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Relacionamento Interpessoal
UFCD: 0403
Susana Marques
Viseu, Janeiro de 2014
Ident i f icação do curso Pág. 2 de 41
| Manual de Formação
Índice
Parte 1 - Introdução________________________________________________________________ 3
Enquadramento do curso ___________________________________________________ 4
Objectivos Pedagógicos ____________________________________________________ 5
Objectivos Gerais ......................................................................................................... 5
Objectivos Específicos ................................................................................................... 5
Estrutura Programática _____________________________________________________ 6
Parte 2 – Desenvolvimento _________________________________________________________ 8
1. Relacionamento interpessoal ___________________________________________ 9
1.1. PRINCIPAIS INTERLOCUTORES ........................................................................................ 9
1.1.1. Internos ....................................................................................................... 10
1.1.2. Externos ...................................................................................................... 12
1.2.FACTORES PESSOAIS ................................................................................................... 14
1.3.FACTORES ORGANIZACIONAIS......................................................................................... 16
1.4.FACTORES RELACIONAIS ............................................................................................... 18
2.Comunicação escrita e oral ______________________________________________ 24
2.1.Conteúdos e língua ................................................................................................ 24
2.2.Linguagem corporal ............................................................................................... 26
2.3.Estilos de linguagem .............................................................................................. 29
2.4.Ajustar a linguagem ao objectivo da informação .......................................................... 31
2.5.Clara selecção e identificação dos destinatários ............................................................ 33
2.6.Escolha do formato a utilizar .................................................................................... 34
2.7.Formas de arquivo ................................................................................................. 36
Parte 3 - Conclusão _______________________________________________________________ 38
Conclusão _______________________________________________________________ 39
Bibliografia ______________________________________________________________ 40
Nota ____________________________________________________________________ 41
Ident i f icação do curso Pág. 3 de 41
| Manual de Formação
PARTE 1
Introdução
Parte 1 - Introdução
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| Manual de Formação
Enquadramento do curso
O Relacionamento interpessoal requer um conjunto de interlocutores que viabilizam a interacção
com os outros de forma coerente e fundamentalmente se traduza num cartão de visita ao
mercado de trabalho.
No mundo empresarial, essa transformação refletiu-se na mudança de visão das
organizações acerca de seu capital humano. A premissa é que toda empresa é formada por
pessoas (mesmo as que utilizam tecnologia de ponta capazes de substituirem o trabalho das
pessoas, ainda precisam delas para operar as máquinas e administrar os recursos), e a actuação
dessas pessoas é que faz a diferença no resultado da empresa. Isso porque, num mercado tão
dinâmico e de competição acirrada, as empresas procuram ter uma base tecnológica similar e
estruturas compatíveis; isso é o “mínimo”, pode-se dizer. Portanto, pode-se dizer que a variável
que realmente poderá impactar enormemente nos resultados das organizações é a gestão de
pessoas.
De acordo com Eliane Doin, uma pessoa que possua talento e competência suficiente para
exercer a sua atividade, praticando e aperfeiçoando constantemente o seu Marketing Pessoal,
pode chegar ao topo dos seus objectivos profissionais, elevando o seu nível de notoriedade e
imagem e obter recompensas por esse facto. No entanto, esta é uma tarefa que exige paciência,
disciplina, perseverança, uma elevada auto-estima, determinação e um conjunto de crenças e
valores que orientam as atitudes e comportamentos de forma a dar um uso correto das
habilidades inatas e das habilidades que podem ser construídas e aperfeiçoadas.
Neste âmbito a UFCD: 0403 Relacionamento Interpessoal visa despertar e aperfeiçoar um
conjunto de técnicas com vista a profissionais mais preparados e orientados para um mercado de
trabalho cada vez mais competitivo e onde as relações interpessoais têm de ser trabalhadas para
atingir as metas e sucesso profissional.
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Objectivos Pedagógicos
Objectivos Gerais
O curso de Relacionamento interpessoal tem como objectivos gerais dotar os formandos de
conhecimentos e aptidões necessárias ao exercício de relações interpessoais no âmbito profissional
preparando-os para interagir de forma assertiva em diversos contextos e diferenciados públicos.
Objectivos Específicos
Em termos de competências específicas a adquirir, pretende-se que no final do curso os formandos sejam
capazes de:
Reconhecer e descrever a importância das relações interpessoais para o desempenho da
actividade.
Aplicar técnicas de comunicação escrita e oral no âmbito do desenvolvimento da actividade.
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| Manual de Formação
Estrutura Programática
A estrutura programática do curso de formação foi desenvolvida tendo por base as características do
público-alvo, as suas necessidades de formação e os objectivos pedagógicos que se pretendem alcançar
com a intervenção formativa. Os conteúdos programáticos a desenvolver visam, globalmente, o reforço
do nível de conhecimentos e aptidões dos formandos, de forma a potenciar a melhoria do seu
desempenho profissional.
No âmbito do curso de formação, será prosseguido o seguinte plano de estudos:
1- RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Principais interlocutores:
- Internos
- Marketing
- Vendas
- Produção
- Finanças
- Investigação & Desenvolvimento
- Externos
- Clientes
- Fornecedores
- Transportadores
Factores pessoais
- Auto estima e afiliação
- Motivação
- Realização pessoal e profissional
Factores organizacionais
- Criação de ambientes propícios à colaboração e entreajuda
- Capacidade de influenciar decisões e melhorias nos processos internos
- Capacidade de melhorar o desempenho da empresa e dos fornecedores, através de um
melhor entendimento dos objectivos e necessidades de cada interlocutor
Factores relacionais
- Rigor / objectividade
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- Eficácia e assertividade
- Empatia e disponibilidade
- Capacidade partilhar, cooperar e acompanhar
- Recolher contributos das entidades envolvidas
- Capacidade de resolução de conflitos e de situações geradoras de ansiedade
2- COMUNICAÇÃO ESCRITA E ORAL
Conteúdos e língua
Linguagem corporal
Estilos de linguagem
Ajustar a linguagem ao objectivo da informação
Clara selecção e identificação dos destinatários
Escolha do formato a utilizar
Formas de arquivo
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PARTE 2
Desenvolvimento
Parte 2 – Desenvolvimento
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1. Relacionamento interpessoal
1.1. PRINCIPAIS INTERLOCUTORES
Podemos definir relacionamento interpessoal com a Relação estabelecida entre dois ou mais
intervenientes num processo de comunicação.
O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um
receptor. Uma vez transmitida a informação, o receptor processa-a e, segundo os seus objectivos
transforma-a em conhecimento.
O importante na comunicação interpessoal é o cuidado e a preocupação dos interlocutores na
transmissão dos dados ou das informações em questão para que se obtenha o sucesso no processo
desejado.
Como o simples acto de receber a mensagem não garante que o receptor vá interpretá-la
correctamente (ou seja, como se pretendia), convém considerar:
os de papéis que essas pessoas desempenham (por
exemplo, administração e funcionários, gerente e subordinado).
a comunicação, e a respectiva capacidade de levar
a informação e esta ser entendida por ambas as partes.
gado e como as informações são recebidas através
dos diversos canais (tais como comunicação falada ou escrita).
irrelevantes, familiares ou
estranhas)
s relações interpessoais entre transmissor e o
receptor (em termos de confiaança, influência etc.).
ocorre, em termos de estrutura organizacional.
