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Sistemas de cofragem ESCORAMENTO É O CONJUNTO DE CONSTRUÇÕES PROVISÓRIAS, EM GERAL CONSTITUÍDAS POR PEÇAS ACOPLADAS E DEPOIS DESMONTÁVEIS, DESTINADAS A SUPORTAR O PESO DE UMA ESTRUTURA PERMANENTE DURANTE SUA EXECUÇÃO, ATÉ QUE ESTA SE TORNE AUTOPORTANTE. FICA ABAIXO DO INTRADORSO DOS VIGAMENTOS, SERVE PARA SUPORTAR CARGAS VERTICAIS E HORIZONTAIS CONFORME A ESTRUTURA, OS EQUIPAMENTOS, OS AGENTES NATURAIS, ETC.. Tipologias Segundo a orientação Vertical ou Horizontal Escoramento Entivação

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Sistemas de cofragem

ESCORAMENTO

É O CONJUNTO DE CONSTRUÇÕES PROVISÓRIAS, EM GERAL CONSTITUÍDAS

POR PEÇAS ACOPLADAS E DEPOIS DESMONTÁVEIS, DESTINADAS A SUPORTAR O PESO

DE UMA ESTRUTURA PERMANENTE DURANTE SUA EXECUÇÃO, ATÉ QUE ESTA SE

TORNE AUTOPORTANTE. FICA ABAIXO DO INTRADORSO DOS VIGAMENTOS, SERVE

PARA SUPORTAR CARGAS VERTICAIS E HORIZONTAIS CONFORME A ESTRUTURA, OS

EQUIPAMENTOS, OS AGENTES NATURAIS, ETC..

Tipologias

Segundo a orientação

Vertical ou Horizontal

Escoramento Entivação

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Segundo o Material

Madeira Metálico

ESCORAMENTO EM MADEIRA

Prumos de eucaliptos jovens (secção circular), não devem ter falhas que

reduzam a secção ou rachas

Prumos em pinho bravo (secção rectangular: 0.10 m x 0.07 m)

DESVANTAGENS

Dificuldades de alinhamento e aprumo

Dificuldades de emendas

Sofre ataques de insectos

Características mecânicas variáveis

Capacidade de carga desconhecida

Alto risco de alimentar incêndios na obra

Maior despesa com mão-de-obra

Maior gasto de tempo

ESCORAMENTO METÁLICO

Componentes muito leves e de alta resistência;

Reduzido número de componentes e montagem rápida;

Elevada segurança e estabilidade;

Elevada rentabilidade;

Facilmente adaptável a diferentes alturas e larguras.

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VANTAGENS

Maior reaproveitamento do equipamento (SISTEMA MODULÁVEL)

Elevada resistência no suporte de carga em relação ao seu peso próprio

Não necessita de trabalhos suplementares para aplicação em obra

Grande rapidez na montagem e de simples manuseio

Campo de aplicação

Demolições;

Abertura de valas;

Cofragem dos elementos estruturais;

Etc...

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FUNDAÇÕES

MUROS DE SUPORTE

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PILARES

O escoramento dos pilares deve garantir a dissipação dos esforços de tracção

que ocorrem na cofragem durante a betonagem e que podem levar ao derrube do

pilar.

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O reforço pode ser feito de modo indirecto através de prumos adicionais e

esticadores presos com castanhas, ou mesmo com molduras (gravatas) em madeira ou

metálicas.

VIGAS

Os escoramentos devem ser:

Económicos

Resistentes

Modulares

Adaptáveis

Ajustáveis

Reutilizáveis

Fáceis de montar

Fáceis de transportar

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PRINCÍPIOS DO ESCORAMENTO:

O EIXO DAS ESCORAS DEVE SER COINCIDENTE COM O EIXO DAS CARGAS. O

DESVIO MÁXIMO ADMITIDO É:

D < h / 500

PARA QUE AS ESCORAS FUNCIONEM CORRECTAMENTE E PARA QUE NÃO SE

DEFORMEM POR ENCURVAMENTO, DEVEM TER LIGAÇÕES RÍGIDAS ENTRE SI

AS ESCORAS DEVEM MANTER-SE DESEMPENADAS POIS QUALQUER FLECHA

REDUZ DE MANEIRA SIGNIFICATIVA A SUA RESISTÊNCIA. O CONTROLO DAS

DEFORMAÇÕES VERTICAIS DURANTE A BETONAGEM, DEVERÁ SER FEITO COM

DEFLECTÓMETROS OU COM NÍVEL DE PRECISÃO.

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Equipamentos

Escoramento em madeira

Ferramentas utilizadas:

Serrote

Fita métrica

Nível

Martelo

Fio-de-prumo

Escoramentos metálicos

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ANOMALIAS OU ERROS DE EXECUÇÃO

As anomalias ocorrem devido a uma execução defeituosa. As principais causas

são:

Remoção inadequada;

Instabilidade;

Fundações.

O escoramento deverá impedir que ocorram deformações prejudiciais na forma

e secção dos elementos a betonar e esforços no betão na fase de endurecimento que

possam condicionar o bom desempenho e a durabilidade da estrutura.

Segurança

Devem ser considerados os seguintes aspectos:

1. Peso próprio da estrutura ou da parte a ser suportada por um determinado

elemento estrutural

2. Cargas devidas a cofragens ainda não retiradas de outros elementos

estruturais;

3. Sobrecargas de execução, como movimentação de operários e material sobre o

elemento estrutural;

4. Operações particulares e localizadas de retirada das cofragens (como locais de

difícil acesso);

5. Condições ambientais a que será submetido o betão após a retirada das

cofragens e condições de cura;

6. Possíveis exigências relativas a tratamentos superficiais posteriores.

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Cofragens

É extremamente importante saber escolher os sistemas de cofragem

adequados, pois ao fazê-lo, automaticamente condicionam-se os custos de fabrico de

betão armado.

Ao optar pela solução mais adequada às necessidades da obra e aplica-la

correctamente pode reduzir ao mínimo os custos de produção.

As cofragens são moldes para dar forma, garantir o confinamento do betão fluido

até ao seu endurecimento (cura do betão) e auto-sustentação, aos elementos de betão

armado, nomeadamente:

Sapatas;

Lajes;

Paredes;

Pilares;

Vigas;

Muros de suporte;

Escadas.

CARACTERÍSTICAS EXIGIDAS ÀS COFRAGENS:

Fácil betonagem e descofragem;

Permitir que o betão preencha todos os espaços vazios;

Permitir a correcta vibração do betão;

Utilização de um certo número de vezes (reutilização) com poucas reparações;

Fácil limpeza dos moldes;

Resistência às tensões provocadas pelo processo construtivo (betonagem,

vibração e bombagem).

Manter betão com forma pretendida (indeformabilidade e desempeno da

superfície) até ao seu endurecimento;

Garantia da integridade do elemento estrutural;

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Cofragem e juntas entre placas e painéis suficientemente estanques para

impedir a perda dos finos (estanqueidade);

Se a cofragem for utilizada para produzir superfícies de betão à vista, o

tratamento da superfície da cofragem deverá viabilizar a obtenção do

acabamento prescrito.

Cofragens

Perdidas Recuperáveis

Estruturais ou

colaborantes

1. Tradicionais

Não estruturais ou

não colaborantes

2. Tradicionais

melhoradas

3. Racionalizadas Pesadas ou

monolíticas

Semi-

desmembráveis

Ligeiras ou

desmembráveis

4. Especiais

As cofragens recuperáveis constituem o grupo maior de sistemas de cofragens,

uma vez que permitem uma maior rentabilização do investimento feito na sua

aquisição / fabrico. Compreendem, as tradicionais (em madeira), as tradicionais

melhoradas (através da introdução da normalização e de novos materiais), as

racionalizadas (ou modulares) e as especiais (mais indicadas para estruturas especiais).

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1. Utilizadas para a execução de qualquer elemento de betão armado,

nomeadamente lajes, vigas, pilares, escadas, muros, paredes e sapata.

