Manual Siapecad

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Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoSecretaria de Recursos Humanos Departamento de Administrao de Sistemas de Informaes de Recursos Humanos Coordenao-Geral de Cadastro e Atendimento

SIAPEcad

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MANUAL SIAPE/CADASTRO LEGISLAOAUDITORIA E NVEIS DE SEGURANATodo e qualquer acesso e' monitorado e controlado. Proteja sempre a sua senha. Quando encerrar as operaes, tenha o cuidado de desconectar sua estao de trabalho do sistema. Ao teclar a opo AVANCAR, abaixo, usurio declara-se ciente das responsabilidades acima referidas. Fundamento Legal: Constituio Federal: Cdigo Penal, Cdigo Tributrio Nacional e Portaria SRF No. 782/97. ADMINIST, ADCONTATUA, ADLOG, ADCOLOG LOG com todos os acessos de determinado CPF/RH/ORGO

TABELASTBFUNCIONA Tabelas funcionais (Manuteno do MP) TBGERAIS Tabelas Gerais (Manuteno do MP) TBORGANIZA Tabelas Organizacionais (Atualizao realizado pelo rgo) UPAG) SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UORG - TBINUORG (Incluir UORG) SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UORG (consulta) TBCOESTUOR

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UPAG - TBINUPAG (Incluir UPAG) SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UPAG (informar as UORGS vinculadas UPAG) TBIFDAUPAG -

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,DENAUTUORG TBINDENAUT (Incluir denominao de autoridade pela UORG)

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SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,DENAUTUORG TBCODENAUT

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DISTRIBUIO DE VAGAS NO RGO E UORGVagas de cargo Portaria 209, 15 de fevereiro de 1995 Determina a implantao do Mdulo de Lotao; Of. Circ. 8, 14 maro de 1995 Instrues para a implantao do Mdulo de Lotao; Of. Circ. 2, de 10 janeiro de 1996 Implantao das rotinas automticas do controle de provimentos e vacncias. SIAPE, ADMINIST, VAGADET, PREVLOT ADIFPRELOT (distribuir cargos) SIAPE,ADMINIST,VAGABASE,ADVAGACAR ADDIVAGAPR distribui vagas aprovada para UORG. SIAPE,ADMINIST,VAGABASE,ADVAGACAR ADEXVAGDIS exclui vagas distribudas para UORG. VAGAS DE FUNO De acordo com os Decretos de criao de rgos, publicao de Estrutura, o quantitativo Publicado controlado pelo MP. SIAPE,ADMINIST,VAGADET,PREVFUNCAO - ADDIPREFUN (distribuir funo por UORG)

SIAPE,ADMINIST,VAGADET,CRIVAGAFUN ADCOCRIFUN consulta vagas de funo no rgo. SIAPE,ADMINIST,VAGADET,PREVFUNCAO ADCOPREFUN consulta previso de funo na UORG. SIAPE,ADMINIST,VAGADET,PREVFUNCAO ADRMPREF remaneja vaga de funo para UORG.

BOLETIM DE PESSOAL E BOLETIM DE SERVIO

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SIAPE,PROCDOCPUB,BP - DPPOBP programa boletim Dever ser programado no ms de dezembro para o ano seguinte SIAPE,PROCDOCPUB,BS DPPOBLBS - programa boletim Dever ser programado no ms de dezembro para o ano seguinte CARGO PBLICO Lei 8112/90 Art. 2 Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Art. 3 Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso.

Lei 9515/1997 Art. 4 proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

LEI 9.624/1998 Art. 14. Os candidatos preliminarmente aprovados em concurso pblico para provimento de cargos na Administrao Pblica Federal, durante o programa de formao, faro jus, a ttulo de auxlio financeiro, a cinqenta por cento da remunerao da classe inicial do cargo a que estiver concorrendo. 1 No caso de o candidato ser servidor da Adminis trao Pblica Federal, serlhe- facultado optar pela percepo do vencimento e das vantagens de seu cargo efetivo. 2 Aprovado o candidato no programa de formao, o tempo destinado ao seu cumprimento ser computado, para todos os efeitos, como de efetivo exerccio no cargo pblico em que venha a ser investido, exceto para fins de estgio probatrio, estabilidade, frias e promoo.

MINISTRIO DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO Secretaria de Recursos Humanos

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Coordenao-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao

Ementa: Trata-se de consulta acerca da prorrogao de concurso pblico para categorias da rea mdica. Nota Tcnica n 28/2003/COGLE/SRH/MP Braslia, 30 de abril de 2003.

Assunto: Prorrogao de concurso pblico Refiro-me ao Processo n 04500.000894/2003-17, onde consta o Ofcio n 254/FUB, datado de 08 de abril de 2003, da Fundao Universidade de Braslia-FUB referente prorrogao de concurso pblico, objeto do Edital de Abertura de Inscries n 01/2002, de 01 de maio de 2002, realizado por aquela Entidade para diversas categorias funcionais na rea mdica, tendo em vista o disposto no 1 do art. 1 do Decreto n 4.175, de 27 de maro de 2002. 2. Sobre o assunto, importante citar o contido 1 do art. 1 do Decreto n 4.175, de 27 de maro de 2002, que assim dispe: Art. 1- A seleo de candidatos para o ingresso no servio pblico federal ocorrer de modo a permitir a renovao continua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade oramentria. 1 - A validade dos concursos pblicos poder ser de at um ano, prorrogvel por igual perodo. 2 - O disposto no 1 poder aplicar-se aos concursos vigentes, a critrio do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, desde que os respectivos editais no estabeleam prazos mais longo.(grifo nosso) 3. Analisando o instrumento regulador do evento, contido nos autos do processo, verificou-se que o Edital n 02, de 14 de maio de 2002, que retifica o Edital n 01, no tocante ao prazo de validade, estabelece prazo de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por perodo igual, portanto de acordo com a legislao vigente, e logo entendemos ser vivel a prorrogao do certame. 4. Todavia, a autorizao deve ser concedida pela Secretaria de Gesto deste Ministrio, conforme disposto no art. 3 do Decreto n 4.175, de 2002, que assim dispe: Art. 3- O rgo ou entidade interessado em realizar concurso pblico ou nomear candidato habilitado dever apresentar Secretaria de Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto justificativa fundamentada, com indicao de vagas a serem providas e comprovao de disponibilidade oramentria. 5

5. Com estes esclarecimentos e tendo em vista o disposto na Portaria n 45, de 24 de abril de 2003, submeto a presente Nota Tcnica apreciao da Coordenadora-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao, sugerindo o encaminhamento Secretaria de Gesto. Braslia, 28 de abril de 2003. DAVID FALCO PIMENTEL RENATA VILA NOVA MOURA HOLANDA Mat. SIAPE N 0659825 Chefe da DIORC De acordo. Encaminhe-se o presente processo apreciao do Senhor Secretario de Recursos Humanos, sugerindo o encaminhamento Secretaria de Gesto do MP para cincia. Braslia, 29 de abril de 2003. CYNTHIA BELTRO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao Encaminhe-se SEGES/MP para cincia e providncias cabveis. Braslia, 30 de abril de 2003. LUS FERNANADO SILVA Secretrio de Recursos Humanos

Ofcio n 124/2002/COGLE/SRH/MP Braslia, 17 de maio de 2002. Senhora Chefe, Refiro-me ao Ofcio DERHU n 007/2002, de 25 de abril de 2002, onde Vossa Senhoria solicita esclarecimentos desta Coordenao-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao acerca da aplicao dos 1 e 2 do art. 37 do Decreto n 3.298, de 21 de dezembro de 1999, que trata da aplicao do percentual fracionrio a candidatos na condio de deficientes, quando o nmero resultante do total de vagas no for inteiro. 2. Consoante consta do item 1.2 do Edital n 01/2001, de 26 de setembro de 2001, as vagas destinadas para o concurso pblico no cargo de Analista de

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Comunicao em Jornalismo, atividade Reportagem, perfazem um total de 24 e os 1 e 2 do art. 37 do Decreto n 3.298, dispem o seguinte: "Art. 37 Fica assegurado pessoa portadora de deficincia o direito de se inscrever em concurso pblico, em igualdade de condies com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que portador. 1 O candidato portador de deficincia, em razo da necessria igualdade de condies, concorrer a todas as vagas, sendo reservado no mnimo o percentual de cinco por cento em face da classificao obtida. 2 Caso a aplicao do percentual de que trata o pargrafo anterior resulte em nmero fracionado, este dever ser elevado at o primeiro nmero inteiro subsequente. (grifo nosso)" 3. No item 4.1 do edital regulador do evento foram reservados 5% (cinco por cento) das vagas para portador de deficincia. Assim para Analista de Comunicao em Jornalismo, atividade Reportagem, so 24 (vinte e quatro) vagas, item 1.2 do Edital Regulador, e aplicando-se o disposto no item 02, iremos chegar a um nmero fracionrio, qual seja, 1,2 ( um vrgula dois) o que ser arredondado para 02 (dois), haja vista o disposto no 2 do art. 37 do Decreto n 3.298/1999. 4. Diante do exposto, para o cargo acima citado sero classificados na condio de deficiente, listagem separada, 02 (dois) candidatos, e a candidata JULIANA MENEZES DE CASTRO, aprovada no certame, conforme consta no Ofcio DERHU n 07, de 25 de abril de 2002, constar na homologao final do evento, como 2 classificada. 5. Finalizando, lembro que quando da publicao do Edital de Abertura de inscries do certame em Dirio Oficial da Unio, especificamente o item 1.2, j devia constar o quantitativo de vagas reservadas para deficiente em cada cargo, conforme determina o inciso I do art. 39 do aludido Decreto, que dispe o seguinte: "Art. 39 Os Editais de concurso devero conter: I o nmero de vagas existentes, bem como o total correspondente reserva destinada a pessoa portadora de deficincia;"

