodisplasia/LinfomaLinfoblstico/ Linfoma de Burkitt 4 linha03.04.06.019-4Quimioterapiadeneoplasia trofoblstica gestacional (corioma/mola hidatiforme persistente/invasiva) 03.04.06.017-8Quimioterapiadeneoplasia trofoblstica gestacional - baixo risco EamesmaPortariaSAS/MS420/2010,emseuArtigo7,incluideznovos procedimentos,sendoo03.04.01.034-0onicodelesqueumprocedimento secundrio:CdigoNomeDescrioRegistro 03.04.01.034-0Narcosepara BraquiterapiadeAlta TaxadeDose(por procedimento) Sedao/anestesiaparasemantera necessriaimobilidadeduranteo procedimento03.04.01.007-3Braquiterapia de alta taxa de dose. APAC (proced. secundrio) 03.04.02.038-9Quimioterapiade CarcinomadoFgado oudoTratoBiliar Avanado Quimioterapiapaliativadocarcinomado fgado ou do trato biliar inopervel em estgio (UICC) II, III ou IV ou recidivado. APAC (proced. principal) 03.04.02.039-7Quimioterapiade NeoplasiaMalignado Timo Avanada Quimioterapia paliativa do timoma invasivo ou carcinoma tmico inopervel, em estgio III ou IV (Masaoka) ou recidivado. 03.04.02.040-0Quimioterapiade CarcinomaUrotelial Avanado Quimioterapia paliativa do carcinoma de pelve renal, ureter, bexiga urinria e uretra. Doena loco-regionalmenteavanada,metastticaou recidivada. APAC (proced. principal) 03.04.04.017-7QuimioterapiadoQuimioterapiaprviacirurgiadoAPAC MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 29 Adenocarcinomade Estmago(pr-operatria) adenocarcinomadeestmagoemestdiode II at IV sem metstase (M0). (proced. principal) 03.04.05.025-3Quimioterapiado Adenocarcinomade Estmago(ps-operatria) Quimioterapiaps-operatriado adenocarcinomadeestmagoemestdiode IB at IV sem metstase (M0). APAC (proced. principal) 03.04.06.022-4Quimioterapiade LinfomaDifusode Grandes Clulas B 1 Linha Quimioterapia curativa de 1 linha do Linfoma DifusodeGrandesGrandesClulasB. Marcadores celulares positivos e resultado de examesorolgicoincompatvelcomhepatite tipoBetipoCativaenegativoparaHIV. Excludentecomoprocedimento 03.04.06.013-5 Quimioterapia de Linfoma no HodgkindeGrauIntermedirioouAlto1 linha. APAC (proced. principal) 04.16.04.017-9Alcoolizao percutneade carcinoma heptico Injeo percutnea de etanol para tratamento decarcinomahepticoprimriolocalizado, emestgioIeII(UICC),oumetstase hepticaisoladacommaiordimetrodeat 05 cm. Mximo de 04. AIH (proced. principal) 04.16.04.018-7Tratamentode carcinomahepticopor radiofrequnciaAblaotrmicaporradiofreqnciapara tratamentodocarcinomahepticoprimrio localizado,emestgioIeII(UICC).Mximo de 02. AIH (proced. principal) 04.16.04.019-5Quimioembolizaode carcinoma heptico Quimioterapiaintra-arterialseguidapor infuso de contraste rdio-opaco e um agente embolizanteparacitorreduopaliativade cncerhepticoirressecvel.Mximode03. Excludentecom03.04.08.004-7 Quimioterapia intra-arterial. AIH (proced. principal) NOTA:Osmateriaiscompatveiscomoprocedimento04.16.04.019-5 Quimioembolizaodecarcinomahepticoeseutipodefinanciamentoforampublicadospela Portaria SAS/MS 939, de 21/12/2011. E,emseuArtigo5,amesmaPortariaSAS/MS420/2010estabelecea alterao do atributo CID nos seguintes procedimentos:ProcedimentoCDIGO DA CID 03.04.02.016-8Quimioterapiasdo carcinoma de rim avanado. ExcluirC65,C66,C67.0,C67.1,C67.2,C67.3, C67.4, C67.5, C67.6, C67.7, C67.8 e C67.9. 03.04.02.018-4 Quimioterapia do carcinoma epidermoide/adenocarcinomadocoloou do corpo uterino avanado Incluir C54.1. 