Upload
augusto-macedo
View
17
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Manual de Fiscalizacao de Contratos Administrativos - UFC
Citation preview
PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO
MANUAL DE FISCALIZAÇÃO
E GESTÃO DE CONTRATOS
1
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO
Manual de Fiscalização e
Gestão de Contratos
Fortaleza 2014
2
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC
Reitor Prof. Jesualdo Pereira Farias
Vice-Reitor Prof. Henry de Holanda Campos
Pró-Reitor de Graduação Prof. Custódio Luís Silva de Almeida
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Prof. Gil de Aquino Farias
Pró-Reitora de Extensão Profa. Márcia Maria Tavares Machado
Pró-Reitora de Administração Profa. Denise Maria Moreira Chagas Corrêa
Pró-Reitor de Planejamento Prof. Ernesto da Silva Pitombeira
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis Prof. Ciro Nogueira Filho
Pró-Reitor de Gestão de Pessoas Prof. Serafim Firmo de Souza Ferraz
PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO – PRAD
Pró-Reitora Profa. Denise Maria Moreira Chagas Corrêa
Pró-Reitor Adjunto Francisco Ferreira Neto
Controle Interno Profa. Sueli Maria Araújo Cavalcante
Assessoria Técnica de Legislação Prof. José Adriano Pinto
Assessoria Executiva Emanuelda de Lima Medeiros
Depto. de Contabilidade e Finanças Profa. Roberta Carvalho de Alencar
Depto. de Contratos e Execução Orçamentária Luiz Damázio Pereira de Aquino
Depto. de Licitações Horácio Luiz de Sousa
Depto. de Administração Adênia Maria Augusto Guimarães
Imprensa Universitária Joaquim Melo de Albuquerque
Outubro/2014
3
APRESENTAÇÃO
A Pró-Reitoria de Administração (PRAD), desde meados de 2012, vem estimulando a
discussão de temas relacionados às contratações públicas, na tentativa de aperfeiçoar os processos
administrativos inerentes ao assunto, no âmbito da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Considerando que já foram produzidos manuais aplicáveis aos procedimentos de
compras e contratações de bens e serviços, bem como de gestão de materiais e patrimônio,
faltava ainda a manualização das rotinas inerentes ao acompanhamento da execução dos
contratos firmados pela UFC.
Isto posto, o presente Manual de Fiscalização e Gestão de Contratos propõe-se a
padronizar as rotinas inerentes ao acompanhamento da execução dos contratos no âmbito da
UFC. Assim, este documento abrangente e de fácil manuseio, compreensão e aplicação pretende
ser um instrumento eficaz para a otimização dessas atividades.
Agradecemos a colaboração da Auditoria Interna e da UFC-Infra, pelas valiosas
contribuições que resultaram na aprovação da versão final deste trabalho e a todos que, de forma
direta ou indireta, contribuíram para tal, e desejamos, especialmente, aos servidores da UFC
investidos na função de gestores e fiscais de contratos, que sejam bem-sucedidos no desempenho
de suas atividades.
Fortaleza, 28 de outubro de 2014
Profa. Denise Maria Moreira Chagas Corrêa
Pró-Reitora de Administração
4
SUMÁRIO
1 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ...................................................................................... 6 2 TERMINOLOGIA UTILIZADA ................................................................................... 9 3 LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................... 12 4 O DEVER DE FISCALIZAÇÃO ................................................................................ 13 5 RESPONSABILIDADES DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS ....................... 16
5.1 Reitoria ou Pró-Reitoria de Administração .............................................................. 16
5.2 Reitoria ou Secretaria de Infraestrutura (nos casos de contratos de obras e
serviços de engenharia) ............................................................................................... 16
5.3 Divisão de Gestão de Contratos, Atas e Convênios, da Pró-Reitoria de
Administração ............................................................................................................. 16
6 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS ........................... 19
6.1 Das providências iniciais ............................................................................................ 19
6.1.1 Designação do Fiscal .............................................................................................. 19
6.1.2 Documentação que deve ser conhecida pelo fiscal ................................................ 23
6.1.3 Reunião inicial ........................................................................................................ 25
6.1.4 Dos encaminhamentos ............................................................................................ 25
6.2 Das atribuições dos gestores ....................................................................................... 26
6.3 Das atribuições dos fiscais .......................................................................................... 27
6.4 Do recebimento de materiais/serviços ....................................................................... 32
6.5 Das alterações contratuais .......................................................................................... 33
6.5.1 Das alterações de vigência do contrato .................................................................. 33
6.5.2 Das alterações em decorrência de acréscimos/supressões ao contrato ................. 34
6.5.3 Das alterações de valores contratuais ..................................................................... 34
6.5.3.1 Reequilíbrio econômico-financeiro ....................................................................... 35
6.5.3.2 Reajuste ................................................................................................................. 35
6.5.3.3 Repactuação .......................................................................................................... 36
5
6.6 Das garantias contratuais ........................................................................................... 36
6.6.1 Tipos de garantia ..................................................................................................... 36
6.6.2 Valor da garantia ..................................................................................................... 37
6.6.3 Vigência da garantia ............................................................................................... 37
6.6.4 Constituição, liberação e execução da garantia ..................................................... 39
7 LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DA DESPESA ...................................................... 41
7.1 Atualização do valor devido e juros (pagamentos com atrasos) ............................. 49
7.2 Retenção do pagamento .............................................................................................. 50
8 DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS ....................................................................... 51 9 DAS VEDAÇÕES AO FISCAL .................................................................................... 57 APÊNDICE A - Modelo de ofício de boas-vindas ........................................................... 58
APÊNDICE B – Formulário ata de reunião .................................................................... 59
APÊNDICE C - Formulário de ordem de serviço ........................................................... 60
APÊNDICE D - Prorrogação contratual ......................................................................... 61
APÊNDICE E - Formulário de solicitação de esclarecimentos e providências (SEP) . 62
APÊNDICE F - Solicitação de pagamento ....................................................................... 63
APÊNDICE G - Lista de verificação de liquidação de pagamentos de contratos ........ 64
6
1 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Toda legislação federal adiante mencionada pode ser acessada no site da Casa Civil
da Presidência da República (<http://www.casacivil.gov.br/>) para conhecimento do seu
teor em sua versão consolidada e, no caso das normas complementares, no site de quem as
expediu. Vale acrescentar a necessidade de os fiscais verificarem as atualizações das normas
complementares após a expedição deste material.
Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências.
Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995. Dispõe sobre o valor do salário mínimo, altera
dispositivos das Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, e dá outras
providências.
Lei nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001. Dispõe sobre medidas complementares
ao Plano Real e dá outras providências.
Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços
comuns, e dá outras providências.
Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002. Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos
créditos não quitados de órgãos e entidades federais e dá outras providências.
Lei nº 12.232, de 29 de abril de 2010. Dispõe sobre as normas gerais para licitação
e contratação pela administração pública de serviços de publicidade prestados por
intermédio de agências de propaganda e dá outras providências.
7
Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. Regulamenta o pregão, na forma
eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.
Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005. Estabelece a exigência de utilização do
pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas
contratações de bens e serviços comuns, realizadas em decorrência de transferências
voluntárias de recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou instrumentos
congêneres, ou consórcios públicos.
Decreto nº 7.174, de 12 de maio de 2010. Regulamenta a contratação de bens e
serviços de informática e automação pela administração pública federal, direta ou
indireta, pelas fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e pelas demais
organizações sob o controle direto ou indireto da União.
Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013. Regulamenta o Sistema de Registro de
Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
Instrução Normativa MARE nº 05, de 21 de julho de 1995. Estabelece os
procedimentos destinados à implantação e operacionalização do Sistema de
Cadastramento Unificado de Serviços Gerais – SICAF, módulo do Sistema Integrado
de Administração de Fornecedores – SIASG, nos órgãos da Presidência da
República, nos Ministérios, nas Autarquias e nas Fundações que integram o Sistema
de Serviços Gerais – SISG.
Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2013. Dispõe sobre a
retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública
federal direta, autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de
economia mista e demais pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas
pelo fornecimento de bens e serviços. Alterada pela Instrução Normativa RFB nº
1.244, de 30 de janeiro de 2012.
Instrução Normativa MPS/SRP nº 3, de 14 de julho de 2005. Dispõe sobre
normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições
sociais administradas pela Secretaria da Receita Previdenciária – SRP e dá
outras providências.
8
Portaria Normativa MPOG/SLTI nº 5, de 19 de dezembro de 2002. Dispõe sobre
os procedimentos gerais para utilização dos serviços de protocolo, no âmbito da
Administração Pública Federal, para os órgãos e entidades integrantes do Sistema de
Serviços Gerais – SISG.
Instrução Normativa MPOG/ SLTI nº 2, de 30 de abril de 2008. Dispõe sobre
regras e diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não.
Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 3, de 15 de outubro de 2009. Altera a
Instrução Normativa MPOG/ SLTI nº 2, de 30 de abril de 2008.
Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 01, de 19 de janeiro de 2010. Dispõe sobre
os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de
serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e
fundacional e dá outras providências.
Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 4, de 12 de novembro de 2010. Dispõe
sobre o processo de contratação de serviços de tecnologia da informação pela
administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Instrução Normativa MPOG/ SLTI nº 6, de 23 de dezembro de 2013. Altera a
Instrução Normativa nº 2, de 30 de abril de 2008, e seus Anexos I, III, IV, V e VII e
inclui o Anexo VIII.
9
2 TERMINOLOGIA UTILIZADA
Acordo de nível de serviço: ajuste escrito, anexo ao contrato, entre o provedor de serviços
e o órgão contratante, que define, em bases compreensíveis, tangíveis, objetivamente
observáveis e comprováveis, os níveis esperados de qualidade da prestação do serviço e
respectivas adequações de pagamento.
Administração: a Universidade Federal do Ceará.
Apostilamento: anotação pertinente a elementos inerentes ao contrato que não implique em
sua alteração.
Ata de registro de preço: documento vinculativo, obrigacional para a empresa, com
características de compromisso para futura contratação, onde se registram os preços,
fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições
contidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas.
Autoridade competente: Reitor ou servidor que exercer competência estatutária regimental
ou delegada para a celebração contratual.
Contratado: a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração.
Contratante: a Universidade Federal do Ceará.
Fiscal de contrato: representante da Administração especialmente designado para fiscalizar e
acompanhar a execução do contrato. De acordo com a IN nº 6/2013, do MPOG, no âmbito da
UFC, a designação simples de fiscal do contrato corresponde ao fiscal técnico do contrato, que
é o servidor que tem conhecimento sobre os aspectos técnicos objeto contratado e da sua
execução.
Garantia à execução da contratação: busca assegurar o fiel cumprimento das obrigações
assumidas por empresas em licitações e contratos.
10
Gestor do contrato: figura presente nos contratos continuados, os que envolvam cessão e
locação de mão de obra, ou aqueles em que a legislação em vigor ou a UFC assim o
determinar, que será o superior hierárquico do fiscal do contrato.
Nota de empenho: documento que representa a materialização do empenho o qual indica o
nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do
saldo da dotação própria.
Objeto do contrato: descrição resumida indicadora da finalidade do contrato.
Plano de trabalho: documento aprovado pela autoridade máxima do órgão ou entidade, ou
a quem esta delegar, que consigna a necessidade de contratação dos serviços, orientando a
caracterização do objeto, evidenciando as vantagens para a Administração e sua
economicidade, no que couber, e definindo diretrizes para elaboração dos projetos básicos e
termos de referências (art.6º, §3º da IN MPOG/ SLTI nº 02/08).
Projeto básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto de
contratação direta ou licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição
dos métodos e do prazo de execução.
Projeto executivo: conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da
obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT (Lei nº 8.666/93, art. 6º, inciso X).
Registro de ocorrências: narrativa de fatos que impliquem irregularidade ou que sejam
significativos para a execução do contrato lançados em livro, arquivo eletrônico, caderno
ou folhas.
