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Manual Quadro Da Psicologia Evolutiva

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Manual Quadro Da Psicologia Evolutiva

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Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

Objectivo(s)Objectivo(s)Objectivo(s)Objectivo(s) - Reconhecer os princípios básicos de psicologia evolutiva, dando particular ênfase à

velhice como etapa do desenvolvimento humano.

- Reconhecer, caracterizar e distinguir as diferentes redes de apoio disponíveis e

possíveis de serem utilizadas junto de pessoas idosas.

- Reconhecer a importância das pessoas idosas na forma como contribuem para uma

cidadania interveniente e responsável.

ConteúdosConteúdosConteúdosConteúdos

Velhice Velhice Velhice Velhice ---- psicologia evolutivapsicologia evolutivapsicologia evolutivapsicologia evolutiva

• A velhice no quadro da psicologia evolutiva

− Conceito de psicologia evolutiva

− Conceito de tarefas evolutivas

− O estudo da velhice no campo da psicologia evolutiva

− O estudo científico do processo de envelhecimento

Redes de apoioRedes de apoioRedes de apoioRedes de apoio

• As pessoas idosas e o meio ambiente

− A diversidade do meio ambiente

− A família e a comunidade

− As Instituições formais

. caracterização e natureza das Instituições formais

. institucionalização das pessoas de idade

. a vida quotidiana nas Instituições

Grupos e Instituições de ajudaGrupos e Instituições de ajudaGrupos e Instituições de ajudaGrupos e Instituições de ajuda

• Da família aos amigos: a presença da rede informal

• As novas formas de solidariedade

− Formais

− Informais

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Velhice Velhice Velhice Velhice ---- psicologia evolutivapsicologia evolutivapsicologia evolutivapsicologia evolutiva A velhice no quadro da psicologia evolutivaA velhice no quadro da psicologia evolutivaA velhice no quadro da psicologia evolutivaA velhice no quadro da psicologia evolutiva

Conceito de psicologia evolutivaConceito de psicologia evolutivaConceito de psicologia evolutivaConceito de psicologia evolutiva

� É um termo que “refere uma determinada forma de aplicar a teoria evolutiva

da mente, com ênfase na adaptação.”

Steven Pinker

� Segundo a Psicologia Evolutiva o cérebro consistirá num conjunto de

mecanismos funcionais psicológicos que evoluíram, e continuam a evoluir, por

selecção natural.

A psicologia evolutiva estuda a forma como as pessoas mudam ao longo da sua

vida. Compreende o estudo do ciclo vital, observa a forma como as acções do

indivíduo se alteram e como este se relaciona com o ambiente que também está em

constante mudança.

Assim…

A Psicologia Evolutiva é a disciplina científica que estuda o comportamento

humano enquanto instrumento de adaptação da nossa espécie ao meio ambiente.

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Segundo a psicologia evolutiva, os nossos processos cognitivos são superiores

aos processos biológicos e culturais. O raciocínio humano, como acontece hoje, é

fruto das pressões evolutivas, relacionadas com as necessidades de sobrevivência dos

nossos antepassados.

O principal objectivo da Psicologia Evolutiva:O principal objectivo da Psicologia Evolutiva:O principal objectivo da Psicologia Evolutiva:O principal objectivo da Psicologia Evolutiva:

Identificar a evolução das adaptações emocionais e cognitivas que representam a

“natureza humana psicológica.”, isto é, estudar e perceber de que forma os humanos

tiveram de evoluir de forma a poderem adaptar-se às condições e situações que lhes

surgem ao longo da vida.

Princípios da Psicologia Evolutiva:Princípios da Psicologia Evolutiva:Princípios da Psicologia Evolutiva:Princípios da Psicologia Evolutiva:

� O cérebro é um sistema físico que funciona como um computador. Os seus

circuitos são criados para gerar comportamentos apropriado às circunstâncias

ambientais.

� Os nossos circuitos neuronais foram seleccionados de forma natural para

resolver problemas/questões que os nossos antepassados enfrentaram durante

a história evolutiva da nossa espécie.

� A consciência é apenas a ponta do ice-berg, a maioria das coisas que se passa

na nossa cabeça está escondida de nós próprios. Em resultado disso, a nossa

consciência pode fazer-nos crer que um problema é muito simples de resolver,

quando pode ter requerido processos muito complexos.

� Existem diferentes circuitos neuronais especializados na resolução de

diferentes problemas adaptativos.

� A nossa mente moderna alberga uma mente da idade da pedra.

