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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Bruno Eiti Kuroishi Diego Vinicius Ferreira Felipe dos Santos Muniz Lucas Dias dos Santos Adas MARKETING DE RELACIONAMENTO BSB EPIs – Lins - SP LINS 2010

MARKETING DE RELACIONAMENTO BSB EPIs – Lins - SP · 2011-03-30 · UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Bruno Eiti Kuroishi Diego

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Bruno Eiti Kuroishi

Diego Vinicius Ferreira

Felipe dos Santos Muniz

Lucas Dias dos Santos Adas

MARKETING DE RELACIONAMENTO

BSB EPIs – Lins - SP

LINS

2010

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BRUNO EITI KUROISHI DIEGO VINICIUS FERREIRA

FELIPE DOS SANTOS MUNIZ

LUCAS DIAS DOS SANTOS ADAS

MARKETING DE RELACIONAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. M. Sc. Paulo José Manzolli Godinho e orientação técnica da Prof.ª M. Sc. Ana Beatriz Lima.

LINS – SP

2010

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Kuroishi, Bruno Eiti; Ferreira, Diego Vinicius; dos Santos, Felipe Muniz; Adas, Lucas Dias dos Santos

Marketing de relacionamento: BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual Ltda / Bruno Eiti Kuroishi; Diego Vinicius Ferreira; Felipe Muniz dos Santos; Lucas Dias dos Santos Adas. – – Lins, 2010.

88p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2010

Orientadores: Paulo José Manzolli Godinho; Ana Beatriz Lima

1. Marketing de Relacionamento. 2. Cliente. 3. Necessidades. 4. Estratégias. 5. Atendimento. 6. BSB Ltda. I Título.

CDU 658

K98m

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BRUNO EITI KUROISHI

DIEGO VINICIUS FERREIRA

FELIPE DOS SANTOS MUNIZ

LUCAS DIAS DOS SANTOS ADAS

MARKETING DE RELACIONAMENTO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Paulo José Manzolli Godinho

Titulação: Professor Especialista.

Assinatura: __________________

1º Prof. (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: __________________

2º Prof. (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: __________________

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Dedico esse trabalho primeiramente a Deus e a minha mãe, que é meu anjo

da guarda, que não mede esforços para me proteger e me oferecer o melhor

que ela pode, abrindo muitas vezes mão de sua própria vida em prol da

minha.

Diego

Dedico esta obra àquelas pessoas que fazem parte da minha vida e

que acreditaram e apostaram em mim para enfim concluir com êxito este

curso, minha família, meu pai que é meu espelho e meu guia, minha mãe que é

minha fortaleza, minha segurança, as minhas duas irmãs a quem amo muito e

minhas avós que são verdadeiras guerreiras que, após ficarem viúvas,

absorveram todo o peso e toda responsabilidade de uma pessoa que tem um

novo mundo pela frente, muito obrigado a todos!!!

Felipe

Dedico este trabalho, primeiramente a Deus, que foi meu ponto de

apoio nas horas mais difíceis, a minha família, pois sem ela eu não seria nada,

a minha namorada que sempre esteve ao meu lado me dando apoio e aos

professores do Unisalesiano de Lins, que sempre estiveram à disposição

sempre que precisei.

Lucas

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e a compreensão e o incentivo de

todos que estiveram em minha volta durante a realização deste trabalho,

principalmente da minha mãe Miriam, meu pai Issao, que sempre me

apoiaram e me deram forças em minhas dificuldades, ao meu irmão Fernando

que esteve presente em todas as horas e com quem sempre pude contar.

Não deixando de lembrar do companheirismo dos amigos feitos

durante o curso e de todos os professores envolvidos, graças a todos

aprendi e adquiri grandes experiências que levarei para toda minha vida.

Assim agradeço a todos que ajudaram diretamente e indiretamente

na conclusão de mais essa etapa da minha formação profissional e pessoal,

obrigado.

Bruno

Agradeço a Deus, minha inspiração, e à minha família e amigos que

contribuíram para a realização deste trabalho e me deram força para seguir

em frente.

À BSB, que nos tratou com a maior cordialidade e respeito,

colaborando para que pudéssemos desenvolver nosso trabalho com riqueza

de detalhes.

Aos nossos orientadores, Godinho e Bia, que nunca me desampararam,

dando-me força nos momentos em que mais precisei. Melhor dupla

impossível! Pessoas que particularmente admiro muito e levarei no meu

coração para o resto da minha vida.

Ao Unisalesiano e todos os seus funcionários, que durante estes 4

anos contribuíram para o meu desenvolvimento. Em especial, ao falecido

Paulinho, que até há poucos meses trabalhava no setor de audiovisual: na

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minha opinião, um dos funcionários mais prestativos e cordiais da

Instituição. Não posso deixar de destacar também as Assistentes Sociais

Gláucia e Auxiliadora, que foram uma ótima companhia nas horas de

desânimo e incertezas. Nas oportunidades que tiver, certamente passarei

para revê-las.

Diego

Agradeço a Deus e a essas pessoas que logo vou citar porque foram

muito importantes nessa jornada de 4 anos. Agradeço à minha família, a

todos os funcionários e professores dessa entidade maravilhosa onde

conquistei várias amizades e a todos meus amigos e companheiros de classe

que foram parceiros nessa luta para concluirmos o curso. Algumas pessoas

terei que citar separadamente pois não poderiam passar despercebidas: ao

meu pai, Donizeti José Muniz que sempre foi e será um exemplo de como ser

um verdadeiro homem honesto e eficaz bem próximo da perfeição e minha

mãe que não sabe o que faz por mim sendo sempre companheira e correta

perante meus atos; meu amigo Bruno Eiti Kuroishi que num momento de

fraqueza minha me estendeu a mão e puxou minha orelha abrindo meus olhos

para a realidade. Muito obrigado a essas pessoas que sempre serão

lembradas em minha vida!

Felipe

Eu agradeço a Deus e a todos que acompanharam a minha jornada

nesse tempo de faculdade, a todos os professores do Unisalesiano, aos

funcionários em geral que fazem com que essa instituição funcione e, em

especial, a minha família que sempre esteve ao meu lado em todas as

situações pelas quais passei nesse tempo de faculdade.

Lucas

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RESUMO

Em tempo de grande competitividade como o atual, para sobreviverem

no mercado não basta às empresas apenas comercializarem produtos; é necessário criarem estratégias que lhes possibilitem se diferenciarem dos concorrentes, conquistando a preferência de seu público-alvo. Para não perderem vendas, muitas empresas partem para o mercado da guerra de preços, diminuindo suas margens de lucro. Tal prática pode até trazer resultados no primeiro momento, mas não satisfará o cliente por muito tempo, exigindo que a empresa venha sempre a sacrificar seus ganhos para mantê-lo fiel, impedindo o crescimento e ameaçando a perpetuação no mercado. Como solução para atender às necessidades do mercado de forma lucrativa, o Marketing de Relacionamento pode auxiliar as empresas a atraírem e reterem clientes através da criação de relacionamentos de longo-prazo, buscando entender os valores e as necessidades de cada cliente, traçando em cima disso, estratégias que permitam a elas alcançar seus objetivos. Uma destas estratégias é, através de serviços, agregar valor aos produtos comercializados, estabelecendo um elo de parceria entre empresa e cliente, de forma que este não encontre atendimento de igual qualidade em nenhum concorrente. Existem várias ferramentas que auxiliam na implantação do Marketing de Relacionamento. A mais utilizada é o CRM, que permite que todos da empresa tenham acesso às mesmas informações e possa traçar um perfil sobre cada cliente, através dos registros realizados em cada contato feito. Sendo mais que um software, é uma filosofia que coloca o cliente no centro dos processos do negócio, estrategicamente pensado para perceber e antecipar as necessidades dos clientes atuais e potenciais, de forma a procurar supri-las da melhor maneira possível.

Palavras-chave: Marketing de Relacionamento. Cliente. Necessidades.

Estratégias. Atendimento.

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ABSTRACT In times of great competition as these that we are crossing, to survive in

the market, it is necessary to create strategies that allow them to differentiate themselves of their competitors, winning the preference of their audience. To avoid losing sales, many companies go straight to the market prices war, lowering their profit margins. This practice may indeed bring results in first moment, but will not satisfy the customers by a long term, demanding that the company comes always to be sacrificing their earnings it is maintained trustful, preventing their growth and threaten its perpetuation in the market. As solution to attend to the needs of the market profitably form, the Relationship Marketing comes to auxiliary the companies to attract and retain customers through of creation relationships of long-term view, to understand the values and needs of each client, drawing upon addition, strategies enabling them to achieve these goals. One of these strategies is through services, to add value to products marketed establishing a bond of partnership between company and client, so that this don´t find services equal quality to any competitor. There are several tools that aid in the deployment of Relationship Marketing, is the most used CRM, which allows the company to access all the same information and can draw a profile on each client through the records achieved at every contact made. Being more than a software, it’s a philosophy that puts the customer at the center of business processes, strategically designed to notice and anticipate the needs of current and potential customers in order to seek supply them as best possible ways. Keywords: Relationship Marketing. Customer. Needs. Strategies. Service.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Planta industrial frigorífico – Lins .......................................................15

Figura 2: Logomarca da Comapi.......................................................................16

Figura 3: Logomarca da Newdrop.....................................................................16

Figura 4:Marcas higiene e beleza .....................................................................17

Figura 5: Logomarca da Contern ......................................................................17

Figura 6: Logomarca da Cibe Participações .....................................................18

Figura 7: Logomarca da Gaia Energia ..............................................................19

Figura 8: Logomarca do Blue Tree Park ...........................................................19

Figura 9: Logomarca da Bertin Ambiental.........................................................20

Figura 10: Logomarca da BSB..........................................................................20

Figura 11: Demarcação das unidades BSB no Brasil .......................................21

Figura 12: Demarcação das unidades BSB no exterior ....................................22

Figura 13: Ranking das marcas mais lembradas de EPIs ................................23

Figura 14: Marcas de calçados da BSB entre as mais lembradas....................23

Figura 15: Marcas de luvas BSB entre as mais lembradas...............................23

Figura 16: Logomarca da Bracol.......................................................................24

Figura 17: Certificado ISO 9001:2000...............................................................27

Figura 18: Certificado ISO 14001:2004.............................................................28

Figura 19: Tanque com resíduos químicos líquidos..........................................29

Figura 20: PU reciclado.....................................................................................30

Figura 21: Botas de PVC não-conformes..........................................................30

Figura 22: PVC reciclado ..................................................................................30

Figura 23: Gerador próprio de energia limpa ....................................................31

Figura 24: Foto aérea da planta industrial de Lins............................................32

Figura 25: Laboratório físico .............................................................................33

Figura 26: Laboratório Laboratório químico ......................................................33

Figura 27: Setor de Pesquisa & Desenvolvimento............................................34

Figura 28: Logomarca IBTEC ...........................................................................34

Figura 29: Unidade de Castanhal .....................................................................35

Figura 30: Processo de banho..........................................................................36

Figura 31: Estufa de secagem ..........................................................................36

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Figura 32: Mix de produtos ...............................................................................36

Figura 33: Calçados de couro...........................................................................37

Figura 34: Botas impermeáveis de PVC ...........................................................38

Figura 35: Luvas ...............................................................................................39

Figura 36: Conceitos centrais de marketing......................................................44

Figura 37: Composto de marketing e variáveis incontroláveis..........................48

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Principais concorrentes da BSB por segmento................................24

Quadro 2: Principais concorrentes diretos da marca Bracol .............................40

Quadro 3: Características do marketing eletrônico ...........................................57

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Evolução do parque industrial da unidade de Lins............................26

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BSB: Brazil Safety Brands

C.A: Certificado de Aprovação

CRM: Customer Relationship Management

IBTEC: Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos

NF-e: Nota fiscal eletrônica

P&D: Pesquisa & Desenvolvimento

SAC: Serviço de Atendimento ao Consumidor

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................12

CAPÍTULO I – A EMPRESA ............................................................................14

1 HISTÓRICO ...........................................................................................14

1.1 O Grupo Bertin .......................................................................................14

1.2 Agropecuária – Comapi..........................................................................16

1.3 Sistemas de Higienização Industrial.......................................................16

1.4 Higiene & Limpeza .................................................................................17

1.5 Construção Civil .....................................................................................17

1.6 Infraestrutura ..........................................................................................18

1.7 Geração de energia elétrica ...................................................................19

1.8 Resort.....................................................................................................19

1.9 Bertin Ambiental .....................................................................................20

1.10 BSB EPIs................................................................................................20

1.10.1 Histórico Bracol ......................................................................................24

1.10.1.1 Missão.................................................................................................26

1.10.1.2 Política da Qualidade..........................................................................26

1.10.1.3 Política Ambiental ...............................................................................27

1.10.1.3.1 Práticas para minimização de danos ambientais .............................29

1.10.1.4 Unidades estratégias de negócios ......................................................31

1.10.1.4.1 Unidades Lins – SP..........................................................................31

1.10.1.4.2 Unidade Castanhal – PA..................................................................35

1.10.1.5 Parceiros.............................................................................................35

1.10.1.6 Produtos..............................................................................................36

1.10.1.6.1 Calçados de couro ...........................................................................36

1.10.1.6.2 Botas Impermeáveis de PVC ...........................................................38

1.10.1.6.3 Luvas ...............................................................................................39

1.10.1.7 Concorrentes ......................................................................................40

1.10.1.8 Responsabilidade Social.....................................................................40

1.10.1.9 Qualidade de Vida...............................................................................40

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CAPÍTULO II – MARKETING COMO ESTRATÉGIA PARA FIDELIZAR

CLIENTES ........................................................................................................42 2 HISTÓRICO ...........................................................................................42

2.1 Definição de marketing...........................................................................43

2.2 Marketing de relacionamento .................................................................49

2.2.1 Diferenciação por meio de serviços .......................................................52

2.2.2 CRM .......................................................................................................54

2.3 E-commerce ...........................................................................................55 CAPÍTULO III – A PESQUISA..........................................................................60 3 INTRODUÇÃO .......................................................................................60

3.1 Relato e discussão sobre a empresa .....................................................61

3.2 Departamento comercial ........................................................................62

3.2.1 Administração de vendas .......................................................................63

3.2.2 Logística.................................................................................................64

3.2.3 Licitações ...............................................................................................64

3.2.4 Contratos................................................................................................65

3.2.5 Capacitação de equipes.........................................................................65

3.2.6 Suporte CRM..........................................................................................66

3.2.7 Marketing................................................................................................66

3.2.8 Relacionamento com clientes.................................................................67

3.2.9 Atendimento a representantes ...............................................................68

3.2.10 Representações comerciais ...................................................................68

3.2.11 Convenção anual ...................................................................................70

3.2.12 CRM .......................................................................................................70

3.3 P&D........................................................................................................71

3.4 Parecer final sobre o caso......................................................................71

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.....................................................................73 CONCLUSÃO...................................................................................................76

REFERÊNCIAS ................................................................................................78 APÊNDICES .....................................................................................................80

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INTRODUÇÃO

As empresas trabalham para satisfazer as necessidades dos seus

clientes e consequentemente obterem lucro, e uma das formas de atingirem

esse objetivo é praticando o marketing de relacionamento de forma efetiva.