O crescimento e o desenvolvimento de qualquer instituição depende da confiança que o seu
público nela deposita. A manutenção deste clima de confiança obriga a que se estabeleça entre ambos
um diálogo permanente, utilizando para tal diversos meios.
Qualquer entidade que deseje manter uma “imagem” favorável, junto do seu público,
terá de lhe dar conhecimento das suas actividades, do seu trabalho e da sua organização, criando, para o
efeito, um sistema permanente de comunicação.
Cabe aos órgãos directivos da empresa, a iniciativa de informar o seu público (clientes, pessoal,
público em geral), sobre a actividade e a política institucional, facilitando a livre circulação da informação,
de modo a criar um clima de diálogo entre a própria empresa e todos os públicos que lhe estão adstritos.
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Chama-se Comunicação Institucional a todo o sistema de comunicações no interior e com o exterior da
empresa.
As organizações, conhecendo os seus públicos internos e externos, as suas expectativas, ambições
e interesses, adaptam o conteúdo da mensagem às partes envolvidas, tendo contudo sempre em vista
que a comunicação é, por excelência, um cartão-de-visita nas organizações.
1.1.1. Internos
A Comunicação Interna visa a criação de um ambiente geral de motivação e colaboração na
empresa, de forma a melhorar os níveis de qualidade e produtividade, em espírito de equipa e entreajuda.
Os públicos internos são desta forma todos os colaboradores da organização no seu constante
relacionamento inerente ao desenvolvimento das actividades. Neste campo há que criar e manter um
fluxo de informações que abranja todos os sectores da organização, procurando estabelecer mecanismos
de resposta adequados entre os dois pólos da empresa - administração / administrados.
Marketing
Em cada empresa, esta função emprega um conjunto de profissionais designados de modo
diverso, a saber: director comercial, chefe de vendas, delegado comercial, promotor comercial, gestor de
marketing.
O principal objectivo do Marketing é a satisfação dos desejos e necessidades dos clientes
potenciais. Assim, as funções do departamento de Marketing passam pela definição, elaboração, controlo
da estratégia e dos planos de Marketing que a organização deve seguir.
Cabe ao departamento e marketing controlar a própria estratégia de comunicação interna da
empresa, pois todas as informações recolhidas sobre o consumidor têm influência na estratégia de
planeamento global da mesma.
Vendas
Uma empresa só é rentável quando consegue obter receitas superiores às suas despesas e o
objectivo principal do departamento de vendas é assegurar que, através das suas vendas, a empresa
tenha o maior volume possível de receitas.
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O gestor de vendas estuda os resultados do programa de vendas da empresa, avalia a capacidade
produtiva e/ou de prestação de serviços desta, observa as estratégias das empresas concorrentes, analisa
estudos de mercado e considera as directivas do conselho de administração ou da gerência da empresa,
entre outras acções.
Como o conhecimento do produtos e dos seus atributos é fulcral para ao cumprimento destes
pressupostos, a comunicação interna entre a equipa de vendas e os outros sectores da organização deve
ser regular, objectiva e constantemente monitorizada.
Produção
A gestão da produção ou gestão de operações é a função administrativa responsável pela
produção de bens e serviços.
É uma actividade que atinge a todos os ramos de organizações (indústria, comércio e serviços);
ela está em todos os sectores da organização.
A sua dinâmica de operacionalização ocorre através da utilização das funções básicas da gestão
(Planear, Organizar, Comandar, Controlar e Coordenar), com o objectivo de promover com êxito as
actividades inerentes à empresa.
Ainda que seja uma área de operações, depende do planeamento e da estratégia definidas para a
organização, pelo que a informação produzida pelos outros departamentos lhe é fundamental.
Neste sentido, tanto a estratégia de comunicação como os conteúdos veiculados devem adaptar-
se à sua natureza.
Finanças
A gestão financeira de uma empresa envolve um conjunto de acções e procedimentos administrativos
que visam maximizar os resultados económico-financeiros, através da eficiência operacional e do controlo
das actividades financeiras.
O estudo financeiro é um processo interactivo, que progressivamente possibilitará adequar as
necessidades financeiras da empresa em criação aos meios correspondentes. A informação produzida é
da máxima importância para o desempenho organizacional e para a tomada de decisão em equipa,
constituindo grande parte do volume de comunicações produzidas na empresa.
Investigação & Desenvolvimento
O departamento de investigação e desenvolvimento dedica-se à criação e aperfeiçoamento de
produtos e serviços, ao encontro da evolução dos mercados e das preferências dos clientes.
A inovação, independentemente do tipo e natureza da mesma, constitui um factor-chave na
manutenção dos actuais clientes e atracão de clientes futuros.
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A interligação entre este sector da empresa com as áreas de produção, marketing e vendas
revela-se essencial para a concretização deste objectivo.
1.1.2. Externos
A comunicação externa compreende toda a informação que esteja relacionada com as actividades
que esta empresa desenvolve. Essa informação vai no sentido de promover a imagem da empresa,
nomeadamente através da divulgação na imprensa dos acontecimentos que esta realiza.
Neste sentido, os públicos externos serão todos aqueles que contactam uma organização, quer
sejam clientes potenciais, quer efectivos, bem como os fornecedores e outros elementos da cadeia de
distribuição dos produtos/ serviços.
Esta estratégia de comunicação visa atingir o sistema competitivo, na medida em que a maioria
das empresas depende de outras. E, ao mesmo tempo, eventualmente, concorrentes.
Clientes
O cliente é uma pessoa que recebe de alguém especializado, o fornecimento de bens e serviços para
satisfazer as suas necessidades e sua procura, mediante um pagamento.
Qualquer funcionário da empresa/instituição é em si o Relações Públicas da mesma. É a primeira cara, é o
front office, é quem o cliente, no momento do contacto, identifica como representante da empresa e da
equipa que nela trabalha.
No acolhimento e atendimento ao visitante é fundamental utilizar um conjunto de normas que permita
orientar uma conduta e um comportamento positivo face ao cliente, fazendo com que ele volte sempre.
O consumidor tem cada vez mais direitos, sabe que tem direitos e conhece a forma de exercer esses
direitos. Neste sentido, a aproximação da empresa aos Clientes exige o conhecimento dos Clientes e que
lhes seja dada “voz”, o que pode ser feito através dos seguintes meios:
de venda
Fornecedores
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Os públicos mais familiarizados e, portanto, mais próximos da empresa, em termos externos são os
Fornecedores de matérias-primas, já que os fornecedores obtêm em primeira mão a “imagem” da
empresa, conhecendo a fundo os problemas com que a mesma se depara.
É, normalmente, através do responsável pelo departamento de compras que o fornecedor se familiariza
com a empresa.
A ideia que o fornecedor tem da empresa é o reflexo da maneira como a empresa se comporta perante o
mercado (se compra “boa” matéria-prima, venderá um “bom” produto, mas também se comprar matéria-
prima ruim, o produto será de fraca qualidade).
Transportadores
Os transportadores estão posicionados na cadeia logística de abastecimento de produtos, situando-se no
processo final de fornecimento e, consequentemente, muito directamente ligados aos clientes/
consumidores.
Se dentro desse processo os transportadores não tiverem uma boa prestação de serviços por parte dos
seus fornecedores internos, que se encontram na cadeia de produção ou prestação de serviços a
montante, a resposta e a imagem que irão dar para os clientes poderá estar comprometida.
