Manual de Normas e Condutas em Prevenção e Controle das ... · PDF filelevando à obrigatoriedade de existência dos mesmos em todas as ... amelhora na qualidade ... Priscilla Alexandrino

  • Upload
    phamdat

  • View
    225

  • Download
    4

Embed Size (px)

Citation preview

  • Manual de Normas e Condutas em Preveno e Controle das Infeces

    Relacionadas Assistncia Sade da Santa Casa

    de Campo Grande

  • Prefcio

    O Servio de Controle das Infeces Relacionadas

    Assistncia Sade foi institudo na Santa Casa de Campo

    Grande h mais de vinte anos. Como sempre, a Santa

    Casa atuou como instituio pioneira em suas aes e com

    o papel de ser referncia estadual e regional nas atividades

    de alta complexidade na rea da sade.A implantao de

    uma Comisso, a qual passou a ocupar-se do

    desenvolvimento de estratgias para preveno das

    infeces representou um marco na mudana do

    pensamento dos profissionais da rea e, em ltima anlise,

    da prpria sociedade.

    Antes com a ideologia dos cuidados hospitalares

    focada exclusivamente no carter curativo e

    intervencionista, a Comisso passou a representar o

    surgimento de uma nova filosofia dentro da instituio

    hospitalar de sade, o de antever o problema e prevenir os

    eventos evitveis dentrodomesmoambiente curativo e

    intervencionista. Aideia,revolucionria na ocasio, passou

    aos poucos a conviver em harmonia com o pensamento

    dos profissionais de sade.

    Pela primeira vez o tema passou a ser discutido com

    a comunidade hospitalar em parceria com a administrao

    da instituio, pensando-se em um planejamento

    estratgico para prevenir e minimizar os danos das

    infeces relacionadas assistncia sade.

    I

  • Em 1998, O Ministrio da Sade do Brasil, por meio

    da portaria 2616, normatizou em todo o territrio nacional as

    atribuies especficas dos servios e das

    comissesdeprevenoecontroledasinfeceshospitalares,

    levando obrigatoriedade de existncia dos mesmos em

    todas as instituies.

    Chegamos ento aos dias atuais, onde a existncia de

    um servio atuante de controle das infeces hospitalares

    tornou-se de fundamental importncia para a segurana de

    toda a comunidade hospitalar, tanto para os pacientes,

    quanto para os profissionais de sade.

    Os planos anuais de estratgias parapreveno e

    controle das infeces so amplamente discutidos e

    analisados por diversos setores da instituio e

    desenvolvidos em parcerias com todas as categorias

    profissionais, as quais realizam um esforo conjunto para

    prevenir os eventos evitveis indesejados.

    Com o objetivo de promover a melhoria das atividades

    desenvolvidas na Santa Casa de Campo Grande e

    padronizar condutas na instituio, o Servio de Controle das

    Infeces Hospitalareselaborou um Manual com as principais

    normas e condutas em preveno e controle das infeces

    relacionadas assistncia sade embasadas em

    protocolos cientficos nacionais e internacionais, nos perfis

    de sensibilidade e resistncia dos microrganismos

    dainstituio e nas particularidades dos servios.

    Certos de estarmos contribuindo para o

    aprimoramento contnuo de todos os profissionais e com

    amelhora na qualidade assistencial, com grande satisfao

    que apresentamos hoje a primeira edio do Manual de Normas e Condutas em Preveno eControle das Infeces Relacionadas Assistncia Sade.

    Equipe Em primeiro plano da esquerda para a direita:

    Elaine Cristina Flores Auxiliar Administrativa

    Priscilla Alexandrino de Oliveira Mdica Infectologista

    Isabelly Matos de Queiroz Tcnica Administrativa

    Snia Aparecida Monteiro Ferreira Tcnica Administrativa

    Lurdes Hack Escobar Tcnica de Enfermagem

    Alessandra da Costa Tcnica de Enfermagem

    Joo Rafael Vieira Antal Farmacutico

    Em segundo plano da esquerda para a direita:

    Milton Cesar Pereira Enfermeiro

    Kleber Augusto Kohatsu Farmacutico

    Haydee Marina do Valle Pereira Mdica Infectologista

    Eliane de Oliveira Frana Alves Enfermeira

    Evellyn Jaqueline da Silva Ujiie Enfermeira

    Cynthia Adalgisa M. de Aguiar Enfermeira

    Ivone Lima Martos Mdica Infectologista

    Roberta Lima de Vasconcellos Mello Mdica Infectologista

    III II

  • IV

    SUMRIO

    1 HIGIENIZAO DAS MOS ........................................................... 1

    2PRECAUES E ISOLAMENTOS ................................................. 17

    3BACTRIAS MULTIRRESISTENTES ............................................. 53

    4MEDIDAS DE PREVENO DAS PNEUMONIAS ASSOCIADAS

    VENTILAO MECNICA ............................................................. 67

    5 PNEUMONIAS COMUNITRIAS E HOSPITALARES .................... 75

    6 MEDIDAS DE PREVENO DAS INFECES RELACIONADAS

    AOS CATETERES VESICAIS ............................................................ 85

    7 INFECES NO TRATO URINRIO ............................................. 91

    8 MEDIDAS DE PREVENO DAS INFECES RELACIONADAS

    AOS CATETERES VASCULARES .................................................... 97

    9 INFECES DE CORRENTE SANGUNEA .................................. 109

    10 CANDIDRIA E CANDIDEMIA ..................................................... 119

    11 ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRRGICA ..................................... 131