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Conceito de tarefas evolutivasConceito de tarefas evolutivasConceito de tarefas evolutivasConceito de tarefas evolutivas

É a forma como o ser humano resolve os desafios da vida que conduz ao seu

desenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimento.

A vida dos seres humanos desenvolve-se por etapas que constituem o ciclo de

vida. Ao longo dessas etapas, o indivíduo vai-se confrontando com tarefas, desafios

que tem de ultrapassar, para passar à etapa seguinte.

A resolução da tarefa evolutiva depende das necessidadesnecessidadesnecessidadesnecessidades e características características características características

individuais individuais individuais individuais e das pressões externaspressões externaspressões externaspressões externas, e prepara o indivíduo para a etapa de

desenvolvimento seguinte, gerando ajustamento pessoal e socialajustamento pessoal e socialajustamento pessoal e socialajustamento pessoal e social, o que se considera e

chama de maturidade.maturidade.maturidade.maturidade.

As tarefas evolutivas são desafios normativos associados à idade cronológica. Esses As tarefas evolutivas são desafios normativos associados à idade cronológica. Esses As tarefas evolutivas são desafios normativos associados à idade cronológica. Esses As tarefas evolutivas são desafios normativos associados à idade cronológica. Esses

desafios são influenciaddesafios são influenciaddesafios são influenciaddesafios são influenciados por:os por:os por:os por:

� Maturação biológica

� Pressão da sociedade, expectativas sociais

� Desejos e aspirações pessoais

� Oportunidades e competências

� Valores que fazem parte da personalidade do indivíduo.

Exemplos de tarefas evolutivasExemplos de tarefas evolutivasExemplos de tarefas evolutivasExemplos de tarefas evolutivas

Idade adulta inicial (18 a 35 anos)Idade adulta inicial (18 a 35 anos)Idade adulta inicial (18 a 35 anos)Idade adulta inicial (18 a 35 anos)

� Constituição de família

� Início e conquista da carreira profissional

� Responsabilidades cívicas e comunitárias

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Idade adulta média (35 a 60 anos)Idade adulta média (35 a 60 anos)Idade adulta média (35 a 60 anos)Idade adulta média (35 a 60 anos)

� Culminância da carreira profissional

� Educação dos filhos

� Manter o padrão de vida alcançado

� Adaptação à velhice dos pais

� Adaptação às mudanças fisiológicas da idade

Velhice (depois dos 60 anos)Velhice (depois dos 60 anos)Velhice (depois dos 60 anos)Velhice (depois dos 60 anos)

� Afastamento dos papéis adultos

� Ajustamento às perdas físicas e sociais da velhice

� Reforma

� Ter mais tempo livre

� Perda de capacidades físicas

A realização das tarefas evolutA realização das tarefas evolutA realização das tarefas evolutA realização das tarefas evolutivas de cada estádio de desenvolvimento é ivas de cada estádio de desenvolvimento é ivas de cada estádio de desenvolvimento é ivas de cada estádio de desenvolvimento é

considerada um indicador de maturidade.considerada um indicador de maturidade.considerada um indicador de maturidade.considerada um indicador de maturidade.

Ciclo de vida e os desafios de cada etapaCiclo de vida e os desafios de cada etapaCiclo de vida e os desafios de cada etapaCiclo de vida e os desafios de cada etapa

� Desde que nascemos até ao momento da nossa morte, o ciclo que a nossa vida

percorre compõe-se de várias etapas de desenvolvimento.

� Cada uma dessas etapas corresponde a um nível de capacidades e a um nível

de desafios dado que, quando possuímos certas capacidades se espera que

cumpramos determinadas tarefas.

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Período da InfânciaPeríodo da InfânciaPeríodo da InfânciaPeríodo da Infância

� A infância é o período durante o qual desenvolvemos mais rapidamente um

variadíssimo conjunto de capacidades.

� A infância é um período de dependência relativamente aos adultos

(normalmente os progenitores) e durante esta etapa espera-se que a criança se

ocupe a aprender algumas competências básicas que são consideradas

fundamentais para a adaptação à vida adulta.

� A leitura, a escrita e as competências de cálculo são instrumentos que se

espera que adquiramos durante a infância, pois são considerados essenciais

para a nossa independência, para uma comunicação mais ampla e eficaz e

para a realização das escolhas formativas e profissionais que virão a ser

exigidas mais à frente.