Atenciosamente, CYNTHIA BELTRO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao

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SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS ORIENTAO NORMATIVA N 2, DE 25 DE MARO DE 2002 Programas de formao. Averbao de Tempo de Servio referente a tempo de cursos de formao aps a posse em cargo pblico. Impossibilidade de desconto para o PSS, durante o curso. Averbao do tempo anterior promulgao da Emenda Constitucional n 20, de 1998. Curso posterior data da Emenda: cobrana e recolhimento das importncias referentes contribuio aps a posse, conforme Deciso n 322/1999, do Tribunal de Contas da Unio. Necessidade de constar do edital de concurso pblico orientao quanto cobrana das contribuies. A presente Orientao Normativa visa a esclarecer aos rgos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC, sobre os efeitos do tempo de curso de formao, aps a posse dos candidatos em cargo pblico, relativamente averbao desse tempo para fins de aposentadoria. 1.A Medida Provisria n 1.195, de 24 de novembro de 1995, determinou, no art. 13, pargrafo nico, que "Aprovado o candidato no programa de formao, o tempo destinado ao seu cumprimento ser computado, para todos o efeitos, como de efetivo exerccio no cargo pblico em que venha a ser investido.". 2.A partir da edio da Medida Provisria n1.480-37, de 05 de dezembro de 1997, esse pargrafo nico, agora transformado em 2, foi alterado com o acrscimo da seguinte expresso: "exceto para fins de estgio probatrio, estabilidade, frias e promoo.", redao mantida pela MP n 1.644-41, convertida na Lei n 9.624, de 02 de abril de 1998. 3.Assim, os procedimentos a serem adotados em relao averbao de tempo de servio decorrente de participao em programas de formao devero obedecer s seguintes orientaes: a)at 16 de dezembro de 1998, data da publicao da Emenda Constitucional n 20, de 1998, o tempo de servio ser averbado, independentemente de comprovao de contribuio, nos termos do art. 14, 2 da Lei n 9.624, de 2 de abril de 1998; b)aps essa data, tendo em vista a impossibilidade legal de serem efetuados os descontos sobre auxlio pago durante o curso aos candidatos no-servidores - bem assim aos servidores que por ele optarem -, se aprovados e quando nomeados, aps a posse, e mediante autorizao formal, devero ser recolhidos, os valores correspondentes s contribuies calculadas sobre o auxlio financeiro, averbandose o tempo, exclusivamente, para fins de aposentadoria, conforme deciso do Tribunal de Contas da Unio - TCU, no DC-0322-33/99-P: " Ademais, necessrio se faz acrescentar s orientaes contidas no edital de convocao para o programa de formao que esta Administrao efetuar, obrigatoriamente, aps a posse dos novos servidores, a reteno e o recolhimento das contribuies previdencirias correspondentes ao perodo do curso devidas ao

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PSS, independentemente de eventuais recolhimentos individuais feitos pelos interessados ao INSS no decorrer da segunda etapa do certame." c)Finalmente, solicita-se seja includa nos editais de concursos pblicos, orientao aos candidatos quanto ao recolhimento de que trata a deciso acima transcrita. LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretrio (Of. El. n 109/2002) D.O.U., 26/03/2002

LEI 8112/90 Do Concurso Pblico Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo. (alterado para 1 ano conforme Dec. 4.175/2002) 1 O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao. 2 No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.

PORTARIA N 450 DE 6 DE NOVEMBRO DE 2002 O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO, Interino, no uso de suas atribuies e tendo em vista o disposto no Decreto n 4.175, de 27 de maro de 2002, resolve: CAPTULO Das Disposies Preliminares I

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Art. 1 Estabelecer normas gerais para realizao de concursos pblicos, no mbito da Administrao Pblica federal direta, autrquica e fundacional. Art. 2 Os concursos pblicos destinados a selecionar candidatos para provimento de cargo efetivo ou emprego pblico tm por objetivo compatibilizar o suprimento das necessidades da Administrao Pblica federal com as prioridades governamentais e os recursos oramentrios disponveis. Art. 3 A reposio da fora de trabalho deve adequar-se, quantitativa e qualitativamente, natureza e complexidade das atividades, aos objetivos e s metas institucionais da Administrao Pblica federal. Art. 4 A seleo de candidatos para o ingresso no servio pblico federal ocorrer de modo a permitir a renovao contnua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade oramentria.

CAPTULO II Do Pedido de Autorizao Art. 5 A realizao de concursos depende de prvia autorizao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto e visa ao provimento de cargos ou empregos pblicos. Art. 6 O pedido de autorizao deve ser encaminhado Secretaria de Gesto, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, pela Pasta qual se vincula o rgo ou entidade demandante e dever conter: a) o perfil necessrio aos candidatos para o desempenho das atividades;

b) a descrio do processo de trabalho a ser desenvolvido pela fora de trabalho pleiteada e o impacto dessa fora de trabalho no desempenho das atividades finalsticas do rgo ou entidade;

c)

o nmero de vagas disponvel em cada cargo ou emprego pblico;

d) a evoluo do quadro de pessoal nos ltimos trs anos, em 31 de dezembro, com movimentaes, ingressos, desligamentos e aposentadorias, bem como a estimativa de aposentadorias nos prximos trs anos, por perfil;

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e)

a situao atual do quantitativo do pessoal cedido; e

f) a estimativa do impacto oramentrio-financeiro no ano em exerccio e nos dois anos subseqentes, acompanhado da memria de clculo. CAPTULO III Do Edital do Concurso Art. 7 O prazo para publicao de edital de abertura de inscries para realizao do concurso pblico ser de at seis meses, contado a partir da data de publicao da Portaria de autorizao do certame. Pargrafo nico. Devero constar do edital de abertura de inscries, no mnimo, as seguintes informaes: a) o nmero de vagas disponvel em cada cargo ou emprego pblico; b) o nmero de vagas reservadas aos portadores de deficincia; Of.124-2002 c) a denominao do cargo ou emprego pblico, a classe de ingresso e a remunerao inicial; d) a descrio das atribuies do cargo ou emprego pblico; e) o perodo e o(s) local(is) de inscrio; f) o valor da inscrio; g)a documentao a ser apresentada no ato de inscrio;

h) indicativo sobre a existncia e condies do curso de formao, se for o caso; e i) a validade do concurso. Art. 8 O edital dever ser publicado, na ntegra, no Dirio Oficial da Unio e divulgado por meio eletrnico. Pargrafo nico. Quando o nmero de vagas for inferior a dez, admitir-se- a publicao no Dirio Oficial da Unio, de forma resumida, das informaes referidas no pargrafo nico do art. 7. CAPTULO IV Do concurso

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Art. 9 Os concursos sero de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizados em duas etapas, conforme dispuser as regras de provimento dos Cargos ou dos Empregos Pblicos. Art. 10. A primeira etapa do concurso pblico poder ser composta de uma ou mais fases, sendo constituda de prova de conhecimentos gerais e especficos, de carter eliminatrio e classificatrio, e poder incluir avaliao de ttulos, de carter apenas classificatrio. Pargrafo nico. Sempre que houver previso legal, haver, ainda na primeira etapa, a realizao de exames psicotcnicos, prova de esforo fsico e outros, para seleo de candidatos aos cargos ou empregos pblicos cujas atribuies justifiquem tais exigncias. Art. 11. No caso de concursos pblicos realizados em duas etapas, a segunda ser constituda de curso ou programa de formao, de carter eliminatrio, podendo, desde que previsto nos instrumentos reguladores do concurso, ser, tambm, classificatria. 1 A classificao poder ser feita separadamente por etapas ou pela soma dos pontos obtidos nas duas etapas do concurso. 2 Os candidatos classificados na primeira etapa sero convocados por edital, para fins de matrcula no curso de formao, observado o prazo fixado pelo rgo ou entidade realizador do certame. 3 O candidato que no formalizar a matrcula no curso de formao, dentro do prazo fixado pelo instrumento de convocao, ser considerado reprovado e, conseqentemente, eliminado do processo seletivo, podendo ser convocados candidatos em igual nmero de desistncias, obedecida a ordem de classificao. 4 Ser tambm considerado reprovado e eliminado do processo seletivo o candidato que no comparecer ao curso de formao, desde o incio, ou dele se afastar. 5 Quando o nmero de candidatos matriculados para a segunda etapa do concurso pblico ensejar a formao de mais de uma turma, com incio em datas diferentes, o resultado do concurso ser divulgado por grupo, ao trmino de cada turma, observado o disposto no 6 deste artigo e a ordem decrescente dos pontos obtidos. 6 O prazo de validade do concurso pblico, para efeito do 5 deste artigo, ser contado a partir da publicao do edital de homologao da primeira turma. Art. 12. A validade dos concursos pblicos poder ser de at um ano, prorrogvel por igual perodo, contada a partir da data de publicao da homologao do concurso ou da homologao da primeira turma, no caso de certames organizados em duas etapas, conforme dispe o art. 11.