A madeira é ainda o material mais utilizado nas cofragens tradicionais pelas seguintes

razões:

É abundante na natureza estando desde logo praticamente apta a ser utilizada;

É um material com resistência significativa e leve, o que facilita o seu

transporte movimentação na obra;

É fácil de cortar e ligar;

Permite a obtenção de boas superfícies de acabamento;

É relativamente barato, mesmo tendo em conta a mão-de-obra subsequente;

É passível de ser transformado industrialmente em outros materiais para

cofragens (aglomerado de madeira e contraplacado marítimo);

Garante um bom isolamento térmico ao betão fresco.

VANTAGENS

Realização de peças sobre qualquer forma geométrica;

Em obras em que a sua dimensão e/ou arquitectura não proporcionam grande

facilidade para aplicação de sistemas racionalizados.

DESVANTAGENS

Pequeno número de reutilizações;

Forte incidência de mão-de-obra;

Elevados tempos de cofragem e descofragem;

Dificuldade de limpeza dos moldes.

Pela sua fácil utilização e relativo baixo custo, o prumo tubular metálico é já muitas

vezes conjugado com as cofragens tradicionais.

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2. Surgem como uma resposta à necessidade de modificar o processo de

cofragem e descofragem no sentido de o tomar mais fácil e rápido de

executar. A evolução dos sistemas de cofragens levou à modulação dos

seus componentes, para alcançar uma maior produtividade.

Este sistema introduziu alguns elementos de natureza diferente dos que são

utilizados nos sistemas tradicionais, tais como:

Prumos metálicos ajustáveis em altura e vigas metálicas extensíveis

em substituição de prumos e de vigas de madeira, respectivamente;

Painéis de cofragem - racionalização;

Painéis reforçados e/ou de outros materiais, tais como

contraplacado plastificado e solho tosco revestido com fibra de

madeira;

Melhoria dos sistemas de fixação / contraventamento.

3. As cofragens racionalizadas ou modulares são constituídas por

elementos normalizados, fabricados em materiais que admitem um

elevado número de reutilizações, e entre si ligados de modo a

permitirem uma fácil montagem e desmontagem. Distinguem-se das

anteriores na medida em que foram concebidas deliberadamente por

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forma a aumentar a sua rentabilidade, sobretudo com base numa

normalização de dimensões e processos de montagem e desmontagem.

Assim, de acordo com o peso crescente das unidades elementares que

constituem os sistemas, ter-se-á as cofragens ligeiras ou desmembráveis, as semi

desmembráveis e as pesadas ou monolíticas.

De acordo com o peso crescente das unidades elementares que constituem os

sistemas, ter-se-á:

Cofragens ligeiras ou desmembráveis

Estes sistemas são os que contemplam uma separação entre os elementos de

suporte e os de cofragem, sendo que estes últimos são desmembrados em módulos.

Apresenta-se, dentro dos três sistemas racionalizados, como o de maior

facilidade de transporte, o mais versátil e flexível adaptando-se facilmente a várias

formas geométricas.

Podemos subdividir este tipo de cofragens em 3 subgrupos:

Sistema em painéis para paredes, pilares e vigas;

TIPOS

Em função dos materiais utilizados no quadro de suporte e no seu revestimento,

estes sistemas podem ser classificados em:

a) SISTEMA DE CONTRAPLACADO COM QUADRO EM AÇO GALVANIZADO

b) SISTEMA DE CONTRAPLACADO COM QUADRO EM ALUMÍNIO

c) SISTEMA DE CONTRAPLACADO COM VIGA DE MADEIRA

d) SISTEMA DE QUADRO E REVESTIMENTO METÁLICOS

Descrição das etapas de um ciclo de execução de paredes:

1. Marcação no piso da posição das paredes;

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2. Colocação das armaduras e dos negativos de abertura - sempre que

possível, devem ser previamente preparados os painéis de armaduras,

no estaleiro de obra;

3. Colocação dos painéis de cofragem, com a face em contacto com o

betão coberta com produto descofrante, e colocação dos respectivos

elementos de suporte;

4. Ligação dos painéis entre si e entre painéis das duas faces da parede,

utilizando os acessórios, acima referidos;

5. Betonagem das paredes, com acompanhamento da vibração do betão;

6. Descofragem das paredes, após o betão ter a resistência suficiente;

7. Limpeza dos painéis de cofragem.

Etapas de construção de um pilar

1. Marcação do posicionamento do pilar no piso;

2. Colocação das armaduras in-situ; estas devem ser previamente preparadas no

estaleiro, para permitir maior rapidez na montagem;

3. Colocação dos painéis de cofragem do pilar, e ligação entre eles; estes devem

ser aprumados nas duas direcções, o que é feito com auxílio de escoras; antes

da colocação dos painéis, é conveniente utilizar produto descofrante;

4. Betonagem do pilar e respectiva vibração do betão; a colocação do betão deve

ser feita de modo a não causar segregação do betão;

5. Descofragem do pilar, após o betão ganhar presa;

6. Limpeza dos painéis de cofragem.

Execução de uma viga com painéis ligeiros de cofragem

1. Marcação da cota da base da viga nos pilares e/ou paredes;

2. Colocação da cofragem da viga, com o respectivo escoramento; previamente, a

cofragem deve ser preparada com produto descofrante; os painéis devem ser

convenientemente aprumados e ajustados para as respectivas dimensões da

viga;

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3. Montagem das armaduras, sobre o molde de cofragem;

4. Betonagem da viga com a devida vibração do betão;

5. Após o betão ganhar resistência suficiente, retiram-se os painéis laterais,

podendo ficar os prumos, ainda durante mais alguns dias;

6. A seguir à descofragem, deve-se proceder à limpeza dos painéis de cofragem.

Sistema em painéis para lajes;

Decompõem-se nos seguintes elementos: prumos (para pés-direitos muito

elevados, pode-se recorrer a cimbres, longarinas (vigas principais), carlingas (vigas

secundárias) e painéis de cofragem. Revelam-se como sistemas muito económicos

sobretudo na realização de lajes fungiformes maciças ou aligeiradas devido à rapidez e

facilidade de montagem/desmontagem.

Montagem de sistemas modulados para lajes

1. Marcação da cota de nível do fundo da laje nos pilares e/ou paredes;

2. Definição do local onde serão colocados os prumos (existem sistemas com

calhas que facilitam bastante esta tarefa;

3. Colocação dos prumos com a altura correcta (na situação em que os prumos

têm tripé de apoio e alavanca de aperto, esta operação é facilitada;

4. Colocação das longarinas (vigas principais) apoiadas nos topos dos prumos e

respectivo nivelamento;

5. Colocação de apoios intermédios;

6. Colocação das carlingas sobre as longarinas;

7. Quando os painéis de cofragem e os negativos das aberturas estiverem

colocados, pode iniciar-se a colocação da armadura, seguindo-se a betonagem;

Desmontagem do sistema modular:

1. Retiram-se os apoios intermédios;

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2. A cofragem é descida com a ajuda de cabeças rebaixáveis que o topo superior

do prumo tem;

3. Deste modo, cria-se folga suficiente para tombar as carlingas (vigas

secundárias) e retirá-las, assim como aos painéis de cofragem;

4. Finalmente, retiram-se as vigas principais e os tripés após o que os painéis são

limpos.

Sistema em painéis para fundações

São idênticos aos utilizados em paredes e pilares, sendo ligados entre si por:

Viga rigidificadora;

Barra Dywidag;

Grampos;

Porcas de placa giratória;

Espaçadores.

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Tintas

As tintas são aplicadas sobre as superfícies de madeira, metais e superfícies

rebocadas como uma camada de protecção e ao mesmo tempo para obter a aparência

agradável. São aplicadas na forma líquida e depois de algum tempo com a evaporação

do componente volátil e endurecimento do revestimento actua como uma camada

protectora.