Serviços contínuos ou continuados: aqueles serviços cuja interrupção possa comprometer
a continuidade das atividades da Instituição e cuja necessidade de contratação deva estender-
11
se por mais de um exercício financeiro e continuamente, tais como vigilância, limpeza e
conservação, copeiragem, manutenção predial, etc.
Sistema de registro de preço (SRP): conjunto de procedimentos para registro formal de
preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras. O
SRP efetiva-se por intermédio de concorrência ou pregão para seleção de proposta mais
vantajosa, que será registrada em documento próprio denominado Ata de registro de preços
e utilizada pela Administração, de acordo com o tempo e a necessidade.
Termo aditivo: instrumento que formaliza a modificação no contrato.
Termo de referência: documento base para contratação por pregão, dispensa ou
inexigibilidade de licitação, a ser elaborado pela unidade demandante, conforme modelos
disponibilizados pela Administração.
Unidade interessada: unidade na qual serão prestados os serviços contratados pela unidade
demandante responsável pelo planejamento da contratação.
Unidade demandante: unidade que identifica a necessidade de obras, serviços e bens,
descreve e especifica o objeto pretendido e elabora a justificativa da contratação,
participando também da elaboração do Projeto básico/Termo de referência e/ou orçamento.
12
3 LISTA DE SIGLAS
ADCT – Atos das Disposições Constitucionais Transitórias;
ANS – Acordo de Nível de Serviço;
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica;
CCT – Convenção Coletiva de Trabalho;
CND – Certidão Negativa de Débito;
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia;
DA – Departamento de Administração;
DCF – Departamento de Contabilidade e Finanças;
DGCAC – Divisão de Gestão de Contratos, Atas e Convênios;
DL – Departamento de Licitação;
EPI – Equipamentos de Proteção Individual;
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
GPS – Guia da Previdência Social;
GRF – Guia de Recolhimento do FGTS;
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;
ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza;
PRAD – Pró-Reitoria de Administração;
RET – Relação de Tomadores/Obras;
SEOC – Seção de Execução Orçamentária e Controle;
SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais;
SIPAC – Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos;
SRP – Sistema de Registro de Preços;
TCU – Tribunal de Contas da União;
UFC – Universidade Federal do Ceará.
13
4 O DEVER DE FISCALIZAÇÃO
As contratações de terceiros pela Administração Pública são realizadas após a
homologação do processo licitatório. Para tanto, é formalizado um contrato administrativo
e/ou uma ata de registro de preço. Em ambos os casos, cumpre à Administração Pública
acompanhar permanentemente a execução do contrato, registrando e reagindo às eventuais
irregularidades identificadas.
De acordo com o art. 67 da Lei Federal nº 8.666/93, "A execução do contrato deverá
ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente
designado, [...]" (grifo nosso), que anotará, em registro próprio, todas as ocorrências
pertinentes, mantendo os superiores devidamente informados.
As fases dos contratos são compostas pela formalização, execução, recebimento e
pagamento, conforme a Figura 1.
Figura 1 - Fases de contrato
Fonte: Elaboração própria.
A formalização dos contratos administrativos e atas de registro de preços dá-se com
a assinatura dos mesmos pelas partes. A execução desses instrumentos não pode, em hipótese
alguma, iniciar-se sem a emissão da Nota de Empenho e muito menos sem que a garantia
tenha sido prestada. Tratando-se, especificamente de contrato, o empenho precede a sua
assinatura, entretanto, no caso de atas de registro de preços, o empenho deve ser solicitado
pelo fiscal do contrato após a assinatura da ata. Desse modo, torna-se necessária, no caso de
contratos, a emissão de Ordem de Serviço para servir como marco inicial do início da
execução, conforme modelo sugerido no Apêndice C.
Formalização Execução Recebimento Pagamento
14
Ainda em relação a contratos, cabe ao fiscal verificar se foi prestada a garantia antes
de ser expedida a Ordem de Serviço, bem como acompanhar, ao longo da execução do
contrato, se a garantia continua sendo suficiente para a execução do contrato em valor e em
prazo de vigência, consoante mencionado no item 6.6 do presente manual.
A execução do contrato tem início com os primeiros atos necessários à prestação do
serviço/objeto por parte da empresa contratada e dá-se por encerrada com a entrega desse
serviço/objeto. Com a conclusão da execução, cabe à Administração Pública promover os
atos necessários ao recebimento do objeto contratado consoante mencionado no item 6.4 do
presente manual.
Ressalte-se que, para que seja efetivado o pagamento, é preciso que tenham
sido adotadas pelo fiscal todas as providências necessárias ao recebimento definitivo
(vide item 6.4), bem como as demais providências a seu cargo mencionadas no item
7 deste manual.
Além disso, a Lei nº 8.666/93, em seu art. 68, exige a indicação de um representante
para o relacionamento com a Administração, denominado preposto. Caso sobrevenha
alguma ocorrência na execução contratual, seja no cumprimento dos serviços ou nas relações
interpessoais, o representante da unidade interessada deve comunicar ao fiscal da
contratação a fim de que este mantenha o contato com o preposto da empresa.
Impõe-se, assim, uma obrigação, um dever. Quando se refere a "acompanhar",
enfatiza a exigência de se presenciar o andamento dos trabalhos na fase de execução e,
quando se refere a "fiscalizar", diz respeito a se fazer diligências junto ao preposto do
contratado, recomendar medidas saneadoras, providenciar os devidos registros e
comunicar aos gestores os casos de infração, suscetíveis de aplicação de sanções ou de
rescisão contratual.
Em casos de inexecução, ou ainda, execução parcial do objeto contratado, torna-se
necessário que o fiscal adote as providências adequadas à aplicação de sanções consoante o
disposto no item 8 deste manual. Essa exigência legal alcança todas as contratações,
cumprindo ao fiscal o acompanhamento, anotando faltas cometidas e defeitos detectados
para propor as sanções cabíveis, inclusive a rescisão, sempre por meio de abertura de
processo administrativo.
15
Quanto aos encargos trabalhistas, previdenciários e comerciais, são da
responsabilidade do contratado particular. No entanto, com o advento da Lei nº 9.032, de 28
de abril de 1995, a Administração tornou-se solidária com o contratado, no caso de
descumprimento de suas obrigações. Assim, para elidir a sua responsabilidade, a
Administração Pública deve agir de forma eficaz no que diz respeito à fiscalização e controle
da execução dos contratos ora firmados, pois é o instrumento que o gestor público dispõe
para defesa do interesse público.
16
5 RESPONSABILIDADES DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS
As atribuições das unidades envolvidas no processo de fiscalização de contratações
efetuado pela Universidade Federal do Ceará são discriminadas a seguir.
5.1 Reitoria ou Pró-Reitoria de Administração
assinar contratos e atas de registro de preços;
designar, por meio de portaria, os fiscais dos contratos e seus substitutos, com base
na indicação do demandante constante no Termo de Referência;
julgar e aplicar sanção à contratada, de acordo com a legislação vigente;
5.2 Reitoria ou Secretaria de Infraestrutura (nos casos de contratos de obras e serviços de engenharia)
assinar contratos e atas de registro de preços;
designar, por meio de portaria, os fiscais dos contratos e seus substitutos, com base
na indicação do demandante constante no Termo de Referência;
julgar e aplicar sanção à contratada, de acordo com a legislação vigente;
5.3 Divisão de Gestão de Contratos, Atas e Convênios (DGCAC), da Pró-Reitoria de Administração
Responsável pelo acompanhamento e controle da contratação, desde a assinatura do
contrato até a sua extinção, compreendendo:
promover, no âmbito da Pró-Reitoria de Administração:
a elaboração da minuta dos termos aditivos sempre que solicitado pelo
fiscal/gestor do contrato;
17
a formalização dos apostilamentos nos casos aplicáveis aos processos
administrativos abertos pelos fiscais dos contratos;
elaboração de minutas contratuais nas contratações por dispensa ou
inexigibilidade de licitação dos processos abertos pelos demandantes.
dar prosseguimento aos processos de solicitação de aplicação de penalidade
propostas pelo fiscal/gestor do contrato;
acompanhar e dar andamento à celebração dos contratos;
promover e acompanhar a publicação dos atos junto ao Departamento de
Administração, emitindo despacho, no qual é discriminado o teor da publicação,
além de arquivá-la na pasta do processo do contrato;
arquivar por ordem numérica, anual, os contratos, seus aditivos e demais documentos
a eles relativos (documentos originais);
informar aos gestores/fiscais técnicos dos contratos os prazos de vigência do contrato
e da garantia;
expedir as notificações para as contratadas relativas à aplicação de penalidades;
emitir as portarias de designação de fiscais e gestores dos contratos, controlar a
entrega destas aos fiscais e arquivar a via original na pasta do processo;
promover a tramitação e acompanhar os pedidos de reajuste, repactuação e
reequilíbrio econômico-financeiro, verificando os pressupostos e documentos
necessários;
incluir o cronograma físico-financeiro no sistema do Governo Federal
denominado SIASG;
registrar/apropriar o valor contratual no sistema do Governo Federal denominado
SIAFI, não havendo cronograma físico-financeiro;
emitir o ofício de boas-vindas à empresa contratada, com cópia para o fiscal,
consoante o modelo no presente manual (Apêndice A);
preencher os contratos e as atas de registro de preços com os dados das empresas
vencedoras do certame, conforme minuta aprovada pela Procuradoria, para o
processo licitatório, atestando a conformidade das vias dos contratos e das atas com
as minutas aprovadas pela Procuradoria;
18
manter arquivo das garantias contratuais dos contratos (uma via na pasta de cada
contrato e uma via centralizada das garantias dos contratos, ordenadas por contrato,
em pasta única, sem prejuízo do controle do saldo da garantia que é de competência
dos fiscais dos contratos) e
enviar cópia das garantias contratuais dos contratos ao DCF para que seja realizado
o registro contábil adequado.
O papel da DGCAC compreende o controle burocrático macro de todos os contatos
firmados pela Administração, e suas atribuições são aquelas referidas nesta seção, não
devendo confundir-se com as atribuições dos gestores dos contratos nos casos em que a
legislação em vigor dispuser sobre a presença desta figura.
As atribuições dos gestores dos contratos encontram-se adiante mencionadas, no item
6.2 deste Manual, e seu papel atém-se às minúcias específicas do contrato. Sua gestão tem
em vista o adequado acompanhamento da execução específica do contrato, sempre com o
auxílio do fiscal técnico do contrato e com o apoio, no que couber, da Divisão de Contratos
do Departamento de Contratos da Pró-Reitoria de Administração, que apoiará os
gestores/fiscais dos contatos, no que concerne aos aspectos administrativos e burocráticos
contratuais, independentemente de provocação, nos casos de informação prévia acerca da
necessidade de renovação de prazo contratual e de seu impedimento, a fim de que os
gestores/fiscais possam promover, respectivamente, a abertura de processo, solicitando
prorrogação de vigência ou de novo processo licitatório, conforme o caso, sem prejuízo da
análise de conveniência e oportunidade dos gestores/fiscais do contrato.
19
6 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
A Administração Pública tem o PODER-DEVER de fiscalizar a execução de seus
contratos para assegurar-se de que o objeto contratado seja executado a contento, as
obrigações decorrentes sejam realizadas no tempo e modo devidos e que as cláusulas
contratuais sejam rigorosamente observadas. Para isso, torna-se necessária a tomada de
providências cabíveis, descritas a seguir.
6.1 Das providências iniciais
A seguir, são apresentadas as providências iniciais e necessárias para o
acompanhamento da execução do contrato.
6.1.1 Designação do fiscal/gestor do contrato A designação do fiscal e respectivo suplente:
a) será feita no próprio instrumento contratual ou em ato específico da autoridade
competente;
b) poderá compreender grupo de servidores, que podem ser escalados em conjunto ou
individualmente, pelo gestor do contrato, para um ou mais contratos;
c) será publicada juntamente com o extrato do contrato no Diário Oficial, e divulgada
no site da Pró-Reitoria de Administração (<www.pradm.ufc.br>);
Como a lei não estabeleceu o perfil adequado, a doutrina recomenda que a escolha
do fiscal deve incidir, prioritariamente, sobre servidor dotado de conhecimento técnico ou
prático a respeito do objeto do instrumento contratual, sendo desejável que seja oriundo da
unidade demandante da contratação.
