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Fundação Universidade Federal de Rondônia Departamento de Enfermagem Disciplinas: Semiotécnica em enfermagem Docente: Profa. Ma. Priscilla Perez Pereira 1 Conteúdo: Necessidades nutricionais 1. Necessidades nutricionais Em relação às necessidades nutricionais, alguns fatores podem afetar essa necessidade do organismo. Entre eles estão: Períodos de crescimento (crianças, adolescente e gravidez) Durante épocas de reparação tissular por lesões ou cirurgias Temperaturas corporais elevadas ou levemente reduzidas Atividade muscular aumentada Os homens têm a necessidade de energia aumentada Algumas medicações (aumentam a excreção de nutrientes; diminuem a produção de nutrientes ou absorção dentro do organismo) Perda aumentada de nutrientes através da perda de líquidos corporais (hemorragias, diarréia, feridas drenando, diálise renal, lactação, menstruação, queimaduras. Doenças crônicas que afetam o metabolismo, ingestão, digestão, absorção e eliminação (diabete, hipertireoidismo, câncer, psicose, doença renal ou hepática, problemas respiratórios). As situações referidas acima desencadeiam problemas que afetam a ingestão de alimentos: Problemas com a mastigação, paladar, deglutição e coordenação boca/mão. Próteses dentárias frouxas. Cirurgias de cabeça e pescoço e gastrintestinal. Proibição de dieta via oral. Traumas faciais. Inapetência grave Politraumatismo Desnutrição Rebaixamento do nível de consciência e risco de broncoaspiração Anorexia, faringite, esofagite, caquexia, DPOC. Acidente vascular encefálico (AVE): perda do controle da mão e braço, lado da boca inclinado. Auto-estima diminuída devido as condições de descontrole. O engasgo ocorre se a coordenação da deglutição tiver ausente. Pacientes fisicamente incapazes: com paralisia, gessos, amputações, ausência congênita de membros ou excessos. Depressão e baixa auto-estima levam o indivíduo a ignorar estímulos externos e internos para comer ou anorexia nervosa.

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Conteúdo: Necessidades nutricionais

1. Necessidades nutricionais

Em relação às necessidades nutricionais, alguns fatores podem afetar essa necessidade do organismo. Entre eles estão:

Períodos de crescimento (crianças, adolescente e gravidez)

Durante épocas de reparação tissular por lesões ou cirurgias

Temperaturas corporais elevadas ou levemente reduzidas

Atividade muscular aumentada

Os homens têm a necessidade de energia aumentada

Algumas medicações (aumentam a excreção de nutrientes; diminuem a produção de nutrientes ou absorção dentro do organismo)

Perda aumentada de nutrientes através da perda de líquidos corporais (hemorragias, diarréia, feridas drenando, diálise renal, lactação, menstruação, queimaduras.

Doenças crônicas que afetam o metabolismo, ingestão, digestão, absorção e eliminação (diabete, hipertireoidismo, câncer, psicose, doença renal ou hepática, problemas respiratórios).

As situações referidas acima desencadeiam problemas que afetam a ingestão de

alimentos:

Problemas com a mastigação, paladar, deglutição e coordenação boca/mão.

Próteses dentárias frouxas.

Cirurgias de cabeça e pescoço e gastrintestinal.

Proibição de dieta via oral.

Traumas faciais.

Inapetência grave

Politraumatismo

Desnutrição

Rebaixamento do nível de consciência e risco de broncoaspiração

Anorexia, faringite, esofagite, caquexia, DPOC.

Acidente vascular encefálico (AVE): perda do controle da mão e braço, lado da boca inclinado. Auto-estima diminuída devido as condições de descontrole. O engasgo ocorre se a coordenação da deglutição tiver ausente.

Pacientes fisicamente incapazes: com paralisia, gessos, amputações, ausência congênita de membros ou excessos.

Depressão e baixa auto-estima levam o indivíduo a ignorar estímulos externos e internos para comer ou anorexia nervosa.

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Lesão ou ferimentos na face, boca, gengivas ou esôfago.

Hospitalização que leva a anorexia devido a náuseas, vômitos, medicamentos, exames, cirurgias. 60% dos pacientes internos perdem até 6 quilos durante a internação, 16% tornam-se anêmicos e 40 a 65% de todos os pacientes estão mal nutridos.

Síndrome de má absorção. Os pacientes com necessidades nutricionais afetadas terão outras necessidades

básicas não satisfeitas também. São elas: Necessidade de oxigênio: Proteína ou ferro em quantidade inadequada podem resultar em anemia e capacidade reduzida de transportar oxigênio pela molécula de hemoglobina. Água em quantidade inadequada causa desidratação e volume sanguíneo reduzido para o transporte de oxigênio para todas as células do corpo. Proteína e vitamina K em quantidades inadequadas reduzirão a capacidade do sangue de coagular. Deficiência de vitamina B12 resulta em anemia perniciosa e capacidade diminuída de transportar oxigênio. Ingestão calórica excessiva resultando em obesidade está associada com hipertensão, doença arterial e coronariana. Desnutrição grave leva a desgaste dos músculos cardíacos. Manutenção da temperatura Ingestão inadequada reduz a capacidade de produzir calor. Perda de gordura subcutânea reduz a capacidade de conservar calor. Necessidades de eliminação A ingestão inadequada de líquidos e nutrientes resulta em fezes duras, difíceis de eliminar. Produção inadequada de insulina pelo pâncreas resulta em níveis elevados de glicose sanguínea e poliúria. Repouso e sono Ingestão inadequada pode levar a fome, tornando difícil adormecer. A obesidade está associada com a apnéia do sono. Afastamento da dor A nutrição inadequada resulta em retardo na cicatrização e períodos mais longos de dor e desconforto por tecidos lesados. Deficiências nutricionais podem resultar em dor nas pernas, quando andar.

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Incapacidade de ingerir e absorver alimentos pode resultar em dor no abdome por distensão e flatos. Necessidades de estimulação A ingestão inadequada resulta em desgaste muscular e fraqueza, reduzindo a capacidade de interação social e estimulação sensorial e motora. A ingestão inadequada de proteínas interfere com a visão, sensação de posição e vibração. Necessidade de segurança A ingestão inadequada aumenta o risco de lesão em quedas devido a fraqueza A nutrição inadequada e níveis descontrolados de glicose levam a confusão e perda de consciência. Incapacidade de ingerir alimentos normalmente pode resultar em ansiedade, medo de engasgar-se Necessidade de estima Incapacidade de ingerir sem ajuda frequentemente resulta em perda da auto-estima. Obesidade leva à rejeição pelos outro e por si mesmo. Repetidos fracassos em ganhar ou perder peso levam à autocondenação. Auto-realização A obesidade pode interferir com a capacidade de obter o emprego desejado ou seguir uma carreira escolhida. A ingestão inadequada de nutrientes reduzirá a energia que o indivíduo tem disponível para alcançar as metas desejadas.