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Art. 13. O rgo ou entidade responsvel pela realizao do concurso homologar e divulgar, pelo Dirio Oficial da Unio, a relao dos candidatos aprovados no certame, classificados em at duas vezes o nmero de vagas previsto no edital para cada cargo ou emprego pblico, por ordem de classificao. Art. 14. Durante o perodo de validade do concurso pblico, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto poder autorizar a nomeao ou contratao de candidatos classificados e no convocados, at o limite de cinqenta por cento a mais do quantitativo original de vagas. 1 Para efeito do disposto no caput, no caso de concurso realizado em duas etapas, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto poder autorizar a convocao para a segunda etapa de candidatos aprovados na primeira etapa e no convocados, sendo que a nomeao depender de aprovao na segunda etapa. 2 A nomeao ou contratao dos candidatos obedecer rigorosamente ordem de classificao do concurso pblico. Art. 15. Havendo desistncia de candidatos durante o processo seletivo, antes da nomeao ou da assinatura do contrato, facultar-se- Administrao substitu-los, convocando candidatos com classificaes posteriores, observado o limite estabelecido no art. 13, para provimento das vagas previstas no edital. Pargrafo nico. Para efeito do disposto no caput, o rgo ou entidade responsvel pela realizao do certame poder proceder a tantas convocaes quantas necessrias, durante a validade do concurso, segundo a ordem de classificao, at o limite das vagas autorizadas no edital. Art. 16. Dentro do perodo de validade do concurso, havendo exonerao de cargo ou demisso de emprego pblico de servidor nomeado ou contratado em virtude de aprovao no concurso, poder ser feita a substituio nos termos do pargrafo nico do art.15. Art. 17. O valor cobrado a ttulo de inscrio no concurso ser de, no mximo, 2,5% do valor da remunerao inicial do cargo ou emprego pblico prevista no edital. CAPTULO VI Das Disposies Finais Art. 18. O ato de autorizao para realizao de concurso pblico dispor, tambm, sobre o provimento dos cargos ou empregos pblicos previstos no edital do respectivo certame. Art. 19. O no cumprimento das disposies contidas nesta Portaria implicar o 13

cancelamento da autorizao concedida para fins de realizao do concurso pblico e nomeao ou contratao, bem como a suspenso do certame, em qualquer fase em que se encontre. Art. 20. O disposto nesta Portaria no se aplica s carreiras de Diplomata, do Ministrio das Relaes Exteriores, e s de Advogado da Unio, Procurador da Fazenda Nacional, Assistente Jurdico e Procurador Federal, da Advocacia-Geral da Unio. Art. 21. Eventuais dvidas sobre a aplicao dos dispositivos desta Portaria devero ser encaminhadas Secretaria de Gesto, deste Ministrio. Art. 22. Esta Portaria aplica-se aos concursos em andamento. Art. 23. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Art. 24. Fica revogada a Portaria MARE n 956, de 24 de maro de 1998, publicada no Dirio Oficial de 27 de abril de 1998, Seo 1. SIMO CIRINEU DIAS (Of. El. n 621/2002) D.O.U., 07/11/2002 DECRETO N 4.175, DE 27 DE MARO DE 2002 O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso de suas atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alnea "a", da Constituio, DECRETA: Art. 1 A seleo de candidatos para o ingresso no servio pblico federal ocorrer de modo a permitir a renovao contnua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade oramentria. 1 A validade dos concursos pblicos poder ser de at um ano, prorrogvel por igual perodo. 2 O disposto no 1 poder aplicar-se aos concursos vigentes, a critrio do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, desde que os respectivos editais no estabeleam prazo mais longo. 3 Durante o perodo de validade do concurso pblico, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto poder autorizar a nomeao de candidatos aprovados e no convocados at o limite de cinqenta por cento a mais do quantitativo original de vagas.

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Art. 2 Fica delegada competncia ao Ministro de Estado do Planejamento, Oramento e Gesto para autorizar a realizao de concursos pblicos e a nomeao de candidatos, bem como estabelecer as respectivas normas e procedimentos, exceto para ingresso na carreira de Diplomata, que sero autorizados pelo Ministro de Estado das Relaes Exteriores, e nas carreiras de Advogado da Unio, de Procurador da Fazenda Nacional, de Assistente Jurdico da Advocacia-Geral da Unio e de Procurador Federal, que sero autorizados pelo Advogado-Geral da Unio. Art. 3 O rgo ou entidade interessado em realizar concurso pblico ou nomear candidato habilitado dever apresentar Secretaria de Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto justificativa fundamentada, com indicao das vagas a serem providas e comprovao da disponibilidade oramentria. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica s carreiras de Diplomata, do Ministrio das Relaes Exteriores, e s de Advogado da Unio, Procurador da Fazenda Nacional, Assistente Jurdico e Procurador Federal, da Advocacia-Geral da Unio. Art. 4 O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal fiscalizar o cumprimento das disposies contidas neste Decreto. Art. 5 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Art. 6 Ficam revogados o art 3 do Decreto n 86.364, de 14 de setembro de 1981, o Decreto n 88.376, de 10 de junho de 1983, e o Decreto n 2.373, de 10 de novembro de 1997. Braslia, 27 de maro de 2002; 181 da Independncia e 114 da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares D.O.U., 28/03/2002

NOMEAO E PREPARAO DE POSSE CONCURSADO

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NOMEAOLei 8.112/90 Art. 9 A nomeao far-se-: I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade. Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos.

LEI N 9.515, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1997 Dispe sobre a admisso de professores, tcnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades e pelas instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais. O PRESIDENTE DA REPBLICA, Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O art. 5 da Lei n 8.112, de 11 de dezembr o de 1990, em virtude da permisso contida nos 1 e 2 do art. 207 da Con stituio Federal, passa a vigorar acrescido do seguinte 3 : "Art. 5 ................................................................................................. .................................................................................................. 3 As universidades e instituies de pesquisa ci entfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei." Parecer CONJUR 684-2.2/2002 Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 3 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 20 de novembro de 1997; 176 da Independ ncia e 109 da Repblica.

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FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Luiz Carlos Bresser Pereira

D.O.U, 21/11/1997

LEI N 9.030, DE 13 DE MARO DE 1995 Fixa a remunerao dos cargos em comisso e de Natureza Especial e das funes de direo, chefia ou assessoramento que menciona, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1 A remunerao total dos cargos em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, nveis DAS-101.6, DAS-102.6, DAS-101.5, DAS-102.5, DAS-101.4 e DAS-102.4, e dos cargos de Natureza Especial, salvo aqueles cujo titular tem prerrogativas, vantagens e direitos equivalentes aos de Ministro de Estado, passa a ser a constante do Anexo I desta lei. Art. 2 O servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente na Administrao Pblica Federal direta ou indireta, investido nos cargos a que se refere o artigo anterior, que optar pela remunerao de seu cargo efetivo ou emprego permanente, perceber, pelo exerccio do cargo em comisso ou de Natureza Especial, a ttulo de Parcela Varivel, valor equivalente diferena entre a remunerao recebida em seu rgo ou entidade de origem e a remunerao total do cargo em comisso ou de Natureza Especial que exerce. 1 Para fins de clculo da Parcela Varivel a que se refere este artigo, ser considerada como remunerao do cargo efetivo ou emprego permanente a definida no inciso III do art. 1 da Lei n 8.852, de 4 de fevereiro de 1994. 2 O servidor a que se refere este artigo poder optar por receber, pelo exerccio do cargo em comisso ou de Natureza Especial, Parcela Varivel em valor igual a 25% da remunerao total do cargo ou funo, obedecidos os limites fixados pela Lei n 8.852, de 4 de fevereiro de 1994. 3 A parcela a ser incorporada, nos termos da legislao especfica, relativa aos cargos a que se refere o artigo anterior, ser calculada sobre o valor da Parcela Varivel fixado no pargrafo anterior. Art. 3 O vencimento dos cargos em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores (DAS), nveis DAS-101.3, DAS-102.3, DAS-101.2, DAS-102.2, DAS-101.1 e DAS-102.1, mantidos os respectivos percentuais de

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representao e fatores de Gratificao de Atividade por Desempenho de Funo, passa a ser o constante do Anexo II desta lei. Art. 4 O vencimento das Funes Gratificadas (FG), criadas pelo art. 26 da Lei n 8.216, de 13 de agosto de 1991, e das Gratificaes de Representao (GR) da Presidncia da Repblica e dos rgos que a integram, mantidos os respectivos fatores de Gratificao de Atividade por Desempenho de Funo, passa a ser o constante do Anexo III desta lei. Pargrafo nico. A designao para o exerccio das Funes Gratificadas (FG) de que trata este artigo recair, exclusivamente, em servidor ocupante de cargo efetivo regido pela Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Art. 5 A tabela constante do Anexo X a que se refere o art. 11 da Lei n 8.460, de 17 de setembro de 1992, fica alterada de conformidade com o Anexo IV desta lei. Art. 6 (Vetado). Art. 7 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao, com efeitos financeiros a partir de 1 de maro de 1995. Braslia, 13 de maro de 1995; 174 da Independncia e 107 da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Luiz Carlos Bresser Pereira

Ofcio n 121/99-COGLE/DENOR/SRH/SEAP Braslia, 05 de maio de 1999 Senhora Coordenadora-Geral,

Referimo-nos ao Fax datado de 26 de abril de 1999, no qual Vossa Senhoria solicita pronunciamento sobre como proceder para efetivar o pagamento da remunerao a servidor ocupante de cargo efetivo na Administrao Federal nomeado para exercer cargo de Ministro de Estado. 2. A respeito do assunto, verifica-se que a Lei n 8.162, de 8 de janeiro de 1991, no seu artigo 3, dispe sobre as hipteses de opo pela remunerao previstas para o ocupante do cargo de Ministro de Estado. "Art. 3 Aos ocupantes dos cargos de Ministro de Estado facultado optar pela remunerao: I - do mandato, em se tratando de Deputado Federal ou de Senador; II - do cargo ou emprego efetivo de que seja titular na Unio, Estado, Distrito Federal, Municpio, autarquia, fundao pblica, sociedade de economia mista ou em empresa pblica. Pargrafo nico. Na hiptese do inciso I, o Ministro de Estado perceber a vantagem pecuniria