Para atender bem não basta apenas ser gentil ou oferecer o melhor

preço do mercado, é necessário buscar entender profundamente as

necessidades particulares de cada cliente, no intuito de estabelecer uma

relação de parceria. Tal postura deve estar presente desde a fase de conquista

até a de retenção do cliente, identificando suas necessidades e oferecendo

soluções que proporcionem a ele maior segurança e comodidade.

Após iniciado o relacionamento, deve-se buscar não perder o contato

com o cliente, mesmo que inicialmente não resulte em venda, mostrando-se

sempre presente por meio de telefonemas, e-mails, malas diretas ou qualquer

outro canal de comunicação. O importante é buscar ser lembrado, desta forma

certamente ocupará um lugar de destaque na lista de contatos do cliente.

A organização que pratica o marketing de relacionamento de maneira

efetiva posiciona-se à frente de seus concorrentes, multiplicando eficiência e

lucratividade.

Os objetivos deste trabalho são: fundamentar as teorias referentes ao

marketing de relacionamento, demonstrar a eficiência da ferramenta para a

captação e manutenção de clientes, analisar e desenvolver técnicas que

poderão ser utilizadas pela empresa para melhorar o relacionamento com seus

clientes agregando mais valor a seus produtos e observar se essa ferramenta é

aplicada de maneira correta dentro da BSB EPIs.

Com base no exposto, surgiu o seguinte questionamento: O marketing

de relacionamento é solução para se estabelecer diferencial às empresas,

agregando valor a seus produtos?

Para responder ao questionamento, formulou-se a seguinte hipótese: o

marketing de relacionamento se adequadamente desenvolvido pela

organização agrega valor a seus produtos, capta e retém clientes.

Para demonstrar na prática a veracidade da hipótese, foi realizada uma

pesquisa de campo na empresa BSB Produtora de Equipamentos de Proteção

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Individual Ltda., durante o período de fevereiro a outubro de 2010, utilizando-se

dos seguintes métodos e técnicas:

Estudo de Caso: foi analisada na empresa a forma com que se relaciona

com seus clientes e busca retê-los.

Observação Sistemática: foram observados e analisados os aspectos

relativos ao marketing de relacionamento no atendimento aos clientes.

Método Histórico: foram observados os dados e a evolução histórica da

empresa, como suporte para o desenvolvimento do Estudo de Caso.

O trabalho está estruturado da seguinte maneira:

Capítulo I – Transcreve sobre a empresa BSB, sua origem e suas

características.

Capítulo II – Descreve sobre marketing de relacionamento e suas

contribuições para conquista e retenção de clientes.

Capítulo III – Expõe sobre a pesquisa realizada, apresentando os

respectivos dados, resultados e considerações.

A Proposta de Intervenção e a Conclusão são resultados de uma

comparação entre a teoria aplicada e as práticas apresentadas pela empresa, e

constituem a parte final deste trabalho.

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CAPITULO I

A EMPRESA

1 HISTÓRICO

1.1 O Grupo Bertin

Iniciou suas operações em 25 de abril de 1977, na cidade de Lins,

localizada no interior do estado de São Paulo, com a fundação de um frigorífico

de carne bovina, liderado por Henrique Bertin e seus irmãos, filhos de

imigrantes italianos que se instalaram na região noroeste do estado de São

Paulo. Com uma capacidade de abatimento de apenas 14 cabeças de gado por

dia e instalações modestas, comercializavam uma variedade limitada de

produtos bovinos. No entanto, desde o início as pretensões de seus

idealizadores eram a de expandir seus negócios e se tornar umas das maiores

referências neste setor, o que em poucos anos virou realidade, transformando-

se em uma das maiores produtoras e exportadoras de produtos de origem

animal da América Latina, com capacidade de abate diário de 16,5 mil

cabeças.

Na década de 80, conforme suas estratégias de crescimento, a

companhia decidiu expandir os negócios através do processo de verticalização

de suas atividades, no intuito de prover o aproveitamento de todas as partes

bovinas. Então, em 1981, ingressou no ramo de beneficiamento do couro e ao

longo dos anos foi incorporando outros segmentos as suas atividades,

constituindo assim o Grupo Bertin, que passou a ser a maior companhia em

verticalização da cadeia bovina sul-americana, exportando para mais de 70

países, através de atuação em seguimentos de: agropecuária, alimentos,

lácteos, biodiesel, higiene e beleza, couros, produtos pet, equipamentos de

proteção individual (EPIs), higiene e limpeza e higienização industrial, além de

segmentos voltados à infraestrutura, nas áreas de construção civil, saneamento

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básico, energia e transporte e concessões de rodovias, possuindo ainda um

resort.

Em setembro de 2009, a JBS, maior produtora de carne do mundo, uniu-

se com a Bertin e constituiram uma nova companhia, batizada de Nova

Holding, com poder de controle de ambas as empresas. Com a maioria das

ações, a JBS passou a deter o controle das divisões de carnes, lácteos,

biodiesel, couros, produtos pet e de higiene e limpeza.

Fonte: Bertin, 2010

Figura 1: Planta industrial frigorífico – Lins

Contando com mais de 35 mil pessoas espalhadas em mais de 40

unidades no Brasil e no exterior, é considerada uma das maiores

empregadoras e companhias em verticalização de negócios da cadeia bovina

sul-americana, tendo em 2003 conquistado o prêmio de Destaque das

exportações pelo Governo brasileiro, por sua contribuição aos bons resultados

da balança comercial, com a saída de 153 mil toneladas de carnes para

mercados como Europa, Oriente Médio, Extremo Oriente, América Latina e

Estados Unidos.

Desta forma, todos os setores de atuação do Grupo Bertin seguem o

mesmo pensamento no que se refere a investimentos contínuos em qualidade,

tecnologia, pesquisas, capacitação das equipes de trabalho, logística,

processos de gestão e estratégia mercadológica. Além de promover ações

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sociais e ambientais nas localidades em que estão inseridos, agregando valor,

fomentando o desenvolvimento e fortalecendo a relação com os diversos

públicos – clientes, fornecedores, parceiros, investidores, imprensa, órgãos

públicos, colaboradores e comunidade.

1.2 Agropecuária – Comapi

Fonte: Bertin, 2010

Figura 2: Logomarca da Comapi

Divisão voltada à criação de gado de corte e onde são pesquisadas

soluções para melhoramento genético da raça nelore, sendo reconhecida

internacionalmente pelos resultados obtidos no aprimoramento da espécie.

Conta com um rigoroso controle sanitário, em conformidade com as exigências

Internacionais, mantendo-se sempre atenta à vacinação, bem-estar,

alimentação e padronização dos animais, possuindo ainda um sistema de

rastreabilidade, que permite a identificação e monitoramento durante toda a

vida do seu rebanho, conferindo homogeneidade, segurança e qualidade. É

uma das fontes de abastecimento do frigorífico.

1.3 Sistemas de Higienização Industrial

Fonte: Bertin, 2010

Figura 3: Logomarca da Newdrop

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Sabendo da importância da higienização em qualquer empreendimento

que visa proporcionar confiança, seriedade e respeito ao seu público-alvo, há

mais de 12 anos o Grupo Bertin atua através da marca Newdrop no ramo de

Sistemas de Higienização Industrial, com uma variada linha de produtos

voltados para a sanitização e higienização corporativa, além de linhas agrícolas

e veterinárias, devidamente certificadas pelo Ministério da Agricultura e pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

1.4 Higiene & Beleza

Fonte: Bertin, 2010

Figura 4: Marcas higiene e beleza

Neste segmento o Grupo é representado pelas conceituadas marcas

Francis, OX, Phytoderm, Neutrox, Karina, Kolene, Tan o Tom e Bourbon, que

possuem linhas inspiradas na biodiversidade brasileira que trazem substâncias

ativas para o cuidado diário com o corpo e os cabelos, entre shampoos,

condicionadores, cremes corporais, protetores solares, desodorantes e

sabonetes, além de uma linha completa de perfumaria.

1.5 Construção Civil

Fonte: Bertin, 2010

Figura 5: Logomarca da Contern

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A ideia de fundar uma divisão especializada em construções surgiu do

acúmulo de conhecimento do Grupo Bertin na área de construções civis para

empreendimentos próprios e de terceiros. Então no ano de 1986 criaram a

Contern Construções, que atua em diversos segmentos com ênfase em

transporte, energia, indústria e edificações, onde participa de licitações em todo

o país.

1.6 Infraestrutura

Fonte: Bertin, 2010 Figura 6: Logomarca da Cibe Participações

No setor de infraestrutura, o grupo Bertin possui a Holding Cibe

Participações, constituída no ano de 2006 em conjunto com o Grupo Equipav.

Por meio do controle e administração de empresas concessionárias de serviços

públicos, a CIBEPar atua nas áreas de saneamento, rodovias e energia.

No setor rodoviário, detém importantes concessionárias em três estados

brasileiros: a Rodovia das Colinas, Sulvias, Metrovias e Convias, Rodovias do

Tietê e a Nascentes das Gerais, primeira parceria público-privada rodoviária do

Brasil. A Holding também controla a CTRC, operadora do Terminal Rodoviário

de Campinas (SP) e a CTRCG, operadora do Terminal Rodoviário de Campo

Grande (MS), em construção.

No segmento de saneamento básico, administra também três

concessionárias, que são responsáveis pela oferta de serviço de

abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de sete municípios em

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São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. As empresas nesta área são:

Águas Guariroba, Prolagos e Águas de Itu.

Já no setor elétrico, a CIBEPar controla 26 usinas termelétricas, que são

entregues ao Sistema Integrado Nacional (SIN) , contribuindo efetivamente

para a segurança energética do País.

1.7 Geração de energia elétrica

Fonte: Bertin, 2010

Figura 7: Logomarca da Gaia Energia

Com o objetivo de reunir e desenvolver projetos do Grupo Bertin, a Gaia

Energia e Participações S/A foi criada no ano de 2008 para concentrar as

atividades de análise, desenvolvimento, produção e comercialização de energia

elétrica originária de fontes renováveis.

A Empresa trabalha com energia pura, 100% brasileira, e apresenta em

seu portfólio mais de 40 projetos entre Usinas Termelétricas, Hidrelétricas,

Eólicas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O plano de investimento da

Gaia contempla geração de energia superior a 1.100 MW.

1.8 Resort

Fonte: Bertin, 2010 Figura 8: Logomarca do Blue Tree Park

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Resort pertencente ao Grupo Bertin, localizado na cidade de Lins (SP),

no KM 433,3 da Rodovia Marechal Rondon, administrado atualmente pela rede

de hotéis Blue Tree. Possui um complexo aquático de 2.800 km² com piscinas

termais, uma extensa área de equipamentos de recreação e lazer, fitness

center, bares, salão de beleza, sauna seca e úmida, restaurantes de categoria

internacional, salas com capacidade para 450 pessoas e uma arena coberta

para até 1200 pessoas, além de dispor de 180 apartamentos.

1.9 Bertin Ambiental

Fonte: Bertin, 2010

Figura 9: Logomarca da Bertin Ambiental

Localizada no município de Lins (SP), a Bertin Ambiental atua nos

segmentos de retirada de resíduos sólidos, coleta seletiva e recuperação de

resinas termoplásticas industriais. Sua preocupação vai desde a separação da

sucata até investimentos em modernos equipamentos e processos para a

gestão ambiental. A empresa trabalha sempre voltada para soluções

ecologicamente corretas, na transformação dos resíduos sólidos, gerados

pelas empresas do grupo. Destes resíduos são gerados materiais como:

plástico, metal, papel, vidro, borrachas e adubo orgânico.

1.10 BSB EPIs

Fonte: BSB, 2010 Figura 10: Logomarca da BSB

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Fundada no início de 2009, a holding BSB constituída por diversas

empresas produtoras e comercializadoras de Equipamentos de Proteção

Individual (EPIs), originou-se da marca Bracol, onde agregou também outras

marcas de grande reconhecimento, voltadas para diferentes nichos de

mercado, sendo algumas delas:

a) Fujiwara e Vichi, assim como a Bracol, compõem calçados de

primeira linha, visando atender ao público A, composto por clientes mais

seletos, que preferem custo-benefício a preço;

b) Mercure e Worksafe, voltadas para um público intermediário, o B;

c) Bravo, U-Safe e Fox, com foco no público C, que visa menor preço e

cujo grau de exigência é mínimo.

A BSB atua nos segmentos de calçados de couro, calçados

impermeáveis de PVC, luvas e também na distribuição de outros EPIs, tais

como: óculos, capacetes, máscaras, protetores auriculares, dentre outros, para

atender a clientes específicos. Seu principal foco é a produção e

comercialização de EPIs para todo o mercado nacional e internacional,

utilizando uma política comercial agressiva e canais de distribuição estratégicos

em diversos pontos do mundo.

Fonte: BSB, 2010 Figura 11: Demarcação das unidades BSB no Brasil

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22

Fonte: BSB, 2010

Figura 12: Demarcação das unidades BSB no exterior

Com atuação de 90% no mercado nacional e 10% no mercado externo, em

países como Argentina, Peru e Chile, o grupo possui cerca de 28,34% do

mercado de calçados de segurança da 1ª linha e 2ª linha. Se for considerada

apenas a 1ª linha de calçados de segurança, verifica-se a significativa

participação de 36,37%.

Dentro de cada segmento, a BSB possui uma grande variedade de

opções, desde produtos mais sofisticados, com acessórios especiais, até

aqueles de menor valor agregado e de baixo custo.