Papel do enfermeiro na Nutrição Cabe ao enfermeiro participação na indicação de dieta via oral e terapia nutricional,

assim como o cumprimento de práticas que possam contribuir para o alcance da meta calórica prevista, garantir a manutenção da via escolhida por meio de educação permanente e estabelecer indicadores de qualidade para prevenção de eventos adversos. Técnicos e auxiliares de enfermagem são responsáveis pela realização de diversos procedimentos relacionados à administração da dieta, portanto devem ser capacitados.

Indicações da dieta por via oral Para dietas por via oral é necessário que o trato gastrintestinal encontre-se íntegro

do ponto de vista funcional. Antes de oferecer essa dieta recomenda-se que todas as fases do processo digestório seja analisadas, dede a mastigação, deglutição, digestão e

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absorção de nutrientes. Os alimentos que comporem a dieta por via oral devem ser indicados conforme as patologias e as condições físicas individuais.

As dietas por via oral podem ser classificadas em dietas de rotina e dietas terapêuticas.

DIETAS DE ROTINA

Tipo de dieta Características Indicações

Geral Consistência noramla, normoglicídica, normoproteica, normolipidica, sem restrições de preparações e consistência dos alimentos

Para pacientes em condições normais de alimentação – sem dificuldades para mastigação, deglutição, digestão, absorção e sem restrição a qualquer nutriente

Branda Semelhante à dieta geral, mas com o preparo adequado, os alimentos ficam com uma consistência mais macia, abradados pela cocção ou ação mecânica. Nesse tipo de dieta são permitidos alimentos em pedação como carnes, legumes e vegetais, porem frituras e condimento são evitados

Para pacientes com problemas mecânicos de mastigação, para facilitar o trabalho digestivo em alguns pós-operatórios. Utilizada como transição para dieta por via oral.

leve Dieta com consistência semissólida, hiperglicídica, normoproteica, hipolipídica. Composta de preparações em forma de purês, pedaços refogados, carnes moídas, desfiadas ou em forma de iscas e cubos.

Para pacientes que necessitam facilitar a digestão dos alimentos quando fases mecânicas do processo digestivo estão comprometidas.

Pastosa Dieta hiperglicídica, hiperptoteica, hipolipídica com restrições de alguns alimentos , em relação a consistência e textura no seu modo de preparo, que

Para pacientes que necessitem de alimentos de fácil mastigação e deglutição. É indicada para enfermidades neurológicas, alguns pós-operatórios de

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deve garantir as formas semilíquidas e pastosa. É composta de alimentos abrandados por cocção e processo de trituração

cirurgias de face e vias aéreas superiores e pacientes com dispneia. Utilizada como transição para dieta leve e branda.

Líquida Dieta com consistência liquida, hiperglicídica, normoproteica e hipolipídica

Para pacientes com restrição da função digestiva, problemas mecânicos no trato digestório superior, preparo de exames. Deve ser utilizada por curtos períodos para evitar deficiências de nutrientes

As dietas com finalidade específica são descritas como terapêuticas e são

classificadas em: 1. Dieta leve sem resíduos é caracterizada pela consistência semissólida, isenta

de celulose e tecido conjuntivo, sem lactose e é indicada para preparo de exames, pacientes que necessitam de repouso intestinal.

2. Dieta sem resíduos possui consistência liquida, baixo teor calórico, restrição de nutriente e não possui lactose. É indicada para pacientes que necessitam de dieta com o mínimo de resíduos para propiciar o máximo de repouso intestinal. Como o valor calórico dessa dieta é muitro baixo é necessário introduzir suplementos alimentares.

3. Dieta hipossódica, há restrições de sódio, cuja fonte principal é o sal de cozinha. É indicada para pacientes com problemas reanis, cardíacos, portadores de hepatopatias crônicas e hipertensão.

4. Dieta rica em cálcio a consistência é normal, completa, harmônica e adequada e não apresenta restrição a nutrientes e alimentos quanto à consistência e à suplementação de cálcio. Na dieta hipossódica, há restrição de sódio, cuja fonte principal é o sal de cozinha . É indicada para pacientes com problemas renais, cardíacos, portadores de hepatopatias crônicas e hipertensão.

5. Dieta hipoproteica a consistência será normal, com restrição de proteína, para portadores de insuficiência renal cuja taxa de filtração glomerular é inferior a 25/ml/mi n/1,73 m2 e em tratamento conservador.

6. Dieta hipogordurosa consistência normal, isenta de adição de gorduras e com restrição a alimentos ricos em lipídios. Deve conter em torno de 20% ou menos do valor calórico total (vct) proveniente dos lipídios para garantir a oferta de ácidos graxos essenciais ao organismos.

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Assistência de enfermagem no fornecimento da dieta por via oral

A alimentação por via oral é considerada a mais fisiológica e deve ser, sempre

que possível, a primeira escolha para nutrição. Em condições patológicas, a deglutição poderá sofrer modificações, principalmente quando sinais e sintomas de agravos à saúde interferirem no hábito alimentar e no aporte proteico-calórico previsto.

Antes de fornecer a dieta por via oral é importante estabelecer parâmetros que podem ser auxiliado pelo fonoaudiólogo quando houver dúvidas em relação à capacidade de alimentação do paciente.

Sinais de disfagia: 1. Dificuldade de controlar secreções orais, 2. Falta de domínio do boloa liemntar na cavidade oral, 3. Pigarro constante e tosse frequente, engasgos ou sufocamentos, 4. Xerostomia, odinofagia, regurgitação nasal, 5. Sensação de “bolo na garganta” 6. Alimentação muito demorada, 7. Aumento de secreção sem causa aparente, 8. Febre sem causa aparente, 9. Episódios frequentes de pneumonia.

Plano assistencial de enfermagem para a dieta via oral Período que antecede a oferta da dieta oral

1. Realizar anamnese buscando dados referentes a condição clínica (dispneia, refluxo gastroesofágico, broncoaspiração, pneumonia aspirativa), uso de suporte terapêutico (uso prolongado de intubação orotraqueal, traqueostomia etc) e consulta ao histórico de enfermagem em busca de informações como idade avançada, antecedentes pessoais (doenças neurológicas, cirurgia de boca, traumatismo);

2. Examinar o paciente – nível de consciência, histórico de tosse, engasgos, sensação de estase de alimento, regurgitação nasal.

3. Averiguar o uso anterior de medicamentos que possam potencializar a disfagia, como os benzodiazepínicos, o haloperidol, os corticoesteroides, etc.

