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APOSENTADORIA ESPECIAL ADRIANE BRAMANTE

Máscara das Transparências p/ Seminário · conjugada do Decreto nº 53.831/64 (Código 1.1.8 do Quadro Anexo) com a Súmula nº 198 do TFR. Orientação assentada Orientação

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APOSENTADORIA ESPECIAL

ADRIANE BRAMANTE

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PROF.ª ADRIANE BRAMANTEAdvogada. Mestre e Doutoranda pela PUC-SP. Presidente do Instituto Brasileiro deDireito Previdenciário - IBDP. Coordenadorado curso de pós-graduação da AtameBrasília e Goiânia. Professora convidada doscursos de pós-graduação da EPD, LFG,Damásio Educacional, EBRADI, PUC-PR,IMED-POA, LEGALE, dentre outras. Autorado livro “Aposentadoria Especial. Teoria ePrática”. 4ª Edição Ed. Juruá, dentre outros.Membro do 13º. Tribunal de Prerrogativasda OAB/SP. Membro do Conselho Editorialda Revista de Direito Previdenciário daEditora LexMagister. Palestrante doDepartamento de Cultura e Eventos daOAB/SP.@adribramante

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Fundamentação Jurídica:

-CF art. 201, § 1º;

-Lei 8.213/91, arts. 57 e 58;

-Decreto 3048/99, Art. 64 a 70

Instrução Normativa INSS 77/15, Arts. 246 a 296

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Conceito-Base da Aposentadoria Especial

• É a sujeição do segurado aos agentesnocivos prejudiciais à saúde ou àintegridade física pelo tempo mínimoestabelecido em lei (15, 20 ou 25 anos),cujo objetivo principal é a proteção dotrabalhador, proporcionando-lhe umaprestação de natureza eminentementepreventiva da saúde do trabalhador.

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História da Aposentadoria Especial

• Foi instituída com a LOPS - Lei 3.807/60:

“Art. 31. A aposentadoria especial será concedida

ao segurado que, contando no mínimo com 50

anos de idade e 15 de anos de

contribuição, tenha trabalhado durante 15, 20

ou 25 anos pelo menos, conforme a atividade

profissional, em serviços que, para esse efeito,

forem considerados penosos, insalubres ou

perigosos, por Decreto do Poder Executivo”.

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Idade e Agentes Agressivos

• Em 25/03/64, publica-se o Decreto 53.831/64 com o quadro anexo III;

• Idade mínima de 50 anos vigorou até a Lei 5440-A, de 23/05/68. Contudo,no âmbito administrativo, somente foi acolhido em 1995 (27 anos depois),por força do parecer CJ/MPAS 2.33/95.

• Lei 5.890/73 altera carência para 60 meses;

• Em 24/01/79, publica-se o Decreto 83.080/79, com o quadro anexo I e II.

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Lei 8.213/91, artigo 57, redação original:

• “A aposentadoria especial será devida, uma vezcumprida a carência exigida nesta lei, ao seguradoque tiver trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos,conforme a atividade profissional, sujeito acondições especiais que prejudiquem à saúde ou aintegridade física”.

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Redação atual do art. 57, Lei 8.213/91:

“A aposentadoria especial será devida,uma vez cumprida a carência exigidanesta Lei, ao segurado que tivertrabalhado sujeito a condições especiaisque prejudiquem a saúde ou aintegridade física, durante 15 (quinze),20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos,conforme dispuser a lei”.

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A APOSENTADORIA ESPECIAL NA CF:

Art. 201, § 1º, CF alterado pela EC 47/05:

• “É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para

a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral

de previdência social, ressalvados os casos de atividades

exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou

a integridade física e quando se tratar de segurados portadores

de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.”

(grifo nosso)

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DIFERENCIAIS DA APOSENTADORIA ESPECIAL

Aposentadoria com tempo menor

em relação à aposentadoria por

tempo de contribuição;

Não tem aplicação do fator

previdenciário

Percentual de 100% da média

Mantém capacidade laboral

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APOSENTADORIA ESPECIAL.PRINCIPAIS REQUISITOS

• NOCIVIDADE

• PERMANÊNCIA

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NOCIVIDADE

Art. 278. Para fins da análise de caracterização da atividade exercida em condições especiais porexposição à agente nocivo, consideram- se:

I - nocividade: situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscosreconhecidos, presentes no ambiente de trabalho, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ouà integridade física do trabalhador; e

II - permanência: trabalho não ocasional nem intermitente no qual a exposição do empregado, dotrabalhador avulso ou do contribuinte individual cooperado ao agente nocivo seja indissociável daprodução do bem ou da prestação do serviço, em decorrência da subordinação jurídica a qual sesubmete. (IN 77/2015)

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PERMANÊNCIA. CONCEITO

Decreto 3.048/99. Art. 65:

“Considera-se tempo de trabalho permanenteaquele que é exercido de forma não ocasional nemintermitente, no qual a exposição do empregado, dotrabalhador avulso ou do cooperado ao agentenocivo seja indissociável da produção do bem ou daprestação do serviço”.

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DEVE VIR A INFORMAÇÃO DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE AO AGENTE

NOCIVO NO PPP?

CRITÉRIO DA PERMANÊNCIA

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PERMANÊNCIA NÃO É JORNADA DE TRABALHO

(...)

11. Como afirmado pelo Tribunal de origem, o fundamento sustentado pelaAutarquia de que a exposição aos agentes biológicos era eventual, não ésuficiente para descaracterização da especialidade. Não se reclama exposiçãoàs condições insalubres durante todos os momentos da prática laboral, vistoque habitualidade e permanência hábeis para os fins visados pela norma -que é protetiva - devem ser analisadas à luz do serviço cometido aotrabalhador, cujo desempenho, não descontínuo ou eventual, exponha suasaúde à prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ouassociadas que degradam o meio ambiente do trabalho. (STJ. Resp. 1.645.025.Rel. Min. Napoleão Nunes Maia. DJ 01/02/2017)

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ELETRICIDADE. PERMANÊNCIA X TEMPO.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS PREENCHIDOS. Uma vez exercida atividadeenquadrável como especial, sob a égide da legislação que a ampara, o segurado adquire o direito ao reconhecimentocomo tal e ao acréscimo decorrente da sua conversão em tempo de serviço comum no âmbito do Regime Geral dePrevidência Social. Até 28/04/1995 é admissível o reconhecimento da especialidade por categoria profissional ou porsujeição a agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio de prova (exceto para ruído); a partir de 29/04/1995 não mais épossível o enquadramento por categoria profissional, devendo existir comprovação da sujeição a agentes nocivos porqualquer meio de prova até 05/03/1997 e, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo técnico, ou pormeio de perícia técnica. Comprovado o exercício de atividade especial por mais de 25 anos, a parte autora faz jus àconcessão da aposentadoria especial. Não obstante o Decreto nº 2.172/97 não tenha incluído em seu rol de agentesnocivos a eletricidade, é possível o enquadramento da atividade como especial no período posterior a 05/03/1997, secomprovado através de perícia que o trabalhador estava exposto a tensões superiores a 250 volts. Interpretaçãoconjugada do Decreto nº 53.831/64 (Código 1.1.8 do Quadro Anexo) com a Súmula nº 198 do TFR. Orientação assentadano julgamento do Recurso Especial Repetitivo nº 1.306.113. Cabe ainda destacar que o tempo de exposição ao riscoeletricidade não é necessariamente fator condicionante para que ocorra um acidente ou choque elétrico. Assim, pormais que a exposição do segurado ao agente nocivo eletricidade acima de 250 volts (alta tensão) não perdure por todasas horas trabalhadas, trata-se de risco potencial, cuja sujeição não depende da exposição habitual e permanente. (TRF4,AC 5001923-41.2017.4.04.7207, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC, Relator HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃOJÚNIOR, juntado aos autos em 05/02/2018)

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A PERMANÊNCIA. SÚMULA 49 DA TNU

“Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a

agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente”.

Precedentes: Pedilef nº 0002950-15.2008.4.04.7158 (julgamento 29/02/2012), Pedilef nº 2007.71.95.022763-7 (julgamento

02/08/2011), Pedilef nº 2007.72.51.008595-8 (julgamento 17/03/2011).

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NÃO DESCARACTERIZAM A PERMANÊNCIA:

• Descansos e afastamentos, tais como:férias, licença médica e auxílio-doença acidentário, aposentadoriapor invalidez acidentária e saláriomaternidade, desde que, à data doafastamento, o segurado estivesseexercendo atividade consideradaespecial. (§ único do artigo 65 RPS);

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Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (Seção) Nº 5017896-60.2016.4.04.0000 (Processo Eletrônico - E-Proc V2 -TRF)

Originário: Nº 5003377-89.2013.4.04.7112 (Processo Eletrônico -E-Proc V2 - TRF)Data de autuação: 20/04/2016 10:01:48Tutela: Não RequeridaRelator: PAULO AFONSO BRUM VAZ - 3a. SEÇÃO

Órgão Julgador: GAB. 91 (Des. Federal PAULO AFONSO BRUM VAZ)

Admitido como IRDR em 08/03/2017 pelo TRF4a. Região e julgado por 8 X 0, mantendo o ADP como tempo especial. Houve interposição de RE e Resp. pelo INSS

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MANTÉM ENQUADRAMENTO QUANDO:

• Art. 290. O exercício de funções de chefe, gerente, supervisor ou outra atividade equivalente e servente, desde que observada à exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes, não impede o reconhecimento de enquadramento do tempo de serviço exercido em condições especiais. (IN 77/2015)

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AGENTES NOCIVOS

• Lei 8213/91. Art. 57. § 4º: O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.

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Riscos Ambientais físicos:

• Conceito: pode trazer o ocasionar danosà saúde ou à integridade física, em razãode sua intensidade e exposição.

Frio

Calor

Umidade

Vibração

Ruído

pressões anormais

radiação ionizante

Eletricidade

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EXPOSIÇÃO AO CALOR DE FONTES NATURAIS

• A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados EspeciaisFederais (TNU) fixou tese, durante a sessão de 30 de agosto, emPorto Alegre (RS), sobre o reconhecimento da especialidade dotrabalho prestado sob incidência de fonte natural de calor,segundo a qual após o Decreto n° 2.172/97 se tornou possível oreconhecimento das condições especiais do trabalho exercidosob exposição ao calor proveniente de fontes naturais, de formahabitual e permanente, desde que comprovada a superação dospatamares estabelecidos no Anexo 3 da NormaRegulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego,calculado pelo Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo(IBUTG), de acordo com a fórmula prevista para ambientesexternos com carga solar. Processo nº 0501218-13.2015.4.05.8307)Disponível em:http://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2017/setembro/fixada-tese-sobre-especialidade-do-trabalho-por-exposicao-a-fonte-natural-de-calor , publicado em 04/09/2017.