Líder mundial no setor de calçados de segurança, os investimentos

constantes em conforto, design e proteção fazem das marcas Bracol e Fujiwara

serem respectivamente a 1ª e 2ª marca mais lembrada, conforme vem

indicando o Prêmio anual Top of Mind, organizado por uma revista do

segmento, e cuja última edição, realizada em 2009, apontou também a marca

Bracol como a segunda mais lembrada no ranking geral de EPIs, só perdendo

para a 3M, e ficando em 4º lugar, a Fujiwara. Ainda de acordo com o prêmio da

Revista Proteção, referente a luvas de segurança, a Bracol se destaca como a

2ª marca mais lembrada, só perdendo para a Promat, ficando a Fujiwara na

quarta posição também neste quesito.

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Fonte: BSB, 2010 Figura 13: Ranking das marcas mais lembradas de EPIs.

Fonte: BSB, 2010 Figura 14: Marcas de calçados da BSB entre as mais lembradas

Fonte: BSB, 2010 Figura 15: Marcas de luvas BSB entre as mais lembradas

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Na tabela abaixo, alguns dos principais concorrentes da Holding BSB em

calçados de segurança.

CONCORRENTES

1ª Linha 2ª Linha 3ª Linha

Marluvas Protelyne Cartom

Saftline Conforto Imbiseg

Viposa Ducouro Protelyne

Arteflex Fortline Calf Fonte: Elaborado pelos autores (2010)

Quadro 1: Principais concorrentes da BSB por segmento

Dentro de suas estratégias de crescimento, a BSB está ampliando

frequentemente a sua base de produtos e firmando parcerias desenvolvidas ao

longo dos anos com empresas de vários países, no sentido de sustentar sua

estratégia de atuação global, focada em pilares como investimentos constantes

em tecnologia e inovação, visando a capacidade de atender a mercados e

clientes que exigem atendimento a critérios técnicos e de performance, apoiada

pelo desenvolvimento de tecnologias próprias.

A crescente conscientização por parte das companhias com a questão

de segurança no trabalho e o reflexo da demanda crescente por utilização de

EPIs para proteger os trabalhadores de eventuais acidentes de trabalho

possibilitam à BSB portfólios de produtos com alta margem de contribuição

aliados a ganhos de escala e produção integrada, garantindo à companhia

elevadas margens EBITDA.

1.10.1 Histórico Bracol

Fonte: BSB, 2010

Figura 16: Logomarca da Bracol

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Um dos segmentos originados do processo de verticalização do Grupo

Bertin, a divisão de equipamentos de proteção individual da companhia iniciou

suas atividades no ano de 1995, com o objetivo principal de dar vazão a um

considerável volume de raspas de couro e vaquetas de baixa classificação,

disponíveis em seus próprios curtumes em função do excesso de oferta.

Ingressou no mercado de EPIs com a fabricação de luvas de vaqueta e

de raspa de couro, sendo identificadas na época pela marca Brasan,

exclusivamente voltadas a atender a demanda do mercado brasileiro.

Em março de 1998, conforme decisão da nova administração da

unidade, definiu-se que o foco único de suas atividades seria no mercado de

calçados de segurança; porém, a marca Brasan encontrava-se desgastada e

com pouca credibilidade devido aos inconstantes padrões de qualidade e

atendimento que eram disponibilizados ao mercado consumidor. Visando desta

forma alcançar um novo posicionamento no mercado, em agosto daquele ano

extinguiram a antiga marca e passaram a trabalhar com a marca Bracol, cujo

foco seria voltado a outro nicho de mercado, composto por clientes que

valorizam a relação custo x benefício nos produtos e serviços agregados.

Aproveitando a força que a marca vinha conquistando no mercado, em

2002, a empresa resolveu adicionar botas de PVC ao seu mix de produtos e

mais tarde, em 2003, luvas sintéticas, como uma forma de diversificar seu

campo de atuação e abrangência da marca. Ainda aproveitando esta

crescente, em 2006, o Grupo Bertin decidiu apostar mais alto neste mercado

promissor e aplicou aproximadamente 90 milhões de reais em investimentos

em novas infraestruturas e tecnologias, erguendo uma nova planta fabril com

capacidade bem superior em área e em produção.

No ano de 2007, as instalações mudaram para a Avenida São Paulo,

1805, também na cidade de Lins – SP, traçando assim um novo rumo para a

empresa e evoluindo dos antigos 6.200 m² de área construída para os atuais

30.200 m² e quadruplicando sua capacidade de produção diária, de 7 mil e 200

para impressionantes 31 mil pares, somando aproximadamente 8 milhões de

calçados de segurança ao ano.

Na tabela abaixo, pode-se verificar em números os contrastes em área

do terreno, área construída, número de funcionários e capacidade de produção

das antigas instalações para a atual.

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Tabela 1: Evolução do parque industrial da unidade de Lins

Antiga Fábrica Fábrica Atual Área do terreno 11.000 m² 77.000 m²

parque industrial: 5.000 m² parque industrial:

24.200 m² Área construída

áreas de apoio: 1.200 m² áreas de apoio:

6.000 m²

Número de funcionários 350 1.200

Capacidade de produção diária 7.200 pares de calçados de couro

22 mil pares de calçados de couro e 9.000 de Botas de PVC

Capacidade de produção anual 1,8 milhões de pares

7.750 milhões de pares

Fonte: Elaborado pelos autores (2010)

1.10.1.1 Missão

Produzir e comercializar equipamentos de proteção individual com a

melhor relação custo/benefício do mercado nacional, firmando também nosso

compromisso com a proteção do meio ambiente e com a integridade física de

todos aqueles que em nossa marca depositam sua confiança.

1.10.1.2 Política da Qualidade

Como reflexo da preocupação da empresa em garantir contínua

qualidade e padronização a seus produtos e processos, vem mantendo desde

2005 a Certificação ISO 9001:2000, através de sua Política da Qualidade, onde

considera a Qualidade como fator de sucesso, comprometendo-se em manter o

Sistema de Gestão da Qualidade, visando uma posição de liderança nos

mercados em que atua, conduzindo suas atividades de tal forma a atender ou

mesmo superar as expectativas de seus clientes, investimento continuamente

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no desenvolvimento de seus colaboradores, incorporando novas tecnologias,

buscando a melhoria contínua de seus processos através de práticas seguras,

proporcionando retorno compatível ao capital investido e preservando o Meio

Ambiente.

Fonte: BSB, 2010 Figura 17: Certificado ISO 9001:2000

1.10.1.3 Política Ambiental

Por meio do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que norteia suas

ações de adoção de práticas que visam minimizar ou eliminar danos ao

ambiente gerados pela empresa, no ano de 2009, a BSB conquistou a

Certificação ISO 14001:2004 que atesta a responsabilidade ambiental nas

atividades de uma organização, tornando-se assim a primeira empresa de

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calçados de segurança no país a obter esta certificação correspondente à

Preservação Ambiental.

Fonte: BSB, 2010

Figura 18: Certificado ISO 14001:2004

Para transparecer ao público suas atividades ambientais e ganhar

aliados neste modelo de gestão, a Bracol divulga para o público interno as atas

das reuniões de análise crítica pela direção, além de realizar campanhas de

marketing voltadas tanto para funcionários quanto para clientes, fornecedores e

parceiros, por meio de embalagens, faixas, cartazes, folhetos, malas-diretas,

entre outros, com mensagens alusivas à proteção ao meio ambiente.

Visando desenvolver-se sustentavelmente, preservando os recursos

naturais do meio ambiente, diminuindo custos operacionais através da

diminuição dos desperdícios, evoluir para uma posição de melhor produtividade

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e maior vantagem competitiva, tornando-se exemplo e referência, a BSB se

compromete a:

a) implementar e manter um Sistema de Gestão Ambiental apropriado às

atividades que desempenha, tornando-o um marco para estabelecer e

buscar os objetivos e metas ambientais da empresa;

b) melhorar continuamente seus processos, visando principalmente

reduzir a quantidade de resíduos industriais devolvida à natureza;

c) cumprir integralmente os requisitos legais e demais normas

ambientais vigentes, buscando superá-las sempre que possível;

d) manter um sistema de comunicação com seu público interno e

externo tornando transparentes suas atividades relacionadas ao meio

ambiente.

1.10.1.3.1 Práticas para minimização de danos ambientais

Como solução para redução dos resíduos devolvidos à natureza, a BSB

realiza ações voltadas para cada tipo de material:

a) os líquidos inflamáveis, couros, materiais sintéticos e outros

componentes não relativos ao produto, como lâmpadas, são

coletados por empresas terceirizadas, onde são separados e, quando

não possível seu reaproveitamento, incinerados ou aterrados.

Fonte: BSB, 2010 Figura 19: Tanque com resíduos químicos líquidos

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b) os solados que apresentam inconformidade durante o processo

produtivo são triturados e compactados, resultando em pastilhas de

absorção de impactos, que aumentam a capacidade de absorção de

impactos na área calcânea, onde fica alojada. Assim também é com

as botas de PVC, quando não aprovadas no controle de qualidade,

são trituradas e reaproveitadas com adição de certa porcentagem de

matéria-prima virgem.

Fonte: BSB, 2010 Figura 20: PU reciclado

Fonte: BSB, 2010 Fonte: BSB, 2010

Figura 21: Botas de PVC Figura 22: PVC reciclado

não - conformes

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c) como fonte de energia para suas operações, a BSB conta com um

gerador movido 100% a biodiesel, combustível alternativo que, além

de reduzir custos, possibilita redução significativa dos impactos

causados ao meio-ambiente.

Fonte: BSB, 2010 Figura 23: Gerador próprio de energia limpa.

1.10.1.4 Unidades estratégicas de negócios

1.10.1.4.1 Unidade Lins – SP

Localizada em Lins, Noroeste do estado de São Paulo, essa unidade

passou a operar integralmente no ano de 2007, marcando uma nova fase na

história da empresa, que antes detinha uma planta com investimentos de

infraestrutura e tecnologia bem menores. Com este novo prédio, a companhia

passou a dispor de condições ideais para desenvolver as ações necessárias

para alavancar de vez no mercado, firmando-se no topo do segmento onde

atua.

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Fonte: BSB, 2010

Figura 24: Foto aérea da planta industrial de Lins

A evolução da BSB desde seu ano de fundação foi espetacular. Antes

faturava 200.000 pares/ano; em 2008, obteve uma venda anual de mais de

3.056.904 milhões de pares e hoje chega a atingir a marca de 500.000 em

apenas um mês.

Esta nova planta com 77.000 m², totalmente reformulada, passou a

abrigar dez linhas de produção, possibilitando um sistema de produção em

linha reta em formas de unidades produtivas, onde é possível iniciar um

produto e terminar em mesma linha, sem desvios.

Primando pela segurança dos que transitam nos locais da empresa,

suas instalações internas e externas são devidamente sinalizadas. Além disso,

suas práticas de organização do trabalho são embasadas na ferramenta 5S de

Gestão da Qualidade, que proporciona maior agilidade, harmonia e controle na

realização das atividades.

Além do que há de mais moderno em maquinários, equipamentos e

softwares para a operação fabril, a unidade possui ainda sofisticados e amplos

laboratórios, devidamente aprovados pelos órgãos responsáveis, onde são

realizados testes nas matérias-primas adquiridas e em todos os lotes

produzidos de acordo com as normas reguladoras, para garantir a qualidade e

seguranças de seus produtos.

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Fonte: BSB, 2010

Figura 25: Laboratório físico

Fonte: BSB, 2010

Figura 26: Laboratório químico

O departamento de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) desempenha

importante papel na empresa, buscando novas alternativas em insumos,

matérias-primas e no desenvolvimento de novos modelos, conforme as

necessidades dos clientes e apontamento do mercado, visando o diferencial

competitivo organizacional através de versatilidade, ousadia, conferindo valor

agregado aos seus produtos.

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Fonte: BSB, 2010

Figura 27: Setor de Pesquisa & Desenvolvimento

A preocupação constante da empresa em garantir o controle da

qualidade em cada processo de fabricação confere a seus calçados de

proteção individual o Selo Conforto do Instituto Brasileiro de Tecnologia do

Couro, Calçado e Artefatos (IBTEC) que, através de ensaios específicos, atesta

a conformidade dos produtos conforme os pré-requisitos de conforto.

Fonte: BSB, 2010 Figura 28: Logomarca IBTEC

A planta da BSB Lins conta ainda com dois auditórios, moderna sala de

vídeo-conferência, um espaçoso refeitório com área para descanso e

enfermaria.

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1.10.1.4.2 Unidade Castanhal – PA

No início de suas operações, a BSB contava apenas com uma planta

fabril, localizada no antigo prédio ocupado pela divisão, na cidade de Lins (SP).

Entretanto, com o avanço da marca no mercado e a necessidade de ampliar

suas possibilidades de logística, a empresa abriu uma unidade no estado do

Pará, na cidade de Castanhal, destinada a atender com maior agilidade os

clientes das regiões Norte e Nordeste do país. Em uma área total de 22.000 m²

e 3.050 m² de área construída, contando com 200 colaboradores diretos e uma

produção diária em torno de 3.000 pares, a BSB EPIs Unidade Castanhal é

mais um empreendimento de sucesso, considerada empresa modelo pelo

governo do estado do Pará.

Fonte: BSB, 2010 Figura 29: Unidade de Castanhal

1.10.1.5 Parceiros

Visando desafogar sua capacidade produtiva e deter maior segurança e

agilidade em fornecimento, a BSB possui parceria com algumas empresas,

como a Ecopur, divisão do Grupo Bertin especializada na produção de

produtos químicos, sediada no município de Jundiaí, no interior de São Paulo,

que fornece o principal componente da formulação do solado de Poliuretano,

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carro chefe da empresa. A Soluseg e a Fortflex, ambas instaladas em

Itanhandú, estado de Minas Gerais, produzem os calçados que dão nome a

uma Linha de produtos da marca Bracol, voltada exclusivamente para

revendedores e distribuidores, a Linha Minas, fornecendo cerca de 3.000 pares

por dia. Outra importante parceira da BSB é a Arcanjo, localizada na cidade de

Salto – SP, produz uma grande variedade de luvas com suporte têxtil,

banhadas com látex natural, nitrílico e PVC.

