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3SÁBADO 6, OUTUBRO, 2012

Curtas

Ministério da Cultura anuncia criação de editais para negros

Em virtude da comemoração do Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, a ministra da Cultura Marta Suplicy anunciou que a pasta lançará na data editais para beneficiar produtores e criadores afrodescendentes. "É para negros serem prestigiados na criação, e não apenas na temática", afirmou a ministra. A decisão foi tomada na última quinta em reunião com a ministra Luiza Bairros (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e com membros do MinC, como o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Antonio Grassi.

De acordo com o jornal Destak, o cantor e compositor Elton John fará apresentações no Brasil em março do ano que vem. O músico inglês chega na primeira quinzena do mês para realizar apresentações em lugares a serem definidos. No ano passado, o artista foi uma das principais atrações do festival Rock in Rio. Seu mais recente álbum chama-se The Union, disco que fez em parceria com Leon Russell.

A Panini lançará em novembro o livro Cavaleiro das Trevas - Apetrechos, Armas, Veículos e Documentos da Batcaverna (112 páginas, capa dura, R$ 87,00). Trata-se de um especial sobre a trilogia cinematográfica do Homem-Morcego de Chris Nolan. Recheada de fotos, a publicação trará fac-similes removíveis, como plantas do batcaverna e de Gotham, cartas de baralho do Coringa, série de adesivos e perfis dos personagens.

Adele divulgou em seu site oficial (www.adele.tv), neste final de semana, a versão completa da música 'Skyfall', tema do 23º filme de James Bond, 007 Operação Skyfall, que estreia no Brasil no dia 2 de novembro. A canção foi composta pela própria artista e por Paul Epworth, que produziu e também escreveu 'Rolling in the deep, seu o maior sucesso. É o primeiro single da cantora britânica desde seu último disco, 21, lançado no ano passado e que vendeu mais de 22 milhões de cópias ao redor do mundo. Entre os artistas que participaram dos filmes de James Bond estão nomes como Tom Jones, Madonna, Shirley Bassey e Duran Duran.

Depois de viver 'o segundo melhor jornalista do Cazaquistão' em Borat (2006) e um homossexual em busca dos seus 15 minutos de fama em Brüno (2009), o ator Sacha Baron Cohen planeja produzir e estrelar uma comédia intitulada The Lesbian. De acordo com o site Deadline, Baron Cohen está desenvolvendo um projeto na Paramount Pictures com base no caso verídico do bilionário chinês que ofereceu US$ 65 milhões para um homem para se casar com a sua filha lésbica. A mais recente produção do comediante no cinema, O Ditador, arrecadou cerca de US$ 177 milhões em bilheteria pelo mundo.

Elton John fará show no Brasil em março

Livro da trilogia do Batman será lançado no Brasil

Adele lança 'Skyfall', tema do novo '007'

Baron Cohen viverá lésbica em comédia

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Ricardo Oliveira

A explosão de hits da mú-sica gospel no Brasil começa a consolidar um mercado defi-nitivo, profissional e organiza-do. Nomes como Aline Barros e Thalles Roberto compõem um cenário envolvendo não só discos para o largo segmento evangélico, mas eventos, pre-miações, programas de TV e muitas vendas.

Para toda tendência pop, há uma faceta alternativa não revelada. Foi no último fim de semana em Recife (PE) que um evento demarcou esse novo território: a Conferência Oxi-gênio, promovida pela Plano B.

Acontecendo em datas pró-ximas e no mesmo local de um festival consolidado no Brasil, o No Ar: Coquetel Molotov, a Oxigênio chegou à sua 3ª edi-ção.

Foi em 2012 que o evento marcou sua curadoria musical delimitando convites a alguns artistas que compõem o qua-dro de música independente, feita por cristãos em busca do distanciamento do rótulo gospel e uma nova forma de enxergar a arte que produzem.

Mais de 2 mil jovens de 17 a 30 anos estavam por lá, ga-rantindo que há público para assistir desde dinossauros do rock cristão nacional, como os paulistas do Resgate, até Lucas Souza, Tanlan e os americanos do Leeland.

“Tendo uma experiência cristã no dia a dia, a gente pode e deve ter a liberdade de cantar outros temas”, afirma Marcos Almeida, cantor e compositor da Palavrantiga. Marcos e a banda se tornaram referência de um projeto em busca de ampliar horizontes fora da igreja. Sua música chamou a atenção de Henrique Portugal, tecladista do Skank, e da dupla Christian e Ralf - que regravou a canção “Casa”, da banda.

UMBANDA MUSIC?Em sua oficina na confe-

rência, Marcos propôs pontes entre cristianismo e música brasileira, mostrando como canções de Nelson do Cava-quinho (‘Juízo Final’) refletem uma fé cristã na arte que de-veria ser reencontrada pelos evangélicos.

“Apenas no Brasil se ca-tegoriza um gênero musical pela definição religiosa”, ana-

lisa o cantor, notando que existe rock gospel, reggae gos-pel, tudo gospel. “Desse jeito, muitas das músicas de Cae-tano, Gil ou Céu deveriam se enquadrar na categoria ‘Um-banda Music’. Não faz sentido”, afirma.

Certo de que música de-veria ser percebida apenas como música, Marcos lembra que muito disso se deve a uma segmentação feita pelo próprio evangélico. “É o ‘evangeliguês’ que nos mantém cada vez

mais no gueto e longe da rua, das pessoas”, reforça o cantor.