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instituda pela Lei n 7.374, de 30 de setembro de 1985; e, na do inciso II, a representao mensal da respectivo cargo, acrescida da mesma vantagem pecuniria." Destaque nosso A Sua Senhoria a Senhora DULCE APARECIDA DE CARVALHO Coordenadora-Geral de Recursos Humanos Ministrio do Oramento e Gesto Braslia/DF. 3. Acrescente-se que o Decreto-Legislativo n 6, de 19 de janeiro de 1995, no art. 3 estabelece: "Art. 3 A remunerao mensal dos Ministros de Estado, a que se refere o inciso VIII do art. 49 da Constituio Federal, prevista para o exerccio financeiro de 1995, fixada em R$ 8.000,00 (oito mil reais). Pargrafo nico. A remunerao a que se refere o caput deste artigo compostas das seguintes parcelas: I - Vencimento bsico: 3.000,00 (trs mil reais) II - Representao: 3.000,00 (trs mil reais) III - Gratificao pelo Exerccio do cargo de Ministro de Estado: 2.000,00 (dois mil reais)." Destaques nosso 4. Desta forma, o servidor pblico nomeado para cargo de Ministro de Estado poder optar pela remunerao do cargo de Ministro ou pela do cargo efetivo acrescida da representao mensal no valor estipulado pelo Decreto-Legislativo n 6, de 1995, conforme disposto no art. 3, pargrafo nico, inciso II da Lei n 8.162, de 1991. de se salientar que o pagamento dever observar o teto estabelecido na Lei n 8.852, de 4 de fevereiro de 1994, que dispe sobre a aplicao dos arts. 37, incisos XI e XII, e 39, 1, da Constituio Federal, e d outras providncias. 5. Esclarecemos que as dvidas, relacionadas aos procedimentos junto ao Sistema SIAPE so de competncia da Coordenao-Geral de Operaes e Produo desta Secretaria, razo pela qual ser remetida cpia do presente Oficio quela Coordenao, para as providncias necessrias quanto a operacionalizao do pagamento de Ministro de Estado. Atenciosamente, PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao

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POSSE Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1 A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2 Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3 A posse poder dar-se mediante procurao especfica. 4 S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 5 No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 6 Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1 deste artigo. Art. 14 A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo. LEI 9.624/1998 Art. 14. Os candidatos preliminarmente aprovados em concurso pblico para provimento de cargos na Administrao Pblica Federal, durante o programa de formao, faro jus, a ttulo de auxlio financeiro, a cinqenta por cento da remunerao da classe inicial do cargo a que estiver concorrendo. 1 No caso de o candidato ser servidor da Adminis trao Pblica Federal, serlhe- facultado optar pela percepo do vencimento e das vantagens de seu cargo efetivo.

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2 Aprovado o candidato no programa de formao, o tempo destinado ao seu cumprimento ser computado, para todos os efeitos, como de efetivo exerccio no cargo pblico em que venha a ser investido, exceto para fins de estgio probatrio, estabilidade, frias e promoo. DECRETO N 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999. Regulamenta a Lei n 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispe sobre a Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, consolida as normas de proteo, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n 7.853, de 24 de outubro de 1989, DECRETA: CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 1 A Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia compreende o conjunto de orientaes normativas que objetivam assegurar o pleno exerccio dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficincia. Art. 2 Cabe aos rgos e s entidades do Poder Pblico assegurar pessoa portadora de deficincia o pleno exerccio de seus direitos bsicos, inclusive dos direitos educao, sade, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, previdncia social, assistncia social, ao transporte, edificao pblica, habitao, cultura, ao amparo infncia e maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituio e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econmico. Art. 3 Para os efeitos deste Decreto, considera-se: I - deficincia - toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou funo psicolgica, fisiolgica ou anatmica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padro considerado normal para o ser humano; II - deficincia permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um perodo de tempo suficiente para no permitir recuperao ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e III - incapacidade - uma reduo efetiva e acentuada da capacidade de integrao social, com necessidade de equipamentos, adaptaes, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficincia possa receber ou transmitir informaes necessrias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de funo ou atividade a ser exercida.

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Art. 4 considerada pessoa portadora de deficincia a que se enquadra nas seguintes categorias: I - deficincia fsica - alterao completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da funo fsica, apresentandose sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho de funes; II - deficincia auditiva - perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e nveis na forma seguinte: a) de 25 a 40 decibis (db) - surdez leve; b) de 41 a 55 db - surdez moderada; c) de 56 a 70 db - surdez acentuada; d) de 71 a 90 db - surdez severa; e) acima de 91 db - surdez profunda; e f) anacusia; III - deficincia visual - acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, aps a melhor correo, ou campo visual inferior a 20 (tabela de Snellen), ou ocorrncia simultnea de ambas as situaes; IV - deficincia mental - funcionamento intelectual significativamente inferior mdia, com manifestao antes dos dezoito anos e limitaes associadas a duas ou mais reas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicao; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilizao da comunidade; e) sade e segurana; f) habilidades acadmicas; g) lazer; e h) trabalho; V - deficincia mltipla - associao de duas ou mais deficincias.

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CAPTULO II DOS PRINCPIOS Art. 5 A Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, em consonncia com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecer aos seguintes princpios; I - desenvolvimento de ao conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integrao da pessoa portadora de deficincia no contexto scio-econmico e cultural; II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem s pessoas portadoras de deficincia o pleno exerccio de seus direitos bsicos que, decorrentes da Constituio e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econmico; e III - respeito s pessoas portadoras de deficincia, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes so assegurados, sem privilgios ou paternalismos.

CAPTULO III DAS DIRETRIZES Art. 6 So diretrizes da Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia: I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoream a incluso social da pessoa portadora de deficincia; II - adotar estratgias de articulao com rgos e entidades pblicos e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantao desta Poltica; III - incluir a pessoa portadora de deficincia, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas educao, sade, ao trabalho, edificao pblica, previdncia social, assistncia social, ao transporte, habitao, cultura, ao esporte e ao lazer; IV - viabilizar a participao da pessoa portadora de deficincia em todas as fases de implementao dessa Poltica, por intermdio de suas entidades representativas;

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V - ampliar as alternativas de insero econmica da pessoa portadora de deficincia, proporcionando a ela qualificao profissional e incorporao no mercado de trabalho; e VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficincia, sem o cunho assistencialista. CAPTULO IV DOS OBJETIVOS Art. 7 So objetivos da Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia: I - o acesso, o ingresso e a permanncia da pessoa portadora de deficincia em todos os servios oferecidos comunidade; II - integrao das aes dos rgos e das entidades pblicos e privados nas reas de sade, educao, trabalho, transporte, assistncia social, edificao pblica, previdncia social, habitao, cultura, desporto e lazer, visando preveno das deficincias, eliminao de suas mltiplas causas e incluso social; III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades especiais da pessoa portadora de deficincia; IV - formao de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de deficincia; e V - garantia da efetividade dos programas de preveno, de atendimento especializado e de incluso social. CAPTULO V DOS INSTRUMENTOS Art. 8 So instrumentos da Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia: I - a articulao entre entidades governamentais e no-governamentais que tenham responsabilidades quanto ao atendimento da pessoa portadora de deficincia, em nvel federal, estadual, do Distrito Federal e municipal; II - o fomento formao de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento da pessoa portadora de deficincia; III - a aplicao da legislao especfica que disciplina a reserva de mercado de trabalho, em favor da pessoa portadora de deficincia, nos rgos e nas entidades pblicos e privados;

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IV - o fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa portadora de deficincia, bem como a facilitao da importao de equipamentos; e V - a fiscalizao do cumprimento da legislao pertinente pessoa portadora de deficincia. CAPTULO VI DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS Art. 9 Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta devero conferir, no mbito das respectivas competncias e finalidades, tratamento prioritrio e adequado aos assuntos relativos pessoa portadora de deficincia, visando a assegurar-lhe o pleno exerccio de seus direitos bsicos e a efetiva incluso social. Art. 10. Na execuo deste Decreto, a Administrao Pblica Federal direta e indireta atuar de modo integrado e coordenado, seguindo planos e programas, com prazos e objetivos determinados, aprovados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficincia - CONADE. Art. 11. Ao CONADE, criado no mbito do Ministrio da Justia como rgo superior de deliberao colegiada, compete: I - zelar pela efetiva implantao da Poltica Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia; II - acompanhar o planejamento e avaliar a execuo das polticas setoriais de educao, sade, trabalho, assistncia social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, poltica urbana e outras relativas pessoa portadora de deficincia; III - acompanhar a elaborao e a execuo da proposta oramentria do Ministrio da Justia, sugerindo as modificaes necessrias consecuo da Poltica Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia; IV - zelar pela efetivao do sistema descentralizado e participativo de defesa dos direitos da pessoa portadora de deficincia; V - acompanhar e apoiar as polticas e as aes do Conselho dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficincia no mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; VI - propor a elaborao de estudos e pesquisas que objetivem a melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficincia; VII - propor e incentivar a realizao de campanhas visando preveno de deficincias e promoo dos direitos da pessoa portadora de deficincia;

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VIII - aprovar o plano de ao anual da Coordenadoria Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia - CORDE; IX - acompanhar, mediante relatrios de gesto, o desempenho dos programas e projetos da Poltica Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia; e X - elaborar o seu regimento interno. Art. 12. O CONADE ser constitudo, paritariamente, por representantes de instituies governamentais e da sociedade civil, sendo a sua composio e o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da Justia. Pargrafo nico. Na composio do CONADE, o Ministro de Estado da Justia dispor sobre os critrios de escolha dos representantes a que se refere este artigo, observando, entre outros, a representatividade e a efetiva atuao, em nvel nacional, relativamente defesa dos direitos da pessoa portadora de deficincia. Art. 13. Podero ser institudas outras instncias deliberativas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios, que integraro sistema descentralizado de defesa dos direitos da pessoa portadora de deficincia. Art. 14. Incumbe ao Ministrio da Justia, por intermdio da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, a coordenao superior, na Administrao Pblica Federal, dos assuntos, das atividades e das medidas que se refiram s pessoas portadoras de deficincia. 1 No mbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, compete CORDE: I - exercer a coordenao superior dos assuntos, das aes governamentais e das medidas referentes pessoa portadora de deficincia; II - elaborar os planos, programas e projetos da Poltica Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, bem como propor as providncias necessrias sua completa implantao e ao seu adequado desenvolvimento, inclusive as pertinentes a recursos financeiros e as de carter legislativo; III - acompanhar e orientar a execuo pela Administrao Pblica Federal dos planos, programas e projetos mencionados no inciso anterior; IV - manifestar-se sobre a Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, dos projetos federais a ela conexos, antes da liberao dos recursos respectivos; V - manter com os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e o Ministrio Pblico, estreito relacionamento, objetivando a concorrncia de aes destinadas integrao das pessoas portadoras de deficincia;

