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PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPORANGA
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
MANUAL Do
controle
INTERNo
Sistema de Controle Interno
Itaporanga, março de 2020
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Rua Bom Jesus, nº 738 – centro – Itaporanga – S.P.
RODRIGO LEME DIAS DE SOUZA
Auditor Público Municipal
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO
Certifico para os devidos fins, que o presente Manual
do Controle Interno foi publicada
Rua João Lima, 259, Centro, Aquiraz
Itaporanga – S.P., 04 de março de 2020
Douglas Roberto Benini
Prefeito Municipal de Itaporanga
Rodrigo Leme Dias de Souza
Auditor Público Municpal
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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................................4
2. AUDITORIA E CONTROLE INTERNO ..................................................................................................5
3. DO PLANEJAMENTO ........................................................................................................................7
3.1 Da importância do planejamento ...........................................................................................7
3.2 Das fases do planejamento.....................................................................................................7
4. DA EXECUÇÃO DA AUDITORIA .........................................................................................................9
4.1. Dos Roteiros da Auditoria .....................................................................................................9
4.1.1. Roteiro da Auditoria em Almoxarifado ..............................................................................9
4.1.2. Roteiro de Auditoria de Pessoal ....................................................................................... 15
4.1.3. Roteiro da Auditoria na Frota de Veículos e Combustíveis ............................................... 21
4.1.4. Roteiro da Auditoria nos processos licitatórios ................................................................. 22
4.1.5. Roteiro de Auditoria nos Conselhos Municipais ............................................................... 23
4.1.6. Roteiro de Auditoria nos Processos de Pagamento ........................................................... 27
4.1.7. Roteiro de Auditoria nos Processos de Concessão de Diárias ........................................... 29
4.1.8. Roteiro de Auditoria dos Contratos e Convênios .............................................................. 30
4.1.9. Roteiro de Auditoria quanto ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal .............. 36
4.1.10. Roteiro de Auditoria em Execução Financeira................................................................ 38
4.1.11. Roteiro de Auditoria em Execução Orçamentária ........................................................... 38
4.1.12. Roteiro de Auditoria em Obras ...................................................................................... 40
4.1.13. Roteiro de Auditoria em Contabilidade .......................................................................... 44
4.1.14. Roteiro de Auditoria dos Suprimentos de Fundos ........................................................... 47
4.1.15. Roteiro de Auditoria das Doações, Subvenções, Auxílios e Contribuições Concedidas ... 48
4.1.16. Roteiro da Auditoria em Limpeza Pública ...................................................................... 48
5. DO RELATÓRIO DE AUDITORIA ...................................................................................................... 52
5.1. Da elaboração do Relatório de Auditoria ............................................................................ 52
5.2. Da divulgação do Relatório de Auditoria ............................................................................ 53
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 55
3 1 . APRESEN TAÇÃO
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1. APRESENTAÇÃO
O Sistema de Controle Interno do Município de Itaporanga - SCI vem, no decorrer do
último ano, atuando conforme suas atribuições, visando à expansão das atividades de controle
interno, de modo a garantir a efetividade da ação governamental municipal, dando transparência
à administração pública e contribuindo para o atendimento das demandas sociais de forma
qualificada e proba.
Nesse contexto, medidas estão sendo adotadas, com o intuito de fortalecer
institucionalmente o Sistema de Controle Interno, como órgão incumbido de realizar as
atividades de monitoramento e controle interno do Município.
Assim, com a elaboração do Manual de Auditoria é dada continuidade a normatização
das condutas administrativas do SCI, e servirá para nortear uma das atribuições deste Órgão,
qual seja, a realização de auditorias junto aos Órgãos da Administração Pública Municipal.
O presente Manual busca, seguindo o modelo supramencionado, estabelecer a
metodologia adequada para a realização de auditorias e definir padrões, modelos e checklist’s,
visando examinar a regularidade e avaliar eficiência da gestão administrativa, bem como
apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles
internos do Município de Itaporanga.
Dessa forma, a contribuição desse órgão será realizada de maneira a subsidiar os
gestores de avaliações, recomendações, ou seja, de informações oportunas e relevantes,
auxiliando no processo de tomada de decisão e para o bom uso dos recursos públicos
municipais.
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2. AUDITORIA E CONTROLE INTERNO
A idéia de controle interno, na legislação brasileira, surgiu inicialmente com a Lei n°
4.320/64 no seu Título VIII, Capítulo II, no qual indica que o Poder Executivo exercerá o
Controle Interno da execução orçamentária. Posteriormente, a Constituição Federal dispôs
sobre o Controle interno como um sistema, o qual deverá ser instituído tanto no Poder
Judiciário, Executivo e Legislativo, bem como nos Municípios, Estados e Órgãos Federais.
Constituição Federal:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do
Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto
à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle
externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
A função de um sistema de controle interno consiste na prevenção de condutas ilegais,
ilegítimas, ímprobas ou prejudiciais de alguma forma para o erário público. Dessa forma,
observa-se que a Constituição Federal buscou implantar na organização administrativa
brasileira uma forma sistematizada de avaliação e correção de falhas da ação governamental.
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Assim sendo, faz-se necessário buscar meios da realização desse controle interno
através do desempenho de atividades ordenadas e sistematizadas que coíbam e previnam
práticas administrativas antieconômicas, fraudulentas, abusivas ou ilegais.
Neste contexto, surgem as auditorias governamentais que consistem nos procedimentos
de averiguação de conformidade a serem realizados nos processos, procedimentos, sistemas e
bens administrativos.
Para Peter e Machado (2003, p.38):
“A Auditoria Governamental tem como finalidade comprovar a legalidade e
legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e
eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da
administração direta e entidades supervisionadas da Administração Pública,
bem como aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado,
dando suporte ao pleno exercício da supervisão ministerial:”
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3. DO PLANEJAMENTO
O planejamento consiste na etapa necessária ao desenvolvimento dos trabalhos de
auditoria, visando ordená-los e desenvolvê-los de forma padronizada, respeitando cada espécie
de auditoria, a repercussão dos achados, quanto de amostragem a ser analisado.
Diante disso, haverá a adequação dos estudos.
3.1 Da importância do planejamento
Segundo Peter e Machado (2003, p.54): “O trabalho de auditoria deve ser
adequadamente planejado, de forma a prever a natureza, a extensão e a profundidade dos
procedimentos que nele serão empregados, bem como a oportunidade de sua aplicação.”
Ou seja, o planejamento quando bem realizado, gera economia de recursos e de tempo,
diminuindo falhas, contribuindo para o desempenho eficaz da auditoria.
3.2 Das fases do planejamento
Delimitam-se as fases do planejamento da seguinte forma:
I. Constituir equipe de trabalho;
II. Definir o objeto;
III. Conhecer a unidade a ser auditada (organograma, atribuições, fluxograma, atividades);
IV. Definir Objetivos;
V. Definir procedimentos a serem realizados, tais como:
• Avaliação documental: Exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos.
Indicadas para os casos de auditorias em licitações, contratos, convênios, bem como a
análise de processos de pagamento e suprimento de fundos;
• Entrevista escrita ou oral: Formulação de perguntas para obtenção de dados e
informações, devidamente numeradas, datadas e assinadas pelos declarantes. Indicada
para as auditorias em obras, pessoal, patrimônio e almoxarifado;
• Exame dos registros: Verificação de registros constantes de controles, relatórios
sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados manuais ou eletrônicos. Indicado
para as auditorias de pessoal, patrimônio e almoxarifado, bem como acompanhamento
dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal;
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• Correlação das informações obtidas: Busca de informações obtidas de fontes
independentes autônomas e distintas, buscando a consistência mútua entre diferentes
amostras de evidência. Indicado para as auditorias em processos de pagamento;
• Inspeção física: Visita ao local para averiguar pessoalmente as condições do serviço
realizado ou local, ou bem a ser avaliado. Indicado para as auditorias em obras,
patrimônio e almoxarifado;
• Observação das atividades e das condições: Verificar atividades que exigem a aplicação
de testes flagrantes, com finalidade de rever erros, problemas ou deficiências que seriam
de difícil constatação. Indicado para as auditorias para apuração de denúncias.
VI. Estabelecer o universo a ser auditado (total, amostragem, tamanho da amostra);
VII. Definir fundamentação legal a ser utilizada;
VIII. Comunicar ao responsável pela unidade, através de ofício, o período que será realizada
a auditoria.
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4. DA EXECUÇÃO DA AUDITORIA
Busca-se definir o procedimento a ser adotado, no desenvolvimento dos trabalhos de
auditoria, visando a obtenção de provas necessárias a consecução dos objetivos inicialmente
traçados, bem como a detecção de fraudes, erros, porventura existentes.
4.1 Da execução do trabalho
No desenvolvimento dos trabalhos será preciso manter todas as anotações efetuadas,
pois elas serão de máxima utilidade quando da elaboração do relatório, e por isso, não podem
merecer qualquer dúvida. Devem-se sempre procurar evidências objetivas que sustentem as
não conformidades, bem como os documentos solicitados (relação de pessoal, notas fiscais
etc.) devem ser comprovados com assinatura do responsável pelo setor.
Sempre que possível falar com as pessoas que executam as tarefas, não se restringindo
somente à análise de documentos ou observação durante a visita.
Preocupar-se em ouvir mais e atentamente e, falar menos, como também não permitir
que o auditado estabeleça o ritmo da auditoria.
4.1. Dos Roteiros da Auditoria
Para conceder maior praticidade e celeridade aos procedimentos de auditoria serão
fornecidos roteiros de atividades a serem desenvolvidas pela equipe, tornando os
procedimentos padronizados.
Assim, os roteiros foram elaborados visando à realização de auditorias nas áreas, onde
se encontram as demandas municipais mais comuns, bem como perante as exigências da Lei
de Responsabilidade Fiscal nº 101/2000, como também tendo em vista a Instrução Normativa,
tais como: Almoxarifado, Pessoal, Processos licitatórios, Conselhos Municipais, Tesouraria,
Concessão de diárias, Contratos e convênios, cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal,
e Obras.
4.1.1. Roteiro da Auditoria em Almoxarifado
A auditoria de Almoxarifado tem por objetivo aferir a eficiência dos controles internos,
relativamente à entrada, saída e estocagem dos materiais, bem como analisar a classificação,
a segurança, a conservação e o consumo dos citados bens. Devem ser observados os seguintes
itens:
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I. Das condições físicas
• Examinar se o almoxarifado está instalado em local de fácil acesso, se o espaço físico
é suficiente, se há existência de segurança e se o layout é funcional;
• Examinar se há locais separados para recepção e expedição de materiais;
• Examinar se existem almoxarifados auxiliares, vinculados ao almoxarifado Geral e por
ele também controlados, neste caso, os trabalhos deverão abrangê-los, na extensão
necessária;
• Verificar se o material de maior rotatividade está em local de fácil visualização e
próximo das áreas de expedição, e o que possui pequena movimentação está em local
mais afastado.