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1.2.FACTORES PESSOAIS
Auto estima e afiliação
Todas as pessoas de nossa sociedade (com algumas excepções patológicas) apresentam a necessidade ou
o desejo de uma (geralmente) alta avaliação estável, firmemente baseada em si mesmos, para seu
respeito próprio, e para a estima dos outros.
Tais necessidades aparecem como que em dois estágios: primeiro como desejo de autoconfiança,
independência, liberdade e, em segundo, como desejo de reputação ou prestígio, reconhecimento,
atenção, importância (status).
Nas organizações onde o indivíduo trabalha, elas podem aparecer como necessidade de estima (auto-
imagem); de valorização e posição na organização (valorização pessoal); de reconhecimento pelo bom
trabalho (promoções); de orgulho pessoal e de responsabilidade por resultados.
Motivação
Por vezes, relacionamo-nos com as outras pessoas tendo em conta apenas as nossas características
pessoais e pouco as da outra pessoa em particular. Tendemos a lidar com diferentes pessoas da mesma
forma.
O objectivo é desenvolver um repertório comportamental rico e diversificado com diferentes soluções de
comunicação e, por outro lado, escolher uma alternativa adequada à outra pessoa (com base na empatia).
O nosso repertório comportamental, para além de incluir técnicas para desenvolver uma relação
personalizada com a outra pessoa, deve incluir outras soluções essenciais para a motivar:
Saber elogiar
específicos do trabalho, iniciativas, capacidade de empenho / esforço, ou a forma de estar da pessoa;
Pedir a opinião ou a ajuda à outra pessoa
orma a mostrar que ela é importante e útil;
Mostrar que teve em conta na sua forma de agir
Dar as instruções / ordens em tom colaborativo.
rmulamos uma ordem sob a forma de um
pedido pois, quando se impõe uma forma de agir, o outro tende a resistir e a escolher a alternativa
contrária.
Criticar de forma construtiva.
-se criticar quando já existe uma relação de confiança entre as duas partes.
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A crítica construtiva implica:
a) Começar por dizer quais os aspectos a manter e depois aqueles a melhorar no desempenho da pessoa
(ex.: "Acho que a tua apresentação foi muito completa e fundamentada, mas podias ser mais objectivo.");
b) Dar sugestões concretas para a pessoa melhorar o seu desempenho no futuro (ex.: "Podias fazer um
resumo de ideias por tópicos.").
Realização pessoal e profissional
As necessidades de realização são as necessidades humanas mais elevadas, e que se encontram no topo
da hierarquia. São as necessidades que levam cada pessoa a tentar realizar o seu próprio potencial e a se
desenvolver continuamente como criatura humana ao longo de toda a vida.
O que um homem pode fazer, ele deve fazer. A esta necessidade podemos chamar de auto-realização, ou
seja, a tendência de se tornar verdadeiramente o que ele é potencialmente: de se tornar tudo que alguém
pode se tornar.
Uma real realização significava realizar uma tarefa válida e ao mesmo tempo virtuosa. as necessidades de
auto-realização, somente podem ser satisfeitas por recompensas que são dadas intrinsecamente pelas
pessoas a si próprias (como o sentimento de realização).
As pessoas que procuram a auto-realização são independentes, criadoras, resistem ao conformismo,
aceitam-se a si próprias e aos outros. As pessoas que não concretizam a necessidade de auto-realização
são as que manifestam reacções de apatia e indiferença.
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1.3.FACTORES ORGANIZACIONAIS
Criação de ambientes propícios à colaboração e entreajuda
Para que a interacção pessoal seja realmente eficaz no ambiente organizacional, será necessário que cada
colaborador que integra a organização consiga ter o controlo sobre as suas emoções e atitudes.
Conhecendo-se a si próprio, nomeadamente no que diz respeito ao seu comportamento, atitudes e
postura permite antever como estes poderão afectar o ambiente de trabalho, a imagem da organização e
do próprio profissional. As relações com os colegas são muito próximas, sendo muito importante
conhecê-los e adoptar condutas e comportamentos que conduzam a uma boa convivência com os
mesmos. Assim, e dentro destes princípios, convém adoptar as seguintes atitudes:
Dirigir-se às pessoas de forma cordial, respeitando as diferenças individuais;
Utilizar uma linguagem afirmativa e esclarecedora;
Ser prestável e agir com lealdade para com os colegas;
Preocupar-se com a opinião dos outros;
Ser discreto, não entrando em detalhes da sua vida pessoal nem da de ninguém;
Respeitar a individualidade de cada um;
Evitar discutir e irritar-se com os colegas;
Não discutir temas polémicos;
Não criticar as hierarquias nem os colegas;
Não “puxar o tapete” aos colegas.
Capacidade de influenciar decisões e melhorias nos processos internos
A necessidade de tomar decisões é uma constante na vida e nas organizações. O problema prende-se
quase sempre com as alternativas que temos pela frente, que tanto podem ser claras, como confusas, as
melhores ou as piores. As decisões nas organizações podem afectar um indivíduo, a liderança, o
desempenho de um grupo ou de toda a organização.
Todos os dias, os líderes necessitam de tomar decisões e resolver problemas, pelo que o conhecimento
do processo de tomada de decisão e de técnicas para o melhorar podem fazer a diferença entre uma boa
ou má decisão.
Para o líder, enquanto elemento e guia dos “outros” na direcção dos objectivos, a tomada de decisões é
um assunto incontornável. Surge, então, a questão: como decidir?
Para ultrapassar a limitação do processamento de informação individual há uma acção simples que é
usualmente adoptada nas organizações: decidir em grupo. No entanto, dependendo da situação, pode
ser mais adequado tomar decisões em grupo ou ser mais adequado tomar decisões individualmente.
Relacionamento interpessoal
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| Manual de Formação
1.3.3.Capacidade de melhorar o desempenho da empresa e dos fornecedores
As organizações são constituídas por grupos de vários indivíduos, onde cada um tem as suas próprias
percepções, opiniões e experiências de vida, existindo, entre eles, a necessidade de cooperarem e
interagirem, o que implica conviver, dividir espaços, vivenciar situações e tarefas.
Como tal, será necessário ter a capacidade de compreender e saber reagir de forma correcta perante as
mais diversas situações, facilitando essa interacção com os outros.
No local de trabalho, onde as pessoas passam a maior parte da sua vida, o relacionamento interpessoal
desempenha um papel primordial que se irá reflectir na relação entre o desenvolvimento do trabalho e o
ambiente vivenciado na organização.
Um dos principais factores neste relacionamento interpessoal é o de se saber quem é quem e procurar
conhecer as pessoas que nos rodeiam para uma melhor interacção com elas, porque quando a
organização enfrenta problemas de relacionamento, o clima de trabalho pode ficar afectado e tanto os
clientes internos como os externos podem não ter o atendimento que seria desejável.
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| Manual de Formação
1.4.FACTORES RELACIONAIS
1.4.1.Rigor / objectividade
A realização de qualquer tarefa no exercício da actividade normal de uma empresa gera fluxos reais,
documentais e de informação. Relacionamento interpessoal
O exercício da actividade de cada um dos órgãos funcionais da organização e a movimentação da
documentação de suporte aos fluxos reais gerados interna e externamente, proporciona troca de
informações e esclarecimentos, obrigando ao estabelecimento permanente de comunicação entre os
intervenientes.