03.04.08.007-1 Inibidor de osteliseIncluir C80. ComoaPortariaSAS/MS420/2010alteraonome(Artigo2)edescrio (Artigo3)demuitosprocedimentos,atentarparaasdiferenaspesquisandono SIGTAP, j referido anteriormente. Ressalta-sequeacinciaatualizadadosnormativos(veroAnexoVII) essencial para o exerccio da autorizao. As bases da autorizao e ressarcimento da quimioterapia e da radioterapia so dadas a seguir. MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 30 Alerta-seque,nesteManual,osprocedimentosnoestoordenadosem seqnciaalfabticaounumrica,masprincipalmentetopogrfica,emordemmais compatvel com a utilizada na CID-10. 4. QUIMIOTERAPIA (QT) 4.1. Definies e Orientaes Gerais aformadetratamentosistmicodocncerqueusamedicamentos denominadosgenericamentedequimioterpicos(sejamelesquimioterpicos propriamenteditos,hormonioterpicos,bioterpicos,imunoterpicos,alvoterpicos) quesoadministradoscontinuamenteouaintervalosregulares,quevariamde acordo com os esquemas teraputicos. Amaioriadosquimioterpicosutilizadostemsuadosebsica,paraefeito antiblstico, que deve ser ajustada para cada doente de acordo com sua superfcie corporal.Estaobtidaapartirdopesoedaalturadodoente(consultandotabela prpria)eexpressa em metroquadrado(m2).Assim,obtida asuperfciecorporal do doente multiplica-se esta pela dose bsica do quimioterpico e se obtm a dose do doente. Porm, alguns quimioterpicos tm dose nica, que no se modifica com asuperfciecorporaldodoente,ealgunsoutrossoprescritosporKgdopeso corporal. Os quimioterpicos de um esquema teraputico podem ser aplicados por dia, semana,quinzena,de3/3semanas,de4/4semanas,5/5semanasoude6/6 semanas.Quandosecompletaaadministraodo(s)quimioterpico(s)deum esquema teraputico, diz-se que se aplicou um ciclo. Portanto, a QT aplicada em ciclosqueconsistemnaadministraodeumoumaismedicamentosaintervalos regulares. 1) Exemplos: Esquema CMF modificado intervalo de 3/3 semanas: C = CTX = ciclofosfamida 600 mg/m2 IV dia 1 M = MTX = metotrexato 40 mg/m2 IV dia 1 F = 5FU = fluoro-uracila 600 mg/m2 IV dia 1 Esquema BEP intervalo de 3/3 semanas B = BLM = bleomicina 30 U IV dias 2, 9 e 16 E = VP16 = etoposido 120 mg/m2 IV dias 1, 2, 3 P = CDDP = cisplatina 20 mg/m2 IV dias 1, 2, 3, 4 e 5. 2)Hormonioterapia:Quimioterapiaqueconsistedousodesubstncias semelhantesouinibidorasdehormnios,paratratarasneoplasiasqueso dependentes destes. A sua administrao pode ser diria ou cclica e se caracteriza porserdelongadurao.Ostumoresmalignossensveisaotratamentohormonal MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 31 so:oscarcinomasdemama,oadenocarcinomadeprstataeoadenocarcinoma de endomtrio.Exemplos: - Hormonioterpicos do cncer de mama: tamoxifeno, megestrol, inibidores da aromatase. -Hormonioterpicosdocncerdeprstata:flutamida,bicalutamida, ciproterona, agonista/antagonista GnRH/anlogo LH-RH. - Hormonioterpico do cncer de endomtrio: megestrol. NOTAS: 2.1) Para a hormonioterapia, necessria a comprovao da sensibilidade do tumorahormonioterpico,pormeiodadeterminaodereceptorhormonalpara estrognios ou progesterona, no caso de mulheres e homens com cncer de mama e de mulheres com adenocarcinoma de endomtrio.2.2)Todososprocedimentosdehormonioterapiadocncerdemama, estejamemformadeorganizaodequimioterapiapaliativa,prviaouadjuvante, exigem receptor positivo, que significa presena