II. Da proteção e segurança
• Verificar se os materiais estão protegidos contra intempéries, sinistros e outras forças
físicas da natureza;
• Verificar se o Almoxarifado dispõe de equipamentos de combate e prevenção contra
incêndios, em número suficiente, distribuídos de maneira estratégica, de forma a
facilitar a sua utilização rápida e precisa, em casos de emergência, e se são vistoriados
periodicamente;
Verificar se há pessoal especialmente treinado e apto para a utilização dos
equipamentos de segurança;
• Verificar se pessoas estranhas ou de outros setores transitam pelas dependências
internas do Almoxarifado;
• Verificar se há normas previamente estabelecidas sobre a proteção e segurança do
Almoxarifado, se estas foram adotadas e se são obedecidas;
• Verificar se são tomadas providências especiais para conservação dos materiais de
borracha, os sujeitos a ferrugem e os de pequena dimensão;
• Verificar se há seguro adequado para a cobertura dos bens no Almoxarifado e se o seu
valor corresponde ao do estoque médio acusado no período;
• Verificar se todos os materiais de consumo e permanente, mesmo que para distribuição
direta e imediata, passam obrigatoriamente pelos controles do Almoxarifado;
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III. Do controle interno
• Verificar se há normas internas sobre procedimentos e rotinas e se o Almoxarifado está
bem organizado, limpo e arejado, de forma a oferecer um controle eficiente e um bom
ambiente de trabalho;
• Verificar se as funções dos responsáveis pelo Almoxarifado estão claramente
definidas, com relação à escrituração, ao recebimento e à expedição de materiais;
• Verificar se o Almoxarifado tem independência dos setores de Compras e Contas a
Pagar se for o caso;
• Verificar se existe padronização dos materiais utilizados pela entidade, a fim de
eliminar variedades desnecessárias e evitar desperdícios e sobras;
• Verificar se os talões de requisição possuem campos que possibilitam o detalhamento
e a clareza dos materiais solicitados, visando a um controle eficiente do setor;
• Verificar se para efeito de classificação está sendo considerado material permanente,
o de duração superior a dois anos;
• Verificar se os documentos referentes à movimentação do Almoxarifado são
arquivados satisfatoriamente, a fim de possibilitar o seu fácil exame e manuseio,
quando necessário;
• Verificar se a escrituração interna do Almoxarifado está atualizada;
• Verificar se está sendo utilizado um sistema satisfatório de codificação, classificação
e especificação dos materiais;
• Verificar se os materiais existentes no Almoxarifado estão sendo etiquetados através
de um bom sistema de identificação, disposição e distribuição;
• Verificar se o controle dos estoques é feito através de fichas de prateleira e de controle
geral, ou outro sistema satisfatório;
• Verificar se a classificação do material do Almoxarifado é idêntica à adotada para fins
de contabilização.
IV. Da entrada de material
• Verificar se os materiais inservíveis ou em desuso são recolhidos ao Almoxarifado, e
quais as providências tomadas para a sua recuperação, redistribuição e alienação;
• Verificar se os materiais recebidos são previamente conferidos com os pedidos
(espécie, qualidade, prazo de validade, preço, etc.) e especificações constantes das
Notas Fiscais ou documentos que as substituam;
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• Verificar se em todas as vias das Notas Fiscais de entradas ou documentos equivalentes
são devidamente atestados o recebimento e a aceitação dos materiais por dois
funcionários credenciados;
• Verificar se as entradas de materiais por transferências são submetidas ao mesmo
processo de conferência e são acobertadas por "Nota de Transferência" ou documento
hábil que a substitua;
• Verificar se o material permanente, adquirido para distribuição imediata ou direta, está
sendo controlado pelo Almoxarifado e se a documentação correspondente é
encaminhada ao Setor de Patrimônio para fins de tombamento;
V. Da saída de material
• Examinar se as saídas de materiais são efetuadas somente através de requisições;
• Examinar se são numeradas seqüencialmente as requisições, em talonários próprios;
• Examinar se as requisições de determinado período conferem com as baixas efetuadas,
e se as vias do Almoxarifado coincidem com as do Setor requisitante;
• Examinar se os materiais constantes das requisições que não forem atendidos por
inexistência em estoque, estão sendo assinalados com carimbo de "Não Fornecido", ou
com outros tipos de anotação;
VI. Do estoque de material
Verificar se há normas internas, legislação ou procedimentos para o controle, guarda,
conservação, segurança e levantamento dos estoques e a existência de materiais sem
movimentação há bastante tempo e qual a razão;
• Verificar se os materiais e bens em estoque, para uma maior eficiência do Almoxarifado,
são controlados através de:
a) Fichas de estoques de prateleiras - destinadas ao controle dos materiais no próprio
local em que estão estocados. Estas fichas limitam-se a registrar os movimentos de
entradas e saídas dos materiais e exibir automaticamente os saldos existentes nas
prateleiras;
b) Fichas de controle geral ou central - estas devem corresponder em materiais e saldos
dos estoques acusados nas fichas das prateleiras;
13 • Verificar se o Almoxarifado mantém controle de estoques máximo, mínimo, e ponto de
ressuprimento, como meio de orientação e previsão quanto ao consumo e
fundamentação dos pedidos de compras;
• Verificar se há planejamento e métodos específicos para a elaboração dos inventários
físicos no Almoxarifado;
• Verificar se é procedida verificação periódica dos bens em estoque, por pessoas
estranhas ao Quadro do Almoxarifado;
• Verificar se os lançamentos nas fichas de estoque conferem com os documentos de
entrada e saída, e se estão nelas consignados os preços de custo para avaliação final dos
bens, por ocasião dos inventários;
• Verificar se são regularizadas, mediante conhecimento e autorização superior, as
divergências encontradas entre o inventário físico e os saldos constantes das fichas de
controle de estoque;
• Verificar se periodicamente são levantados os materiais inutilizados, obsoletos ou fora
de uso, e se é solicitada orientação à Chefia superior imediata de como proceder a
respeito;
• Verificar se há estocagem de inflamáveis, explosivos, produtos químicos,
medicamentos e outros artigos que exijam controles especiais e se os cuidados exigidos
estão sendo tomados;
• Verificar se as fichas de controle de estoque são revistas periodicamente, visando
comprovar a sua correção e maior eficiência do Setor;
• Verificar se os saldos registrados nas fichas conferem com o estoque físico existente no
Almoxarifado, adotando, para tanto, os seguintes procedimentos:
a) Selecionar os itens mais representativos, em termos de consumo, rotatividade,
importância e valor;
b) Proceder aos exames, na extensão e profundidade necessárias, segundo o grau de
confiabilidade e segurança dos controles adotados;
c) Fazer-se acompanhar, durante a realização dos testes, por funcionário do
Almoxarifado, conhecedor das rotinas e procedimentos do Setor, e se possível por
outro servidor do órgão, como testemunha da execução dos trabalhos;
d) Preencher papel de trabalho, partindo do físico para os registros e/ou vice-versa, de
conformidade com os materiais ou fichas previamente escolhidas;
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e) Verificar se é feito levantamento periódico dos bens, para fins de orientação dos
pedidos de suprimentos necessários à unidade de compras, com base nos pontos de
reposição acusados nas fichas de controle de estoque.
VII. Das obrigações e responsabilidades
• Examinar se há supervisão superior sobre as atividades desenvolvidas pelo
Almoxarifado;
• Examinar se está sendo elaborado o Demonstrativo Mensal de Movimento do
Almoxarifado e se este é encaminhado regularmente à Contabilidade, para fins de
escrituração;
• Examinar se a especificação, as quantidades e os valores do estoque anterior, das
entradas e saídas de materiais e do estoque final no mês, acusados nos Demonstrativos
Mensais de Movimento do Almoxarifado estão corretos e coerentes com os dados
constantes das fichas das prateleiras e do controle geral;
• Examinar se na mudança ou substituição do responsável, é inventariado os bens do
Almoxarifado e lavrado o Termo de Responsabilidade, assinado pelo que termina e pelo
que começa a gestão;
• Examinar se é analisado o consumo dos materiais no Almoxarifado, visando a um
melhor controle e possibilidade de solicitação de compras agrupadas;
• Examinar se anualmente é feito o inventário físico de todos os bens existentes no
Almoxarifado no final do exercício;
• Examinar se os inventários anuais são feitos por Comissão Especial designada pelo
Secretário Municipal ou Dirigente do Órgão;
• Examinar se após a contagem física, o resultado apurado nos inventários guarda
conformidade com as fichas de controle de estoques;
• Examinar se nos inventários, os bens do Almoxarifado estão sendo avaliados pelo preço
médio ponderado das compras;
• Examinar se nos referidos inventários constam as especificações do material, com os
respectivos valores unitários e totais, e se os cálculos aritméticos e os transportes das
folhas estão corretos;
• Examinar se a classificação dos bens, nos inventários, é feita com correção e
propriedade;
15 • Examinar se nos citados inventários estão incluídos materiais danificados, obsoletos ou
fora de uso, que possam prejudicar ou comprometer a sua valorização, em termos
globais;
• Examinar se o inventário é encaminhado à Contabilidade do órgão ou entidade, para
fins de escrituração e prestação de contas;
• Examinar se os inventários são checados e analisados pela Auditoria Interna do órgão,
se houver.
4.1.2. Roteiro de Auditoria de Pessoal
A auditoria de Pessoal tem o objetivo de apurar fragilidades e limitações no setor de
pessoal, averiguando se existem questões pendentes sobre contratação de pessoal, cadastro de
servidores, controle de folha de pagamento, controle de horas extras ou mesmo de férias.
Devem ser observados os seguintes itens:
I. Da nomeação
• Verificar se a nomeação de pessoal em cargo efetivo obedece ao sistema de concurso
público que atenda, eficientemente, às necessidades de melhor qualificação e
especialização em proveito do órgão;
• Verificar o cumprimento das normas constitucionais e regulamentares, no que concerne
à:
a) Nomeação;
b) Cessão, empréstimo, transferência, lotação, remoção, disposição, adjunção,
reclassificação, readaptação designação de servidor para o desempenho de função
técnica ou de confiança;
c) Realização de concurso, acesso, seleção competitiva ou qualquer outra forma de
seleção de pessoal;
d) Verificar se houve nomeações e exonerações em desacordo com as normas
prescritas pela legislação eleitoral.
II. Do Plano de Carreira, Plano de Classificação de Cargos e Funções e Quadros de
Pessoal.
• Verificar se o Plano de Classificação de Cargos e Funções está devidamente amparado
por instrumento legal, emanado de autoridade competente.
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• Verificar se para as nomeações e promoções é observado à qualificação do servidor,
previstas no referido plano;
• Verificar se a quantidade de servidores existente está de acordo com o previsto no
Plano;
• Verificar se as promoções e progressões são realizadas em conformidade com o Plano,
atentando para a periodicidade, mudanças de nível e de classe;
• Verificar se os salários, gratificações e outras vantagens percebidas pelos servidores
correspondem aos previstos no Plano;
• Verificar se existe isonomia salarial.
III. Do registro em fichas e pastas funcionais.
• Verificar se as fichas funcionais estão corretamente preenchidas e atualizadas (no caso
de arquivo em processamento de dados ou micro, realizar consultas em terminal de
vídeo ou impressora);
• Verificar se constam nas pastas funcionais os originais, cópias autenticadas ou
anotações dos seguintes documentos:
a) Atos de nomeação, classificação, lotação, remoção, transferência, progressão,
promoção e de concessão de direitos e vantagens;
b) Cópia da carteira de identidade e CPF;
c) Comunicações ou cópia de Termo de posse e exercício;
d) Certidão de nascimento dos dependentes e declarações de dependentes para fins de
Imposto de Renda;
e) Anotação de cadastramento no PIS/PASEP;
f) Outros documentos exigidos pela legislação para o exercício do cargo/função.
g) Verificar se o arquivo de fichas e pastas funcionais apresenta segurança contra
extravios ou inviolabilidade do sigilo documental.