“Evangeliguês” é o neolo-gismo que o grupo usa falando dos clichês da música gospel, no geral focada em temáticas herméticas e compreensíveis apenas por quem transita no caminho religioso.

Junto a bandas como Tan-lan, Aeroilis ou o recifense Fe-lipe Flakes, o coro é de renova-ção e respeito ao que já foi feito no passado. “A gente parece se alinhar àqueles artistas do pre-

-movimento gospel nos anos 80. Estamos tentando evoluir naquilo que eles deixaram”, lembra Marcos se referindo a cantores como Vencedores Por Cristo (de ontem) e João Ale-xandre (de hoje).

“Eu vou continuar chaman-do a minha música de brasilei-ra, de rock nacional e sem me importar muito com os rótulos do mercado”, completa o can-tor do Palavrantiga, que lança seu segundo CD pela Som Li-vre ainda este mês.

Aleluia! Indies no palcoDentro do mundo gospel, vertente roqueira alternativa ganha força pregando o bem sem 'papo de crente'

SEMANA QUE VEM

Campina vaiganhar teatro lambe-lambe

Tarcísio Araújo

A Secretaria de Cultura de Campina Grande preparou uma programação especial na semana em que se comemora o dia da criança e o aniversá-rio da cidade.

A agenda será iniciada na próxima terça-feira com o lançamento do 'Teatro Lam-be-Lambe', às 9h na Casa Me-morial Severino Cabral, com encenação de duas peças para 40 estudantes da rede municipal de ensino.

Em duas caixas cênicas em miniaturas, os alunos po-derão assistir os espetáculos 'A Senhora Viúva',coordenado por Corrinha dos Bonecos, e 'O Menino e o Cão', dirigida por Gercílio Barbosa.

Os estudantes assistirão às encenações feitas através da manipulação dos bone-cos. 'A Senhora Viúva' conta a história de uma senhora que após a morte do marido passa a imaginar que ganhou uma casa e cria todo um mundo imaginário.

Já 'O Menino e o Cão' rela-ta a relação de amizade entre um garoto e um cão que tinha apenas três patas.

Segundo a secretária de Cultura de Campina Grande, Eneida Agra Maracajá, o Te-atro Lambe-Lambe ganhou impulso em Campina Gran-de após uma oficina realizada pela Companhia Andante de Santa Catarina para artistas campinenses durante a pro-gramação do Festival de In-verno deste ano.

“O Teatro Lambe-Lambe é um espaço cênico miúdo que se agiganta quando a função acontece. É a poesia que do-mina o coração e os sentidos do espectador”, afirmou Enei-da.

O 'Teatro Lambe-Lambe' é uma caixa cênica em minia-tura, independente e itine-rante, adaptação das máqui-nas fotográficas chamadas “lambe-lambe” que povoaram as praças brasileiras no início do século 20.

EXPOSIÇÃONo mesmo dia, a partir

das 16h30, também será aber-ta a exposição 'Vida e Obra do poeta e político Félix Araújo'. A exposição será realizada no Museu Histórico de Campina Grande.

'Pós-gospel' dispensa catarse religiosa“O dono do lugar se impres-

sionou quando viu que a gente não dava prejuízo no bar”, afirma Fernando Garros, baterista da banda gaúcha Tanlan.

O relato é de quando os ra-pazes certa vez foram convidados a tocar num bar, no Maranhão. Por lá, fizeram o show, agradaram o público e surpreenderam o dono do local.

Sem fazer do show um culto

com catarses religiosas, a apre-sentação da Tanlan foi a me-lhor da conferência Oxigênio, tocando num espaço menor, para 300 pessoas.

Refrões como “O amor, louco é o amor / Desfaz a dor trans-formando tudo / O amor, não há outro / Como o amor mais louco do mundo” mostram o que a banda quer dizer, para o bom entendedor.

Com influência do rock de refrões pop de bandas como Foo Fighters e Switchfoot, a Tanlan chega ao seu 2º álbum, Um Dia a Mais, em 2012. O disco está dis-ponível para ouvir gratuitamente no site www.tanlan.com.br.

Rayssa Ares, 25, relações pú-blicas de João Pessoa que estava presente na conferência, afirma que o som de bandas como Tanlan e Leeland a agrada mais que o

gospel que chega ao topo das rá-dios. “Elas me fazem sentir uma sede de refletir, de fazer coisas novas”, ressaltando o fato de en-contrar mais poesia e menos clichês no som das bandas pre-sentes no evento.

Zé Bruno, vocalista da banda Resgate que tem mais de 20 anos de estrada, publicou texto no Fa-cebook elogiando a Tanlan, logo após a Oxigênio. Criticando o

saturado mercado gospel de so-luções fáceis, parodiou Arnaldo Antunes, sendo esperançoso sobre o que vem por aí: “Cópia, versão, fé, enlatados / Revelação, mais unção, e o pré-fabricado / Mexas, bárbies, clipes, relógios dourados / Tiques, Sarzedas e Disney, au-ditório animado / Mas o pulso ainda pulsa (graças a Deus) / O pulso ainda pulsa”. (Especial para o JP)

ROCK 'N ROLL. No alto, americano Leeland se apresenta no Recife em evento que ainda teve Tanlan (acima) e Resgate (abaixo); Marcos, do Palavrantiga (dir.): só no Brasil se caracteriza um gênero musical pela religião

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