Releva então que a comunicação é peça chave na engrenagem da empresa e, entre esta e o seu meio
envolvente. Será tão mais relevante quanto mais simples e objectiva os interlocutores a praticarem, quer
oralmente, quer por escrito.
1.4.2.Eficácia e assertividade
Factores que Contribuem para a Eficácia da Comunicação:
ção nos diferentes canais pelas quais ela é transmitida;
A palavra assertividade vem de “assero”, afirmar. Diferente de acertar, afirmar não tem relação com o
certo ou errado e sim com a exposição positiva do que se deseja transmitir.
Uma pessoa assertiva é capaz de expressar o mais directamente possível o que pensa, o que deseja,
escolhendo um conjunto de atitudes adequadas para cada situação, de acordo com o local e o momento.
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| Manual de Formação
A assertividade permite uma comunicação directa por meio de um comportamento que habilita o
indivíduo a agir no seu interesse, defender-se sem ansiedade excessiva, expressar os seus sentimentos de
forma honesta e adequada, fazendo valer os seus direitos sem negar os dos outros.
Portanto, a assertividade pode ser entendida como uma forma comportamental de comunicar que
significa afirmar o que eu quero, sinto e penso, dando simultaneamente espaço de afirmação ao outro.
A assertividade é um treino sistemático, em que o indivíduo tem de reaprender a autenticidade através de
uma prática gradual e regular. Ser verdadeiro não consiste em "dizer tudo o que me vem à cabeça", mas
sim em exprimir-me eficazmente, tendo como objectivo a evolução satisfatória e realista da situação.
É necessário, então:
Saber que tipo de comportamento provoca esta reacção;
Evitar a mímica e a entoação contrária às palavras;
Tentar descrever as próprias reacções, em vez de avaliar as acções dos outros;
Exprimir-se de forma positiva em vez de desvalorizar, julgar, criticar, ridicularizar ou fazer interpretações,
facilitando a expressão dos sentimentos dos outros.
O comportamento assertivo resulta na fusão de quatro factores:
Bom contacto visual
Tom de voz neutro
Atenção à linguagem, e Postura aberta.
As pessoas assertivas sabem ouvir os outros, admitem os seus pontos de vista e procuram de forma
construtiva cooperar com estes. Relacionamento interpessoal
Um líder assertivo não pressiona, manipula ou culpabiliza os elementos da equipa, aceita que estes
possam ter reacções positivas ou negativas e sabe dar feedback construtivo, porque tem autoconfiança
em si próprio.
Vantagens da Comunicação Assertiva
Está na base de relacionamentos honestos e saudáveis;
É o comportamento requerido para resultados “ganhar-ganhar” numa negociação, na resolução de
conflitos, na vida profissional e familiar diária;
Produz a sensação de bem-estar no ambiente profissional e familiar;
Traduz-se em melhores resultados para o próprio e para o grupo;
Evita os conflitos e o desgaste nas relações.
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1.4.3.Empatia e disponibilidade
A empatia é a capacidade para se colocar na "pele" da outra pessoa e identificar e compreender os seus
sentimentos.
Se reconhecemos sempre motivos para nós termos agido de uma dada forma, os outros também devem
beneficiar da mesma premissa - por muito que o seu comportamento nos pareça criticável ou sem
sentido.
Neste sentido, a empatia é o oposto do juízo de valor: em vez de se julgar o comportamento de alguém
com base num traço negativo de personalidade, procura-se compreender o comportamento da pessoa.
A empatia é um "ingrediente" fundamental para estabelecermos relações de proximidade e intimidade
com alguém. Vejamos as vantagens da empatia:
A comunicação torna-se mais clara, pois diminuem as interpretações incorrectas dos comportamentos e
os conflitos são menos frequentes e melhor resolvidos. Relacionamento interpessoal
Ao compreendermos o outro e "vermos o seu interior", também nos descobrimos muitas vezes a nós
próprios (percebemos que muitos dos nossos medos e inseguranças são partilhados pelos outros
Ajuda o outro a sentir-se compreendido e motivado para colaborar connosco; sobretudo, é útil em
situações como acalmar alguém à beira de uma situação de descontrolo ou numa situação de elevada
desmotivação
Por vezes, a empatia é confundida com concordar, desculpar ou dar razão à outra pessoa. Este é um
equívoco: quando empatizamos com alguém, compreendemos o seu comportamento, mas não implica
que concordemos com ele. A empatia não implica uma perspectiva passiva face ao comportamento do
outro; pelo contrário, depois de empatizarmos com alguém e compreendermos a sua perspectiva,
estamos em melhores condições de fazer a nossa avaliação do seu comportamento.
É nesta altura que podemos emitir a nossa opinião e/ou crítica. Por isso, muitas vezes, devemos ser
primeiro empáticos e depois assertivos.
1.4.4.Capacidade de partilhar, cooperar e acompanhar
Tal como todos os grupos, as equipas desenvolvem-se enquanto trabalham juntas. A transformação
numa equipa eficaz exige esforço e tempo. A orientação, a consciencialização dos membros da equipa e o
estado da equipa estão num processo contínuo.
De forma a ser eficaz, os grupos devem crescer através deste processo. Para uma equipa é fundamental
saber que, como equipa, terão de passar por esse processo, ter consciência do processo e saber onde
estão exactamente localizados.
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| Manual de Formação
No princípio, a maioria das equipas estão quase exclusivamente concentradas na tarefa, no resultado ou
no objectivo. Toda a gente quer contribuir com as suas ideias, Relacionamento interpessoal tornando
assim a cooperação quase caótica. Os membros da equipa estão dispostos a viver nesse caos durante um
tempo, mas, brevemente, crescerá uma necessidade de restabelecer a ordem.
A equipa precisa de estruturar um pouco mais o processo de cooperação, de procurar uma clareza nos
papéis que cada um desempenha: “Quem tentará coordenar as reuniões? Quem gerirá o tempo?
A orientação da equipa passará então por procedimentos capazes de estruturar o caos: Como é que
canalizamos todas estas ideias, contribuições, etc.?
A cooperação torna-se mais formal, as pessoas falam quando têm permissão para o fazer, os processos
de tomada de decisão são mais rígidos, etc.
A partir do momento em que os membros da equipa sentem que são capazes de trabalhar de forma
flexível com estes procedimentos, estão prontos a avançar para a nova fase: dar feedback sobre o
comportamento de todos e falar abertamente sobre emoções e sentimentos.
1.4.5.Recolher contributos das entidades envolvidas
As reuniões de equipa são um método de comunicação eficaz que podem ter diferentes objectivos:
Transmitir informação;
Consulta;
Tomada de decisões.
A eficácia de qualquer reunião depende de três processos:
Uma preparação adequada;
Uma liderança adequada; Relacionamento interpessoal
Uma avaliação de como decorreu a reunião e de quais as lições que podem ser retiradas e usadas em
reuniões futuras.
Uma boa preparação de uma reunião depende de um conjunto de princípios básicos. Uma reunião só
será bem-sucedida se:
• Todas as pessoas que participarem na reunião receberem toda a informação necessária a tempo;
• Todas as pessoas trouxerem consigo essa informação para poder contribuir de forma construtiva;
• No início da reunião todos os participantes acordarem sobre o objectivo da mesma.