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PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 57 DA LEI N.º 8.213/91.

CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADE ESPECIAL. PADEIRO. LAUDO PERICIAL. OBSERVÂNCIA

DOS REQUISITOS LEGAIS PARA A CONCESSÃO DA BENESSE.

I - Correção de ofício de erro material constante da decisão recorrida, esclarecendo que, inobstante

o r. juízo tenha nominado a benesse concedida como "aposentadoria por tempo de contribuição",

na realidade examinou e concedeu a benesse da "aposentadoria especial" bastando examinar os

fundamentos da decisão recorrida.

II- Pode ser considerada especial a atividade desenvolvida até 10.12.1997, mesmo sem a

apresentação de laudo técnico, pois em razão da legislação de regência vigente até então, era

suficiente para a caracterização da denominada atividade especial o enquadramento pela categoria

profissional (até 28.04.1995 - Lei nº 9.032/95), e/ou a apresentação dos informativos SB-40 e DSS-

8030.

III - A atividade encontra previsão por similaridade no código 1.1.1 do Decreto nº 53.831/64,

código 1.1.1 do Decreto nº 83.080/79, código 2.0.4 do Decreto nº 2.172/97 e código 2.0.4 do

Decreto nº 3.048/99. O rol das categorias profissionais tem caráter exemplificativo (não taxativo)

nas normas regulamentadoras que estabelecem os casos de agentes e atividades nocivos à saúde

do trabalhador.

IV - Comprovação da faina nocente por perícia técnica.

V Apelação do INSS improvida.

(TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2238619 - 0014161-

73.2017.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL DAVID DANTAS, julgado em 10/07/2017,

e-DJF3 Judicial 1 DATA:24/07/2017 )

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EXPOSIÇÃO AO FRIOEMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL.AGENTE NOCIVO FRIO. ESPECIALDIADE DO PERÍODO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA. NECESSÁRIA RELAÇÃO ENTRE AATIVIDADE ESPECIAL E A DOENÇA QUE ENSEJOU A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. EPI. APOSENTADORIAPOR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CUSTAS PROCESSUAIS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA.FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIFERIMENTO. 1. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar,mediante a produção de início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o segurado faz jus ao cômputodo respectivo tempo de serviço. 2. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercida sobcondições nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em que efetivamente exercidos, passando a integrar, comodireito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. 3. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidadepor categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio de prova (exceto para ruído ecalor); a partir de 29-04-1995 não mais é possível o enquadramento por categoria profissional, sendo necessária acomprovação da exposição do segurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então,através de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica. 4. A exposição a frio enseja oreconhecimento do tempo de serviço como especial. 5. É possível o cômputo como especial do período em que o seguradoesteve em gozo de auxílio-doença acidentário. Em se tratando de auxílio-doença comum, o período será computado comoespecial apenas quando a incapacidade decorrer do exercício da própria atividade enquadrada como prejudicial à saúde ou àintegridade física do segurado. Precedentes desta Corte 6. No período de auxílio-doença, não comprovada a relação entre aenfermidade e o exercício laboral, não se pode considerar como tempo especial o período em gozo de auxílio-doença. 7. Nãohavendo provas consistentes de que o uso de EPIs neutralizava os efeitos dos agentes nocivos a que foi exposto o seguradodurante o período laboral, deve-se enquadrar a respectiva atividade como especial. 8. Nos limites em que comprovada aexposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possívelreconhecer-se a especialidade do tempo de labor correspondente. 9. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direitoà obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição integral 10. (TRF4, AC 0022097-30.2014.404.9999, QUINTATURMA, Relatora TAÍS SCHILLING FERRAZ, D.E. 13/09/2016)

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EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL E ESPECIAL

• (...) 7. O laudo pericial indica que o segurado desempenhou afunção de motorista de caminhão, ficando exposto, de modohabitual e permanente, aos riscos físicos próprios daprofissão, tais como: vibrações, postura inadequada, estresse,trânsito caótico, tudo permitindo concluir que exerciaatividade penosa, autorizando o reconhecimento de tempode serviço especial.

• (TRF4, APELREEX 0016615-33.2016.4.04.9999, TURMA REGIONAL SUPLEMENTARDE SC, Relator PAULO AFONSO BRUM VAZ, D.E. 25/01/2018)

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ENQUADRAMENTO PELO RUÍDO CONFORME POSICIONAMENTO FIRMADO PELO STJ

RUÍDO ACIMA DE 80 DB ATÉ 05/03/97

Decreto 53.831/64, código 1.1.6

RUÍDO ACIMA DE 90 DB ENTRE 06/03/97 E 18/11/2003

Decretos 2.172/97 e 3.048/99, Anexo IV, código 2.0.1

RUÍDO ACIMA DE 85 DB A PARTIR DE 19/11/2003

Decreto 3.048/99 com redação pelo Decreto 4.882/03, código 2.0.1

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RUÍDO. ANALISAR:

RUÍDO VARIÁVEL

RUÍDO EXATO (80, 90, 85)

MARGEM DE ERRO

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RUIDO. NÍVEIS VARIÁVEIS. TNU

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. RUÍDO. NIVEIS VARIADOS. NÃOAPURAÇÃO DA MÉDIA PONDERADA. MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES. AFASTAMENTO DA TÉCNICA DE PICOS DERUÍDO. PRECEDENTE DESTA TNU. INCIDÊNCIA DA QUESTÃO DE ORDEM Nº 22 DA TNU. INCIDENTE CONHECIDOE PROVIDO.A Turma Nacional de Uniformização, por unanimidade, decidiu DAR PROVIMENTO ao Incidentepara: (i) Ratificar a tese de que, em se tratando de agente nocivo ruído com exposição a níveis variados semindicação de média ponderada, deve ser realizada pela média aritmética simples, afastando-se a técnica depicos de ruído; (ii) Determinar o retorno dos autos à Turma Recursal de origem para que proceda a adequaçãodo julgado recorrido à tese ora estabelecida, nos termos na Questão de Ordem n° 20 desta TNU.(PEDILEF 05001573420174058312, GISELE CHAVES SAMPAIO ALCANTARA - TURMA NACIONAL DEUNIFORMIZAÇÃO. Decisão em 21/06/2018)

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RUÍDO VARIVÁVEL. TRFPREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. RENDA MENSAL INICIAL CONVERSÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E APOSENTADORIAESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTE AGRESSIVO FÍSICO RUÍDO. RUÍDO VARIÁVEL. HIDROCARBONETOS. CONTEMPORANEIDADE DO LAUDO.PRÉVIA FONTE DE CUSTEIO. TERMO INICIAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. JUROS DE MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA.

1. É firme a jurisprudência no sentido de que a legislação aplicável para a caracterização do denominado trabalho em regime especial é a vigente noperíodo em que a atividade a ser considerada foi efetivamente exercida.

2. Para a verificação do tempo de serviço em regime especial, no caso, deve ser levada em conta a disciplina estabelecida pelos Decretos nºs83.080/79 e 53.831/64.

3. Salvo no tocante aos agentes físicos ruído e calor, a exigência de laudo técnico para a comprovação das condições adversas de trabalho somentepassou a ser obrigatória a partir de 05/03/1997, data da publicação do Decreto nº 2.172/97, que regulamentou a Lei nº 9.032/95 e a MP 1.523/96,convertida na Lei nº 9.528/97.

4. A exigência de laudo técnico para a comprovação das condições adversas de trabalho somente passou a ser exigência legal a partir de11/12/1997, nos termos da referida lei, que alterou a redação do § 1º do artigo 58 da Lei nº 8.213/91.

5. No presente caso, a parte autora demonstrou haver laborado em atividade especial, nos períodos de 01/04/1987 a 28/04/1995, 06/03/1997 a18/11/2003 e 19/08/2005 a 23/08/2006, na "Prefeitura Municipal de Mogi Guaçu". É o que comprova o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP,elaborado nos termos dos arts. 176 a 178, da Instrução Normativa INSS/PRES nº 20, de 11 de outubro de 2007 (DOU - 11/10/2007) e art. 68, § 2º,do Decreto nº 3.048/99 (fls. 65/63), LTCAT (fls. 61/59) e laudo pericial (fls. 129/139), trazendo à conclusão de que a parte autora desenvolveu suaatividade profissional, com exposição ao agente agressivo físico ruído de 87 a 98 dB(A) e ao agente químico - hidrocarboneto. Referidos agentesagressivos encontram classificação nos códigos 1.1.6, 1.2.11 e 1.3.1 do Decreto nº 53.831/64 e nos códigos 1.1.5, 1.2.10 e 1.3.1 do Anexo I doDecreto nº 83.080/79, em razão da habitual e permanente exposição aos agentes ali descritos.

6. Tratando-se de ruído de intensidade variável, a média não pode ser aferida aritmeticamente, eis que a pressão sonora de intensidade maior nosetor prevalece em relação a menor. Dessa forma, conclui-se que o nível de ruído a que esteve exposto o autor nos setores em que laborou era desuperior a 90 dB, de modo habitual e permanente. (...)

