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PROGRAMAS DE ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA PEP EXACTUS 002/ 2016 MÁQUINA E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE ENSAIOS MECÂNICOS VÁLVULA DE SEGURANÇA Relatório Final Emitido em 30/08/2016 Apoio:

MÁQUINA E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE ENSAIOS ... · Identificação de diferenças Inter laboratoriais; ... no meio e no final do período. ... destes ensaios foram utilizados

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PROGRAMAS DE ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA

PEP EXACTUS 002/ 2016

MÁQUINA E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE

ENSAIOS MECÂNICOS – VÁLVULA DE SEGURANÇA

Relatório Final

Emitido em 30/08/2016

Apoio:

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ENSAIO DE PROFICIÊNCIA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

VÁLVULA DE SEGURANÇA

Período de inscrição: 01/03/2016 a 29/04/2016

RELATÓRIO FINAL N° 002/16

ORGANIZAÇÃO PROMOTORA DO ENSAIO DE PROFICIÊNCIA

COMITÊ DE ORGANIZAÇÃO

Gerson Eduardo de Mello (Exactus Metrologia e Qualidade)

Diego Elias Ritter (Exactus Metrologia e Qualidade)

COMITÊ TÉCNICO

Alessandro de Souza (ABSI)

Exactus Metrologia e Qualidade

Endereço: Av Protásio Alves, 4629 - Sala 204

Porto Alegre - RS

CEP 91310-002

Telefone: (51) 93345870/ 93351509

E-mail para contato: [email protected]

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1 Sumário

2 Introdução ............................................................................................... 4

3 Materiais e Métodos .................................................................................. 5

3.1 Item de Ensaio ................................................................................................ 5

3.2 Metodologia do EP ........................................................................................... 5

3.3 Parâmetros ensaiados ...................................................................................... 6

3.4 Avaliação de Desempenho................................................................................ 7

3.5 Estabilidade do Item de Ensaio ......................................................................... 7

3.6 Valor Designado .............................................................................................. 8

4 Resultados ............................................................................................... 9

4.1 Análise de Normalidade .................................................................................... 9

4.2 Resultados dos participantes .......................................................................... 10

4.3 Erro Normalizado ........................................................................................... 12

5 Análise dos resultados e observações ....................................................... 13

5.1 Estabilidade e repetitividade do item de ensaio ................................................ 13

5.2 Metodologia adotada ..................................................................................... 13

5.3 Erros sistemáticos .......................................................................................... 14

6 Conclusões ............................................................................................. 14

7 Laboratórios Participantes ....................................................................... 16

8 Referências Bibliográficas ........................................................................ 17

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2 Introdução

Uma válvula de segurança é um dispositivo automático de alívio de pressão caracterizada por

uma abertura instantânea quando atingida a pressão de abertura e assim aliviando o gás. É

chamando de válvula de alívio o dispositivo semelhante que é utilizado para aliviar a pressão de um

líquido. Quando este dispositivo é projetado para aplicações com ambos os tipos de fluidos, tanto

gasoso ou líquido, trata-se de uma válvula de segurança e alivio.

As válvulas de segurança são de extrema importância sendo utilizadas em caldeiras e vasos de

pressão, conforme regulamentado no Brasil pela NR-13. Pois trata-se de um dispositivo de segurança

que atua como uma salvaguarda em caso de aumento de pressão, evitando assim uma ruptura ou

explosão com graves consequências.

Desta forma é obrigatória e verificação periódica da pressão de abertura das válvulas de

segurança e portanto é muito importante o desenvolvimento da metrologia associada a estes

ensaios.

O Ensaio de Proficiência (EP) é uma ferramenta indispensável para a determinação do

desempenho e avaliação da competência técnica de laboratórios em ensaios ou calibrações. A

participação dos laboratórios em programas de ensaio de proficiência (PEP) é fundamental para o

aumento da credibilidade dos resultados das medições e, consequentemente, facilitar o comércio

internacional e prevenir barreiras técnicas. De acordo com a norma ISO IEC 17043:2011 as

comparações interlaboratoriais são amplamente utilizadas para vários propósitos e seu uso vem

crescendo internacionalmente.