4. Verificar ausência de dentição e necessidade de prótese dentária. 5. Acompanhar aspecto, volume, textura e temperatura dos alimentos. 6. Realizar planejamento do cuidado com o paciente e equipe de enfermagem.

Período durante o fornecimento da dieta por via oral

1. Estimular mudanças do ambiente para aceitação da dieta. 2. Posicionar corretamente a cabeceira da cama para proteção da via aérea

proporcionado conforto.

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3. Observar uso adequado de utensílios observando a necessidade de adaptações. 4. Acompanhar padrão respiratório e a necessidade de aspiração das vias aéreas. 5. Observar aceitação alimentar e tempo gasto para a ingestão. 6. Verificar a consistência prescrita e o volume de aceitação. 7. Documentar a ingestão alimentar.

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Conteúdo: Sondagem nasogástrica e enteral (nível gástrico e jejunal) A inserção de sondas tipo gástricas pode ser realizada por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem desde que adequadamente capacitados e conforme os manuais das instituições. A inserção de sondas enterais do tipo pós-pilóricas é atribuição exclusiva do enfermeiro.

1. Colocação e remoção da sonda A sondagem pode ser utilizada por curtos ou longos tempos. Tem como objetivo:

preparo para cirurgia

descompressão e esvaziamento do estomago

prevenir vomito após uma cirurgia importante

sangramento do trato gastrointestinal

coleta de conteúdo gástrico para análise

lavagem gástrica

administração de medicamentos, hidratação e nutrientes

alimentação (sondas enterais) Observações importantes: manter cuidadosa observação ao cliente; posicionamento adequado (posição Fowler); manipulação cuidadosa para evitar lesões; Tipos de sonda: São de borracha ou material plástico.

Levin (um lúmen)

Salem (duplo lumen – um para aspiração e drenagem outro para ventilação)

Moss (triplo lúmen – inserida durante a cirurgia) Podem ter tira ou marcador radiopaco na ponta distal, a posição da sonda pode ser verificada em estudos radiográficos. Material

Sonda: números habituais para adultos 12, 14, 16 e 18 French

Equipo (específico para alimentação, se for o caso)

Biombo

Toalha ou proteção para roupa de cama contra derramamentos.

Luvas de procedimento

Máscara

Seringa de 20 ml

Esparadrapo

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Fita hipoalergênica ou fixador de sonda pronto

Gaze

Lubrificante hidrosolúvel (lidocaína gel sem vasoconstritor ou água destilada)

Estetoscópio

Saco coletor

Lixo Preparação

1. Conferir a prescrição médica, higienizar as mãos, realizar desinfecção da bandeja. 2. Prepare o material (economizar tempo e movimentos) 3. Proporcione privacidade 4. Oriente o paciente quanto ao procedimento para diminuir ansiedade e promover

cooperação. Ele poderá sentir desconforto nasal, náuseas e olhos lacrimejantes. Enfatize que a deglutição facilitará a inserção da sonda. Combine com o paciente o sinal que ele pode fazer caso queira que você interrompa o procedimento.

5. Posicione o paciente em Fowler 6. Avalie o tipo de sonda escolhoda quanto o calibre, número de lote, sua validade e o

teste de perviedade conforme instruções do fabricante 7. Imobilize o paciente, caso seja necessário 8. Lavagem das mãos (prevenção de infecções) 9. Calçar luvas de procedimento (equipamento de proteção individual) e coloque a

máscara. 10. Posicione-se do lado direito caso seja dextro ou lado esquerdo se for canhoto. 11. Coloque a toalha ou proteção para roupas de cama contra derramentos sobre o

tórax. 12. Oriente o paciente a limpar as narinas assoando levemente ou realize a limpeza do

mesmo. 13. Abra a seringa e a compressa de gaze. Aplique gel lubrificante anestésico na gaze. 14. Enrole a sonda em torno de seus dedos enluvado durante alguns segundos para

aumentar a flexibilidade da sonda rígida facilitando a inserção. 15. Ajude-o a posicionar a face para a frente com o pescoço em posição neutra 16. Para determinar o comprimento correto da sonda nasogástrica segure a ponta da

sonda junto aponta do nariz do paciente. Estenda a sonda até o lobo auricular e em seguida, inferiormente até o processo xifóide.

17. Marque a distância no tubo com o esparadrapo (varia de 56 a 66 cm em adultos). Se sonda nasoenteral adicione 5 cm).

18. A narina de melhor acesso pode ser inspecionada e avaliando o fluxo de ar de cada vez enquanto ele respira pelo nariz.

19. Lubrifique a sonda até 8 cm com gel hidrossolúvel (soluções oleosas podem causar pneumonia se houver deslizamento acidental da sonda pela traquéia)

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20. Segure a sonda com a ponta voltada para baixo, encurve-a e insira cuidadosamente e de modo lento.

21. Solicite que o paciente abaixe ligeiramente a cabeça para fechamento da traquéia e abertura do esôfago.

22. Confirme se a sonda não está enrolada na boca, isso indica obstrução. Solicite para que o paciente faça movimentos de engolir.

23. Observe sinais de angústia respiratória e retire imediatamente. 24. Interrompa o avanço da sonda quando a marca do esparadrapo chegar à narina do

cliente. 25. Acople uma seringa a sonda e tente aspirar o conteúdo gástrico (será possível obter

o conteúdo com maior eficiência se posicionar o paciente ligeiramente à esquerda). 26. Se não for possível aspirar o conteúdo gástrico empurre a sonda 2,5 a 5 cm e injete

10 cm3 de ar na sonda ao mesmo tempo ausculte o som de ar com estetoscópio na região epigástrica. Se estiver posicionada no estômago você deverá auscultar um som rápido.

27. Se a sonda tiver fio guia retirá-lo (não usar medicamentos para facilitar a retirada do fio-guia)

28. Prenda a sonda nasogástrica ao nariz com o esparadrapo. Se a pele estiver oleosa, limpe com álcool a 70% e deixe secar.

29. Realizar o procedimento recomendado: aspiração nasogástrica, gavage ou lavagem gástrica.

30. Desprezar os materiais descartáveis 31. Retirar as luvas de procedimento 32. Lavar as mãos (prevenir infecções) 33. Anotar no prontuário: data, horário, calibre da sonda, reação do paciente. Tipo e

quantidade de aspiração, caso tenha sido usada. Registre o material drenado: volume, cor, características, consistência e odor.