� Esta é também uma importante etapa de socialização e de construção de

valores. As crianças aprendem a relacionar-se, cumprir regras, a partilhar e a

defender-se. Também neste plano tudo acontece de forma muito rápida e

exigente.

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Período da AdolescênciaPeríodo da AdolescênciaPeríodo da AdolescênciaPeríodo da Adolescência

� A adolescência corresponde a um período em que o indivíduo prossegue no

caminho da autonomização, muito embora se mantenha a dependência. Na

nossa sociedade, actualmente, prevê-se que um adolescente continue a

investir o seu tempo e o seu esforço na sua educação, de forma a construir a

sua futura autonomia.

� Já na posse de capacidades de pensamento abstracto e formal, o adolescente

está em condições de apreender conhecimentos de maior complexidade.

� As alterações que se operam ao nível hormonal e da estrutura corporal são

acompanhadas de impulsos e fortes motivações para o estabelecimento de

relações íntimas e para a descoberta da sua sexualidade.

� As necessidades identitárias e de integração em grupos de pertença tornam-se

também imperativas e esse movimento de aproximação e de afinidade com os

pares é simultâneo a um afastamento relativamente à influência normativa

dos pais/educadores.

� Todos estes movimentos produzem muitos conflitos que fazem com que o

processo de autonomização possa tornar-se um percurso muito complicado e

doloroso.

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Idade AdultaIdade AdultaIdade AdultaIdade Adulta

� Entrar na idade adulta significa assumir responsabilidades cívicas e sociais,

estabelecer e manter um padrão económico de vida e ajudar os filhos a serem

futuros adultos responsáveis e felizes.

� Ao mesmo tempo, é importante promover a sua saúde e o seu bem-estar, quer

através da construção de um relacionamento, quer através do

desenvolvimento de actividades de lazer.

� É nesta fase que o desenvolvimento das capacidades atinge o seu apogeu e

começa o declínio. Torna-se por isso necessário aceitar e ajustar-se às

mudanças físicas da meia-idade.

� É igualmente necessário aprender a lidar com a autonomização dos filhos e

com a dependência crescente de pais cada vez mais idosos.

� O sentido de identidade continua a desenvolver-se ao longo da idade adulta e

a busca do sentido da vida assume uma importância fundamental.

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Período da VelhicePeríodo da VelhicePeríodo da VelhicePeríodo da Velhice

� Quando se chega a uma idade avançada há um conjunto de capacidades

físicas e mentais que se foram deteriorando ao longo dos anos.

� Naturalmente, nem todas as pessoas envelhecem da mesma maneira, quer

fisicamente, quer psicologicamente. Há pessoas que mantêm as suas

capacidades durante mais anos enquanto outras apresentam uma deterioração

mais precoce. E aí reside o desafio do envelhecimento saudável.

� A velocidade com que esta deterioração se dá pode ser retardada com hábitos

de vida saudáveis e com um quotidiano activo e estimulante. Fazer uma

alimentação saudável, fazer exercício físico adequado e realizar actividades

social e intelectualmente desafiantes são apenas alguns exemplos de como se

pode envelhecer com qualidade.

� Se ao longo da vida a pessoa não agiu preventivamente, as exigências de uma

velhice minimamente saudável comportam uma mudança de hábitos, por si

só, bastante difícil.

� Deixar de fumar, deixar de beber álcool, beber muita água, seguir uma dieta

pobre em sal e rica em cálcio, são ajustamentos muito comuns que o idoso tem

que fazer.

� O idoso deve também adaptar-se às falhas de memória, às mudanças do sono,

à diminuição da força ou da agilidade para actividades que antes eram fáceis e

às dores.

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� Quando a pessoa se reforma sofre também uma grande alteração nos seus

hábitos de vida, algo que requer também importantes ajustamentos. A pessoa

que se reforma não tem, necessariamente, que ficar inactiva. Pelo contrário. É

muito importante que a pessoa encontre outras actividades que a preencham e

dêem uso aos seus conhecimentos e capacidades.

� Ao reformarmo-nos, abandonamos uma carreira, uma profissão e a forma

como isso nos definiu como pessoa durante anos. Se não encontramos uma

forma de nos mantermos activos, corremos sérios riscos de nos virmos a sentir

inúteis e sem valor.

� Quando há perda de poder económico e passa a haver dependência financeira

relativamente aos familiares mais próximos (principalmente os filhos) essa

sensação de menos-valia é ainda mais acentuada.