Isto significa, em particular, que:
• O objectivo da reunião tem de ser definido;
• Os métodos de atingir este objectivo têm de ser identificados;
• Têm de se tomar em consideração, nesta fase de preparação, as diferenças entre reuniões envolvendo
participantes internos e externos (as reuniões internas poderão, por exemplo, ser menos formais).
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| Manual de Formação
O sucesso de uma reunião depende, em grande medida, da qualidade das contribuições dos
participantes.
Para fazer contribuições de qualidade, cada participante necessita de:
• Ser claro acerca do objectivo da sua contribuição, em relação à sua função e/ou responsabilidades;
• Respeitar os outros participantes e valorizar as suas contribuições;
• Ser capaz de participar em discussões objectivas com outros, no sentido de implementar alterações
construtivas;
• Ser capaz de articular factos de forma que sejam compreensíveis para os outros;
• Compreender e cumprir as regras das reuniões. Relacionamento interpessoal
Para além destas competências gerais, fazer contribuições de qualidade também exige que:
• Quaisquer contribuições estejam claramente relacionados com o assunto em discussão;
• Os participantes falem uns com os outros e não uns dos outros;
• As contribuições sejam curtas e precisas;
• As contribuições estejam relacionadas, se possível, apenas com um assunto;
• As contribuições clarifiquem o assunto em discussão, sendo claras, concisas e relevantes;
• As contribuições incorporem os pontos feitos pelas contribuições anteriores.
Se todas as contribuições cumprirem estes requisitos, é possível criar uma atitude construtiva, permitindo
que a reunião atinja os seus objectivos sem incidentes.
1.4.6.Capacidade de resolução de conflitos e de situações geradoras de ansiedade
No dia-a-dia das organizações e até mesmo de nossas vidas vivemos o conflito de diferentes maneiras:
quantas vezes as pessoas não atravessam o nosso caminho, dificultando ou mesmo impedindo o alcance
dos nossos objetivos?
Assim, o conflito não deve ser visto apenas como impulsionador de agressões, disputas ou ataques
físicos, mas como um processo que começa na nossa percepção e termina com a adopção de uma acção
adequada e positiva.
Os conflitos têm origem na existência de tensões: o nosso dever é estar situado quanto às causas das
mesmas, como por exemplo:
Pela experiência de frustração de uma ou ambas as partes
A incapacidade de atingir uma ou mais metas ou realizar os seus desejos, por algum tipo de interferência
ou limitação pessoal, técnica ou comportamental.
Pelas diferenças de personalidades
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São invocadas como explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de
trabalho, e reveladas no relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra
parte envolvida;
Metas diferentes
é comum estabelecermos ou recebermos metas a serem atingidas e que podem ser diferentes dos de
outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance;
Diferenças em termos de informações e percepções
Tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em
conta que isto ocorre também com o outro lado com quem temos de conversar ou apresentar as nossas
ideias, e que este outro lado pode ter uma forma diferente de ver as coisas.
A utilização do comportamento assertivo pode preparar os líderes e gestores para enfrentar situações de
tensão e choque emocional. Este tipo de comportamento opõe-se à visão tradicional do autoritarismo do
chefe, que negligencia as necessidades, e muitas vezes os direitos, dos seus colaboradores, fornecendo
directrizes para a gestão equilibrada e lúcida das relações interpessoais.
Para lidar com as situações de conflito, o que está subjacente à assertividade é a procura de lucidez na
forma de lidar com o “choque” emocional, percebendo-o como um problema e não tanto como uma
“guerra entre pessoas”. Se a cooperação e a assertividade se sobrepuserem à competição e à
agressividade, os conflitos vão diminuir e as soluções encontradas terão qualidade para a organização e
para as relações interpessoais
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2.Comunicação escrita e oral
2.1.Conteúdos e língua
Qualquer tipo de comunicação é servido por uma determinada linguagem, conceito entendido,
de um modo geral, enquanto comunicação de ideias, experiências e sentimentos.
As linguagens dão inúmeras formas às mensagens, funcionam ao nível da emissão e da recepção,
exercem-se por referência a um código social e são o instrumento de adaptação do indivíduo ao grupo.
Devemos adaptar a linguagem às diversas situações sociais com que nos confrontamos.
A linguagem pode ser formal ou informal. Na vida profissional, emprega-se a linguagem formal,
mais neutra e adequada ao contexto. Atenção: utilizar a linguagem formal não significa falar de modo
elaborado, ao contrário, deve-se falar de modo educado, mas simples.
Quanto ao vocabulário, deve-se ter o cuidado de empregar as palavras com exactidão. A
linguagem ideal no atendimento deve ser simples, aquela que emprega o termo mais conhecido e o
sinónimo mais comum.
Devem-se evitar os termos técnicos, restritos aos profissionais da área, mas, se sua utilização for
inevitável, deve-se explicar o sentido em seguida. Também não se usam gírias, siglas ou termos
afectuosos.
Observe algumas recomendações que tornam a comunicação oral mais eficiente:
Preste atenção ao utilizar Relacionamento interpessoal:
Verbos no condicional: Eu poderia ajudá-lo? (Diga: Eu posso ajudá-lo?) - Quem gostaria
de falar? (Diga: Quem deseja falar?)
Verbos no gerúndio: Vou estar verificando a situação. (Diga: Vou verificar a situação.)
Expressões que demonstrem insegurança: Eu acho / eu penso / talvez / não tenho certeza
/ etc.
Expressões e termos negativos: Não é possível / problema / difícil / dificuldade / etc.
Tratamento íntimo: Querida / minha filha / etc.
Diminutivos: Perguntinha / reuniãozinha / Um minutinho (Diga: Um momento).
Deve-se procurar utilizar:
Expressões que transmitem confiança: Tenho certeza de... / Posso afirmar que...
Expressões que demonstrem empatia: Entendo / Compreendo / O senhor tem razão.
O princípio em que assenta a correcção da linguagem é o rigor. A correcção obtém-se quando o
uso da língua obedece às regras gramaticais dessa mesma língua.
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Saber atender por telefone é saber descodificar o tom de voz dos interlocutores, e é também
saber escolher o tom adequado para responder:
nder a escolher o tom adequado para a resposta correcta no momento
apropriado.
O processo, segundo o qual as ideias e a informação são convertidas em mensagens para serem
transmitidas, deverá ser devidamente analisado. Existem duas situações que podem prejudicar uma boa
comunicação:
A inabilidade de pensar clara e logicamente, no que vai ser comunicado, como por exemplo,
dizer: “Os envelopes estão a acabar.”, quando o que pretendia dizer era: “Precisamos de mais envelopes.”
A inabilidade para compreender os interesses e características do interlocutor e moldar a
mensagem, de modo a ganhar toda a sua atenção e compreensão.
Se não conseguiu que percebessem o que pretendia, provavelmente, construiu uma mensagem
para só você receber. Se não apresentar a informação, de forma suficientemente clara e adequada ao
público, este poderá ter dificuldades em seguir a sua linha de pensamento.
Por isso, manter em mente:
unicação;
da mensagem.
Controlar a comunicação:
-a logicamente;
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2.2.Linguagem corporal
A Comunicação não-verbal realiza-se através de códigos apresentativos (os códigos usados para
produzir textos são os códigos representativos).
É a comunicação que não é feita com sinais verbais, nem com a fala ou com a escrita e é possível
na medida em que as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais,
os gestos, os olhares, as entoações são também importantes: são os elementos não-verbais da
comunicação.