Constituintes das Tintas

Os componentes essenciais de tintas são:

1. Base

2. Veículo

3. Pigmentação

4. Secante

5. Diluente

1. Bases: Componente principal de pintura. Ele também possui as propriedades de

ligação. Ele forma um revestimento opaco. Bases comummente usadas para tintas são

o branco de chumbo, chumbo, vermelho, óxido de zinco, óxido de ferro, titânio,

alumínio em pó branco, e Litófilo. As tintas com chumbo são adequadas para pintura

ferro e siderúrgicas, já que aderem a esses tipos de materiais. No entanto, são

afectadas pela acção atmosfera e, portanto, não devem ser utilizadas como

revestimento final. Apesar de o zinco formar uma boa base, é caro. Litófilo, que é uma

mistura de sulfato de zinco e barite, é barato. Dá boa aparência, mas é afectado pela

luz do dia, por isso, é utilizado unicamente para obras interiores

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2. Veículos: Os veículos são as substâncias líquidas que mantêm os ingredientes de

uma tinta em suspensão líquida e permitem-lhes ser aplicadas sobre a superfície a ser

pintada. O óleo de linhaça, óleo de tungue e óleo de amendoim são utilizados como

veículos de tintas. Dos quatro óleos anteriores, o óleo de linhaça é muito utilizado

como veículo. Ebulição torna o óleo mais grosso e mais escuro. O óleo de linhaça reage

com o oxigénio e endurece, formando uma película fina.

3. Pigmentação: Os pigmentos dão a cor necessárias às tintas. São partículas finas e

têm um efeito de reforço na película fina das tintas e são geralmente compostos

metálicos naturais. Os pigmentos comuns para a diferentes cores são:

Branco: Dióxido de titânio (rutilo e anatase) e óxido de zinco;

Preto: Negro de fumo e óxido de ferro preto;

Amarelo: amarelo hansa e amarelo de cromo;

Laranja: Laranja de cormo, laranja de molibidato e laranja azo;

Vermelho: Óxido de ferro, vermelho toluidina, vermelho de cinquásia e

vermelho de molibdato;

Violeta: Violeta cinquásia;

Verde: Verde de cromo e verde ftalocianina;

Azul: Azul prússia e azul ftalocianina;

Metálico: Pó de alumínio com folhamento e sem folhamento

4. Os secantes: São compostos de metais como chumbo, manganês, cobalto. A função

de um secante é de absorção de oxigénio do ar e fornecê-lo ao veículo para

endurecimento. O secador não deve ser adicionado até que a tinta está prestes a ser

utilizada. O secador em excesso é prejudicial, porque destrói a elasticidade e provoca

escamação.

5. O diluente: É conhecido também como solvente. Torna a tinta mais diluída e daí

aumenta a cobertura. Ajuda no espalhamento da pintura de maneira uniforme sobre a

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superfície, Terpentine e neptha são comummente utilizadas como diluentes. Após a

tinta aplicada, o diluente evapora e a tinta seca.

Propriedades de uma Tinta Ideal

1. Deve ser possível aplicar de forma fácil e livremente.

2. Boa opacidade ou poder obliterante

3. Deve secar num tempo razoável.

4. Deve formar uma superfície dura e resistente.

5. Não deve ser prejudicial para a saúde dos trabalhadores.

6. Não deve ser facilmente afectada pela atmosfera.

7. Boa aderência, a aplicabilidade e a consistência

8. Deve possuir aparência atractiva e agradável.

9. Deve formar uma película fina de natureza uniforme, ou seja, não deve

quebrar.

10. Deve ser barata.

Quadro 1 - Teor de COV (Massa de compostos orgânicos voláteis expressa em g/l na

formulação do produto pronta a utilizar)

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.

Tipos de Tintas

Dependendo dos seus componentes, existem vários tipos de as tintas. Uma descrição

sucinta de algumas delas que são normalmente utilizadas são as seguintes:

Tintas de emulsões

Tintas vínílicas, vinil acrílicas, acrílicas, estireno-acrílicas, etc. Tintas de

acabamentos usadas em superfícies de alvenaria, indicadas para uso interno e externo.

Á base de água, secagem rápida, fácil aplicação, óptima cobertura e resistência

às intempéries e ao mofo.

Excelente lavabilidade e retenção de cor quando exposta ao tempo.

Pode ser aplicada em superfícies de alvenaria, reboco, concreto, fibrocimento

etc. e também em madeira, metais e gesso, desde que previamente

preparados.

Secagem / nº demãos: aplicar de duas a três demãos, com intervalo de

secagem de 3 a 4 horas.

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Tinta a óleo

Estas tintas são aplicadas em três demãos de primário, sub-camada e camada de

acabamento. A presença de humidade durante a aplicação do primário afecta

negativamente a vida de tinta a óleo. Esta pintura é barata e fácil de aplicar.

Com óptima resistência às intempéries, de fácil aplicação, boa cobertura e

flexibilidade.

Excelente aderência em vários tipos de superfícies.

Pode ser aplicada em superfícies externas e internas de metais, madeira e

alvenaria (desde que previamente preparadas com as tintas de fundo

indicadas).

Secagem / nº demãos: aplicar de duas a três demãos, com intervalo de

secagem de 24 horas.

Tinta esmalte

Contém chumbo branco, óleo, éter de petróleo e material resinoso. A superfície

fornecida tem boa resistência a ácidos, alcalóides e água. É desejável que se aplique

uma camada de titânio branco antes do revestimento de esmalte ser aplicado. Pode

ser usada tanto para paredes externas e internas.

À base de solvente com boa cobertura, bom alastramento e óptima resistência à

humidade. Pode ser aplicada em exteriores interiores de madeira, metal, alumínio e

alvenaria. Aplicar duas a três demãos, com intervalo de secagem de 24 horas.

Base solvente com boa cobertura, bom alastramento e óptima resistência ao

mofo.

Pode ser aplicado em superfícies externas e internas de madeira, metais,

alumínio e alvenaria.

Secagem / nº demãos: aplicar de duas a três demãos aguardando intervalo de

secagem de 24 horas.

Tintas betuminosas

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Este tipo de pintura é fabricado pela dissolução de asfalto ou de betume em

óleo vegetal ou de petróleo. É de cor preta. É utilizada para trabalhos em ferro pintura

debaixo de água.

Tinta Borracha sintética

A tinta é preparada a partir de resinas. Seca rapidamente e é pouco afectada

pelo clima e da luz solar. Resiste bem ao ataque químico. Esta pintura pode ser

aplicada mesmo em betão fresco. O seu custo é moderado e pode ser facilmente

aplicada.

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Tinta Alumínio

Contém alumínio finamente moído ou óleo de verniz. Ela é também visível no

escuro. As superfícies de ferro e aço são bem protegidos com esta pintura. É

amplamente utilizado para a pintura tanques de gás, tubulações de água e

reservatórios de óleo.

Tinta anticorrosiva

É constituída essencialmente por petróleo, um forte secante, chumbo ou zinco

de cromo areia finamente moída. É barata e resiste bem à corrosão. É de cor preta.7

Tinta látex acrílica

A base de resina acrílica aumenta sua resistência, por isso é a melhor para exteriores e

também a mais cara.

Fácil de limpar, faz sucesso dentro de casa. Use em concreto, fibrocimento, reboco,

massa acrílica, gesso, telhas e textura. Acabamentos: fosco, semibrilho e acetinado.

Tinta Látex PVA

À base de água, de secagem rápida, fácil aplicação, óptima cobertura e resistência às

intempéries e à humidade. Apresenta uma excelente lavabilidade e conservação da cor

com o passar do tempo.

Pode ser aplicada em superfícies em superfícies de alvenaria, reboco, betão,

fibrocimento, etc. e também em madeira, metais e gesso, desde que previamente

preparados.

Deve aplicar-se duas a três demãos com intervalo de secagem de 3 a 4 horas.

Tinta acrílica

À base de água, com consistência de massa, boa cobertura, fácil aplicação e secagem

rápida.

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Proporciona acabamentos com efeitos especiais ou desenhos em alto e baixo-relevo.

Pode ser aplicada em superfícies exteriores de alvenaria, reboco e betão. Pode

também ser aplicada em madeiras e metais previamente preparados.

Apresenta a vantagem de disfarçar as irregularidades e as imperfeições das superfícies

em que é aplicada.

Tinta epóxi

De base sintética, soma dois componentes, misturados na aplicação, feita de

preferência por um profissional.

Com alta resistência à humidade, serve para paredes e pisos de betão, reboco, azulejo,

metal e madeiras não resinosas.

Aplicação

A boa aplicação de uma tinta depende de vários factores relacionados com:

A base de aplicação que deve ser: seca, limpa, e convenientemente preparada.