* Em caso de colocação pós -pilórica, duodenal ou jejunal o médico pode solicitar radiografia abdominal antes da infusão da dieta por via gástrica. * algumas sondas com fio guia vêm com instruções do fabricante para injetar agua potável para facilitar a retirada do fio-guia Remoção da sonda Material:

Bandeja

Luvas de procedimento

Lixo para descartar o material

Gaze

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Procedimento 1. Preparar o material 2. Explique o procedimento, explique a ocorrência de possíveis desconfortos nasal,

espirro e náuseas. 3. Posicione o paciente semi-fowler 4. Colocar toalha ou protetor no tórax para evitar derramamentos 5. Calçar a luva de procedimento 6. Irrigar a sonda com 10 ml de SF 0.9% para se certificar que a sonda não está com

conteúdo gástrico que pode irritar os tecidos durante a retirada. 7. Jateie a sonda com ar para evitar aspiração de liquido durante a sua retirada. 8. Solte a sonda do nariz do paciente. 9. Feche ou dobre a sonda 10. Peça para o paciente respirar e prender a respiração para fechar a epiglote. Retire a

sonda com movimento suave e contínuo. Na região nasofaríngeo deve ser retirado com maior rapidez (evitar náuseas e vômito)

11. Ajude o paciente a realizar higiene oral completa. Limpe os resíduos deixados no nariz pelo esparadrapo

12. Durante as 48 horas seguintes monitore o paciente em busca de sinais de disfunção gastrintestinal como náuseas, vomito, distensão abdominal e intolerância abdominal.

13. Registre no prontuário data e horário. Tolerância do paciente. Considerações importantes na sondagem nasogástrica Se houver impossibilidade de realizar o procedimento por via nasal, introduza a sonda por via oral depois de ter removidas as próteses dentárias. Se for necessário repetir o procedimento dê um tempo para o paciente descansar e tente inserir novamente a sonda. As sondas nasogástricas deverão ser trocadas a cada 72 horas ou de acordo com a necessidade, alternando-se as narinas e local de fixação Aspiração Nasogástrica É o processo de aplicar sucção contínua ou intermitente ao conteúdo do estomago através de uma sonda que entra pelo nariz e termina no estomago. O propósito é extrair ar e secreções do estomago para prevenir a distensão abdominal geralmente devido a falta de peristalse. Lavagem gástrica

Utilizada depois de intoxicação por substâncias nocivas, especialmente em clientes que apresentam depressão do SNC ou reflexo de vômito inadequado. Neste caso a lavagem gástrica lava o estomago e remove as substancias ingeridas.

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Preparo de exame endoscópio.

Usado em caso de sangramento gástrico ou esofágico. Usa-se soro fisiológico gelado (procedimento questionável devido a estimulação do nervo vago que dispara o aumento de secreção do ácido clorídrico o que irrita o local do sangramento. Não há pesquisas suficientes que apóie essa prática)

A lavagem gástrica é contra-indicada em caso de ingestão de substâncias corrosivas (como lixívia, destilados do petróleo, amônia, álcalis ou ácidos minerais) porque a sonda pode perfurar o esôfago já comprometido. Material utilizado além do utilizado para sondagem:

sonda gástrica de grosso calibre (sonda de Ewald, Levacuator ou Edlich),

equipo,

recipientes graduados para o material drenado,

2 a 3 l de soro fisiológico a 0,9% ou antídoto apropriado conforme prescrição médica.

Observações importantes: é essencial um posicionamento correto da sonda para a segurança do paciente, porque o mau posicionamento seguido de lavagem pode ser fatal. Antes de iniciar a irrigação deixe que o conteúdo do estômago vaze para o recipiente de drenagem ou aspire com a seringa 50ml. Depois de confirmado o posicionamento adequado da sonda, inicie a lavagem com cerca de 250 ml para avaliar a tolerância do cliente e prevenir vômito. Após a irrigação o tubo de influxo deve ser pinçado e o tubo de efluxo aberto. Se estiver utilizando equipo simples permitir o retorno do conteúdo gástrico ou aspire a solução irrigante com a seringa e esvazie dentro de um recipiente graduado. A mesma quantidade irrigada deve ser retornada. Repetir o procedimento até que o liquido de retorno tenha aspecto limpo. Avalie os sinais vitais, o débito urinário e o nível de consciência do cliente de 15 em 15 minutos. Nunca deixe o paciente sozinho. A posição utilizada para a lavagem gástrica é Trendelenburg, com o rosto lateralizado para esquerda. Deixe preparado o equipamento de aspiração traqueal e fique atento à possibilidade de obstrução das vias respiratórias causada por vômito ou excesso de secreção oral. O carvão é utilizado para absorver qualquer substância tóxica remanescente. As complicações podem ser: vômitos, aspiração e bradiarritmias. Os registros devem ser: data, hora, diâmetro e tipo de sonda nasogátrica, volume e tipo de solução irrigante, e o volume do conteúdo gástrico drenado, bem como sua cor e

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consistência. Os sinais vitais, nível de consciência, qualquer medicação e a hora que a sonda foi retirada. Tolerância do paciente ao procedimento. Motivos para não fluir a aspiração de secreção: deslocamento, obstrução por estar espessa. Neste caso, se a sonda está no local adequado, irrigar a sonda com 10 ml de solução salina normal.

Indicação da terapia nutricional

A TN é definida como um conjunto de procedimentos terapêuticos que visa à manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral ou enteral.

A alimentação enteral possui alimentos pra fins especiais, com ingesta controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaboradas para o uso por sonda ou via oral, industrializada ou caseira podendo ser exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em ambiente hospitalar, domiciliar ou ambulatorial, visando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas. Alimentação Enteral

A finalidade da alimentação enteral é proporcionar nutrientes, calorias, minerais, e vitaminas para atender às necessidades metabólicas do cliente que apresenta uma condição que impede tal obtenção por si mesmo – não consegue engolir, mastigar ou ingerir alimentos, mas pode absorver nutrientes. Pode ocorrer através de sonda inserida no estômago, duodeno ou jejuno. Contra-indicações para nutrição enteral