A indicação do fiscal e seu suplente deverá ser feita pela Unidade Interessada, por
ocasião da elaboração do Termo de Referência e, na eventualidade de sua substituição, a
mesma deve ser objeto de abertura de processo administrativo pela Unidade Interessada.
20
Quando o contrato, pela sua complexidade, exigir a coexistência de mais de um fiscal,
deverá ser designado, entre eles, um FISCAL COORDENADOR, sem prejuízo dos
fiscais suplentes, todos indicados pelo demandante, por ocasião da elaboração do Termo
de Referência.
Por razões éticas, o fiscal não deverá ter relação de interesse pessoal, litigância
judicial, parentesco, amizade ou inimizade com a administração da empresa contratada, além
de não estar respondendo a processo administrativo disciplinar nem ter sido condenado em
processo da mesma natureza.
De acordo com o art. 31 da IN MPOG/ SLTI nº 6/2013,
O acompanhamento e a fiscalização da execução do contrato consistem na verificação da conformidade da prestação dos serviços e da alocação dos recursos necessários, de forma a assegurar o perfeito cumprimento do contrato, devendo ser exercido pelo gestor do contrato, que poderá ser auxiliado pelo fiscal técnico e fiscal administrativo do contrato. (grifo nosso)
Considerando a escassez de mão de obra na UFC, que não dispõe de três servidores
para nomeação específica para todos os contratos, o exercício de tais funções, no âmbito da
UFC, dar-se-á da seguinte forma:
I – gestão do contrato: será exercida pelo servidor competente para coordenar e
comandar o processo da fiscalização da execução contratual. Será feita
nomeação específica do gestor de contratos apenas para os contratos contínuos
e os que envolvam cessão de mão de obra, e sua designação dar-se-á na pessoa
do superior hierárquico do fiscal. Nos demais casos, essas funções serão
exercidas pelo fiscal técnico do contrato;
II – fiscalização técnica do contrato: será exercida pelo servidor designado para
auxiliar o gestor do contrato quanto à fiscalização do objeto do contrato, ao longo
da execução contratual. Corresponde ao servidor indicado no Termo de
Referência para acompanhar a execução do contrato ao longo da vigência do
mesmo. Para os casos de contratos vigentes e com portarias de nomeação
anteriores à elaboração deste Manual, o fiscal designado nas respectivas
portarias é o fiscal técnico; e
21
III – fiscalização administrativa do contrato: corresponde ao acompanhamento
administrativo e burocrático do contrato realizado no âmbito das atribuições
da Divisão de Contratos, do Departamento de Contratos da Pró-Reitoria de
Administração, mencionadas no item 5.3, deste Manual, destinado a apoiar
os gestores/fiscais dos contratos quanto aos aspectos administrativos do
contrato. Considerando que a UFC institucionalizou uma unidade
responsável por essas atribuições, não se fará nomeação específica de
servidor para o exercício de tais funções, uma vez que a demanda por
informações dessa natureza será feita à Divisão que responderá por meio de
despacho escrito e fundamentado assinado por servidores específicos
lotados na respectiva unidade.
No caso dos contratos decorrentes de contratações de TI, as quais devem ser
processadas em consonância com a IN-04, para a designação dos gestores e ficais, observe-
se o que dispõe a Instrução Normativa nº 04, de 12 de novembro de 2010, em seu art. 2º,
combinado com o art. 24:
Art. 2º Para fins desta Instrução Normativa, considera-se:
I – Área Requisitante da Solução: unidade do órgão ou entidade que demande a contratação de uma Solução de Tecnologia da Informação;
II – Área de Tecnologia da Informação: unidade setorial ou seccional do SISP, bem como área correlata, responsável por gerir a Tecnologia da Informação do órgão ou entidade;
III – Equipe de Planejamento da Contratação: equipe envolvida no planejamento da contratação, composta por:
a) Integrante Técnico: servidor representante da Área de Tecnologia da Informação, indicado pela autoridade competente dessa área;
b) Integrante Administrativo: servidor representante da Área Administrativa, indicado pela autoridade competente dessa área;
c) Integrante Requisitante: servidor representante da Área Requisitante da Solução, indicado pela autoridade competente dessa área;
IV – Gestor do Contrato: servidor com atribuições gerenciais, técnicas e operacionais relacionadas ao processo de gestão do contrato, indicado por autoridade competente;
22
V – Fiscal Técnico do Contrato: servidor representante da Área de Tecnologia da Informação, indicado pela autoridade competente dessa área para fiscalizar tecnicamente o contrato;
VI – Fiscal Administrativo do Contrato: servidor representante da Área Administrativa, indicado pela autoridade competente dessa área para fiscalizar o contrato quanto aos aspectos administrativos;
VII – Fiscal Requisitante do Contrato: servidor representante da Área Requisitante da Solução, indicado pela autoridade competente dessa área para fiscalizar o contrato do ponto de vista funcional da Solução de Tecnologia da Informação.
[...]
Art. 24. A fase de Seleção do Fornecedor se encerrará com a assinatura do contrato e com a nomeação do:
I – Gestor do Contrato;
II – Fiscal Técnico do Contrato;
III – Fiscal Requisitante do Contrato; e
IV – Fiscal Administrativo do Contrato.
§ 1º As nomeações descritas neste artigo serão realizadas pela autoridade competente da Área Administrativa, observado o disposto nos incisos IV, V, VI e VII do Art. 2º;
§ 2º Os Fiscais Técnico, Requisitante e Administrativo do Contrato serão, preferencialmente, os Integrantes da Equipe de Planejamento da Contratação. [negrito e grifo nosso]
Assim, de acordo com o art. 2º, IV, da IN-04/2010, o Gestor do Contrato de TI tem
“atribuições gerenciais, técnicas e operacionais relacionadas ao processo de gestão do
contrato”. Portanto, sugere-se que o servidor nomeado como gestor de contratações dessa
natureza deva possuir conhecimentos técnicos da área de TI, a fim de salvaguardar os
interesses da instituição no adequado gerenciamento dessas contratações. Quanto aos fiscais
do contrato, por força do § 2º do art. 24, da mesma IN-04/2010, “Os Fiscais Técnico,
Requisitante e Administrativo do Contrato serão, preferencialmente, os Integrantes da
Equipe de Planejamento da Contratação”.
No caso dos contratos decorrentes de contratações processadas em consonância com a
IN-04, a designação dos gestores e ficais, deve ser observado o que dispõe a Instrução Normativa
nº 04, de 19 de maio de 2008, em seu art. 2º, combinado com o art. 24:
23
6.1.2 Documentação que deve ser conhecida pelo fiscal A Divisão de Gestão de Contratos, Atas e Convênios (DGCAC) enviará para o fiscal
a documentação abaixo:
o ato de Designação do Fiscal;
a via do contrato destinada a empresa contratada;
a cópia do ofício de boas-vinda à empresa contratada;
a Nota de Empenho (em caso de SRP, o fiscal só recebe Nota de Empenho quando
solicita itens de Ata de Registro de Preço já firmada);
o endereço eletrônico do ComprasNet que contém o edital da contratação e a proposta
da empresa vencedora;
a cópia das garantias contratuais e seus complementos.
Além disso, o fiscal deve conhecer os seguintes documentos, resultantes da
fase de planejamento da contratação:
Termo de Referência ou Projeto Básico e Executivo, quando for o caso.
Planilha de Custos e Formação de Preço, quando houver dedicação exclusiva de
mão de obra.
Cronograma físico-financeiro, se for o caso.
Necessidade a ser atendida e resultados esperados com o contrato, conforme
constante no Termo de Referência.
Estudos e pareceres técnicos, se for o caso. O fiscal deve ler atenta e minuciosamente todo o edital, contrato e seus aditivos,
principalmente as cláusulas relativas a:
I. objeto da contratação;
II. necessidade da contratação;
III. forma de execução;
24
IV. forma de fornecimento de materiais e prazo de entrega ou prestação dos
serviços e quantitativo de funcionários, se houver;
V. cronograma de serviços;
VI. garantia inicial e garantia complementar, caso haja alteração de valor dentro
do limite permitido pela Lei nº 8.666/93;
VII. obrigações da contratante e da contratada, especialmente no que se refere à
CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que rege a categoria dos
profissionais empregada nos serviços contratados;
VIII. condições de pagamento;
IX. fiscalização;
X. sanções administrativas.
Deve conhecer a proposta comercial da contratada com todos os seus itens, condições
e preços e ter cópia da proposta de preço, acompanhada, se for o caso, de planilha de
custo e formação de preço, de relação de material ou equipamento, e, por fim,
providenciar e arquivar, com o restante da documentação pertinente, a relação nominal
de todos os funcionários terceirizados que prestam serviços para a UFC, para os contratos
de prestação de serviços de cessão de mão de obra.
Deve manter um arquivo próprio para cada contrato, contendo:
cópia do contrato e documentos relacionados às suas especificações (edital e
proposta);
comunicações com o ordenador de despesa;
comunicações com o preposto da Contratada;
comunicações com os setores da Administração;
comunicações com terceiros;
diligências;
registro de ocorrências;
atas de reuniões;
dados atualizados do representante da contratada, contendo documentos
25
pertinentes à sua qualificação, ao desempenho de suas atribuições e a forma
de contato;
cópia das Notas de Empenho e Notas Fiscais;
cópia das garantias contratuais e seus complementos; e
todo e qualquer documento referente ao contrato e a fiscalização, tais como
solicitação de reforço/cancelamento/anulação de empenho, e pedido para inscrição
de valores em Restos a Pagar, entre outros.
6.1.3 Reunião inicial Após inteirar-se do contrato e seus anexos, avaliando-os detalhadamente, o fiscal
deve promover reunião inicial, devidamente registrada no formulário Ata de Reunião
(Apêndice B), com o representante da Contratada, a fim de definir procedimentos para o
perfeito desenvolvimento dos trabalhos e dirimir as dúvidas porventura existentes com
relação à execução do contrato.
Para essa reunião, o fiscal poderá convidar outros envolvidos no processo de
contratação ou os técnicos que eventualmente tenham participado da elaboração do termo
de referência ou projeto básico. Nessa reunião, a contratada deverá apresentar o documento
com indicação do preposto e informar todos os seus dados pessoais e funcionais, caso ele
seja aceito pelo fiscal.
É recomendável a realização de reuniões com o representante da contratada sempre
que houver impasse na execução do contrato. Além disso, esclarecer que a comunicação
entre a fiscalização e a contratada será realizada, preferencialmente, por escrito, com
confirmação de recebimento.
6.1.4 Dos encaminhamentos
No decorrer da execução até a finalização contrato, o fiscal deve encaminhar à Pró-
Reitoria de Administração as questões relativas a:
26
processos solicitando abertura de nova licitação nos casos cabíveis, antes de findo o
estoque de bens ou o término da vigência do contrato, sem prejuízo da observância
dos prazos constantes da Resolução nº 1/2012/PRAD/UFC;
processos solicitando acréscimos e/ou supressões contratuais, observado o limite
máximo admitido por lei e dentro do prazo de vigência do contrato.
processos encaminhando revisão, reajuste e repactuação contratuais solicitados pela
contratada.
Observação: Os processos mencionados no parágrafo anterior deverão estar devidamente
instruídos da documentação que motivou o pedido, sem prejuízo da documentação
mencionada nos checklists, se for o caso. Por exemplo: tratando-se de processo solicitando
reequilíbrio contratual em virtude de reajuste salarial da categoria, deverá ser juntada cópia
da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT), comprovando o índice de reajuste incidente
sobre o respectivo componente da planilha de custo da proposta vencedora, juntamente com
a planilha de custos e formação de preços adequada ao valor requerido. Também deverá ser
juntada comprovação do preço de mercado, nos casos de processos de solicitação de
contratos vigentes prorrogáveis. A planilha é obrigatória para os contratos que formaram
seus preços com base nela quando da apresentação da proposta.