IV. Do controle e apuração da freqüência
• Verificar se existem normas complementares para controle e apuração da freqüência e
para disciplinar a jornada de trabalho e funcionamento;
• Verificar se o controle e apuração da freqüência vêm se processando satisfatoriamente;
17 • Verificar se há servidores dispensados da assinatura de ponto e em caso afirmativo,
verificar a autorização e legalidade da concessão;
• Verificar se os comandos decorrentes de apuração de freqüência são encaminhados
tempestivamente para o setor de preparação da folha de pagamento.
V. Das férias
• Verificar se existe escala anual de férias e se a mesma vem sendo cumprida;
• Verificar se o comando para pagamento da remuneração de férias anuais vem sendo
realizado tempestivamente;
• Verificar se o tempo de serviço computado para a concessão de férias-prêmio está de
acordo com a legislação;
• Verificar se nas comunicações de férias vem sendo indicado início e término da
fruição.
VI. Dos reajustes, gratificações e outras vantagens
• Verificar se as gratificações e outras vantagens concedidas têm amparo na legislação
estatutária;
• Verificar se os reajustes salariais são concedidos conforme a legislação e percentuais
fixados em lei;
• Verificar se quando da ocorrência de horas-extras é observada a legislação pertinente,
no que diz respeito a:
a) limite máximo permitido;
b) Adicional sobre a hora normal e noturna;
c) Autorização expressa para a convocação de serviço extraordinário;
d) Controle eficiente no início e término do serviço extraordinário;
VII. Da folha de pagamento
• Verificar se a quantidade de servidores constantes da Folha de Pagamento confere com
a relação de servidores em exercício;
• Verificar se são observados os limites e proibições de descontos em folha;
Verificar se as faltas e atrasos não abonados foram descontados corretamente;
• Verificar se os cálculos da Folha de Pagamento estão corretos;
• Verificar se as horas-extras pagas conferem com a apuração do respectivo ponto;
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• Verificar se o abono por dependente e os descontos por dependente para fins de cálculo
do Imposto de Renda estão corretos;
• Verificar se os valores constantes das Folhas de Pagamento conferem com os registros
contábeis e com as fichas financeiras.
VIII. Da prestação de serviço sem vínculo empregatício
• Verificar se existe pessoal prestando serviço sem vínculo empregatício, pago em
caráter continuado;
• Verificar se os pagamentos dessa natureza se processam correta e regularmente em
conformidade com a legislação em referência;
• Verificar se são efetuados os recolhimentos de encargos sociais incidentes sobre a
remuneração a esse título;
• Verificar se os salários pagos ao pessoal temporário são equivalentes aos percebidos
pelos servidores da Prefeitura que ocupem a mesma função.
IX. Da prestação de serviço por empresas mediante contrato
• Verificar se o contrato está em vigor e se contém todos os elementos indispensáveis ao
seu correto cumprimento, tais como:
a) Quantidade homens/hora;
b) Especificação das tarefas (diárias, semanais, mensais e eventuais);
c) Valor homem/hora;
d) Cláusula de reajuste;
e) Especificação e percentual dos encargos incidentes sobre a folha;
f) Prazo de pagamento da fatura;
g) Prazo de apresentação da Folha de Pagamentos e dos encargos quitados;
h) Vigência do contrato (início e término);
i) Local de prestação de serviços;
• Verificar se existe encarregado da Empresa contratada como supervisor do pessoal
(com subordinação direta à Empresa);
• Verificar se há controle diário da frequência - homem/hora trabalhado (atentar para
abono de falta e índice de absenteísmo);
• Verificar se as faturas estão corretas e nos termos do contrato;
19 • Verificar se existe pagamento à parte de encargos, em duplicidade com os encargos já
incidentes sobre a folha (13o. salário, aviso prévio, indenização, férias, descanso
remunerado, hora-extra, substituição, etc.);
• Verificar se existe desvio de função;
• Verificar se as tarefas desempenhadas pelo pessoal da Empresa contratada não se
identificam com as exercidas pelos funcionários efetivos do Município de Itaporanga
e/ou estão inseridos na sua atividade-fim (indicando admissão indireta de pessoal).
X. Descontos e Encargos Sociais e Fiscais
• Verificar se os cálculos das consignações e obrigações sociais e fiscais estão corretos,
bem como se são recolhidos dentro dos prazos estabelecidos e nas instituições
financeiras credenciadas:
a) INSS;
b) IRRF;
c) PIS/PASEP.
XI. Dos estagiários
• Verificar se existem estudantes-estagiários em exercício na Prefeitura; em caso
afirmativo, levantar:
a) A existência de convênio firmado pela Prefeitura, pelo aluno e pelo estabelecimento
de ensino;
b) A comprovação do pagamento, pela Prefeitura, de ajuda de custo ao estagiário no
valor estipulado no convênio;
c) A duração do serviço prestado pelo estagiário, nunca superior a 05 horas diárias;
d) Se as atividades desenvolvidas pelo estudante estagiário são compatíveis e
correlatas com o curso que estiver frequentando;
e) Verificar se, em caso de prorrogação, houve aditamento do convênio;
f) Verificar a forma de apuração de frequência e seu controle.
• Das licenças e afastamentos.
a) Verificar se está sendo concedida licença para tratar de interesses particulares e, em
caso positivo, se estão sendo cumpridas as exigências constantes no Estatuto dos
Servidores Públicos de Itaporanga;
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b) Verificar se em caso de prorrogação de licença para tratar de interesses particulares
há a anuência do Prefeito Municipal;
Verificar se nos demais casos permitidos para concessão de licença (doença em pessoa
da família, gestação, para acompanhamento de marido funcionário, para ausentar-se
do Estado, promoção de mandato eletivo, exercício de mandato eletivo e paternidade),
estão sendo obedecidos o interesse da Administração e o rito prescrito na legislação
estatutária.
• Dos empréstimos consignados
a) Verificar se existem contratos ou convênios que fundamentam a realização dos
empréstimos consignados;
b) Observar se nos instrumentos de contrato ou convênio existem cláusulas que
indevidamente acarretam em responsabilização do Município por valores devidos
pelos servidores;
c) Verificar se o desconto está sendo realizado no percentual disposto na Lei Municipal
ou caso não haja, na Lei Federal n° 1.046/50;
d) Verificar nas fichas funcionais se os empréstimos estão sendo averbados;
e) Verificar se os valores estão sendo regularmente repassados para as instituições
financeiras.
• Das verificações complementares
a) Verificar, em confronto com os registros contábeis:
i Se são adequadamente apropriadas e/ou orçadas as despesas relativas a:
salários, férias, gratificações, horas-extras, ajudas de custo e outras
vantagens, em seus respectivos centros de custo;
ii Se as despesas financeiras referentes a pagamento de encargos sociais em
atraso (multa, juros, correção monetária) estão corretamente apropriadas;
b) Verificar o critério de distribuição e os controles sobre a concessão de vale
transporte;
c) Verificar o critério de distribuição e os controles sobre a concessão de vale
alimentação;
d) Verificar se as ocorrências de faltas disciplinares estão sendo devidamente apuradas
através da corregedoria e adotadas as medidas permitidas na legislação estatutária.
21 e) Verificar se o limite de pagamento de pessoal enquadra-se no previsto na LRF;
f) Verificar estrutura e divisão de pessoal;
g) Verificar documentação comprobatória dos direitos e vantagens dos servidores;
h) Análise do quantitativo de pessoal, provimento e movimentação.
4.1.3. Roteiro da Auditoria na Frota de Veículos e Combustíveis
Esta auditoria visa avaliar os procedimentos do Setor de Transportes, a qualificação da
frota de veículos, bem como a realização do abastecimento dos veículos, buscando evitar
desperdícios, desvios e manutenção corretiva da frota. Devem ser observados os seguintes
itens:
• Requisitar os processos de licitação com contratos em vigência referentes à locação de
veículos, bem como aquisição de combustível;
• Indagar ao responsável qual o procedimento realizado para o abastecimento dos
veículos, tais como: se há sistema informatizado ou se realizado através de requisições
e controles manuais;
• Solicitar a descrição das atividades;
• Verificar se há controle individualizado de quilometragem ou horas trabalhadas, bem
como o demonstrativo de consume de combustíveis e lubrificantes, troca de peças e
serviços de manutenção;
• Na garagem de veículos, requisitar a formalização da movimentação de veículos, a
retirada e devolução dos mesmos;
• Verificar se as instalações da garagem garantem a segurança dos veículos;
• No tocante às multas de infrações de trânsito, requisitar amostragem de multas
recebidas e efetivamente pagas. Solicitar esclarecimentos sobre o procedimento
adotado nesses casos;
• Solicitar ao setor de patrimônio na Administração a relação dos veículos pertencentes
à Administração Municipal, para averiguação do controle de tombamento, estado de
conservação e localização dos mesmos;
• Indagar se há manutenção contínua;
• Indagar como se realiza o controle de pedidos de combustível ao fornecedor, bem
como o estoque mínimo necessário;
• Verificar se os veículos locados encontram-se nas sedes das Secretarias e se a descrição
dos mesmos está em conformidade com os veículos contratados.
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4.1.4. Roteiro da Auditoria nos processos licitatórios.
A auditoria nos processos licitatórios visa realizar a análise nos processos licitatórios
em todas as modalidades, verificando sua legalidade, publicidade, cumprimento de prazos, bem
como a lisura na realização dos ditos processos. Para tanto, deve-se seguir o seguinte roteiro:
I. Da Comissão Permanente de Licitação:
• Verificar se existe portaria nomeando os membros da Comissão Permanente de
Licitação ou Pregoeiro e equipe de apoio;
• Verificar a quantidade de membros e o período da investidura dos mesmos;
• Verificar se pelo menos 2 (dois) dos membros são servidores qualificados pertencentes
aos quadros permanentes do Município;
• Verificar a recondução dos membros da comissão;
II. Das formalidades:
• Verificar se o processo licitatório se encontra devidamente autuado com páginas
numeradas em sequência;
• Verificar se os processos realizados, ou cancelados, ou anulados encontram-se
arquivados na licitação pelo prazo de 5(cinco) anos;
• Verificar se os documentos se encontram no processo conforme sua ordem cronológica.
III. Dos atos internos:
• Verificar a existência de Termo de Referência assinado pelo ordenador de despesas,
contendo a descrição do objeto, dotação orçamentária e cláusulas a serem cumpridas
pelo Contratado, bem como prazo de contratação;
• Verificar a realização prévia pesquisa de preços com a presença de no mínimo 03(três)
coletas;
• Verificar o enquadramento na modalidade pertinente;
• Verificar se a minuta do edital e a minuta do contrato foram aprovadas pela
procuradoria;
• Verificar cumprimento de cláusulas no edital, conforme check list em anexo;
• Verificar a existência de Registros Cadastrais de fornecedores atualizados e separados
por objeto.