� À medida que envelhecemos vamos sendo categorizados socialmente como

“velhos”. A essa categoria são associadas várias características, quase todas

negativas, ou seja, há muitos preconceitos sociais relativamente aos idosos.

� Os idosos são frequentemente percebidos como “um fardo”, como

“regressados à infância”, como “senis”, “casmurros” e “rabugentos”, etc.

� Este ajustamento não é nada fácil e implica encontrar formas de sentir e de

comunicar uma identidade positiva. Implica Igualmente aprender a lidar com

a crescente falta de autonomia e de liberdade que tende a ocorrer.

� Com o passar dos anos, a dimensão da família tende a alargar, mas a família

nuclear vai ficando progressivamente mais pequena à medida que os filhos

vão saindo de casa dos pais. Chega a um ponto em que o casal tem que

reaprender a viver só.

� Por outro lado, quanto mais tempo vivemos, mais pessoas queridas perdemos.

São os familiares, os amigos e, por vezes o(a) nosso(a) companheiro(a). Nem

sempre é fácil aprender a viver sem pessoas que fizeram parte da nossa vida

durante anos.

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� A viuvez é uma perda muito importante que produz transformações muito

grandes na vida da pessoa. Não é apenas nos casais harmoniosos que a

viuvez comporta grande sofrimento. Até nos casais conflituosos o padrão de

permanente atrito desempenha um papel importante na vida afectiva das

pessoas. Também nesses casos a morte de um companheiro produz um

enorme vazio.

� A convivência com a perda relembra e reforça a eminência da própria morte.

Essa é também uma preparação que a pessoa idosa deve fazer de forma a

conseguir continuar a viver tranquilamente e com qualidade.

O estudo científico do processo de envelhecimentoO estudo científico do processo de envelhecimentoO estudo científico do processo de envelhecimentoO estudo científico do processo de envelhecimento

GERONTOLOGIAGERONTOLOGIAGERONTOLOGIAGERONTOLOGIA

A GerontologiaGerontologiaGerontologiaGerontologia é um campo de estudos interdisciplinar que investiga os fenómenos

fisiológicos, psicológicos, sociais e culturais relacionados com o envelhecimento do

ser humano. É um campo multiprofissional e multidisciplinar.

A Gerontologia procura alternativas adequadas de intervenção junto da população

idosa, tendo como perspectiva final a melhoria da qualidade de vida e a manutenção

da capacidade funcional desta população.

GERIATRIAGERIATRIAGERIATRIAGERIATRIA

Geriatria é o ramo da medicina associado ao estudo, prevenção e tratamento das

doenças e da incapacidade em idades avançadas.

A Geriatria é o ramo da medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de

doenças e da incapacidade em idades avançadas. O termo deve ser distinto de

gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si.

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Objectivos da Geriatria:Objectivos da Geriatria:Objectivos da Geriatria:Objectivos da Geriatria:

� Manutenção da saúde em idades avançadas

� Manutenção da funcionalidade

� Prevenção de doenças

� Detecção e tratamento precoce

� Máximo grau de independência

� Cuidado e apoio durante doenças terminais

� Tratamentos seguros

O que é ser velho? O que significa envelhecer?O que é ser velho? O que significa envelhecer?O que é ser velho? O que significa envelhecer?O que é ser velho? O que significa envelhecer?

� Na actualidade, alguns verbetes são usados para designar a idade avançada,

nomeadamente “Velho”, “Idoso”, “Terceira Idade”, “Melhor Idade”, “Idade

Madura”, etc. Essas marcas ou signos conferem certa identidade para as

pessoas nessa fase, havendo, então, a construção social da velhice.

� Para Fontaine (2000), envelhecimento é o conjunto de processos que o

organismo sofre após a sua fase de desenvolvimento.

� Sousa, Figueiredo e Cerqueira (2006), acrescentam que o envelhecimento é um

processo de deterioração endógena e irreversível das capacidades funcionais

do organismo. Trata-se de um fenómeno inevitável e inerente à própria vida.

Processos do envelhecimentoProcessos do envelhecimentoProcessos do envelhecimentoProcessos do envelhecimento

� É constituído por, pelo menos, três processos distintos: envelhecimento

primário, secundário e terciário

(Birren & Cunningham, 1985)

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� O envelhecimento primário diz respeito ao envelhecimento normal,

desenvolvimento livre de doenças durante a idade adulta.

� O envelhecimento secundário refere-se às mudanças no desenvolvimento que

estão relacionadas com doenças, estilos de vida e outras mudanças induzidas

pelo ambiente circundante e que não são inevitáveis (por exemplo a poluição).