6.2 Das atribuições dos gestores
A figura do gestor do contrato encontra-se prevista na IN nº 2/2008 e IN n°
6/2013, do MPOG, uma vez que a Lei nº 8.666/93 menciona apenas a figura do fiscal do
contrato, em sede do acompanhamento e fiscalização dos contratos. Como a IN nº 2/2008
e a IN nº 6/2013 destinam-se à regulamentação de contratos que envolvem
cessão/locação de mão de obra, a UFC somente adotará a figura do gestor do contrato
segregada da figura do fiscal, para esses tipos de contratos, bem como para todos os
contratos contínuos, dada a sua relevância. Nos demais, as atribuições dos fiscais
abrangerá também a dos gestores. Além disso, convenciona-se que o gestor do contrato
será sempre o superior hierárquico imediato do fiscal.
27
Cabe ao gestor do contrato decidir sobre a implantação de controles e fluxos
operacionais, específicos do objeto e das cláusulas contratuais, visando à otimização da
sua fiscalização.
6.3 Das atribuições dos fiscais
As atribuições do fiscal do contrato encontram-se genericamente previstas no próprio
art. 67 da Lei nº 8.666/93, sendo certo que as atribuições específicas são definidas pelos
gestores dos contratos. São elas:
I. tomar conhecimento dos termos do projeto básico ou termo de referência;
II. conhecer integralmente o objeto do contrato;
III. municiar o gestor do contrato de informações técnicas e operacionais necessárias ao
processo de gestão do contrato, podendo, em circunstâncias pontuais, requisitar de
outros servidores da instituição que possuam conhecimentos técnicos específicos, as
informações consideradas necessárias, designando, em sua solicitação, o prazo de
resposta;
IV. manter em arquivo próprio todos os documentos referentes ao contrato e à sua
fiscalização, inclusive garantia, quando houver, na forma do disposto no item 6.1.2;
V. certificar-se de que, sendo o caso, a garantia foi prestada em montante suficiente aos
valores contratados e em prazo nunca inferior à vigência do contrato, adotando-se,
sempre que for possível, garantias em prazos maiores do que a vigência do contrato.
Assim, a garantia deve ser revista, sempre que houver aditivos contratuais de valores
ou de prazos de vigência;
VI. certificar-se de que a empresa e seu preposto, caso exista, está(ão) ciente(s) das
obrigações assumidas na contratação;
VII. dirigir-se formalmente ao representante da contratada ou a seu preposto para resolver
qualquer irregularidade na execução do objeto. Toda tratativa infrutífera com a
empresa contratada deverá ser comunicada formalmente ao gestor do contrato,
(quando houver), para que sejam adotadas as medidas administrativas cabíveis.
VIII. fazer-se presente no local da execução do contrato;
28
IX. solicitar emissão, reforço, cancelamento ou anulação de Nota de Empenho e
controlar o saldo do empenho e o saldo do contrato em função do valor das notas
fiscais;
X. registrar todas as ocorrências, tais como faltas, atrasos, má-execução dos serviços,
etc., por parte dos empregados da contratada, em livro ou sistema próprio. Todas as
anotações referentes ao contrato devem estar agrupadas em um documento (livro,
arquivo digital, ficha etc.) e após o encerramento de cada exercício financeiro, o
fiscal deve abrir processo encaminhando essa documentação para arquivo junto ao
processo de contratação;
XI. atender tempestivamente às solicitações e recomendações de auditoria interna e externa;
XII. conferir o cumprimento do objeto e demais obrigações pactuadas, especialmente o
atendimento às especificações atinentes ao objeto e sua garantia, bem como os prazos
fixados no contrato, visitando o local onde o contrato esteja sendo executado e
registrando os pontos críticos encontrados, inclusive com a produção de provas,
datando, assinando e providenciando a assinatura do preposto da contratada para
instruir possível procedimento de aplicação de sanção contratual;
XIII. instaurar processo administrativo devidamente instruído, objetivando a aplicação de
sanções e/ou rescisão contratual pela autoridade competente.;
XIV. exigir que a contratada substitua os produtos/bens que se apresentem
defeituosos ou com prazo de validade vencido ou por vencer em curto prazo de
tempo e que, por esses motivos, inviabilizem o recebimento definitivo, a guarda
ou a utilização pela UFC;
XV. comunicar imediatamente à contratada, quando o fornecimento seja de sua
obrigação, a escassez de material cuja falta esteja dificultando a execução dos
serviços;
XVI. recusar os serviços executados em desacordo com o pactuado e determinar
desfazimento, ajustes ou correções;
XVII. comunicar à contratada, mediante correspondência entregue pessoalmente ou por
aviso de recebimento, cuja cópia deverá ser juntada aos autos, eventuais
irregularidades na execução do contrato, estabelecendo prazo para solução dos
problemas apontados;
29
XVIII. comunicar, por escrito, à contratada os danos porventura causados por seus
empregados, requerendo as providências reparadoras;
XIX. receber, provisoriamente, o objeto do contrato sob sua responsabilidade, mediante
termo circunstanciado ou recibo, assinado pelas partes, recusando, imediatamente,
produtos/bens que não correspondam ao contratado;
XX. conferir a nota fiscal do serviço/material emitida pela contratada. Havendo alguma
inconsistência, o fiscal deve devolver, imediata e motivadamente, a nota fiscal para
a contratada substituí-la. Estando tudo correto, o fiscal deve certificar (atestar) a
nota fiscal a fim de confirmar a realização do serviço ou o recebimento do material,
na quantidade e qualidade contratadas;
XXI. promover os registros das notas fiscais no módulo cronograma do SIASG;
XXII. verificar todos os documentos necessários para a liquidação da despesa e encaminhá-los
mediante o formulário SGCA17 – Solicitação de Pagamento (ver Apêndice F), em
conjunto com a(s) nota(s) fiscal(is), para a Pró-Reitoria de Administração, fazendo
encaminhar até o dia 25 de cada mês as notas fiscais emitidas e recebidas dentro do
mês, a fim de que o pagamento seja efetuado dentro do prazo de recolhimento dos
tributos, com vistas a evitar o pagamento de multas;
XXIII. comunicar à Administração eventual subcontratação da execução, sem previsão
editalícia ou sem conhecimento da Administração;
XXIV. fiscalizar, pessoalmente, os registros dos empregados da contratada locados nos
serviços, para verificar a regularidade trabalhista;
XXV. oficiar a contratada sobre a necessidade de atualização documental para manutenção
das condições de habilitação ou atendimento de exigências legais supervenientes;
XXVI. verificar, por intermédio do preposto da contratada, a utilização pelos empregados
da empresa dos equipamentos de proteção individual exigidos pela legislação
pertinente, exigindo daquele a interdição do acesso ao local de trabalho, e, na
hipótese de descumprimento, comunicar à Administração para promoção do possível
processo de aplicação de sanção contratual. O fiscal deve solicitar à empresa o
pagamento de insalubridade e periculosidade, se for o caso;
30
XXVII. exigir, por intermédio do preposto da contratada, a utilização de crachá e de uniforme
pelos empregados da contratada e conduta compatível com o serviço público,
pautada pela ética e urbanidade no atendimento;
XXVIII. assegurar-se de que o número de empregados alocados ao serviço pela
contratada é suficiente para o bom desempenho dos serviços, levando em
consideração o que dizem as boas práticas que regulamentam o serviço e o que
rege a legislação vigente;
XXIX. solicitar à contratada a substituição de qualquer utensílio, ferramenta ou equipamento
cujo uso seja considerado prejudicial à boa conservação dos bens ou instalações, ou
ainda, que não atendam às necessidades da Administração;
XXX. abster-se de tomar decisões e adotar providências que ultrapassem sua área de
competência;
XXXI. comunicar formalmente e com antecedência mínima de 10 dias, o seu afastamento
das atividades de fiscalização para que assuma o substituto;
XXXII. abrir processo de solicitação de aditivos contratuais e encaminhar à Pró-Reitoria de
Administração os pedidos destinados à prorrogação de prazo de vigência, instruindo
os autos com os seguintes documentos:
a. manifestação do fiscal quanto à prorrogação contratual, devidamente
justificada;
b. ofício ao contratado solicitando manifestação de interesse na prorrogação
contratual;
c. resposta do contratado quanto ao interesse na prorrogação contratual;
d. justificativa da economicidade da renovação de vigência, a qual pode ser
comprovada com pesquisas de mercado e
e. cópia do contrato e de todos os aditivos.
XXXIII. observar, no caso de aditivo de vigência, para encaminhamento do processo à Pró-
Reitoria de Administração, em prazo nunca inferior a 30 dias da previsão de fim de
vigência, a fim de que possa ser assegurado o trâmite administrativo de formalização
da minuta do termo aditivo, emissão de parecer jurídico e assinatura do aditivo,
dentro do prazo de vigência do contrato.
31
XXXIV. abrir processo de solicitação de aditivos contratuais e encaminhar à Pró-Reitoria de
Administração os pedidos destinados a alteração consistente em acréscimos ou
supressões do objeto contratado, instruindo os autos com os seguintes documentos:
a. justificativa do acréscimo/supressão, comprovando a necessidade do aumento
ou redução da demanda;
b. planilha demonstrando que os custos com os acréscimos/supressões
encontram-se dentro dos limites legais admitidos pela Lei nº 8.666/93; e
c. cópia do contrato e de todos os aditivos.
XXXV. abrir processo e encaminhar à Administração solicitando nova licitação, em prazo
não inferior a 6(seis) meses de antecedência, caso o contrato não seja prorrogável ou
não haja interesse na prorrogação contratual;
XXXVI. verificar se a contratada está cumprindo todas as obrigações previstas no edital de
licitação e no instrumento de contrato;
XXXVII. cobrar da contratada, quando se tratar de obras, no local de execução dos serviços,
na formatação padrão combinada, o Diário de Obra, cujas folhas deverão estar
devidamente numeradas e assinadas pelas partes, e onde serão feitas as anotações
diárias sobre o andamento dos trabalhos, tais como indicação técnica, início e
término de etapas de serviço, causas e datas de início e término de eventuais
interrupções dos serviços, recebimento de material e demais assuntos que requeiram
providências;
XXXVIII. abrir processo e encaminhar à Pró-Reitoria de Administração, quando do
recebimento da obra, devidamente instruído com os seguintes documentos:
a. Laudo Técnico da Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) para registro no
SPIUNET dos valores referentes ao bem imóvel;
b. cópia das notas fiscais das medições realizadas;
c. cópia das notas de empenho;
d. informações acerca do valor total da obra, incluindo o valor pago pelo terreno
em que a obra foi construída, caso tenha sido adquirido para tal;
e. informações acerca do valor do projeto da obra, se for o caso, ou melhor, se o
projeto tiver sido elaborado por outra empresa;
32
f. informações acerca de quaisquer outros valores eventualmente pagos durante
a execução da obra.
XXXIX. providenciar, nos casos de contratos de cessão de mão de obra, o documento de
prestação de compromisso solene de acatamento e observância das regras
estabelecidas pelo Código de Ética da UFC, nos termos do art. 15 do Decreto nº
6.029/2007;
XL. implantar e manter outros controles não mencionados anteriormente que sejam
considerados necessários em razão da natureza dos contratos;
XLI. controlar e liberar a garantia contratual, quando for o caso.
6.4 Do recebimento de materiais/serviços
O ato de recebimento de materiais/serviços envolve quatro fases, mostradas na
Figura 2.
Figura 2: Fases do recebimento de materiais/serviços
Fonte: Elaboração própria.
O recebimento provisório (1ª fase) é o ato pelo qual o material adquirido é entregue no
local designado no Termo de Referência e respectivo Edital de Licitação. O recebimento
provisório não implica sua aceitação (3ª fase), a qual consiste na operação em que se declara,
na documentação fiscal, que o material/serviço recebido satisfaz às especificações contratadas.