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IV. Dos atos externos:
• Verificar se houve publicação do aviso nos meios e com os prazos mínimos de
antecedência permitidos em lei;
• Verificar se o número de licitantes foi válido (03 para convite);
• Verificar se todos os atos da comissão foram inscritos em atas;
• Verificar o cumprimento das cláusulas do edital;
• Verificar a habilitação dos licitantes, conforme certidões contidas no processo;
• Observar o credenciamento dos participantes;
• Observar a autenticidade dos documentos;
• Verificar os procedimentos recursais, conforme lei;
• Observar se as propostas originais encontram-se no processo;
• Verificar se os atos de homologação e adjudicação constam no processo;
• O termo de contrato encontra-se no processo e devidamente publicado;
• Observar a qualificação técnica e econômico-financeira dos licitantes;
• Verificar no caso de convite, se os participantes eram devidamente cadastrados e se
estes cadastros estavam regulares e atualizados.
4.1.5. Roteiro de Auditoria nos Conselhos Municipais
A auditoria nos Conselhos Municipais visa realizar a avaliação da instituição,
funcionamento e atuação dos Conselhos Municipais, buscando o fortalecimento do Controle
Social no Município de Itaporanga. Vejamos os requisitos a serem avaliados:
I. Do Conselho de Alimentação Escolar (CAE):
Verificar se as atribuições do CAE estão sendo realizadas, quais sejam:
• Acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à alimentação escolar;
• Verificar se os alimentos comprados pela Prefeitura estão chegando às escolas;
• Analisar a qualidade dos alimentos comprados;
• Examinar se os alimentos estão bem guardados e conservados e se são preparados
adequadamente;
• Analisar as prestações de contas da Prefeitura e remeter ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), com o respectivo parecer;
• Desenvolver suas atribuições em regime de cooperação com os Conselhos de Segurança
Alimentar e Nutricional estadual e municipal e demais conselhos afins, e observar as
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diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(CONSEA); e
• Reunir-se frequentemente;
Verificar se a composição do CAE está em conformidade com a Lei, constando os
seguintes membros:
a) Representante(s) da prefeitura;
b) Representante(s) da câmara municipal;
c) Representante(s) dos professores;
d) Representante(s) de pais de alunos;
e) Representante(s) de um sindicato ou associação rural (cada órgão ou entidade indica
seu representante).
II. Do Conselho Municipal de Saúde (CMS)
Verificar se as atribuições do CMS estão sendo realizadas, quais sejam:
• Controlar a execução das políticas de saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e
financeiros;
• Estabelecer diretrizes para a gestão do Sistema Único de Saúde – SUS;
• Deliberar sobre os modelos de atenção à saúde da população;
• Acompanhar as verbas que chegam pelo SUS e os repasses de programas federais;
• Participar da elaboração das metas e prioridades para a saúde no contexto do município;
• Fiscalizar as ações e serviços de saúde no âmbito do SUS, no município;
• Buscar a melhoria na qualidade da formação dos trabalhadores de saúde;
• Articular-se com outros conselhos setoriais visando à cooperação mútua e ao
estabelecimento de estratégias comuns para o fortalecimento do sistema de participação
e Controle Social;
• Reunir-se frequentemente.
Verificar se a composição do CMS está em conformidade com a Lei, constando os
seguintes membros:
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a) Representante(s) das pessoas que usam o Sistema Único de Saúde (inclusive
indígenas, quando for o caso);
b) Profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiras);
c) Representante(s) de prestadores de serviços de saúde (hospitais particulares);
d) Representantes da prefeitura.
III. Do Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB:
Verificar se as atribuições do Conselho do FUNDEB estão sendo realizadas, quais
sejam:
• Acompanhar e controlar a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do
Fundeb;
• Supervisionar a elaboração da proposta orçamentária anual;
• Supervisionar a realização do censo escolar anual;
• Acompanhar e controlar a execução dos recursos federais referentes ao Programa
Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e ao Programa de Apoio aos
Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos;
• Analisar as prestações de contas do município e remeter ao FNDE, com o respectivo
parecer;
• Notificar o órgão executor dos programas e o FNDE quando houver ocorrência de
eventuais irregularidades na utilização dos recursos;
• Reunir-se frequentemente.
Verificar se a composição do Conselho do FUNDEB está em conformidade com a Lei,
constando os seguintes membros:
a) Representantes do Poder Executivo Municipal (Prefeitura), dos quais pelo menos 1
(um) da Secretaria Municipal de Educação ou órgão educacional equivalente;
b) Representante(s) dos professores da educação básica pública;
c) Representante(s) dos diretores das escolas básicas públicas;
d) Representante(s) dos servidores técnico-administrativos das escolas básicas
públicas;
e) Representantes dos pais de alunos da educação básica pública;
f) Representantes dos estudantes da educação básica pública, um dos quais indicado
pela entidade de estudantes secundaristas;
g) Membro do respectivo Conselho Municipal de Educação se houver no município;
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h) Membro do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente se houver no município.
IV. Do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS):
Verificar se as atribuições do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) estão
sendo realizadas, quais sejam:
• Acompanhar a chegada do dinheiro e a aplicação da verba para os programas de
assistência social;
• Aprovar o plano de assistência social feito pela prefeitura;
• Aprovar a política municipal de assistência social;
• Acompanhar e controlar a execução da política municipal de assistência social;
• Acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o
desempenho dos benefícios, rendas, serviços sócio assistenciais, programas e projetos
aprovados na Política Municipal de Assistência Social;
• Fiscalizar o Fundo Municipal de Assistência Social, além das entidades e organizações
componentes do sistema municipal de assistência social;
• Apreciar e aprovar a proposta orçamentária em consonância com as diretrizes das
conferências de assistência social;
• Propor medidas para o aperfeiçoamento da organização e funcionamento dos serviços
prestados na área de assistência social.
• Examinar as propostas e denúncias sobre a área de assistência social;
• Reunir-se frequentemente.
Verificar se a composição do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) está
em conformidade com a Lei, constando os seguintes membros:
• Devem ter composição paritária, com 50% de representantes governamentais (órgãos
ou instituições das áreas de saúde, educação, trabalho e emprego, fazenda e habitação)
e 50% de representantes da sociedade civil, eleitos entre representantes dos usuários ou
de organização de usuários da assistência social, de entidades e organizações de
assistência social, e de entidades de trabalhadores do setor.
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4.1.6. Roteiro de Auditoria nos Processos de Pagamento
A auditoria em processos de pagamento visa avaliar a regularidade dos pagamentos,
haja vista consistir na quitação do valor devido ao credor, extinguindo dessa forma a obrigação
do Município junto ao credor. Deve-se avaliar o que se segue:
I. Do pagamento comum
• Verificar se a Nota Fiscal está atestada;
• Verificar se constam as certidões de regularidade fiscal e se estão válidas;
• Verificar pelo sistema informatizado de contabilidade se há empenho e se há saldo para
pagamento;
• No empenho observar se há: data de emissão, identificação da Unidade Gestora
emitente, nome, CNPJ ou CPF, e endereço do credor, programa de trabalho, natureza
da despesa, fonte dos recursos e valor da despesa; modalidade de Empenho; modalidade
de Licitação, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referência legal, número do processo
e especificação, especificação do objeto da despesa, quantidade e preço unitário e total,
tipo de Empenho, assinatura do Ordenador de Despesa/preposto.
• Verificar se existe nota de pagamento, liquidação em conformidade com a nota de
empenho;
• Verificar se há licitação ou contrato vigente através do sistema de digitalização ou
através de análise documental junto ao Setor de Licitação;
• Verificar a existência de fracionamento de despesa para fugir do processo licitatório;
• Conferir se a Nota foi emitida após a prestação de serviço ter sido finalizada;
• Caso seja o primeiro pagamento, averiguar se os serviços condizem com a descrição do
termo de referência.
II. Do pagamento de nota de publicidade legal
• Verificar se a Nota Fiscal está atestada;
• Verificar se constam as certidões de regularidade fiscal e se estão válidas;
• Verificar se a descrição da nota confere com a publicação em anexo;
• Verificar se o valor unitário do centímetro confere com o empenho;
• No empenho observar se há: data de emissão, identificação da Unidade Gestora
emitente, nome, CNPJ ou CPF, e endereço do credor, programa de trabalho, natureza
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da despesa, fonte dos recursos e valor da despesa; modalidade de Empenho; modalidade
de Licitação, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referência legal, número do processo
e especificação, especificação do objeto da despesa, quantidade e preço unitário e total,
tipo de Empenho, assinatura do Ordenador de Despesa/preposto.
• Verificar se existe nota de pagamento, liquidação em conformidade com a nota de
empenho;
• Verificar pelo sistema informatizado de contabilidade se há empenho e se há saldo para
pagamento;
• Verificar se há licitação ou contrato vigente através do sistema de digitalização ou
através de análise documental junto ao Setor de Licitação;
• Verificar se o teor da publicação refere-se ao Órgão ordenador da despesa;
• Caso seja o primeiro pagamento, averiguar se os serviços condizem com a descrição do
Termo de referência.
III. Do pagamento de assessoria
• Verificar a existência do relatório mensal de serviços realizados;
• Verificar se a Nota Fiscal está atestada;
• Verificar se constam as certidões de regularidade fiscal e se estão válidas;
• Verificar pelo sistema de informatizado de contabilidade se há empenho e se há saldo
para pagamento;
• No empenho observar se há: data de emissão, identificação da Unidade Gestora
emitente, nome, CNPJ ou CPF, e endereço do credor, programa de trabalho, natureza
da despesa, fonte dos recursos e valor da despesa; modalidade de Empenho; modalidade
de Licitação, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referência legal, número do processo
e especificação, especificação do objeto da despesa, quantidade e preço unitário e total,
tipo de Empenho, assinatura do Ordenador de Despesa/preposto.
• Verificar se existe nota de pagamento, liquidação em conformidade com a nota de
empenho;
• Verificar se há licitação ou contrato vigente através do sistema de digitalização ou
através de análise documental junto ao Setor de Licitação;
• Conferir se a Nota foi emitida após a prestação de serviços ter sido finalizada;
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Caso seja o primeiro pagamento, averiguar se os serviços condizem com a descrição do
Termo de referência.
IV. Do pagamento de obras
• Verificar a existência da medição dos serviços realizados, devidamente assinado pelo
engenheiro responsável;
• Verificar se a Nota Fiscal está atestada;
• Observar se existem os comprovantes do recolhimento do FGTS e INSS;
• Observar se a obra possui o CEI – Cadastro Específico do INSS;
• Observar se a obra possui ART – Anotação de Responsabilidade Técnica;
• Verificar se constam as certidões de regularidade fiscal e se estão válidas;
• Verificar pelo sistema informatizado de contabilidade se há empenho e se há saldo para
pagamento;
• No empenho observar se há: data de emissão, identificação da Unidade Gestora
emitente, nome, CNPJ ou CPF, e endereço do credor, programa de trabalho, natureza da
despesa, fonte dos recursos e valor da despesa; modalidade de Empenho; modalidade
de Licitação, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referência legal, número do processo
e especificação, especificação do objeto da despesa, quantidade e preço unitário e total,
tipo de Empenho, assinatura do Ordenador de Despesa/preposto.
• Verificar se existe nota de pagamento, liquidação em conformidade com a nota de
empenho;
• Verificar se há licitação ou contrato vigente através do sistema de digitalização ou
através de análise documental junto ao Setor de Licitação;
• Conferir se a Nota foi emitida após a prestação de serviços ter sido finalizada;
• Caso seja o primeiro pagamento, averiguar se os serviços condizem com a descrição do
Termo de referência.
4.1.7. Roteiro de Auditoria nos Processos de Concessão de Diárias.
Esta auditoria visa analisar os processos de concessão de diárias, buscando avaliar a
legalidade da concessão, bem como evitar desvios de finalidade e concessões indevidas.