13. Reexame necessário e Apelação do INSS desprovidos.

(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, ApReeNec - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2284993 - 0042168-75.2017.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADORAFEDERAL LUCIA URSAIA, julgado em 17/04/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:26/04/2018 )

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RUÍDO. MARGEM DE ERRO.PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TEMPO ESPECIAL. RUÍDO. LIMITE DE 90dB NO PERÍODO DE 06.03.1997 A 18.11.2003. IRRETROATIVIDADE DO DECRETO 4.882/2003. APLICAÇÃO DALEI VIGENTE À ÉPOCA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. OMISSÃO. OBSCURIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. MARGEMDE ERRO. ARREDONDAMENTO. PPP. FORMULÁRIO PADRÃOI - O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial de nº 1.398.260/PR (Relator MinistroHerman Benjamin, julgado em 05.12.2014, Dje de 04.03.2015), esposou entendimento no sentido de que olimite de tolerância para o agente agressivo ruído, no período de 06.03.1997 a 18.11.2003, deve ser aqueleprevisto no Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 (90 dB), sendo indevida a aplicação retroativa do Decreto nº4.882/03, que reduziu tal patamar para 85dB.II - Mesmo o resultado sendo inferior ao patamar mínimo de 90 decibéis previsto no Decreto 2.172/97, érazoável concluir que uma diferença de 01 (um) dB na medição pode ser admitida dentro da margem deerro decorrente de diversos fatores.III - O Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, instituído pelo art. 58, §4º, da Lei 9.528/97, é documentoque retrata as características do trabalho do segurado, e traz a identificação do engenheiro ou peritoresponsável pela avaliação das condições de trabalho, sendo apto para comprovar o exercício de atividadesob condições especiais, fazendo as vezes do laudo técnico.IV - Embargos de declaração do INSS rejeitados.(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2207691 - 0010165-79.2011.4.03.6183, Rel.DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 29/08/2017, e-DJF3 JudicialDATA:06/09/2017 )

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PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. RUÍDO. LIMITE DE 90 dB NOPERÍODO DE 1°/10/2002 A 18/11/2003. DECRETO N. 4.882/2003. LIMITEDE 85 dB. RETROAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE ÀÉPOCA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. ENTENDIMENTO FIRMADO.JULGAMENTO DE RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. I - APrimeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp n.1.398.260/SP, submetido ao regime de recursos repetitivos, fixou oentendimento de que a disposição contida no Decreto n. 4.882/03, quereduziu o parâmetro de ruído para efeito de reconhecimento de trabalhoespecial, fixando-o em 85 decibéis, não retroage. II - No caso dos autos,o Tribunal de origem, em desconformidade com a jurisprudência do STJ,reconheceu como especial o período laborado de 1º/10/2002 a18/11/2003, em que o segurado foi exposto a ruídos de 89 decibéis,apesar da diferença de 1 decibel em relação ao patamar mínimo, fixadono Decreto n. 2.172/1997, de 90 decibéis. (STJ. AgInt no RECURSOESPECIAL Nº 1.629.906 – SP. Min. Francisco Falcão. 2ª. T. Dje12/12/2017). (GN)

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AGENTES QUÍMICOS

Slide de Sandro J. A. Bittencourt

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Riscos Ambientais químicos:

Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridadefísica, em razão de sua concentração, manifestados por névoas,neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substâncias nocivaspresentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratóriaou outras vias.

A PARTIR DA LEI 9732/98:

AGENTES QUIMICOS QUALITATIVOS – ANEXO XIII – NR-15

AGENTES QUIMICOS QUANTITATIVOS – ANEXO XI DA NR-15

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APOSENTADORIA ESPECIAL. EXPOSIÇÃO À PERICULOSIDADE. POSTO DE COMBUSTÍVEL. RECONHECIMENTO.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIÇÃO. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS RUÍDO,HIDROCARBONETOS E UMIDADE. PERICULOSIDADE DECORRENTE DAEXPOSIÇÃO A LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS. HABITUALIDADE EPERMANÊNCIA. TEMPO DE SERVIÇO INSUFICIENTE. REAFIRMAÇÃO DADER. POSSIBILIDADE. CONCESSÃO. (...) 3. A exposição do segurado aruídos, hidrocarbonetos e umidade enseja o reconhecimento daespecialidade do labor. 4. Trabalho em posto de abastecimento decombustíveis é de se computar como especial, seja como frentista, sejacomo lavador de carros, em face da sujeição aos riscos naturais daestocagem de combustível no local. 5. Comprovada a exposição dosegurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislaçãoprevidenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se aespecialidade do tempo de labor correspondente. (...)

(TRF4, AC 5008214-56.2014.4.04.7112, SEXTA TURMA, Relatora MARINA VASQUES DUARTE DEBARROS FALCÃO, juntado aos autos em 06/02/2018) (gn)

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Análise da exposição de trabalhador a agentes químicos do anexo 13 da NR 15 deve ser qualitativa e não sujeita a limites de tolerância.

• “A NR 15 considera atividades e operações insalubres as que sedesenvolvem acima dos limites de tolerância com relação aos agentesdescritos nos anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12, entendendo-se por ‘limite detolerância’ a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionadacom a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano àsaúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. Para as atividadesmencionadas nos anexos 6, 13 e 14 não há indicação a respeito de limitesde tolerância”, observou o relator do processo.

• Para o juiz federal Frederico Augusto Leopoldino Koehler, o autor da ação,no exercício de suas funções, esteve exposto a hidrocarbonetosaromáticos, ou seja, agentes químicos previstos no Anexo 13 da NR 15 epara os quais a constatação de insalubridade decorre da inspeção realizadano local de trabalho, não se sujeitando a qualquer limite de tolerância.Com essa fundamentação, o magistrado decidiu negar provimento aopedido de uniformização interposto pelo INSS, mantendo a decisão daTurma Recursal do Rio Grande do Sul. Processo nº 5004737-08.2012.4.04.7108. Notícia publicada no site cjf.jus.br em 27/07/2016.

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LEMBRE-SE DE CONSULTAR!

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Benzeno: vide Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014

“Orientamos aos peritos médicos que, naanálise dos benefícios de AposentadoriaEspecial oriundos da exposição ao agentequímico Benzeno, seja adotado e critérioqualitativo e que não sejam consideradosna avaliação os equipamentos deproteção coletiva e/ou individual, umavez que os mesmos não são suficientepara elidir a exposição a esse agentequímico”

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Riscos Ambientais biológicos:

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AGENTES BIOLÓGICOS. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES

• O código 1.3.2 do quadro anexo aoDecreto n.º 53.831/64, além dosprofissionais da área da saúde,contempla os trabalhadores queexercem atividades de serviços geraisem limpeza e higienização deambientes hospitalares.

• (SÚMULA 82. DOU DATA: 30/11/2015PG:00145)

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PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. FUNÇÃO DE ASSISTENTE GARI E AUXILIARMECÂNICO. AGENTES NOCIVOS A SAÚDE. AGENTES BIOLÓGICOS E QUÍMICOS.COMPROVAÇÃO. TEMPO ESPECIAL RECONHECIDO. EPI INEFICAZ. CONCESSÃO DAAPOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. PREENCHIMENTO. ART. 57 DA LEI Nº8.213/91. (...)

- No julgamento da ARE nº. 664335/SC, Rel. Min. Luiz Fux, j. 04.12.2014 (Repercussão Geral), oPlenário do egrégio STF entendeu que o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposiçãodo trabalhador a agente nocivo à sua saúde. Assim, se o Equipamento de Proteção Individual (EPI) forrealmente capaz de neutralizar a nocividade, o trabalhador não terá direito à concessão daaposentadoria especial. Segundo ainda o que foi decidido no ARE nº. 664335/SC, em caso de ruídoacima dos limites legais de tolerância, mesmo que o PPP diga que o EPI é eficaz, o segurado terádireito à aposentadoria especial.- No caso, de acordo com o PPP e o Laudo Técnico, infere-se que o autor desempenhou as seguintesfunções: a) Gari Varredor, encarregado de varrer as ruas e canteiros centrais, apanhando restos de lixourbano e depositando em caixas coletoras, capinando terrenos e ruas e pintando meio-fio com cal, de04/05/1983 a 31/10/1983; b) Gari Coletor, encarregado de recolher sacos de lixo, deixados emcalçadas e ruas, e o lixo deixado em tambores e em outros recipientes, 01/11/1983 a 30/04/1991 e; c)Auxiliar de Mecânico, encarregado de lubrificar, desengraxar e lavar peças mecânicas, utilizando-se degasolina, óleo diesel ou solventes orgânicos, de 01/05/1991 até os dias atuais. Na atividade de Gari,seja Varredor ou Coletor, o autor esteve exposto, de forma habitual e permanente, não ocasional nemintermitente, a agentes biológicos, tais como vírus, fungos, parasitas e bactérias, além do risco deatropelamento.

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- O Laudo Técnico de Insalubridade concluiu que, no desempenho das funções de GariVarredor e Coletor, o demandante esteve exposto a agentes biológicos nocivos àsaúde, caracterizando a atividade como insalubre de grau máximo, ficando asseguradaao mesmo a percepção de adicional de insalubridade, por exercer suas funçõesdiariamente no setor de coleta domiciliar e estar exposto a estes agentes de formahabitual e permanente, não ocasional nem intermitente". Na função de Auxiliar deMecânico, o Laudo Técnico esclarece que o autor se submete aos agentes químicosnocivos, a saber, gasolina, óleo diesel ou solventes orgânicos, e a níveis de ruído naordem de 94 dB, de forma habitual e permanente, não ocasional nem intermitente,também se caracterizando como atividade insalubre.- Hipótese em que o laudo informou que apesar do autor ter feito uso de EPI, este nãofoi eficaz, porquanto é insuficiente para preveni-lo de riscos suscetíveis de ameaçar asaúde, além de que o fornecimento pela Empresa não foi não de forma regular.- No caso, o autor preencheu os requisitos necessários para a concessão da aposentadoriaespecial, devendo ser mantida a sentença que determinou a concessão do benefício desde a datado requerimento (10/07/2012).- Manutenção dos critérios de atualização dos valores pretéritos fixados na sentença em relação àcorreção monetária e juros de mora, vez que comunga com o entendimento adotado destacolenda Turma.- Apelação improvida.(PROCESSO: 08062905120144058400, AC/RN, DESEMBARGADOR FEDERAL RUBENS DEMENDONÇA CANUTO, 4ª Turma, JULGAMENTO: 08/09/2016).

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ENQUADRAMENTO POR ATIVIDADE PROFISSIONAL

• É aquele pelo qual o enquadramento é feito por categoria profissional e não individualizado, por agente nocivo. Há uma presunção absoluta

de agentes nocivos presentes no exercício dessas atividades. Essa regra vale até a publicação da Lei 9.032, de 28/04/95.

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EMPRESA EXTINTA DISPENSA FORMULÁRIO:

No caso de empresa legalmente extinta, a não apresentaçãodo formulário de reconhecimento de períodos laborados emcondições especiais ou PPP não será óbice ao enquadramentodo período como atividade especial por categoria profissionalpara o segurado empregado, desde que conste a função oucargo, expresso e literal, nos documentos relacionados noinciso I deste artigo, idêntica às atividades arroladas em umdos anexos legais indicados no art. 269, devendo serobservada, nas anotações profissionais, as alterações defunção ou cargo em todo o período a ser enquadrado.