Condições atmosféricas (tempo seco, evitar a humidade, sol forte e o frio)

A tinta utilizada (perfeitamente homogénea, convenientemente formulada e

adequada ao fim pretendido)

Com o processo de aplicação (o tempo entre camadas deve ser o especificado e

a técnica de aplicação a conveniente)

A primeira demão de tinta a aplicar, sobre a do aparelho, deve ser constituída do

seguinte modo, para estuques ou alvenarias rebocadas:

- 1 Kg de tinta em pasta, empregam-se 500 g de óleo de linhaça, 400g de

aguarrás e 100g de secante.

A preparação da superfície a ser pintada é a parte mais importante da pintura, não

deve conter vestígios de óleo ou resíduos da pintura.

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Conservação das Fachadas

Factores de degradação

Ambientais e Acção Mecânica

• Água

Provoca erosão

Congela nos poros superficiais e provoca fissuração

Dissolve sais que atacam a superfície do betão

• Variações bruscas temperaturas

• Ciclos Gelo -Degelo

• Vento (Erosão)

• Radiação Solar (UV)

UV- A : 400 a 315 nm

UV- B : 315 a 280 nm

Degradação dos Polímeros

Farinação

• Partículas ( Poeiras, Areia…)

Biológicos

• Microorganismos

Acção Química

• Poluentes Atmosféricos (CO2,SO2..)

• Sais (Eflorescências)

• Depósitos de sais formados na superfície do betão ou argamassas de

cimento provenientes de substâncias solúveis que precipitaram por

reacções de evaporação.

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Condição para causa das Eflorescências:

Presença de água nos poros e capilares

Presença de sais solúveis nos materiais construção

Presença de caminhos de fácil migração dos sais solúveis para a superfície

e consequente evaporação da água.

Estruturais

• Sobretensões

• Juntas

Normas Europeias

EN 1062 -1 – Produtos de Pintura e esquemas de pintura a aplicar em

alvenarias e betão no exterior (Parte 1 -Classificação)

EN 1504 - 2 – Produtos e Sistemas para a protecção e reparação de estruturas

de betão (Parte 2 - sistemas de protecção superficial)

Produtos de Pintura e esquemas de pintura a aplicar em

alvenarias e betão no exterior

EN 1062-1

• Descrição natureza química do ligante

• Descrição segundo o estado de dissolução ou dispersão do ligante no produto

de pintura

• Grau de brilho

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• Espessura película seca (em função rendimento indicado pelo fabricante)

• Granulometria

• Permeabilidade ao vapor de água

• Permeabilidade à água liquida

• Crack Bridging (Capacidade suportar microfissuração do substrato)

• Permeabilidade ao CO2

EN 1504 - 2 – Métodos de protecção superficial

Princípio P1- Protecção contra a penetração do betão de agentes agressivos

Características :

• Permeabilidade ao vapor de água

• Permeabilidade à água

• Permeabilidade ao CO2

• Aderência por tracção

Revestimento para Fachadas – Siloxano

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• Alta permeabilidade ao vapor de água

• Baixa permeabilidade à água líquida

• Boa resistência no exterior

• Tons claros e médios

• Aplicação possível sobre pinturas antigas

• Repintura edifícios históricos

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Revestimento para Fachadas - Acrílico

• Baixa permeabilidade à água líquida

• Média permeabilidade ao vapor de água

• Elevada resistência à água

• Bom comportamento construções sem grandes defeitos estruturais e/ou

infiltração de água

• Elevada humidade na parede pode formar bolhas

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Revestimento Acrílico para Betão

• Acabamento acetinado

• Espessura elevada

• Permeável ao vapor de água

• Baixa permeabilidade à água líquida

• Baixa permeabilidade ao dióxido de carbono

• Baixa permeabilidade ao ião cloreto

• Pintura de estruturas e paredes de betão e cimento

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Revestimento para Fachadas - Silicato

• Elevada permeabilidade ao vapor de água permeabilidade à água líquida

• Aplicação: Humidade < 80%

• Aplicação Só sobre suportes minerais

• Suporte com diferentes zonas de humidade Cores ligeiramente diferentes

no acabamento (fachada com aspecto manchado)

• Não pode ser aplicada na repintura de tintas convencionais

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Revestimento para Fachadas - Base de cal

• Revestimento mineral

• Ligam-se perfeitamente ao reboco de fundo

• Elevada permeabilidade ao vapor de água

• Elevada permeabilidade à água líquida

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Revestimento para Fachadas : Foto – retículável Acrílico Flexível

• Boa elasticidade resistindo a pequenas fissuras dinâmicas do suporte

• Baixa permeabilidade à água líquida

• Média permeabilidade dia ao vapor de água

• Elevada humidade na parede pode formar bolhas

• Adequados para repintar superfícies fissuradas

Sozinha para fissuras inferiores a 0,3mm

Em combinação com telas adequadas para fissuras de espessura superior

VERNIZES

É uma película de acabamento quase transparente, usada geralmente em

madeira e outros materiais para protecção, profundidade e brilho. Em oposição às

tintas, o verniz não contém pigmento para ressaltar a textura ou cor natural. É

utilizado também como última camada sobre pintura, para protecção e efeito de

profundidade. Aplicada como um líquido, com um pincel ou pulverizador, forma uma

película ao secar em contacto com o ar.

O verniz é uma solução de resinas ou de substâncias resinosas como o âmbar,

copal, goma-laca, etc. resina de goma em solventes como petróleo, álcool, aguarrás,

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etc. Dependendo dos solventes utilizados os vernizes são classificados como, vernizes

oleosos, vernizes aguarrás, vernizes espirituosos e vernizes aquosos.

Características desejáveis para um verniz

1. Dar uma superfície brilhante.

2. Ser durável.

3. Secar rapidamente após a aplicação.

4. Não deve desenvolver rachaduras após a secagem.

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ENVIDRAÇADOS

O vidro é uma substância dura e amorfa, ou seja, sem forma regular ou bem

definida, quebradiça e fabricada pela fusão de uma mistura dos materiais abaixo

mencionados:

A sílica é o

principal constituinte do vidro, adicionada com carbonato de sódio e potássio para

fazer baixar o ponto de fusão. Para torná-lo durável é também adicionado cal ou óxido

de chumbo. Óxido de manganês é adicionado para anular os efeitos adversos do ferro

presente na sílica impura. As matérias-primas são moídas e peneiradas, misturadas em

proporções específicas e derretidas no forno. Em seguida, as peças de vidro são

fabricados por sopro, desenho plano, laminação e prensagem.

Composição do vidro

Dióxido de silica SIO₂ 69% a 74%

Óxido de cálcio CaO 5% a 12%

Óxido de sódio Na₂O 12% a16%

Óxido de magnésio MgO 0% a 6%

Óxido de alumínio Al₂O₂ 0% a 3%

Composição estandardizada para a Europa na EN 572

Parte 1

Page 37: Matne

Propriedades físicas gerais do vidro

Propriedade Simbolo Valores com unidades

Densidade a 18 ⁰C Ρ 2500 Kg/m³

Dureza 6 unidades na escala

deMohs

Modulo de Elasticidade E 7*1010 Pa

Racio de Poisson Μ 0.2

Capacidade específica de

calor

C 0.72*10³ J/(Kg*K)

Coeficiente médio de

expansão térmica

Α 9*106 K-1

Condutibilidade térmica Λ 1 W/(m*K)

Page 38: Matne

Quadro 1 – Propriedades mecânicas comparativas de alguns materiais

Materiais

Módulo de

elasticidade

(daN/cm2)

Tensão de Rotura

Tracção Compressão

(daN/cm2) (daN/cm2)

Aço para construção 20.6*105 3600 a 5100 -

Cobre laminado 11.3*105 1960 a 2260 -

Ferro fundido 9.8*105 1180 a 3130 6850 a 8330

Madeira (pinho) 0.98*105 880 490

Betão 3.5*105 30 350

Vidro recozido 7.2*105 300 10000

Tijolo 1.05*105 - 140

Propriedades importantes do Vidro

1. Absorção, refracção ou transmissão de luz. Pode ser transparente ou

translúcido.

2. É um excelente isolante eléctrico.

3. É forte e frágil.

