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1 Março – Gramática – 1ª Série Caros alunos; Segue um esquema para auxiliá-los nos estudos de Gramática (A Linguagem – módulo 1) Nossa dica deste mês traz os conteúdos para a nossa primeira avaliação discursiva. Bem como o estudo da linguística as normas de acentuação gráfica são importantes, ao passo que nossa língua é muito rica quanto aos significados de palavras. Sendo assim, o uso correto dessas normas esclarecem algumas confusões quanto à pronuncia e escrita em Língua Portuguesa. Vale ressaltar ainda a existência do Novo Acordo Ortográfico que deve ser compreendido com a finalidade de nos tornarmos mais familiarizados com a nossa língua materna. Abraços César Lisboa CONTEÚDO 1-A LINGUAGEM DICA DE FILME Para você, caro aluno, que está estudando variedades regionais, vale à pena assistir ao filme Cine Holliúdy. O primeiro, e talvez único, filme brasileiro inteiramente legendado em português. Isso acontece, pois o longa, dirigido por Halder Gomes, é genuinamente cearense e o dialeto utilizado é o dessa terra maravilhosa: o cearensês. “Se não sabe pitiva alguma do que estou falando, assiste aí o trailer, macho véi.” http://www.youtube.com/watch?v=7allekyiCY8&feature=player_embedded

Março Gramática 1ª Série - Centro Educacional Charles ... · histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três

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Março – Gramática – 1ª Série Caros alunos;

Segue um esquema para auxiliá-los nos estudos de Gramática (A Linguagem – módulo 1)

Nossa dica deste mês traz os conteúdos para a nossa primeira avaliação discursiva. Bem como o estudo da

linguística as normas de acentuação gráfica são importantes, ao passo que nossa língua é muito rica quanto aos

significados de palavras. Sendo assim, o uso correto dessas normas esclarecem algumas confusões quanto à

pronuncia e escrita em Língua Portuguesa.

Vale ressaltar ainda a existência do Novo Acordo Ortográfico que deve ser compreendido com a finalidade de nos

tornarmos mais familiarizados com a nossa língua materna.

Abraços

César Lisboa

CONTEÚDO 1-A LINGUAGEM

DICA DE FILME

Para você, caro aluno, que está estudando variedades regionais, vale à pena assistir ao filme Cine Holliúdy. O primeiro, e talvez único, filme brasileiro inteiramente legendado em português. Isso acontece, pois o longa, dirigido por Halder Gomes, é genuinamente cearense e o dialeto utilizado é o dessa terra maravilhosa: o cearensês.

“Se não sabe pitiva alguma do que estou falando, assiste aí o trailer, macho véi.”

http://www.youtube.com/watch?v=7allekyiCY8&feature=player_embedded

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Atenção: acessem o nosso portal educacional.

Modalidades linguísticas e o estudo da língua:

http://www.educacional.com.br/multimidia/capa.asp?idPublicacao=46653&strPC=lingua%20e%20linguagem#capa

Todos os brasileiros falam a mesma língua?

http://www.educacional.com.br/multimidia/popcacm.asp?URL=/Recursos/ConteudoMultimidia/16/Portugues/me

sma_lingua/index.asp?bProcura=1&idPublicacao=46859&idcapitulo=1&idSubcapitulo=1&iVersao=5&scroll

Expressões ou gírias (vídeo)

http://www.educacional.com.br/pesquisa/respostapalavra.asp?pg=1&tp=nova

ESQUEMÃO

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Qual a diferença entre língua e linguagem?

A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e compreender a língua e outras manifestações, como a pintura, a música e a dança. Já a língua é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação. Ela surge em sociedade, e todos os grupos humanos desenvolvem sistemas com esse fim. As línguas podem se manifestar de forma oral ou gestual, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Qual a diferença entre língua, idioma e dialeto?