A Exactus Metrologia e Qualidade é uma empresa independente que realiza prestação de

serviços em assessoria e treinamentos nas áreas de metrologia e qualidade. No intuito de colaborar

ainda mais para o desenvolvimento metrológico dos laboratórios e organizações interessadas, a

empresa iniciou a atividade de Provedor de Ensaios de Proficiência (PEP) por comparação

interlaboratorial. Esta atividade visa demonstrar a competência nos controles da qualidade dos

laboratórios, a fim de que possam cumprir com as exigências de seus sistemas de gestão.

As Comparações interlaboratoriais têm como principais objetivos:

Avaliação do desempenho de laboratórios para ensaios ou medições específicas e

monitoramento do desempenho contínuo de laboratórios;

Identificação de problemas em laboratórios e início de ações de melhoria que podem estar

relacionadas, por exemplo, a ensaios ou procedimentos de medição inadequados, à

efetividade do treinamento da equipe e supervisão ou calibração de equipamentos;

Estabelecimento da efetividade e comparabilidade de métodos de ensaio ou métodos de

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medição;

Provimento de confiança adicional aos clientes do laboratório;

Identificação de diferenças Inter laboratoriais;

Educação de laboratórios participantes baseada em resultados das comparações Inter

laboratoriais;

Validação da incerteza declarada.

Este relatório apresenta os resultados da avaliação de desempenho dos participantes do

ensaio de proficiência com Válvula de Segurança, organizado pela Exactus Metrologia e Qualidade.

3 Materiais e Métodos

3.1 Item de Ensaio

Tabela 3.1 – Descrição do item de comparação

Equipamento Válvula de Segurança Criogênica Código 1.4308

Fabricante Herose Valor de nominal de abertura 17,00 bar

Modelo 06388 TUV SV 07-780 Valor de divisão ----

3.2 Metodologia do EP

Para este EP foi utilizada uma válvula de segurança criogênica. O instrumento ficou instalado

em uma bancada fixa no laboratório da empresa ABSI Service Comércio e Instrumentação LTDA,

localizado na Rua General Lecor, 979, Bairro Ipiranga – São Paulo – CEP 04213-021. Cada

participante se deslocou até o local para realização do ensaio. Optou-se por este método afim de

evitar os efeitos do transporte e deslocamento da válvula.

Os seguintes itens ficaram a disposição do técnico na bancada:

- Garrafa de Nitrogênio.

- Bancada para realização do ensaio dotada de copo de água e mangueira para verificação de

bolhas (foto abaixo).

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Figura 3.1 – Banca do ensaio.

Este EP foi tratado como um trabalho de rotina do laboratório de cada participante, onde cada

um deve utilizar seus procedimentos de rotina ou normas de referência nas medições.

Cada laboratório utilizou seus próprios padrões de pressão, sendo que todos os equipamentos

e padrões utilizados pelos laboratórios participantes deveriam estar rastreados a padrões nacionais

ou internacionais de medição. O Laboratório de referência do EP (ABSI) realizou o ensaio no item

imediatamente antes do início das comparações, no meio e no final do período. Os resultados

destes ensaios foram utilizados para a obtenção do valor designado.

3.3 Parâmetros ensaiados

Este EP contou com os seguintes parâmetros de ensaio:

Ensaio de vedação (conforme ou não conforme)

Pressão de abertura (abertura inicial), em bar

Pressão de fechamento, em bar

Ficou a critério de cada participante realizar ou não o ensaio de fechamento conforme seu

escopo. Para a análise estatística de desempenho foi considerado apenas os parâmetros de ensaio

que tiveram no mínimo 2 (dois) participantes.

O ensaio de vedação é realizado por cada participante conforme seu procedimento de rotina

afim de certificar que a válvula apresenta adequada estanqueidade possibilitando a realização do

ensaio. O resultado deste teste é reportado apenas como: “conforme” ou “não conforme”.

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3.4 Avaliação de Desempenho

A referência para avaliação de desempenho do programa é a norma ISO 13528:2005, devido à

descrição detalhada e confiável dos critérios e métodos de análise estatística dos resultados, além

de ser uma referência da norma ISO/IEC 17043.

A coordenação técnica da Exactus é responsável pelos cálculos e pela avaliação de desempenho

dos participantes.