Quando o material/serviço não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou
ainda, apresentar falhas ou defeitos, o fiscal do contrato providenciará junto ao fornecedor a
• Recebimento provisório1ª FASE
• Regularização2ª FASE
• Aceitação (Recebimento definitivo)3ª FASE
• Encaminhamento da documentação fiscal e comprovação de aceite 4ª FASE
33
regularização da entrega (2ª fase), para efeito de aceitação e promoverá, se for o caso, a
abertura de processo para aplicação de sanções, conforme procedimentos previstos no item
8 deste manual.
Os dois atos (recebimento provisório e aceitação) não são, necessariamente,
concomitantes. Pode haver um lapso de tempo até a aceitação, caso o material possua
especificações que precisem ser avaliadas pelo fiscal, o que pode inclusive implicar a
devolução do material. Portanto, quando o material possuir características de difícil
identificação, o exame de recebimento deverá ser feito por técnico especializado. Pode haver
rejeição total ou parcial quando o objeto recebido estiver em desacordo com o especificado
no Termo de Referência, Edital e Contrato, conforme art. 76, da Lei nº 8.666/93.
Após a aceitação, tem-se a 4ª fase, na qual o fiscal providenciará o encaminhamento
da documentação fiscal e comprovação de aceite ao almoxarifado, se for materiais e, ao
DCF, se for serviços ou obras.
6.5 Das alterações contratuais
Após a celebração do contrato, os mesmos podem ser aditivados para alteração dos
termos contratados, consoante o disposto nesta seção.
6.5.1 Das alterações de vigência do contrato
O fiscal deve manter um controle da vigência do contrato para que possa representar
tempestivamente pela prorrogação ou pela realização de nova licitação. Havendo interesse
por parte da Administração, os contratos podem ter a sua vigência prorrogada, mediante
abertura de processo pelo fiscal do contrato solicitando à Pró-Reitoria de Administração a
prorrogação do contrato.
O processo anteriormente mencionado deverá ser instruído com o formulário SGCA08
- Prorrogação Contratual, constante no Apêndice D, bem como com a justificativa de
economicidade da prorrogação contratual e ainda, com as cópias do contrato e dos aditivos.
34
Somente é admitida a prorrogação do contrato efetivamente em vigor. Desse modo,
os aditivos de prorrogação devem ser encaminhados à Pró-Reitoria de Administração em
prazo nunca inferior a 30 dias da data prevista para o encerramento da vigência, a fim de
viabilizar os trâmites administrativos de análise prévia do pedido, elaboração da minuta do
aditivo e emissão de parecer jurídico.
Cabe ao fiscal promover ações com intuito de evitar a indesejável contratação direta,
com fundamento em situação emergencial (art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93).
Acórdão nº 1.378/2008 – 1ª Câmara - TCU 9.4.1. Realize o controle da vigência dos contratos, possibilitando o planejamento dos procedimentos licitatórios visando diminuir a possibilidade de realizar contratações emergenciais e com extrapolação temporal (Lei 8.666/1993, art. 24, inciso IV).
6.5.2 Das alterações em decorrência de acréscimos/supressões ao contrato
De acordo com o §1º do art. 65 da Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos
podem ser alterados, desde que devidamente motivados. A contratada fica obrigada a aceitar,
nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem necessários
nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado
do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de
50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
O fiscal do contrato deverá abrir processo devidamente instruído e motivado,
comprovando, por meio de juntada de planilha, que o acréscimo/supressão pretendida
encontra-se dentro do limite legal admitido.
6.5.3 Das alterações de valores contratuais
Após a celebração do contrato, o mesmo pode sofrer alteração dos valores
contratados, seja em decorrência de reequilíbrio econômico-financeiro, reajuste de preço ou
ainda, repactuação, conforme se verá adiante.
35
6.5.3.1 Reequilíbrio econômico-financeiro
O equilíbrio econômico-financeiro consiste na manutenção das condições de pagamento
inicialmente estabelecidas no contrato, a fim de que se mantenha estável a relação entre as
obrigações do contratado e a retribuição da Administração, para a justa remuneração da obra,
serviço ou fornecimento.
O reequilíbrio econômico-financeiro do contrato justifica-se nas seguintes ocorrências:
Fato imprevisível, ou previsível, porém de consequências incalculáveis, retardadores
ou impeditivos da execução do que foi contratado.
Caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
(probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e
extracontratual.
Para que possa ser autorizado e concedido o reequilíbrio econômico-financeiro do
contrato, normalmente pedido pelo contratado, deverão ser verificados:
os custos dos itens constantes da proposta contratada com a planilha de custos que
acompanha o pedido de reequilíbrio;
a ocorrência de fato imprevisível, ou previsível, porém de consequências incalculáveis,
que justifique as modificações do contrato para mais ou para menos.
O reequilíbrio econômico-financeiro não está vinculado a qualquer índice, ocorre quando
for necessário o restabelecimento da relação econômica que as partes pactuaram inicialmente.
Portanto, caso a Administração verifique a desoneração da contratada decorrente dos contratos
firmados, cabe ao fiscal levantar os valores e instaurar processos destinados a I) restituição ao
erário e II) aditivo para redução dos valores contratados.
6.5.3.2 Reajuste
Em contratos com prazo de duração igual ou superior a um ano, é admitida cláusula com
previsão de reajuste de preços.
36
O reajuste dos preços contratuais só pode ocorrer quando a vigência do contrato
ultrapassar 12 (doze) meses, contados a partir da data limite para apresentação da proposta.
O reajuste de preços está vinculado a índice previamente definido no contrato. De acordo
com a Lei nº 10.192, de 14/02/2001, são nulos de pleno direito qualquer expediente que, na
apuração do índice de reajuste, produzam efeitos inferiores a 12 (doze) meses.
6.5.3.3 Repactuação
A repactuação é uma forma de negociação entre a Administração e a contratada, que
visa à adequação dos preços contratuais aos novos preços de mercado. Não está vinculada a
qualquer índice.
Somente os contratos que tenham por objeto a prestação de serviços de natureza contínua
podem ser repactuados.
Para repactuação de preços, deve ser apresentada demonstração analítica da variação dos
componentes dos custos do contrato, devidamente justificada.
A repactuação que vise a aumento de despesa não é permitida antes de decorrido, pelo
menos, 1 (um) ano de vigência do contrato.
6.6 Das garantias contratuais
As garantias dos contratos administrativos destinam-se a prevenir a Administração
contra riscos decorrentes da inexecução dos contratos ou ainda da sua execução parcial e
devem ser exigidas quando houver previsão para tal.
6.6.1 Tipos de garantia
Existindo previsão no edital, deverá a Administração exigir prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras. Conforme o art. 56, da Lei nº 8.666/93, as
modalidades de garantias são: I) caução em dinheiro ou títulos da dívida pública, II) seguro-
garantia e III) fiança bancária. De acordo com o § 1° do mesmo artigo, é facultada ao
contratado a opção por quaisquer dessas modalidades.
37
6.6.2 Valor da garantia
A garantia não poderá exceder a 5% (cinco por cento) do valor do contrato e terá seu
valor atualizado nas mesmas condições daquele, conforme o § 2°, do art. 56 da mesma Lei.
Todavia, se o contrato tiver como objeto obras, serviços e fornecimentos de grande vulto,
envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados por
meio de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia
poderá ser elevado para até 10 % (dez por cento) do valor do contrato, conforme o § 3°, do
mesmo diploma legal.
Havendo alterações nos valores dos contratos, seja em decorrência de acréscimos ou
supressões (dentro dos limites legais permitidos) ou ainda de reajustamentos de preços ou
reequilíbrio, o valor da garantia deverá ser alterado em iguais proporções, a fim de resguardar
a Administração contra danos eventuais decorrentes da execução do contrato.
6.6.3 Vigência da garantia
A vigência da garantia dever ser, sempre que possível, em prazo superior ao prazo
de vigência do contrato, pois, por vezes, a apuração de eventuais danos só é de conhecimento
da Administração após a rescisão contratual. Para tanto, o Termo de Referência já deve
prever que o prazo da garantia deve ser superior em 90 (noventa) dias ao prazo do contrato.
Após a execução do contrato, a garantia prestada pela contratada será restituída, e,
quando em dinheiro, atualizada monetariamente, conforme o § 4° do mesmo dispositivo. Findo
o contrato, caso remanesça prejuízo para a Administração Pública decorrente de problemas com
a execução do contrato, deverá a garantia ser executada, a fim de cobrir tais danos eventuais.
A garantia poderá ser utilizada para pagamento de verbas trabalhistas - IN nº 3/2009.
Art. 19 – Os instrumentos convocatórios devem conter o disposto no art. 40 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, indicando ainda, quando couber: (...) XIX – exigência de garantia, com validade de 3 (três) meses após o término da vigência contratual, devendo ser renovada a cada prorrogação efetivada no contrato, nos moldes do art. 56 da Lei nº 8.666, de 1993, para os serviços continuados com uso intensivo de mão de obra com dedicação exclusiva, com a previsão expressa de que a garantia somente será liberada ante a comprovação de
38
que a empresa pagou todas as verbas rescisórias trabalhistas decorrentes da contratação, e que caso esse pagamento não ocorra até o fim do segundo mês após o encerramento da vigência contratual, a garantia será utilizada para o pagamento dessas verbas trabalhistas diretamente pela Administração, conforme estabelecido no art. 19-A, inciso IV desta Instrução Normativa.
Outras garantias do cumprimento das obrigações trabalhistas – Súmula nº 331 TST:
Art. 19 – A Em razão da súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho, o edital poderá conter ainda as seguintes regras para a garantia do cumprimento das obrigações trabalhistas nas contratações de serviços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra: I - previsão de que os valores provisionados para o pagamento das férias, 13º salário e rescisão contratual dos trabalhadores da contratada serão depositados pela Administração em conta vinculada específica, conforme o disposto no anexo VII desta Instrução Normativa, que somente será liberada para o pagamento direto dessas verbas aos trabalhadores, nas seguintes condições:
a) parcial e anualmente, pelo valor correspondente aos 13º salários, quando devidos.
b) parcialmente, pelo valor correspondente às férias e ao 1/3 de férias, quando dos gozos de férias dos empregados vinculados ao contrato.
c) parcialmente, pelo valor correspondente aos 13ºs salários proporcionais, férias proporcionais e à indenização compensatória porventura devida sobre o FGTS, quando da demissão de empregado vinculado ao contrato.
d) ao final da vigência do contrato, para o pagamento das verbas rescisórias.
e) o saldo restante, com a execução completa do contrato, após a comprovação, por parte da empresa, da quitação de todos os encargos trabalhistas e previdenciários relativos ao serviço contratado.
II - a obrigação da contratada de, no momento da assinatura do contrato, autorizar a Administração contratante a fazer a retenção na fatura e o depósito direto dos valores devidos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS nas respectivas contas vinculadas dos trabalhadores da contratada, observada a legislação específica.
III - previsão de que o pagamento dos salários dos empregados pela empresa contratada deverá ocorrer via depósito bancário na conta do trabalhador, de modo a possibilitar a conferência do pagamento por parte da Administração.
IV - a obrigação da contratada de, no momento da assinatura do contrato, autorizar a Administração contratante a fazer o desconto na fatura e o pagamento direto dos salários e demais verbas trabalhistas aos trabalhadores, quando houver falha no cumprimento dessas obrigações por parte da contratada, até o momento da regularização, sem prejuízo das sanções cabíveis.
Para que se possa avaliar a importância de o prazo da garantia ser superior ao prazo
do contrato, pode ser mencionada, a título ilustrativo, a situação de uma rescisão de contrato
que envolva cessão de mão de obra e em que a empresa contratada não cumpra com as
39
obrigações trabalhistas e os créditos da contratada sejam inferiores aos débitos dela junto
aos trabalhadores. Mesmo que a Administração venha a fazer retenções de valores, ainda
assim, remanescerá débito trabalhista pelo qual a Administração poderia vir a ser
responsabilizada, embora de forma subsidiária. Por isso, é recomendável que o prazo da
garantia seja superior ao prazo de vigência do contrato. Só assim, a garantia poderá ser
executada para fazer face ao pagamento das rescisões. Do contrário, vencido o prazo da
garantia, o débito trabalhista remanesceria.