� O envelhecimento terciário refere-se às rápidas perdas que ocorrem

repentinamente antes de morrer.

� Todos nós envelhecemos, mas nenhum de nós envelhece exactamente da

mesma maneira.

Simões (2006)

� O mesmo acontecimento através da combinação da componente biológica,

psicológica e sociocultural afecta os sujeitos a diferentes níveis da sua vida,

sendo que cada um de nós é produto de uma combinação única destas três

forças.

(Cavanaugh, 1997)

� Desta forma, o processo de envelhecimento terá de ser analisado numa

perspectiva bio-psicossocial:

(Fonseca, 2005)

� No que diz respeito ao domínio biológico, muitos aspectos do funcionamento

alteram-se à medida que se envelhece, estas mudanças influenciam o padrão

global de saúde, a mobilidade física, o funcionamento cognitivo, etc.

� Quanto ao domínio psicológico, existe um vasto conjunto de fenómenos que

influenciam o processo de envelhecimento, nomeadamente as reacções

emocionais, personalidade, mecanismos perceptivos, aprendizagem, memória

e cognição, estilos de relação interpessoal, controlo, etc.

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Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

� No domínio social e cultural, consideram-se quatro estruturas sociais

determinantes: a família, o trabalho, o estado e a religião.

O processo de envelhecimento é complexo e implica o envelhecimento biológico e

social, a que cada indivíduo se ajusta do ponto de vista psicológico.

Paúl (2005)

Redes de apoioRedes de apoioRedes de apoioRedes de apoio

As pessoas idosas e o meio ambiente

Apoio SocialApoio SocialApoio SocialApoio Social

Barrón (1996)Barrón (1996)Barrón (1996)Barrón (1996)

“Conceito interactivo que se refere às transacções que se estabelecem entre

indivíduos, no sentido de promover o seu bem-estar físico e psicológico”.

Vaz Serra (1999)Vaz Serra (1999)Vaz Serra (1999)Vaz Serra (1999)

“Quantidade e coesão das relações sociais que rodeiam de modo dinâmico um

indivíduo”.

O apoio assumeO apoio assumeO apoio assumeO apoio assume----se como um processo promotor de assistência e ajuda através de se como um processo promotor de assistência e ajuda através de se como um processo promotor de assistência e ajuda através de se como um processo promotor de assistência e ajuda através de

factores de suporte que facilitam e asseguram a sobrevivência dos seres humanos.factores de suporte que facilitam e asseguram a sobrevivência dos seres humanos.factores de suporte que facilitam e asseguram a sobrevivência dos seres humanos.factores de suporte que facilitam e asseguram a sobrevivência dos seres humanos.

O ser Humano é um ser social, as outras pessoas são um aspecto necessário da sua vida, tendo desde o nascimento uma tendência natural para interagir com os outros.

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A REDE SOCIALA REDE SOCIALA REDE SOCIALA REDE SOCIAL

A rede social pessoal diz respeito ao conjunto de todas as relações

percebidas como significativas pelo indivíduo, que incluem os seus vínculos

interpessoais: família, escola/profissão, amizade e comunidade.

Família Amigos

Ocupação Comunidade

REDE SOCIALREDE SOCIALREDE SOCIALREDE SOCIAL

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Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

A Rede Social:A Rede Social:A Rede Social:A Rede Social:

⇒ É essencial na experiência individual de identidade, bem-estar, e competência,

incluindo hábitos de saúde e a capacidade de adaptação a situações de crise.

⇒ Contribui para o seu reconhecimento enquanto indivíduo e para a sua auto-

imagem.

Existem diversas Existem diversas Existem diversas Existem diversas evidências de que a falta de saúde afecta negativamente a evidências de que a falta de saúde afecta negativamente a evidências de que a falta de saúde afecta negativamente a evidências de que a falta de saúde afecta negativamente a

rede, pois restringe a mobilidade do indivíduo para contactar com os outros.rede, pois restringe a mobilidade do indivíduo para contactar com os outros.rede, pois restringe a mobilidade do indivíduo para contactar com os outros.rede, pois restringe a mobilidade do indivíduo para contactar com os outros.

As pessoas idosas e o meio ambienteAs pessoas idosas e o meio ambienteAs pessoas idosas e o meio ambienteAs pessoas idosas e o meio ambiente

O suporte social com qualidade é um dos factores mais importantes, na

adaptação ao processo de envelhecimento e às mudanças daí advindas.

