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  • 8/14/2019 Manutencao 24manu2

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    A U L A

    Um mecnico de manuteno foi encarrega-do de verificar o estado das correias de trs mquinas operatrizes: uma furadeirade coluna; um torno mecnico convencional e uma plaina limadora. A correia

    da furadeira estava com rachaduras, a do torno tinha as paredes laterais gastase a da plaina limadora apresentava vibraes excessivas.

    Como o tcnico solucionou os problemas? Quais as causas de tantosproblemas?

    Nesta aula estudaremos os danos tpicos que as correias sofrem,suas provveis causas e as solues recomendadas para resolver os problemasdas correias. Estudaremos, tambm, as vantagens das transmisses comcorreias em V.

    Danos tpicos das correias

    As correias, inevitavelmente, sofrem esforos durante todo o tempo em queestiverem operando, pois esto sujeitas s foras de atrito e de trao. As forasde atrito geram calor e desgaste, e as foras de trao produzem alongamentosque vo lasseando-as. Alm desses dois fatores, as correias esto sujeitas scondies do meio ambiente como umidade, poeira, resduos, substnciasqumicas, que podem agredi-las.

    Um dano tpico que uma correia pode sofrer a rachadura. As causas maiscomuns deste dano so: altas temperaturas, polias com dimetros incompat-

    veis, deslizamento durante a transmisso, que provoca o aquecimento,e poeira. As rachaduras reduzem a tenso das correias e, conseqentemente,a sua eficincia.

    Polias e correias II

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    A U L AOutro dano tpico sofrido pelas correias sua fragilizao. As causas dafragilizao de uma correia so mltiplas, porm o excesso de calor uma dasprincipais. De fato, sendo vulcanizadas, as correias industriais suportam tempe-raturas compreendidas entre 60C e 70C, sem que seus materiais de construosejam afetados; contudo temperaturas acima desses limites diminuem sua vidatil. Correias submetidas a temperaturas superiores a 70C comeam a apresen-tar um aspecto pastoso e pegajoso.

    Um outro dano que as correias podem apresentar so os desgastes de suasparedes laterais. Esses desgastes indicam derrapagens constantes, e os motivospodem ser sujeira excessiva, polias com canais irregulares ou falta de tenso nascorreias. Materiais estranhos entre a correia e a polia podem ocasionar a quebra

    ou o desgaste excessivo. A contaminao por leo tambm pode acelerara deteriorao da correia.

    Outros fatores podem causar danos s correias, como desalinhamento dosistema; canais das polias gastos e vibraes excessivas. Em sistemas desali-nhados, normalmente, as correias se viram nos canais das polias. O empregode polias com canais mais profundos uma soluo para minimizar o excessode vibraes.

    Um outro fator que causa danos tanto s correias quanto s polias odesligamento entre esses dois elementos de mquinas. Os danos surgem nasseguintes situaes: toda vez que as correias estiverem gastas e deformadas pelotrabalho; quando os canais das polias estiverem desgastados pelo uso e quandoo sistema apresentar correias de diferentes fabricantes.

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    A U L A Os danos podero ser sanados com a eliminao do fator que estiverprejudicando o sistema de transmisso, ou seja, as polias ou o jogo de correias.

    possvel resumir os danos que as correias podem sofrer tabelandoos problemas, suas causas provveis e solues recomendadas.

    PROBLEMASPROBLEMASPROBLEMASPROBLEMASPROBLEMASCOMCOMCOMCOMCOM CORREIASCORREIASCORREIASCORREIASCORREIAS CAUSASCAUSASCAUSASCAUSASCAUSAS SOLUESSOLUESSOLUESSOLUESSOLUES

    Perda da cobertura einchamento.

    Excesso de leo. Lubrificar adequadamente;limpar polias e correias.

    Rachaduras Exposio ao tempo Proteger; trocar as correias

    Cortes Contato forado contra a

    polia; obstruo; contatocom outros materiais.

    Instalar adequadamente;

    verificar o comprimento dacorreia; remover obstruo.

    Derrapagem na polia Tenso insuficiente; poliamovida presa.

    Tensionar adequadamente;limpar e soltar a polia presa.

    Camada externa (envelope)gasta.

    Derrapagens constantes;sujeira excessiva.

    Tensionar adequadamente;alinhar o sistema; proteger.

    Envelope gastodesigualmente.

    Polias com canais irregula-res.

    Trocar as polias; limpar ecorrigir a polia.

    Separao de componentes. Polia fora dos padres;tenso excessiva.

    Redimensionar o sistema;instalar adequadamente.

    Cortes laterais. Polia fora dos padres. Redimensionar o sistema.

    Rompimento. Cargas momentneasexcessivas; materialestranho.

    Instalar adequadamente;operar adequadamente;proteger.

    Deslizamento ouderrapagem

    Polias desalinhadas; poliasgastas; vibrao excessiva.

    Alinhar o sistema; trocar aspolias.

    Endurecimento e rachadu-ras prematuras.

    Ambiente com altas tempe-raturas.

    Providenciar ventilao.