4. Pode ser fundido, estirado ou prensado.

5. Não é afectado pela atmosfera.

6. Tem excelente resistência a produtos químicos.

7. Disponível em várias cores.

8. Com o avanço da tecnologia, é possível tornar o vidro mais leve que a cortiça

ou mais forte que o aço.

9. Os painéis de vidro podem ser limpos facilmente.

Page 39: Matne
Page 40: Matne

Tipos de Vidro

Vidros recicláveis Vidros não recicláveis

Recipientes em geral

Copos

Garrafas de vários formatos

Cacos

Vidros planos

Espelhos

Lâmpadas

Cerâmica, porcelana

Tubos de TV

De acordo com o número de materiais disponíveis e necessários para fabricar o

vidro, o processo a que se submete a massa de vidro em fusão, obtêm-se produtos

distintos. Os vidros podem ser classificados como:

1. Vidros de Soda-cal:: É principalmente uma mistura de silicato de sódio e silicato

de cálcio. É fundível a baixa temperatura. Na condição de fusão que pode ser

soprado ou esculpido facilmente. É incolor, e é utilizado como vidros para

janelas, para os tubos de laboratório e aparelhos.

2. Vidros de Sílica Fundida ou Quartzo: É essencialmente uma mistura de silicato

de potássio e silicato de cálcio. É também conhecido como vidro duro. É

caracterizado por altas temperaturas de fusão e trabalho, um coeficiente de

expansão térmica baixo (e assim resistência ao choque térmico), e alta

resistência química.

3. Vidro de chumbo: É essencialmente uma mistura de silicato de potássio e

silicato de chumbo, possui um alto índice de refractividade e densidade.. É

usado na fabricação de jóias artificiais, lâmpadas, lentes, prismas, é utilizado

também como protector de radiação, etc.

Page 41: Matne

4. Vidro comum: É essencialmente uma mistura de sódio, cálcio, silicato de

silicato de ferro e silicato. É castanho, verde ou amarelo. É utilizado

principalmente na fabricação de frascos de medicamentos.

5. Vidros especiais: O vidro surge agora como material versátil para cumprir

exigências especiais em engenharia. As suas propriedades podem ser

convenientemente alteradas mudando ingredientes básicos e acrescentando

alguns ingredientes. A seguir está a lista de alguns dos vidros especiais:

a. Fibra de vidro

b. Espuma de vidro

c. Vidro á prova de bala

d. Vidro estrutural

e. Vidro aramado

f. Vidro perfurado

Tipos de Vidro

Vidro aramado - As pesquisas de materiais resistentes ao fogo levaram ao

desenvolvimento do vidro de segurança aramado que, em 1899, foi testado e

aprovado nos Estados Unidos para esta finalidade.

O processo de fabricação consiste em fazer passar o vidro em fusão,

juntamente com uma malha metálica, através de um par de rolos, de tal modo que a

malha fique posicionada aproximadamente no centro do vidro. Neste processo, um

mecanismo alimenta a malha metálica a uma velocidade e tensão predeterminadas,

compatíveis com a velocidade de alimentação da massa de vidro fundente,

proveniente do forno.

A principal característica desse vidro é a sua resistência ao fogo, sendo

considerado um material anti-chama. Ele reduz também o risco de acidentes, pois,

caso quebre, não estilhaça, e os fragmentos mantêm-se presos à tela metálica. É

resistente à corrosão, não se decompõe, nem enferruja.

Page 42: Matne

Podemos encontrar vidros aramados transparentes, coloridos, com diversos tipos de

acabamento superficial e malhas metálicas hexagonais e em forma de losango.

O vidro aramado como material resistente ao fogo pode ser utilizado em portas

corta-fogo, janelas, dutos de ventilação vertical e passagens para saídas de incêndio.

Para essas aplicações, deverão ser estudados caixilhos, calços e juntas especiais.

O vidro aramado é recomendado, também, em locais sujeitos a impacto e abusos, bem

como onde a queda de lascas de vidros represente um risco para os usuários da

instalação. Como exemplo, podemos citar: peitoris, sacadas, divisórias e coberturas.

Recomendações

1. Os vãos onde são aplicados os vidros aramados devem ser medidos,

rigorosamente, antes da compra dos mesmos, pois as chapas não aceitam

cortes ou furos executados na obra, vindo o material pronto da fábrica para a

colocação.

2. A colocação deve ser executada de forma a não sujeitar o vidro a esforços

ocasionados por contracções ou dilatações, resultantes da movimentação dos

caixilhos que os guarnecem ou de deformações devidas a flechas dos

elementos da estrutura.

3. Para instalações de cobertura, as dimensões máximas do vidro devem ser

3.00m*0.60m. Para coberturas com mais de 3.00m de comprimento, as chapas

devem ter uma sobreposição mínima de 8cm.

Vidro Temperado - O vidro temperado tem esse nome por analogia ao aço

temperado. Ambos têm a sua resistência aumentada pela têmpera, um processo que

consiste em aquecer o material até uma temperatura crítica e depois resfriá-lo

rapidamente. Aqui termina a analogia, porque os efeitos desse tratamento são muito

diferentes para os dois materiais. No aço, um novo balanço de dureza e resistência é

produzido pela precipitação de carbides. A têmpera no vidro produz um sistema de

tensões que aumenta a resistência, induzindo tensões de compressão na sua

Page 43: Matne

superfície. Isto acontece porque o vidro, como a maior parte dos materiais frágeis, tem

grande resistência à compressão, porém pouca resistência à tracção.

Como a fractura geralmente ocorre por um defeito na superfície, que provoca uma

concentração de tensões, a pré-compressão da superfície permite uma resistência

muito maior.

As tensões na espessura de uma peça de vidro temperado apresentam uma

distribuição aproximadamente parabólica, sendo a compressão na parte externa

compensada pela tracção no interior. Como geralmente não existem defeitos na parte

interna do vidro, que actuariam como elevadores de tensões, a tracção interna não

representa problema especial.

A têmpera do vidro é obtida da seguinte forma: o vidro é aquecido a uma

temperatura próxima ao seu ponto de amolecimento e rapidamente resfriado por

meio de jactos de ar.

Como o vidro é mau condutor de calor, as superfícies externas resfriam-se e

contraem-se, enquanto o interior permanece fluído a alta temperatura. À medida que

se resfria a massa interna, ela tende a contrair-se sendo impedida pelas partes

externas que já estão rígidas.

Quando a temperatura se equilibra com o ambiente, desenvolvem-se fortes

tensões de compressão na superfície e de tracção na parte interna.

A forma das tensões induzidas e os valores máximos de compressão e de

tracção dependem da temperatura inicial, da velocidade de resfriamento, das

propriedades térmicas do vidro usado e da forma do objecto a ser temperado.

Este tratamento é uma das razões do seu custo elevado, sendo a outra os

desperdícios consequentes ao facto de algumas vidraças acabarem por fracturar

durante o processo.

A aparência visual dos Vidros Temperados

Page 44: Matne

Observando-se o vidro temperado sob determinados ângulos, pode ver-se um

reticulado próprio, causado pelas tensões internas. Essas marcas podem ser vistas com

mais intensidade com placas de polaróide, ou com luz solar polarizada, e não podem

ser consideradas como um defeito, pois são próprias do vidro temperado.

Vidro Laminado - O vidro de segurança laminado consiste em duas ou mais

lâminas de vidro fortemente interligadas, sob calor e pressão, por uma ou mais

camadas de polivinil butiral-PVB, resina muito resistente e flexível, ou outra resina

plástica aprovada.

Na produção do laminado deve-se ter uma sala bem vedada, com temperatura

e humidade controladas, onde o PVB é deixado algum tempo para atingir a humidade

dentro dos limites previstos pelo fabricante. Se ela ficar fora desses limites, o laminado

produzido terá sérias deficiências, pouca ou excessiva aderência, aparência de

embaçamento, pouca resistência à penetração, etc. Por outras palavras, se não for

empregada a humidade adequada, o laminado produzido poderá não ser, realmente,

um vidro de segurança.