A análise da atuação estatística é calculada por meio da equação do erro normalizado (En),

conforme segue:

𝐸𝑛 =(𝑋𝑙𝑎𝑏 − 𝑋𝑣)

√𝑈𝑙𝑎𝑏2 + 𝑈𝑟𝑒𝑓

2

Onde,

Xlab: resultado obtido pelo participante;

Xv: valor de referência (obtido pelo laboratório de referência);

Ulab: incerteza expandida do resultado do participante;

Uref: incerteza expandida do valor de referência.

O desempenho dos participantes será avaliado da seguinte forma:

- SATISFATÓRIO, se o resultado do │En│≤ 1,0;

- INSATISFATÓRIO, se o resultado do │En│> 1,0.

A interpretação do erro normalizado é apresentada a seguir: │En│ ≤ 1,0 Indica desempenho

satisfatório e não gera sinal de ação para o participante; │En│ > 1,0 Indica desempenho

insatisfatório e gera um sinal de ação para o participante.

3.5 Estabilidade do Item de Ensaio

A estabilidade do item de ensaio foi avaliada calculando-se o erro normalizado entre as

calibrações sucessivas realizadas pelo laboratório de referência, tanto para o ensaio de abertura e

fechamento.

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Tabela 3.2 – Estabilidade do item

Estabilidade do item En

A1 e A2 0,88

A1 e A3 0,57

A2 e A3 0,32

F1 e F2 0,88

F1 e F3 0,39

F2 e F3 0,49

Sendo que:

- A1 / F1: Ensaio de abertura / fechamento inicial;

- A2 / F2: Ensaio de abertura / fechamento intermediário

- A3 / F3: Ensaio de abertura / fechamento final

Foi observado que o erro normalizado não ultrapassou a unidade em nenhum ponto, portanto

o item de ensaio possui estabilidade.

3.6 Valor Designado

Conforme mencionado no item 3.2, o valor designado para o ensaio de abertura e fechamento

da válvula de segurança (𝑉𝑟𝑒𝑓) foi determinado pelos resultados dos ensaios da ABSI Service

Comércio e Instrumentação Ltda., laboratório acreditado segundo a norma NBR ISO/IEC 17025 pela

CGCRE no Brasil sob o registro CRL 0229. Foi realizado um ensaio no início (𝑉𝑟𝑒𝑓1)), no intermédio

(𝑉𝑟𝑒𝑓2)) e no final (𝑉𝑟𝑒𝑓3)) do EP.

Em cada ponto, o valor designado foi definido pela média aritmética dos resultados das três

calibrações.

𝑉𝑟𝑒𝑓 =𝑉𝑟𝑒𝑓1 + 𝑉𝑟𝑒𝑓2 + 𝑉𝑟𝑒𝑓3

3

A incerteza de cada ponto foi determinada pela combinação das incertezas destas

calibrações através da lei da propagação da incerteza.

𝑈𝑟𝑒𝑓 = 𝑘. √((𝑉𝑟𝑒𝑓𝑚𝑎𝑥 − 𝑉𝑟𝑒𝑓𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 )

√3)

2

+ (1

3. 𝑢𝑟𝑒𝑓1)

2

+ (1

3. 𝑢𝑟𝑒𝑓2)

2

+ (1

3. 𝑢𝑟𝑒𝑓3)

2

+ 2.1

3𝑢𝑟𝑒𝑓1.

1

3𝑢𝑟𝑒𝑓2 . 𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓2

+ 2.1

3𝑢𝑟𝑒𝑓1.

1

3𝑢𝑟𝑒𝑓3. 𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓3 + 2.

1

3𝑢𝑟𝑒𝑓2.

1

3𝑢𝑟𝑒𝑓3 . 𝑟𝑟𝑒𝑓2;𝑟𝑒𝑓3

𝑉𝑟𝑒𝑓1 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎

𝑉𝑟𝑒𝑓2 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎

𝑉𝑟𝑒𝑓3 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎

𝑈𝑟𝑒𝑓 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑔𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜

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𝑢𝑟𝑒𝑓1 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 1

𝑢𝑟𝑒𝑓2 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 2

𝑢𝑟𝑒𝑓3 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 3

𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓2 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 1 𝑒 2

𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓3 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 1 𝑒 3

𝑟𝑟𝑒𝑓2;𝑟𝑒𝑓3 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 2 𝑒 3

𝑘 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑟𝑎𝑛𝑔ê𝑛𝑐𝑖𝑎

A Tabela 3.3 apresenta os valores das calibrações realizadas pelo Laboratório de referência para

a válvula utilizada neste EP.