Fonte: BSB, 2010 Fonte: BSB, 2010 Figura 30: Processo de banho Figura 31: Estufa de secagem

1.10.1.6 Produtos

Fonte: BSB, 2010

Figura 32: Mix de produtos

1.10.1.6.1 Calçados de couro

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Fonte: BSB, 2010

Figura 33: Calçados de couro

Com o objetivo de atingir diversos segmentos e atender diferentes tipos

de necessidades e níveis de exigência, a marca Bracol disponibiliza de uma

ampla gama de linha de produtos, oferecendo variadas opções de modelos,

solados, acessórios, cores, e ainda personalização com logo a fogo ou

bordada. Dentre suas linhas de calçados de couro, possui a Linha Femme, com

design e acessórios pensados especialmente para o público feminino; a Linha

Minas, voltada para revendedores e distribuidores; a Linha Explorer, composta

por modelos mais arrojados e de maior valor agregado, fabricados em couro

Nobuck; e uma Linha destinada especificamente ao mercado externo, a Linha

Iron Track.

Seus calçados vão da numeração 33 a 47, entre solados de PU (mono

ou bidensidade), borracha colada e/ou colada e blaqueada monodensidade e

borracha bidensidade vulcanizada. Possui ainda opções de modelos em solado

de TPU, produto de alto valor agregado que confere melhor performance ao

calçado. Em biqueira de proteção possui opções em aço e em composite, esta

última voltada para eletricistas, pois apesar de apresentar a mesma resistência

a impactos que a biqueira de aço, não conduz eletricidade.

Como solução de proteção contra agentes perfurantes, fabrica também

calçados com palmilhas antiperfurantes, de aço ou de material não metálico.

Apesar de um acessório pouco solicitado e desconhecido pela maioria, tem-se

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a opção de inserção no solado de um componente chamado alma, cuja

finalidade é diminuir a capacidade de flexão do solado, voltado para

profissionais como eletricistas, que trabalham a maior parte do tempo em cima

de escadas, onde há o risco de desequilíbrio, caso o solado venha a curvar-se

muito.

Com a finalidade de aumentar a vida útil dos calçados em áreas com

presença de umidade, a Bracol oferece como opção calçados fabricados em

vaqueta hidrofugada e em couro emborrachado, cujo diferencial deste último é,

além de maior resistência à umidade e ao rasgamento, conferir proteção contra

produtos químicos leves.

1.10.1.6.2 Botas Impermeáveis de PVC

Fonte: BSB, 2010

Figura 34: Botas impermeáveis de PVC

Produto que nos últimos anos recebeu importantes investimentos,

ampliaram sua variedade, diversificando-o em diferentes linhas, as Botas de

PVC Bracol vêm conquistando cada vez mais mercado e batendo recordes e

mais recordes de vendas, reflexo do diferencial qualitativo presente nos

produtos, onde se buscou criar valor agregado a eles, através de matérias-

primas de alto padrão, testes regulares de performance e pesquisas contínuas.

Uma estratégia bem estruturada que resulta hoje no reconhecimento da marca

por seu público-alvo.

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As Linhas que compõem seu mix são:

a) Linha Acqua Fort: Produtos de alta durabilidade, indicados para

atividades que exigem máxima resistência. Opções: cano médio e

longo, forração térmica e componentes metálicos (biqueira e

palmilha), nas cores branca e preta;

b) Linha Acqua Lev: Como o próprio nome diz, este modelo apresenta

uma bota mais leve, sem abrir mão da resistência. Proporciona ótima

aderência, conforto e estabilidade. Opções: cano médio e longo, nas

cores branca e preta;

c) Linha Acqua Flex: A linha AcquaFlex oferece ótima calçabilidade e

design diferenciado. É um produto flexível indicado para atividades

diversas. Opções: cano médio e extra-curto, disponível nas cores

branca, preta, azul e preta com solado amarelo. Na cor preta,

disponível também sem forração interna.

1.10.1.6.3 Luvas

Fonte: BSB, 2010

Figura 35: Luvas

Mais um produto Bracol de sucesso e que foi aumentando sua linha de

produtos ao longo dos anos, não deixando nada a desejar em qualidade e

variedade. Contando com linhas nacionais e importadas, seu mix de produtos

possui modelos de luvas sintéticas ou com suporte têxtil, banhadas com látex

natural ou látex nitrílico, e sintéticas com punho de látex natural e dorso e face

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palmar de neoprene, tricotadas de 3 e 4 fios, e de vaqueta, com ou sem reforço

entre o dedo polegar e o indicador.

1.10.1.7 Concorrentes

Seus principais concorrentes diretos são:

CONCORRENTES

Calçados de Couro Botas de PVC Luvas

Marluvas Italbotas Danny

Saftline Grendene Promat

Viposa Alpargatas Fujiwara

Arteflex Vulcabras Mapa Fonte: Elaborado pelos autores (2010)

Quadro 2: Principais concorrentes diretos da marca Bracol

1.10.1.8 Responsabilidade Social

O grupo defende atividades pautadas no desenvolvimento sustentável.

Todas as suas plantas possuem licenças ambientais e priorizam ações

ecoeficientes, que minimizam e previnem possíveis impactos decorrentes de

suas operações, além de desenvolver e apoiar diversos projetos sociais,

voltados à cidadania, através de inclusão social e digital, cultura popular,

educação técnica e subsídio a creches e instituições assistenciais.

1.10.1.9 Qualidade de Vida

Visando preservar a saúde física e emocional de seus colaboradores, o

Grupo Bertin adota ações preventivas nas áreas de saúde, bem-estar e

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segurança, além de promover programas relacionados ao esporte, à integração

família-empresa, à qualificação profissional e principalmente à saúde, onde

além de oferecer assistência médica e odontológica aos seus funcionários,

atua também por meio de campanhas de conscientizações sobre doenças

virais e ocupacionais, entre outras, realizando aplicação de vacinação na

empresa, auxílio a gestantes e diabéticos e prática de ginástica laboral.

Na BSB, são realizadas ações especiais nas principais datas do ano,

como uma forma de descontrair um pouco o ambiente de trabalho, tornando-o

um lugar mais agradável e as atividades mais prazerosas de serem

executadas.

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CAPÍTULO II

MARKETING COMO ESTRATÉGIA PARA FIDELIZAR CLIENTES

2 HISTÓRICO

O marketing, ao longo dos últimos anos, especificamente a partir da

década de 90, vem sofrendo alterações, adaptações por causa das mudanças

ocorridas no mercado e nos cenários mundiais, que forçam a todo instante uma

nova interpretação e adaptação do mercado como um todo. Muitos fatores contribuem para que um negócio tenha sucesso: estratégia notável, empregados dedicados, bom sistema de informações, excelente implementação. Contudo, as companhias de todos os níveis que têm sucesso hoje apresentam uma coisa em comum – são fortemente centradas no cliente e comprometidas com o marketing. (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 2).

Deste modo, com o início de um novo século, o XXI, várias mudanças

foram previstas para acontecer e outras muitas ocorrerão com o passar dos

anos e com o desenvolvimento de pesquisas, que darão novos elementos às

teorias já existentes.

O marketing, mais do que outra função do negócio, lida com os clientes. Criar valor e satisfação para o cliente é o ponto central do pensamento e da prática do marketing moderno. [...] A meta do marketing é atrair novos clientes prometendo um valor superior, e manter os clientes atuais dando-lhes satisfação. (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 3).

Apesar de se encontrar seu início ao longo da história da humanidade,

na própria origem do comércio, o marketing é um campo de estudo novo se

comparado com os demais campos do saber.

A partir do momento em que se deveria sistematizar um conjunto de

ações e intenções calcadas em conhecimento, pesquisa, informação,

observação do comportamento das pessoas e sociedades perante o mercado e

a economia, bem como, diante do seu grupo de referência e comunidade,

passa-se a pensar num amplo e complexo sistema denominado de

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Administração de Marketing que, na realidade, significa a administração de

todos os elementos discutidos e implementados dentro do amplo conceito de

marketing.

2.1 Definição de marketing

Encontram-se diferentes definições e conceitos para marketing; o que

deixa claro sua dimensão ampla resultante do conjunto de instrumentos

utilizados de maneira integrada para afetar o mercado.

O marketing poder ser definido como o processo social e gerencial

através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam e desejam

por meio da criação e troca de produtos e valores. (KOTLER; ARMSTRONG,

1999).

Para os autores, o marketing deve ser entendido “não só no antigo

sentido de vender”, mas também de satisfazer as necessidades do cliente.

O marketing assim pode ser compreendido como a área do

conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de

troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos

consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou

indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que

estas relações causam no bem-estar da sociedade. (LAS CASAS, 1991).

Assim, observa-se que um dos principais elementos contidos nos

conceitos de marketing tem relação com os aspectos ligados à orientação para

os consumidores, sendo este um dos principais desafios enfrentados pelos

administradores de marketing “entender o consumidor, no sentido de conhecer

as suas expectativas antes, durante e após a compra”, conforme aponta Las

Casas (1991).

Para Kotler e Armstrong (1999), o conceito de marketing está ligado às

necessidades humanas: Necessidades humanas são estados de carência percebida. O homem tem muitas necessidades complexas: necessidades básicas físicas de alimentação, roupas, calor e segurança; necessidades sociais de fazer parte de um grupo e ser querido; necessidades individuais e de conhecimento e de auto-realização. Essas

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necessidades não são criadas pelos profissionais de marketing, é uma parte básica da constituição do homem (KOTLER, ARMSTRONG, 1999, p. 3).

As necessidades humanas são assim satisfeitas conforme o grau de

desenvolvimento da sociedade.

Fonte: Adaptado de Kotler; Armstrong, 1999, p. 4.

Figura 35: Conceitos centrais de marketing

O marketing deve ser realizado nas empresas, por todos os empregados

e participantes, afinal, o objetivo-fim da empresa são os lucros. Nesse caso, as

organizações que se destacam por sua orientação em marketing se dedicam

ao limite em conhecer as necessidades, desejos e demandas de seus clientes. [...] Fazem pesquisas sobre os consumidores e analisam as queixas, perguntas, garantias e serviços que lhes são prestados. Os vendedores são treinados para descobrir os desejos não-realizados do cliente. Eles observam clientes que usam seus produtos e de seus concorrentes, e os entrevistam a fundo quanto às suas preferências. A compreensão detalhada das necessidades, desejos e demandas do cliente é um importante subsídio para o planejamento de estratégias

PRODUTOS

CONCEITOS CENTRAIS DE MARKETING

NECESSIDADES, DESEJOS E

DEMANDAS

MERCADOS

VALOR, SATISFAÇÃO

E QUALIDADE

TROCA, TRANSAÇÕES E

RELACIONAMENTOS

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de marketing (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 4).

Por outro lado, o Marketing, em seu trabalho de analisar, planejar e

implementar programas que produzirão um nível desejado de transações com

mercados-alvo específicos, utiliza-se de elementos chave desse processo: que

viabilizam esse trabalho, o papel de coordenar e gerir todo esse fluxo de

informações intra e extra-empresa, e toda a sua interação com o

macroambiente, bem como coordenar toda a utilização de ferramentas

matemáticas, estatísticas de medição e pesquisa de comunicação e de

psicologia, instrumentalizadas pelo marketing, no sentido literal de aumentar as

vendas e promover lucros, mantendo e garantindo a vida futura da empresa.”

(KOTLER; ARMSTRONG, 1999).

Segundo Las Casas (1991), o estudo do mercado surgiu da necessidade

dos industriais de administrar a nova realidade, oriunda da Revolução Industrial

que causou uma transformação de um mercado de vendedores para um

mercado de compradores. Neste estágio, o marketing ainda é inseparável da

economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocupação era

puramente de logística e produtividade, para a maximização dos lucros. Nesse

caso, compreende-se que os consumidores não tinham qualquer poder de

barganha e a concorrência era praticamente inexistente.

Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial

quando então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos

começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores.

De acordo com Forsyth (1990), nos anos 40, Robert Bartels, da Ohio

State University defendeu sua tese de doutorado sobre a teoria do marketing.

Até então raros eram os princípios do marketing estabelecidos, com exceção

de trabalhos como o de Walter Scott, sobre a aplicação da Psicologia na

propaganda e o de William J. Reilly sobre as Leis de gravitação do varejo. Em

1954, pelas mãos de Peter Drucker ao lançar seu livro “A Prática da

Administração”, o marketing é colocado como uma força poderosa a ser

considerada pelos administradores.

No início dos anos 50, o suprimento de bens de consumo começou a

crescer mais rapidamente que a demanda. Mercados tornaram-se, em sua

maioria, mercados compradores e o marketing acabou se identificando com

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vendedores tentando encontrar compradores (KOTLER; ARMSTRONG, 1999).

Conforme Las Casas (1991), na maior parte das empresas, o marketing

ocupava, há 50 anos, apenas um lugar modesto no organograma, o de um

serviço comercial, composto por alguns vendedores e empregados e muitas

vezes estava subordinado ao diretor de produção ou diretor administrativo.

Ainda segundo o autor, atualmente, pode-se ver a mesma empresa

praticando diferentes filosofias de marketing ao redor do mundo e ver

empresas usando filosofias diferentes do marketing em um mesmo mercado,

podendo-se identificar, na evolução desta ciência, filosofias com diferentes

orientações:

a) orientação para produção;

b) orientação para produto;

c) orientação para vendas;

d) orientação para o cliente;

e) orientação para o marketing socialmente responsável ou marketing

social;

f) orientação para o marketing holístico.

Os primeiros passos para a difusão do marketing foram dados por Peter

Drucker, ainda que implicitamente, em 1954, com o lançamento do livro "A

Prática da Administração".

A primeira grande mudança nesse cenário veio em 1960 por Theodore

Levitt, mais tarde nomeado o pai do marketing. Era professor da Harvard

Business School. Seu artigo na revista Harvard Business Review sob o título

"Miopia de Marketing", elencou uma série de erros de percepções, mostrou a

importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos

negócios.

Desta forma, vários artigos científicos foram escritos, pesquisas feitas e

dados estatisticamente relevantes traçados sobre a importância do marketing.

Separaram-se as estratégias eficientes dos “achismos” e viu-se a necessidade

de um estudo sério do mercado. Este conhecimento adquirido ficou espalhado,

difuso, muitas vezes restrito ao mundo acadêmico. Em 1967, Philip Kotler,

lança a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", onde se pôs

a reunir, revisar, testar e consolidar as bases daquilo que até hoje formam o

cânone do marketing.