6.6.4 Constituição, liberação e execução da garantia
Em que pese o direito cabível às empresas contratadas, de opção por um dos tipos
de garantia, é dever do fiscal exigir das contratadas a prestação da garantia antes de
autorizada a execução do contrato. Para tanto, serão exigidas da empresa duas vias do
referido comprovante, destinando-se uma delas para arquivo em seu poder e a outra, para
encaminhamento pelo fiscal ao Departamento de Contratos e Execução Orçamentária
(DCEO) da Pró-Reitoria de Administração, por meio de processo administrativo,
devidamente instruído com uma cópia do contrato.
Recebido o processo informando a regular constituição da garantia (e de seus
complementos/reforços), o Departamento de Contratos e Execução Orçamentária (DCEO)
da Pró-Reitoria de Administração, manterá uma cópia adicional da garantia em arquivo
centralizado, até que ocorra a liberação/execução da garantia por parte do fiscal do contrato.
O processo de que trata a constituição da garantia (e de seus complementos/reforços) será
encaminhado pelo DCEO ao DCF, para o competente registro contábil.
Após o registro contábil da constituição da garantia, o DCF emitirá despacho para
que o referido processo seja apensado aos autos do processo principal da contratação.
Uma vez ocorrida a extinção do contrato e, inexistindo pendências por parte da
empresa contratada, em decorrência da sua execução, o fiscal do contrato deverá abrir
processo e encaminhar ao Departamento de Contratos e Execução Orçamentária (DCEO),
solicitando a referida liberação da garantia.
40
O processo mencionado no parágrafo anterior deve ser instruído com a(s)
cópia(s) do(s) documento(s) que comprove(m) a(s) garantia(s) do contrato que estão sendo
liberadas, bem como das razões/motivação da solicitação da baixa/liberação da(s)
garantia(s), devidamente atestada(s) pelo fiscal e de acordo do gestor, nos casos em que
existir a figura do mesmo. Tratando-se de Contratos de Obras ou Serviços de Engenharia, o
processo deve ter o “de acordo” do Superintendente da UFC-Infra, além das seguintes
informações: o período de duração contratual, valor do contrato, valor monetário da garantia
e demais informações relativas à empresa contratada, tais como Razão Social, CNPJ, etc.
O DCEO analisará o processo, verificando se o mesmo se encontra
adequadamente instruído. Caso necessite ser saneado, o processo retornará à origem, Não
havendo necessidade de providências saneadoras, o DCEO emitirá o despacho de declaração
de liberação da garantia, dando, em seguida, conhecimento à empresa contratada, juntando
aos autos a comprovação da respectiva notificação. Em seguida, encaminhará os autos ao
DCF, a fim de que seja feito o competente registro contábil da baixa da garantia contratual.
Após o registro contábil da baixa da garantia, o DCF emitirá despacho para que
o referido processo seja apensado aos autos do processo principal da contratação.
Como a garantia contratual existe para assegurar a execução do contrato,
havendo inexecução do mesmo, o fiscal deverá abrir processo destinado à execução da
garantia, devidamente instruído com as cópias das garantias e com a exposição das razões
de fato que motivaram a necessidade de execução das mesmas. Esse processo deve ser
encaminhado ao DCEO, para as providências cabíveis.
41
7 LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DA DESPESA
Conforme prevê a Lei nº 4.320/64, arts. 62 e 63, antes de efetuar qualquer pagamento
por serviços contratados, a Administração deve verificar a efetiva execução do contrato e a
regular execução dos serviços. Ou seja, deve haver a regular liquidação.
Art. 62 - O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Art. 63, § 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base: I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II - a nota de empenho; III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do
serviço.
A atestação é o ato pelo qual o fiscal do contrato declara na nota fiscal/fatura a fiel
execução dos serviços pela contratada e o adimplemento das demais prestações pactuadas,
satisfazendo, assim, condição necessária para liquidação e pagamento da despesa.
O fiscal do contrato, ao atestar a prestação dos serviços e o cumprimento das obrigações
contratuais, declara que a contratada cumpriu o pactuado. O adimplemento não se resume à
execução dos serviços propriamente ditos, mas, também, refere-se ao cumprimento das
prestações a que se obrigou a contratada, por força do contrato e que, se adimplidas, dão a ela o
direito de emitir documento de cobrança, comoa apresentação de documentos comprobatórios
do cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias. Esse entendimento é
amparado por interpretação do art. 40, § 3º da Lei nº 8.666/93.
Art. 40 (...) § 3º Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de cobrança.
Nesse sentido, a IN nº 3/2009 acresceu ao art. 19, que trata do edital de convocação,
a informação de que a execução completa do contrato somente se dá com a comprovação do
cumprimento das obrigações trabalhistas.
42
Art. 19. Os instrumentos convocatórios devem conter o disposto no art. 40 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, indicando ainda, quando couber: (...) XVIII - disposição prevendo que a execução completa do contrato só acontecerá quando o contratado comprovar o pagamento de todas as obrigações trabalhistas referentes à mão de obra utilizada, quando da contratação de serviço continuado com dedicação exclusiva de mão de obra.
O fiscal do contrato deve acompanhar a execução dos serviços mediante o uso de
instrumentos de medição adequados e definidos no planejamento da contratação, constantes
do contrato e ajustados com a contratada no início da contratação.
A IN MPOG nº 02/2008, com as alterações implementadas pela IN MPOG nº
06/2013, traz vários artigos sobre esse assunto, ganhando destaque os arts. 31, 33 e 34.
Assim, os aspectos de verificação descritos nesses dispositivos são realizados por meio dos
seguintes instrumentos formais, além de outros julgados pertinentes pelo fiscal, conforme a
natureza do objeto contratado:
I. a conformidade dos serviços prestados com o previsto nas especificações técnicas do
Termo de Referência;
II. cumprimento de todas as obrigações contratuais;
III. caso haja Acordo de Níveis de Serviço, alcance das metas pactuadas;
IV. alcance dos resultados pactuados, em termos quantitativos e qualitativos, colhendo-
se a manifestação, quanto à satisfação, do público usuário;
V. emprego dos recursos humanos no quantitativo e com a qualificação exigida nas
especificações técnicas do Termo de Referência;
VI. emprego de materiais e equipamentos em quantitativo definido na proposta da
contratada, atentando-se para a qualidade definida;
VII. observância das rotinas de execução definidas nas especificações técnicas do Termo
de Referência;
VIII. cumprimento das demais obrigações constantes do contrato.
Toda documentação que sustenta a atestação deve ser anexada aos autos do processo
de fiscalização e pagamento, juntamente com a nota fiscal/fatura, para que possa ser
43
autorizado o pagamento com segurança. O que não se admite é um simples carimbo de
atestação aposto na nota fiscal/fatura sem a presença no processo de elementos com
informação que permitam concluir, com segurança, pela efetiva prestação dos serviços e
cumprimento pela contratada das obrigações assumidas. Ao conferir a nota fiscal/fatura, o
fiscal deve anotar no documento a data do recebimento e juntá-la à solicitação de pagamento
(ver Apêndice F).
Então, ao conferir a documentação para pagamento de serviços prestados, o fiscal do
contrato deve aceitar da contratada o documento fiscal/fatura original com discriminação
clara e precisa do objeto contratado e seus elementos característicos.
Ao analisar a documentação para pagamento de serviços prestados, o fiscal do
contrato deve:
I. verificar se a documentação está de acordo com o exigido para o regular pagamento
dos serviços prestados, conforme a Lei nº 8.666/93, a Instrução Normativa 205/88 ,
Instrução Normativa SLTI/MP vigente e as demais normas legais aplicáveis, além
do disposto no Projeto Básico/Termo de Referência e no instrumento contratual;
II. devolver à contratada a nota fiscal/fatura quando verificado falta ou inconformidade
da documentação obrigatória para pagamento, estabelecendo prazo para
regularização;
III. abster-se de apor atesto em instrumentos comprobatórios de despesas antes que os
serviços tenham sido efetivamente prestados;
IV. elaborar relatório sobre o serviço prestado, indicando a concordância com seu
pagamento, relatando eventuais ocorrências solucionadas e notificando os atrasos no
recebimento e no envio das notas fiscais.
Caso tenha ocorrido interrupção na prestação do serviço ou fato que enseje o pagamento
em montante inferior ao originalmente pactuado, o fiscal do contrato deve solicitar à contratada
uma nota fiscal/fatura com valor referente ao serviço efetivamente prestado.
O fiscal deve certificar-se de que nota fiscal/fatura expressa os elementos necessários
e essenciais à liquidação e pagamento, tais como:
44
data da emissão (importante, para fins de retenção de tributos);
menção ao contrato e ao órgão contratante;
indicação do período de prestação dos serviços;
indicação correta do valor a pagar;
destaque do valor da retenção dos tributos;
destaques de outras despesas – dedutíveis da base de cálculo da retenção;
número da nota de empenho.
Nesse momento, é importante o fiscal confrontar os valores contidos na nota
fiscal/fatura emitida pela empresa prestadora dos serviços com os constantes da sua proposta
de preços, verificando o valor a ser pago e, especialmente, quanto à retenção dos tributos. A
solicitação de pagamento deve ser encaminhada para o Departamento de Contabilidade e
Finanças da Pró-Reitoria de Administração, mediante o formulário SGCA17 – Solicitação
de Pagamento (ver Apêndice F).
Nos casos dos contratos de obras e serviços de engenharia, bem como aqueles que
envolvam cessão de mão de obra, o fiscal deve verificar se a incidência dos tributos sobre a
Nota Fiscal está de acordo com as planilhas que instruíram o Termo de Referência e Edital
de Licitação, bem como a proposta da empresa contratada no processo licitatório, a fim de
que não haja prejuízo ao erário.
Por exemplo, se na planilha do Termo de Referência está prevista a incidência de 5%
a título de Imposto sobre Serviços (ISS) e, se, posteriormente à contratação, a Prefeitura vier
a desonerar o serviço contratado, reduzindo a alíquota do ISS de 5% para 3%, tal redução
deve ser computada no custo total mensal cobrado à Administração, a fim de não trazer
prejuízo ao erário e, por consequência, um enriquecimento ilícito para a contratada.
É o caso ainda do Plano Brasil Maior, que resultou na necessidade de recálculo dos
montantes dos benefícios para as contratadas, os quais precisaram ser objeto de solicitação de
restituição ao erário. Sobre esse assunto, tem-se o seguinte Acórdão nº 2859/2013, do TCU:
GRUPO I ‐ CLASSE VII ‐ Plenário TC‐013.515/2013‐6 Natureza: Representação Representante: Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog)
45
Unidades: Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais; Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Conselho Nacional de Justiça; Conselho Nacional do Ministério Público; Diretoria‐Geral do Senado Federal; Diretoria‐Geral da Câmara dos Deputados; e Secretaria‐Geral de Administração do Tribunal de Contas da União. SUMÁRIO: REPRESENTAÇÃO DA SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO DE AQUISIÇÕES LOGÍSTICAS DO TCU (SELOG). POSSÍVEL IRREGULARIDADE EM DIVERSOS CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL. NÃO REVISÃO DE PREÇOS NOS CONTRATOS FIRMADOS COM EMPRESAS BENEFICIADAS PELO PLANO BRASIL MAIOR, EM FACE DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO PARA ALGUNS SETORES DA ECONOMIA (MUDANÇA DA BASE DE CÁLCULO PARA A CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA). CONHECIMENTO. NECESSIDADE DE ADOÇÃO DE MEDIDAS PARA A REVISÃO DOS CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AINDA VIGENTES E PARA O RESSARCIMENTO DOS VALORES PAGOS A MAIOR, EM RELAÇÃO ÀS AVENÇAS JÁ ENCERRADAS. DETERMINAÇÕES. MONITORAMENTO.