Tabela 3.3 - Resultados das calibrações do Laboratório Referência

ENSAIO VALOR (bar) Incerteza (%) Incerteza (bar)

Abertura (kgf/cm²)

16,91 0,12 0,02

16,88 0,12 0,02

16,89 0,13 0,02

Fechamento (kgf/cm²)

16,64 0,12 0,02

16,62 0,12 0,02

16,63 0,13 0,02

A Tabela 3.4 apresenta os valores de referência para avaliação dos participantes.

Tabela 3.4 – Valor designado

ENSAIO VALOR (bar) Incerteza (bar)

Abertura média 16,89 0,03

Fechamento médio 16,63 0,03

4 Resultados

4.1 Análise de Normalidade

Antes de se iniciar a determinação dos erros normalizados dos participantes é de suma

importância realizar uma análise geral no PEP, verificando se houve ou não uma normalidade dos

resultados entre os participantes. Esta condição é fundamental para que as análises estatísticas

aqui empregadas tenham valor. Se os resultados dos sete laboratórios participantes (incluindo o

laboratório referência), não apresentarem uma distribuição normal na maioria dos pontos por

exemplo, já sinaliza um investigação e identificação e possíveis ações corretivas, sendo necessário

novas rodadas para avaliar a eficácia as ações corretivas.

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Neste EP, foi testada esta condição para cada ensaio (abertura e fechamento) conforme o

teste de Shapiro-Wilk. Os resultados apresentam normalidade se o P-valor for maior que 0,05

conforme tabelas abaixo:

Tabela 4.1 – Teste de Normalidade

Ensaio de Abertura

Testes de Normalidade Testes Estatísticas P-valores

Shapiro - Wilk 0,921832976 0,44

Ensaio de Fechamento

Testes de Normalidade

Testes Estatísticas P-valores

Shapiro - Wilk 0,8428891 0,1377

4.2 Resultados dos participantes

Os resultados de cada participante são exibidos nas Tabela 4.2,

Tabela 4.3 e Tabela 4.4 respeitando a formatação adotada por cada um destes no registro dos

resultados. Todos participantes reportaram o teste de vedação da válvula como “conforme” o que

possibilitou a realização completa do ensaio.

Tabela 4.2 – Teste de vedação da válvula.

Código Teste de vedação

Ref Conforme

EXA01 Conforme

EXA02 Conforme

EXA03 Conforme

EXA04 Conforme

EXA05 Conforme

EXA06 Conforme

EXA07 Conforme

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Tabela 4.3 – Resultados para o ensaio de abertura.

Código Valor (kgf/cm²) Incerteza

EXA01 16,9 0,035

EXA02 16,9 0,035

EXA03 17,04 0,0098

EXA04 16,79 0,11

EXA05 17,08 0,08

EXA06 16,898 0,17

EXA07 16,974 0,05

Tabela 4.4 – Resultados para o ensaio de fechamento.

Código Valor (kgf/cm²) Incerteza

EXA01 16 0,035

EXA02 16 0,035

EXA03 15,8735 0,0098

EXA04 - -

EXA05 - -

EXA06 16,619 0,17

EXA07 16,828 0,05

As Figura 4.1 e Figura 4.2 apresentam graficamente os resultados dos participantes. A média

do valor obtido é representada por um ponto e a incerteza por um segmento de reta. O valor de

referência é apresentado pela linha contínua vermelha e as linhas pontilhadas sua incerteza. Cada

participante é representado por seu código.

Figura 4.1 - Resultados para o ensaio de abertura da válvula.

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Figura 4.2 - Resultados para o ensaio de fechamento da válvula

4.3 Erro Normalizado

Conforme reportado no item 3.4, foi calculado o erro normalizado de cada participante para

ambos os ensaios como forma de análise de desempenho. As Tabela 4.5 e Tabela 4.6 apresentam

os resultados numéricos:

Tabela 4.5 – Erro normalizado por participante para o ensaio de abertura.