Língua, tal como o português, o inglês, o espanhol e o basco (falado na região dos Pirineus, incluindo parte da França e da Espanha), é um sistema formado por regras e valores presentes na mente dos falantes de uma comunidade linguística e aprendido graças aos inúmeros atos de fala com que eles têm contato. Por sua vez, idioma é um termo referente à língua usado para identificar uma nação em relação às demais e está relacionado à existência de um estado político. Por isso, espanhol é um idioma, mas o basco, não, e o português é uma língua e um idioma. Ou seja, o idioma sempre está vinculado à língua oficial de um país. Já dialeto é a designação para variedades linguísticas, que podem ser regionais (como o português falado em Recife e o champanhês, falado na região francesa de Champanhe, com seus sotaques e suas expressões particulares) ou sociais (o português falado pelos economistas, com jargões).

http://revistaescola.abril.com.br

Variações linguísticas: O modo de falar do brasileiro

Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.

1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;

2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;

3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.

Variações regionais: os sotaques

Se você fizer um levantamento dos nomes que as pessoas usam para a palavra "diabo", talvez se surpreenda. Muita gente não gosta de falar tal palavra, pois acreditam que há o perigo de evocá-lo, isto é, de que o demônio apareça. Alguns desses nomes aparecem em o "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa, que traz uma linguagem muito característica do sertão centro-oeste do Brasil: Demo, Demônio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo, Tinhoso, Maligno, Tal, Arrenegado, Cão, Cramunhão, O Indivíduo, O Galhardo, O pé-de-pato, O Sujo, O Homem, O Tisnado, O Coxo, O Temba, O Azarape, O Coisa-ruim,

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O Mafarro, O Pé-preto, O Canho, O Duba-dubá, O Rapaz, O Tristonho, O Não-sei-que-diga, O Que-nunca-se-ri, O sem gracejos, Pai do Mal, Terdeiro, Quem que não existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo. Drummond de Andrade, grande escritor brasileiro, que elabora seu texto a partir de uma variação linguística relacionada ao vocabulário usado em uma determinada época no Brasil. Antigamente "Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Como escreveríamos o texto acima em um português de hoje, do século 21? Toda língua muda com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, já transformado, veio o português, que, por sua vez, hoje é muito diferente daquele que era usado na época medieval.

Língua e status

Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para perceber que há preconceito em relação a elas.

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/variacoes-linguisticas-o-modo-de-falar-do-brasileiro.htm

ATIVIDADES

01- Leia com atenção o texto:

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas

da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são

peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)

Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, nº 3, 78. O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto a) ao vocabulário b) à derivação c) à pronúncia d) ao gênero e) à sintaxe. 02- Relacione as frases abaixo sendo (01) para linguagem de gíria (02) variação social culta (03) variação social popular (04) variação regional e (05) variação histórica ( ) Foi irado meu! Quando vi aquela multidão toda gritando: bis, bis, bis..

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( ) Segundo os linguistas podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial,

social, profissional, de idade, de sexo e histórica

( ) Vossa mercê tem ideia de quantas mademoiselles comparecerão ao baile do casarão?

( ) Vivemos um grande momento no Brasil e tem que ser o momento do Nordeste do

Brasil, porque é aqui que se concentra a pobreza.

( ) Ô velho, já faz um tempão que sou dono do meu nariz...

( ) Aí meu, quando cheguei o cara já tinha azulado.

( ) As menina usa biquíni colorido.

03- A letra musical abaixo se compõe de alguns registros de variação linguística.

*Cuitelinho

Cheguei na beira do porto

Onde as onda se espaia

As garça dá meia volta

E senta na beira da praia

E o cuitelinho não gosta

Que o botão de rosa caia, ai, ai

Ai quando eu vim

da minha terra

Despedi da parentáia

Eu entrei no Mato Grosso

Dei em terras paraguaia

Lá tinha revolução

Enfrentei fortes batáia, ai, ai [...]

Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó

*cuitelinho Cuitelinho é nome que se dá ao beija-flor em algumas partes do centro-sul do Brasil.

a) Identifique a que tipo de variedade linguística a palavra “Cuitelinho” pertence, levando em consideração o

significado descrito depois da letra.

b) Teça um comentário a respeito do uso de alguns vocábulos e expressões como “espaia; As garça; parentáia”

levando em consideração os preceitos trazidos pela linguística, em se tratando de erro ou acerto na língua oral.

c) “É possível identificar as características sociais de um falante desconhecido com base em seu modo de falar...”

(CAMACHO, 1988)

Com base na afirmação acima, trace um perfil para o eu lírico da música.

Texto para as próximas questões.