Dessa forma, caso seja detectada divergência entre o valor da proposta e o valor
contido na nota fiscal, deve ser feita a glosa do valor excedente, o qual não poderá ser pago.
Tendo sido observado o problema após o efetivo pagamento, o valor excedente deve ser
compensado nas faturas vincendas.
Quanto às parcelas vincendas, faz-se necessário que o fiscal do contrato abra
processo, devidamente instruído, solicitando alteração do valor contratado em razão da
desoneração, podendo essa alteração ser formalizada por apostilamento.
O Anexo IV da IN MPOG nº 06/2013 – Guia de Fiscalização dos Contratos de
Terceirização, estabelece o roteiro de verificação a ser executado antes da realização de cada
pagamento da fatura de serviços que envolvam cessão de mão de obra, mostrado a seguir.
Vale acrescentar que, conforme Portaria nº 855 de 11/3/2014 do Gabinete do Reitor, a UFC
adota o acompanhamento integral, e não por amostragem, do cumprimento das obrigações
trabalhistas da contratada. O Anexo IV retro referido segue adiante consolidado:
Fiscalização inicial (no momento em que a prestação de serviços é iniciada)
I. Deve ser elaborada planilha-resumo de todo o contrato administrativo. Ela conterá
informações sobre todos os empregados terceirizados que prestam serviços no órgão
ou entidade, divididos por contrato, com os seguintes dados: nome completo, número
46
de inscrição no CPF, função exercida, salário, adicionais, gratificações, benefícios
recebidos, sua especificação e quantidade (vale-transporte, auxílio-alimentação),
horário de trabalho, férias, licenças, faltas, ocorrências e horas extras trabalhadas.
II. A fiscalização das Carteiras de Trabalho e Previdência Social – CTPS, será feita
por amostragem. Todas as anotações contidas na CTPS dos empregados devem
ser conferidas, a fim de que se possa verificar se as informações nelas inseridas
coincidem com as informações fornecidas pela empresa e pelo empregado.
Devem ser observadas, com especial atenção, a data de início do contrato de
trabalho, a função exercida, a remuneração (corretamente discriminada em
salário-base, adicionais e gratificações), além de demais eventuais alterações dos
contratos de trabalho.
III. O número de terceirizados por função deve coincidir com o previsto no contrato
administrativo.
IV. O salário não pode ser inferior ao previsto no contrato administrativo e na Convenção
Coletiva de Trabalho da Categoria – CCT.
V. Devem ser consultadas eventuais obrigações adicionais constantes na CCT para as
empresas terceirizadas (por exemplo, se os empregados têm direito a auxílio-
alimentação gratuito).
VI. Deve ser verificada a existência de condições insalubres ou de periculosidade no
local de trabalho, cuja presença levará ao pagamento dos respectivos adicionais aos
empregados. Tais condições obrigam a empresa a fornecer determinados
Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
VII. No primeiro mês da prestação dos serviços, a contratada deverá apresentar a seguinte
documentação, devidamente autenticada:
a) relação dos empregados, com nome completo, cargo ou função, horário do posto
de trabalho, números da carteira de identidade (RG) e inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF), e indicação dos responsáveis técnicos pela execução dos
serviços, quando for o caso;
b) CTPS dos empregados admitidos e dos responsáveis técnicos pela execução dos
serviços, quando for o caso, devidamente assinadas pela contratada; e
47
c) exames médicos admissionais dos empregados da contratada que prestarão
os serviços.
Fiscalização mensal (a ser feita antes do pagamento da fatura)
I. Deve ser feita a retenção da contribuição previdenciária no valor de onze por cento
sobre o valor da fatura e dos impostos incidentes sobre a prestação do serviço.
II. Deve ser consultada a situação da empresa junto ao SICAF.
III. Serão exigidos a Certidão Negativa de Débito – CND, junto ao INSS, a Certidão
Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais, o Certificado de
Regularidade do FGTS – CRF, e a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas –
CNDT, caso esses documentos não estejam regularizados no SICAF.
Fiscalização diária
I. Devem ser evitadas ordens diretas da Administração dirigidas aos terceirizados. As
solicitações de serviços devem ser dirigidas ao preposto da empresa. Da mesma
forma, eventuais reclamações ou cobranças relacionadas aos empregados
terceirizados devem ser dirigidas ao preposto.
II. Toda e qualquer alteração na forma de prestação do serviço, como a negociação de
folgas ou a compensação de jornada, deve ser evitada, uma vez que essa conduta é
exclusiva do empregador.
III. Conferir por amostragem, diariamente, os empregados terceirizados que estão
prestando serviços e em quais funções, e se estão cumprindo a jornada de trabalho.
Fiscalização especial
I. É necessário observar a data-base da categoria prevista na CCT. Os reajustes dos
empregados devem ser obrigatoriamente concedidos pela empresa no dia e
percentual previstos, devendo ser verificada pelo gestor do contrato a necessidade de
48
se proceder àrepactuação do contrato, observado o disposto no art. 40 da IN MPOG
nº 6/2013, inclusive quanto à necessidade de solicitação da contratada.
II. A Administração precisa se certificar de que a empresa observa a legislação relativa
à concessão de férias e licenças aos empregados.
III. A Administração precisa se certificar de que a empresa respeita a estabilidade
provisória de seus empregados (cipeiro, gestante, e estabilidade acidentária).
Fiscalização eventual
I. A administração deverá solicitar, aos empregados, que verifiquem se as
contribuições previdenciárias e do FGTS estão sendo recolhidas em seus nomes.
II. A administração deverá solicitar dos empregados terceirizados os extratos da conta
do FGTS, devendo os mesmos ser entregues à Administração.
III. O objetivo é que todos os empregados tenham tido seus extratos avaliados ao final
de 1 (um) ano (sem que isso signifique que a análise não possa ser realizada mais de
uma vez em um mesmo empregado), garantindo assim o "efeito surpresa" e o
benefício da expectativa do controle;
IV. A contratada deverá entregar, no prazo de 15 (quinze) dias, quando solicitado pela
administração, quaisquer dos seguintes documentos:
a) Extrato da conta do INSS e do FGTS de qualquer empregado, a critério da
Administração contratante, cópia da folha de pagamento analítica de qualquer
mês da prestação dos serviços, em que conste como tomador o órgão ou entidade
contratante, cópia(s) do(s) contracheque(s) assinado(s) pelo(s) empregado(s)
relativo(s) a qualquer mês da prestação dos serviços ou, ainda, quando
necessário, cópia(s) de recibo(s) de depósito(s) bancário(s);
b) Comprovantes de entrega de benefícios suplementares (vale-transporte, vale
alimentação, entre outros) a que estiver obrigada por força de lei ou de
convenção ou acordo coletivo de trabalho, relativos a qualquer mês da prestação
dos serviços e de qualquer empregado.
49
Fiscalização quando da extinção ou rescisão dos contratos
I. A contratada deverá entregar, até 10 (dez) dias após o último mês de prestação dos
serviços (extinção ou rescisão do contrato), cópias autenticadas dos documentos
abaixo relacionados:
a) termos de rescisão dos contratos de trabalho dos empregados prestadores de
serviço, devidamente homologados, quando exigível pelo sindicato da categoria;
b) guias de recolhimento da contribuição previdenciária e do FGTS, referente às
rescisões contratuais;
c) extratos dos depósitos efetuados nas contas vinculadas individuais do FGTS de
cada empregado dispensado; e
d) exames médicos demissionais dos empregados dispensados.
II. A contratada poderá optar pela entrega de cópias não autenticadas, desde que
acompanhadas de originais para conferência no local de recebimento.
Providências em caso de indícios de irregularidade
I. Em caso de indício de irregularidade no recolhimento das contribuições
previdenciárias, os fiscais ou gestores de contratos de serviços com dedicação
exclusiva de mão de obra deverão oficiar ao Ministério da Previdência Social e à
Receita Federal do Brasil – RFB.
II. Em caso de indício de irregularidade no recolhimento do FGTS, os fiscais ou gestores
de contratos de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra deverão oficiar ao
Ministério do Trabalho e Emprego.
7.1 Atualização do valor devido e juros (pagamentos com atrasos) O fiscal do contrato deve estar atento, para que não seja o causador de atrasos nos
pagamentos devidos à contratada, hipótese em que será exigido dele ressarcir a
Administração pelo prejuízo decorrente dos encargos moratórios, conforme determina a
50
legislação vigente. Faturas com prazos para pagamento deverão ser entregues no
Departamento de Contabilidade e Finanças com antecedência mínima de 10 dias úteis da
data limite de pagamento, conforme estabelecido contratualmente.
7.2 Retenção do pagamento
A Lei nº 8.666/93 estabelece, nos arts. 80 e 86, o dever de retenção de pagamento à
empresa contratada.
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei: (...) IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração. Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato. (...) § 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
O acompanhamento por parte dos fiscais quanto à retenção de pagamento deve ser
feito de acordo com a legislação em vigor. No caso de a empresa contratada descumprir as
obrigações trabalhistas com seus empregados ou não mantiver as condições habilitatórias, a
Administração:
a) deverá rescindir o contrato, sem prejuízo de aplicação das penalidades cabíveis;
b) poderá ser concedido prazo para a regularização da falha, caso não esteja
caracterizada a incapacidade de a empresa regularizar a situação, nem tenha
ocorrido má-fé;
c) não pode reter o pagamento a não ser se estiver relacionada com a inexecução do
serviço ou à prestação insatisfatória.
d) não pode, em nenhuma hipótese, pagar sem tomar alguma das providências
anteriores.
51
8 DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Sanções administrativas são cominações legais e contratuais aplicadas ao contratado,
pela inexecução total ou parcial das obrigações contratuais, observado o disposto nos arts.
86 a 88 da Lei n° 8.666, de 1993, e art. 7º da Lei n– 10.520, de 2002, assim como no edital
e no respectivo contrato.
Cabe ao fiscal do contrato dar início ao procedimento de apuração de irregularidade
na execução contratual com vistas à aplicação de sanções administrativas, observando:
1– Constatada a irregularidade, o fiscal do contrato deve notificar a empresa, solicitando a
regularização da questão e a justificativa pelo não cumprimento da cláusula contratual,
registrando a ocorrência no sistema informatizado SIPAC ou no livro de ocorrência, se
for o caso.
2– Não tendo sido a situação regularizada, nem acatada a possível justificativa da empresa,
o fiscal do contrato deverá relatar a ocorrência à autoridade competente a questão de
forma detalhada e objetiva, sugerindo a penalidade a ser aplicada, via Memorando,
juntamente com a documentação sobre a notificação, ambos instruindo processo
administrativo de apuração de irregularidade na execução contratual.
Em casos de contratos de obras, cabe à autoridade competente conduzir processo
administrativo de apuração de irregularidade na execução contratual, no qual a aplicação de
qualquer penalidade deverá ser justificada (ver Fluxos 1 e 2). Nos demais tipos de contratos,
essa condução cabe à Pró-Reitoria de Administração (ver Fluxos 3 e 4).
Para a validade da aplicação das penalidades, é indispensável que seja facultada a
defesa prévia do interessado, no respectivo processo administrativo, no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, contados a partir do recebimento ou ciência da notificação.
A notificação será pessoal, com ciência nos autos, ou pelo correio, com aviso de
recebimento, devendo ser juntadas aos autos as cópias da correspondência e do aviso de
recebimento eletrônico ou devidamente assinado. Não se obtendo sucesso na notificação
pessoal ou pelo correio, deverá ser providenciada a notificação por edital.
52
A defesa prévia apresentada na apuração de irregularidade com vista à aplicação de
sanção administrativa será dirigida à Divisão de Gestão de Contratos, Atas e Convênios ou
à Autoridade Competente, em casos de contratos de obras.