estabelecida de pelo menos um dos doisreceptoreshormonaistumorais(paraestrogniosouparaprogesterona), podendo estar mulher em pr- ou em ps-menopausa. Ahormonioterapiaprviacirurgiaouradioterapiadocarcinomademama receptor positivo em estdio III autorizvel, combinada, ou no, a radioterapia, em casos excepcionais, individualizados, na falha ou contra-indicao da quimioterapia, devendoserinformadaparte,pelogestorlocal,foradosub-sistemaAPAC-SIA/SUS. 2.3)Estabelecidaapresenadereceptor,ahormonioterapiapoderser autorizada, de acordo com a sua finalidade, estando mulher em pr-menopausa ou emps-menopausa.[Sepaliativa,estandoamulherempr-menopausa,a hormonioterapiapodeserfeitaporcastraocirrgica(ooforectomiabilateral)ou actnica (radioterapia).] Estabelecida a ausncia de receptor, a hormonioterapia no deverserautorizada,estejaamulherempr-menopausaouemps-menopausa. Sendo o receptor hormonal tumoral desconhecido, a hormonioterapia no dever ser autorizada. 2.4)Oditonoitem2.3,acima,tambmse aplica hormonioterapiapaliativa do adenocarcinoma de endomtrio. 2.5) A dosagem de receptores hormonais mais utilizada a feita pelo mtodo imunohistoqumico, e o resultado assim expresso: RE positivo alto (+++), com mais de 75%; RE positivo mdio (++), de 25% a 75%; RE positivo baixo, de 10% a 25%; e RE negativo (-), com 150mg/dia;cardiopatiaassociada sndromecarcinoide)oudetumorneuroendcrino.C00aC22;C25;C34;C38; C73; C75;03.04.02.031-1 (cdigo de origem: 29.021.10-3) Quimioterapia Paliativa do TumordoEstromaGastrintestinalavanado(commarcadorpositivo,doena irressecvelprimriaoumetastticaourecidivada)C15.0,C15.1,C15.2,C15.3, C15.4,C15.5,C15.8,C15.9,C16.0,C156.1,C16.2,C16.3,C16.4,C16.5,C16.6, C16.8,C16.9,C17.0,C17.1,C17.2,C17.3,C17.8,C17.9,C18.0,C18.1,C18.2, C18.3;C18.4,C18.5, C18.6,C18.7,C18.8, C18.9,C19,C20,C26.8,C47.4,C48.1, C49.3;03.04.02.021-4(cdigodeorigem:29.011.03-5)-QuimioterapiaPaliativado Carcinoma PulmonardeClulasnoPequenasavanado(estdioIIIcomderrame pleural maligno ou estdio IV ou doena recidivada. Performance status de 0 at 1) - C34.0, C34.1, C34.2, C34.3, C34.8, C34.9;MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 43 03.04.02.022-2(cdigodeorigem:29.011.05-1)-QuimioterapiaPaliativado CarcinomaPulmonarIndiferenciadodeClulasPequenasavanado-doena extensa ou metasttica ou recidivada C34.0, C34.1, C34.2, C34.3, C34.8, C34.9; 03.04.02.039-7-QuimioterapiaPaliativadeNeoplasiaMalignadoTimo Avanada, [em estgio III ou IV (Masaoka) ou recidivado] C37; 03.04.02.029-0(cdigodeorigem:29.051.06-1)-QuimioterapiaPaliativade Sarcoma de Partes Moles avanado (doena inopervel, metasttica ou recidivada) C46.0,C46.1,C46.2,C46.3,C46.7,C46.8,C46.9;C48.0,C49.0,C49.1,C49.2, C49.3, C49.4, C49.5, C49.6, C49.8, C49.9; 03.04.02.030-3(cdigodeorigem:29.051.07-0)-QuimioterapiaPaliativade Sarcoma sseoavanado (metasttico / recidivado) C40.0, C40.1, C40.2, C40.3, C40.8, C40.9, C41.0, C41.1, C41.2, C41.3, C41.4, C41.8, C41.9; 03.04.02.023-0(cdigodeorigem:29.051.03-7)-QuimioterapiaPaliativado Melanoma Maligno avanado (metasttico / recidivado / inopervel) C43.0, C43.1, C43.2, C43.3, C43.4, C43.5, C43.6, C43.7, C43.8, C43.9;03.04.02.013-3(cdigodeorigem:29.031.09-5)-QuimioterapiaPaliativado CarcinomadeMamaavanado(doenametastticaourecidivada)-1Linha C50.0, C50.1, C50.2, C50.3, C50.4, C50.5, C50.6, C50.8, C50.9; 