Há muitos idosos autónomos que podem participar activamente no seio da

comunidade demonstrando o elemento válido, activo e útil que ainda são. Porém,

apesar de possuírem as capacidades, nem sempre os idosos se lançam nestas

actividades pela sua própria iniciativa.

O Voluntariado aO Voluntariado aO Voluntariado aO Voluntariado assume um papel principal:ssume um papel principal:ssume um papel principal:ssume um papel principal:

1. Contadores de histórias.

2. Orientadores culturais/turísticos

3. Orientadores em museus

4. Direcção

5. Animadores sociais

6. Professores e alunos

7. Dinamizadores de tradições ancestrais

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Page 18: Manual Quadro Da Psicologia Evolutiva

Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

Funções fora do voluntariado:Funções fora do voluntariado:Funções fora do voluntariado:Funções fora do voluntariado:

1. Consultoria

2. Vigilantes de parques e jardins

Funções do Apoio SocialFunções do Apoio SocialFunções do Apoio SocialFunções do Apoio Social

Wills, em 1985, propôs quatro tipos de apoio social:Wills, em 1985, propôs quatro tipos de apoio social:Wills, em 1985, propôs quatro tipos de apoio social:Wills, em 1985, propôs quatro tipos de apoio social:

• Apoio à estimaApoio à estimaApoio à estimaApoio à estima – um grupo de pessoas contribui para aumentar a auto-estima

do próprio indivíduo;

• Apoio informativoApoio informativoApoio informativoApoio informativo – existem pessoas que estão disponíveis para oferecer

conselhos;

• Acompanhamento socialAcompanhamento socialAcompanhamento socialAcompanhamento social - engloba o apoio conseguido através de actividades

sociais;

• Apoio instrumentalApoio instrumentalApoio instrumentalApoio instrumental - diz respeito a toda a ajuda do tipo físico.

Barrón (1996) sugere um modelo mais simples e integrador: Barrón (1996) sugere um modelo mais simples e integrador: Barrón (1996) sugere um modelo mais simples e integrador: Barrón (1996) sugere um modelo mais simples e integrador:

• O apoio emocO apoio emocO apoio emocO apoio emocional ional ional ional – disponibilidade de alguém com quem se pode falar, e

inclui as condutas que fomentam sentimentos de bem-estar afectivo.

• Apoio material e instrumental Apoio material e instrumental Apoio material e instrumental Apoio material e instrumental – acções ou materiais proporcionados por

outras pessoas e que servem para resolver problemas práticos e/ou facilitar a

realização de tarefas quotidianas.

• Apoio de informação Apoio de informação Apoio de informação Apoio de informação – processo através do qual as pessoas recebem

informações ou orientações relevantes que as ajuda a compreender o seu

mundo e/ou ajustar-se às alterações que existem nele.

Vaz Vaz Vaz Vaz Serra (1999) diferencia seis tipos de funções nomeadamente:Serra (1999) diferencia seis tipos de funções nomeadamente:Serra (1999) diferencia seis tipos de funções nomeadamente:Serra (1999) diferencia seis tipos de funções nomeadamente:

• Apoio afectivoApoio afectivoApoio afectivoApoio afectivo – faz com que as pessoas se sintam estimadas e aceites pelos

outros, apesar dos seus defeitos, erros ou limitações, o que contribui para

melhorar a auto-estima;

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Page 19: Manual Quadro Da Psicologia Evolutiva

Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

• Apoio emocionalApoio emocionalApoio emocionalApoio emocional – corresponde aos sentimentos de apoio e segurança que a

pessoa pode receber e que a ajuda a ultrapassar os problemas;

• Apoio perceptivoApoio perceptivoApoio perceptivoApoio perceptivo – ajuda o indivíduo a reavaliar o seu problema, a dar-lhe

outro significado e a estabelecer objectivos mais realistas;

• ApoioApoioApoioApoio informativoinformativoinformativoinformativo – constitui o conjunto de informações e conselhos que

ajudam as pessoas a compreender melhor situações complexas, facilitando a

tomada de decisões;

• Apoio instrumentalApoio instrumentalApoio instrumentalApoio instrumental – ajuda o indivíduo a resolver problemas através da

prestação concreta de bens e serviços;

• Apoio de convívio social Apoio de convívio social Apoio de convívio social Apoio de convívio social – conseguido através do convívio com outras pessoas

em actividades de lazer ou culturais, que ajuda a aliviar as tensões e faz a

pessoa sentir-se incluída na sociedade e participante de determinada rede

social.