Código Erro Normalizado

Abertura (En) Conceito

EXA01 0,18 SATISFATÓRIO

EXA02 0,18 SATISFATÓRIO

EXA03 4,50 INSATISFATÓRIO

EXA04 0,89 SATISFATÓRIO

EXA05 2,19 INSATISFATÓRIO

EXA06 0,04 SATISFATÓRIO

EXA07 1,40 INSATISFATÓRIO

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Tabela 4.6 - Erro normalizado por participante para o ensaio de fechamento.

Código Erro Normalizado Fechamento (En)

Conceito

EXA01 13,53 INSATISFATÓRIO

EXA02 13,53 INSATISFATÓRIO

EXA03 23,55 INSATISFATÓRIO

EXA04 ---- ----

EXA05 ---- ----

EXA06 0,06 SATISFATÓRIO

EXA07 3,41 INSATISFATÓRIO

5 Análise dos resultados e observações

Ensaio de abertura: De uma forma geral, em relação a primeira rodada, houve um aumento

significativo dos resultados satisfatórios na abertura, tendo em vista a padronização de alguns

pontos da metodologia de ensaio que causavam discrepâncias.

Ensaio de fechamento: Quanto ao fechamento, mostra-se claramente a falta de padronização

pois apenas um laboratório obteve conceito satisfatório. Será necessário padronizar melhor o

procedimento de fechamento para que se possa ter uma melhora significativa na metodologia.

5.1 Estabilidade e repetitividade do item de ensaio

Conforme foi apresentado no item 3.5 e pelos resultados da Tabela 3.3 verificou-se que o item

possui estabilidade (En < 1 entre os ensaios) e repetitividade (valor baixo de incerteza do valor

designado). Analisando-se os valores de incerteza reportados pelos participantes observa-se

também que se obteve boa repetitividade dos resultados, pois foi especificado no programa do EP

que cada participante deve realizar no mínimo 02 ciclos de ensaio (os participantes reportaram a

média dos resultados).

5.2 Metodologia adotada

Verifica-se que não existe uma norma ou documento orientativo do Inmetro para a realização

de ensaios em válvulas de segurança. Portando, conforme determinado neste EP (PEP-DOC01_002

e PEP-FOR-08_002-rev00 - Instruções de Uso), foi adotado algumas ações dentro do procedimento

de ensaio, a fim de buscar uma melhor comparatividade dos resultados.

Pelo fato de atualmente não existir uma norma válida que padronize o ensaio de válvula de

segurança adotou-se a padronização de alguns aspectos da metodologia a fim de que haja

possibilidade de comparação. Estas definições foram obtidas através da análise dos resultados da

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rodada anterior e de contribuições dos participantes.

Os aspectos relevantes que foram acordados foram os seguintes:

a) Utilização do borbulhador: Foi disponibilizado um borbulhador que ficou junto da válvula

para que seja utilizado durante o ensaio. Todos os participantes deveriam utilizar o

borbulhador para determinação do ponto de abertura e fechamento da válvula. Esse é um

fator que pode determinar a variabilidade dos resultados.

Abertura: A leitura foi realizada ao sinal da primeira bolha formada.

Fechamento: A leitura foi realizada no momento em que cessou a formação de bolhas

b) Manômetro Padrão: Deveriam escolher um padrão de tal forma que, de preferência o

fundo de escala do manômetro padrão não ultrapasse 2,0 vezes o valor nominal da válvula.

c) Estimativa da incerteza de medição: Para o cálculo de incerteza, deveriam ser

computadas no mínimo, as seguintes fontes:

Incerteza de calibração do padrão

Incerteza da curva de calibração do padrão

Deriva do padrão

Resolução do padrão

Desvio padrão das leituras realizadas no ensaio

Obs.: os erros sistemáticos do padrão deverão ser corrigidos utilizando a curva de

calibração do padrão;

O nível de confiança declarado da incerteza deverá ser de 95,45%;

5.3 Erros sistemáticos

Quando trabalhamos com ensaios de válvulas, utilizamos normalmente manômetros como

referência. É de vital importância corrigir os erros sistemáticos desses padrões, utilizando-se de

curvas de correção dos padrões. Além disso, a incerteza da curva desses padrões deve ser calculada

e inserida como uma fonte de incerteza do ensaio. A não correção dos erros sistemáticos do padrão

de pressão também pode ter contribuído para o distanciamento do valor de referência

6 Conclusões

Entende-se que uma válvula de segurança como sendo um item delicado para a realização de

comparação interlaboratorial. Verificou-se que a metodologia adotada foi adequada para o EP, pois

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utilizada uma bancada fixa no laboratório de referência e o item não foi transportado entre

laboratórios, e assim obteve-se estabilidade do item durante o EP sendo perfeitamente viável a uso

desta metodologia.