03.04.02.014-1(cdigodeorigem:29.041.01-5)-QuimioterapiaPaliativado CarcinomadeMamaavanado(doenametastticaourecidivada)-2Linha C50.0, C50.1, C50.2, C50.3, C50.4, C50.5, C50.6, C50.8, C50.9; 03.04.02.034-6(cdigosdeorigem:29.031.06-0,03.04.02.035-4)- HormonioterapiaPaliativadoCarcinomadeMamaavanado(receptorpositivo, doenametastticaourecidivada)1linha-C50.0,C50.1,C50.2,C50.3,C50.4, C50.5, C50.6, C50.8, C50.9; 03.04.02.033-8(cdigosdeorigem:29.031.08-7,03.04.02.035-4)- HormonioterapiaPaliativadoCarcinomadeMamaavanado(receptorpositivo, doenametastticaourecidivada)-2linha-C50.0,C50.1,C50.2,C50.3,C50.4, C50.5, C50.6, C50.8, C50.9; 03.04.02.018-4(cdigodeorigem:29.031.01-0)-QuimioterapiaPaliativado CarcinomaEpidermoide/AdenocarcinomadoColoUterinoavanado(doena locorregionalmenteavanada,metastaticaourecidivada)-C53.0,C53.1,C53.8, C53.9; C54.1; 03.04.02.003-6(cdigodeorigem:29.031.02-8)-Hormonioterapia(receptor positivo)doAdenocarcinomadoEndomtrioavanado(doenametasttica, recidivada ou locoregional avanada) C54.1;03.04.02.027-3(cdigodeorigem:29.031.03-6)-QuimioterapiaPaliativade NeoplasiaMalignaEpitelialdeOvriooudaTubaUterinaavanado(estdioIVou recidiva) - 1 linha C56; C57.0; 03.04.02.028-1(cdigodeorigem:29.031.05-2)-QuimioterapiaPaliativade NeoplasiaMalignaEpitelialdeOvriooudaTubaUterinaavanado(estdioIVou recidiva) - 2 linha C56; C57.0; 03.04.02.037-0(cdigodeorigem:29.051.02-9)-QuimioterapiaPaliativado CarcinomadePnisavanado(doenalocorregionalmenteavanada,metasttica ou recidivada) C60.0, C60.1, C60.2, C60.8, C60.9;MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 44 03.04.02.007-9(cdigodeorigem:29.021.08-1)-HormonioterapiaPaliativa do Adenocarcinoma de Prstata avanado (Sem supresso cirrgica prvia)- 1 Linha C61; 03.04.02.006-0(cdigodeorigem:29.021.07-3)-HormonioterapiaPaliativa do Adenocarcinoma de Prstata avanado (Com supresso andrognica prvia)- 2 Linha C61; 03.04.02.008-7(cdigodeorigem:29.021.09-0)-QuimioterapiaPaliativado Adenocarcinoma de Prstata Resistente Hormonioterapia C61; 03.04.02.016-8(cdigodeorigem:29.051.01-0)-QuimioterapiaPaliativado Carcinoma de Rim (doenca metasttica / recidivada / inopervel) - C64; 03.04.02.040-0QuimioterapiaPaliativadoCarcinomaUrotelial(depelve renal,ureter,bexigaurinriaeuretra)avanado(Doenaloco-regionalmente avanada, metasttica ou recidivada) C65, C66, C670, C671, C672, C673, C674, C675, C676, C677, C678, C679, C680; 03.04.02.032-0(cdigodeorigem:29.051.04-5)-QuimioterapiaPaliativade TumordoSistemaNervosoCentralavanado(tumores:astrocitomaanaplsico, gliomadealtograu/glioblastomamultiformeoumeduloblastoma/doenainopervel primriaourecidivada)C71.0,C71.1,C71.2,C71.3,C71.4,C71.5,C71.6,C71.7, C71.8, C71.9, C72.0, C72.1, C72.2, C72.3, C72.4, C72.5, C72.8, C72.9; 03.04.02.012-5(cdigodeorigem:29.041.09-0)-QuimioterapiaPaliativado CarcinomadeAdrenalavanado(metasttico,recidivadoouirressecvel)C74.0, C74.1, C74.9; 03.04.02.036-2(cdigodeorigem:29.041.08-2)-QuimioterapiaPaliativado Carcinoma de Tireoide avanado (estdio IVA at IVC) C73; 03.04.02.024-9 (cdigo de origem:29.051.08-8)- Quimioterapia Paliativa de Metstase de Adenocarcinoma de Origem Desconhecida - C80; 03.04.02.025-7(cdigodeorigem:29.051.09-6)-QuimioterapiaPaliativade MetstasedeCarcinomaEpidermoide/CarcinomaNeuroendcrinodeOrigem Desconhecida C80; 03.04.02.026-5(cdigodeorigem:29.061.01-6)-QuimioterapiaPaliativade MetstasedeNeoplasiaMalignaIndiferenciadadeOrigemDesconhecida (metstase de neoplasia maligna de origem celular no identificada) C80. 