O Apoio Social pode ter dois tipos de efeitos:O Apoio Social pode ter dois tipos de efeitos:O Apoio Social pode ter dois tipos de efeitos:O Apoio Social pode ter dois tipos de efeitos:

·

o efeito directoo efeito directoo efeito directoo efeito directo

O apoio social poderá ter um efeito directoefeito directoefeito directoefeito directo sobre o bem-estar, fomentando a saúde

independentemente do nível de stress, o que significa que quanto maior for o apoio

social menor será o mal-estar psicológico experimentado e quanto menor for o apoio

social maior será a incidência dos transtornos.

o o o o efeito amortecedorefeito amortecedorefeito amortecedorefeito amortecedor

O efeito protector efeito protector efeito protector efeito protector ou amortizador do apoio social manifesta-se sempre que

este actua como moderador de outras forças que também influenciam o bem-estar.

Neste caso, as situações indutoras de stress só teriam efeitos negativos nos

indivíduos que possuíssem um apoio social baixo.

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Page 20: Manual Quadro Da Psicologia Evolutiva

Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

Podemos dividir as redes sociais de apoio em dois grupos principais: Podemos dividir as redes sociais de apoio em dois grupos principais: Podemos dividir as redes sociais de apoio em dois grupos principais: Podemos dividir as redes sociais de apoio em dois grupos principais:

� Redes de apoio formalRedes de apoio formalRedes de apoio formalRedes de apoio formal

� Redes de apoio informalRedes de apoio informalRedes de apoio informalRedes de apoio informal

Redes de apoio formal:Redes de apoio formal:Redes de apoio formal:Redes de apoio formal:

Incluem-se Serviços Estatais, de Segurança Social e os organizados pelo Poder Local

(Lares para a Terceira Idade, Serviços de Apoio Domiciliário, Centros de Dia)

Apoia sobretudo idosos com incapacidades físicas e psicológicas.

Redes de apoio informal:Redes de apoio informal:Redes de apoio informal:Redes de apoio informal:

Incluem-se a família do próprio idoso, os amigos e os vizinhos. A rede de

apoio informal é também chamada rede natural de ajudarede natural de ajudarede natural de ajudarede natural de ajuda.

Apoia os idosos quando há manutenção de autonomia funcional.

As redes sociais de apoio revestem-se de importância crucial nos idosos dado que o

sentimento de ser amado e valorizado, a pertença a grupos de comunicação e

obrigação recíprocas, levam os indivíduos a escapar ao isolamento e ao anonimato.

Principais instituições de prestação de serviços formaisPrincipais instituições de prestação de serviços formaisPrincipais instituições de prestação de serviços formaisPrincipais instituições de prestação de serviços formais

A importância dos serviços geriátricos cresce à medida que aumenta a

população idosa nas nossas comunidades, pois muitos dos idosos não dispõem de

toda a ajuda que necessitam por via da família e da sua rede social. Ou porque

requerem cuidados de saúde contínuos ou porque não têm condições de estar sozinhos

em casa sem se colocarem em risco, muitos idosos precisam do apoio de instituições

de suporte que prestam esses serviços de uma forma profissional.

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Page 21: Manual Quadro Da Psicologia Evolutiva

Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

Vejamos alguns exemplos das modalidades que o apoio aos idosos pode assumir e do

tipo de instituições que os presta.

� Lares - locais onde os idosos podem viver os anos que lhes restam de forma

saudável e autónoma, onde se procura a individualização dos utentes, tendo

em atenção não só os cuidados de saúde e de higiene, bem como a promoção

da autonomia e da qualidade de vida dos idosos.

� Centros de dia - têm competências para prestar cuidados formais aos idosos,

onde estes permanecem durante o dia e regressam para suas casas à noite.

� Centros de convívio - com os mesmos propósitos dos centros de dia, mas mais

vocacionados para a animação e lazer.

� Serviços de Apoio Domiciliário - têm como objectivo a prevenção e

manutenção das pessoas no seu domicílio o maior tempo possível e que

prestam serviços diversificados aos utentes tais como, alimentação, higiene,

saúde, tratamento de roupa, etc.

A institucionalização de idosos, as suasA institucionalização de idosos, as suasA institucionalização de idosos, as suasA institucionalização de idosos, as suas causas e os seus efeitoscausas e os seus efeitoscausas e os seus efeitoscausas e os seus efeitos

� Considera-se haver institucionalização do idoso quando este está durante

todo o dia ou parte dele entregue aos cuidados de uma instituição que não a

sua família, sendo os idosos residentes os que vivem vinte e quatro horas por

dia numa instituição, Lar ou Residência.