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Nos anos 70, destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias

de marketing em todas as grandes empresas. O próprio Kotler desenvolveu

estudos nesse sentido quando publicou “Princípios de Marketing” juntamente

com Gary Armstrong.

De fato, a contribuição do marketing é de suma importância no meio

empresarial, que passa rapidamente a ser adotada em outros setores da

atividade humana. O governo, organizações civis, entidades religiosas e

partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de marketing adaptando-

as as suas realidades e necessidades.

De modo geral, na década de 80, o marketing desenvolveu-se

intensamente em vários setores e, especificamente no terciário, o crescimento

foi ainda mais acelerado. A mudança na mentalidade empresarial pode ser

apontada como um dos fatores que contribuíram para isso, no sentido de que

hoje em dia profissionais liberais já aceitam a idéia de aplicar técnicas

mercadológicas em seus negócios (LAS CASAS, 1991).

Assim como fez em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos

anos 90 teve um forte impacto no mundo do marketing.

Conforme Dolabela (1999), a utilização do marketing na administração

moderna tem seus objetivos claramente definidos e quantificados de forma que

haja um alvo atingível para o qual se pode mirar. Devem ser definidos de tal

forma que, quando o plano de marketing for implementado, o desempenho

possa ser comparado com o objetivo.

A satisfação do consumidor e a opinião pública passaram a estar

diretamente ligada à participação das organizações em causas sociais, e a

responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva.

As empresas, ao desenvolverem um plano de marketing, estão sujeitas

a sofrerem uma série de influências de diferentes variáveis, onde sua ligação

com o mercado ocorre através das atividades de comercialização

representadas por produto, preço, distribuição e promoção, conforme a

ilustração abaixo. Esses conjuntos de fatores são denominados de compostos

de marketing, que representam as principais etapas em todos os tipos de

comercialização possível, seja o objeto um bem, uma ideia ou um serviço e são

dirigidos à satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores. Além

disso, enquanto as empresas procuram desenvolver um plano de marketing

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mais adequado aos seus clientes, elas sofrem a influência de uma série de

variáveis chamadas de incontroláveis, uma vez que a maioria dos

administradores não tem controle sobre elas, devendo-se adaptar às suas

imposições. Conforme a ilustração abaixo, esses fatores são: tecnologia,

ambiente político\legal, concorrência, econômicas e outras. (LAS CASAS,

1991).

Fonte: Adaptado de Las Casas, 1991, p.13

Figura 36: Composto de marketing e variáveis incontroláveis.

Desta forma, compreender a analisar essas variáveis, bem como sua

interferência nas ações das empresas, passam a constituir um ponto de partida

para o desenvolvimento do planejamento proposto.

A partir do momento em que se passa a sistematizar um conjunto de

ações e intenções calcadas em conhecimento, pesquisa, informação,

observação do comportamento das pessoas e sociedades perante o mercado e

a economia, bem como perante o seu grupo de referência e comunidade,

passa-se a pensar num amplo e complexo sistema denominado de

Administração de Marketing que, na realidade, significa a administração de

todos os elementos discutidos e implementados dentro do conceito de

marketing.

Segundo Las Casas (1991), cabe a quem trabalha em marketing, seja

administrador, publicitário, psicólogo ou industrial, um profundo conhecimento

do mercado e da sua segmentação, da psicologia de vendas e da psicologia do

consumidor. Isto facilita a atuação no mercado e permite um planejamento

Ambiente Político\Legal - Concorrência

Tecn

olog

ia

Econ

ômic

as\O

utra

s

Organização

Consumidor

Ambiente Social\Cultural\Demográfico

Produto Preço Distribuição Promoção

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adequado. Um segmento de mercado constitui-se numa faixa de consumidores

com características semelhantes, necessidades e desejos comuns, motivados

de forma similar a adquirir determinados produtos ou serviços.

Pode-se afirmar que o marketing recebeu as maiores influências na

década de 90, já que neste período, inúmeros novos elementos surgiram e

exerceram uma grande força e influência, principalmente sobre a área

tecnológica, o que foi sentido nos quatro cantos do planeta.

As premissas analisadas mostram que o novo milênio está se

preparando para práticas de prestação de serviços voltadas à satisfação das

necessidades dos clientes, através de uma percepção elucidada e baseada

nos fatores originados do estreitar do relacionamento, cuidando de perto de

seus clientes e olhando de forma cada vez mais crítica para o mercado, a

ponto de encontrar vantagens competitivas e lucrativas para toda organização.

2.2 Marketing de relacionamento

O marketing de relacionamento surgiu, dentro dos estudos teóricos do

marketing e, mais especificamente nas últimas duas décadas, como um novo

espaço de atuação do próprio marketing. Paralelamente firmou-se como alvo

de grande interesse gerencial, visto que suas práticas têm por objetivo

promover nas empresas melhores desempenhos por meio do uso do

desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo.

Para D'Angelo; Larán; Schneider (2006), o marketing de relacionamento

é uma filosofia empresarial a qual prevê a construção e a manutenção de

relacionamentos individuais com os clientes, numa concepção em longo prazo.

Em mercados corporativos, seja naqueles voltados ao consumidor final, sua

adoção demanda um projeto da organização em uma postura cultural,

estratégica e operacional que esteja de acordo com seus princípios.

McKenna (1999) afirma que o marketing de relacionamento coloca-se

com o posicionamento iniciando no consumidor para efetivar a venda/compra.

As empresas conseguem obter posições de destaque no mercado

através do marketing, mas, além disso, pode-se estabelecer e firmar-se quanto

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a sua forma de fazer negócios.

Esse é o posicionamento dinâmico, um processo multidimensional

formado por três etapas: posicionamento do produto, posicionamento do

mercado e posicionamento da empresa. (MCKENNA, 1999).

Para Kotler (1998), marketing de relacionamento é baseado na premissa

de que os clientes importantes precisam receber atenção contínua,

Independentemente se são representados por pessoas físicas ou jurídicas.

Assim, a partir do final da década de 1990 e início da década seguinte, o

marketing de relacionamento tornou-se um modismo dentre os profissionais da

área, necessitando de amplo estudo e capacitação dos mesmos para buscar o

melhor meio de gerenciar relacionamentos de maneira satisfatória (STONE;

WOODCOCK; MACHTYNGER, 2002).

Segundo Stone, Woodcock, Machtynger (2002), o desenvolvimento de

consumidores mais leais aumenta o faturamento da empresa. Isso, entretanto,

tem um custo. A grande questão é decidir quanto uma empresa deve investir

no desenvolvimento do relacionamento com seus consumidores de maneira

que os custos não ultrapassem os ganhos.

Kotler; Armstrong (1999) expõe que, no mercado de hoje, em que os

clientes usufruem de uma grande gama de opções em produtos e serviços, o

fator determinante para a escolha do consumidor é o valor que ele identifica, e

esse valor depende da avaliação de cada cliente, o que se denomina valor

percebido.

“O valor para o cliente é a diferença entre os valores que ele ganha

comprando e usando um produto e os custos para obter esse produto.”

(KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 6).

A satisfação do cliente depende do valor percebido por ele com relação

às expectativas que foram criadas em cima de determinado produto ou serviço.

Deste modo, se o valor percebido pelo cliente corresponde às suas

expectativas, ele sai satisfeito, se excede, ele fica encantado. As empresas

inteligentes buscam encantar seus clientes, prometendo somente o que podem

cumprir e depois oferecendo além do que foi prometido. A satisfação do cliente

só traz benefícios para uma organização, pois clientes satisfeitos voltam a

comprar e fazem propaganda positiva, resultando em novos clientes.

(KOTLER; ARMSTRONG, 1999).

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O que realmente importa é como os possíveis clientes e os já existentes veem uma empresa em relação às concorrentes. Os consumidores definem uma hierarquia de valores, desejos e necessidades com base em dados empíricos, opiniões, referências obtidas através de propaganda de boca e experiências anteriores com produtos e serviços [...]. (MCKENNA, 1999, p. 45).

Ainda segundo o autor, a satisfação do cliente é intimamente ligada à

qualidade, tendo esta um impacto direto sobre o desempenho do produto. No

seu sentido mais restrito, qualidade pode ser definida como ausência de

defeitos, mas para a maioria das empresas centradas no cliente, para alcançar

a qualidade total é necessário atender ou superar as expectativas do cliente.

Marketing ocorre quando as pessoas decidem satisfazer necessidades e

desejos através da troca, sendo esta o ato de obter-se um determinado objeto

dando alguma coisa em retribuição. O marketing de relacionamento além de

criar transações a curto prazo, objetiva construir relacionamentos a longo prazo

com clientes, tendo como ideia central não maximizar relacionamentos

mutuamente lucrativos, mas sim transformar as transações lucrativas em uma

consequência de bons relacionamentos com os consumidores. (KOTLER;

ARMSTRONG, 1999).

Desta forma, marketing de relacionamento é a construção de uma

relação duradoura entre empresa e consumidor, baseada na confiança e em

ganhos mútuos ao longo do tempo. Não é só o cliente que tem que manter uma

fidelidade, porém, suas exigências devem nortear as práticas básicas de

negócios, de tal forma que os envolvidos tenham benefícios. Segundo Stone, Woodcock, Machtynger (2002), um programa de

marketing de relacionamento deve seguir as seguintes etapas:

a) definir os objetivos: determinar aonde se quer chegar ou o que se

pretende alcançar;

b) identificar as necessidades dos clientes: entender claramente o que

desejam;

c) desenvolver a abordagem: criar uma forma de contato;

d) definir níveis e segmentos de qualidade: estabelecer parâmetros em

termos de qualidade;

e) implementar: colocar em prática o planejado;

f) controlar o resultado: verificar se tudo está de acordo com o planejado.

Já Kotler (1998) entende que essas etapas devem ser as seguintes:

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a) identificação dos clientes-chave – os clientes-chave são aqueles que

merecem uma atenção especial por algum motivo, quer seja porque

proporcionam maior retorno para a empresa, ou pelo potencial que

possui o chamado lifetime value (valor patrimonial de longo prazo);

b) designação de um gerente de relacionamento para cada um dos

selecionados. Sugere-se a designação de um colaborador com

treinamento específico para atender exclusivamente um dos clientes-

chave;

c) desenvolvimento de um plano de ação para cada cliente-chave.

Sugere-se, igualmente, a criação de um planejamento por cliente, que

contenha objetivos, metas, estratégias, ações e recursos necessários

para melhorar o relacionamento com os clientes-chave identificados;

d) estabelecimento de um sistema de controle para avaliar o

desempenho dos gerentes de relacionamento em relação a seus

clientes. A empresa deve determinar com clareza os critérios através

dos quais cada gerente de relacionamento e seu relacionamento com os

clientes-chave serão avaliados. Sugere-se a criação de um “supervisor

de relacionamentos”, que acompanhará e aconselhará os gerentes de

relacionamento.

Uma empresa não deve procurar atender a todos os clientes sob pena

de perder o foco, mas deve segmentar o mercado onde atua e buscar atender

os clientes que podem reverter em uma maior lucratividade. (KOTLER, 1998).

Após essas considerações, é possível afirmar que o bem de maior valor

de cada empresa é o cliente, uma vez que no atual mundo globalizado e

competitivo é necessário focar esforços na manutenção e no relacionamento

com os clientes, além de não perder de vista a busca de novos consumidores.

2.2.1 Diferenciação por meio de serviços

Segundo Mckenna (1999), uma forma de se diferenciar no mercado e

conquistar a preferência dos clientes é agregando valor aos produtos por meio

de serviços. A fronteira entre produtos e serviços está desaparecendo

rapidamente, o que está ocorrendo é a “servicialização” dos produtos e a

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“produtilização” dos serviços. Isso porque, na maioria das vezes, o que os

consumidores mais desejam de um produto é qualitativo e intangível; é o

serviço, um aspecto essencial do produto, não sendo um evento, e sim o

processo de criação de um ambiente de informação, garantia e conforto ao

consumidor. Os comerciantes que apreciam a importância do híbrido produto-

serviço concentram-se no desenvolvimento de relações de fidelidade com o

cliente.

Muitas empresas fazem uso de estratégias que enfocam o preço e as especificações técnicas de seus produtos, porém são artifícios limitados, de forma que no quesito preço o cliente nunca se dará por satisfeito, esgotando cada vez mais a capacidade da empresa em flexibilizar seus preços, ou mesmo, acarretando em sua ruína. No quesito técnico, é muito difícil uma empresa conseguir manter a superioridade tecnológica por mais de seis meses. (MCKENNA, 1999).

As empresas estariam muito melhor se conseguissem estabelecer posições baseadas no que chamo de fatores intangíveis, tais como liderança em tecnologia, qualidade, confiabilidade e serviço. Ao contrário do preço e das especificidades técnicas, os aspectos intangíveis não se enquadram em um gráfico de comparação entre produtos. Não podem ser mensurados de forma adequada, nem tampouco descritos por números. Contudo, como forças de posicionamento são muito mais poderosos. (MCKENNA, 1999, p. 64).

A competição de preços tem vários pontos negativos. Produtos com

baixos preços quase sempre recebem pelos consumidores a conotação de

pouca qualidade, de modo que preço baixo e alta qualidade podem ser um

desastre. Além do mais, as empresas que oferecem preços baixos sempre

enfrentam ameaças de outras que podem oferecer preços ainda mais baixos e

roubar sua posição. Ademais, as margens de lucro frequentemente se corroem

junto com o preço, o que leva a comunidade financeira a fazer comentários

negativos sobre as perspectivas da empresa. (MCKENNA, 1999).

Buscar se estabelecer no mercado por meio de especificidades técnicas

também não é benéfico, pois, além da dificuldade de ser manterem a frente da

concorrência, os clientes não estão interessados em pequenas diferenças

técnicas, pois a maioria nem mesmo sabe distingui-las, são mais influenciados

por fatores intangíveis, tais como a liderança tecnológica e qualidade do

produto, assistência técnica e suporte. (MCKENNA, 1999).

“Poucos compradores de um produto Sony conseguem diferenciar sua

tecnologia, mas a reputação da Sony garante-lhes que não precisam fazê-lo.”

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(MCKENNA, 1999, p. 66).

2.2.2 CRM

O Customer Relationship Management (CRM), de acordo com a

bilbliografia estudada, trata de uma nova abordagem que coloca o cliente no

centro dos processos do negócio, sendo estratégicamente pensado para

perceber e antecipar as necessidades dos clientes atuais e potenciais, de

forma a procurar supri-las da melhor forma.