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VI - provocar a iniciativa do Ministrio Pblico, ministrando-lhe informaes sobre fatos que constituam objeto da ao civil de que trata a Lei n 7.853, de 24 de outubro de 1989, e indicando-lhe os elementos de convico; VII - emitir opinio sobre os acordos, contratos ou convnios firmados pelos demais rgos da Administrao Pblica Federal, no mbito da Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia; e VIII - promover e incentivar a divulgao e o debate das questes concernentes pessoa portadora de deficincia, visando conscientizao da sociedade. 2 Na elaborao dos planos e programas a seu cargo, a CORDE dever: I - recolher, sempre que possvel, a opinio das pessoas e entidades interessadas; e II - considerar a necessidade de ser oferecido efetivo apoio s entidades privadas voltadas integrao social da pessoa portadora de deficincia. CAPTULO VII DA EQUIPARAO DE OPORTUNIDADES Art. 15. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal prestaro direta ou indiretamente pessoa portadora de deficincia os seguintes servios: I - reabilitao integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de deficincia, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social; II - formao profissional e qualificao para o trabalho; III - escolarizao em estabelecimentos de ensino regular com a proviso dos apoios necessrios, ou em estabelecimentos de ensino especial; e IV - orientao e promoo individual, familiar e social. Seo I Da Sade Art. 16. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta responsveis pela sade devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritrio e adequado, viabilizando, sem prejuzo de outras, as seguintes medidas: I - a promoo de aes preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento gentico, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerprio, nutrio da mulher e da criana, identificao e ao controle da gestante e do feto de alto risco, imunizao, s doenas do metabolismo e seu diagnstico, ao encaminhamento precoce de outras doenas causadoras de

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deficincia, e deteco precoce das doenas crnico-degenerativas e a outras potencialmente incapacitantes; II - o desenvolvimento de programas especiais de preveno de acidentes domsticos, de trabalho, de trnsito e outros, bem como o desenvolvimento de programa para tratamento adequado a suas vtimas; III - a criao de rede de servios regionalizados, descentralizados e hierarquizados em crescentes nveis de complexidade, voltada ao atendimento sade e reabilitao da pessoa portadora de deficincia, articulada com os servios sociais, educacionais e com o trabalho; IV - a garantia de acesso da pessoa portadora de deficincia aos estabelecimentos de sade pblicos e privados e de seu adequado tratamento sob normas tcnicas e padres de conduta apropriados; V - a garantia de atendimento domiciliar de sade ao portador de deficincia grave no internado; VI - o desenvolvimento de programas de sade voltados para a pessoa portadora de deficincia, desenvolvidos com a participao da sociedade e que lhes ensejem a incluso social; e VII - o papel estratgico da atuao dos agentes comunitrios de sade e das equipes de sade da famlia na disseminao das prticas e estratgias de reabilitao baseada na comunidade. 1 Para os efeitos deste Decreto, preveno compreende as aes e medidas orientadas a evitar as causas das deficincias que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar sua progresso ou derivao em outras incapacidades. 2 A deficincia ou incapacidade deve ser diagnosticada e caracterizada por equipe multidisciplinar de sade, para fins de concesso de benefcios e servios. 3 As aes de promoo da qualidade de vida da pessoa portadora de deficincia devero tambm assegurar a igualdade de oportunidades no campo da sade. Art. 17. beneficiria do processo de reabilitao a pessoa que apresenta deficincia, qualquer que seja sua natureza, agente causal ou grau de severidade. 1 Considera-se reabilitao o processo de durao limitada e com objetivo definido, destinado a permitir que a pessoa com deficincia alcance o nvel fsico, mental ou social funcional timo, proporcionando-lhe os meios de modificar sua prpria vida, podendo compreender medidas visando a compensar a perda de uma funo ou uma limitao funcional e facilitar ajustes ou reajustes sociais.

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2 Para efeito do disposto neste artigo, toda pessoa que apresente reduo funcional devidamente diagnosticada por equipe multiprofissional ter direito a beneficiar-se dos processos de reabilitao necessrios para corrigir ou modificar seu estado fsico, mental ou sensorial, quando este constitua obstculo para sua integrao educativa, laboral e social. Art. 18. Incluem-se na assistncia integral sade e reabilitao da pessoa portadora de deficincia a concesso de rteses, prteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado que tais equipamentos complementam o atendimento, aumentando as possibilidades de independncia e incluso da pessoa portadora de deficincia. Art. 19. Consideram-se ajudas tcnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos que permitem compensar uma ou mais limitaes funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficincia, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicao e da mobilidade e de possibilitar sua plena incluso social. Pargrafo nico. So ajudas tcnicas: I - prteses auditivas, visuais e fsicas; II - rteses que favoream a adequao funcional; III - equipamentos e elementos necessrios terapia e reabilitao da pessoa portadora de deficincia; IV - equipamentos, maquinarias e utenslios de trabalho especialmente desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficincia; V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessrios para facilitar a autonomia e a segurana da pessoa portadora de deficincia; VI - elementos especiais para facilitar a comunicao, a informao e a sinalizao para pessoa portadora de deficincia; VII - equipamentos e material pedaggico especial para educao, capacitao e recreao da pessoa portadora de deficincia; VIII - adaptaes ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia. Art. 20. considerado parte integrante do processo de reabilitao o provimento de medicamentos que favoream a estabilidade clnica e funcional e auxiliem na limitao da incapacidade, na reeducao funcional e no controle das leses que geram incapacidades. Art. 21. O tratamento e a orientao psicolgica sero prestados durante as distintas fases do processo reabilitador, destinados a contribuir para que a

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pessoa portadora de deficincia atinja o mais pleno desenvolvimento de sua personalidade. Pargrafo nico. O tratamento e os apoios psicolgicos sero simultneos aos tratamentos funcionais e, em todos os casos, sero concedidos desde a comprovao da deficincia ou do incio de um processo patolgico que possa origin-la. Art. 22. Durante a reabilitao, ser propiciada, se necessria, assistncia em sade mental com a finalidade de permitir que a pessoa submetida a esta prestao desenvolva ao mximo suas capacidades. Art. 23. Ser fomentada a realizao de estudos epidemiolgicos e clnicos, com periodicidade e abrangncia adequadas, de modo a produzir informaes sobre a ocorrncia de deficincias e incapacidades. Seo II Do Acesso Educao Art. 24. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta responsveis pela educao dispensaro tratamento prioritrio e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuzo de outras, as seguintes medidas: I - a matrcula compulsria em cursos regulares de estabelecimentos pblicos e particulares de pessoa portadora de deficincia capazes de se integrar na rede regular de ensino; II - a incluso, no sistema educacional, da educao especial como modalidade de educao escolar que permeia transversalmente todos os nveis e as modalidades de ensino; III - a insero, no sistema educacional, das escolas ou instituies especializadas pblicas e privadas; IV - a oferta, obrigatria e gratuita, da educao especial em estabelecimentos pblicos de ensino; V - o oferecimento obrigatrio dos servios de educao especial ao educando portador de deficincia em unidades hospitalares e congneres nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano; e VI - o acesso de aluno portador de deficincia aos benefcios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo. 1 Entende-se por educao especial, para os efeitos deste Decreto, a modalidade de educao escolar oferecida preferencialmente na rede regular de

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ensino para educando com necessidades educacionais especiais, entre eles o portador de deficincia. 2 A educao especial caracteriza-se por constituir processo flexvel, dinmico e individualizado, oferecido principalmente nos nveis de ensino considerados obrigatrios. 3 A educao do aluno com deficincia dever iniciar-se na educao infantil, a partir de zero ano. 4 A educao especial contar com equipe multiprofissional, com a adequada especializao, e adotar orientaes pedaggicas individualizadas. 5 Quando da construo e reforma de estabelecimentos de ensino dever ser observado o atendimento as normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT relativas acessibilidade. Art. 25. Os servios de educao especial sero ofertados nas instituies de ensino pblico ou privado do sistema de educao geral, de forma transitria ou permanente, mediante programas de apoio para o aluno que est integrado no sistema regular de ensino, ou em escolas especializadas exclusivamente quando a educao das escolas comuns no puder satisfazer as necessidades educativas ou sociais do aluno ou quando necessrio ao bem-estar do educando. Art. 26. As instituies hospitalares e congneres devero assegurar atendimento pedaggico ao educando portador de deficincia internado nessas unidades por prazo igual ou superior a um ano, com o propsito de sua incluso ou manuteno no processo educacional. Art. 27. As instituies de ensino superior devero oferecer adaptaes de provas e os apoios necessrios, previamente solicitados pelo aluno portador de deficincia, inclusive tempo adicional para realizao das provas, conforme as caractersticas da deficincia. 1 As disposies deste artigo aplicam-se, tambm, ao sistema geral do processo seletivo para ingresso em cursos universitrios de instituies de ensino superior. 2 O Ministrio da Educao, no mbito da sua competncia, expedir instrues para que os programas de educao superior incluam nos seus currculos contedos, itens ou disciplinas relacionados pessoa portadora de deficincia. Art. 28. O aluno portador de deficincia matriculado ou egresso do ensino fundamental ou mdio, de instituies pblicas ou privadas, ter acesso educao profissional, a fim de obter habilitao profissional que lhe proporcione oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.