Na hipótese de o fiscal do contrato sugerir a rescisão do contrato, ele deverá avaliar
o efeito da medida e o impacto operacional da continuidade dos serviços pertinentes. A
Administração acatará a sugestão do fiscal do contrato ou indicará outra penalidade ou
medida mais adequada para a punição pelo descumprimento contratual e/ou legal.
Finalizado o processo de apuração de irregularidade na execução contratual, a
Divisão de Gestão de Contratos, Atas e Convênios ou a Autoridade Competente (contratos
de obras) o encaminhará à autoridade superior para a tomada de decisão que, de posse da
decisão final, comunicará o feito ao fiscal do contrato.
Quando a autoridade competente de qualquer unidade da UFC aplicar sanção, deve
encaminhar à Pró-Reitoria de Administração para publicação no SIASG. Qualquer
descumprimento contratual será penalizado, salvo se as justificativas apresentadas pelo
contratado forem aceitas pela Administração e não tenha ocorrido prejuízo ao erário. As
penalidades aplicadas, assim como as possivelmente afastadas, em vista do teor da defesa
apresentada, deverão integrar os instrumentos de acompanhamento da execução dos
contratos da UFC. Em regra, são as seguintes as penalidades previstas em Lei:
advertência;
multa;
impedimento de licitar e contratar;
declaração de inidoneidade.
no caso particular da licitação sob a forma de pregão: exclusão do cadastro –
SICAF, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, para os órgãos que se vinculam ao
SIASG, nos termos da IN/MARE n° 5.
A primeira e segunda penalidades são reservadas às infrações de menor gravidade e,
como regra, precedem a aplicação das demais sanções. Porém, se o contratado incorrer em
infração grave, podem ser aplicadas as demais sanções, impedimento de licitar e contratar e
exclusão do cadastro - SICAF, cumulativamente com a de multa.
53
Flu
xo 1
- P
roce
dim
ento
s d
e ap
lica
ção
de
san
ções
em
con
trat
os d
e ob
ras
- d
efes
a
54
Flu
xo 2
- P
roce
dim
ento
s d
e ap
lica
ção
de
san
ções
em
con
trat
os d
e ob
ras
- ju
lgam
ento
55
Flu
xo 3
- P
roce
dim
ento
s d
e ap
lica
ção
de
san
ções
em
con
trat
os d
iver
sos-
def
esa
56
Flu
xo 4
- P
roce
dim
ento
s d
e ap
lica
ção
de
san
ções
em
con
trat
os d
iver
sos
- ju
lgam
ento
57
9 DAS VEDAÇÕES AO FISCAL
É vedado ao fiscal praticar atos de ingerência na administração da contratada,
tais como:
a. permitir a execução de um contrato/ata sem a assinatura prévia desses instrumentos;
b. permitir o início da execução de um contrato para fornecimento de bens/serviços sem a
existência de prévio empenho e apresentação da garantia, quando for o caso;
c. exercer o poder de mando sobre os funcionários da contratada, devendo reportar-
se somente aos prepostos ou responsáveis por ela indicados, exceto quando o objeto
da contratação previr o atendimento direto, tais como nos serviços de recepção e
apoio ao usuário;
d. direcionar a contratação de pessoas para trabalhar nas empresas contratadas;
e. promover ou aceitar o desvio de funções dos trabalhadores da contratada, mediante a
utilização destes em atividades distintas daquelas previstas no objeto da contratação e em
relação à função específica para a qual o trabalhador foi contratado;
f. considerar os trabalhadores da contratada como colaboradores eventuais do próprio órgão
ou entidade responsável pela contratação, especialmente para efeito de concessão de diárias
e passagens, salvo os casos previstos em contrato.
g. Negociar folgas ou compensação de jornada com os funcionários da contratada.
h. Manter contato com a contratada, visando à obtenção de benefício ou vantagem direta ou
indireta, inclusive para terceiros.
58
APÊNDICE A - Modelo de Ofício de Boas-Vindas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Av. da Universidade, 2853 - Benfica - CEP 60020-181 - Fortaleza - CE
(85) 3366 7300 Oficio nº <nº do ofício>
Local, xx de xxxxxx de xxxx.
Ao Senhor <Nome do Diretor da empresa> Diretor da empresa <NOME DA EMPRESA.> <Endereço da empresa> <CEP: _________>
Prezado Senhor,
A Universidade Federal do Ceará cumprimenta <nome da empresa> pelo êxito alcançado no Pregão nº <nº do pregão>, que culminou no Contrato <nº do contrato>, assinado em xx de xxxxxx de xxxx, estabelecendo, assim, esta nova parceria.
Desta forma, para que tenhamos um relacionamento proveitoso, é
imprescindível que a empresa esteja atenta às obrigações estabelecidas em contrato,
principalmente nos documentos exigidos na Lista de Verificação SGCA18 – Liquidação de
Pagamentos de Contratos que segue anexo, quando da emissão de faturas, pois, sem os
mesmos, o Setor Financeiro não poderá efetivar o pagamento.
Vale acrescentar que, caso a empresa possua algum benefício fiscal, relacionado
à retenção de tributos, deverá destacar legislação que ampara este benefício no documento
fiscal enviado, sob pena de o valor retido ser descontado pela alíquota máxima.
Informo ainda que a fiscalização do referido contrato no <local da execução do contrato> dar-se-ápor meio de fiscais designados conforme cópia da portaria anexa e acrescento que os mesmos são orientados a não receber faturas com documentação incompleta.
Atenciosamente,
<NOME COMPLETO DA AUTORIDADE COMPETENTE> < cargo da autoridade competente>
* Anexar ao ofício cópia do Checklist SGCA18 - Liquidação de pagamento de contratos, constante do Anexo G e cópia da Portaria de designação dos fiscais.
59
APÊNDICE B – Formulário Ata de Reunião
Unidade Demandante:
CONTRATO Nº:
DATA:
CONTRATADO:
OBJETO DO CONTRATO:
NOME DO FISCAL:
ASSINATURA:
NOME DO REPRESENTANTE:
ASSINATURA:
UFC
Pró‐Reitoria de Administração
ATA DE REUNIÃO
Código:
SGCA09
60
APÊNDICE C - Formulário de Ordem de Serviço
PROCESSO Nº:
LICITAÇÃO Nº: CONTRATO Nº: EMPENHO Nº:
NOME DA CONTRATADA:
OBJETO CONTRATADO:
Em cumprimento aos dispositivos previstos em lei, autorizo o início da execução dos serviços
contratados a partir de ____/____/____.
Observação:
LOCAL E DATA:
NOME DO FISCAL
ASSINATURA:
LOCAL E DATA:
NOME DO REPRESENTANTE DA CONTRATADA
ASSINATURA:
UFC
Pró‐Reitoria de
Administração
ORDEM DE SERVIÇO nº xxx/xxxx
Código:
SGCA09
61
APÊNDICE D - Prorrogação Contratual
Unidade Demandante:
CONTRATO Nº:
VIGÊNCIA ATUAL:
PRAZO DE PRORROGAÇÃO SOLCITADO:
CONTRATADO:
OBJETO DO CONTRATO:
Justificativa para a prorrogação
Eu, _____________________________________________________ ( ) sou favorável ( ) não sou
favorável à prorrogação do contrato acima identificado, em face das razões abaixo elencadas:
NOME DO FISCAL:
MATRÍCULA:
ASSINATURA:
DATA:
UFC
Pró‐Reitoria de Administração
ANUÊNCIA À PRORROGAÇÃO
CONTRATUAL
Código:
SGCA08
62
APÊNDICE E - Formulário de Solicitação de esclarecimentos e providências (SEP)
CONTRATO Nº:
VIGÊNCIA DO CONTRATO:
CONTRATADO:
OBJETO DO CONTRATO:
NOME DO PREPOSTO:
Senhor Preposto do Contratado,
Pelo presente, concedo‐lhe o prazo de 5 (cinco) dias úteis para a correção de irregularidade
e para manifestar‐se a respeito das pendências elencadas abaixo:
PENDÊNCIA REFERÊNCIA CONTRATUAL (CLÁUSULA/ SUBCLÁUSULA/ ALÍNEA):
Observações:
(Informar o período, valores em atraso, nome dos terceirizados envolvidos, protocolos de assistência técnica, entre outros)
Aguardarei um pronunciamento formal (escrito) dessa empresa.
Atenciosamente,
NOME DO FISCAL:
MATRÍCULA:
ASSINATURA DO FISCAL:
DATA:
ASSINATURA DO PREPOSTO:
DATA:
UFC
Pró‐Reitoria de Administração
SOLICITAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS E
PROVIDÊNCIAS (SEP)
Código:
SGCA13
63
APÊNDICE F - Solicitação de pagamento
UFC
Pró‐Reitoria de Administração
SOLICITAÇÃO DE PAGAMENTO
Formulário de Substituição ao Processo
Código:
SGCA17
A SER PREENCHIDO PELO FISCAL DO CONTRATO
Nome da Empresa: Nº Contrato:
Nº Cronograma:
Nº Processo N° Empenho Valor Total das Notas Fiscais Fonte do Empenho
A SER PREENCHIDO PELO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E FINANÇAS (DCF)
CLASSIFICAÇÃO FINANCEIRA (SIAFI)
Nº CEI:
DOC. HAB.
SITUAÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
CGC / CPF:
BANCO :
AGENCIA:
C/C :
EMISSÃO:
CERTIFICO:
VALOR LÍQUIDO A PAGAR: ____________
DIGITADO: NS: _________________________________________
OB: __________________ EM: _____/____/_____
DF: _________________________________________
DR: _________________________________________
GP: _________________________________________
Observação:
PAGAMENTO NO BANCO DO BRASIL
EM: _____/____/_____
________________________________________________________ Diretora da Divisão de Execução Financeira
APTO PARA PAGAMENTO. PAGUE-SE.
EM: _____/____/_____
_______________________________________________________
Ordenador de Despesa
NF: ________________
DED% COD
BASE CÁLCULO
VALOR IMPOSTO
DDF001
DDF001
DDR001
DGP001
ENC001
64
APÊNDICE G - Modelo de Checklist de Liquidação de Pagamentos de Contratos
UFC
Pró‐Reitoria de Administração
Lista de verificação LIQUIDAÇÃO DE PAGAMENTOS DE
CONTRATOS
Código:
SGCA18
Unidade:
Nº do Processo:
N° do Contrato:
Contratada:
Contato:
Objeto do Contrato:
N° de funcionários:
Período de Execução do Serviço: Nota Fiscal N°:
Valor Bruto Devido:
Valor Bruto Faturado: Mês de Referência:
S N EP NA
Sim Não Em parte Não se aplica
QUESTÕES RELATIVAS AOS DOCUMENTOS E PROCEDIMENTOS A SEREM CONSIDERADOS NA INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE PAGAMENTO DOS CONTRATOS
S/N/ EP ou NA
FOLHA OBSER‐VAÇÃO
1. Consta memorando de solicitação de pagamento? 2. Constam os dados bancários da empresa? 3. Consta Nota de Empenho relativa ao contrato? 4. Consta o saldo de empenho e o saldo do contrato? 5. Solicitação se refere a serviços prestados durante a vigência do contrato? 6. Consta Nota Fiscal devidamente atestada pelo Fiscal do Contrato? 7. Constam os seguintes documentos?
a. SICAF atualizado
b. Declaração original assinada pelo representante legal da empresa de optante pelo SIMPLES (se couber)
c. Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT)
d. GPS (INSS)
e. GRF (FGTS)
f. Planilha mensal
g. Protocolo de envio de arquivos – Conectividade Social
h. Relação dos trabalhadores constantes no arquivo SEFIP
i. Relatórios GFIP
j. Folha de pagamento
k. Contracheques
l. Folha de ponto
m. Vale‐transporte
n. Vale‐refeição
o. Relatório do GISSONLINE que comprove o abatimento destacado na nota fiscal, se for o caso
p. Cadastro específico do INSS (CEI), se for o caso
q. Registro Imobiliário Patrimonial (RIP), se for o caso Data ____/ ____/ _____
Nome do Fiscal: SIAPE: Assinatura do Fiscal:
Página de