O marketing de relacionamento com os clientes – CRM – objetiva

melhorar as relações com seus parceiros da rede de suprimentos (atacadistas

e varejistas) que distribuem seus produtos. Algumas empresas têm especial

interesse em melhorar o relacionamento com seus consumidores finais, ou

seja, utilizar os benefícios do CRM para captar e fidelizar clientes, obtendo

maior lucratividade e reduzindo os custos.

Os processos de gestão desenvolvidos através do CRM estão, sem

dúvida, na linha da frente em termos estratégicos não apenas em termos de

marketing, mas também a médio prazo, ao nível econômico-financeiro.

Os processos e sistemas de CRM possibilitam que se tenha

conhecimento das informações e exerçam assim o acompanhamento sobre os

clientes de maneira integrada, principalmente através de registros de todas as

interações com o cliente, que podem ser consultadas e comunicadas pela e

para a empresa que necessite desta informação para se nortear nas tomadas

de decisões.

A utilização do CRM no planejamento estratégico das empresas ainda é

recente e passível de estudo e discussões pelos teóricos sobre o tema. Mesmo

assim, é de extrema importância o seu conhecimento pelas empresas que

desejam ampliar os negócios. O aspecto mais importante do marketing de relacionamento com o cliente é a capacidade que possui de coletar, analisar e rastrear informações sobre os cliente de uma empresa, reunindo-as em um banco de dados a fim de constituir um ativo para o planejamento organizacional (STONE; WOODCOCK; MACHTTNGER, 2002, p. 131).

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Ao se considerar a utilização do CRM, é necessário, segundo Stone,

Woodcock e Machttnger (2002), a aplicação de alguns “princípios-padrão” de

gerenciamento.

Pizzinatto, et al (2005) apontam que para obter bons resultados através

do gerenciamento do relacionamento com clientes – CRM – é necessário

compreender inicialmente quem são os clientes de uma organização, com qual

segmento se está atuando para poder oferecer ao “cliente certo a oferta certa,

nos canais certos e na hora certa”.

2.2.3 E-Commerce

Por comércio eletrônico ou e-commerce, que também pode ser

denominado comércio virtual, compreende-se uma transação comercial feita

especialmente através de um equipamento eletrônico. A ação de vender ou

comprar pela internet caracteriza-se em um exemplo de comércio eletrônico.

A internet está mudando o projeto e a implementaçao de estratégias de marketing. A tecnologia dinâmica põe à disposiçao dos profissionais de marketing métodos eficientes e poderosos para projetar, promover, e distribuir produtos, realizar pesquisas e coletar informaçoes sobre o mercado (FERREL; PRIDE, 2001, p. 473).

De acordo com Ferrel, Pride (2001), existem diversos termos para

descrever as atividades de marketing e as transações que ocorrem na internet.

Entre os teóricos do assunto, o mais popular é o e-commerce, ou comércio

eletrônico, assim definido “compartilhamento de informações de negócios, a

manutenção de relações comerciais e a condução de transações de negócios

por meio de redes de telecomunicações.” E-commerce conceitua-se como o uso da comunicação eletrônica e digital, aplicada aos negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações ou entre estas e indivíduos, ou entre indivíduos, permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços, terminando com a liquidação financeira por intermédio de meios de pagamento eletrônicos. (COMÉRCIO..., 2010).

O mercado mundial está cada vez mais se adaptando ao comércio

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eletrônico em grande escala. Muitos ramos da economia agora estão ligados

ao comércio eletrônico, de tal modo que em alguns segmentos torna-se

indispensável o uso dessa ferramenta.

A internet mudou o modo como os profissionais de marketing se comunicam e desenvolvem relações, não apenas com seus clientes, mas também com seus empregados e fornecedores [...]. A tecnologia de telecomunicações oferece muitas vantagens, potenciais aos profissionais de marketing, entre elas a rápida resposta, a expansão da capacidade de servir ao cliente [...], a redução nos custos de operações e as reduções de barreiras geográficas (FERREL; PRIDE, 2001, p. 452 e 453).

Nesse caso, considera-se que o mercado global para o e-commerce é

composto pelos internautas que já realizam compras ou que podem vir a fazê-

lo, desde que tenham acesso à rede mundial de computadores.

A entrada das empresas na rede mundial de computadores generalizou-

se a ponto de se estranhar atualmente o fato que de algumas não possuam na

rede um espaço próprio para estabelecer contatos quer seja com seus clientes,

fornecedores, ou até mesmo seus colaboradores.

Fazer uso da rede mundial de comunicações, a internet, é uma questão

cultural que vem se alterando dia a dia e que tem despertado o interesse não

só das empresas, mas também dos clientes.

Para Ferrel; Pride (2001), as características do e-marketing afetam

diretamente a estratégia de marketing, uma vez que a estratégia “envolve

identificar, analisar um mercado-alvo e criar um mix de marketing para

satisfazer indivíduos desse mercado”.

Para Ferrel e Pride (2001), inicialmente é necessário compreender as

caracteristicas básicas do comércio eletrônico, uma vez que para os autores,

essas características se distinguem nesse meio do ambiente tradicional de

marketing. Assim, afirmam os autores que estas caracteristcas são:

a) capacidade de endereçamento;

b) interatividade;

c) memória;

d) controle;

e) acessibilidade;

f) digitalização.

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No quadro a seguir, podem ser observadas as considerações que Ferrel,

Pride (2001) elencam sobre cada uma destas características:

CARACTERÍSTICA CONSIDERAÇÕES

Capacidade de endereçamento

Representa a expressão mais avançada do conceito de marketing, uma vez que permite aos profissionais preparar um mix ajustados aos clientes-alvo.

Interatividade

Permite aos clientes expressarem suas necessidades e desejos diretamente as empresas, facilitando a interação entre empresa e potenciais compradores.

Memória

Refere-se a capacidade da empresa acessar bancos de dados com informações cada vez mais precisas sobre seus clientes, de acordo com o histórico de uso dos mesmos.

Controle

Encontra-se na habilidade dos clientes em regular a informação que eles veêm, bem como a taxa e a sequência de sua exposiçao a essa informação.

Acessibilidade

A possibilidade de acessar uma infinidade de informações sobre o que se deseja, poder compará-la a um concorrente e aprofundar o conhecimento sobre o que se deseja.

Digitalização

A internet pode ser usada para distribuir, promover e vender aqueles aspectos que estáo a parte do próprio ítem físico.

Fonte: Adaptado de Ferrel; Pride, 2001, p. 454-457. Quadro 3 - Características do marketing eletrônico.

Para uma empresa pensar no foco da solução do e-commerce pode ser

considerada a possibilidade de oferecer a colocação de pedidos aos clientes

médios e pequenos diretamente ligados aos sistemas de gestão operacional.

Nesse caso, espera-se um aumento da competitividade entre os fornecedores

em decorrência do uso da rede, favorecendo um aprimoramento da qualidade

dos produtos, dos serviços e do relacionamento que podem fazer o grande

diferencial no mercado atual.

Ainda citando Ferrel; Pride (2001), pode-se elencar as seguintes etapas

da estratégia de marketing, mas sem esquecer que o ambiente da rede

mundial de comunicação é extremamente dinâmico e que requer

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reconsiderações frequentes acerca das ações de marketing com a finalidade

de manter-se em dia:

a) mercados-alvo;

b) considerações sobre o produto;

c) considerações sobre a distribuição;

d) considerações sobre promoção;

e) propaganda e publicidade;

f) considerações de apreçamento.

Assim, fica claro que a acessibilidade a internet dá aos profissionais de

marketing uma oportunidade para expandir e complementar seus esforços

tradicionais de promoção. A propaganda e a publicidade são provavelmente os elementos do mix promocional mais visíveis na www. A propaganda ocorre frequentemente na forma de anúncios em banners, em palavras-chave, em buttons, interstitials e de patrocínio. As empresas estão usando a internet também para facilitar a venda pessoal e a promoção de vendas. (FERREL; PRIDE, 2001, p. 468).

O uso da internet dá aos consumidores um maior acesso às informações

sobre custo e preço de produtos que seriam antes impossíveis de se ter. Este

fator, segundo Ferrel; Pride (2001), favorece a concorrência de preços,

estimula as organizações a criarem mecanismos ou políticas de preços

diferenciados via internet e estabelece uma nova forma de relacionamento

entre cliente e empresa. Assim, há que se preocupar com novas questões que

surgem com o advento dessa forma de comércio. Questões ligadas à

legalidade de ações, à moral e à ética passaram a ser discutidas com maior

ênfase desde então.

Uma das questões mais controvertidas tem a ver com a privacidade pessoal, principalmente as informações pessoais que as empresas coletam dos visitantes dos sites, frequentemente com o uso de cookies [...]. Questões adicionais se referem ao spam, ou e-mail comercial não solicitado [...], e a apropriação indébita de marcas registradas. (FERREL; PRIDE, 2001, p. 468).

Numa breve avaliação sobre o uso da internet no comércio mundial, é

indiscutível a importância que esta tem enquanto instrumento de comunicação.

Esse processo facilitou os contatos interpessoais e o trabalho de muitos

profissionais.

É evidente ainda que o potencial de desenvolvimento ainda esteja longe

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de se esgotar, e com isso as facilidades e os problemas surgirão à proporção

que a própria internet e o e-marketing continuem a evoluir.

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CAPÍTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

Em um mercado altamente competitivo e clientes cada vez mais

exigentes e menos fiéis, as empresas buscam a cada dia soluções inovadoras,

criativas e que possam lhes proporcionar diferencial no mercado em que

atuam, de forma a desenvolver no cliente um valor agregado que não seja

encontrado nos demais concorrentes.

A maioria das empresas busca como objetivos prioritários em sua

trajetória no mercado, a conquista e fidelização de clientes. Para atingir tais

objetivos fazem uso de artifícios nocivos, reduzindo seus preços,

comprometendo qualidade e margens de lucro. Em curto prazo, essas técnicas

podem até se mostrar eficientes para sensibilizar o cliente a definir seu

fornecedor, porém, para fazer com que este não compre da concorrência

necessitará sempre oferecer preços menores, o que reduzirá os ganhos da

empresa, impedindo seu crescimento e, sem mais margem para ser

flexibilizada, resultará em sua inviabilidade.

As empresas precisam então buscar diferenciais, onde o preço esteja

incluído, mas que não seja o único ou o mais importante recurso. Tais

diferenciais podem estar no marketing de relacionamento, onde o fornecedor

busca entender as necessidades do cliente e adequar, quando possível, seus

produtos e serviços a ele. Esta é uma forma de agregar valor ao produto que

fornece e tornar o cliente, se não cativo, pois isto é improvável, pelo menos

identificado com a empresa e com o produto, possibilitando praticar preços

mais altos pelo serviço oferecido, conquistar uma participação de mercado

acima do que seria considerado natural, e/ou obter uma margem de lucro maior

do que a de seus concorrentes.

O tema escolhido apesar de várias vezes já abordado continua

relevante, principalmente quando se busca entender sua aplicação em um caso

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específico de forma que possa ser utilizado como estratégia da empresa e

proporcionar-lhe um diferencial competitivo no mercado em que atua.

Para demonstrar que o Marketing de Relacionamento é solução para se

estabelecer diferencial às empresas, agregando valor a seus produtos, foi

realizada pesquisa de campo na BSB Produtora de Equipamentos de Proteção

Individual Ltda., localizada na Avenida São Paulo, 1805, Jardim Guanabara,

Lins-SP, no período de março a outubro de 2010.

Para a realização da pesquisa foram utilizados os seguintes métodos:

a) Estudo de Caso: foi analisada, na empresa, a forma como se

relaciona com seus clientes e busca retê-los.

b) Observação Sistemática: foram observados e analisados os

aspectos relativos ao marketing de relacionamento na unidade BSB-

Lins, no atendimento aos seus clientes.

c) Método Histórico: foram observados os dados e a evolução histórica

da BSB, como suporte para o desenvolvimento do Estudo de Caso.

Utilizou-se também das técnicas:

Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)

Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)

Roteiro do Histórico da BSB EPIs (Apêndice C)

Roteiro de Entrevista com o Diretor Comercial (Apêndice D)

Roteiro de Entrevista com a Gerente de Marketing (Apêndice E)

Roteiro de Entrevista com o Gerente de P&D (Apêndice F)

A escolha pela BSB para a realização da nossa pesquisa deve-se às

condições que a empresa oferece em nível de organização e estrutura para a

elaboração de um trabalho rico de informações.

3.1 Relato e discussão sobre a empresa

Após a escolha pela BSB EPIs para a realização da pesquisa de campo,

efetuou-se contato com o Supervisor Administrativo da empresa para que fosse

concedida a devida autorização. Com o consentimento e colaboração da

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organização, deu-se início à etapa de levantamento das informações históricas

e de evolução, até a posição que ocupa atualmente no mercado em que

concorre.

As visitas foram agendadas com a responsável pelo setor de

Capacitação de Equipes, onde foi exposta toda a trajetória de sucesso e os

valores da empresa. Foi possível também conhecer todas as suas instalações,

desde os setores produtivos até os administrativos e colher impressões de

vários de seus colaboradores, o que foi essencial para o entendimento holístico

sobre a organização.

Conhecendo a empresa e presenciando um pouco de sua rotina, fica

evidente a preocupação com a máxima qualidade em todos os níveis de seus

processos, transmitida ao colaborador logo que este é contratado. Isso porque

a BSB tem consciência de que para se destacar no mercado e conquistar o

respeito e preferência do seu público-alvo, é necessário alcançar vantagens

competitivas, que só são possíveis oferecendo produtos e serviços que

atendam ou mesmo superem as expectativas de seus clientes, de forma a

construírem um elo de parceria de longo prazo que reverta em ganhos para

ambas as partes.

Para alcançar seus objetivos de captação e manutenção de clientes, a

empresa reconhece os benefícios do Marketing de Relacionamento e sabe que

para isto não basta oferecer o menor preço e o melhor produto, ou mesmo

realizar pesquisa de pós venda e dispor de um Serviço de Atendimento ao

Consumidor (SAC). É necessário ampliar e qualificar tais relacionamentos, pois

hoje os clientes não buscam somente comprar um determinado produto,

buscam nisto a solução para o seu problema, de modo que tenham as

expectativas atendidas ou superadas. Desta forma, torna-se indispensável para

uma empresa que procura um bom posicionamento no mercado e fugir da

prática destrutiva da guerra de preços, agregar valor a seus produtos por meio

de qualidade na prestação de serviços.