(Art. 270 § 1º da IN 77/2015)

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Como enquadrar pela atividade profissional:

• No PAP indicar em cada empresa os períodos a seremenquadrados por categoria:

a) Escrever numa folha de sulfite indicando a função, ocódigo de enquadramento e a fundamentação da IN(art. 270 § 1º);

b) Juntar a cópia da CTPS com a indicação da atividadeexercida pelo segurado (e/ou alterações no decorrer docontrato);

c) Prova de extinção da empresa (buscar no site daReceita Federal a prova da baixa da empresa)

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SE A EMPRESA EXISTIR, NO PPP, EM CASO DE CATEGORIA PROFISSIONAL:

• Art. 267. Quando o PPP for emitido paracomprovar enquadramento por categoriaprofissional, na forma do Anexo II do RBPS,aprovado pelo Decreto nº 83.080, de 1979 e apartir do código 2.0.0 do quadro anexo ao Decretonº 53.831, de 1964, deverão ser preenchidos todosos campos pertinentes, excetuados os referentes aregistros ambientais e resultados de monitoraçãobiológica. (IN 77/15)

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CATEGORIA PROFISSIONAL. DIVERGÊNCIA E ENQUADRAMENTO

• A atividade especial efetivamente desempenhada pelo (a)segurado (a), permite o enquadramento por categoriaprofissional nos Anexos aos Decretos 53.831/1964 e83.080/1979, ainda que divergente do registro em Carteirade Trabalho da Previdência Social - CTPS - e/ou Ficha deRegistro de Empregados, desde que comprovado oexercício nas mesmas condições de insalubridade,periculosidade ou penosidade.»

Enunciado n. 32 CRSS, de 30/06/2011 (DOU de08/07/2011).

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ENQUADRAMENTO POR ANALOGIA

PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REVISIONAL. REMESSA OFICIAL TIDA POR INTERPOSTA. ATIVIDADE ESPECIAL. CATEGORIA

PROFISSIONAL. TORNEIRO MECÂNICO E MANDRILHADOR. EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS. RUÍDO. COMPROVAÇÃO.

OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À ÉPOCA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. PPP. EPI EFICAZ. INOCORRÊNCIA. JUROS E CORREÇÃO

MONETÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REVISÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO.

(...)

IV- O exercício de atividades como torneiro mecânico e mandrilhador é passível de reconhecimento de atividade especial, por se tratar de

funções análogas à de esmerilhador, categoria profissional prevista no código 2.5.3, anexo II, do Decreto 83.080/79 - 'operações diversas'.

V- O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso especial de nº 1.398.260/PR (Relator Ministro Herman Benjamin, julgado em

05.12.2014, Dje de 04.03.2015), esposou entendimento no sentido de que o limite de tolerância para o agente agressivo ruído, no período de

06.03.1997 a 18.11.2003, deve ser aquele previsto no Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 (90dB), sendo indevida a aplicação retroativa do Decreto nº

4.8882/03, que reduziu tal patamar para 85dB.

VI- O Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, instituído pelo art. 58, §4º, da Lei 9.528/97, é documento que retrata as características do

trabalho do segurado, e traz a identificação do engenheiro ou perito responsável pela avaliação das condições de trabalho, sendo apto para

comprovar o exercício de atividade sob condições especiais, fazendo as vezes do laudo técnico.

VII - No caso dos autos, os Perfis Profissiográficos Previdenciários - PPP's estão formalmente em ordem, constando o número do CRM e

nome do médico responsável pelas medições, bem como carimbo e assinatura do responsável pela empresa. Ressalte-se que tal

formulário é emitido com base no modelo padrão do INSS, que não traz campo específico para a assinatura do médico, portanto, a

ausência da assinatura deste não afasta a validade das informações ali contidas.

(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2246985 - 0005547-18.2016.4.03.6183, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL

SERGIO NASCIMENTO, julgado em 29/08/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:06/09/2017 )

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PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REVISIONAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REMESSAOFICIAL TIDA POR INTERPOSTA. ATIVIDADE ESPECIAL. EXPOSIÇÃO A AGENTE NOCIVO. OBSERVÂNCIA DA LEIVIGENTE À ÉPOCA DA PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE. EPI INEFICAZ. TERMO INICIAL. VERBAS ACESSÓRIAS.HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REVISÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO.

VII - Relativamente à atividade exercida em estabelecimento têxtil, a jurisprudênciatem sido consistente no sentido que esta é passível de enquadramento em razão dacategoria profissional, independentemente da existência de laudo técnico, poranalogia aos códigos 2.5.1 do Decreto nº 53.831/64 e 1.2.11 - Indústrias têxteis:alvejadores, tintureiros, lavadores e estampadores a mão do Decreto 83.080/79(Anexo I). Precedente: AC 201251060013060, Desembargador Federal PAULOESPIRITO SANTO, TRF2 - PRIMEIRA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R -Data:03/10/2014.

(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2283750 - 0041315-66.2017.4.03.9999, Rel.

DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 03/04/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/04/2018 )

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ENQUADRAMENTO POR EQUIPARAÇÃO

PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO. SENTENÇA CITRA PETITA. NULIDADE. ARTIGO 1.013, §3º,III, DO CPC/2015. JULGAMENTO DO MÉRITO. APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. COMPROVAÇÃO DAS CONDIÇÕES ESPECIAIS. SERRALHEIRO.RUÍDO. USO DE EPI. IMPLEMENTAÇÃO DOS REQUISITOS. DIB. JUROS E CORREÇÃOMONETÁRIA. MANUAL DE CÁLCULOS NA JUSTIÇA FEDERAL. HONORÁRIOS DEADVOGADO. (...)

6. Da mesma forma, comprovada a atividade de serralheiro, sendoinerente à atividade o uso de ferramentas como serras, esmeris,furadeiras, plainas e soldas, a atividade se enquadra, porequiparação, no código 2.5.3 do Decreto nº 83.080/79. (TRF 3ª Região,SÉTIMA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 1704546 - 0002498-89.2010.4.03.6114, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO DOMINGUES, julgado em20/03/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:31/03/2017 )

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DATAS LIMITES DO ENQUADRAMENTO, CONFORME POSICIONAMENTO ADMINISTRATIVOATÉ 28/04/95

Lei 9032/95

De

28/04/95 a

05/03/97

De

06/03/97 a 06/05/99

De

07/05/99 até hoje

- Físicos; Químicos; Biológicos

- Categoria

Profissional –(Guarda/vigia/vigilante. Motorista. Cobrador. Ajudante Caminhão

Decreto 53.831/64 e 83.080/79 (I e II)

- Físicos (eletricista, radiação ionizante)

- Químicos (ex: frentista.)

- Biológicos

dos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, Anexos I

- Físicos;

- Químicos

- Biológicos

Decreto 2.172/97

Anexo IV

- Físicos;

- Químicos

- Biológicos

Decreto

3.048/99 e

4.882/2003

Anexo IV

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O QUE NÃO É ACEITO PELO INSS...

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ENQUADRAMENTO DO DENTISTA, CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

...A Primeira Turma desta Corte, ao examinar o tema, no julgamento do REsp 1.473.155/RS, Relatoro Ministro Sérgio Kukina, afirmou que o art. 57, que trata da aposentadoria especial, não fazdistinção entre os segurados, estabelecendo como requisito para a concessão do benefício oexercício de atividade sujeita a condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física dotrabalhador(...)

Concluiu-se, também, por equivocado o argumento de que a contribuição específica realizada peloempregador em razão da submissão dos empregados a condições especiais de trabalho, prevista noart. 22, II, da Lei n. 8.213/91, não pode também financiar a aposentadoria especial dos seguradosindividuais, pois o sistema contributivo, adotado no RGPS, tem como pressuposto a repartição dereceitas de um fundo único que arrecada e financia os benefícios. Por fim, foi destacado que osegurado individual não está excluído do rol dos beneficiários da aposentadoria especial, mascabe a ele demonstrar o exercício de atividades consideradas prejudiciais à saúde ou à integridadefísica, nos moldes previstos à época em que realizado o serviço - até a vigência da Lei n. 9.032/95por enquadramento nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979 e, a partir da inovação legislativa,com a comprovação de que a exposição aos agentes insalubres se deu de forma habitual epermanente (STJ. Resp. 1.540.963, Rel. Min. Sérgio Kukina. DJ 20/03/2017)

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Súmula 62 TNU

• "O segurado contribuinte individual pode obterreconhecimento de atividade especial para finsprevidenciários, desde que consiga comprovarexposição a agentes nocivos à saúde ou àintegridade física."

• Publicação 03/07/2012

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SUGESTÕES DE PROVAS PARA O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

1. Notas Fiscais de compras de produtos específicos da atividade;2. Certidão do órgão de classe (CRO, CRM, CNH profissional, etc.);3. Diploma Universitário, informando a graduação na atividade especial, se for o caso;4. Certificados de Especialização de cursos durante a vida laboral;5. Inscrição na prefeitura e respectivos impostos (ISS, TL);6. Contratar empresa de saúde e segurança do trabalho para elaboração de PPRA e PCMSO;7. Testemunhas; 8. Prova Perícia Judicial;9. Contrato de Prestação de serviço;10. Laudo da empresa tomadora do serviço;11. Fretes (no caso de motorista de caminhão);12. Inscrição no INSS de autônomo;13. Fichas dos pacientes atendidos (uma por ano), no caso de dentista ou médico.

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CONCEITO DOUTRINÁRIO DE PENOSIDADE

“Trabalho penoso é aquele relacionado à exaustão, aoincômodo, à dor, ao desgaste, à concentração excessivae à imutabilidade das tarefas desempenhadas queaniquilam o interesse, que leva o trabalhador aoexaurimento de suas energias, extinguindo-lhe o prazerentre a vida laboral e as atividades a serem executadas,gerando sofrimento, que pode ser revelado pelos doissintomas: insatisfação e ansiedade”.

(MARQUES. Christiani. A Proteção ao Trabalho Penoso. Pág. 64)

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ENQUADRAMENTO DO MOTORISTA APÓS 1995. FUNDAMENTO NA PENOSIDADE

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS PREENCHIDOS. (...)A tese de que, após a vigência do Decreto nº 2.172/97, não seria mais possível enquadrarcomo especiais as atividades consideradas penosas/periculosas, porquanto a especialidadeserá considerada em relação à insalubridade verificada na exposição a agentes nocivosprevistos no regulamento, não se coaduna com os arts. 201, §1º, da CF/88 e 57 da Lei nº8.213/91 no que apontam como substrato à concessão da aposentadoria especial o exercíciode atividades prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador. Havendo acomprovação de que o trabalho foi exercido em condições agressivas à saúde, deverá serconsiderado especial, ainda que a atividade não esteja arrolada nos Decretos 2.172/97 e3.048/99, cujos rol de agentes nocivos é meramente exemplificativo. Hipótese na qual temincidência a Súmula nº 198 do TFR. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. O laudopericial indica que o segurado desempenhou a função de motorista de caminhão e estavaexposto, de modo habitual e permanente, aos riscos físicos próprios da profissão, tudopermitindo concluir que exercia atividade penosa, autorizando o reconhecimento de tempode serviço especial.