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NÓIS MUDEMO

O ônibus da Transbrasiliana deslizava manso pela Belém-Brasília rumo a Porto nacional. Era abril, mês das derradeiras chuvas. No céu, uma luazona enorme pra namorado nenhum botar defeito. Sob o luar generoso, o cerrado verdejante era um presépio, toda poesia e misticismo.

Mas minha alma estava profundamente amargurada. O encontro daquela tarde, a visão daquele jovem marcado pelo sofrimento, precocemente envelhecido, a crua recordação de um episódio que parecia tão banal... tentei dormir. Inútil. Meus olhos percorriam a paisagem enluarada, mas ela nada mais era para mim que o pano de fundo de um drama estúpido e trágico. As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.

- Por que você faltou esses dias todos? - É que nós mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda. Risadinhas da turma. - Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer; nós mudamos, tá? - Tá, fessora! No recreio, as chacotas dos colegas: Oi, nós mudemo! Até amanhã, nóis mudemo!

No dia seguinte a mesma coisa; risadinhas, cochichos, gozações. - Pai, não vô mais pra escola! - Ôxente! Módi quê? - Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse: - Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa! Não liga pras gozações da Mininada! Logo eles esquece.

Não esqueceram. Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu no resto da semana, nem na segunda-feira seguinte. Ai me dei conta de que eu nem sabia o nome dele. Procurei no diário de classe e soube que se chamava Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa. Achei o endereço. Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. O rapazola tinha partido no dia anterior para a casa dum tio, no sul do Pará. É fessora, meu fio não aguentou a gozação da mininada. Eu tentei fazê ele continuá, mas não teve jeito. Ele tava chatiado demais. Bosta de vida! Eu devia di tê ficado na fazenda coa famia. Na cidade nós não tem veis. Nós fala tudo errado. Inexperiente, confusa, sem saber o que dizer, engoli em seco e me despedi. O episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de minha parte. Uma tarde, num povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus, quando alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim, um rapaz pobremente vestido, magro, com aparência doentia. O que é moço? A senhora não se lembra de mim, fessora? Olhei para ele, dei tratos à bola. Reconstituí num momento meus longos anos de sacerdócio, digo, de magistério. Tudo escuro. Não me lembro não, moço. Você me conhece? De onde ? Foi meu aluno? Como se chama? Para tantas perguntas, uma resposta lacônica: Eu sou “Nóis Mudemo”, lembra? Comecei a tremer. Sim moço. Agora me lembro. Como era mesmo o seu nome?

- Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa. - O que aconteceu com você? - O que acontece? Ah fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu.

Comi o pão que o diabo amassô. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui Bóia fria, um “gato”me arrecadou e levou num caminhão pruma fazendo no meio da mata. Lá trabaiei como escravo, passei fomo, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo quanto é doença. Até na cadeia fui pará. Eu

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não devia de tê saído daquele jeito., fessora, mas não aguentei a gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui falá direito. Ainda hoje não sei Meu Deus! Aquela revelação me virou pela avesso. Foi demais para mim.

Descontrolada comecei a soluçar convulsivamente. Como eu podia ter sido tão burra e má? E abracei o rapaz, o que restava do rapaz, que me olhava atarantado. O ônibus buzinou com insistência. O rapaz afastou-me de si suavemente.

- chora não, fessora! A senhora não tem curpa. Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu! Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram sem flechas vingadoras par mim. O ônibus partiu. Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da guilhotina. Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele mudo, nós mudamos, mudamos, mudaaamoos, mudaaamooos..., Super usada, mal usada, abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna – a língua que a criança aprendeu com seus pais e irmãos e colegas e se torna o terror dos alunos. em vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de regrinhas estúpidas para aquela idade. E os lúcios da vida, os milhares de lúcios da periferia e do interior, barrados nas salas de aula: “Não é assim que se diz , menino!” Como se professor quisesse dizer: “Você está errado! Os seus pais estão errados! Seus irmão e amigos e vizinhos estão errados! A certa sou eu! Imite-me! Copie-me! Fale como eu! Você não seja você! Renegue suas raízes! Diminua-se! Desfigure-se! Fique no seu lugar! Seja uma sombra!” E siga desarmado para o matadouro da vida...