Conhecer a tramitação dos processos de despesas com viagem no órgão ou entidade,
através da Instrução Normativa.
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Identificar as diárias de viagens e os adiantamentos concedidos para despesas em
viagem no período auditável, mediante pesquisa junto ao programa informatizado de
Contabilidade;
• Verificar a existência de outros trabalhos de auditoria relacionados ao tema (relatórios,
notas técnicas, certificações, pareceres), obtendo subsídios à realização do novo
trabalho;
• Estabelecer o quantitativo de processos a ser auditado por meio de amostra;
• Verificar se existe nota de empenho com o elemento de despesa corretamente
classificada, datada e assinada pelos responsáveis;
• Verificar se existe nota de pagamento, liquidação em conformidade com a nota de
empenho;
• Avaliar se há compatibilidade viagem com as funções inerentes ao cargo.
• Verificar se a quantidade de dias a serviço do Município é compatível com a quantidade
de diárias concedidas;
• Verificar se os valores concedidos estão em conformidade com os valores;
• Verificar se a quantidade de diárias concedidas no mês supera o limite de 50% de seus
vencimentos;
• Verificar se o deslocamento é inerente à função do servidor.
4.1.8. Roteiro de Auditoria dos Contratos e Convênios
A auditoria em contratos e convênios visa avaliar a regularidade desses instrumentos,
como também a existência de cláusulas exigidas em lei, bem como a publicidade e a pertinência
de suas assinaturas. Devem-se avaliar os seguintes aspectos:
I. Dos contratos:
Verificar se foram firmados pelas partes e testemunhas e devidamente publicados os
seus extratos nos instrumentos legalmente exigidos (DOU, DOE); observar se
estabelecem com clareza e precisão cláusulas mínimas que definam direitos, obrigações
e responsabilidade das partes;
• Analisar de estão em conformidade com os termos do Edital de Licitação e da proposta
a que se vinculam, ou do termo que a dispensou;
• Os contratos possuem cláusulas necessárias que estabeleçam:
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a) O objeto;
b) A forma de fornecimento, se integral ou parcelado;
c) O regime de execução;
d) Os preços e condições de pagamento;
e) A periodicidade de reajustamento;
f) A atualização monetária;
g) O prazo de início e de entrega;
h) O crédito orçamentário pelo qual correrá a despesa;
i) As garantias;
j) A previsão de casos de revisão;
k) Os casos de rescisão;
l) O reconhecimento de direito em caso de rescisão;
m) A legislação aplicável;
n) As condições de importação e taxa de câmbio;
o) A prestação de garantia desde que estabelecida no Edital de Licitação e no limite
permitido em lei;
p) O foro da sede da administração para dirimir questões relativas ao contrato.
• As prorrogações de prazo de duração dos contratos foram devidamente justificadas e
obedecem aos prazos previstos em lei;
• As prorrogações de contratos de serviços essenciais estão devidamente caracterizadas e
previamente autorizadas (artigo 57, Lei nº 8.666/93 e alterações posteriores);
• Todas as alterações contratuais de prazos, acréscimos, supressões e outros foram objetos
de Termos Aditivos numerados sequencialmente e publicados os seus extratos nos
meios exigidos em lei (DOU, DOE);
• Houve contrato modificado ou até mesmo rescindido com aplicação de penalidade. Em
caso positivo, este fato ocorreu de acordo com a legislação em vigor;
• Para toda despesa decorrente de Licitação, Dispensa ou Inexigibilidade houve
assinatura de contrato ou outro instrumento hábil permitido pela lei;
• A minuta do contrato acompanha o ato convocatório da Licitação e se foi previamente
aprovada pela Assessoria Jurídica;
• Após a homologação da Licitação os interessados foram convocados regularmente para
a assinatura do contrato;
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• No caso de aditamentos estes obedeceram aos limites supressões e acréscimos
permitidos pelo art. 65, da Lei nº 8.666/93, e alterações posteriores;
• Houve fato superveniente que após a apresentação da proposta com comprovada
repercussão nos preços contratados implicaram na revisão destes para mais ou para
menos (realinhamento de preços);
• Existe fiscalização da execução de contrato pela Administração Pública com anotação
de ocorrência;
• Em caso de vícios e defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais
empregados o contratado foi obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir materiais ou serviços;
• O recebimento do objeto contratado ocorreu de forma provisória ou definitiva após a
verificação da qualidade e quantidade contratada;
• No pagamento das parcelas ou do valor integral do contrato, em especial naqueles
relativos à prestação de serviços, está sendo exigida a comprovação do recolhimento
dos tributos e dos encargos trabalhistas e previdenciários em razão da solidariedade dos
administradores públicos enquanto responsáveis pelas direções estratégicas dos órgãos
e entidades do Poder Executivo;
• O termo de recebimento provisório foi dispensado somente nos casos previstos em lei;
• As obras, serviços ou materiais em desacordo com o contratado ou adquirido foram
rejeitados pela Administração Pública;
• Verificar se houve rescisão de contrato e em caso positivo observar se estão
fundamentadas nos casos previstos em lei.
II. Dos convênios
Na celebração, verificar quanto às exigências legais e habilitação, quais sejam:
• O convenente cumpriu todas as exigências legais e apresentou os documentos
comprovando sua habilitação plena, conforme Instrução Normativa;
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O convenente apresentou Plano de Trabalho contendo no mínimo as seguintes
informações:
a) Razões que justifiquem a celebração do convênio;
b) Descrição completa do objeto a ser executado;
c) Descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente;
d) Etapas ou fases da execução do objeto, com previsão de início e fim;
e) Plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pela concedente e a
contrapartida financeira do proponente, se for o caso, para cada projeto ou evento;
f) Cronograma de desembolso;
g) Especificação completa do bem a ser adquirido e de obras e serviços a serem
executados conforme Art. 6º da Lei n. 8.666/93;
• O convênio e seus aditivos somente poderão ser celebrados após a aprovação pela
autoridade competente da unidade concedente após apreciação do Conselho Municipal,
quando assim a Lei dispuser.
• Verificar se o termo de convênio contém as cláusulas obrigatórias, estabelecendo:
a) Número do instrumento de convênio, em ordem sequencial;
b) Ementa;
c) Preâmbulo com a identificação das partes envolvidas;
d) O objeto e seus elementos característicos, em consonância com o Plano de
Trabalho, que integrará o convênio independente de transcrição;
e) Especificação da obrigação de cada um dos partícipes, inclusive a contrapartida;
f) Vigência;
g) Prorrogação de Ofício;
h) Prerrogativa de o Estado de conservar a autoridade normativa e exercer controle e
fiscalização sobre a execução, bem como de assumir ou transferir a responsabilidade
pelo mesmo a terceiros de modo a evitar a descontinuidade da ação pactuada;
i) Classificação orçamentária funcional-programática e a fonte de recursos à conta da
qual correrá a despesa;
j) Liberação de recursos, obedecendo ao cronograma de desembolso constante do
Plano de Trabalho;
k) Relatório de Execução Físico Financeiro – Obrigatoriedade de o convenente
apresentar relatórios de execução físico-financeira e prestar contas dos recursos
recebidos;
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l) A definição do direito de propriedade dos bens remanescentes na data da conclusão
ou extinção do instrumento;
m) A faculdade aos partícipes para denunciá-los ou rescindi-los a qualquer tempo;
n) A obrigatoriedade de restituição de eventual saldo de recursos, inclusive os
rendimentos de aplicação financeira, à concedente ou ao Tesouro Municipal, na data
de sua conclusão ou extinção;
o) O compromisso do convenente de restituir à concedente o valor transferido
atualizado monetariamente, desde a data do recebimento, nos seguintes casos: não
for executado o objeto pactuado; a prestação de contas parcial ou final não for
apresentada no prazo exigido; e os recursos forem utilizados em finalidade diversa
da estabelecida no convênio;
p) O compromisso de o convenente recolher à conta da concedente o valor
correspondente a rendimentos de aplicação no mercado financeiro, referente ao
período compreendido entre a liberação do recurso e sua utilização, quando não
comprovar o seu emprego na consecução do objeto ainda que não tenha feito a
aplicação atualizada monetariamente, desde a data do recebimento, correspondente
ao percentual da contrapartida pactuada, não aplicada na consecução do objeto do
convênio;
q) A comprovação de que os recursos, para atender às despesas em exercícios futuros,
no caso de investimentos, estão consignados no Plano Plurianual - PPA, ou em prévia
lei que o autorize e fixe o montante das dotações, que, anualmente, constarão do
orçamento, durante o prazo de sua execução;
r) As obrigações do Interveniente e executor, quando houver;
s) O livre acesso de servidores da Controladoria ao qual esteja subordinado a
concedente, a qualquer tempo e lugar, a todos os atos e fatos relacionados direta ou
indiretamente com o instrumento pactuado, quando em missão de fiscalização e
auditoria;
t) O compromisso do convenente de movimentar os recursos em conta bancária
específica e exclusiva para cada convênio;
u) A indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes de sua execução.
• Verificar a existência de cláusulas que são vedadas ou condições que prevejam ou
permitam:
a) A realização de despesa a título de taxa de administração, de gerência ou similar;
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b) Pagamento a qualquer título, a servidor integrante do quadro de pessoal ou entidade
da administração pública estadual, federal ou municipal por serviços de consultoria
ou assistência técnica ou gratificação;
c) Aditamento com alteração do objeto;
d) Utilização dos recursos em finalidade diversa da estabelecida no respectivo
instrumento, ainda que em caráter de emergência;
e) Realização de despesas com data anterior ou posterior à sua vigência;
f) Atribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos;
g) Realização de despesas com taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária
inclusive referente a pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos;
h) Transferências de recursos para clubes, associações de servidores ou quaisquer
entidades congêneres, excetuadas creches e escolas para o atendimento pré-escolar;
i) Realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo
ou de orientação social, das quais não constem nomes, símbolos ou imagens que
caracterizam promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
• Verificar se o Termo de Convênio está devidamente rubricado:
a) Pelos partícipes;
b) Duas testemunhas devidamente qualificadas;
c) Pelo interveniente e executor, se houver.
• Verificar quando da liberação de recursos:
a) A liberação está em consonância com o Cronograma de Desembolso constante no
Plano de Trabalho e se o convenente apresentou as Prestações de Contas parciais de
parcelas anteriores;
b) Os recursos estão mantidos em conta corrente específica, em instituição financeira
oficial;
c) Os pagamentos estão sendo efetuados através de cheque nominativo ao credor,
Ordem Bancária ou transferência eletrônica;
d) Os recursos financeiros enquanto não utilizados estão aplicados;
e) Os rendimentos da aplicação financeira estão sendo aplicadas no objeto do convênio;
f) No caso de liberação a partir da terceira parcela se o convenente apresentou a
prestação de contas parcial.
• Verificar quando da execução do convênio:
a) O valor da contrapartida foi executado dentro da conta específica obedecendo ao
cronograma de desembolso constante do plano de trabalho;
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b) Os documentos comprobatórios das despesas (notas fiscais e recibos) foram emitidos
em nome do convenente ou do executor identificados com referência ao título e
número do convênio e se os mesmos estão preenchidos corretamente sem rasuras;
c) Os documentos acima estão arquivados em boa ordem e no local em que foram
contabilizados, ou no caso do convenente utilizar serviços de contabilidade de
terceiros os documentos estão arquivados nas dependências do órgão convenente.