(TRF4, APELREEX 0002748-70.2016.4.04.9999, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC,Relator HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO JÚNIOR, D.E. 08/02/2018)

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CONCEITO JURIDICO DE PERICULOSIDADE:

CLT. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma daregulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que,por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado emvirtude de exposição permanente do trabalhador a:I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais desegurança pessoal ou patrimonial.§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador emmotocicleta.

- Regulamentação: NR 10 e Portaria MTE 1885/13, que aprovou o Anexo 3 daNR 16

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A periculosidade no direito previdenciário

a) CF e Lei 8.213/91: “integridade física”;b) Súmula 198 TFR;c) Recurso Repetitivo STJ (Resp.

1.306.113).

Problema: NÃO ESTÁ NO ANEXO IV DOSDECRETOS 2.172/97 E 3.048/99

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VIGILANTE APÓS 03/1997, RECONHECIDO COMO ESPECIAL PELO STJ. COM OU SEM ARMA DE FOGO

EMENTA PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE. SUPRESSÃOPELO DECRETO 2.172/1997. ARTS. 57 E 58 DA LEI 8.213/1991. ROL DE ATIVIDADES E AGENTESNOCIVOS. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO. AGENTES PREJUDICIAIS NÃO PREVISTOS. REQUISITOSPARA CARACTERIZAÇÃO. EXPOSIÇÃO PERMANENTE, NÃO OCASIONAL NEM INTERMITENTE(ART. 57, § 3o., DA LEI 8.213/1991). ENTENDIMENTO EM HARMONIA COM A ORIENTAÇÃOFIXADA NA TNU. RECURSO ESPECIAL DO INSS A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

(...)

5. Seguindo essa mesma orientação, é possível reconhecer a possibilidade de caracterizaçãoda atividade de vigilante como especial, com ou sem o uso de arma de fogo, mesmo após5.3.1997, desde que comprovada a exposição do trabalhador à atividade nociva, de formapermanente, não ocasional, nem intermitente.

(RECURSO ESPECIAL Nº 1.410.057 – Rel. Min. Napoleão Nunes Maia. Dje 11/12/2017)

Obs.: O INSS somente reconhece até 28/04/95 (Lei 9031/95). Após esta data somente na justiça!

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AGENTES CANCERÍGENOS. PRESUNÇÃO DE NOCIVIDADE:

• A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade deexposição a agentes nocivos reconhecidamentecancerígenos em humanos, listados pelo Ministério doTrabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação deefetiva exposição do trabalhador, pelo critério qualitativo emesmo com uso de EPI.

(art. 68, § 4º RPS, com nova redação Decreto 8123/13 e 284 § únicoda IN 77/2015)

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PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 9, DE 7 DE OUTUBRO DE 2014

• Publica a Lista Nacional de Agentes Cancerígenospara Humanos (LINACH), como referência paraformulação de políticas públicas, na forma doanexo a esta, dentre eles:

• Benzeno, compostos de cromo, poeira de sílica, óxido de etileno, dentre o

• PROBLEMA: VIDE PUIL 170 DA TNU

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LISTAS SÃO EXEMPLIFICATIVAS

ATÉ

28/04/95

De

28/04/95 a

05/03/97

De

06/03/97

a

06/05/99

De

07/05/99 até

hoje

- Físicos;

- Químicos

-Biológicos

- Categoria

Profissiona

l

- Físicos;

- Químicos

-

Biológicos

dos

Decretos

53.831/64

e

83.080/79

- Físicos;

-

Químicos

-

Biológicos

Decreto

2.172/97

- Físicos;

- Químicos

- Biológicos

Decreto

3.048/99

SUMULA 198 TFR:“Atendidos os demais

requisitos,

É devida aposentadoria

especial

se pericia judicial constata

que a

Atividade exercida pelo

segurado

É perigosa, insalubre ou

penosa,

mesmo não inscrita em

Regulamento.”

NHO´S OU

NR´S

Agentes

cancerígenos

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ANEXOS NORMA REGULAMENTADORA 15

ANEXO 1 RUIDO CONTINUO OU INTERMITENTE

ANEXO 2 RUÍDO DE IMPACTO

ANEXO 3 CALOR

ANEXO 4 REVOGADO

ANEXO 5 RADIAÇÕES IONIZANTE

ANEXO 6 PRESSÃO ATMOFÉRICA ANORMAL

ANEXO 7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES

ANEXO 8 VIBRAÇÕES

ANEXO 9 FRIO

ANEXO 10 UMIDADE

ANEXO 11 AGENTES QUIMICOS POR LIMITE DE TOLERANCIA

ANEXO 12 POEIRAS MINERAIS ASBESTOS – LT

ANEXO 13 AGENTES QUÍMICOS QUALITATIVOS

ANEXO 13-A BENZENO

ANEXO 14 AGENTES BIOLÓGICOS

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FORMULÁRIOS DE COMPROVAÇÃO DO TEMPO ESPECIAL

• Formulários antigos aceitos se expedidos até 31/12/2003:

• SB/40

• DISES – BE 5235

• DSS 8030

• DIRBEN 8030

Formulário NOVO expedidos a partir de 01/01/2004

• PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)

• PP (Perfil Profissiográfico), em fase de implantação em meiomagnético, conforme Decreto 8.123/13.

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DIVERGÊNCIA QUANTO À DATA DA OBRIGATORIEDADE DO LAUDO

• Posicionamento do INSS: o LTCAT passa a ser exigido a

partir da MP 1523, de 13/10/96;

• Posicionamento do STJ, o LTCAT passou a ser exigido apartir do Decreto 2.172, de 05/03/07, queregulamentou a MP 1523/96 e depois foi convertida naLei 9.528/97 (vide REsp. n. 1.436.160-RS);

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O LTCAT DEVE CONTER AS SEGUINTES INFORMAÇÕES*:

• Identificação da empresa, cooperativa de trabalho ou de produção, OGMO, Sindicato da categoria;

• Se individual ou coletivo;• Identificação do setor e da função;• Descrição da atividade (profissiografia);• Descrição dos agentes nocivos capazes de causar danos à saúde e integridade

física;• Localização das possíveis fontes geradoras;• Via e periodicidade de avaliação do agentes nocivo;• Metodologia e procedimento de avaliação do agente nocivo;• Descrição das tecnologias de proteção coletiva e individual, bem como

medidas administrativas;• Conclusão;• Assinatura e identificação dos responsáveis técnicos com número do CREA ou

CRM;• Data da realização da demonstração ambiental ou do laudo

(*Manual de Aposentadoria Especial. Resolução 600/17. págs. 18 e 19)

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TIPOS DE LAUDO TÉCNICO

• Laudo Coletivo:Documento emitido pelaempresa de vínculo,contemplando os resultados deavaliações das condiçõesambientais dos locais detrabalho, o registro dos agentesnocivos e as conclusões quantoà exposição ocupacional detodos os trabalhadores daempresa. O LTCAT coletivo só éválido se o posto de trabalhodo requerente estivercontemplado.

• Laudo Individual:Documento que se refereexclusivamente ao requerente.Deve ser observado se oprofissional que elaborou é ounão funcionário da empresa.Caso não seja, necessário constarautorização escrita da empresapara fazer a pericia e aidentificação do acompanhanteda empresa, data e local darealização da perícia.

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LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT:

I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa,emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em açõestrabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídioscoletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante,desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições elocal de trabalho;

II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredode Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO;

III - laudos emitidos por órgãos do Ministério do Trabalho eEmprego - MTE;

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LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT

IV - laudos individuais acompanhados de:

a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento,quando o responsável técnico não for seu empregado;

b) nome e identificação do acompanhante da empresa, quandoo responsável técnico não for seu empregado; e

c) data e local da realização da perícia.

(art. 261 da IN 77/2015)

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DEMONSTRAÇÕES AMBIENTAIS ACEITAS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT

V - as demonstrações ambientais:

a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;

b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;

c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; e

d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -PCMSO.

(art. 261 da IN 77/2015)

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LAUDOS NÃO ACEITOS PELO INSS*

• *I - laudo elaborado por solicitação do própriosegurado, sem o atendimento das condiçõesprevistas no inciso IV do caput deste artigo;

• *II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quandoefetuada no mesmo setor;

• *III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;

• *IV - laudo realizado em localidade diversa daquelaem que houve o exercício da atividade;

• *V - laudo de empresa diversa.

(* mas podem ser discutidas na justiça)

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As informações da nocividade no CNIS

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Código da GFIP no PPP

• 1 - Não exposição a agente nocivo

• 2 - Exposição a agente nocivo ( 15 anos de serviço)

• 3 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço)

• 4 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos deserviço)

• Obs. O código 1 somente será utilizado no caso detrabalhador que esteve e deixou de estar exposto aagente nocivo, no mês de competência. Para ostrabalhadores com mais de um vínculo empregatício:

• 5 - Não exposição a agente nocivo

• 6 - Exposição a agente nocivo (aos 15 anos de serviço)

• 7 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço)

• 8 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço)

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TÉCNICA UTILIZADA. Campo 15.5 do PPP: NHO X NR-15

NR-15

LIMITE MÁXIMO DIÁRIO

PERMITIDO

85 DB 8 horas

88 DB 5 horas

90 DB 4 horas

95 DB 2 horas

NHO - 01

LIMITE MÁXIMO DIÁRIO

PERMITIDO

85 DB 8 horas

88 DB 4 horas

90 DB 2 horas

95 DB 47,62 minutos

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TEMPORALIDADE DO LAUDO

Contemporâneo: Quando realizado durante operíodo em que o segurado trabalhou na empresa;

Extemporâneo: Quando o levantamento foirealizado em data anterior ou posterior ao períodoem que o segurado trabalhou na empresa

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LAUDO EXTEMPORÂNEO. QUESTÃO SUMULADA PELA TNU

–O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à

comprovação da atividade especial do segurado.

(SÚMULA 68 DA TNU. DOU 24/09/12)

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Laudo extemporâneo. Decisão do STJ

“Não prospera a alegação do INSS de que o laudo pericial (fls. 250/258) apresentado é

extemporâneo ao período que o autor pretende provar, vez que a extemporaneidade do laudo

pericial não desnatura sua força probante”.

(AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 329.827 – SE. (2013/0111547-2) RELATOR: MINISTRO HERMAN BENJAMIN. DJ 03/06/2013)

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A SISTEMÁTICA DAS PROVAS APOSENTADORIA ESPECIAL

Até 28/04/95 29/04/95 a 05/03/97*

A partir de 06/03/97 A partir de01/01/04

- Formulários para agentes nocivos expedidos até 31/12/2003 ;

-CTPS , para enquadramento por categoria profissional de empresas extintas;

- LTCAT (ou seus substitutivos) só para Ruído ou o PPP

- Formulários para

agentes nocivos expedidos até

31/12/2003 ;- LTCAT (ou seus substitutivos) só para ruído ou PPP

*Entendimento STJ

- Formulários para agentes nocivos expedidos até

31/12/2003 e LTCAT para todos os agentes nocivos (ou seus substitutivos) ou PPP

PPP expedido com base no LTCAT (ou seus substitutivos)

LTCAT fica arquivado

na empresa. Só apresenta, se

necessário(STJ. Pet. 10.262)

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PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. PREVIDENCIÁRIO.COMPROVAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. RUÍDO. PERFILPROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP). APRESENTAÇÃO SIMULTÂNEADO RESPECTIVO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS DETRABALHO (LTCAT). DESNECESSIDADE QUANDO AUSENTE IDÔNEAIMPUGNAÇÃO AO CONTEÚDO DO PPP. 1. Em regra, trazido aos autos o PerfilProfissiográfico Previdenciário (PPP), dispensável se faz, para o reconhecimento econtagem do tempo de serviço especial do segurado, a juntada do respectivoLaudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), na medida que oPPP já é elaborado com base nos dados existentes no LTCAT, ressalvando-se,entretanto, a necessidade da também apresentação desse laudo quandoidoneamente impugnado o conteúdo do PPP. 2. No caso concreto, conformedestacado no escorreito acórdão da TNU, assim como no bem lançadopronunciamento do Parquet, não foi suscitada pelo órgão previdenciário nenhumaobjeção específica às informações técnicas constantes do PPP anexado aos autos,não se podendo, por isso, recusar-lhe validade como meio de prova apto àcomprovação da exposição do trabalhador ao agente nocivo "ruído". 3. Pedido deuniformização de jurisprudência improcedente. (PET. 10.262). 16/02/2017)

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EPI. O STF fixou duas teses, no julgamento do ARE 664.335, ocorrido em 15/02/2015:

• Tese maior: se comprovada a eficácia do EPI, nãoserá caracterizada a atividade como especial,deixando de ser aplicado o art. 201 § 1ºda CF;

• Tese menor: A informação de EPI eficaz no PPP nãoé suficiente, nos casos de ruído, paradescaracterizar o tempo como especial.

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EM CASO DE DÚVIDA O TEMPO DEVE SER RECONHECIDO COMO ESPECIAL...

11. A Administração poderá, no exercício da fiscalização,aferir as informações prestadas pela empresa, semprejuízo do inafastável judicial review. Em caso dedivergência ou dúvida sobre a real eficácia doEquipamento de Proteção Individual, a premissa anortear a Administração e o Judiciário é peloreconhecimento do direito ao benefício daaposentadoria especial. Isto porque o uso de EPI, nocaso concreto, pode não se afigurar suficiente paradescaracterizar completamente a relação nociva a que oempregado se submete. (Ementa. STF. ARE 664.335)

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“a mera juntada do PPP referindo a eficácia do EPI nãoelide o direito do interessado em produzir prova emsentido contrário”

(INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR Nº 5054341-77.2016.4.04.0000/SC. DJ 11/12/17. Aguarda julgamento de ED.)

IRDR SOBRE EPI.TESE FIXADA

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NO MANUAL APOSENTADORIA ESPECIAL QUANTO AOS EPI’s– RESOLUÇÃO 600/17:

Deve ser observada a hierarquia entre medidas deproteção coletiva, medidas de caráteradministrativo ou de organização do trabalho eutilização de tecnologia de proteção individual,NESTA ORDEM. Admite-se a utilização de EPIsomente em situações de inviabilidade técnica daadoção de medidas de proteção coletiva ou quandoestas não forem suficientes ou se encontrarem emfase de estudo, planejamento ou implantação, ou,ainda, em caráter complementar ou emergencial.(pag. 21) GN

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O EPI É O ÚLTIMO RECURSO DE PROTEÇÃO AO TRABALHADOR

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O EPI NA IN 77/2015:

• ...e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade e sejarespeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo ainda necessidade de que sejaassegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, a observância:

• I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja, medidas deproteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho eutilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situaçõesde inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou,ainda, em caráter complementar ou emergencial;

• II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo,conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;

• III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;

• IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovadamediante recibo assinado pelo usuário em época própria; e

• V - da higienização. (art. 279)

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SITUAÇÕES CONSOLIDADAS DE EPI INEFICAZ

•CATEGORIA PROFISSIONAL ANTERIOR A LEI 9.032/95

• RUÍDO. ARE 664.335

• CALOR. NR-15, ANEXO 3

• PRESSÃO ANORMAL. NR-15, ANEXO 6

• VIBRAÇÃO. NR-15, ANEXO 8

• BENZENO. Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014

• HIDROCARBONETOS. NR15, ANEXO 13

• BIOLÓGICOS. ITEM 3.1.5. Resolução 600/17

• CANCERÍGENOS. LINACH. MEMO 2/15

• PERICULOSIDADE E PENOSIDADE

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ASPECTOS PROCESSUAIS...

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NO PAP

• Documental: em qualquermomento processual, desde queantes do julgamento;

• Oral: Sustentação oral, oitiva detestemunhas

• Técnica: Perícia, Inspeção (VideResolução 485/2015)

NO PJP• Documental: Inicial e durante

a fase de Instrução, ou seapresentada em outra fase,deve ser aceita pela partecontrária;

• Oral: Sustentação Oral;Audiências, oitiva, outras

• Técnica: Perícia in loco, ousimplificada (NCPC), inspeção.

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MEMORANDO INSS N. 24/2017

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RESOLUÇÃO INSS/PRES 485, 08/07/2015

Considerando...

• c.) o § 7º do art. 68 do Decreto nº 3.048, de 1999, que dispõe sobre a inspeção, senecessário, no local de trabalho do segurado visando a confirmar as informações contidas noPerfil Profissiográfico Previdenciário - PPP e Laudo Técnico de Condições Ambientais doTrabalho - LTCAT, para fins de Aposentadoria Especial;

Art. 4º A inspeção no ambiente de trabalho terá por finalidade:

V - verificar se as informações contidas no PPP estão em concordância com o LTCAT utilizadocomo base para sua fundamentação, com fins à aposentadoria especial;

VI - confirmar se as informações contidas LTCAT estão em concordância com o ambiente detrabalho inspecionado, com fins à aposentadoria especial; e

Art. 5º A Perícia Médica dará ciência ao segurado, por meio da Carta de Comunicação aoSegurado de Inspeção no Ambiente de Trabalho (Anexo IV), da data e hora de realização dainspeção, informando-lhe da possibilidade da participação do representante do sindicato dacategoria e/ou do seu médico assistente.

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Pedir RETIFICAÇÃO DO PPP POR DIVERGÊNCIA DAS INFORMAÇÕES:

Com efeito, em Primeiro Grau houve o reconhecimento de que o autorlaborava no subsolo da mina de forma predominante. A previsão éclara ao mencionar a associação de agentes prejudiciais à saúde ou àintegridade física, o que engloba o adicional de insalubridade.Portanto, reconhecido o labor do reclamante no subsolo da mina dareclamada pelo Magistrado de origem, deve ser fornecido novo PPPao autor, retificando a função exercida por este, nos exatos termosda sentença a quo. Ante o exposto, dou provimento ao recurso doautor para determinar que a reclamada expeça novo PerfilProfissiográfico Previdenciário ao autor. (TRT12. RO 0004825-32.2014.5.12.0003 -3. Hélio Bastida Lopes Relator. DJ 02/03/2016)

Na ação trabalhista É POSSÍVEL:

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OUTRAS FORMAS DE COMPROVAÇÃO:

• Exames de saúde do segurado;• Emissão de CAT;• Inspeção pelo próprio INSS ou por profissional

habilitado. (Vide Resolução 485/15)• Denúncia ao Ministério Público do Trabalho sobre as

condições agressivas ou não fornecimento de PPP,com pena de multa prevista no art. 283 do RPS;

• Notificação extrajudicial à empresa. Multa pordescumprimento da lei: entre de R$ 2.331,32 a R$233.130,50 (Portaria MF 15/2018);

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EMPRESA INATIVA. MEIOS DE PROVA

• Para enquadramento pela função, até 28/04/95 hápresunção de agressividade, não sendo tão rígida acomprovação.

• Justificação Administrativa (baseada em início de prova material);

• Prova emprestada;

• Laudo arquivado no INSS;

• Comprovação por similaridade;

• Laudos provenientes de: Reclamação Trabalhista,FUNDACENTRO ou outros órgão oficiais.

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PERÍCIA POR SIMILARIDADERECURSO ESPECIAL Nº 1.436.160 - RS (2014/0032623-0)

RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF - PR000000F

RECORRIDO : ANTÔNIO AUGUSTO MOURA RODRIGUES

ADVOGADO : ANILDO IVO DA SILVA E OUTRO(S) - RS037971

VOTO

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇOESPECIAL. RECONHECIMENTO DE TRABALHO SUJEITO A AGENTES NOCIVOS.LAUDO TÉCNICO PRODUZIDO EM EMPRESA SIMILAR. ADMISSIBILIDADE. AMPLAPROTEÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL DO SEGURADO. INVIABILIDADE DECONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL QUANDO O REQUERIMENTOADMINISTRATIVO OCORRER NA VIGÊNCIA DA LEI 9.032/95. RESP. 1.310.034/PRREPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. RESSALVA DO PONTO DE VISTA DORELATOR. RECURSO ESPECIAL DA AUTARQUIA PARCIALMENTE PROVIDO PARARECONHECER A IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EMESPECIAL. (Dje 05.04.2018)

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REQUISITOS PARA A SIMILARIDADE

• Analisar empresa concorrente, com mesmo ramo deatividade. CNAE;

• Porte da empresa e número de máquinas existentes;

• Conferir setor, função/atividade

• Verificar se há nos seus arquivos ou no banco de laudosdo TRF4 ou no INSS, algum laudo de empresa similar;

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...é possível a realização de perícia indireta (por similaridade) se asempresas nas quais a parte autora trabalhou estiverem inativas, semrepresentante legal e não existirem laudos técnicos ou formulários, ouquando a empresa tiver alterado substancialmente as condições doambiente de trabalho da época do vínculo laboral e não for mais possível aelaboração de laudo técnico, observados os seguintes aspectos: (i) seremsimilares, na mesma época, as características da empresa paradigma eaquela onde o trabalho foi exercido, (ii) as condições insalubres existentes,(iii) os agentes químicos aos quais a parte foi submetida, e (iv) ahabitualidade e permanência dessas condições”.