    Correias com squeal(chiado).

    Cargas momentneasexcessivas.

    Tensionar adequadamente.

    Alongamento excessivo. Polias gastas; tensoexcessiva; sistema insufici-ente (quantidades decorreias; tamanhos).

    Trocar as polias; tensionaradequadamente; verificar sea correia est correta emtermos dedimensionamento.

    Vibrao excessiva Tenso insuficiente;cordonis danificados.

    Tensionar adequadamente;trocar as correias.

    Correias muito longas oumuito curtas na instalao.

    Correias erradas; sistemaincorreto; esticador insufici-ente.

    Colocar correias corretas;verificar equipamentos.

    Jogo de correias malfeito nainstalao.

    Polias gastas; mistura decorreias novas com velhas;polias sem paralelismo;correias com marcasdiferentes.

    Trocar as polias; trocar ascorreias; alinhar o sistema;usar somente correiasnovas; usar correias damesma marca.

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    A U L AVantagens das transmisses com correias em V

    Assinale com X a alternativa correta.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Quais so as causas das rachaduras que podem surgir nas correias?a)a)a)a)a) ( ) Altas temperaturas, polias de dimetros pequenos, deslizamento

    na transmisso.b)b)b)b)b) ( ) Baixas temperaturas, polias de dimetros grandes, poeira e deslize

    de transmisso.c)c)c)c)c) ( ) Variao de velocidades, poeira, altas temperaturas.d)d)d)d)d) ( ) Velocidades fixas, altas temperaturas, polias de dimetros grandes.e)e)e)e)e) ( ) Velocidades altas, polias de dimetros grandes, altas temperaturas.

    OBSERVAESOBSERVAESOBSERVAESOBSERVAESOBSERVAESVANTAGENSVANTAGENSVANTAGENSVANTAGENSVANTAGENS

    Desembarao do espao Com as correias em V, a distncia entre oseixos pode ser to curta quanto as polias opermitam. As polias loucas so eliminadasdo sistema.

    Baixo custo de manuteno Um equipamento acionado por correias emV no requer a ateno constante do

    mecnico de manuteno.

    Absorvem choques Poupando a mquina, as correias em Vabsorvem os choques produzidos porengrenagens, mbolos, freios etc.

    So silenciosas Podem ser usadas em hospitais, auditrios,escritrios e instalaes similares, por nopossurem emendas ou grampos e trabalha-rem suavemente.

    No patinam facilmente Por sua forma trapezoidal, as correias emV aderem perfeitamente s paredesinclinadas das polias e asseguram velocida-des constantes, dispensando o uso de pastas

    adesivas, que sujam as mquinas e o piso.Poupam mancais Funcionando com baixa-tenso, no trazem

    sobrecargas aos mancais.

    Instalao fcil As correias em Voferecem maior facilida-de de instalao que as correias comuns,podendo trabalhar sobre polias de arosplanos, quando a relao de transmisso forigual ou superior a 1:3. Nessa condio, apolia menor ser sempre ranhurada.

    Alta resistncia trao e flexo Apresentam longa durabilidade e permitemtrabalhos ininterruptos.

    Permitem grandes relaes de transmisso Devido ao de cunha das correias em

    V sobre as polias ranhuradas, uma dadatransmisso pode funcionar com pequenoarco de contato sobre a polia menor,permitindo alta relao de velocidades e,em conseqncia, motores de altas rotaes.

    Limpeza No necessitando de lubrificantes, comoacontece nas transmisses de engrenagensou correntes, as correias em V proporcio-nam s instalaes e mquinas o mximode limpeza.

    Exerccios

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    A U L A Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Em qual faixa de temperatura as correias podem trabalhar sem sofreremincio de deteriorao?a) ( ) 70C a 90C;

    b) ( ) 100C a 120C;c) ( ) 60C a 70C;d) ( ) 60C a 100C;e) ( ) 120C a 150C.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira.Defeitos da correias SoluesDefeitos da correias SoluesDefeitos da correias SoluesDefeitos da correias SoluesDefeitos da correias Soluesa)a)a)a)a) Rachadura 1.1.1.1.1. ( ) Trocar as polias; trocar as correias; usar somen-

    b)b)b)b)b) Cortes laterais te correias novas.c)c)c)c)c) Patinao 2.2.2.2.2. ( ) Lubrificar adequadamente.d)d)d)d)d) Vibrao excessiva 3.3.3.3.3. ( ) Remover obstruo; verificar o comprimentoe)e)e)e)e) Jogo de correias da correia.

    malfeito 4.4.4.4.4. ( ) Tensionar adequadamente; alinhar o sistema;f)f)f)f)f) Cortes proteger.

    g)g)g)g)g) Envelope gasto 5.5.5.5.5. ( ) Proteger as correias ou troc-las.desigualmente 6.6.6.6.6. ( ) Redimensionar os sistemas.7.7.7.7.7. ( ) Limpar e corrigir as polias ou troc-las.8.8.8.8.8. ( ) Tensionar adequadamente ou trocar as

    correias.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Cite quatro vantagens que as correias em V apresentam.