04 – Analise as frases abaixo. I) Mas minha alma estava profundamente amargurada. II) A crua recordação de um episodio que parecia tão banal. III) Meus olhos percorriam a paisagem enluarada. IV) Pai, não vô mais pra escola. V) Entre eles uma criança crescida, quase um rapaz.

A respeito das frases acima se considera que:

a) todas estão no sentido formal b) somente a frase I e IV estão no sentido informal c) nenhuma frase encontra-se no sentido formal d) somente a frase IV está no sentido informal e) somente a frase II está no sentido informal. 05 – A norma padrão é o conceito tradicional, idealizado pelos gramáticos, aos quais a tratam como modelo enquanto a linguagem popular é alvo de preconceitos. Como disse a professora, todos os dias milhares de “lúcios” são barrados nas salas de aulas. O texto nós mudemos nos faz refletir sobre nossas atitudes quanto ao falar popular. A seguir temos algumas situações de reflexão.

“Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer; nós mudamos, tá?” Essa foi atitude tomada pela professora diante da fala de Lucio e que comprometeu seu futuro, uma vez que isso ajudou o garoto a desistir da escola. Em relação a essa atitude e com base nos assuntos discutidos em sala de aula julguem as afirmativas a seguir e assinale a mais adequada.

a) A professora agiu corretamente, pois não deveria deixar o Lúcio falar errado. b) Lucio agiu errado, além de não aceitar a professora lhe corrigir ainda abandonou a escola.

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c) Lucio foi ignorante, preferiu continuar falando errado a aceitar a ajuda da professora. d) Lúcio é apenas uma vítima da situação e a professora não deveria ter agido daquela forma. e) Os alunos foram os responsáveis pela saída de Lúcio, deveriam receber punição por isso.

06 - Em relação à atitude da professora?

a) Ela agiu corretamente, pois tinha o dever de ensinar Lúcio a falar o português correto. b) Deveria ter castigado os demais alunos que abusavam do Lúcio, pois eles foram covardes. c) Não agiu corretamente, se quisesse chamar a atenção do garoto deveria ser de outra forma. d) Apenas cumpriu com seu papel de professora, Lúcio é que foi ignorante. e) Todas as questões acima estão corretas.

07– A melhor forma de um professor reagir numa situação como essa seria.

a) Deixar o Lúcio continuar falando daquela forma e ser alvo de chacotas? b) Não falava nada com o garoto, mas exortava os colegas que estavam abusando dele. c) Chamava a atenção do menino como ela fez. d) Fazê-lo escrever centenas de vezes a conjugação do verbo “nós mudamos’ para ele aprender a falar certo. e) Nenhuma das sugestões acima é adequada.

08 - Bosta de vida! Na cidade nós não tem veis. Nós fala tudo errado.

Essa foi uma afirmação do pai do garoto quando a professora foi procurar pelo menino. A partir das questões

abaixo julgue a mais adequada.

a) É verídica a afirmação do pai de Lucio que quem mora na roça fala errado? b) As pessoas da cidade também falam errado. c) Falar certo e falar errado é uma visão preconceituosa. d) As pessoas da roça falam errado porque não têm acesso a informações. e) As pessoas da cidade são as únicas que falam corretamente.

CONTEÚDO 2- ACENTUAÇÃO

Dicas - Acentuação gráfica

1. Para um melhor aproveitamento deste conteúdo, é aconselhável a revisão de separação silábica e encontros vocálicos.

2. Muitas vezes, o problema de acentuação não está no desconhecimento da regra, e sim na fala viciosa de algumas palavras. Ex. ru-BRI-ca, ÍN-te-rim. Os tópicos que tratam deste assunto são intitulados ortoépia e prosódia.

3. As paroxítonas terminadas em -N, quando pluralizadas, não recebem mais acento. Pólen x polens, hífen x hifens.

4. Tanto as palavras monossílabas quanto as oxítonas terminadas em -A(S), -E(S), -O(S) são acentuadas, entretanto são princípios diferentes que justificam o acento.

5. As paroxítonas terminadas em -R, -X, -N, -L, são acentuadas. Para se lembras destas terminações, pode-se usar as expressões LoNa RoXa ou RouXiNoL.