Quanto a metodologia adotada pelos laboratórios, ficou evidente a necessidade da padronização

de uma metodologia com critérios mais específicos em relação a determinação dos pontos de

abertura e fechamento. Para tanto torna-se importante a discussão entre os laboratórios

interessados e órgãos reguladores para definição de normas para este ensaio.

Percebeu-se claramente que os resultados de abertura tiveram uma melhora significativa em

relação a rodada anterior, tendo em vista os acertos de metodologia realizados para essa rodada

É provável que o critério o específico da determinação do ponto de fechamento tenha sido a

maior causa da grande dispersão dos resultados e consequentemente o enquadramento de não

conforme para a maioria dos participantes no quesito de Erro Normalizado.

Embora tenha-se alertado no programa sobre as fontes de incerteza a serem consideradas,

ficou evidente a disparidade dos valores encontrados pelos participantes o que demonstra que ainda

não se tem uma consistência nesta determinação. O cálculo do erro normalizado enfraquece em

credibilidade a partir do momento em que a incerteza não é estimada de uma forma consistente.

A Exactus, através do comitê técnico deste EP, irá promover um canal de discussão e envio de

sugestões pelos participantes para definições dos pontos mais críticos neste tipo de ensaio,

procurando uma padronização de metodologia. Após essa etapa, será realizada uma nova rodada

deste EP com detalhes suficientes para que haja um melhor desempenho dos participantes.

Recomenda-se a participação dos laboratórios nesta nova rodada. Pretende-se assim, após as

necessárias rodadas, contribuir com a metrologia nacional propondo-se a elaboração de novas

normas ou instruções técnicas afim de uniformizar a metodologia adotada.

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7 Laboratórios Participantes

Sete laboratórios se inscreveram nesse EP além do laboratório de referência, sendo que

todos participaram do ensaio de abertura e quatro participaram do ensaio de fechamento.

A lista dos laboratórios que enviaram os resultados à coordenação desse EP é apresentada na

Tabela 7.1. É importante ressaltar que a numeração da tabela é apenas indicativa do número de

laboratórios participantes no EP, não estando, em hipótese alguma, associada à identificação dos

laboratórios na apresentação dos resultados.

A identidade dos participantes em relação aos resultados do ensaio é confidencial, sendo

conhecido apenas pelo responsável do laboratório e pela organização deste ensaio de proficiência.

Tabela 7.1 – Lista de Participantes

N PARTICIPANTES

1 ABSI Service Com de Instrumentação Ltda

2 Aferitec Comprovações Metrológicas e Comércio Ltda

3 M.C.O Manutenção e Comercio Ltda

4 Laboratório MEC-Q SP

5 Megasteam Instrumentação & Mecânica Ltda - RS

6 Megasteam Instrumentação & Mecânica Ltda - SP

7 Revcal Comércio e Manutenção de Insrumentos de Precisão Ltda

8 Setin-Man – Serviços Técnicos de Instrumentação e Manutenção Ltda/EPP

Page 17: MÁQUINA E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE ENSAIOS ... · Identificação de diferenças Inter laboratoriais; ... no meio e no final do período. ... destes ensaios foram utilizados

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8 Referências Bibliográficas

[1] ABNT NBR ISO/IEC 17043:2011: Avaliação de Conformidade – Requisitos Gerais para

ensaios de proficiência.

[2] Guia Para a Expressão da Incerteza de Medição, 3ª edição, 2003, Inmetro. Capítulo 5 e E3.

[3] ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005: Requisitos gerais para a competência de laboratórios de

ensaio e calibração.

[4] Vocabulário Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais e termos

associados (VIM 2012). 1ª Edição Luso – Brasileira.

[5] ISO IEC 13528:2005: Statistical methods for use in proficiency testing by interlaboratory

comparisons

[6] Guia nº 10 - Inspeção de Válvula de Segurança e Alívio – IBP, 2002.