Processo nº 0001323-30.2010.4.03.6318

Fonte: TNU – 23/06/2017

PERÍCIA POR SIMILARIDADE

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O CONTRATO DE TRABALHO E A APOSENTADORIA ESPECIAL

Art. 57, § 8º da Lei 8.213/91:

Aplica-se o disposto no art. 46 ao seguradoaposentado nos termos deste artigo quecontinuar no exercício de atividade ou operaçãoque o sujeite aos agentes nocivos constantesda relação referida no art. 58 desta Lei.

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O QUE DIZ O ARTIGO 46...

• Art. 46. O aposentado por invalidezque retornar voluntariamente àatividade terá sua aposentadoriaautomaticamente cancelada, a partirda data do retorno

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O QUE DIZ O REGULAMENTO...

Parágrafo único, art. 69, Decreto n. 3.048/99:

O segurado que retornar ao exercício de atividade ou

operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos

constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na

mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a

forma de prestação do serviço ou categoria de

segurado, será imediatamente notificado da

cessação do pagamento de sua aposentadoria

especial, no prazo de sessenta dias contado da

data de emissão da notificação, salvo comprovação,

nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou

operação foi encerrado. (nova redação trazida pelo DecretoNº 8.123/13)

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O QUE TRAZ A CARTA DE CONCESSÃO?

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CANCELAMENTO?

SUSPENSÃO?

CESSAÇÃO?

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COM A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO, COMO FICA O CONTRATO DE TRABALHO...

• Aposentadorias rescindem o contrato detrabalho?

• É a aposentadoria especial? Rescinde?

• De quem é a sanção por permanecertrabalhando: do segurado ou da empresa?

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NATUREZAS JURÍDICAS DISTINTAS?

DIFERENTES REPERCUSSÕES NO CONTRATO DE TRABALHO

B/32

B/46B/42

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MATÉRIA ESTARIA PACIFICADA PELO STF...

• ADI nº 1.721-3/DF e 1.770-4/DF declarou ainconstitucionalidade do § 2º do art. 453 da CLT, que dispunhaque o ato de concessão de benefício de aposentadoria aempregado que não tiver completado 35 (trinta e cinco) anos deserviço, se homem, ou trinta, se mulher, importa em extinção dovínculo empregatício.

• Tribunal Pleno do TST cancelou a OJ 177 da SBDI-1, e passou aadotar novo posicionamento da OJ nº 361, SDI-1:

• OJ N. 361, SDI-1. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADEDO CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DE 40% DO FGTS SOBRETODO O PERÍODO (DJ20, 21 e 23.05.2008)

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CONTRATO DE TRABALHO X CANCELAMENTO BENEFICIO

• Com efeito, não se podem interpretar os artigos 46 e 57 da Lei nº 8.213/91 comodeterminantes da automática rescisão do contrato de trabalho do empregado quepermaneça laborando nas mesmas condições insalubres após a aposentadoriaespontânea, até mesmo porque esses dispositivos nem sequer tratam de direitostrabalhistas. Caso o empregado aposentado voluntariamente pelo exercício deatividades insalubridades permaneça prestando serviços ao seu empregador nasmesmas condições, conforme a lei previdenciária, haverá o cancelamento dobenefício, mas não é possível extrair dos artigos 46 e 57 da Lei nº 8.213/91interpretação de que o contrato de trabalho será rescindido automaticamente. Nahipótese, como a aposentadoria espontânea especial não extingue o contrato detrabalho, caberia ao empregador designar uma atividade salubre à reclamante oudispensá-la sem justa causa

• (TST - RR: 20616-84.2012.5.20.0004, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 15/04/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/04/2015).

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EMBARGOS. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. APOSENTADORIA ESPECIAL.ARTIGO 57 DA LEI Nº 8.213/1991. MAQUINISTA. CONTATO COM RUÍDO. EFEITOS. MULTADE 40% DO FGTS. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 361 DA SBDI-1 DO TST

1. Consolidou-se o entendimento, no âmbito do TST, de que o empregado que se aposenta voluntariamente e continua prestandoserviços ao empregador, em caso de ulterior dispensa imotivada faz jus ao pagamento da multa de 40% sobre todos os depósitos doFGTS, inclusive em relação ao período posterior à concessão Da aposentadoria (Orientação Jurisprudencial nº 361 da SbDI-1).

2. A aposentadoria especial prevista nas normas dos artigos 201, § 1º, da Constituição Federal e 57 e seguintes da Lei nº 8.213/1991constitui benefício sui generis, que o distingue dos demais benefícios previdenciários.

3. A Lei Previdenciária, por razões óbvias relacionadas à preservação da integridade do empregado, categoricamente veda apermanência no emprego após a concessão da aposentadoria especial, ao menos na função que ensejou a condição de risco à saúde,sob pena de automático cancelamento do benefício (arts. 46 e 57, § 8º, da Lei nº 8.213/91).

4. Contraria a Orientação Jurisprudencial nº 361 da SbDI-1 do TST, por má aplicação, acórdão turmário que acolhe pedido depagamento da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, relativamente a contrato de trabalho cuja resilição deu-se por iniciativado empregado, por força da concessão de aposentadoria especial, reconhecida mediante decisão emanada da Justiça Federal, comefeitos retroativos, em face do contato, por longos anos, com agente nocivo — ruído intenso.

5. Embargos de que se conhece, por contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 361 da SbDI-1 do TST, em face de má aplicação, ea que se dá provimento”.

(PROCESSO Nº TST-E-ED-RR-87-86.2011.5.12.0041, Rel. Min João Orestes Dalazen, SBDI-1, DOU 05/06/2015).

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AFINAL...APOSENTADORIA ESPECIAL RESCINDE

O CONTRATO DE TRABALHO?

• RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA.INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014.APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 57 DA LEI 8.213/91.EFEITOS. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO PORINICIATIVA DO EMPREGADO. A jurisprudênciaprevalente no âmbito desta Subseção é no sentido deque a concessão de aposentadoria especial acarreta aextinção do contrato de trabalho por iniciativa doempregado. Precedente. Recurso de embargosconhecido e não provido. (Processo Nº TST-E-ARR-607-93.2010.5.09.0678. Ministro Relator HUGO CARLOSSCHEUERMANN. Dj 14 de setembro de 2017).

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APÓS CIÊNCIA DA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL AO TRABALHADOR, O QUE A EMPRESA DEVE FAZER?

• REALOCAR O TRABALHADORPARA OUTRA FUNÇÃO SALUBRE?

• MANTER-SE INERTE?

• COMUNICAR AO INSS EVENTUALCUMULAÇÃO INDEVIDA?

• RESCINDIR O CONTRATO?

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SOB O VIÉS PREVIDENCIÁRIO...

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TEMA EM REPERCUSSÃO GERAL NO STF

• Tema 709 - Possibilidade de percepção do benefício daaposentadoria especial na hipótese em que o seguradopermanece no exercício de atividades laborais nocivasà saúde.

• Relator: MIN. DIAS TOFFOLI

• Leading Case: RE 791961

• Há Repercussão? Sim

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RECEBIDA A CARTA DE CONCESSÃO, O QUE O SEGURADO DEVE FAZER?

• PEDIR DEMISSÃO? PEDIR PARA SERDEMITIDO? PEDIR PARA MUDAR DEFUNÇÃO/SETOR?

• CONCESSÃO DO BENEFÍCIO FOIADMINISTRATIVA OU JUDICIAL?

• FOI CONCEDIDO POR TUTELAPROVISÓRIA?

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MUDANÇA NO CONTRATO DE TRABALHO SOMENTE APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO

PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. POSSIBILIDADE. EXPOSIÇÃO AAGENTES NOCIVOS. RUÍDO. COMPROVAÇÃO. OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À ÉPOCA PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE. TERMOINICIAL. CONDICIONAMENTO AO AFASTAMENTO OU EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE. I – (...)

IV - O termo inicial do benefício de aposentadoria especial, fixado judicialmente, não pode estar subordinado ao futuroafastamento ou extinção do contrato de trabalho, a que faz alusão o art.57, §8º da Lei 8.213/91, uma vez que estaria a sedar decisão condicional, vedada pelo parágrafo único do art. 492 do Novo Código de Processo Civil, pois somente com otrânsito em julgado haverá, de fato, direito à aposentadoria especial.

V - O §8º do art. 57 da Lei 8.213/91 procurou desestimular a permanência em atividade tida por nociva, é norma denatureza protetiva ao trabalhador, portanto, não induz a que se autorize a compensação, em sede de liquidação desentença, da remuneração salarial decorrente do contrato de trabalho, no qual houve reconhecimento de atividadeespecial, com os valores devidos a título de prestação do benefício de aposentadoria especial.

VI - Apelação do INSS e remessa oficial improvidas. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, APELREEX 0001740-61.2012.4.03.6140,Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 19/04/2016, e-DJF3 Judicial 1 DATA:27/04/2016)

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POLITICA DA EMPRESA X IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO

• Peticiona o autor, aduzindo que não tem interesse em passar a receber obenefício de aposentadoria especial, cuja implantação foi determinada peloacórdão dos eventos 10 e 11, porquanto sua atual empregadora adota apostura de rescindir o contrato de trabalho em caso de aposentação. Decido.A advogada do autor requereu no dia do julgamento da apelação do INSS quenão fosse determinada a implantação do benefício, tendo em vista a políticada empresa empregadora de rescindir o contrato de trabalho em caso deaposentação. No entanto, consta no acórdão ordem expressa de implantaçãodo benefício. Diante disso, torno sem efeito a ordem de implantação dobenefício. Intime-se o INSS para que não promova a implantação dobenefício ou, caso já tenha sido implantado, que efetue o cancelamento, noprazo de 5 dias.