6. As paroxítonas terminadas em ditongo crescente, atualmente também estão sendo consideradas como proparoxítonas. Para se optar por uma justificativa ou outra, dá-se prioridade à primeira. Ex. his-tó-ria ou his-tó-ri-a.

7. As palavras terminadas pelo sufixo -MENTE, -ZINHO(S) ou -ZINHA(S) não recebem acento grave.

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No Portal Educacional você encontra todas as regras!

Veja os links abaixo!

http://www.educacional.com.br/multimidia/popcacm.asp?URL=/Recursos/ConteudoMultimidia/16/Portugues/ace

ntuacao/index.asp?bProcura=1&idPublicacao=47134&idcapitulo=2&idSubcapitulo=0&iVersao=2&scroll=

http://www.educacional.com.br/multimidia/capa.asp?idPublicacao=82413&strPC=acentuação#capa

Sobre a nova ortografia:

http://www.educacional.com.br/multimidia/popcacm.asp?URL=/Recursos/ConteudoMultimidia/scorm/01_001/in

dex.asp?bProcura=1&idPublicacao=82413&idcapitulo=2&idSubcapitulo=4&iVersao=5&scroll=

Exercícios

01. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas respectivamente pela mesma regra de: também,

incrível e caráter.

a) alguém, inverossímil, tórax

b) hífen, ninguém, possível

c) têm, anéis, éter

d) há, impossível, crítico

e) pólen, magnólias, nós

02. Assinale a alternativa correta

a) Não se deve colocar acento circunflexo em palavra como avo, bisavo, porque há palavras com mesma grafia e

com pronúncia aberta.

b) Hífen e hífens deve ser acentuados.

c) A diferença de timbre pouco influencia na escolha entre acento agudo ou circunflexo

d) Deve-se manter o acento agudo em palavras derivadas como em avozinho e vovozinho

e) Não se usa acento nos ditongos abertos das palavras paroxítonas como em europeia e jiboia

03. Assinale a alternativa em que somente um vocábulo não seja acentuado:

a) item, orfão, hifens, balaustre

b) itens, parabens, alguem, heroico

c) tatil, amago, cortex, roi

d) papeis, onix, bau, ambar

e) hifen, cipos, leem, pe

04. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação gráfica, estejam agrupadas pelo mesmo motivo

gramatical.

a) problemáticos, fácil, álcool

b) já, até, só

c) também, último, análises

d) porém, detêm, experiência

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e) país, atribuíram, cocaína

5) Com base em seus conhecimentos sobre acentuação gráfica em Língua Portuguesa, comente o erro presente

nas placas abaixo.

a) b)

c)

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GABARITO

CONTEÚDO 1-A LINGUAGEM

01-A

02- (1) (2) (5) (2) (3) (4/1) (3) 03- Analisando o texto em referência, percebemos que no mesmo há uma variação regional, relacionada ao termo

“cuitelinho”, como também um forte predomínio da variação cultural, pois o mesmo não se adequa à norma

padrão da linguagem.

A letra musical é um típico exemplo de que para a sociolinguística não existe a noção de “certo” ou “errado”, existe

sim, diferentes falas, desvios linguísticos, concebidos de maneira errônea pela gramática tradicional. Podemos

então separar a questão em:

a) Variedade regional, uma vez que a expressão, como confirma o significado dado logo abaixo do poema, é parte

de uma determinada região do país, ou seja, o centro-sul.

b) Como o registro das expressões destacadas são orais, não há como caracterizá-los como erro, tendo em vista a

liberdade na fala para o uso da língua. Os termos foram provavelmente transcritos da fala de uma pessoa do

interior.

c) Provavelmente uma pessoa com baixa escolaridade, nascida e criada em uma região interiorana.

04-D

05- D

06- C

07- B

08- C

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CONTEÚDO 2- ACENTUAÇÃO

01-A;

02-E;

03-E;

04-E;

05- a) O doce pretendido no anúncio é de coco (sem acento algum), pois segundo a regra, a palavra é paroxítona

(se terminada em o, não acentuamos), Já a palavra cocô recebe sim o acento, pois é oxítona terminada em o.

b) Mocotó é oxítona terminada em o, devendo receber então o acento na última sílaba.

c) Clínica é acentuada por ser uma proparoxítona. (lembre-se de que todas as proparoxítonas são acentuadas)