    12 INFECES DE PELE E PARTES MOLES ................................. 153

    13INFECES INTRA ABDOMINAIS .............................................. 161

    14 VANCOCINEMIA ........................................................................... 173

    15PROCALCITONINA ...................................................................... 177

    16 VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA DAS

    INFECESHOSPITALARES ........................................................... 181

    17BUSCA ATIVA PS ALTA ............................................................ 189

    18INVESTIGAO DE SURTOS ..................................................... 195

    19DILUIES DOS ANTIMICROBIANOS ....................................... 201

    20 DOSES DOS ANTIMICROBIANOS .............................................. 219

  • 1

    Higienizao das mos

    1.1 Higienizao das mos, 2

    1.2 Cinco momentos fundamentais para higienizao das

    mos, 2

    1.3 Finalidade da higienizao simples das mos, 3

    1.4 Tcnica de higienizao das mos, 3

    1.5 Frico antissptica das mos com preparaes, 9

    alcolicas

    1.6 Tcnica do procedimento, 9

    1.7 Antissepsia cirrgica ou preparo pr-operatrio das

    mos, 13

    1.8 Tcnica do procedimento, 14

  • 1.1 Higienizao das mos

    A higienizao das mos a nica medida isolada capaz de

    reduzir as infeces relacionadas assistncia sade. Dever ser

    realizada em todas as oportunidades, por todos os profissionais, que

    mantm contato direto ou indireto com os pacientes. Aplicando-se

    tambm tal medida aos familiares, acompanhantes e visitantes antes e

    aps qualquer contato direto ou indireto com o paciente.

    1.2 Cinco momentos fundamentais para higienizao das mos.

    1.3 Finalidade da higienizao simples das mos

    A higienizao simples das mos tem como finalidade a

    remoo dos microrganismos que colonizam as camadas superficiais

    da pele, a microbiota transitria da pele, assim como o suor, a

    oleosidade e as clulas mortas, retirando as sujidades, as quais

    propiciam a permanncia e proliferao de microrganismos. O

    procedimento dever ser realizado em 40 a 60 segundos.

    1.4 Tcnica de higienizao das mos:

    A. Abrir a torneira e molhar as mos, evitando encostar-se pia.

    2 3

  • B. Aplicar na palma da mo quantidade suficiente de sabo lquido para

    cobrir todas as superfcies das mos (seguir a quantidade

    recomendada pelo fabricante).

    C. Ensaboar as palmas das mos, friccionando-as entre si.

    D. Esfregar a palma da mo direita contra o dorso da mo

    esquerda entrelaando os dedos e vice-versa.

    E. Entrelaar os dedos e friccionar os espaos interdigitais.

    4 5

  • F. Esfregar o dorso dos dedos de uma mo com a palma da mo

    oposta, segurando os dedos, com movimento o de vai-e-vem e vice-

    versa.

    G. Esfregar o polegar direito, com o auxlio da palma da mo esquerda,

    utilizando-se movimento circular e vice-versa.

    H. Friccionar as polpas digitais e unhas da mo esquerda contra a

    palma da mo direita, fechada em concha, fazendo movimento

    circular e vice-versa.

    I. Esfregar o punho esquerdo, com o auxlio da palma da mo

    direita, utilizando movimento circular e vice-versa.

    7 6

  • J. Enxaguar as mos, retirando os resduos de sabo. Evitar contato

    direto das mos ensaboadas com a torneira.

    K. Secar as mos com papel-toalha descartvel, iniciando pelas mos

    e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para

    resduos comuns.

    1.5 Frico antissptica das mos com preparaes alcolicas

    Reduzir a carga microbiana das mos. Lembrando que no h

    remoo de sujidades. A utilizao de gel alcolico a 70% ou de

    soluo alcolica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a

    higienizao das mos com gua e sabo quando as mesmas no

    estiverem visivelmente sujas (no existir a presena de sujidades). O

    procedimento dever ter durao de 20 a 30 segundos.

    1.6 Tcnica do procedimento:

    A. Aplicar na palma da mo quantidade suficiente do produto para

    cobrir todas as superfcies das mos (seguir recomendao do

    fabricante).

    B. Friccionar as palmas das mos entre si.

    C. Friccionar a palma da mo direita contra o dorso da mo

    esquerda entrelaando dos dedos e vice-versa.

    D. Friccionar a palma das mos entre si dos dedos