• Quando da prestação de contas parcial, verificar se está composta dos documentos
elencados abaixo, bem como de outros que foram exigidos de acordo com a
especificidade do convênio, quais sejam:
a) Demonstrativo de Execução da Receita e Despesa;
b) Relatório de Execução Física;
c) Relatório de Execução Financeira;
d) Relação dos Pagamentos;
e) Cópia das notas fiscais e recibos com a indicação do número do convênio;
f) Cópia de cheque e/ou nota de ordem bancária;
g) Extrato da conta bancária específica do período da 1ª parcela até o último pagamento;
h) Constatadas irregularidades na prestação de contas parcial se o ordenador de despesa
tomou as medidas cabíveis de acordo com as exigências legais.
4.1.9. Roteiro de Auditoria quanto ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A auditoria para cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal visa avaliar se o
Município está sendo gerido respeitando os preceitos de planejamento, equilíbrio financeiro,
economicidade, transparência, controle e responsabilidade. Devem ser avaliados os seguintes
quesitos:
• A Administração Direta, Fundos, Autarquias, Fundações, dependentes do Poder
Executivo estão cumprindo a programação financeira em conformidade com as
determinações constantes no Art. 8º da LRF;
• Em caso de redução de receita, houve limitação de empenho proporcional às reduções.
(Art.9º, LRF);
37
Houve aumento de despesa decorrente de expansão de ação governamental,
acompanhada da declaração do Ordenador de Despesa da existência da adequação
orçamentária e financeira e de que há compatibilidade com o Plano Plurianual – PPA e
com a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO. Em caso positivo, se foi acompanhada
de estimativa de impacto orçamentário e financeiro no exercício em que entrar em vigor
e nos dois exercícios subsequentes;
• O limite de gastos com pessoal e encargos sociais, ativos e inativos, no final de cada
quadrimestre, obedecem ao disposto no Art. 20 da LRF;
• Os valores dos serviços de terceirização de mão-de-obra que se referem a substituição
de servidores e empregados públicos estão sendo contabilizados como “outras despesas
de pessoal”;
• Em caso de final de mandato houve ato de que resulte aumento de despesas com pessoal
expedido nos últimos 180 (cento e oitenta) dias;
• Os gestores nos últimos dois quadrimestres do seu mandato contraíram obrigação de
despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a
serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para
este efeito;
• Foram inscritos em restos a pagar, compromissos assumidos nos dois últimos
quadrimestres do final do mandato, sem disponibilidade de caixa para cobrir tais
despesas. Em caso positivo, houve cancelamento de saldos de empenhos sem a devida
cobertura financeira;
• O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO está sendo publicado até o
trigésimo dia após o encerramento do bimestre;
• O Relatório de Gestão Fiscal – RGF está sendo publicado até o trigésimo dia após o
encerramento do quadrimestre;
• Foi elaborado demonstrativo de despesas não inscritas por falta de disponibilidade de
caixa e cujos empenhos foram cancelados;
• Para efeito de apuração do percentual de aplicação no ensino e na saúde foram
consideradas as despesas liquidadas e com suficiente disponibilidade de caixa para
pagamento daquelas inscritas em Restos a Pagar;
• Verificar a ocorrência de Audiência Pública quadrimestralmente, visando demonstrar o
cumprimento das Metas Fiscais;
38
Verificar se a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória, fiquem identificados e
escriturados de forma individualizada.
4.1.10. Roteiro de Auditoria em Execução Financeira
A Auditoria Financeira objetiva verificar a regularidade e correção dos recebimentos e
pagamentos efetuados pelos agentes arrecadadores e pagadores, conferir os saldos de Caixa e
Bancos declarados com os existentes e observar o cumprimento das normas internas. Segue
roteiro:
• Verificar a existência de divergências quando do confronto dos documentos
comprobatórios dos recebimentos e pagamentos com os registros escriturados nos
controles financeiros;
• Verificar se o livro Caixa, o Boletim de Tesouraria, os Demonstrativos Mensais, Fichas
de Controle Bancário e o Balanço Geral registram valores condizentes com a realidade;
• Observar se há constante atualização do Livro Caixa, Boletim de Tesouraria, Termo de
Conferência de Caixa, Balancete Financeiro e Fichas de Controle Bancário;
• Verificar se há impressão e encadernação dos controles caso os mesmos sejam
realizados através de software de informática;
• Verificar se a disponibilidade de caixa consta em registro próprio, de modo que os
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória, fiquem identificados e
escriturados de forma individualizada;
4.1.11. Roteiro de Auditoria em Execução Orçamentária.
A auditoria em execução orçamentária tem como objetivo avaliar o desenvolvimento do
processo de planejamento da Administração Municipal, acompanhando a elaboração e
cumprimento do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
Devem-se analisar os seguintes aspectos:
Verificar se os registros das contas correspondentes à Receita estão sendo efetuados
com base nas Funções indicadas no Plano de Contas aprovado;
39
• Verificar se a receita prevista no orçamento inicial foi devidamente registrada para
confronto com a realizada;
• Verificar se, no caso de arrecadação direta, o agente recebedor fornece recibo ou
autenticação em guia própria das importâncias que arrecada (Lei nº 4.320/64, art. 55);
• Verificar se os documentos de arrecadação são considerados hábeis e satisfatórios à sua
comprovação, especificando todos os dados necessários ao aprimoramento dos
controles, desde o setor originário da receita (prestação de serviço, por exemplo) até o
seu recolhimento e contabilização (analisar se possível, os fluxos financeiros
correspondentes ao ciclo da arrecadação);
• Verificar se existe um setor específico de acompanhamento da arrecadação da receita e
se este envia regularmente à Contabilidade o mapa mensal de apuração;
• Verificar se está sendo remetida via dos documentos de arrecadação e recolhimento da
receita ao órgão de Contabilidade para fins de confronto com o mapa mensal e devida
contabilização, seguidos de arquivamento;
• Analisar a correlação entre as leis orçamentárias PPA, LDO e LOA;
• Verificar se o produto da arrecadação, sem qualquer dedução, é recolhido no prazo
estabelecido, ao caixa único;
• Verificar se na abertura de créditos adicionais há dos recursos para cobertura dos
mesmos;
• Verificar a existência de cronograma de metas de arrecadação e desembolso;
• Observar a existência de estimativa de receita arrecadada para fins de controle do
excesso de arrecadação;
• Observar o cumprimento das metas contidas no PPA, LDO e LOA;
• Verificar a existência de pagamentos sem o devido respaldo orçamentário;
• Verificar se as despesas estão sendo realizadas em conformidade com a dotação
orçamentária utilizada;
• Verificar a existência das vias originais dos controles internos utilizados (fichas de
controle orçamentário, leis autorizativas e decretos inerentes à abertura de créditos
adicionais) que devem permanecer arquivadas na sede da Prefeitura ou da Entidade a
que correspondem;
40
Observar se os decretos de abertura de créditos adicionais que utilizarem como fonte
de recurso o excesso de arrecadação foram acompanhados de demonstrativo
apresentando aludido excesso, conforme prescreve o artigo 43 da Lei nº 4.320/64.
4.1.12. Roteiro de Auditoria em Obras
A auditoria em obras visa apurar a aplicação de recursos públicos para toda construção,
reforma, recuperação ou ampliação de bem público. Assim, devem ser observados os seguintes
aspectos:
I. Da Previsão Orçamentária
• Verificar se houve inclusão da obra no plano plurianual ou em lei que autorize sua
inclusão, no caso de sua execução ser superior a um exercício financeiro;
• Verificar se houve a previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento
das etapas a serem executadas no exercício financeiro em curso.
II. Do Projeto
• Verificar a existência de projeto básico, observando se o mesmo tem nível de precisão
adequado à natureza da obra,
• Observar se existem estudos técnicos preliminares que assegurem a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento;
• Se o objeto da obra for algum dos objetos descritos no Anexo 1 da Resolução nº
237/1997 do Conama deverá haver licenciamento ambiental;
• Verificar se o projeto traz funcionalidade e adequação ao interesse público;
• Se no projeto foi garantida a facilidade e a economia na execução, conservação e
operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou serviço;
• Se o projeto adotou normas técnicas de saúde e de segurança do trabalho adequadas;
• Se o projeto previu infraestrutura de acesso;
• Se houve previsão para os aspectos relativos à insolação, iluminação e ventilação.
III. Do Orçamento
• Verificar a existência de orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado
em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;
Observar se através do orçamento é possível conhecer os serviços necessários para a
exata execução da obra, que constam dos projetos, memoriais descritivos e
especificações técnicas;
41
• Se os quantitativos desses serviços foram levantados com precisão;
• Observar o cálculo do custo unitário dos serviços, se o mesmo advém de alguma fonte
reconhecida (Ex: Tabela da Seinfra, SINAP);
• Observar se foram estimados os custos indiretos e o lucro da construtora;
IV. Do cronograma físico-financeiro
• Observar a existência de cronograma físico-financeiro com as despesas mensais
previstas para serem incorridas ao longo da execução da obra ou serviço;
• Verificar se após o início das obras, sempre que o prazo e as respectivas etapas de
execução forem alterados, houve readequação do cronograma físico-financeiro, de
modo que esse sempre reflita as condições reais do empreendimento.
V. Da Licitação
• Avaliar se os valores das propostas são considerados manifestamente inexequíveis, com
base no valor orçado pela Administração;
• Observar a ocorrência de exigências desnecessárias de caráter restritivo no edital,
especialmente no que diz respeito à capacitação técnica dos responsáveis técnicos e
técnico operacional da empresa;
• Observar se houve ausência de critério de aceitabilidade de preços global e unitário no
edital de licitação;
• Avaliar a existência de projeto básico inadequado ou incompleto, sem os elementos
necessários e suficientes para caracterizar a obra, não aprovado pela autoridade
competente, e/ou elaborado posteriormente à licitação;
• Observar se a modalidade e o tipo de licitação foram compatíveis;
• Observar se houve divisão da obra em parcelas com vistas ao melhor aproveitamento
dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade;
• Caso a contratação ocorra por dispensa de licitação, observar se houve justificativa
compatível;
• Caso a contratação ocorra por inexigibilidade de licitação observar se houve
justificativa compatível;
• Observar se houve a devida publicidade de todas as etapas da licitação;
Verificar se houve aprovação preliminar por assessoria jurídica da Administração das
minutas de editais de licitação, contratos;
• Verificar a conformidade da proposta vencedora com os requisitos do edital;
• Observar a adequação do cronograma físico-financeiro proposto pelo vencedor da
licitação, indicando manipulação dos preços unitários de forma que os serviços iniciais
42
do contrato ficam muito caros e os finais muito baratos, podendo gerar um crescente
desinteresse do contratado ao longo das etapas finais da obra por conta do baixo preço
dos serviços remanescentes;
• Observar se houve adequação do critério de reajuste previsto no edital, retratando a
variação efetiva do custo de produção;
• Observar se houve a adoção de índices específicos ou setoriais de reajuste, desde a data
prevista para a apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir,
até a data do adimplemento de cada parcela;
• Observar se houve a indevida participação na licitação, direta ou indiretamente, do autor
do projeto básico ou executivo, pessoa física ou jurídica, pois a ele só é permitida a
participação como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou
gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada;
VI. Do Contrato
• Observar se há as ARTs dos responsáveis técnicos pela obra, registrada no CREA do
estado onde se localiza a obra;
• Verificar se houve licença ambiental de instalação obtida no órgão ambiental
competente, quando for o caso;
• Observar se há alvará de construção;
• Observar se há certificado de matrícula da obra de construção civil, obtido no Instituto
Nacional do Seguro Social, no prazo de trinta dias contados do início de suas atividades;
• Verificar se houve ordem de serviço da Administração autorizando o início dos
trabalhos;
• Verificar se há no contrato a obrigação do contratado efetuar o pagamento de todos os
tributos e obrigações fiscais incidentes ou que vierem a incidir sobre o objeto do
contrato, até o recebimento definitivo pelo contratante dos serviços e obras;
• Observar se houve divergência entre a descrição do objeto no contrato e a constante do
edital de licitação;
Observar se houve vinculação do contrato ao edital de licitação (ou ao termo que a
dispensou ou a inexigiu) e à proposta do licitante vencedor;
• Verificar se existiram aditivos contratuais para contemplar eventuais alterações de
projeto ou cronograma físico-financeiro;
• Verificar se houve justificativa de acréscimos ou supressões de serviços, caso necessite;
• Verificar se houve extrapolação, quanto aos acréscimos ou supressões de serviços, dos
limites definidos na Lei nº 8.666/1993;
43
• Verificar se houve alterações, sem justificativas coerentes e consistentes, de
quantitativos, reduzindo quantidades de serviços cotados a preços muito baixos e/ou
aumentando quantidades de serviços cotados a preços muito altos, podendo gerar
aumento e superfaturamento (jogo de planilha);
• Verificar se houve acréscimo de serviços contratados por preços unitários diferentes da
planilha orçamentária apresentada na licitação;
• Observar se houve acréscimo de serviços cujos preços unitários são contemplados na
planilha original, porém acima dos praticados no mercado;
• Observar de há execução de serviços não previstos no contrato original e em seus
termos aditivos;
• Avaliar se houve subcontratação não admitida no edital e no contrato;
• Avaliar se houve prorrogação de prazo sem justificativa.