4.3.2.Quimioterapia para Controle Temporrio de Doena Os procedimentos desta forma de organizao de quimioterapia tm, a rigor, finalidadepaliativa.Oquediferenciaessasduasformasdeorganizaoquea autorizao de um procedimento para quimioterapia de controle temporrio, dado as caractersticasbiolgicaseteraputicasdasdoenascorrespondentes,podeser repetidaparamaisdeumplanejamentoteraputicoglobaldeummesmo, interessando o mesmo ou diferente esquema quimioterpico. Aquimioterapiaparacontroletemporriodedoenaestindicadapara hemopatias malignas de evoluo crnica, que permitem longa sobrevida (meses ou MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 45 anos), mas sem possibilidade de cura, obtendo-se, ou no, o aumento da sobrevida global do doente. Geralmente de administrao mais oral do que injetvel, pode ser cclica ou contnua,temduraomdiaalonga,eummesmoprocedimento,observadasas suasrespectivasdescrieseatributos,podeserautorizadomaisdeumavez,em diferentesplanejamentosteraputicosglobaisdeummesmodoente,utilizando-se, ouno,o(s)mesmo(s)quimioterpico(s),eaentradanosistema,podedar-sepor procedimento de 1 linha ou por procedimento 2 linha. Note-seque,nessaFormadeOrganizao,aPortariaSAS/MS649,de 11/11/2008,revogouasportariasSAS/MS431,de03/10/2001,eSAS/MS347,de 23/06/2008, e atualiza as diretrizes para o tratamento da Leucemia Mieloide Crnica do Adulto. Assim,atente-seque,conformeaPortariaSAS/MS346,de23/06/2008,em seuArtigo32,foramdadasdisposiestransistriasparaaautorizaode procedimentosdaFormadeOrganizao03QuimioterapiaparaControle Temporrio de Doena-Adulto, no que diz respeito : a)continuidadedaautorizaoparaoprocedimento0304030112Quimioterapiada leucemia mieloide crnica em fase crnica- marcador positivo 1 linha, dada quando ele erade2linha(oscasosjautorizadospermanecemcomestemesmocdigo,cujo procedimento apenas mudou de descrio, mantendo-se o planejamento teraputico); b)adequaodaautorizaoparaoprocedimento0304030155Quimioterapiada leucemiamieloidecrnicaemfasedetransformaosemfasecrnicaanterior1linha, quandotenhasidoutilizadoparaleucemiamieloidecrnicaemfasecrnica(oscasosem fasecrnicadevemserrecodificadoscomo0304030112Quimioterapiadaleucemia mieloidecrnicaemfasecrnica-marcadorpositivo1linha,mantendo-seo planejamento teraputico); c)continuidadedaautorizaoparaoprocedimento0304030120Quimioterapiada leucemia mieloide crnica em fase crnica- marcador positivo 2 linha, dada quando ele erade1linha(oscasosjautorizadospermanecemcomestemesmocdigo,cujo procedimento apenas mudou de descrio, mantendo-se o planejamento teraputico); d)acontinuidadedaautorizaopara0304030155Quimioterapiadaleucemia mieloidecrnicaemfasedetransformaosemfasecrnicaanterior1linha,somente noscasosquederamentradanosistemasobacodificaodestesegundoprocedimento, quando tenha sido utilizado para leucemia mieloide crnica em fase crnica, observando-se progressoleucmicanavignciadesteantesdeacodificaotersidocorrigidapara 0304030112Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfasecrnica-marcador positivo1linha(oscasosjautorizadosdevemserrecodificadoscomo0304030120 Quimioterapia de leucemia mieloide crnica em fase crnica- marcador positivo 2 linha, mantendo-se o planejamento