Esta limitada à comunicação “frente-a-frente”, sendo que os significados de determinados gestos
e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.
Podemos identificar dez códigos como sendo os mais importantes:
1. Contacto corporal
2. Proximidade
3. Orientação
4. Aparência
5. Movimentos da cabeça
6. Expressão facial
7. Gestos (ou quinese)
8. Postura
9. Movimento dos olhos e contacto visual
10. Aspectos não-verbais do discurso
Contacto corporal
O contacto corporal é a forma mais primitiva de acção social e pode traduzir os mais diversos
gestos; abraços, carícias, beijos, apertos, pancadas, etc.
Tem duas vertentes: o acto de tocar e o acto de ser tocado. No acto activo predomina a dimensão
exploratória, ao passo que no acto passivo predomina a recepção dos sinais provenientes de um agente
exterior.
Este sinal não-verbal assume usos e significados diversos consoante as diferenças interculturais:
por exemplo, na cultura inglesa e japonesa o contacto corporal é escasso, ao passo que nas culturas
africanas e árabe o vemos muito mais amplamente utilizado.
Em termos gerais, poder-se-á considerar que a frequência do contacto físico transmite,
habitualmente, um sentido de intimidade, uma vez que em grande parte das culturas ele é usado nas
mais diversas efusões de afecto entre membros de uma família.
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Proximidade ou Distância interpessoal
Algumas teorias defendem que existe um grau óptimo de distância física entre as pessoas. É o
caso da teoria do equilíbrio, que defende que o espaço pessoal varia com a intimidade entre os
indivíduos e que quanto mais íntimos, mais os indivíduos tendem a aproximar-se.
Considerando esta variação "territorial", de distância pessoal, podemos falar, em quatro tipos de
distâncias: intima, pessoal, social e pública.
Distância íntima
Refere-se a uma relação de compromisso com outra pessoa. A presença do outro causa um
impacto sobre o sistema perceptivo, estendendo-se até cerca dos cinquenta centímetros para lá do corpo
físico e "é uma verdadeira zona interdita”, onde o nosso odor e a nossa temperatura estabelecem os
limites.
Nessa zona "perigosa" deixamos entrar os seres dos nossos afectos e defendemo-nos das
ofensivas por uma rigidez muscular e um olhar vago e longínquo.
Distância pessoal
Varia até aos cento e cinquenta centímetros. É uma distância não esférica, que exige maior
comprimento para a frente do que para os lados ou para trás. Talvez porque, inconscientemente, a
distância "cara a cara" seja mais inibidora e potencialmente mais perigosa que a "lado a lado".
Distância social
Rege sobretudo o nosso comportamento profissional e varia entre os cento e vinte e os trezentos
e sessenta centímetros. Pode situar-se na distância das negociações impessoais e no carácter formal das
relações sociais.
Inconscientemente, gerimos esta distância segundo a cultura do local de trabalho, segundo o
estatuto social dos interlocutores. Essa distância social pode variar.
Distância pública
Situa-se fora do circuito imediato de referência do indivíduo e implica diversas transformações
sociais. Para além dos três metros e meio. Usa-se um estilo formal no vocabulário. Muito frequente nas
personalidades oficiais importantes, tom de voz elevado e muitos gestos. Revela igualmente o nosso
medo das multidões.
Orientação
O ângulo em que nos colocamos relativamente aos outros é uma forma de emitir mensagens
sobre o relacionamento. Olhar alguém de frente pode ser indicador de intimidade ou intimidação.
Em relação à orientação, podemos explicar que é o ângulo em que as pessoas se situam no
espaço uma em relação à outra, e comunicam assim as suas atitudes interpessoais.
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A orientação “cara a cara” e “lado a lado” são as mais utilizadas no decurso de uma interacção.
Numa relação íntima haverá uma orientação “lado a lado” enquanto que numa relação hierarquizada a
orientação será “cara a cara”.
Aparência
Este código é dividido em duas partes: os aspectos de controlo voluntário (cabelo, vestuário, pele)
e os menos controláveis (altura, peso). A aparência é utilizada para enviar mensagens sobre a
personalidade e o estatuto social.
Movimentos da cabeça
Estes têm a ver, principalmente, com a gestão da interacção.
Um assentimento pode dar licença para se continuar a falar enquanto movimentos rápidos da
cabeça podem significar desejo de falar.
Expressão facial
Esta pode dividir-se em subcódigos de posição das sobrancelhas, formato dos olhos, formato da
boca e tamanho das narinas.
Estes elementos, em diferentes combinações, determinam a expressão do rosto. A expressão
facial revela menos variações interculturais do que a maioria dos códigos apresentativos.
Comportamento mímico do rosto
O rosto é o canal privilegiado da comunicação e da expressão das emoções. A mímica facial
desempenha, por isso, diversas funções:
nvia sinais inerentes à interacção em curso;
Durante a interacção social, o rosto participa activamente nas tocas interpessoais em estreita
combinação com a linguagem: aquele que fala acompanha as palavras expressões faciais que têm o fim
de sublinhar, acentuar e modular os significados; o ouvinte, por sua vez, exprime as suas reacções por
meio de pequenos e rápidos movimentos dos lábios, dos sobrolhos, etc.
As seis emoções básicas serão a felicidade, a surpresa, a tristeza, o receio, o desgosto e a raiva
que se associam aos movimentos musculares do rosto, constituindo os sinais inatos, e compreendidos
universalmente.
Gestos (ou quinese)
A comunicação gestual é responsável pela primeira impressão de uma pessoa. Estudos concluem
que 55% da mensagem é transmitida via linguagem corporal, a voz é responsável por 38% e as palavras
apenas por 7%.
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A linguagem corporal corresponde a todos os movimentos gestuais e de postura que fazem com
que a comunicação seja mais efectiva. A gesticulação foi a primeira forma de comunicação.
Com o aparecimento da palavra falada os gestos foram tornando-se secundários, contudo eles
constituem o complemento da expressão, devendo ser coerentes com o conteúdo da mensagem.
A mão e o braço são os principais transmissores do gesto, sendo os gestos dos pés e cabeça
também importantes.
O gesto intermitente, enfático, para cima e para baixo, indica frequentemente uma tentativa de
domínio, enquanto gestos mais fluidos, contínuos e circulares indicam o desejo de explicar ou de
conquistar simpatia.
Postura
A postura é um sinal que participa no processo comunicativo. Vários tipos de posturas existem
nas diversas culturas, havendo determinadas posturas que estão ligadas a situações específicas de
interacção. Por exemplo, numa cerimónia religiosa as pessoas ajoelham-se.
Uma boa postura é fundamental para uma boa produção vocal. Para conseguir uma boa postura
devemos fazer com que a sustentação e o equilíbrio do nosso corpo estejam de acordo com as leis da
gravidade. Devemos procurar manter um equilíbrio de forma a sentir "o peso do nosso corpo entre os
dois pés.
Movimento dos olhos e contacto visual - O comportamento visual
O poder do olhar pode assumir diversas formas e sugestões:
Neste contexto destacam-se três peculiaridades do olhar: a sua evidência, o seu poder activante e
a sua capacidade de envolver o interlocutor.
Além da proximidade física, do tom de voz, da expressão sorridente do rosto e do carácter
pessoal do tema da conversação, a comunicação visual é também uma componente da intimidade.