(Jacob, 2007)

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Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

São variadas as causas que levam os idosos a serem institucionalizados.

Alguns estudos mostram que a decisão de institucionalização é causada pela

inter-relação de três variáveis:

a) A crescente deterioração física;

b) A incapacidade ou falta de vontade dos cuidadores informais para prestar

os cuidados que o idoso necessita e,

c) A falta de serviços comunitários que ajudem a manter uma vida

independente.

(Tobin & Lieberman, 1976).

A institucionalização ocorre geralmente na sequência da incapacidade funcional,

combinada com a ausência ou insuficiência de apoios sociais (Paúl, 1997).

A institucionalização dos idosos acarreta uma série de consequências.

� A imagem interiorizada dos asilos aparece associada à pobreza, ao abandono

familiar e à marginalização social (Bazo, 1991).

� O que muitas vezes, é sinónimo de angústia nos idosos que ingressam nas

instituições. Podendo com isto, segundo Paúl (1997), estar em risco de

dependência, perda de controlo e desânimo.

� A institucionalização dos idosos implica quase sempre o abandono dos papéis

familiares, nomeadamente os papéis de pais e de avós, originando sempre

rupturas afectivas e a construção de novos afectos.

� Desta forma, para que a institucionalização seja o mais bem sucedida

possível, é importante que os idosos não sintam que foram abandonados e que

foram ali colocados para esperar a morte. Os idosos têm de sentir que, embora

estejam a viver noutro local, a família continua a ter um papel fundamental na

sua vida.

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A família e a comunidadeA família e a comunidadeA família e a comunidadeA família e a comunidade

A famíliaA famíliaA famíliaA família

A família é, quando presente, o mais importante

elemento de apoio ao idoso.

A família fornece um suporte emocional natural em

virtude dos laços afectivos que unem as pessoas.

Não podemos, no entanto, ignorar que as

relações familiares também podem comportar conflitos

e que podem ser geradoras de elevados níveis de tensão

e ansiedade.

Infelizmente, estima-se que 70% das agressões a

idosos são infligidas por familiares. Porém, estes dados não nos devem desencorajar

de acreditar no importante papel das famílias e de as ajudar a proporcionar aos seus

idosos as melhores condições possíveis.

Para além do suporte afectivo, o suporte material é frequentemente

assegurado pelos familiares do idoso.

Note-se que, estar com a família, não significa necessariamente permanecer

num ambiente familiar. Muitas vezes os filhos do idoso moram longe do local onde

foram criados e, quando acolhem os pais já velhos, estes sentem-se desenraizados e

afastados do seu meio (bairro, amigos, vizinhos, espaços, actividades).

Isso significa que, mesmo em casa dos seus familiares, os idosos podem

acabar por ficar muito isolados. Os filhos trabalham, os netos vão para a escola e os

idosos ficam sozinhos em casa, num bairro que não conhecem, entre vizinhos com os

quais não têm uma relação e, por isso, extremamente sós e vulneráveis a estados

depressivos.

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Quadro da Psicologia Evolutiva Formadora: Ana Patrícia Jorge

Os amigos e vizinhosOs amigos e vizinhosOs amigos e vizinhosOs amigos e vizinhos

Estas relações constituem a rede social do idoso e é

no seio desta rede que a pessoa tem muitas das suas

referências identitárias e experiências partilhadas.

Afastar o idoso desta rede pode conduzir ao seu

desenraizamento e isolamento social, com

consequências graves.

Devido à estreita convivência e ao elevado grau de confiança que estas

relações muitas vezes comportam, estamos a falar de pessoas podem desempenhar

um papel muito importante no apoio que o idoso possa vir a necessitar.

A comunidadeA comunidadeA comunidadeA comunidade

Nas aldeias, nas vilas, nos bairros das cidades, onde quer que vamos

encontramos clubes desportivos, associações culturais, sociedades recreativas,

grupos de pessoas que desempenham um papel cívico importante no seio das suas

comunidades.

As pessoas, sejam elas, mais ou menos activas na sua comunidade, acabam

sempre por ter algum tipo de ligação a uma ou várias destas entidades.

Chegadas à terceira idade, podem manter o seu envolvimento ou mesmo

intensificá-lo, visto que ao reformar-se ficam com mais tempo livre.

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