Obstrução intestinal total

Pancreatite grave

Vômito e diarréia intratável

Íleo paralítico

Diarréia grave

Instabilidade hemodinâmica grave

Enterocolite necrotizante

Peritonite

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Nutrição enteral – alimentação por sondas Conceito: deposição de uma fórmula nutritiva liquida diretamente no estômago (Gavage gástrica), duodeno ou jejuno. Nutrições duodenais e jejunais diminuem o risco de aspiração, resultam em redução da estimulação pancreática. Quando é utilizado? Disfagia grave; Impossibilidade de ingestão adequada de nutrientes por via oral; Inapetência grave; Desnutrição; Politraumatismo; Recém-nascido incapaz de sugar ou deglutir; Nível de consciência diminuída; Suplementar dieta oral inadequada; Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos como cirurgia de quadril, oncológicas, gastrintestinais, pulmonares, esofágicas, cerebrais entre outras; Obstrução do esôfago por: paralisias, traumas, mastigação e deglutição inadequada, cirurgia de face ou pescoço; Qual sonda deve ser utilizada? Para pacientes que não podem tolerar a alimentação gástrica pode ser utilizada a sondagem nasoenteral. Essas sondas são fabricadas em silicone, borracha ou poliuretano, tem diâmetro pequeno e grande flexibilidade. Essa sonda reduz a irritação orofaríngea, a necrose da parede traqueoesofágica e o desconforto pela deglutição. Possuem um arame-guia para impedir que enrosquem na parte posterior da garganta. A sonda nasoenteral para dieta pode ser escolhida entre os números no 6 até 18 French com ou sem guia. Geralmente vem com comprimento adequado para inserção gástrica, duodenal e jejunal. Não deve-se esquecer de retirar o fio-guia após a fixação da sonda. A medida da sonda nasoenteral deve ser aumentado mais em média 5 cm em relação a nasogástrica. Indicações por ostomias (gastrostomia e sondas jejunais) Previsão de terapia nutricional superior a quatro semanas; Distúrbios do SNC Miastenia grave Neoplasias orofaringe, gástrica ou pancreática; Cirurgia de cabeça e pescoço; Esofagectomia, gastrectomia ou vagotomia; Ressecção maciça do intestino delgado; Pancreatectomia;

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Laparotomia por trauma

TIPOS DE ACESSOS ENTERAIS, INDICAÇÕES, VANTAGENS E DESVANTAGENS

Tipos Indicações Vantagens Desvantagens

Sonda enteral (locação pré-pilórica ou gástrica)

Comprometimento do sistema nervoso, tumor de boca e hipofaringe. Em situações de disfagia sem risco de refluxo

Técnica menos invasiva quando comprovada com a via endoscópica, baixo custo, fácil acesso, mais fisiológica, melhor tolerabilidade e mantém a proteção da mucosa gástrica

Maior risco de broncoaspiração pela localização da sonda. Risco de náuseas e vômitos, favorecendo o deslocamento da sonda. Menor durabilidade da sonda quando comparada com sondas de gastrostomia. Baixo autoestima

Sonda enteral (localização pós-pilórica, duodenal ou jejunal)

Risco de refluxo gastroesofágico, gastroparesia idade avançada alto risco de pneumonia aspirativa

Menor risco de aspiração menor estímulo pancreático

Dificuldade de acesso, necessitando endoscopia ou pessoal capacitado mais invasiva, maior limitação quanto ao uso de fórmulas enterais, necessidade de uso de bombas de infusão, para com trole de gotejamento, maior custo de procedimento

Sondas de gastrostomia

Necessidade de uso prolongado da TNE. Dificuldade de acesso por sonda enteral. Ausência de refluxo gastroesofágico.

Menor risco de perda acidental, quando comparada com sonda enterais. Maior conforto ao paciente. Melhora da autoestima. Maior

Risco de broncoaspiração. Risco de ulcerações. Procedimento invasivo.

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durabilidade da sonda. Melhor custo-benefício. Maior disponibilidade de atingir aporte protéico-calórico

Sonda jejunais Refluxo gastroensofágico, gastroparesia. Disfunção gástrica por traumatismo, cirurgia, obstrução, fístula

Udo prolongado do dispositivo. Menor risco de pneumonia aspirativa pela locação da sonda. Menor risco de deslocamento da sonda

Maior limitação quanto ao uso de fórmulas enterais. Necessidade de uso de bombas de infusão para melhor controle do gotejamento. Procedimento invasivo.

Como é realizada a alimentação por sondagem?

1. Em grandes quantidades várias vezes ao dia – 400 ml introduzido por gravidade em vários minutos.

2. Ou gota a gota de modo intermitente ou contínuo. Antes de administrar a dieta é importante avaliar o conteúdo gástrico. Se grande parte

da alimentação original (150 ml ou mais) ainda permanece no estomago é indicação clara que o alimento não está progredindo no trato digestivo. Se for administrada a próxima dieta a capacidade do estomago pode ser excedida, isso leva à náusea, vomito e aspiração brônquica. A alimentação pode ser suspensa, administrada apenas a metade do conteúdo ou mais diluída. O tempo de infusão por sonda deve ser 200 a 350 ml ao longo de 15 a 30 minutos, evitando assim distensão súbita do estômago, o que pode causar náuseas, vomito, cólicas ou diarréia. Para evitar obstrução da sonda em caso de nutrição contínua, deve-se irrigá-la com água de 4 em 4h, para ajudar a prevenir oclusão da sonda. Se houver obstrução, troque a sonda se necessário. Monitore o esvaziamento gástrico também de 4 em 4h. Em caso de administração de nutrientes por via duodenal ou jejunal pode não haver resíduo quando realizada aspiração da sonda. A administração deve ser por gotejamento contínuo por bomba de infusão e não em bolus devido a hiperglicemia e diarréia. Se inicialmente a solução nutritiva não fluir, utilize uma seringa de bulbo apertando-o suavemente para iniciar o fluxo, mas nunca utilize o bulbo para forçar a fórmula nutritiva.

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Frente a êmese ou distensão abdominal não administrar a fórmula nutritiva. Em pacientes inconsciente deve ser realizado os cuidados orais de 4 em 4 horas e limpeza das narinas com swabs avaliando as mucosas quanto a presença de lesões ou descontinuidade. Em caso de diarréia, administre fórmulas nutritivas menores, freqüentes e menos concentradas, ou administre em durante um período mais prolongado. Também deve-se atentar aos cuidados perineal e cutâneo extra. A mudança para fórmulas com maior teor de fibra pode eliminar as fezes líquidas. Se houver constipação pode ser relacionado a desidratação, deve-se aumentar a ingestão de líquidos. Medicamentos também podem ser administrados via a sonda nasogástrica. Triturar o comprimido ou abrir as cápsulas e diluir em água. Após a administração irrigar a sonda com água para garantir completa instilação da medicação. Sondas nasoenterais, com pequeno calibre pode dobrar-se. Neste caso, mude o paciente de posição, mobilize a sonda, mas jamais use um arame-guia para reposicionar a sonda. Monitore constantemente a velocidade do fluxo da formula para verificar se não há entupimento da sonda. Alimentação com alto teor de resíduos deve ser movimentada para que não haja deposição no fundo do frasco. Monitore os níveis sanguíneos de glicose (considera-se estável os pacientes com nível superior a 70 e inferior a 200mg/dl). Também avalie os níveis séricos de eletrólitos e uréia. Sondas que forem deixadas por longos períodos podem causar erosão na mucosa esofágica, traqueal, nasal ou orofaríngea. Preferir as sondas de menor calibre. Técnica