Há, por outro lado, a experiência de ser olhado: tal experiência pode ser agradável se durar
pouco, ou incómoda e susceptível de provocar ansiedade quando se prolonga.
2.3.Estilos de linguagem
Para que a comunicação possa efectivar-se de facto é preciso utilizar um tipo de linguagem
adequada ao interlocutor. A linguagem deve ser adequada tanto na forma como no vocabulário.
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Consoante o contexto de utilização e os destinatários da mensagem, podemos adoptar diferentes
estilos de linguagem, os quais se traduzem nos seguintes registos:
Estilo cuidado
m situações formais, em que os interlocutores são considerados falantes
social e culturalmente bem posicionados.
discursos políticos, etc.
-se de um registo que se actualiza frequentemente na escrita, pelo que se caracteriza pelo
rigor sintáctico, pela riqueza do vocabulário de tipo erudito e pelo uso de formas de tratamento
adequadas ao contexto.
Estilo corrente
os os falantes, independentemente do seu nível
sociocultural, pelo que se adequa, entre outros, aos meios de comunicação, nomeadamente aos
contextos informativos.
-se pela correcção morfossintáctica e pelo uso de um
vocabulário do conhecimento geral.
Estilo familiar
preocupação com a correcção linguística é menor e o vocabulário utilizado é simples, incluindo
frequentemente palavras e expressões familiares, bem como calão.
Estilo popular
-se pela ocorrência de incorrecções sintácticas e de pronúncia, deturpando-se
muitas vezes as palavras, bem como a utilização de arcaísmos.
-se a expressões proverbiais.
associado a camadas populares da sociedade.
Gíria:
-se pelo
recurso a termos de uso e significação restritos ao conhecimento dos membros do respectivo grupo.
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rfistas, dos pescadores, etc.
-se que, linguisticamente, o que particulariza cada uma delas é a especificidade do
vocabulário criado e usado por cada grupo para dar resposta às suas necessidades específicas,
representando este um factor de identificação e de coesão do grupo.
Calão:
grosseiros e obscenos, ocorrendo normalmente noutro registo.
s marginais, pelo que
pode representar a própria gíria de marginais.
Linguagem técnica e científica:
2.4.Ajustar a linguagem ao objectivo da informação
A comunicação escrita é um instrumento indispensável porque se mantém, explicando-nos
percursos das ideias e da História; porque é mais precisa que a oralidade, sendo cada palavra uma
unidade significativa.
Pesquisa e selecção da informação
Conhecer, compreender e avaliar a mensagem faz parte do processo de pesquisa e recolha da
informação.
Consultar os sítios adequados na Internet, as publicações técnicas específicas, outros documentos
anteriormente escritos, ouvir a opinião de outros indivíduos e ver as nossas próprias anotações é
pesquisar e recolher informação que enriquecerá o texto que pretendemos elaborar.
Neste processo, importa registar todos os dados informativos para possível utilização futura.
Após realizada a pesquisa e recolha de informação, devemos identificar as ideias-chave que iremos
considerar para o texto que pretendemos produzir.
A fórmula LOREC
Um primeiro conjunto de regras a ter em conta está contido na fórmula LOREC, que significa:
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A existência de ideias e a capacidade de desenvolver raciocínios não são suficientes para escrever.
É necessário dominar as regras do discurso escrito, atender ao fio condutor que interliga as diferentes
partes, planear a introdução, o desenvolvimento e a conclusão do discurso.
Temos de traduzir o que pretendemos comunicar, adquirindo competências para que tal
aconteça e, na comunicação escrita, privilegiar os textos de estrutura simples, curtos e concisos.
Organizar as ideias
Há que organizar as ideias, dando-lhes uma ordem que permita a adequação das partes ao todo
e estabelecer prioridades. Deve-se combater a tentação de escrever tudo no mesmo texto.
Argumentação e persuasão
Utilizar a técnica da argumentação – servirmo-nos de raciocínios para daí tirarmos consequências
– para chegar a uma conclusão precisa, permitindo a melhor aceitação dos outros, faz com que o discurso
escrito seja mais persuasivo.
Informar para levar á acção
Devemos utilizar duas estratégias para convencer alguém e influenciar a sua vontade:
confirmados;
interesses e necessidades.
Privilegiar a assertividade
Na comunicação escrita, tal como para a comunicação oral, deve privilegiar-se um estilo assertivo.
Relembremos que a assertividade ou auto-afirmação é, sinteticamente, a capacidade de nos
expressarmos aberta e honestamente, sem negarmos os direitos de outrem.
REGRAS PARA REDIGIR
O texto deve ter títulos, subtítulos e/ou antetítulos, com tamanhos e tipos de letra diferenciados.
Deve dizer-se o fundamental num resumo efectuado, no 1º parágrafo (lead).
A estrutura do texto deve ser simples, evitando palavras difíceis e utilizando frases curtas, incisivas
e simples. Incluir gravuras, fotos, gráficos, de forma equilibrada.
É importante dar o texto a ler a outras pessoas, privilegiando o trabalho em equipa, e corrigir o
que estiver pouco claro.
Reflectir, em primeiro lugar, sobre o que pretendemos escrever e a quem se destina,
“desembrulhando” ideias, anotando tudo o que nos vier à cabeça, delineando linhas de argumentação e
unificando o fio condutor do texto.
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Seguidamente, devemos reunir os materiais necessários e detectar as ideias-chave, estabelecer
prioridades e ver formas de destacar as ideias principais.
Estamos, agora, em condições de redigir um primeiro projecto, de acordo com o plano
previamente elaborado.
Para aumentar a leitura ter em atenção:
O título:
É o resumo do texto, deve incitar à leitura; ter entre seis a doze palavras; fazê-lo no final; apelar à acção.
Os subtítulos:
Destacarem-se no meio do texto; escolhê-los depois do texto; articularem-se entre si, dando uma
perspectiva do conjunto do texto; em cada folha A4 utilizar dois ou três subtítulos.
O texto:
Começar com um parágrafo destacado (lead); utilizar colunas para permitir melhor e mais rápida leitura;
salientar palavras, frases ou parágrafos com caixas, sublinhados, etc.
Os parágrafos:
Deixar espaço dobrado entre parágrafos; Utilizar espaçamento para melhor leitura; o primeiro parágrafo
não deve ultrapassar cerca de dez linhas.
As frases:
Cerca de quinze palavras por frase; estrutura gramatical simples.
As palavras:
Evitar palavras difíceis, muito grandes ou demasiado técnicas; descodificar siglas; utilizar os tempos
verbais no presente, por estimular a acção; usar a primeira pessoa do plural para implicar o leitor.
As letras:
Usar letras de corpo doze.
A apresentação:
Ilustrar sempre que possível; a página deve ser agradável ao olhar; não “encher” em excesso para que o
texto respire; utilizar a cor.
2.5.Clara selecção e identificação dos destinatários
Quem escreve precisa de dominar o texto e de responder, para cada documento, a quatro
perguntas de partida:
• Para quem escrevo?
• Que problemas e necessidades têm essas pessoas?
• Qual é o objectivo da estrutura?
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• Que linguagem devo usar? Ao escrever devemos assumir a nossa condição, utilizando
conteúdos ricos na mensagem que queremos propagar, mas não esquecendo que devemos igualmente
escrever textos atraentes, com imagens que ajudem à leitura do receptor.