• (TRF4 5003885-70.2015.4.04.7207, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC, Relator JORGE ANTONIOMAURIQUE, juntado aos autos em 20/03/2018)

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ESTRATÉGIA E PRECAUÇÃO DO ADVOGADO

Apelação/Remessa Necessária Nº 5003885-70.2015.4.04.7207 (Processo Eletrônico - E-Proc V2 - TRF)Originário: Nº 50038857020154047207 (Processo Eletrônico - E-Proc V2 - SC)Data de autuação: 22/03/2016 14:51:59Relator: MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE - SECRETARIA DE RECURSOSÓrgão Julgador: Vice-Presidência

Situação: SUSP/SOBR-Aguarda dec.Inst.Sup

25/04/2018 16:30 - 42. Suspensão/Sobrestamento - Aguarda Decisão Tribunal Superior -Repercussão Geral (STF)20/04/2018 11:30 - 41. PETIÇÃO PROTOCOLADA JUNTADA - Refer. ao Evento: 36 - CIÊNCIA, COM RENÚNCIA AO PRAZO20/04/2018 11:30 - 40. Intimação Eletrônica - Confirmada - Refer. ao Evento: 36

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL (ESPÉCIE 46). ATIVIDADE ESPECIAL

PARCIALMENTE COMPROVADA. RUÍDO. VIGÊNCIA DO DEC. Nº 2.172/97. ACIMA DE 90 DB. APELAÇÃO DO

INSS E REMESSA OFICIAL PARCIALMENTE PROVIDAS. BENEFÍCIO INDEFERIDO. TUTELA REVOGADA.

DEVOLUÇÃO DOS VALORES PERCEBIDOS A TÍTULO DE TUTELA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. Dispõe o art. 57 da Lei nº 8.213/91 que a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência

exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos, conforme dispuser a Lei.

2. O C. STJ, no julgamento do Recurso Especial nº 1.398.260/PR, sob o rito do art. 543-C do CPC, decidiu não ser

possível a aplicação retroativa do Decreto nº 4.882/03, de modo que no período de 06/03/1997 a 18/11/2003, em

consideração ao princípio tempus regit actum, a atividade somente será considerada especial quando o ruído for

superior a 90 dB(A).

3. Computando-se o período de atividade especial ora reconhecido, somado ao período incontroverso homologado

pelo INSS até a data do requerimento administrativo (01/03/2014) perfazem-se 19 anos, 10 meses e 10 dias,

insuficientes para concessão do benefício de aposentadoria especial (46).

4. Não cumprindo o autor os requisitos legais para a concessão do benefício de aposentadoria especial (Espécie

46), faz jus apenas à averbação da atividade especial exercida de 19/11/2003 a 26/02/2014.

5. Tendo em vista o quanto decidido pelo C. STJ, por ocasião do julgamento do REsp 1.401.560/MT, processado

segundo o rito do art. 543-C do CPC de 1973, fica determinada devolução dos valores recebidos por força de

tutela antecipada pela parte autora.

6. Em virtude do acolhimento parcial do pedido, condeno a autarquia ao pagamento de honorários fixados no

montante de 10% sobre o valor da condenação e, tendo a parte autora sucumbido em parte do pedido, fica

condenada ao pagamento de honorários advocatícios no valor de R$ 800,00 cuja exigibilidade deve levar em

conta o fato de ser beneficiária da justiça gratuita.

7. Apelação do INSS e remessa oficial parcialmente providas. Benefício indeferido.(TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, ApReeNec - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2072276 - 0002354-19.2014.4.03.6133,

Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL TORU YAMAMOTO, julgado em 12/03/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:23/03/2018 )

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A REAFIRMAÇÃO DA DER PODE SER A SAÍDA

DIREITO PREVIDENCIÁRIO.APELAÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL COMPROVADA EM PARTE. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS.

TUTELA REVOGADA. APELAÇÃO DO INSS E REMESSA OFICIAL PROVIDAS EM PARTE.

1. Alega a parte autora que exerceu atividades consideradas especiais por um período de tempo suficiente para a concessão do benefício de

aposentadoria especial, previsto nos artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/91.

4. Logo, devem ser considerados como especiais apenas os períodos de 08/08/1985 a 05/03/1997, e de 19/11/2003 a 18/06/2011.

5. Dessa forma, computando-se os períodos de atividades especiais reconhecidos na decisão recorrida, até a data do requerimento administrativo

(18/06/2011), perfazem-se apenas 19 (dezenove) anos, 01 (um) mês e 20 (vinte) dias, conforme planilha anexa, insuficientes para a concessão da

aposentadoria especial, na forma dos artigos 57 e 58, da Lei nº 8.213/91.

6. Contudo, verifico pelas informações constantes do sistema CNIS (anexo) que o autor continuou trabalhando após o requerimento administrativo.

7. E, convertendo-se os períodos de atividades insalubres em tempo de serviço comum, somando-os aos demais períodos de atividade comum

exercidas pelo autor até 06/12/2012 perfazem-se 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, o que autoriza a concessão da aposentadoria por tempo de

contribuição integral, conforme planilha anexa, nos termos do artigo 53, inciso II, da Lei nº 8.213/91, correspondente a 100% (cem por cento) do salário-

de-benefício, com valor a ser calculado nos termos do artigo 29 da Lei nº 8.213/91, com redação dada pela Lei nº 9.876/99.

8. Dessa forma, faz jus o autor à aposentadoria por tempo de contribuição integral, a partir da citação (22/12/2012 - fl. 123), tendo em vista que na data

do requerimento administrativo ainda não tinha cumprido os requisitos legais para a concessão do benefício.

9. Apelação do INSS e remessa oficial parcialmente providas.

(TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, ApReeNec - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 1914758 - 0003339-56.2012.4.03.6133, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL

TORU YAMAMOTO, julgado em 05/06/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/06/2017 )

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PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. EXTINÇÃO DO CONTRATO DETRABALHO. ENTENDIMENTO E. STJ. OMISSÃO. OCORRÊNCIA. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. AFASTAMENTO DO TRABALHO.DESNECESSIDADE.I - Os embargos servem apenas para esclarecer o obscuro, eliminar a contradição, integrar o julgado, ou corrigir erromaterial. De regra, não se prestam para modificar o mérito do julgamento em favor da parte.II - A DIB do benefício de aposentadoria especial, fixado judicialmente, não pode estar subordinado ao futuro afastamentoou extinção do contrato de trabalho, a que faz alusão o art. 57, §8º da Lei 8.213/91, uma vez que estaria a se dar decisãocondicional, vedada pelo parágrafo único do art. 492 do Novo Código de Processo Civil de 2015, pois somente com otrânsito em julgado haverá, de fato, direito à aposentadoria especial.III - O disposto no §8º do art. 57 da Lei 8.213/91, no qual o legislador procurou desestimular a permanência em atividadetida por nociva, é norma de natureza protetiva ao trabalhador, portanto, não induz a que se autorize a compensação, emsede de liquidação de sentença, da remuneração salarial decorrente do contrato de trabalho, no qual houvereconhecimento de atividade especial, com os valores devidos a título de prestação do beneficio de aposentadoria especial.IV - Deve ser mantido o termo inicial do benefício de aposentadoria especial desde a data do requerimento administrativo(12.12.2014), em que pese os documentos relativos à atividade especial - PPP's - tenham sido apresentados em Juízo,situação que não fere o direito da parte autora receber as prestações vencidas desde a data do requerimentoadministrativo, primeira oportunidade em que o Instituto tomou ciência da pretensão do segurado, eis que já incorporadoao seu patrimônio jurídico.V - Embargos de declaração do réu parcialmente acolhidos, sem alteração do resultado do julgamento.(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2231630 - 0005728-38.2016.4.03.6112, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO,julgado em 08/05/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:16/05/2018 )

DIB X MANUTENÇÃO DO CONTRATO DE

TRABALHO

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DECISÃO PERIGOSA!

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA ESPECIAL. VEDAÇÃODE CONTINUIDADE DO TRABALHO INSALUBRE - ART. 57, § 8º, C/C ART. 46,AMBOS DA LEI 8.213/1991. PERÍODO DE CUMULAÇÃO. DEVOLUÇÃO DOSVALORES PERCEBIDOS. COBRANÇA ADMINISTRATIVA. LIMITAÇÃO.POSSIBILIDADE. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. O § 8º do art. 57 da Lei8.213/1991 veda a percepção de aposentadoria especial por parte dotrabalhador que continuar exercendo atividade especial. 2. No casoconcreto, a parte autora obteve administrativamente o benefício deaposentadoria especial. Entretanto, permaneceu voluntariamentelaborando em atividades especiais, conforme comprovado por formulárioPPP apresentado pela empregadora. 3. A autarquia-previdenciária tem odireito de reaver os valores indevidamente recebidos a título de benefíciode aposentadoria especial pelo segurado, em cumulação com verbassalariais decorrentes da continuidade do contrato de trabalho em atividadeinsalubre. (...)5. Apelação da parte autora não provida. (AC 0000744-14.2012.4.01.3814 / MG,Rel. JUIZ FEDERAL RODRIGO RIGAMONTE FONSECA, 1ª CÂMARA REGIONALPREVIDENCIÁRIA DE MINAS GERAIS, e-DJF1 de 25/11/2016)

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HAVENDO ENQUADRAMENTO

= OU 15, 20 OU 25 ANOS

CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

NÃO HAVERÁ CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

SOMA

PERÍODOS ESPECIAIS

SOMA

PERÍODOS ESPECIAIS 15, 20 OU 25 ANOS

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CONVERSÃO DE TEMPO

• Entende-se por conversão de tempo de serviço o meio pelo qual os

períodos de atividades sob condições especiais, com diferentes

referenciais, são convertidos, aplicando-lhes fatores de

equivalência correspondentes, de modo a torná-los iguais.

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ALTERAÇÃO NA CONVERSÃO. LEI 9.032/95

DE TEMPO ESPECIAL

PARA TEMPO

ESPECIAL

DE TEMPO COMUM

PARA TEMPO ESPECIAL

(REVOGADA EM 28/04/95)

DE TEMPO ESPECIAL

PARA TEMPO

COMUM

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CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL PARA TEMPO ESPECIAL

Tempo a Converter

Multiplicadores

Para 15 Para 20 Para 25

De 15 anos - 1,33 1,67

De 20 anos 0,75 - 1,25

De 25 anos 0,60 0,80

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CONVERSÃO TEMPO ESPECIAL EM TEMPO COMUM

TEMPO A CONVERTER

MULTIPLICADORES

MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33

DE 20 ANOS 1,50 1,75

DE 25 ANOS 1,20 1,40