3.2 Departamento Comercial

O Comercial é o departamento da empresa que está mais diretamente

ligado aos clientes, e que faz o papel de intermediador destes com o restante

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da organização. É dividido em setores de: Administração de Vendas, Logística,

Licitações, Contratos, Capacitação de Equipes, Suporte CRM, Marketing,

Relacionamento com Clientes e Atendimento a Representantes.

3.2.1 Administração de Vendas

Setor composto pelas Células de: Cadastro, Conferência Cadastral,

Conferência Comercial, Análise Crítica, Instrução e Devolução e Remessa.

A Célula de Cadastro é responsável por efetuar cadastros e reavaliações

dos clientes. Os representantes comerciais da BSB encaminham a ficha com

as informações preenchidas pelos clientes e os dados cadastrais são

conferidos com o registro do cliente no site da Receita Federal e no Sintegra,

onde é verificado se este se encontra em situação regular; caso contrário, o

cadastro não é realizado. As informações financeiras e o limite de crédito e

prazo de pagamento solicitado são direcionados para a análise do

departamento responsável, podendo liberar ou não crédito para o cliente.

Nestes casos, este só poderá comprar por meio de pagamento

antecipado.

Assim que um pedido é gerado e havendo saldo de crédito suficiente

para o cliente, vai para a primeira tela de liberação, a Cadastral, onde é

verificado se os dados que se tem da empresa compradora encontram-se de

acordo com o site da Receita Federal e o do Sintegra, e se o cliente está em

situação regular nestes órgãos.

Após liberado pela Célula de Conferência Cadastral, o pedido vai para a

análise da Célula de Conferência Comercial, que verifica se o pedido digitado

está de acordo com as regras comerciais de frete, quantidades múltiplas por

produto, faturamento mínimo, natureza de operação, prazo de pagamento,

comissão e outros. Estando algum item em desacordo, é enviada uma

notificação para o atendente da região solicitar correção ou apresentar

autorização do responsável.

Se o estoque já foi pré-reservado pelo vendedor, o pedido já é

direcionado para o setor de faturamento para receber ordem de embarque,

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estando pronto para ser encaixotado, faturado e despachado. Caso contrário,

passa pela célula de Análise Crítica, onde é verificada a disponibilidade de

estoque. Não havendo quantidade suficiente para fechar todo o pedido ou

saldo mínimo para faturar imediato pelo menos parte dele, este é encaminhado

ao departamento de PPACP, que providenciará a sua produção.

Os processos de descontos em duplicatas e de prorrogação de prazo de

pagamento por atraso de entrega ou erro de digitação são analisados pela

Célula de Instrução, que providencia os acertos junto ao departamento

financeiro. Já as ocorrências de troca e devolução são verificadas pela Célula

de Devolução e Remessa, que recebe as Notas Fiscais de saída emitidas pelos

clientes e os Relatórios de Devolução (RD) preenchidos pelos vendedores ou

assistentes e após conferi-los solicita a coleta das mercadorias que estão

sendo devolvidas, podendo ser por problemas de qualidade ou mesmo por

desacordo comercial, como preço, quantidade e modelo em desconformidade

com a ordem de compra.

3.2.2 Logística

O setor de logística é notificado sobre qualquer ocorrência que

impossibilite a entrega de pedidos, seja por recusa do cliente ou por dificuldade

em identificar o destinatário. Essas ocorrências podem ser transmitidas tanto

pelas transportadoras terceirizadas, que prestam serviços de entrega à

empresa, ou pelos próprios vendedores e atendentes, que realizam contato

direto com os clientes. O setor realiza também acompanhamento da eficiência

de entrega das transportadoras terceirizadas e seleciona as solicitações de

embarques e entregas urgentes que recebem dos representantes e assistentes

de vendas e encaminha aos setores de expedição e faturamento e às

transportadoras, para que seja dado prioridade para esses pedidos.

3.2.3 Licitações

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O Licitações é o setor do departamento comercial responsável pelo

acompanhamento de todo o processo que envolve a participação da empresa

em concorrências para fornecimento a órgãos públicos, podendo ser

presenciais ou por pregões eletrônicos. Junto ao representante comercial da

região, o setor financeiro e o PPACP avaliam se têm condições de atender ao

edital e se é interessante a participação direta da empresa ou por meio de um

revendedor. Definida a participação direta, é levantada toda a documentação

necessária e o preço mínimo a ser ofertado. Se o pregão for presencial, o

representante comparece ao local e horário indicado no edital, ou se a disputa

for por pregão eletrônico, a própria célula participa via internet.

3.2.4 Contratos

As propostas de contrato podem partir tanto do cliente quanto da

empresa, que analisarão e proporão as alterações necessárias até que o

conteúdo do documento esteja de acordo para ambas as partes. Entretanto, a

maioria dos contratos originam-se de licitações ganhas para fornecimento a

órgãos públicos.

Desta forma, a célula de contratos é responsável em conferir que sejam

cumpridas todas as cláusulas firmadas em contrato entre a empresa e os seus

clientes, como preço, prazo de pagamento, prazo de entrega e de vigência.

Deste modo, os pedidos de clientes-contrato têm prioridade máxima em todos

os setores da empresa, para que esta não venha a sofrer sanções por atraso

de entrega ou não cumprimento de algum item do contrato.

3.2.5 Capacitação de Equipes

Os colaboradores ou representantes comerciais recém-contratados ou

aqueles que apenas desejam passar por uma reciclagem são direcionados

para a Célula de Capacitação de Equipes, que montará o cronograma de

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treinamentos de acordo com a função do ocupante e acompanhará para que

este seja cumprido da melhor maneira possível.

Primeiramente, é feita uma apresentação sobre o perfil da empresa, seu

histórico e evolução. Em seguida é dado início à parte prática do treinamento,

onde mesmo que superficialmente os colaboradores conhecem todo o setor

produtivo através de um monitor que vai descrevendo cada um dos processos

e tirando as dúvidas que surgem, sendo dada maior ênfase nos departamentos

que têm maior relação com o Comercial, como o Pesquisa & Desenvolvimento

(P&D) e o Laboratório de ensaios de resistência.

Por fim, o colaborador passa por todas as células do departamento

comercial, para conhecer quais as atribuições e rotinas de cada uma, dando

uma atenção especial para aqueles processos que mais se inter-relacionam

com a função que vai desempenhar. No caso de colaboradores internos, a

última etapa do treinamento ocorre na célula em que vai trabalhar, onde além

da parte teórica, aprende a parte operacional da função, por período suficiente

até estar apto a executá-la sozinho.

Em se tratando de representantes comerciais externos, ficam por um

tempo maior na célula de atendimento a representantes, com o assistente que

lhe prestará suporte, pois este será seu maior elo com a empresa.

3.2.6 Suporte CRM

Recebe dos colaboradores de todo o Departamento Comercial e dos

representantes comerciais as ocorrências relacionadas ao sistema,

intermediando com a área de informática e acompanhando sua resolução.

Além disso, efetuam prorrogações de cotações expiradas e conforme

solicitações providenciam campanhas para envio de malas-diretas digitais aos

clientes.

3.2.7 Marketing

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Setor responsável pela imagem da empresa, marcas e produtos perante

os públicos externos e internos. Com o apoio de agências de comunicação,

promove campanhas de divulgação através de diferentes meios (outdoors,

flyers, malas-diretas, revistas, listas telefônicas, sites e outros), organizam as

convenções anuais da empresa, participações em feiras do segmento e

desenvolvem materiais de apoio (catálogos, vídeos, banners, cartões de

visitas, fundo e assinatura de e-mail, brindes e outros).

3.2.8 Relacionamento com Clientes

Realiza via telefone, pesquisas de satisfação e campanhas para

reativação e prospecção de clientes.

São utilizados diferentes roteiros e abordagens conforme a finalidade do

contato, buscando sempre não transparecer ao cliente de que se trata de uma

pesquisa.

As respostas de cada cliente pesquisado são lançadas no sistema,

agrupadas e convertidas em percentuais gerais, que ficam registrados e

servem de informações para a empresa e para os vendedores.

Nas campanhas de reativação, são selecionados os clientes que

deixaram de comprar há determinado tempo e efetuado contato para tentar

descobrir o motivo e fazer com que voltem a comprar.

Os clientes potenciais são levantados por meio de sites de busca onde

conste o telefone de contato das empresas filtradas. Desta forma, entra-se em

contato, pede-se para falar com o responsável por compras de equipamentos

de proteção Individual e realiza-se a abordagem a fim de colher os dados de

contato do comprador e\ou técnico de segurança e o número do CNPJ da

empresa – indispensável para realizar o cadastro do cliente no sistema como

cliente prospect, ou potencial, facilitando novos contatos.

O setor promove também envio de malas-diretas comemorativas aos

clientes, em datas de maior destaque, como Páscoa, Dia da Independência,

Dias das Mães e dos Pais e Natal e Ano Novo.

Estes contatos regulares da empresa, além de uma forma de buscar

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estreitar o relacionamento com seus clientes e colher informações que

possibilitam traçar planos de ações de melhoria, agem também como um forma

de gerar vendas, pois ocorre muitas vezes do cliente contactado estar

necessitando do produto na ocasião do contato. Porém, estas intenções de

compra são passadas para o representante responsável entrar em contato com

o cliente, pois não é função do setor de Relacionamento com Clientes, e nem

permitido, realizar negociações de venda.

3.2.9 Atendimento a Representantes

Célula diretamente ligada a Vendas, composta por atendentes que têm

como função dar suporte aos representantes comerciais da empresa,

espalhados por todo o país, e aos clientes que entram em contato diretamente

com a fábrica.

O Atendimento é dividido por regiões e cada uma é composta por certa

quantidade de representações e de atendentes, dependendo do tamanho e

porte de vendas da mesma, ficando cada assistente de vendas responsável em

prestar suporte a determinadas representações, sendo bonificado pelo alcance

das metas de venda da região, que serve como um grande incentivo para este

contribuir mesmo que indiretamente com o resultado da região.

Como as representações não possuem canal direto com quase todos os

demais setores, transmitem suas necessidades aos assistentes de vendas que

verificam com os responsáveis e lhes dão um retorno. As solicitações são

bastante variadas, mas consistem basicamente na verificação sobre: pedidos

atrasados, liberação de frete, preço e comissão, envio de cópias e laudos de

CAs, fotos de produtos, fichas técnicas, embarques e entregas urgentes,

faturamentos parciais, prioridades de produção, análises de descritivos e

outros.

3.2.10 Representações Comerciais

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Quase 100% das negociações e efetivações de vendas dos produtos

produzidos pela BSB são realizadas por meio de representantes, que possuem

com a empresa um contrato de serviço e são comissionados de acordo com o

seu resultado. Ganham por venda realizada conforme a tabela de preços na

qual fechou a negociação e recebem um bônus se alcançarem pelo menos

90% de sua meta mensal, aumentando o valor de acordo com o percentual

alcançado, sendo 90%, 100% e 120% as variações no valor do prêmio. Além

disso, tem a premiação trimestral, válida para alcance de no mínimo 100% da

meta acumulada no período, e a premiação anual, em cima da meta

acumulada no ano, sendo também exigido atingir pelo menos 100%, sendo

esta a premiação de maior valor, pois a representação ganha certo percentual

em cima do valor financeiro de vendas no ano.

Apesar de contar com o suporte dos assistentes de vendas, para que a

representação possa prestar serviços à BSB é requerido que possua pelo

menos uma pessoa para trabalhar internamente, tendo assim condições de

atender os clientes que entrarem em contato por telefone e realizar

acompanhamento das vendas, como verificar se já venceu o prazo para o

faturamento e embarque dos pedidos.

Mesmo não sendo um colaborador interno da BSB, o sistema CRM

possibilita que seus representantes tenham acesso a quase todas as

informações que o assistente de vendas possui, oferecendo maior autonomia e

rapidez no desempenho do trabalho.

O sistema, através da ferramenta de workflow, permite que o

representante faça solicitações via sistema e diretamente ao responsável que

receberá um alerta via e-mail e procederá conforme solicitado, dando o parecer

via sistema. Através deste recurso, o representante tem a possibilidade de abrir

solicitações para: alteração em dados cadastrais de clientes, alterações em

pedidos digitados, previsão de faturamento, envio de documentos como

certificado de aprovação (C.A.), boletos e arquivo xml de nota fiscal eletrônica

(NFe) e ainda abrir ocorrências de: envio de pares a menos ou a mais, atraso

de entrega, envio de referência incorreta, mal atendimento, entrega urgente e

outros.

Cada representação é responsável pelo atendimento de determinada

região do país, podendo apenas ela enviar orçamentos e vender diretamente a

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empresas destas localidades. Caso uma empresa interessada em comprar,

entre em contato diretamente com a fábrica, é instruído a contatar o

representante responsável de sua região. Outros tipos de negociações

comerciais, como informação de faturamento mínimo exigido para compra,

também são direcionadas para a representação, pois a região pode ter alguma

particularidade, como acordo com distribuidores de não vender a certas

empresas consumidoras finais e encaminhar vendas menores a eles.

É necessário que a empresa, principalmente o assistente que presta

suporte, esteja bem entrosado com a representação, para que não dê

informações divergentes ao clientes. Neste caso, o trabalho em equipe é

fundamental.

3.2.11 Convenção Anual

A divulgação e entrega dos prêmios da campanha anual de vendas

ocorrem sempre na convenção anual da empresa, que acontece sempre no

começo do ano seguinte do período de validade da campanha de vendas.

Aproveitando a presença de toda sua equipe comercial e de representantes,

são divulgadas as regras da próxima campanha de vendas, os resultados

alcançados por cada equipe de vendas no ano anterior, os colaboradores

destaques e as representações que mais se destacaram em abertura e

reativação de clientes, preço médio de venda, volume de venda por tipo de

produto e outros. A convenção anual é, sem dúvida, a data mais aguardada por

todos da equipe de vendas, pois, além das premiações, é a ocasião em que

todos se encontram pessoalmente para comemorar as vitórias, rever as

estratégias e criarem um maior entrosamento, tudo isso em um clima de

bastante descontração e em um ambiente de lazer e conforto.