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1 A educao profissional para a pessoa portadora de deficincia ser oferecida nos nveis bsico, tcnico e tecnolgico, em escola regular, em instituies especializadas e nos ambientes de trabalho. 2 As instituies pblicas e privadas que ministram educao profissional devero, obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nvel bsico pessoa portadora de deficincia, condicionando a matrcula sua capacidade de aproveitamento e no a seu nvel de escolaridade. 3 Entende-se por habilitao profissional o processo destinado a propiciar pessoa portadora de deficincia, em nvel formal e sistematizado, aquisio de conhecimentos e habilidades especificamente associados a determinada profisso ou ocupao. 4 Os diplomas e certificados de cursos de educao profissional expedidos por instituio credenciada pelo Ministrio da Educao ou rgo equivalente tero validade em todo o territrio nacional. Art. 29. As escolas e instituies de educao profissional oferecero, se necessrio, servios de apoio especializado para atender s peculiaridades da pessoa portadora de deficincia, tais como: I - adaptao dos recursos instrucionais: material pedaggico, equipamento e currculo; II - capacitao dos recursos humanos: professores, instrutores e profissionais especializados; e III - adequao dos recursos fsicos: eliminao de barreiras arquitetnicas, ambientais e de comunicao. Seo III Da Habilitao e da Reabilitao Profissional Art. 30. A pessoa portadora de deficincia, beneficiria ou no do Regime Geral de Previdncia Social, tem direito s prestaes de habilitao e reabilitao profissional para capacitar-se a obter trabalho, conserv-lo e progredir profissionalmente. Art. 31. Entende-se por habilitao e reabilitao profissional o processo orientado a possibilitar que a pessoa portadora de deficincia, a partir da identificao de suas potencialidades laborativas, adquira o nvel suficiente de desenvolvimento profissional para ingresso e reingresso no mercado de trabalho e participar da vida comunitria. Art. 32. Os servios de habilitao e reabilitao profissional devero estar dotados dos recursos necessrios para atender toda pessoa portadora de deficincia, independentemente da origem de sua deficincia, desde que possa

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ser preparada para trabalho que lhe seja adequado e tenha perspectivas de obter, conservar e nele progredir. Art. 33. A orientao profissional ser prestada pelos correspondentes servios de habilitao e reabilitao profissional, tendo em conta as potencialidades da pessoa portadora de deficincia, identificadas com base em relatrio de equipe multiprofissional, que dever considerar: I - educao escolar efetivamente recebida e por receber; II - expectativas de promoo social; III - possibilidades de emprego existentes em cada caso; IV - motivaes, atitudes e preferncias profissionais; e V - necessidades do mercado de trabalho. Seo IV Do Acesso ao Trabalho Art. 34. finalidade primordial da poltica de emprego a insero da pessoa portadora de deficincia no mercado de trabalho ou sua incorporao ao sistema produtivo mediante regime especial de trabalho protegido. Pargrafo nico. Nos casos de deficincia grave ou severa, o cumprimento do disposto no caput deste artigo poder ser efetivado mediante a contratao das cooperativas sociais de que trata a Lei n 9.867, de 10 de novembro de 1999. Art. 35. So modalidades de insero laboral da pessoa portadora de deficincia: I - colocao competitiva: processo de contratao regular, nos termos da legislao trabalhista e previdenciria, que independe da adoo de procedimentos especiais para sua concretizao, no sendo excluda a possibilidade de utilizao de apoios especiais; II - colocao seletiva: processo de contratao regular, nos termos da legislao trabalhista e previdenciria, que depende da adoo de procedimentos e apoios especiais para sua concretizao; e III - promoo do trabalho por conta prpria: processo de fomento da ao de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autnomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista emancipao econmica e pessoal. 1 As entidades beneficentes de assistncia social, na forma da lei, podero intermediar a modalidade de insero laboral de que tratam os incisos II e III, nos seguintes casos: I - na contratao para prestao de servios, por entidade pblica ou privada, da pessoa portadora de deficincia fsica, mental ou sensorial; e

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II - na comercializao de bens e servios decorrentes de programas de habilitao profissional de adolescente e adulto portador de deficincia em oficina protegida de produo ou teraputica. 2 Consideram-se procedimentos especiais os meios utilizados para a contratao de pessoa que, devido ao seu grau de deficincia, transitria ou permanente, exija condies especiais, tais como jornada varivel, horrio flexvel, proporcionalidade de salrio, ambiente de trabalho adequado s suas especificidades, entre outros. 3 Consideram-se apoios especiais a orientao, a superviso e as ajudas tcnicas entre outros elementos que auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitaes funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficincia, de modo a superar as barreiras da mobilidade e da comunicao, possibilitando a plena utilizao de suas capacidades em condies de normalidade. 4 Considera-se oficina protegida de produo a unidade que funciona em relao de dependncia com entidade pblica ou beneficente de assistncia social, que tem por objetivo desenvolver programa de habilitao profissional para adolescente e adulto portador de deficincia, provendo-o com trabalho remunerado, com vista emancipao econmica e pessoal relativa. 5 Considera-se oficina protegida teraputica a unidade que funciona em relao de dependncia com entidade pblica ou beneficente de assistncia social, que tem por objetivo a integrao social por meio de atividades de adaptao e capacitao para o trabalho de adolescente e adulto que devido ao seu grau de deficincia, transitria ou permanente, no possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivo de trabalho ou em oficina protegida de produo. 6 O perodo de adaptao e capacitao para o trabalho de adolescente e adulto portador de deficincia em oficina protegida teraputica no caracteriza vnculo empregatcio e est condicionado a processo de avaliao individual que considere o desenvolvimento biopsicosocial da pessoa. 7 A prestao de servios ser feita mediante celebrao de convnio ou contrato formal, entre a entidade beneficente de assistncia social e o tomador de servios, no qual constar a relao nominal dos trabalhadores portadores de deficincia colocados disposio do tomador. 8 A entidade que se utilizar do processo de colocao seletiva dever promover, em parceria com o tomador de servios, programas de preveno de doenas profissionais e de reduo da capacidade laboral, bem assim programas de reabilitao caso ocorram patologias ou se manifestem outras incapacidades. Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados est obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com beneficirios da Previdncia Social 34

reabilitados ou com pessoa portadora de deficincia habilitada, na seguinte proporo: I - at duzentos empregados, dois por cento; II - de duzentos e um a quinhentos empregados, trs por cento; III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou IV - mais de mil empregados, cinco por cento. 1 A dispensa de empregado na condio estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por prazo determinado, superior a noventa dias, e a dispensa imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poder ocorrer aps a contratao de substituto em condies semelhantes. 2 Considera-se pessoa portadora de deficincia habilitada aquela que concluiu curso de educao profissional de nvel bsico, tcnico ou tecnolgico, ou curso superior, com certificao ou diplomao expedida por instituio pblica ou privada, legalmente credenciada pelo Ministrio da Educao ou rgo equivalente, ou aquela com certificado de concluso de processo de habilitao ou reabilitao profissional fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS. 3 Considera-se, tambm, pessoa portadora de deficincia habilitada aquela que, no tendo se submetido a processo de habilitao ou reabilitao, esteja capacitada para o exerccio da funo. 4 A pessoa portadora de deficincia habilitada nos termos dos 2 e 3 deste artigo poder recorrer intermediao de rgo integrante do sistema pblico de emprego, para fins de incluso laboral na forma deste artigo. 5 Compete ao Ministrio do Trabalho e Emprego estabelecer sistemtica de fiscalizao, avaliao e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e formulrios que propiciem estatsticas sobre o nmero de empregados portadores de deficincia e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no caput deste artigo. Art. 37. Fica assegurado pessoa portadora de deficincia o direito de se inscrever em concurso pblico, em igualdade de condies com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que portador. 1 O candidato portador de deficincia, em razo da necessria igualdade de condies, concorrer a todas as vagas, sendo reservado no mnimo o percentual de cinco por cento em face da classificao obtida. 2 Caso a aplicao do percentual de que trata o pargrafo anterior resulte em nmero fracionado, este dever ser elevado at o primeiro nmero inteiro subseqente. 35

Art. 38. No se aplica o disposto no artigo anterior nos casos de provimento de: I - cargo em comisso ou funo de confiana, de livre nomeao e exonerao; e II - cargo ou emprego pblico integrante de carreira que exija aptido plena do candidato. Art. 39. Os editais de concursos pblicos devero conter: I - o nmero de vagas existentes, bem como o total correspondente reserva destinada pessoa portadora de deficincia; II - as atribuies e tarefas essenciais dos cargos; III - previso de adaptao das provas, do curso de formao e do estgio probatrio, conforme a deficincia do candidato; e IV - exigncia de apresentao, pelo candidato portador de deficincia, no ato da inscrio, de laudo mdico atestando a espcie e o grau ou nvel da deficincia, com expressa referncia ao cdigo correspondente da Classificao Internacional de Doena - CID, bem como a provvel causa da deficincia. Art. 40. vedado autoridade competente obstar a inscrio de pessoa portadora de deficincia em concurso pblico para ingresso em carreira da Administrao Pblica Federal direta e indireta. 1 No ato da inscrio, o candidato portador de deficincia que necessite de tratamento diferenciado nos dias do concurso dever requer-lo, no prazo determinado em edital, indicando as condies diferenciadas de que necessita para a realizao das provas. 2 O candidato portador de deficincia que necessitar de tempo adicional para realizao das provas dever requer-lo, com justificativa acompanhada de parecer emitido por especialista da rea de sua deficincia, no prazo estabelecido no edital do concurso. Art. 41. A pessoa portadora de deficincia, resguardadas as condies especiais previstas neste Decreto, participar de concurso em igualdade de condies com os demais candidatos no que concerne: I - ao contedo das provas; II - avaliao e aos critrios de aprovao; III - ao horrio e ao local de aplicao das provas; e IV - nota mnima exigida para todos os demais candidatos.