1. Observe a identificação com o nome, data e horário do preparo da alimentação no

frasco (não utilizar se preparada a mais de 24h). 2. Deixar a dieta em temperatura ambiente antes de administrar. Gelada aumenta a

ocorrência de diarréia. 3. Não deixe ar no equipo de alimentação para não entrar ar no estômago. 4. Proporcione privacidade. 5. Prepare o material 6. Lave as mãos com água e sabão 7. Informe o paciente sobre o procedimento e forneça os horários das próximas

refeições. 8. Posição de Fowler para evitar aspiração por refluxo gastresofágico e para promover

a digestão. 9. Avalie o abdome quanto aos sons intestinais e distensão. 10. Calçar luvas de procedimento 11. Certifique-se quanto ao posicionamento da sonda. Infundir equivalente a 5 a 10 cm3

de ar através da sonda e ausculte o estomago com o estetoscópio, a sonda em local

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inadequado pode levar a broncoaspiração. Também aspire o conteúdo gástrico para avaliar perfusão da sonda e volume residual. Suspender a dieta se o volume for maior que 100 ml a 150 ml e instilar o volume aspirado. Se encontrar resistência durante a aspiração ou instilação, interrompa o procedimento. Se não houver possibilidade de aspirar o conteúdo gástrico pode retirar a sonda por alguns centímetros e reposicionar sem o fio-guia.

12. Conectar o equipo de alimentação a bolsa/frasco/seringa de gavage retirando o ar do equipo para evitar excesso de ar no estômago – distensão. Conectar ao controlador de infusão se for necessário.

13. Abra o fecho de regulagem e ajuste a velocidade do fluxo. Se estiver usando seringa, encha a seringa com a fórmula nutritiva e libere a sonda para a alimentação. A altura de posicionamento da seringa determinará a velocidade do fluxo. Quando a seringa estiver três quartos vazia, coloque mais fórmula nutritiva em seu interior. Nunca permita que o sistema esvazie-se completamente.

14. Para suspender a alimentação feche o rolete do equipo ou desconecte a seringa ou desligue o controlador de infusão.

15. Após administrar o volume apropriado da alimentação irrigue manualmente, com uma seringa com embolo, a sonda cerca de 50 ml de água (no mínimo 20 ml).

16. Cubra a ponta da sonda para dieta com o plugue ou com a tampa para prevenir vazamento e contaminação da sonda.

17. Retirar as luvas e o material utilizado, descartando-os em local adequado 18. Deixar o cliente na posição semi-Fowler ou Fowler alta durante pelo menos 30

minutos. 19. Registrar no prontuário: Anotar os achados na avaliação abdominal. Posicionamento

e desobstrução da sonda Volume do conteúdo gástrico e hora da fórmula nutritiva e o volume de água ofertado. Tolerância do cliente (náusea, vômitos, cólicas, diarréia e distensão). Data e horário de higiene oral ou nasal.

Cuidados com a auto-estima: a sondagem afetará a auto-estima do paciente. Pode criar ansiedade e sentimento de perda do controle corporal. O paciente é privado do sentido do paladar e do olfato, também sua rotina é modificada – privação sensorial. Considerações importantes: As sondas enterais são recomendadas até no máximo 6 semanas, após esse período a indicação é de sondas de gastrotomias e jejunais. Os equipos de dietas enterais devem se trocadas no mínimo a cada 24 horas ou a cada novo frasco de dieta. Após um procedimento onde foi utilizado anestesia geral, a peristalse normal retorna em 48 a 72 horas. Ingerir alimentos quando a peristalse está ausente ou grandemente reduzida (menos que 5 burburinhos por minuto) resulta em distensão abdominal e desconforto, náuseas e vômito. O retorno dos ruídos intestinais constitui uma indicação de que a

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peristalse reiniciou, e a ingestão em pequenas quantidades de alimentos e líquidos pode ser tentada. Aumentar o nível de atividade do paciente é útil para reestabelecer a peristalse no trato. A eliminação de flatos é outra indicação de que a peristalse retornou, e a ingestão de alimentos pode começar. A fome é um indicador de que a peristalse retornou. Após o início da ingestão de alimentos a distensão abdominal é sinal de que a peristalse não se restabeleceu de modo total. As dietas enterais são delineadas para serem absorvidas quase totalmente resultando em fezes menos freqüentes. Os paciente com nutrição enteral devem ser pesados, verificar os sinais vitais, nível de glicose sanguínea, avaliação urinária e presença de sinais de corpos cetônicos. Também devem ser realizados os cuidados com a higiene oral. É possível permitir que o paciente experimente o alimento sem degluti-lo. Nunca aqueça a fórmula nutritiva sobre calor direto ou microondas, pois o calor pode coalhar a fórmula ou alterar a composição química. Não administrar medicamentos juntamente com a alimentação O equipo de alimentação deve ser trocado no máximo a cada 24 horas (se utilizado por 24 horas deve ser lavado com água ou a cada novo frasco de dieta O tempo de infusão de uma mesma dieta não pode ultrapassar 4 a 6 horas. Administração de medicamentos por sonda Lembrar-se de diluir a medicação conforme descrição no conteúdo de administração de medicamentos. Lavar a sonda com no mínimo 20 ml após a administração para evitar acúmulo de medicação na sonda levando a obstrução da mesma. Cuidados com estomias Evitar trações acidentais para não ocorrer extravasamento da dieta fora da câmara gástrica com risco de peritonite. Realizar a irrigação enteral 4 a 6 horas (sistema contínuo) ou antes e após a infusão de dieta, entre a administração de medicamentos, antes e após pausas para procedimentos. Limpar diariamente a pele, durante o banho e sempre que houver presença de água e sabão evitando lesões. Controlar o posicionamento da sonda periodicamente, acompanhando o número de extensão. Pode haver secreção serossanguinolenta no local da estomia até 48 horas após o procedimento, necessitando de realização de curativo. Se houver extravasamento de secreção gástrica ou dieta podem indicar tracionamento da sonda ou rompimento do balonete. Neste caso o enfermeiro deve realizar a inserção imediata de uma sonda de Foley de mesmo calibre (ver normas da instituição) Observar sinais de infecção como vermelhidão, edema, drenagem de secreção purulenta.