Como sempre, a maior preocupação está centrada na eficácia, que só poderá acontecer se se
pensarem nos objectivos e no tipo de público a quem se destina.
Os conteúdos das mensagens que caracterizam a Comunicação Interna nas empresas são mais ou
menos especializados, consoante a natureza das funções que são exercidas pelos seus colaboradores.
Informação Administrativa
É constituída por todas as informações que irão ser seleccionadas e organizadas para poderem
conduzir à tomada de decisões pela gestão, como por exemplo, a informação contabilística.
Informação Técnico Comercial
É o conjunto de informações que dizem respeito às características tecnológicas dos produtos, os
seus preços, margens, segmentos de mercado e procedimentos utilizáveis pelo departamento comercial
nos seus contactos com os clientes.
Informação de Gestão
São todos os dados constituídos por indicadores de natureza financeira, económica, técnica e
comercial que permitem a tomada de decisões pela Administração da empresa.
Informação de Integração
É o conjunto das informações técnico-comerciais, financeiras e de gestão, que tendo um carácter
necessariamente geral, não parcelar, permitem fornecer aos públicos da empresa uma “imagem” da
situação actual e da sua evolução no futuro próximo e remoto.
2.6.Escolha do formato a utilizar
Comunicação interna
Para efectuar a comunicação interna poderão ser utilizados diversos formatos:
Cartas
Elemento postal mais importante, constituída por folhas de papel inseridas num envelope, selado
e enviado ao destinatário através dos Correios.
Método que permite enviar e receber mensagens através da internet. Acessível a cada vez um
maior numero de pessoas, tornou-se o método mais usual, económico e rápido de transmitir, enviar ou
receber informação.
Notas internas escritas
Comunicação escrita que circula por entre os funcionários, colaboradores, ou outros interessados
ou envolvidos na organização.
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Telefone
Instrumento de comunicação oral amplamente utilizado, que permite a transmissão de
informações rápidas e económicas. Como permite a conversa “directa” entre vários intervenientes, tem a
vantagem de ter um retorno imediato.
Memorandos
Forma de comunicação escrita entre unidades de uma empresa, sendo utilizada como um
instrumento que agiliza a transmissão de informação.
Newsletter
Termo que designa “Jornal Interno” ou “Boletim informativo” é um tipo de documento (em
suporte papel ou digital) que transmite informações, geralmente sobre um tema ou assunto específico.
Algumas empresas usam-no para fornecer novidades e informações sobre produtos, serviços, clientes,
funcionários, etc.
Ordens de serviço
São comunicações internas que transmitem directrizes para o funcionamento de empresa, sendo
normalmente assinadas pelos funcionários a quem se destinam, de modo a comprovar que os mesmos
tomaram conhecimento.
Comunicações orais
São muitas vezes designadas por “briefings”, e consistem na transmissão oral de informações
para orientar a actuação dos colaboradores da empresa.
Cartazes (gráficos, indicações, sinalética, etc.)
O “cartaz” é um suporte, normalmente em papel, afixado de forma que seja visível em locais
públicos. A sua função principal é a de divulgar informação visualmente. É usado para propaganda,
publicidade ou simplesmente para a comunicação.
Comunicação externa
A comunicação externa de uma empresa pode ser feita de várias formas, com recursos escritos,
orais ou visuais. Entre os mais usuais referem-se:
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2.7.Formas de arquivo
Em termos empresariais, o arquivo designa:
junto de tarefas que a nível individual, de grupo ou de sector, asseguram a organização
sistematizada da informação/documentação, a sua conservação, o seu acesso e consulta;
classificação e durante períodos de tempo predeterminados pela lei ou pelas suas conveniências.
O circuito documental é o percurso que os documentos fazem dentro da instituição desde a sua
entrada (quando são documentos produzidos no exterior) ou desde a sua produção (quando são
documentos produzidos pela própria instituição).
O desenhar do circuito documental exige um conhecimento profundo da instituição porque o seu
principal objectivo é racionalizar e reduzir o percurso dos documentos dentro da organização.
De um modo geral o circuito documental é constituído pelas seguintes fases:
- resposta;
Depois de entrados no circuito documental, é fundamental a existência de instrumentos de
descrição e pesquisa que deverão ser concebidos em sintonia com a classificação, de maneira a
permitirem pesquisas diferenciadas e complementares umas das outras.
Uma vez que todo o sistema de arquivo tem que se adaptar às variadas condições em que opera
a empresa, começando por apreciar os seguintes elementos:
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o;
Para organizar um arquivo é necessário:
documentos que são criados no decorrer da actividade da empresa.
Os dossiers formam-se quando interessa juntar informação sobre um assunto específico. Na
maioria dos serviços a sua conservação é efémera, embora existam algumas excepções, como por
exemplo os dossiês de imprensa num gabinete de relações públicas.
O melhor sistema de arquivo para os dossiês, será a sua conservação num disco óptico. Os
documentos seleccionados (que procedem de processos administrativos, recortes de imprensa, notas
manuscritas, etc.) podem ser digitalizados com o scanner e conservados em disco o tempo necessário
para utilizar a informação.
Se não existe equipamento informático adequado, ou se o volume de documentação não justifica
a alteração de suporte, os dossiês em suporte papel devem ordenar-se pelo assunto de que tratam. Mas
para tal, há que estabelecer um índice que permita a sua rápida recuperação ou a inclusão de um novo
dossiê.
Não é aconselhável dar uma ordem alfabética, sem a existência de um índice prévio, já que a
denominação do dossiê nunca é muito clara no momento da sua criação e pode ser chamado de formas
diferentes com o passar do tempo.
Na arrumação física dos dossiês é aconselhável utilizar ficheiros suspensos, prevendo a
incorporação de folhetos informativos, catálogos, fotografias ou outro material que não seja conveniente
perfurar.
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PARTE 3
Conclusão
Parte 3 - Conclusão
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Conclusão
A Unidade de Formação de curta Duração 0403_Relacionamento Interpessoal podemos abordar
os diversos tipos de interlocutores no processo de relacionamento interpessoal no contexto
organizacional. Aferimos um conjunto de características fundamentais que o profissional deve
desenvolver para atingir o sucesso profissional tendo em conta os factores pessoais, organizacionais e
relacionais.
O relacionamento interpessoal é fundamental para a eficácia de uma negociação mas para isso, o
individuo deve trabalhar aspectos como a sua auto-estima, motivação.
Um outro item fundamental no relacionamento interpessoal é a comunicação. Comunicar não é
apenas exprimir um conjunto de vocábulos. Comunicar é transmitir as ideias e ser compreendido. “A
Comunicação Eficaz trabalha a informação correta com base em referências seguras, com ações
estratégicas para melhorar a qualidade das opiniões individuais e promover mudanças significativas para
a harmonização dos interesses e criação de atitudes positivas em relação a sua empresa e seus negócios.
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"
(William Shakespeare)
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Bibliografia
Fachada, M. O., Psicologia das relações interpessoais, Edições Sílabo, 2010
Leite, A. G., Relações interpessoais e comunicação, Ed. CECOA, 2008
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Nota
Os conteúdos deste manual de formação são da exclusiva responsabilidade da formadora Susana
Marques.
As fontes mencionadas foram fornecidas pelo autor.
Os direitos são cedidos pelo autor à Bestcenter para efeitos de reprodução e disponibilização aos
formandos em frequência do curso de Relacionamento Interpessoal.