Page 45: Matne

A produção do vidro laminado é feita do seguinte modo:

1. As chapas de vidro preparadas (isto é, cortadas, lavadas e secas) são montadas

na sala especial, juntamente com o butiral;

2. Transportadas para uma estufa que proporciona uma primeira aderência entre

vidro e butiral;

3. Submetidas a uma pré-remoção de ar feita por uma calandra que comprime o

laminado, expulsando parte do ar que ficou entre as duas chapas de vidro;

4. Posteriormente, o conjunto vidro–butiral é enviado para a autoclave, onde é

submetido a um ciclo que atinge 10 a 15 atmosferas de pressão, a mais de 100º

C de temperatura;

5. Após o ciclo de autoclave, as lâminas de vidro e butiral estão firmemente

unidas, constituindo o laminado.

As propriedades do vidro laminado mais usado consistem em duas lâminas de float

de 3 mm e uma película de PVB 0,015’’ (0,38 mm) ou 0,030’’ (0,76 mm).

Em caso de quebra do vidro laminado, os fragmentos ficarão presos ao butiral,

minimizando o risco de lacerações ou queda de vidros. Mesmo após quebrado, o vidro

resiste ao atravessamento do PVB, que pode ser distendido mais de cinco vezes da sua

medida inicial sem se romper.

Além do aspecto segurança, o vidro laminado apresenta propriedades que o

diferenciam dos vidros recozidos ou temperados.

Os vidros de segurança laminados são excelentes filtros de raios ultravioleta,

reduzindo em 99,6% ou mais a transmissão desses raios.

Vidro curvo laminado - Visando oferecer segurança, os vidros curvo-laminados

proporcionam também beleza e modernidade. Depois de recozidos são laminados,

sendo unidos por intercalcário plástico, que os torna seguros. Podem ser utilizados nas

portas de segurança de bancos, estações de autocarros, coberturas. As cores

disponíveis são várias.

Page 46: Matne

Vidro curvo - Correspondendo à necessidade do seu ambiente é um vidro com

um desenho moderno. São aquecidos a uma temperatura de aproximadamente 650

graus e depositados em moldes de aço, onde passam por um processo lento de

cozedura. Podem ser utilizados em indústrias de móveis e de refrigeração e podem ser

vistos em incolor e em várias cores e nas construções residenciais.

Vidros duplos - Os vidros duplos são envidraçados termo-acústicos compostos

por duas ou mais chapas de vidros laminados, temperados, impressos, reflectivos ou

float. Os vidros e o perfil são unidos por dupla selagem. A primeira, feita com butil

polisobutileno injectado na lateral do perfil. A segunda, que é externa, pode ser feita

com polisulfuro ou silicone estrutural. Os dois vidros são, normalmente, espaçados de

6, 8, 10, 12 e 20 milímetros. O vidro duplo pode ser instalado em janelas, fachadas,

portas, coberturas, entre outros, sejam eles de madeira, alumínio, aço ou PVC.

O vidro duplo tem a característica de oferecer mais conforto ao ambiente e tem

como objectivo resolver todos os problemas térmicos. O vidro duplo dificulta as trocas

térmicas entre os dois ambientes (exterior e interior), criando uma barreira ao frio e ao

calor. Por exemplo, comparando com um vidro simples, o coeficiente de calor é

reduzido a metade.

O controlo acústico, além de tornar o ambiente mais harmonioso, proporciona

melhor qualidade de vida aos usuários, protegendo-os da possível poluição sonora. Na

sua composição são utilizados vidros laminados com resina acústica. Proporciona uma

redução de 30 a 50 decibéis. Eis um dos factores pelos quais este tipo de vidro é

procurado para projectos de escolas, hospitais e hotéis.

Deve-se, contudo, realçar que é recomendado um espaçamento, entre as duas

vidraças do vidro duplo, o máximo possível. Na verdade, é mais eficaz, para efeitos de

isolamento acústico duas chapas de vidro simples afastadas de 7 cm (caixilharia dupla)

do que um vidro duplo corrente.

Vidro de segurança - O vidro de segurança distingue-se dos outros vidros

recozidos comuns pela diferença fundamental de, perante uma fractura, não produz

fragmentos que possam causar danos às pessoas em causa. Este tipo de vidro pode

Page 47: Matne

dividir-se em laminado, temperado e aramado. O vidro de segurança desenvolveu-se

em função de grandes avanços da indústria automobilística e em menor grau na

indústria do plástico. Isto fez com que toda a indústria do vidro se especializasse em

vidros que tem uma capacidade diversificada de segurança. Houve no vidro laminado a

junção de nitrato de celulose, depois o acetato de celulose e, mais tarde, foi e é

utilizado o polivinil butiral. Actualmente as instituições competentes assumem como

necessário o vidro de segurança em portas de vidro, laterais de vidro que possam

confundir-se com portas, janelas baixas, envidraçados de piscinas, banheiras,

envidraçados de grandes alturas, telhados, vitrinas e vidraças que dão para o exterior

(em alguns casos), entre outros.

Page 48: Matne

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ACÚSTICAS

O vidro tem uma condutibilidade térmica relativamente alta. A

transmissibilidade térmica (U) só pode ser reduzida, para atender

modernos requisitos de isolamento térmico, pela construção de painéis

múltiplos adoptado para unidades de vidro isolante com a cavidade entre

os vidros cheios com uma camada de gás encapsulados.

Quadro 2– Condutividade térmica de materiais utilizados na construção

Materiais Condutividade térmica (W.m-1.H-1)

Cobre 401

Ferro 53

Água 0.57

Ar (seco) 0.026

Cimento 1.4

Betão 1.28

Vidro 0.72 – 0.86

Tijolo 0.4 – 0.8

Madeira 0.4 – 0.86

Esferovite 0.033

Condutividade térmica - Fluxo de calor é a quantidade de calor emitida por

unidade de tempo. Exprime-se em watt (w) ou em quilocaloria por hora (Kcal/h).

A condutividade térmica é o fluxo de calor que passa, por hora, através de um metro

quadrado de uma parede, com um metro de espessura, para a diferença de 1ºC de

temperatura, entre as suas duas faces

Quadro 3– Coeficientes de dilatação linear de diversos materiais

Coeficiente de dilatação linear comparativos Relação aproximada

Madeira (pinho) 4*10-6 0.5

Page 49: Matne

Tijolo 5*10-6 0.5

Calcário 5*10-6 0.5

Vidro 9*10-6 1

Aço 12*10-6 1.4

Cimento (argamassa) 14*10-6 1.5

Alumínio 23*10-6 2.5

Cloreto de polivinil (PVC) 70*10-6 8

Transmissão térmica - As transferências de calor entre a superfície de uma

parede e o meio envolvente são feitas por convecção e por radiação. Pelo contrário, o

fluxo de calor no interior da parede será feito por condução. As trocas de calor entre o

meio circundante e as superfícies da parede são definidas através dos coeficientes he e

hj de troca superficial das faces exterior e interior respectivamente (em Kcal/hmºC).

Madeiras

Classificação da Madeira

Existem vários critérios considerados para a classificação de

madeiras. Alguns desses critérios são:

(i) Modo de crescimento

(ii) Módulo de elasticidade

(iii) Durabilidade

(iv) Disponibilidade.

(i) Classificação baseado no modo de crescimento: Com base no modo de crescimento

de árvores são classificados como (a) exógena e (b) endógenas

Page 50: Matne

(a) Árvores exógena: Estas árvores crescem para fora, adicionando anel consecutivas

distintos a cada ano. Estes anéis são conhecidos como anéis anuais. Por isso, é possível

encontrar a idade da madeira, contando estes anéis anuais. Estas árvores podem ser

divididas em (1) coníferas e (2) de folha caduca.

Árvores coníferas estão com folhas em forma de cone e frutas. Elas produzem

madeira macia.

Árvores de folha caduca estão tendo folhas largas. Estas folhas caem

no outono e novas aparecem em molas. Elas produzem madeira forte e,

portanto, eles são comummente usados na construção civil.

A classificação como madeira macia e madeira dura tem importância comercial. A

diferença entre madeira macia e madeira dura é dada abaixo:

1. Em madeira macia anéis anuais são vistos distintamente enquanto na madeira

dura são indistintos.

2. A cor da madeira macia é clara enquanto a cor de madeira dura é escura.

3. As madeiras macias têm menor força de compressão e de cisalhamento em

comparação com madeiras duras.