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Art. 42. A publicao do resultado final do concurso ser feita em duas listas, contendo, a primeira, a pontuao de todos os candidatos, inclusive a dos portadores de deficincia, e a segunda, somente a pontuao destes ltimos. Art. 43. O rgo responsvel pela realizao do concurso ter a assistncia de equipe multiprofissional composta de trs profissionais capacitados e atuantes nas reas das deficincias em questo, sendo um deles mdico, e trs profissionais integrantes da carreira almejada pelo candidato. 1 A equipe multiprofissional emitir parecer observando: I - as informaes prestadas pelo candidato no ato da inscrio; II - a natureza das atribuies e tarefas essenciais do cargo ou da funo a desempenhar; III - a viabilidade das condies de acessibilidade e as adequaes do ambiente de trabalho na execuo das tarefas; IV - a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamentos ou outros meios que habitualmente utilize; e V - a CID e outros padres reconhecidos nacional e internacionalmente. 2 A equipe multiprofissional avaliar a compatibilidade entre as atribuies do cargo e a deficincia do candidato durante o estgio probatrio. Art. 44. A anlise dos aspectos relativos ao potencial de trabalho do candidato portador de deficincia obedecer ao disposto no art. 20 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Art. 45. Sero implementados programas de formao e qualificao profissional voltados para a pessoa portadora de deficincia no mbito do Plano Nacional de Formao Profissional - PLANFOR. Pargrafo nico. Os programas de formao e qualificao profissional para pessoa portadora de deficincia tero como objetivos: I - criar condies que garantam a toda pessoa portadora de deficincia o direito a receber uma formao profissional adequada; II - organizar os meios de formao necessrios para qualificar a pessoa portadora de deficincia para a insero competitiva no mercado laboral; e III - ampliar a formao e qualificao profissional sob a base de educao geral para fomentar o desenvolvimento harmnico da pessoa portadora de deficincia, assim como para satisfazer as exigncias derivadas do progresso tcnico, dos novos mtodos de produo e da evoluo social e econmica. Seo V

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Da Cultura, do Desporto, do Turismo e do Lazer Art. 46. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta responsveis pela cultura, pelo desporto, pelo turismo e pelo lazer dispensaro tratamento prioritrio e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, com vista a viabilizar, sem prejuzo de outras, as seguintes medidas: I - promover o acesso da pessoa portadora de deficincia aos meios de comunicao social; II - criar incentivos para o exerccio de atividades criativas, mediante: a) participao da pessoa portadora de deficincia em concursos de prmios no campo das artes e das letras; e b) exposies, publicaes e representaes artsticas de pessoa portadora de deficincia; III - incentivar a prtica desportiva formal e no-formal como direito de cada um e o lazer como forma de promoo social; IV - estimular meios que facilitem o exerccio de atividades desportivas entre a pessoa portadora de deficincia e suas entidades representativas; V - assegurar a acessibilidade s instalaes desportivas dos estabelecimentos de ensino, desde o nvel pr-escolar at universidade; VI - promover a incluso de atividades desportivas para pessoa portadora de deficincia na prtica da educao fsica ministrada nas instituies de ensino pblicas e privadas; VII - apoiar e promover a publicao e o uso de guias de turismo com informao adequada pessoa portadora de deficincia; e VIII - estimular a ampliao do turismo pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, mediante a oferta de instalaes hoteleiras acessveis e de servios adaptados de transporte. Art. 47. Os recursos do Programa Nacional de Apoio Cultura financiaro, entre outras aes, a produo e a difuso artstico-cultural de pessoa portadora de deficincia. Pargrafo nico. Os projetos culturais financiados com recursos federais, inclusive oriundos de programas especiais de incentivo cultura, devero facilitar o livre acesso da pessoa portadora de deficincia, de modo a possibilitar-lhe o pleno exerccio dos seus direitos culturais. Art. 48. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta, promotores ou financiadores de atividades desportivas e de lazer,

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devem concorrer tcnica e financeiramente para obteno dos objetivos deste Decreto. Pargrafo nico. Sero prioritariamente apoiadas a manifestao desportiva de rendimento e a educacional, compreendendo as atividades de: I - desenvolvimento de recursos humanos especializados; II - promoo de competies desportivas internacionais, nacionais, estaduais e locais; III - pesquisa cientfica, desenvolvimento tecnolgico, documentao e informao; e IV - construo, ampliao, recuperao e adaptao de instalaes desportivas e de lazer. CAPTULO VIII DA POLTICA DE CAPACITAO DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS Art. 49. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta, responsveis pela formao de recursos humanos, devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritrio e adequado, viabilizando, sem prejuzo de outras, as seguintes medidas: I - formao e qualificao de professores de nvel mdio e superior para a educao especial, de tcnicos de nvel mdio e superior especializados na habilitao e reabilitao, e de instrutores e professores para a formao profissional; II - formao e qualificao profissional, nas diversas reas de conhecimento e de recursos humanos que atendam s demandas da pessoa portadora de deficincia; e III - incentivo pesquisa e ao desenvolvimento tecnolgico em todas as reas do conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficincia. CAPTULO IX DA ACESSIBILIDADE NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL Art. 50. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta adotaro providncias para garantir a acessibilidade e a utilizao dos bens e servios, no mbito de suas competncias, pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, mediante a eliminao de barreiras arquitetnicas e obstculos, bem como evitando a construo de novas barreiras. Art. 51. Para os efeitos deste Captulo, consideram-se:

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I - acessibilidade: possibilidade e condio de alcance para utilizao, com segurana e autonomia, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das instalaes e equipamentos esportivos, das edificaes, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicao, por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida; II - barreiras: qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de movimento e a circulao com segurana das pessoas, classificadas em: a) barreiras arquitetnicas urbansticas: as existentes nas vias pblicas e nos espaos de uso pblico; b) barreiras arquitetnicas na edificao: as existentes no interior dos edifcios pblicos e privados; c) barreiras nas comunicaes: qualquer entrave ou obstculo que dificulte ou impossibilite a expresso ou o recebimento de mensagens por intermdio dos meios ou sistemas de comunicao, sejam ou no de massa; III - pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida: a que temporria ou permanentemente tenha limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio ambiente e de utiliz-lo; IV - elemento da urbanizao: qualquer componente das obras de urbanizao, tais como os referentes a pavimentao, saneamento, encanamentos para esgotos, distribuio de energia eltrica, iluminao pblica, abastecimento e distribuio de gua, paisagismo e os que materializam as indicaes do planejamento urbanstico; e V - mobilirio urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaos pblicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanizao ou da edificao, de forma que sua modificao ou translado no provoque alteraes substanciais nestes elementos, tais como semforos, postes de sinalizao e similares, cabines telefnicas, fontes pblicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza anloga. Art. 52. A construo, ampliao e reforma de edifcios, praas e equipamentos esportivos e de lazer, pblicos e privados, destinados ao uso coletivo devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida. Pargrafo nico. Para os fins do disposto neste artigo, na construo, ampliao ou reforma de edifcios, praas e equipamentos esportivos e de lazer, pblicos e privados, destinados ao uso coletivo por rgos da Administrao Pblica Federal, devero ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:

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I - nas reas externas ou internas da edificao, destinadas a garagem e a estacionamento de uso pblico, sero reservados dois por cento do total das vagas pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, garantidas no mnimo trs, prximas dos acessos de circulao de pedestres, devidamente sinalizadas e com as especificaes tcnicas de desenho e traado segundo as normas da ABNT; II - pelo menos um dos acessos ao interior da edificao dever estar livre de barreiras arquitetnicas e de obstculos que impeam ou dificultem a acessibilidade da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida; III - pelo menos um dos itinerrios que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependncias e servios do edifcio, entre si e com o exterior, cumprir os requisitos de acessibilidade; IV - pelo menos um dos elevadores dever ter a cabine, assim como sua porta de entrada, acessveis para pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, em conformidade com norma tcnica especfica da ABNT; e V - os edifcios disporo, pelo menos, de um banheiro acessvel para cada gnero, distribuindo-se seus equipamentos e acessrios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida. Art. 53. As bibliotecas, os museus, os locais de reunies, conferncias, aulas e outros ambientes de natureza similar disporo de espaos reservados para pessoa que utilize cadeira de rodas e de lugares especficos para pessoa portadora de deficincia auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com as normas tcnicas da ABNT, de modo a facilitar-lhes as condies de acesso, circulao e comunicao. Art. 54. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal, no prazo de trs anos a partir da publicao deste Decreto, devero promover as adaptaes, eliminaes e supresses de barreiras arquitetnicas existentes nos edifcios e espaos de uso pblico e naqueles que estejam sob sua administrao ou uso. CAPTULO X Do Sistema Integrado de Informaes Art. 55. Fica institudo, no mbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do Ministrio da Justia, o Sistema Nacional de Informaes sobre Deficincia, sob a responsabilidade da CORDE, com a finalidade de criar e manter bases de dados, reunir e difundir informao sobre a situao das pessoas portadoras de deficincia e fomentar a pesquisa e o estudo de todos os aspectos que afetem a vida dessas pessoas. Pargrafo nico. Sero produzidas, periodicamente, estatsticas e informaes, podendo esta atividade realizar-se conjuntamente com os censos nacionais, pesquisas nacionais, regionais e locais, em estreita colaborao com