VII. Da obra
• Observar se o contratante manteve no local dos serviços e obras instalações,
funcionários e equipamentos em número, qualificação e especificação adequados ao
cumprimento do contrato;
• Verificar a qualidade dos materiais, serviços e equipamentos a serem aplicados nos
trabalhos;
• Observar se o contratante submeteu à aprovação da fiscalização, até cinco dias após o
início dos trabalhos, o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços e
obras, elaborados em conformidade com o cronograma do contrato e técnicas
adequadas de planejamento, bem como eventuais ajustes;
• Verificar se a obra obedece às instruções e resoluções dos órgãos do sistema
Confea/CREA, bem como as normas técnicas da ABNT e do Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
VIII. Das medições e pagamentos
• Observar se os serviços pagos foram efetivamente executados;
• Verificar se o pagamento dos serviços executados foi aprovado pela fiscalização;
• Pagamento de serviços relativos a contrato de supervisão, apesar de a obra estar
paralisada;
• Falta de comprovação e conferência pela fiscalização dos serviços executados;
• Divergências entre as medições atestadas e os valores efetivamente pagos;
• Medições e pagamentos executados com critérios divergentes dos estipulados no edital
de licitação e contrato;
44
• Verificar inconsistências e incoerências nos relatórios de fiscalização;
• Observar se houve superfaturamento.
IX. Do recebimento da obra
• Observar se há o recebimento provisório da obra pelo responsável por seu
acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado assinado pelas partes;
• Observar se há recebimento definitivo da obra, por servidor ou comissão designada por
autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após
prazo de observação ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos
contratuais;
• Verificar se as condições descritas no edital de licitação e no contrato para o
recebimento da obra foram cumpridas;
• Verificar se os prazos de conclusão, entrega, observação e recebimento definitivo,
conforme o caso, previstos no contrato e em seus termos aditivos foram cumpridos;
• Avaliar se no recebimento da obra houve falhas visíveis de execução;
• Observar se houve omissão da Administração, na hipótese de terem surgidos defeitos
construtivos durante o período de responsabilidade legal desta;
• Verificar se foram realizadas vistorias dos órgãos públicos competentes para a emissão
do “Habite-se”.
4.1.13. Roteiro de Auditoria em Contabilidade
As Auditorias na Contabilidade visam, sobretudo, a examinar a correção técnica da
escrituração, a legitimidade dos atos e fatos que deram origem aos lançamentos, a
formalização da documentação comprobatória e a medir e avaliar a segurança e eficiência das
funções de controle interno, próprias do sistema contábil. Segue roteiro para realização da
auditoria:
I. Da Observância aos Princípios Contábeis:
• Entidade;
• Continuidade;
• Oportunidade;
• Registro pelo Valor Original
• Competência;
• Prudência;
45
II. Da aplicação do Plano de Contas - PCASP, detalhado no nível exigido para a
consolidação das contas nacionais:
• Verificar a adoção ao novo plano de contas – PCASP, detalhado ao nível necessário
ao ente;
• Verificar se o sistema contábil possibilita o registro contábil de todos os fenômenos
da administração pública (eventos);
III. Do reconhecimento, mensuração e evidenciação dos créditos, tributários ou não, por
competência, e a dívida ativa, incluindo os ajustes para perdas:
• Verificar a metodologia utilizada para o correto registro do crédito tributário ou não
por competência;
• Verificar a metodologia (processo administrativo) para a inscrição em dívida ativa e
os procedimentos de contabilização;
• Verificar se existe o registro da atualização monetária, juros e multas;
• Verificar os procedimentos quanto ao cancelamento e prescrição;
• Verificar quanto ao Ajuste da Dívida Ativa a Valor Recuperável;
• Registro do Ajuste para Perdas (para os créditos registrados por competência bem
como para a dívida ativa);
IV. Do reconhecimento, mensuração e evidenciação das obrigações e provisões por
competência:
Verificar o registro das obrigações por competência (exemplo: provisões de férias e
13º salário);
• Verificar o correto reconhecimento patrimonial das Despesas de Exercícios Anteriores
– DEA;
• Acompanhar a inscrição e a baixa da conta “Restos a Pagar”;
V. Do reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis e intangíveis:
• Verificar os procedimentos para o reconhecimento e mensuração dos bens móveis e
do ativo intangível (sistema de informática capaz de oferecer as informações conforme
as NBCASP);
• Verificar as rotinas de depreciação, amortização, reavaliação e ajuste ao valor
recuperável (impairment) dos bens registrados (fenômenos econômicos, resultantes
ou independentes da execução orçamentária);
VI. Do reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens Imóveis:
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• Verificar os procedimentos para o reconhecimento e mensuração dos bens imóveis
(sistema de informática capaz de oferecer as informações conforme as NBCASP);
• Verificar as rotinas de depreciação, exaustão, reavaliação e ajuste ao valor recuperável
(impairment) dos bens registrados (fenômenos econômicos, resultantes ou
independentes da execução orçamentária);
VII - Do reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos de infraestrutura:
• Verificar o registro contábil do patrimônio de infraestrutura;
VIII - Das disposições referentes à Operacionalização do Fundo de Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB:
• Verificar a contabilização da Receita, inclusive decorrentes de aplicação no mercado
financeiro;
• Verificar a aplicação do recurso;
• Verificar a contabilização da despesa;
• Verificar a Prestação de Contas;
IX . Das disposições relativas às Operações de Crédito (Contratuais):
• Verificar todos os procedimentos de autorização e contratação;
• Verificar o correto registro contábil, inclusive dos encargos e amortizações;
• Verificar quanto ao parcelamento de dívidas;
X. Das Demonstrações Contábeis:
• Verificar se as Demonstrações Contábeis estão sendo elaboradas conforme o novo
padrão determinado nas NBCASP;
• Verificar se o sistema contábil atende o novo modelo das Demonstrações Contábeis
Aplicadas ao Setor Público - DCASP;
XI. Demais aspectos da Contabilidade:
• Verificar o correto registro de participações em outras entidades por meio de custo ou
equivalência patrimonial;
• Verificar o registro contábil de estoque/almoxarifado (entrada por recebimento e baixa
por consumo);
• Verificar os procedimentos realizados para viabilizar a implantação do sistema de
custos no Município;
• Verificar as fases da despesa;
47
• Verificar os procedimentos referentes à alienação de ativos, observando se sua
aplicação está em conformidade com as restrições impostas pela Lei Complementar nº
101/2000;
• Verificar a contabilização dos adiantamentos concedidos, observando a temporalidade
entre a concessão e a prestação de contas bem como se estão de acordo com as normas;
• Verificar se os bens recebidos em doação estão contabilizados e incorporados pelo valor
de mercado.
4.1.14. Roteiro de Auditoria dos Suprimentos de Fundos.
A auditoria dos suprimentos de fundos tem como objetivo verificar a correta aplicação
dos recursos entregue a servidores, mediante observância à lei municipal instituidora para
realizar dispêndios que não possam subordinar-se ao processo normal da despesa. Segue
roteiro para análise:
• Verificar se o suprimento de fundos foi precedido da extração da nota de empenho
(NE) em nome do servidor por ele responsável.
• Verificar se a despesa teve aplicação diferente daquela prevista na Nota de Empenho.
Observar se o ato concessivo do suprimento de fundos contem: indicação do exercício
financeiro, classificação completa da dotação orçamentária que suportará a despesa,
nome, cargo ou função do servidor a quem vai ser entregue o suprimento, indicação,
em algarismos ou por extenso da importância do suprimento, período de aplicação e
prazo para prestação de contas do suprimento, indicação das despesas a realizar.
• Verificar se a prestação de contas ocorreu dentro do prazo determinado em Lei;
• Verificar se os processos de prestação de contas de suprimento de fundos foram
autuados e mantêm-se arquivados na contabilidade do município, pelo prazo de 5
(cinco) anos;
• Verificar se a prestação de contas foi instruída da seguinte maneira: comprovante de
recebimento do suprimento, devidamente datado e assinado pelo suprido, balancete
demonstrativo dos débitos e créditos, documentos fiscais pertinentes, recibos dos
créditos firmados em nome do servidor responsável pelo suprimento, comprovante de
recolhimento de saldo, quando for o caso;
• Verificar se a natureza das despesas é compatível com o critério emergencial;
• Observar se as quantidades dos materiais de consumo adquiridos são compatíveis com
o critério emergencial;
48
• Avaliar se o valor concedido está em conformidade com o valor previsto em lei ou
decreto municipal que regulamenta o assunto;
• Verificar se todas as despesas foram realizadas no período de vigência dos
suprimentos de fundos.
4.1.15. Roteiro de Auditoria das Doações, Subvenções, Auxílios e Contribuições Concedidas.
Essa auditoria tem como objetivo verificar o cumprimento de atividades continuadas
que visem à melhoria de vida da população reconhecidamente carente, cujas ações estão
voltadas para as necessidades básicas e de caráter emergencial.
• Observar se houve desvio de finalidade para os quais os programas assistenciais
foram criados;
• Avaliar se os programas assistenciais envolvendo doações aos munícipes
carentes foram disciplinados por lei específica;
• Verificar se a administração municipal mantém arquivo de doações efetuadas,
contendo o nome completo, endereço e o número de um documento de identificação do
beneficiado;
• Verificar se a administração municipal mantém arquivo das subvenções,
auxílios e contribuições concedidas, contendo o nome da entidade beneficiada, a
finalidade e valor da concessão efetivada, bem como o número do processo de despesa
e data em que for efetuada ajuda.