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A via do balonete não deve ser manipulada. Esta via geralmente é de coloração diferenciada e sem tampa. Anotações de enfermagem Realizada administração em sonda enteral número ___, pérvia, com localização na região ____. Administrado ___ml de dieta ___ em ____ minutos com gotejamento de ____.Paciente com boa/má tolerância ao procedimento com ou sem ocorrência de intercorrências (náuseas, vômitos, diarréa). Administrado ___ml de água após administração da dieta e mantido paciente elevada 300c por 30 minutos. Prescrições de enfermagem relacionadas a alimentação enteral - pesar diariamente - realizar exame físico diariamente (condições da pele, mucosas e anexo) - avaliar exames: laboratoriais – hemoglobina e hematócrito; albumina, proteína total, ferro sérico, nível de transferrina. Colesterol, contagem de linfócitos, níveis de minerais e vitaminas, níveis de eletrólitos. - realizar higiene oral. *ver anexo 1 sobre complicações na TNE e intervenções de enfermagem

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Conteúdo: Alterações na função intestinal A sondagem retal induz efetivamente os movimentos intestinais. Espera-se que o paciente elimine fezes moles e moldadas a cada 1 a 3 dias e a evacuação deve ser sem esforços. A constipação intestinal é redução da freqüência ou irregularidade dos movimentos intestinais resultando em endurecimento e ressecamento das fezes. A obstrução intestinal é o acúmulo de fezes endurecidas e ressecadas: o cliente é incapaz de eliminá-las. A vazão de diarréia liquida é freqüente porque apenas liquido pode passar pela obstrução do bolo fecal. Os sinais e sintomas de alterações na função intestinal são:

Ausência de movimentos intestinais durante vários dias

Desconforto na região abdominal

Sensação de enchimento com pressão abdominal

Pouco apetite

Necessidade de esforço para eliminar pequenas quantidades de fezes duras

Distensão abdominal

Massa retal palpável

Fezes duras, secas, em pequeno volume

Borborigmo

Área abdominal sensível à palpação O plano de cuidados deve incluir: ingesta hídrica adequada (2.000 ml ou mais a cada dia), dieta rica em fibras, atividade física, retirar laxativos que estejam sendo utilizados de maneira inadequada, estabelecer horários regulares para a evacuação, privacidade, medidas que proporcione bem-estar ou relaxamento. São usados Laxativos, supositórios e enemas: Laxativos: são empregados no esvaziamento do cólon antes de cirurgias, exames ou impossibilidade de esforço para a evacuação (incisões perineais, cardiopatias e hemorróidas. Supositórios: para uso retal, estimulam o esvaziamento intestinal por irritação química ou distensão mecânica do reto. É um medicamento que é liberado a medida que o supositório se dissolve levando a evacuação após 10 a 30 minutos. Usado freqüentemente para reeducar o intestino – padrão de evacuação regular. Enemas: introdução de uma solução no interior do reto ou cólon sigmóide. São utilizados para esvaziamento intestinal, amolecem as fezes endurecidas, expulsa os flatos ou para instilar um determinado medicamento. Enemas oleosos de retenção: usados para tratarem constipação e impactação fecal. O óleo amolece as fezes e lubrifica o reto facilitando a

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passagem das fezes. São instilados 180 ml de óleo mineral. Deve ser aquecido a 37 c e introduzidos lentamente. O Fleet enema é um dos produtos mais comercializados para esta finalidade, porém é contra-indicado em pacientes desidratados e crianças pequenas. Enteróclise (lavagem intestinal) é feita para esvaziar o reto e cólon no intuito de aliviar a constipação, melhorar visualização de exames e impedir contaminação durante procedimentos cirúrgicos. As soluções podem ser: água morna ou solução salina. A água morna tem o efeito de estimular a defecação pelo aumento na luz intestinal. O volume é de 500 a 1.000ml para adultos. O menor volume é administrado para esvaziar o cólon descendente e o maior para porções mais próximas do cólon. As soluções devem ser da ordem de 40c. Soluções frias causam desconforto e aumenta o risco de cólicas. As soluções hipertônicas contem 120 ml e vem embalada em um frasco de plástico macio com uma ponta pré-lubrificada, são usados em temperatura ambiente. A distensão intestinal processa-se gradualmente ao longo de um período de 5 a 10 minutos até que a evacuação seja estimulada. Sondagem Retal Tem a função de aliviar desconfortos da distensão e flatos. Contra-indicação

Cirurgias reatais ou prostáticas recentes

Infarto agudo do miocárdio

Doenças da mucosa retal Materiais

Suporte de soro

Água e sabão

Biombo

Proteção para a roupa de cama impermeável / fraldas descartáveis

Lubrificante hidrossolúvel

Sonda retal (22 a 32 French) de borracha macia

Esparadrapo

Luvas de procedimento

Solução prescrita aquecida

Comadre Procedimento 1. Preparar o material

1. Checar o procedimento a ser realizado 2. Proporcionar privacidade 3. Lavar as mãos

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4. Explicar o procedimento ao paciente estimulando o relaxamento 5. Colocar o biombo 6. Preencher o equipo com a solução prescrita e aquecida e colocá-lo no suporte.

Conectar a sonda ao equipo e preenchê-lo até sair o ar (se for o caso) 7. Verificar distensão abdominal 8. Colocar a proteção para a roupa de cama por baixo das nádegas 9. Colocar o paciente em Sims, lateral esquerda (facilita o fluxo do líquido do reto para

o cólon sigmóide, sendo possível introduzir maior quantidade sem estimulação precoce).

10. Lubrifique a sonda retal 10 cm com auxílio da gaze para facilitar a inserção e prevenir a irritação retal

11. Levante a nádega direita do cliente e expor o ânus, verifique presença de hemorróidas ou outras alterações.

12. Insira a ponta da sonda retal empurrando a sonda 5 a 10 cm em sentido para o umbigo

13. Enquanto insere a sonda, peça para o paciente respirar lenta e profundamente ou faça esforço para relaxar o esfíncter anal e facilitar a inserção.

14. Prenda a sonda retal às nádegas com o esparadrapo 15. Abrir a pinça e deixar escoar a solução de forma continua ou coloque o recipiente

para coleta de possíveis vazamentos. 16. Retire a sonda 15 a 29 min. e comprimir as nádegas. O procedimento pode ser

repetido em 2 a 3 horas 17. Oferecer a comadre ou encaminhar o paciente ao vaso sanitário. 18. Realize a higienização da cama e do paciente. 19. Avalie as condições do paciente, a distensão abdominal e ausculte os sons

intestinais. 20. Anote a data, hora, volume, cor e consistência da matéria evacuada. Condições do

abdome durante a palpação e percussão: duro, distendido, mole, maciço ou timpânico.