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universidades, institutos de pesquisa e organizaes para pessoas portadoras de deficincia. CAPTULO XI DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 56. A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, com base nas diretrizes e metas do Plano Plurianual de Investimentos, por intermdio da CORDE, elaborar, em articulao com outros rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, o Plano Nacional de Aes Integradas na rea das Deficincias. Art. 57. Fica criada, no mbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, comisso especial, com a finalidade de apresentar, no prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua constituio, propostas destinadas a: I - implementar programa de formao profissional mediante a concesso de bolsas de qualificao para a pessoa portadora de deficincia, com vistas a estimular a aplicao do disposto no art. 36; e II - propor medidas adicionais de estmulo adoo de trabalho em tempo parcial ou em regime especial para a pessoa portadora de deficincia. Pargrafo nico. A comisso especial de que trata o caput deste artigo ser composta por um representante de cada rgo e entidade a seguir indicados: I - CORDE; II - CONADE; III - Ministrio do Trabalho e Emprego; IV - Secretaria de Estado de Assistncia Social do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social; V - Ministrio da Educao; VI - Ministrio dos Transportes; VII - Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada; e VIII - INSS. Art. 58. A CORDE desenvolver, em articulao com rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, programas de facilitao da acessibilidade em stios de interesse histrico, turstico, cultural e desportivo, mediante a remoo de barreiras fsicas ou arquitetnicas que impeam ou dificultem a locomoo de pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida. Art. 59. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicao,

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Art. 60. Ficam revogados os Decretos ns 93.481, de 29 de outubro de 1986, 914, de 6 de setembro de 1993, 1.680, de 18 de outubro de 1995, 3.030, de 20 de abril de 1999, o 2 do art. 141 do Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999, e o Decreto n e 3.076, de 1 de junho de 1999. Braslia, 20 de dezembro de 1999; 178 da Independncia e 111 da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Ofcio n 124/2002/COGLE/SRH/MP Braslia, 17 de maio de 2002. Senhora Chefe, Refiro-me ao Ofcio DERHU n 007/2002, de 25 de abril de 2002, onde Vossa Senhoria solicita esclarecimentos desta Coordenao-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao acerca da aplicao dos 1 e 2 do art. 37 do Decreto n 3.298, de 21 de dezembro de 1999, que trata da aplicao do percentual fracionrio a candidatos na condio de deficientes, quando o nmero resultante do total de vagas no for inteiro. 2. Consoante consta do item 1.2 do Edital n 01/2001, de 26 de setembro de 2001, as vagas destinadas para o concurso pblico no cargo de Analista de Comunicao em Jornalismo, atividade Reportagem, perfazem um total de 24 e os 1 e 2 do art. 37 do Decreto n 3.298, dispem o seguinte: "Art. 37 Fica assegurado pessoa portadora de deficincia o direito de se inscrever em concurso pblico, em igualdade de condies com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que portador. 1 O candidato portador de deficincia, em razo da necessria igualdade de condies, concorrer a todas as vagas, sendo reservado no mnimo o percentual de cinco por cento em face da classificao obtida. 2 Caso a aplicao do percentual de que trata o pargrafo anterior resulte em nmero fracionado, este dever ser elevado at o primeiro nmero inteiro subsequente. (grifo nosso)" 3. No item 4.1 do edital regulador do evento foram reservados 5% (cinco por cento) das vagas para portador de deficincia. Assim para Analista de Comunicao em Jornalismo, atividade Reportagem, so 24 (vinte e quatro) vagas, item 1.2 do Edital Regulador, e aplicando-se o disposto no item 02, iremos chegar a um nmero fracionrio, qual seja, 1,2 ( um vrgula dois) o que ser arredondado para 02 (dois), haja vista o disposto no 2 do art. 37 do Decreto n 3.298/1999.

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4. Diante do exposto, para o cargo acima citado sero classificados na condio de deficiente, listagem separada, 02 (dois) candidatos, e a candidata JULIANA MENEZES DE CASTRO, aprovada no certame, conforme consta no Ofcio DERHU n 07, de 25 de abril de 2002, constar na homologao final do evento, como 2 classificada. 5. Finalizando, lembro que quando da publicao do Edital de Abertura de inscries do certame em Dirio Oficial da Unio, especificamente o item 1.2, j devia constar o quantitativo de vagas reservadas para deficiente em cada cargo, conforme determina o inciso I do art. 39 do aludido Decreto, que dispe o seguinte: "Art. 39 Os Editais de concurso devero conter: I o nmero de vagas existentes, bem como o total correspondente reserva destinada a pessoa portadora de deficincia;"

Atenciosamente, CYNTHIA BELTRO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao MINISTRIO DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO Secretaria de Recursos Humanos Coordenao-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao

Ementa: Trata-se de consulta acerca categorias da rea mdica.

da prorrogao de concurso pblico para

Nota Tcnica n 28/2003/COGLE/SRH/MP Braslia, 30 de abril de 2003.

Assunto: Prorrogao de concurso pblico Refiro-me ao Processo n 04500.000894/2003-17, onde consta o Ofcio n 254/FUB, datado de 08 de abril de 2003, da Fundao Universidade de Braslia-FUB referente prorrogao de concurso pblico, objeto do Edital de Abertura de Inscries n 01/2002, de 01 de maio de 2002, realizado por aquela Entidade para diversas categorias funcionais na rea mdica, tendo em vista o disposto no 1 do art. 1 do Decreto n 4.175, de 27 de maro de 2002. 2. Sobre o assunto, importante citar o contido 1 do art. 1 do Decreto n 4.175, de 27 de maro de 2002, que assim dispe:

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Art. 1- A seleo de candidatos para o ingresso no servio pblico federal ocorrer de modo a permitir a renovao continua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade oramentria. 1 - A validade dos concursos pblicos poder ser de at um ano, prorrogvel por igual perodo. 2 - O disposto no 1 poder aplicar-se aos concursos vigentes, a critrio do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, desde que os respectivos editais no estabeleam prazos mais longo.(grifo nosso) 3. Analisando o instrumento regulador do evento, contido nos autos do processo, verificou-se que o Edital n 02, de 14 de maio de 2002, que retifica o Edital n 01, no tocante ao prazo de validade, estabelece prazo de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por perodo igual, portanto de acordo com a legislao vigente, e logo entendemos ser vivel a prorrogao do certame. 4. Todavia, a autorizao deve ser concedida pela Secretaria de Gesto deste Ministrio, conforme disposto no art. 3 do Decreto n 4.175, de 2002, que assim dispe: Art. 3- O rgo ou entidade interessado em realizar concurso pblico ou nomear candidato habilitado dever apresentar Secretaria de Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto justificativa fundamentada, com indicao de vagas a serem providas e comprovao de disponibilidade oramentria. 5. Com estes esclarecimentos e tendo em vista o disposto na Portaria n 45, de 24 de abril de 2003, submeto a presente Nota Tcnica apreciao da Coordenadora-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao, sugerindo o encaminhamento Secretaria de Gesto.

Braslia, 28 de abril de 2003.

DAVID FALCO PIMENTEL HOLANDA Mat. SIAPE N 0659825

RENATA VILA NOVA MOURA Chefe da DIORC

De acordo. Encaminhe-se o presente processo apreciao do Senhor Secretario de Recursos Humanos, sugerindo o encaminhamento Secretaria de Gesto do MP para cincia.

Braslia, 29 de abril de 2003.

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CYNTHIA BELTRO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematizao e Aplicao da Legislao Encaminhe-se SEGES/MP para cincia e providncias cabveis. Braslia, 30 de abril de 2003. LUS FERNANADO SILVA Secretrio de Recursos Humanos SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS ORIENTAO NORMATIVA N 2, DE 25 DE MARO DE 2002 Programas de formao. Averbao de Tempo de Servio referente a tempo de cursos de formao aps a posse em cargo pblico. Impossibilidade de desconto para o PSS, durante o curso. Averbao do tempo anterior promulgao da Emenda Constitucional n 20, de 1998. Curso posterior data da Emenda: cobrana e recolhimento das importncias referentes contribuio aps a posse, conforme Deciso n 322/1999, do Tribunal de Contas da Unio. Necessidade de constar do edital de concurso pblico orientao quanto cobrana das contribuies. A presente Orientao Normativa visa a esclarecer aos rgos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC, sobre os efeitos do tempo de curso de formao, aps a posse dos candidatos em cargo pblico, relativamente averbao desse tempo para fins de aposentadoria. 1.A Medida Provisria n 1.195, de 24 de novembro de 1995, determinou, no art. 13, pargrafo nico, que "Aprovado o candidato no programa de formao, o tempo destinado ao seu cumprimento ser computado, para todos o efeitos, como de efetivo exerccio no cargo pblico em que venha a ser investido.". 2.A partir da edio da Medida Provisria n1.480-37, de 05 de dezembro de 1997, esse pargrafo nico, agora transformado em 2, foi alterado com o acrscimo da seguinte expresso: "exceto para fins de estgio probatrio, estabilidade, frias e promoo.", redao mantida pela MP n 1.644-41, convertida na Lei n 9.624, de 02 de abril de 1998. 3.Assim, os procedimentos a serem adotados em relao averbao de tempo de servio decorrente de participao em programas de formao devero obedecer s seguintes orientaes: a)at 16 de dezembro de 1998, data da publicao da Emenda Constitucional n 20, de 1998, o tempo de servio ser averbado, independentemente de comprovao de contribuio, nos termos do art. 14, 2 da Lei n 9.624, de 2 de abril de 1998; b)aps essa data, tendo em vista a impossibilidade legal de serem efetuados os descontos sobre auxlio pago durante o curso aos candidatos no-servidores - bem 46

assim aos servidores que por ele optarem -, se aprovados e quando nomeados, aps a posse, e mediante autorizao formal, devero ser recol