4. As madeiras macias são madeiras leves e as duras são pesadas.

5. Resistência ao fogo de madeira macia é pobre comparada com a de madeira

dura.

6. A estrutura de madeira macia é resinosa, enquanto estrutura de madeira dura

está perto de granulação.

A secção transversal de uma árvore exógena, como mostrado na figura abaixo, tem os

seguintes componentes visíveis a olho nu:

Page 51: Matne

1. Medula: situa-se no centro do tronco, ou seja é a parte mais velha da

árvore exógena, tem forma mais ou menos cilíndrica e costuma ser mais

macia que a restante madeira que a rodeia, quando a árvore envelhece, a

medula morre, torna-se fibrosa e escura. Varia em tamanho e forma.

2. Durame ou lenho: parte do tronco que rodeia a medula. É de cor mais

escura do que o resto. Esta parte é útil para vários fins de engenharia . Esta é a

parte de madeira morta. É composto de vários anéis anulares.

3. Entrecasco: denota o crescimento recente e contém seiva. Ele toma parte activa

no crescimento das árvores, permitindo que a seiva se mover em direcção ascendente.

Os anéis anuais de entrecasco são menos divididos e são de cor clara.

4. Câmbio: É uma fina camada de seiva fresca que se encontra entre a seiva da

madeira e da casca interna. Ele contém seiva que ainda não foi convertida em seiva de

madeira. Se a casca é retirada e a camada de câmbio é exposto à atmosfera, as células

deixam de estar activas e morre a árvore.

5. Casca interna: É uma pele interna da árvore protegendo a camada de

câmbio.

6. Casca externa: é a pele exterior da árvore e consiste de fibras de madeira.

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7. Fibras medulares: Estas são finas fibras radiais que se estendem desde a medula ao

câmbio, e mantêm os anéis anulares juntos.

(b) Árvores endógenas: Estas árvores crescem para dentro. A massa fibrosa fresca é na

porção mais interna. Exemplos de árvores endógenas são o bambu e a cana. Não são

úteis para obras estruturais.

(ii) Classificação baseada no Módulo de Elasticidade: o módulo de Young é

determinado através da realização de teste de flexão. Nesta base a madeira é

classificada como::

Grupo A: E = 12.5 kN/mm2

Grupo B: E = 9.8 kN/mm2 a 12.5 kN/mm2

Grupo C: E = 5.6 kN/mm2 a 9.8 kN/mm2.

(iii) Classificação baseada na Durabilidade:

Alta durabilidade: Se a vida média é de mais de 10 anos.

Média de vida entre 5 a 10 anos: durabilidade moderada.

Baixa durabilidade: média de vida inferior a 5 anos.

(iv) Classificação com base na disponibilidade:

X-mais comuns. 1415 m3 por ano

Y-comum. 355 m3 a 1.415 m3 por ano

Z-Menos comum. Menos de 355 m3 por ano.

Propriedades da Madeira

Propriedades das madeiras boas são:

Page 53: Matne

Cor: Deve ser uniforme.

Odor: Deve ser agradável quando recém-cortada.

Solidez

Textura: Textura de madeira de boa qualidade é bom e até.

Grãos: Em grãos boa madeira estão perto.

Densidade: Superior a densidade mais forte é a madeira.

Dureza: madeiras mais duras são fortes e duráveis.

Resistência: Madeira deve ser capaz de resistir a cargas de choque.

Abrasão: madeira não deve deteriorar-se devido ao desgaste. Esta propriedade deve

ser analisada, se a madeira está a ser utilizado para o revestimento.

Força: Madeira deve ter alta resistência à compressão de flexão, cisalhamento e

directa.

Módulo de Elasticidade: Madeira com módulo de elasticidade mais elevados são os

preferidos na construção.

Resistência ao fogo: A madeira de boa qualidade deve ter alta resistência ao fogo.

Permeabilidade: a madeira tem boa permeabilidade à água baixa.

Trabalhabilidade: A madeira deve ser facilmente trabalhável.

Durabilidade: a madeira boa é aquela que é capaz de resistir a acção de fungos e

ataques de insectos

Defeitos: madeira boa é livre de defeitos, como nós mortos, e rachaduras.

Vários defeitos que possam ocorrer em madeira podem ser agrupados em três partes:

(i) Devido às forças naturais

(ii) Devido a defeituoso tempero e conversões.

(iii) Devido ao ataque de fungos e insectos.

Preservação da Madeira

Page 54: Matne

Preservação de madeira significa proteger a madeira de fungos e insectos atacam

modo que a sua vida útil seja maior.

A madeira deve ser bem temperada antes da aplicação de conservantes. A

seguir estão os conservantes utilizados:

1. Alcatrão

2. tintas

3. sal químico

4. creosote

5. ASCO

1. Alcatrão: alcatrão de carvão quente é aplicado à madeira com pincel. O

revestimento de alcatrão protege a madeira contra o ataque de fungos e insectos. É

uma forma mais barata de proteger a madeira. Principal desvantagem deste método

de preservação é que a aparência não é boa depois de o alcatrão ser aplicado não é

possível aplicar outras tintas mais atraentes Daí o asfaltamento só seja efectuado para

as estruturas sem importância, como postes de cerca.

2. Tintas: Duas a três demãos de tintas de óleo são aplicadas na superfície limpa de

madeira. A pintura protege a madeira da humidade. A pintura deve ser aplicada

periodicamente. A tinta melhora a aparência da madeira. Pintura solignum é uma tinta

especial que protege a madeira contra o ataque de térmites.

3. Sal químico: Estes são os conservantes feitos pela dissolução de sais na água. Os sais

utilizados são sulfato de cobre, cloreto de alvenaria, cloreto de zinco e fluoreto de

sódio. Depois de tratar a madeira com essas tintas, saís químicos e vernizes podem ser

aplicado para obter boa aparência.

4. Creosoto: Óleo de creosote é obtido pela destilação do alcatrão de carvão. A

madeira é mantida numa câmara-de-ar comprimido e do ar está esgotado. Em seguida,

Page 55: Matne

óleo de creosoto é bombeado para a câmara a uma pressão de 0,8 a 1,0 N/mm2 a uma

temperatura de 50 ° C. Após 1 a 2 horas de madeira é levada para fora da câmara.

5. ASCO: É composto por 1 parte em peso de pentóxido de arsênio hidratado (As2O5,

2 H2O), 3 partes em peso de sulfato de cobre (CuSO4 ⋅ 5 H2O) e 4 partes em peso de

dicromato de potássio (K2Cr2O7) ou dicromato de sódio (Na2Cr2O7 ⋅ 2 H2O ). Este

preservativo está disponível em forma de pó. Através da mistura de seis partes de pó

com 100 partes de água, a solução é preparada. A solução é então pulverizada sobre a

superfície da madeira.

Este tratamento evita o ataque de térmites. A superfície pode ser pintada para obter a

aparência desejada.

Usos da madeira

A madeira é usada para as seguintes obras:

1. Para construção pesada funciona como colunas, vigas, pilares.

2. Para a construção de luz funciona como portas, janelas, pisos e telhados.

3. Para outras obras permanentes como para dormentes, postes de cercas, postes

eléctricos e portões.

4. Para trabalhos temporários na construção civil como andaimes, centralização,

escoramento, e embalagem de materiais.

5. Para trabalhos decorativos como vitrinas e móveis.

6. Para obras de corpo de autocarros, camiões, comboios e barcos

7. Para usos industriais, como celulose (usada na fabricação de papéis), placas de

cartão, papéis de parede

Page 56: Matne

Sistemas de Fixaça o

VIDRO E PERFIL METÁLICO

A fixação de vidros pode ser feita de diversas formas e através de distintos sistemas

construtivos, que variam, por exemplo, de acordo com o valor estético, necessidade

operacional exigida e/ou custo.