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Conteúdo: Sondagem Vesical Conteúdo em anexo 2 Conteúdo: Oxigenoterapia Ver conteúdo em anexo 3 Instalação de cânula nasal É a administração de oxigênio com concentração maior do que a encontrada no ar ambiente – de aproximadamente 30% Objetivos Propiciar maior oferta de oxigênio Diminuir o desconforto respiratório Melhorar o nível de oxigenação tecidual Material Umidificador de oxigênio Agua destilada Fonte de oxigênio (rede canalizada ou cilindro) Fluxômetro de oxigênio Extensão de oxigênio Luvas de procedimento Canula nasal com prond de tamanho adequado Hastes flexíveis ou algodão Técnica Lavar as mãos – evita infecções Mostrar o material e explicar o procedimento ao paciente e seu acompanhante – diminui ansiedade Conectar o fluxômetro a fonte de oxigênio – confirme se há oxigênio suficiente se cilindro Preparar o umidificador, adicionando água destilada até o nível indicado – providencia oxigênio úmido nas mucosas das vias aéreas Conectar o umidificador ao fluxômetro – controlar o fluxo de oxigênio Ligar o fluxômetro de oxigênio até que o borbulhamento da água no umidificador seja observado Regular o fluxo de oxigênio conforme a prescrição (não ultrapassar a 6 l/min de oxigênio) – taxas de fluxo acima de 5l/min podem levar a deglutição do ar, provocar irritação e ressecamento das mucosas além de hiperventilação – alcalose ventilatória

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Posicionar o paciente confortavelmente, deixando a cabeceira elevada – facilita a expansão pulmonar e trocas gasosas Calçar as luvas de procedimento Limpar secreções das narinas com hastes flexíveis ou algodão úmido – facilita a penetração do ar Colocar os prog do cateter nasal nas narinas do paciente Fixar a cânula passando suas laterais ao redor da orelha protegida com algodão ou gaze Avaliar o padrão respiratório do paciente com maior frequência Anotar: horário de instalação, fluxo do oxigênio, padrão respiratório e intercorrências Inalação É administração de substâncias nas vias aéreas através de um inalador. Pode ser feita com aerossol (bombinhas) ou de forma intermitente, pela liberação de pequenas quantidades de agentes farmacológicos. Objetivo Umidificar as vias aéreas, dilatar os brônquios e eliminar secreções Material Medicamento prescrito Inalador Oxigênio ou ar comprimido com fluxômetro Extensão para inalador Veículo para inalação e/ou diluição de medicamento (normalmente é utilizado S.F. 0,9%) Máscara Luvas de procedimento Técnica Lavar as mãos Preparar a inalação de acordo com a prescrição (identificar) Orientar o paciente e seus familiares Colocar o paciente em posição sentada ou Fowler Calçar as luvas Conectar o inalador à extensão, o adaptador à fonte de O2 ou ar comprimido, ou, ainda, instalar um motor elétrico específico para essa função Abrir a válvula do fluxômetro aproximadamente 4 a 6 L/min Observar o funcionamento do inalador pela névoa que se forma Adaptar a máscara do inalador ao paciente, mantendo o recipiente do inalador em posição vertical – evitar perda da solução

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Manter a inalação durante o tempo indicado e observar o paciente sobre possíveis alterações – alguns inalantes podem provocar náuseas, vômitos, aumento de FC. Interromper a inalações ocorrer reações ao medicamento e comunicar o médico Oferecer lenço de papel e deixar recipiente para lixo ao alcance do paciente para expectoração Fechar a válvula do fluxômetro quando a névoa parar de sair Desconectar a extensão do inalador e coloca-lo em sado plástico Deixar o paciente em posição confortável Lavar as mãos Checar o procedimento na prescrição médica e anotar no plano de enfermagem Proceder desinfecção do inalador – lavar com sabão e água, secar e submetendo-o à desinfecção com hipoclorito a 0,25 por 30 minutos. *1.000 ml de hipoclorito a 1% para 4.000 ml de água ou 25 ml de hipoclorito a 1% para 1.000 ml de água Secar e não utilizar logo em seguida para evitar lesões no trato respiratório Instalação de máscara facial É a administração de oxigênio em uma concentração de até 90% Objetivo Propiciar uma maior oferta de oxigênio Diminuir o desconforto respiratório Melhorar o nível de oxigenação tecidual Tipos de máscaras Máscara simples – oferecem cerca de 40% de oxigênio Máscara de reinalação parcial – até 60% - as bolsas das máscaras devem ser mantidas infladas Máscara de não reinalação – até 90% Mascara de Venturi – possui um regulador de porcentagem e uma pequena traqueia de adaptação. É o método mais confiável e preciso. Utiliza o princípio de carreamento de ar (aprisionamento de ar semelhante ao vácuo), o que proporciona um alto fluxo de ar com enriquecimento controlado de oxigênio. Esse método permite uma concentração constante de oxigênio. O gás em excesso sai da mascara através do orifício do balão carregando o dióxido de carbono exalado. Material Umidificador de oxigênio Água destilada Fonte de oxigênio

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Fluxômetro de oxigênio Extensão de oxigênio Luvas de procedimento Cadraço comum ou elástico para fixar a máscara ao rosto Máscara de tamanho adequado Técnica Lavar as mãos Mostrar o material e explicar o procedimento Calçar as luvas Instalar o fluxômetro na fonte de oxigênio Preparar o umificador adicionando agua destilada até o nível indicado Conectar o umidificador ao fluxômetro Testar o funcionamento do fluxômtero – observar o borbulhamento da água no umificador Posicionar o paciente confortavelmente deixando a cabeceira da cama elevada – facilita a expansão pulmonar para a troca gasosa Regular o fluxo de oxigênio de acordo com a prescrição Colocar a máscara facila no paciente Puxar as faixas de elástico ou cadarço para trás da cabeça passando por cima das orelhas Avaliar o padrão respiratório do paciente Anotar a instalação da máscara (qual máscara), o fluxo de oxigênio mantido e intercorrências

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Conteúdo: Aplicação de frio e calor É a terapia que consiste na aplicação de frio ou calor sobre a pele resultando em alteração de temperatura provocando vasoconstrição ou vasodilatação. Objetivos da aplicação de frio Aliviar a dor Diminuir espasmos musculares Prevenir edemas Diminuir temperatura corporal Diminuir sangramento Diminuir reações inflamatórias Objetivo da aplicação de calor Aliviar a dor Contribuir na eliminação espontânea de focos de infecção Aumentar a temperatura corporal Material Bolsa de gelo ou bolsa de água quente Luvas de procedimento Toalha Procedimento Orientar o paciente e o acompanhante Preparar o ambiente visando conforto e privacidade Lavar as mãos e organizar o material Colocar biombo se necessário Proteger o local da aplicação de calor ou frio com a toalha – evitar desconforto e lesões Aplicar a bolsa sobre a toalha Mobilizar a bolsa a cada 1 ou 2 minutos, inspecionando o local – detectar reações adversas no local Realizar o procedimento 3 vezes ao dia, com duração de 15 a 30 minutos – promover eficácia do tratamento

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Conteúdo: Cuidados com o corpo pós-morte (anexo 4) Referência Bibliografia

1. ATKINSON, L.D. MURRAY, M.E. Fundamentos de enfermagem: Introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

2. VIANA, Dirce Laplaca. Manual de procedimentos em pediatria. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2008.

3. VIANA, Dirce Laplaca. Boas práticas de enfermagem. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2012.

4. Procedimentos e Protocolos. Revisão técnica Marléa Chagas Moreira e Sônia Regina de Souza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.