3.2.12 CRM

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Como ferramenta de apoio para a gestão de relacionamento com

clientes, a BSB faz uso do CRM, que lhe possibilita ter acesso a variadas

informações sobre cada cliente, como dados de contato, histórico de compras e

até mesmo relatos de insatisfação ou satisfação, que são registrados conforme

os contatos que são realizados, seja através de pesquisas telefônicas de

satisfação ou mesmo por um contato de iniciativa do próprio cliente.

3.3 P&D

O departamento de P&D trabalha no desenvolvimento de novos modelos

de calçados de segurança e sempre busca novas opções de matérias-primas,

visando aquelas de menor custo e que ofereçam maior facilidade no processo

produtivo, mas sem comprometer a qualidade.

As pesquisas e os desenvolvimentos são realizados de acordo com as

solicitações do departamento comercial, visando sempre atender às

necessidades dos clientes, porém, para isso, é necessário que a demanda de

compras do cliente compense tal investimento da empresa.

Para a definição das características do modelo que se enquadrem nas

necessidades do cliente, há casos em que é necessária a visita do responsável

técnico do setor para avaliar as condições do local em que o calçado será

utilizado, possibilitando assim colher informações necessárias para o

desenvolvimento do modelo ideal para o cliente.

Além dos desenvolvimentos realizados a partir de solicitações da área

de vendas, o setor também desenvolve projetos por iniciativa própria, buscando

sempre diversificar o portfólio de produtos da empresa, contribuindo com

novidades para o mercado e aprimorando a qualidade e o desempenho de

seus produtos.

3.4 Parecer final sobre o Caso

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Observa-se que a empresa dispõe de condições que permitem a ela

estar sempre se aprimorando, de forma a obter cada vez mais êxito em suas

operações. Realiza constantes investimentos que permitem atender as

necessidades do mercado e manter vantagem competitiva perante seus

concorrentes.

A BSB reconhece que, para se ter sucesso no mercado atual, é

necessário reter clientes, tendo-os como figura central da empresa, pautando

todas as suas ações de forma a criar valores que resultem na satisfação. Para

isso, é necessário primeiramente conhecer e entender o público-alvo a fim de

identificar quais as suas expectativas antes, durante e após a compra.

Com o uso de tecnologias de apoio, como o CRM, a BSB visa usufruir

de maior velocidade para tomar decisões, porque por meio de todas as

interações com seus clientes, possibilita traçar um perfil de cada um,

auxiliando-a na definição de suas estratégias.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Reconhece-se os benefícios e excelentes resultados que a BSB tem

com a terceirização de suas vendas através de representantes comerciais. No

entanto, constata-se alguns pontos que produzem vulnerabilidade à empresa e

ao relacionamento com seus clientes.

Da forma como é estruturado hoje o atendimento a clientes da BSB, em

que o representante, além de vender, desempenha na maioria dos casos o

papel de intermediário da empresa, acaba por transferir o relacionamento para

seus representantes, que ocupam a posição de figuras centrais da estrutura

comercial da organização. Deste modo, os esforços da empresa em sempre

desenvolver práticas que proporcionem maior agilidade e qualidade em

produtos e serviços aos clientes, como na obtenção das ISOs 9001 e 14001,

são creditados aos representantes, que estão na linha de frente.

Essa condição praticada mesmo que involuntariamente torna o cliente

um cliente do representante, dificultando qualquer tipo de estratégia em fazer

com que este relacione a imagem da empresa aos valores agregados em seus

produtos.

Assim, o representante passa a deter a fidelização do cliente,

oferecendo riscos à empresa caso deixe de representá-la. Além disso, abre

espaço para os concorrentes verem nos representantes uma oportunidade de

tomarem mercados da BSB.

Como proposta de reversão a esta situação de vulnerabilidade,

propomos à BSB criar assessores técnicos voltados para cada segmento de

mercado, de modo a integrar as equipes regionais de venda, contribuindo com

o representante e sendo um canal direto entre a empresa e o cliente, de forma

a atender diferentes tipos de empresas, tais como:

a) grandes corporações privadas;

b) empresas de economia mista;

c) empresas de varejo;

d) empresas públicas.

Ainda dentro de cada segmento, dividir o atendimento por tipos de

necessidades: empresas que necessitam de calçados com determinado tipo de

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resistência: à eletricidade, altas temperaturas, baixas temperaturas, entre

outras.

Como suporte para esses clientes estratégicos e para a abertura de novos,

sugerimos a criação de uma estrutura de apoio para a prospecção e venda,

dispondo de especialistas de P&D, segurança do trabalho e sobre normas

reguladoras, responsáveis por cada segmento de atividade: construção civil,

química, frigorífica, eletricista, fundição, com o papel de identificarem as

necessidades dos clientes, orientá-los e acompanharem os resultados dos

produtos na empresa (desgaste, adequação de uso, desempenho em geral,

custo x benefício), de forma a criar valor agregado por meio de serviços,

contribuindo para o sucesso dos clientes.

Fazendo uso da tecnologia, que muito contribui com as empresas, no intuito

de aproximar os profissionais da BSB de maiores níveis hierárquicos dos

grandes clientes, e ainda diminuir custos com deslocamentos, propomos

comunicações por vídeo-conferência, que possibilitará contatos de áudio e

vídeo em tempo real, para tratar de assuntos mais urgentes e que requeiram a

participação simultânea de várias pessoas em diferentes localidades.

Aperfeiçoar seu site para uma maior interatividade com os clientes,

oferecendo, por exemplo, opção de atendimento on-line. Disponibilizar

informações de interesse aos profissionais da área de EPIs, sobre produtos,

legislação, índices de acidentes de trabalho, estudo realizados sobre o

assunto, e também dicas ao usuário. Realizar melhorias que possibilitem a

visualização de fotos dos produtos em diferentes ângulos e cores. Promover

campanhas culturais com premiação, de forma a incentivar a participação do

seu público-alvo.

Sistematizar uma prática que já é realizada em algumas regiões de vendas,

promovendo em grandes revendedores workshops com o objetivo de

apresentar produtos e sua aplicação e passar informações técnicas sobre

segurança do trabalho e de instruções ao usuário.

Assim como é realizada a convenção para as equipes de vendas, promover

um encontro anual voltado para os grandes clientes e clientes potenciais. Em

um ambiente de descontração, oferecer treinamentos, debates, passeios e um

coquetel para premiações. Grande oportunidade de conhecer melhor o cliente,

suas necessidades e insatisfações.

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Visando uma maior eficácia e controle da gestão de relacionamento com

clientes, criar uma estrutura ligada diretamente à diretoria e cujo gerente tenha

a autonomia de um Ombudsman que, segundo De Angelo; Giangrande (1999),

é um complemento extremamente útil para a empresa que tenha decidido pela

valorização do serviço, sendo um representante de determinado público. É

esperado deste profissional que seja um facilitador no processo de implantação

do marketing de relacionamento e da cultura de qualidade.

Dentre outras ações, o setor realizaria o que hoje é feito pelo setor de

relacionamento com clientes: pesquisas de satisfação relativas a atendimento,

qualidade dos produtos, campanhas de ativação de clientes e de prospecção.

Além disso, faria o papel de um SAC, o que hoje não existe na empresa,

ficando responsável em registrar e buscar soluções para ocorrências de

qualquer ordem, e manter o cliente informado até a resolução do problema.

De modo a demonstrar ao cliente sua importância, no dia de seu

aniversário e da empresa em que atua, realizar uma ação de forma a

parabenizá-lo pela data. Para os clientes de menor expressividade, enviar

somente um e-mail e para os maiores e os potenciais, enviar um cartão e um

brinde via correio.

Conforme a teoria pesquisada e a análise do Estudo de Caso, validamos

a grande contribuição que o CRM oferece para se conhecer melhor os clientes,

e sugerimos a BSB continuar a fazer uso dessa ferramenta que proporciona

grandes conquistas à empresa. Porém, para que possa usufruir plenamente

dos benefícios, é necessário disseminar para toda a empresa em que consiste

essa filosofia e no que cada um pode colaborar para alcançarem um melhor

gerenciamento dos clientes.

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CONCLUSÃO

Para se manterem competitivas no mercado e deter a preferência dos

clientes, é fundamental para as empresas desenvolverem estratégias que

visem à construção e à manutenção de um relacionamento sólido e de longo

prazo com seu público consumidor. As diretrizes para se chegar a este objetivo

estão presentes no Marketing de Relacionamento.

Tentar fidelizar o cliente por meio de estratégias de preços é uma forma

muito arriscada e finita; o preço deve sim, ser considerado como um fator

importante dentro da política da empresa, mas não, como o principal.

É bem mais barato manter clientes do que abrir novos. Para isso, uma

maneira eficiente é agregar valores aos produtos comercializados, por meio de

serviços de qualidade. O cliente satisfeito com o atendimento dá menor

importância ao fator preço, proporcionando maior lucratividade à empresa.

Praticar o marketing de relacionamento não é simplesmente tratar o

cliente com cordialidade e simpatia, é necessário primeiramente buscar

entender suas necessidades e valores, quais os fatores que ele mais preza e o

que mais o deixa insatisfeito. A partir daí oferecer serviços que facilitem a vida

do cliente e que contribuam para o seu sucesso. Sobretudo é necessário

enfatizar que o nível de serviço oferecido deve ser correspondente ao retorno

financeiro que cada cliente proporciona ou tem potencial para isso.

Desta forma, pudemos verificar que a BSB preocupa-se em se manter à

frente de seus concorrentes, realizando contínuos investimentos e

implementações para oferecer aos clientes produtos e serviços de qualidade

que atendam ou mesmo superem suas expectativas.

Concluímos que o Marketing de Relacionamento é uma ferramenta

indispensável para as empresas que desejam se diferenciar no mercado,

mantendo-se rentáveis e competitivas, pois possibilita agregar valores

intangíveis aos seus produtos, o que permite praticar preços maiores sem

perder clientes.

A pesquisa nos proporcionou conhecimento aprofundado sobre o tema e

experiência para a elaboração de novas pesquisas científicas. Como sugestão

para futuros estudos, recomendamos a realização de pesquisas que verifiquem

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as vantagens e desvantagens da terceirização de vendas por meio de

representantes.

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REFERÊNCIAS

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KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. ed. 7. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1999. LAS CASAS, A. L. Marketing de serviços. São Paulo: Atlas, 1991. LETHBRIDGE, T.; ORSOLINI, M. JBS acerta compra de Bertin e Pilgrim`s. Portal Exame, [s.l.], 16 set. 2009. Disponível em:http://portalexame.abril.com.br/negocios/jbs-acerta-compra-bertin-pilgrim-s-498938.html>. Acesso em: 13 jun. 2010. MARTINS, D. L.; MATTOS, M. M. G. Marketing de relacionamento na cadeia produtiva do hambúrger. 2005. Monografia (Graduação em Administração) – Centro Universitário Salesiano Auxilium, Lins. MCKENNA, R. Marketing de relacionamento. Rio de Janeiro: Campus, 1999. PIZZINATTO, N. K. et al. Marketing focado na cadeia de clientes. São Paulo: Atlas, 2005. STONE, M.; WOODCOCK, N.; MACHTYNGER, L. CRM: marketing de relacionamento com os clientes. 2. ed. São Paulo: Futura, 2002. TACHIZAWA, T.; REZENDE, W. Estratégia empresarial: tendências e desafios. São Paulo: Makron Books, 2000. ZACCARELLI, S. B. Estratégias e sucesso nas empresas. São Paulo: Saraiva, 2000.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

I INTRODUÇÃO

Descrição e análise da empresa, abordando aspectos voltados para o

marketing de relacionamento, atendimento, captação e retenção de clientes.

II RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO

ESTUDADO

a) Descrição do marketing de relacionamento.

b) Descrição de alguns setores e ações realizadas pela empresa como

estratégia.

c) Depoimentos de gerentes, supervisores e outros funcionários.

III DISCUSSÃO

Confronto entre a teoria e a prática utilizada pela empresa.

IV PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE

MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I IDENTIFICAÇÃO

Razão Social:

Nome Fantasia:

Localização:

Atividade econômica:

Número de empregados:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Organização comercial

2 Filosofia de atendimento

3 Atendimento aos clientes

4 Serviços agregados aos produtos

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APÊNDICE C – Roteiro Histórico da Empresa BSB EPIs

I IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade econômica:

Porte:

Data de Fundação:

Proprietários:

II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA\TEMA

1 Fundadores

2 Evolução das Atividades Econômicas

3 Evolução da infraestrutura

4 Abertura de Filiais

5 Diversificação das Atividades

6 Ambiente de trabalho

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APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista com o Diretor Comercial I IDENTIFICAÇÃO Sexo: Formação: Tempo de empresa: Experiência profissional: II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Qual avaliação você faz sobre a evolução da Bracol durante todos esses

anos e seu posicionamento atual no mercado?

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2 Qual a sua análise sobre o arranjo da equipe de vendas da BSB?

Acredita que a fórmula atual é a mais adequada ou precisa ser revista?

Argumente.

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_______________________________________________________________

3 Qual a política de Marketing de Relacionamento da empresa?

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4 A Bracol oferece atendimento diferenciado para reter seus clientes mais

rentáveis e captar os de grande potencial no mercado?

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Se sim, de que forma?

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5 São realizadas ações preventivas e corretivas com base nos feedbacks

(sugestões, reclamações, etc.) dos clientes?

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5.1 Se sim, de que forma?

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APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista com a Gerente de Marketing

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:

Formação:

Tempo de empresa:

Experiência profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a política de Marketing de Relacionamento da BSB?

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1.1 Há ações de marketing para promovê-la junto aos seus clientes internos

e externos?

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1.1.1 Se sim, Quais tipos?

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2 As decisões que envolvem fatores críticos relativos à imagem e relação

da empresa com seus clientes são tomadas em conjunto com o seu setor?

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3 Na sua análise, hoje o setor de marketing da Bracol tem função

estratégica na empresa ou é encarado apenas como responsável pela

divulgação da marca?

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APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista com o Gerente de P&D

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:

Formação:

Tempo de empresa:

Experiência profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Você conhece a política de marketing de relacionamento da Bracol?

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2 Em sua opinião, qual a principal função do departamento de P&D no

processo de retenção e captação de clientes?

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3 São realizadas ações preventivas e corretivas com base nos feedbacks

(sugestões, reclamações, etc.) dos clientes?

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4 O departamento faz uso de especialistas para visita aos clientes de

maior potencial, objetivando identificar suas necessidades e desenvolver

produtos cada vez mais adequados a eles?

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