teraputico). Porm,comapublicaodaPortariaSAS/MS649,de11/11/2008,novas disposiestransitriasforamdadas,emseuArtigo8o,vistoquehouvecriaode novoprocedimentoealteraodedescriesevaloresdeprocedimentosde quimioterapia da Leucemia Mieloide Crnica: a)Oprocedimento03.04.03.022-8Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaem fasecrnica-marcadorpositivo2linhapodeserautorizadoemseqnciaao 03.04.0.011-2Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfasecrnica-marcador positivo 1 linha ou ao 03.04.03.012-0 Quimioterapia de leucemia mieloide crnica em fase crnica - marcador positivo 3 linha que tenha sido autorizado quando descrito como de 2 linha;MANUAL DE BASES TCNICAS DA ONCOLOGIA - SISTEMA DE INFORMAES AMBULATORIAIS Pgina 46 b) O procedimento 03.04.03.012-0 - Quimioterapia de leucemia mieloide crnica em fasecrnica-marcadorpositivo3linhapodeserautorizadoemseqnciaao 03.04.03.022-8Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfasecrnica-marcador positivo2linha,casooprocedimento03.04.03.012-0notenhasidoantesautorizado como de 2 linha; c)Oprocedimento03.04.03.014-7Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaem fase de transformao - marcador positivo 2 linha pode ser autorizado em seqncia ao 03.04.03.015-5Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfasedetransformao- marcadorpositivo1linhaouao03.04.03.013-9Quimioterapiadeleucemiamieloide crnica em fase de transformao - marcador positivo 3 linha que tenha sido autorizado quando descrito como de 2 linha;d) O procedimento 03.04.03.013-9 - Quimioterapia de leucemia mieloide crnica em fase de transformao - marcador positivo 3 linha pode ser autorizado em seqncia ao 03.04.03.014-7Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfasedetransformao- marcadorpositivo2linha,mesmoqueoprocedimento03.04.03.013-9tenhasidoantes autorizado como de 2 linha; e)Oprocedimento03.04.03.008-2Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaem faseblstica-marcadorpositivo2linhapodeserautorizadoemseqnciaao 03.04.03.009-0Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfaseblstica-marcador positivo 1 linha ou ao 03.04.03.010-4 Quimioterapia de leucemia mieloide crnica em fase blstica - marcador positivo 3 linha que tenha sido autorizado quando como de 2 linha;f)Oprocedimento03.04.03.010-4-Quimioterapiadeleucemiamieloidecrnicaem faseblstica-marcadorpositivo3linhapodeserautorizadoemseqnciaao 03.04.03.008-2Quimioterapiadaleucemiamieloidecrnicaemfaseblstica-marcador positivo 2 linha, mesmo que o procedimento 03.04.03.010-4 tenha sido antes autorizado como de 2 linha. Aduraodequimioterapiaparacontroletemporriodedoenabastante varivel,dependendodotipotumoraleindependendodotipoouintervalodo esquema teraputico. O nmero mximo de meses (geralmente de 06 a 12 meses) serdeterminadopelarespostatumoralmxima,mesmoquetransitria,quando, ento passar-se- ao controle do doente, at a prxima manifestao de sintoma ou recidivatumoral,quando,novamente,seindicaaquimioterapia,sobomesmo cdigo de procedimento, ou no. Noscasosdeleucemiacrnicaedoenashemoproliferativas,comoa trombocitemiaessencialeapolicitemiavera,aquimioterapiapodedurarmaisdo que 60 meses, podendo ser administrada de forma contnua ou descontnua. Quandocclica,onmerodeciclostemlimiteestabelecidoeadoenadeve ser tratada, com o mesmo ou diferente esquema teraputico global, sempre que se