4.1.16. Roteiro da Auditoria em Limpeza Pública
Esta auditoria visa avaliar os procedimentos de coleta e transporte de resíduos
domiciliares e comerciais, limpeza urbana e destinação final, visando garantir que serviços
sejam realizados de forma a preservar o meio ambiente, bem como a qualidade de vida dos
munícipes. Devem ser observados os seguintes itens:
I – Da coleta e transporte de lixo domiciliar e comercial
• Requisitar os processos de licitação com contratos em vigência referentes à coleta e
transporte de lixo domiciliar e comercial;
• Caracterização, periodicidade e quantificação dos roteiros existentes;
49
• Indagar ao responsável qual o procedimento realizado para a coleta e transporte de
resíduos sólidos;
• Solicitar a descrição das atividades;
• Qualificação do serviço por parte da população através de pesquisa de satisfação;
Como você classifica a coleta de lixo em Itaporanga?
a)Bom ou Ótimo
b) Regular
c)Ruim ou Péssimo
• Porcentagem de residências e comércios atendidos;
• Existência e identificação de pontos críticos;
• Quantidade diária de resíduos sólidos domiciliares coletados;
• Quantidade, condições de trabalho, materiais, fardamento e equipamentos de proteção
individual – EPI oferecidos aos funcionários responsáveis pela tarefa;
• Quantidades, características e estado de conservação dos veículos utilizados nas
atividades de coleta;
Identificação do
Roteiro
Placa e Identificação
dos veículos
Capacidade por
viagem volume (m3)
peso (tonelada)
Estado de
Conservação
II – Da limpeza de ruas e logradouros públicos
• Observar a existência e qualidade dos procedimentos de varrição de ruas, capinagem,
raspagem, roçagem, limpeza de ralos, limpeza de feiras;
• Requisitar os processos de licitação com contratos em vigência referentes à limpeza
pública;
• Verificar a existência de pepeleiras e contentores de lixo suficientes à limpeza pública;
• Solicitar o cronograma e a descrição de atividades, periódicos e horários dos serviços
de limpeza, bem como a quantidade de profissionais para realização de cada tarefa;
• Observar a adequação dos equipamentos, fardamento e equipamentos de proteção
individual - EPI dos profissionais;
• Qualificação do serviço por parte da população através de pesquisa de satisfação;
50
Como você classifica a limpeza das ruas em Itaporanga?
a)Bom ou Ótimo
b) Regular
c)Ruim ou Péssimo
• Porcentagem de ruas e logradouros atendidos;
• Existência e identificação de pontos críticos;
III – Da destinação final e da administração de Aterros
• Requisitar os processos de licitação com contratos em vigência referentes à
Administração do aterro;
• Indagar ao responsável qual o procedimento realizado para a destinação final de
resíduos sólidos;
• Solicitar a descrição das atividades;
• Verificar o cumprimento das normas previstas na NBR nº 13.896, no tocante à
localização, proteção das águas subterrâneas e superficiais e condições gerais de
operação;
• Observar a participação de catadores na segregação informal do lixo;
• Verificar o impacto social do aterro na localidade que foi instituído;
• Verificar o impacto ambiental do aterro na localidade que foi instituído;
• Verificar o cumprimento dos procedimentos necessários ao descarte de pneus, pilhas,
baterias, lâmpadas fluorescentes, entulhos de obras e pneumáticos;
• Verificar o controle de entrada, pesagem e triagem de resíduos;
• Verificar a existência de parcerias ou convênios de recebimento de resíduos de outros
Municípios;
• Averiguar o risco de acidentes e identificar os perigos existentes;
IV – Da coleta e transporte de lixo hospitalar
• Verificar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS para
o Hospital Municipal e os estabelecimentos de saúde mantidos pelo Município de
Itaporanga;
Observar se a coleta de resíduos de serviços de saúde deve ser exclusiva e a intervalos
não superiores a 24 horas.
51
Averiguar se a guarnição recebe treinamento adequado e é submetida a exames médicos
pré-admissionais e periódicos, de acordo com o estabelecido na Portaria nº 3.214/78 de
Ministério do trabalho.
Verificar se a empresa e/ou municipalidade responsável pela coleta externa dos
resíduos de serviços de saúde possuem um serviço de apoio que proporcione aos seus
funcionários as seguintes condições:
a) Higienização e manutenção dos veículos;
b) Lavagem e desinfecção dos equipamentos de proteção individual – EPI;
c) Higienização corporal.
• Verificar o cumprimento da NBR nº 12.810 no tocante à uniformização,
transporte, contentores de lixo e veículo coletor;
• Observar o procedimento para coleta e descarte de perfurantes.
52
5. RELATÓRIO DA AUDITORIA
5.1. Da elaboração do Relatório de Auditoria
O relatório de auditoria deve apresentar os achados de maneira clara e objetiva,
permitindo ao interessado uma visão adequada do fato ocorrido, atentando para:
a) Conteúdo: O relatório de auditoria deve ter conteúdo adequado, incluindo declaração
da natureza do exame, relação dos achados com o tamanho e a natureza das atividades
ou entidades auditadas, descrição correta dos achados, e ênfase aos aspectos deficientes
e satisfatórios;
b) Clareza e simplicidade: Partindo-se do pressuposto de que nem todos os leitores
possuem conhecimentos técnicos detalhados sobre os assuntos abordados no relatório,
o auditor precisa ser claro e simples na apresentação de suas conclusões. As
abreviaturas e termos técnicos desconhecidos ou pouco usados devem ser definidos e
explicados. Cumpre evitar linguagem rebuscada. Assegurar-se de que a estrutura do
relatório e a terminologia empregada permitam que as informações reveladas possam
ser entendidas por quaisquer pessoas;
c) Tom construtivo: Ao redigir o relatório, o auditor deve ter em mente que objetivo é
obter reações favoráveis aos achados e recomendações. Logo, o auditor tem de enfatizar
os aspectos positivos;
d) Empatia: Ao redigir o relatório, o auditor precisa se colocar na posição do auditado e
refletir sobre o que deverá ser relatado e como;
e) Efeitos visuais: A utilização de gráficos, mapas e fotografias é recomendada, pois
facilita a compreensão por parte do leitor. Contudo, convém evitar exageros;
f) Objetividade: Deve conter mensagem clara e direta, a fim de que o leitor entenda
facilmente o que se pretendeu transmitir;
g) Convicção: Relatar de tal modo que as evidências conduzam a qualquer pessoa prudente
às mesmas conclusões a que chegou o auditor;
h) Coerência: Assegurar-se de que os resultados da auditoria correspondam aos objetivos
determinados;
i) Oportunidade: Os relatórios devem ser emitidos tempestivamente, a fim de que os
assuntos neles abordados possam ser objeto de oportunas providências.
Ademais disso, no Relatório de Auditoria devem estar contidos os seguintes elementos:
objeto, fundamentação legal, órgão a ser auditado, identificar a extensão da auditoria,
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comentário sobre o Controle Interno do Órgão, comentários sobre a legalidade, legitimidade,
bem como as recomendações e verificação de trabalhos de auditoria anteriores.
a) Objeto: Definir o objeto da auditoria, ou seja, especificar qual o propósito da auditoria
que será realizada. O principal elemento de referência dos trabalhos que determinará o
tipo e a natureza da auditoria;
b) Objetivo da auditoria: Definir os objetivos da auditoria buscando identificar as áreas e
procedimentos do Órgão a serem examinadas, bem como determinar o escopo e a
metodologia a ser aplicada;
c) Fundamento legal: Indicar as normas que instruam a auditoria;
d) Órgão: Identificar o Órgão em que foi realizado o trabalho;
e) Amostra e conformidade com normas de auditoria: Declarar ter o exame sido efetuado
por amostragem, na extensão julgada necessária;
f) Escopo e limitações: Comentar sobre a extensão dos trabalhos e eventuais restrições;
g) Processo, exercício e entidade: Identificar o número do processo, período examinado e
a unidade ou entidade examinada;
h) Controles internos: Comentar sobre os controles internos administrativos,
evidenciando, se for o caso, as deficiências e ineficácias dos sistemas;
i) Conformidade com normas legais, legitimidade e economicidade: Relatar sobre o
cumprimento, ou não, das diretrizes governamentais e normas legais vigentes, bem
como a legitimidade e economicidade na realização das despesas;
j) Recomendações: Apresentar, se necessário, recomendações visando à correção das
falhas verificadas durante o exame, particularmente naquelas situações em que forem
identificadas impropriedades e irregularidades, devendo-se evitar recomendações
imprecisas ou genéricas que não permitam adequada avaliação de sua implementação;
k) Verificação de providências em relação a trabalhos anteriores: Comentar sobre a
implementação das recomendações de relatórios de auditoria e fiscalização anteriores.
5.2. Da divulgação do Relatório de Auditoria
Após a realização da auditoria será emitido Relatório Preliminar que visa dar
conhecimento aos responsáveis do resultado preliminar da auditoria, este deve ser
encaminhado ao Departamento Responsável para avaliação e possíveis correções.
Em seguida, o Auditor encaminhará o relatório preliminar ao Prefeito Municipal, com
vistas à manifestação e apresentação de possíveis justificativas.
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Após manifestações, as correções e/ou justificativas do departamento será elaborado
um relatório final, este sendo encaminhado ao PREFEITO MUNICIPAL, se for o caso,
fornecendo dados para tomada de decisões sobre a política da área supervisionada.
Cabe ao SCI a função de acompanhar as medidas adotada após a emissão do Relatório
Final, tais como:
a) A situação das recomendações contidas no relatório de auditoria;
b) Medidas adotadas visando a implementação das recomendações;
c) Justificativas pela não implementação das recomendações, quando for o caso e
d) Solicitação de prorrogação do prazo previsto para a implementação, na
impossibilidade do cumprimento das recomendações no prazo estabelecido
incialmente.
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REFERÊNCIAS
BATISTA, Daniel Gerhard Batista. Manual de Controle e Auditoria. São Paulo: Saraiva, 2011.
BRASIL. Constituição da República do Brasil, de 05 de Outubro de 1988.
BRASIL. Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000 - Estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
BRASIL. Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964 – Estitui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos municípios e do Distrito Federal.
BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993 – Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá
outras providências.
BRASIL. Lei n. 10.520, de 17 de junlho de 2002 – Institui, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá
outras providências.
CONTROLADORIA GERAL DO ETADO DE MINAS GERAIS. Controle Interno e
Auditoria Governamental. Belo Horizonte: Estado de Minas Gerais, 2012.
CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
PETER, Maria da Glória Arrais; MACHADO, Marcus Vinicius Veras. Manual de Auditoria Governamental. São Paulo: Atlas, 2003.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Auditoria Governamental. Brasília: TCU, 2012.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Auditoria Interna e Controle Governamental.
Brasília: TCU, 2011.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Obras públicas: recomendações básicas para a
contratação e fiscalização de obras públicas / Tribunal de Contas da União. 3. ed. Brasília :
TCU, SecobEdif, 2013.
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO CEARÁ. Controle Interno nas
Administrações Municipais. Fortaleza: TCM/CE.
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO CEARÁ. Instrução Normativa nº 01, de
22 de maio de 1997. Fortaleza: TCM/CE, 1997.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual do Controle Interno.
2019.