Componentes de fixação

Os dispositivos de fixação são os responsáveis pela união entre os painéis e a

estrutura. Devem apresentar resistência mecânica às movimentações diferenciais

entre a estrutura de suporte e o fechamento, bem como às variações volumétricas,

aos esforços de ancoragem (tracção, compressão e cisalhamento) e à corrosão. E

também ter ductilidade, que é a capacidade potencial de deformação sem perda de

resistência. Esses elementos normalmente são feitos de aço, material que possui tais

propriedades e tem custo relativamente baixo. Para garantir o desempenho das

fixações, elas devem ser correctamente detalhadas e especificadas, além de atender

aos aspectos da protecção contra corrosão e contra incêndio.

O sistema que utiliza as aranhas permite a fixacao dos vidros a estrutura por intermédio de ferragens especiais articuladas e, além de unir leveza e seguranca, possibilita a realizacao de obras amplamente envidraçadas, lisas e transparentes. O princípio funcional consiste em suportar, de forma rigorosa e graças as fixações articuladas, os esforços ligados ao peso proprio dos vidros e as cargas climáticas . O sistema possui flexibilidade, obtida por um dispositivo especial, a rótula, que permite que o plano de vidros flexione livremente sob acção dos ventos. As pequenas aranhas são peças de aço inox em forma de X, com quatro braços, que possuem em suas extremidades parafusos−rotula também de inox. Este tipo de fixação pode ser utilizada em fachadas e coberturas, e e apropriada para vidros Monolíticos, Laminados ou Duplos.

Page 57: Matne

Sistema aranha

Existem dois modelos diferentes de aranhas: de aço inoxidável e de aluminio. Ambas possuem a mesma resistência, com a diferenca que a de alumínio pode receber tratamento na cor que o cliente desejar, enquanto a de aço inox e padrão. Para limitar as tensoes os parafusos articulam em todas as direcções fazendo com que os vidros flexionem. Deste modo e possível vencer planos maiores do que com vidros da mesma espessura fixados em pontos rígidos. Existem tres tipos de rótulas, uma especifica para cada tipo de vidro e sao fabricadas a total prova de vandalismo, tornando−se impossivel a remoção ou desmontagem do sistema pelo lado de fora.

O peso dos vidros é suportado somente pelos parafusos superiores. Por esta razão cada chapa fica pendurada é flexível. Para evitar que os parafusos inferiores suportem parte deste peso, seus furos correspondentes na estrutura suporte são folgados, permitindo a compensação das tolerâncias dimensionais e dos movimentos diferenciais entre os materiais na posicao dos furos. Onde os vidros estão inclinados, seu peso e suportado por todos os parafusos. Para melhor desempenho, as juntas entre as chapas são feitas com silicone flexivel e dimensionadas de modo a resistir as tensões de tracao e compressao sem que ocorra ruptura.

BUCHA QUÍMICA

Fixação química de dois componentes que permite a realização de fixações de

alta resistência com óptimos resultados, sobre material de construção maciço ou oco.

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Especialmente indicado para as situações em que não se pretende submeter o suporte a

tensões de expansão (suportes débeis, fixações próximas da margem, pouca distância

entre fixações, etc.).

Campo de Aplicação

Fixações para suportar cargas médias em pedra, betão, tijolo e materiais de

construção em geral, tanto ocos como maciços.

Fixações várias na construção: antenas, toldos, painéis luminosos, candeeiros,

ar condicionado, grades de janelas, sanitários suspensos, escadas metálicas,

caldeiras, depósitos de água, vigas de tecto, mobiliário urbano, etc.

Ancoragem de varões roscadas ou corrugados, barras de reforço, etc. tanto em

paredes ocas como em suportes maciços.

Reparação de argamassas, acabamentos e enchimento de buracos e cavidades

em obra.

Suportes

Betão

Betão poroso ou ligeiro

Pedra natural

Rocha sólida

Tijolo oco e maciço

Madeira, etc…

Modo de Emprego

Preparação do suporte: A superfície deverá estar seca, limpa e consolidada (sem

partículas soltas e endurecimento completo do betão ou argamassa). Perfurar de

acordo com o tamanho indicado. Limpar o pó da perfuração com uma escova ou sopro

de ar. As peças metálicas a fixar devem estar limpas e livres de gorduras, óleos ou

óxidos.

Aplicação da bucha química: Retirar a tampa e enroscar a cânula misturadora.

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Colocar o cartucho na pistola. Pressionar até obter uma cor de mistura homogénea

(cinza). Introduzir a cânula até ao final da perfuração e preencher a perfuração desde o

fundo até 2/3 da mesma (suportes maciços) ou completamente (suportes ocos).

Introduzir o elemento a fixar girando-o lentamente para evitar a formação de bolhas

de ar.

Se necessário, mantê-lo fixo durante algum tempo. A manipulação/ajuste da fixação

deve ser feita antes do tempo de início de endurecimento. Aplicar a carga, após o

tempo de endurecimento completo.

Sistemas de fixação Mecânica

Características dos materiais dos suportes de fixação

• Os suportes de fixação, independentemente do tipo, são fabricados em aço

inoxidável.

• Indica-se sempre o tipo de aço inoxidável utilizado no fabrico: A2 ou A4.

• Para os suportes de fixação mecânica HRC ou HRM existem três tipos de buchas

disponíveis com homologação técnica europeia:

- Perno de expansão longo;

- Perno de expansão curto;

- Bucha fêmea electrozincada e parafuso sextavado em aço inoxidável.

Base de suporte

• O suporte de fixação de chumbar, do tipo UMA pode ser fixado indiferentemente em

betão ou alvenaria.

• Os suportes de fixação mecânica BODY devem ser utilizados com buchas de

comprimentos especiais em betão homogéneo e em bom estado.

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• Os suportes de fixação mecânica HRC e HRM fornecidos com uma bucha fêmea ou

um perno macho devem ser fixados em suporte de betão homogéneo e em bom

estado.

Para a fixação em alvenaria deverá ser efectuado um ensaio.

• O valor RZ indica o esforço exercido sobre a bucha na hipótese de afinação mais

desfavorável

Dimensionamento dos suportes

Peso

É indicado pelo fabricante o peso máximo admissível para cada tipo de suporte de

fixação.

RZ

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JUNTA HORIZONTAL:

• convém considerar o peso da pedra e dividi-lo por 2.

JUNTA VERTICAL:

Devem ser considerados 2 casos possíveis:

• Com a junta inferior livre de dilatação cada suporte de fixação suporta P/2.

• Com uma junta inferior impedida da livre dilatação (ex.: suporte de fixação, …)

convém considerar que um suporte de fixação suporta P.

NOTA: Quando a fixação é efectuada com 3 grampos , considera-se que apenas 2 suportam a carga.

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Características geométricas das pedras – Dimensões

Em conformidade com a NF P65.202: - A maior dimensão da pedra não deve ultrapassar 1,40 m; - A altura do edifício deve ser inferior a 28 m; - A superfície máxima da pedra não deve ultrapassar 1 m2.

Pedras com peso superior a 80 kg requerem instalação com meios mecânicos

adequados (guincho eléctrico) que, geralmente, tornam a colocação mais complexa.

Os suportes de fixação mecânica HRC e HRM são concebidos para uma espessura

nominal de pedra de 30 mm. Os suportes de fixação BODY e UMA permitem suportar

espessuras até 40 mm sem modificações.

Na hipótese de juntas falsas as disposições construtivas devem ser respeitadas.

De acordo com a Norma NF P65.202 - “Fixação para revestimentos de pedras finas”

Cada pedra deve ser considerada como um elemento completamente independente

podendo ter dilatações nas 3 direcções implicando:

• Que as juntas estejam desobstruídas ou sejam preenchidas com mastigue maleável

em elastómero ou plástico.

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É necessário verificar se o mastigue e o seu primário não mancham a pedra

Folga mínima de 2 mm entre a parte achatada do suporte de fixação e a parte superior da pedra inferior.

• O rebaixe da pedra para esconder o varão roscado deve respeitar (se a junta

esta livre) uma dilatação de 2 mm exigida pela NF P 65 202.

• Quando a largura da junta for maior, por exemplo 10 mm, a pedra possuir

grandes dimensões ou os esforços devido ao vento forem significativos, os

suportes de fixação deverão incluir pinos com batente de O 6 x 75, ou mais

compridos sem batente.

• Quando a colocação e por sistema de fixação de rasgo em que não se tem

acesso aos topos da pedra devem-se respeitar as seguintes indicações: