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Oportunidades e Desafios para o Setor Brasileiro de Infraestrutura São Paulo, 24 de outubro de 2013 Sumário das Principais Conclusões CONFIDENCIAL E DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA A utilização deste material sem a permissão expressa da McKinsey & Company é estritamente proibida

Mckinsey visão geral sobre infraestrutura no brasil 24out13

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Oportunidades e Desafios para o Setor Brasileiro de Infraestrutura

São Paulo, 24 de outubro de 2013

Sumário das Principais Conclusões

CONFIDENCIAL E DE PROPRIEDADE EXCLUSIVAA utilização deste material sem a permissão expressa da McKinsey & Company é estritamente proibida

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Conteúdo

▪ Visão geral do programa de investimentos necessário em infraestrutura no País

▪ Desafios para aceleração dos investimentos necessários

▪ Alternativas para maximizar impacto na execução dos projetos

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Desenvolvimento econômico está tipicamente associado à infraestrutura

Bangladesh

Bahrein

Argentina

Algeria

Qualidade da infraestrutura pontuação - 2012–2013Pontuação WEF, valor absoluto

7.0

6.5

6.0

5.5

5.0

4.5

4.0

3.5

3.0

2.5

2.0

0

PIB per capitaNominal 2011, PPP

1,000.0100.010.01.00.1

Yemen

Suiça

Sri Lanka

Singapura

Ruanda

Quatar

Porto Rico

Portugal

Polonia

Noruega

Holanda

Namibia

Moçambique

Mali

Malasia

Luxemburgo

Libano

Kuwait

Coreia, Rep.

Irlanda

India

Hong Kong SAR

Honduras

Haiti

Guiana

Georgia

Gambia

França

Cyprus

Burundi

Brasil

Barbados

Tendência logarítmica

FONTE: World Economic Forum (2011) “The Global Competitiveness Report 2012-201”; Global Insights; análise McKinsey Global Institute

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Estoque de infraestrutura% do PIB

Investimento em Infraestrutura% do PIB, média1992-2012

Nos últimos 20 anos o Brasil, a falta de investimeno gerou uma lacuna de infraestrutura que demandará mais de R$ 5 trilhões para ser fechada

Am. Latina 1.8

Brasil 2.2

Mundo 3.8

Países emdesenvolvi-mento

5.1

India 4.7

China 8.5

Mundo

71%

Brasil

48 – 53%

SOURCE: IBGE (Estatísticas para o século XX, GEIPOT (Estatísticas Anuais), Eletrobras (SIESE) Ferreira & Milagros (1998), C. Calderón, W. Easterly & L. Servén (2003), ITF; GWI; IHS Global Insight; ABCR, ANTIF, Sigla Brasil e Contas Abertas, Puga e Borça Jr (2011); análise McKinsey Global Institute

1 Média entre EUA, China, Alemanha, UK, India, Canada, Itália, Espanha, África do Sul e Polônia

Mais de R$ 5 trillion

necessáriospara fechar a

lacuna até2030

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▪ Visão geral do programa de investimentos necessário em infraestrutura no País

▪ Desafios para aceleração dos investimentos necessários

▪ Alternativas para maximizar impacto na execução dos projetos

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Três desafios se destacam para acelerar investimentos na infraestrutura brasileira

Continuar o desenvolvimento do arcabouço regulatório dos setores

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Disponibilizar e fortalecer alternativas de financiamento

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Garantir um pipeline robusto de projetosde qualidade

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Controle total do Estado… … período de transição… … modelo regulatório atual

O modelo regulatório brasileiro evoluiu significativamente nos últimos 15 anos, mas real avanço é distinto nos diferentes setores

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▪ Monopólio estatal até 1992 (tarifas e companhias aéreas)

▪ Desregulamentação por causa de dificuldades financeiras das companhias aéreas e falta de soluções para a crise

▪ 1992: monopólios e companhias áreas nacionais revogados; sistema de bandas de tarifas

▪ 1997: banda de tarifas menos rígida; exclusividade dos aeroportos abolida

▪ 2001: liberdade quanto ao preço da passagem e flexibilização de novos participantes do setor

▪ 2003: ANAC é a moderadora para alinhar a oferta e a demanda

▪ 2011: 1ª rodada de concessões privadas▪ 2013: segunda rodada para dois grandes

aeroportos e 270 aeroportos regionais

Aeroportos

▪ 1993: início do programa de concessão para rodovias para avaliar a privatização de 30% de toda a rede rodoviária federal

▪ 1995: 1ª rodada totalizando ~1.500 km (ajuste segundo tarifas do índice específico do setor)

▪ 2006-08: 2ª rodada ~3.300 km (ajuste pela inflação e tarifa de nível de serviço)

▪ 2010: fator X para traduzir ganhos de produtividade em reduções de tarifa (1º lote da 3ª rodada ~475 km)

▪ 2013: 3ª rodada ~ 7.500 km (licitação agendada para o 1º semestre de 2013)

Rodovias

▪ Até 1990, todos os portos eram operados e administrados pelo PortoBrasil – instituição do governo federal (controle de tarifas, ausência de competição, falta de investimentos em infraestrutura)

▪ 1993: Lei de Modernização dos Portos(setor público é dono da infraestrutura; setor privado arrenda a capacidade)

▪ 2001:criação da ANTAQ para supervisionar, regulamentar e conferir concessões

▪ Dez/2012: nova regulamentação (lei provisória 595) em discussão no Congresso incentiva investimentos em portos públicos e elimina os requisitos de porcentagem mínima de carga própria para portos privados

Portos

▪ 1992: inclusão da RFFSA (órgão governamental) no Plano de Privatização Nacional

▪ 1996-98: transferência para o setor privado, através de leilão de concessões, de sete redes ferroviárias

▪ Arrendamento dos ativos/capacidade da RFFSA para novos participantes do setor

▪ 2013: concessão para construção de 10.000 km (estudos em andamento)

▪ Valec (empresa estatal) comprará capacidade e revenderá em leilão público

Ferrovias

▪ 1990: lançamento Programa Nacional de Desestatização (lei 8.031/90)

▪ 1995: criação de lei de Concessão (8.987) que ainda está em vigor e é válida para todos os setores de infraestrutura

▪ 2004: criação da lei de PPP (11.079) que estabelece opções patrocinadas e administrativas

▪ 2011: Decreto 7.603 permite debêntures para levantar capital

▪ Dezembro de 2012: lei temporária para novas concessões para portos (pendentes de aprovação definitiva do Congresso)

1. Arcabouço regulatório

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050

100150200

201110090807062005

Novas fontes de financiamento devem ser identificadas para facilitar o crescimento necessário nos investimentos

7FONTE: BNDES; Imprensa

539446 3040

100% =

2011

518

10 42950

10

549

12 9

46

09

386

7 12

37

2008

277

9 16

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Tesouro Nacional

FAT/PIS-Pasep

Empréstimos no exterior

Equity

Outras fontes governamentais

Receita PIS/PASEP (B)

Desenbolsos BNDES (A) A/B, %

CAGR, %

Grandes contribuições do Tesouro Nacional ao BNDESR$ bilhão

Necessidade de envolver outros agentes no financiamento de projetos

Desembolso do BNDES VS receita do FAT/ PIS-PASEP R$ bilhão

20

15

32 33 30 27 18 17 25

“O governo está convicto de que não conseguirá fazer os investimentos sozinho. É preciso trazer o setor privado — disse uma fonte com trânsito no Palácio do Planalto, acrescentando que são projetos complexos, que demandam várias iniciativas, como por exemplo, na área ambiental.”-O Globo 7/02/2013

“Segundo Coutinho, hoje o Brasil investe aproximadamente R$ 90 bilhões por ano em projetos de infraestrutura e terá que aumentar esse valora para algo em torno de R$ 160 a R$ 180 bilhões por ano, (…). Essa tarefa deverá ser compartilhada entre bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, e o sistema privado.”– Valor Econômico 4/03/2013

2. Alternativas de financiamento

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Houve progresso na melhoria da qualidade dos projetos de infraestrutura, mas desafios importantes ainda permanecem

FONTE: McKinsey (Brazil Infrastructure Conference, Nova Iorque, maio/2013) 8

Progresso recente Desafios

▪ Revisão de aspectos da modelagem econômico-financeira a fim de acomodar maiores taxas de retorno

▪ Pacotes de concessões anunciados em praticamente todos os segmentos-chave da infraestrutura

▪ Iniciativas de abertura e desregulamentação em setores tradicionalmente fechados (ex.: portos, aeroportos)

▪ Maiores recursos disponibilizados para estados e municípios para projetos de infraestrutura urbana

▪ Setores da sociedade civil e da indústria privada mobilizados

▪ Desenvolvimento de um plano estratégico de investimentos que agregue e priorize os investimentos mais críticos

▪ Detalhamento técnico e robustez metodológica de alguns projetos executivos de forma a reduzir incertezas

– Custos reais de construção e operação

– Retorno sobre o investimento

▪ Definição do escopo e detalhes de alguns projetos (ex.: traçado dos trechos do PIL –Ferrovias)

▪ Custos de execução de projetos, dada geografias de difícil acesso, custo efetivo crescente da mão de obra e baixa produtividade

3. Qualidade dos projetos

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▪ Visão geral do programa de investimentos necessário em infraestrutura no País

▪ Desafios para aceleração dos investimentos necessários

▪ Alternativas para maximizar impacto na execução dos projetos

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Problemas típicos da cadeia de valor da infraestrutura

10FONTE: McKinsey Global Institute

Seleção do projeto▪ Fronteiras entre aspectos políticos e técnicos pouco claras▪ Métodos para avaliar e priorizar alternativas não alinhados▪ Falta de coordenação entre os ativos

Entrega do projeto▪ Atrasos na compra de terras & aprovações▪ Planejamento insuficiente que resulta em projetos

arriscados com ações judiciais dispendiosas ▪ Falta de colaboração e licitação inadequada inibem

inovação e design-to-value

▪ Técnicas enxutas e modularização em seus estágios iniciais▪ Supervisão e coordenação insuficientes durante a

construção que resultam em atrasos e ações judiciais▪ Setor de construção retraído devido à baixa escolaridade,

fragmentação, excesso de regulamentação, falta de inovação e informalidade

Melhor aproveitamento da infraestrutura atual▪ Operações ineficientes como gargalo de capacidade,

principalmente em portos, aeroportos e estações ferroviárias▪ Acúmulo de solicitações de manutenção aumentando o

custo total de propriedade▪ Altas perdas em transmissão de energia e distribuição de

água▪ Precificação e gestão da demanda insuficientes

Pontes redundantes para Shikoku, Japão

Cerca de 80% dos projetos rodoviários na Índia atrasados devido à aquisição de terras (foto: China)

Custo dos congestionamentos nos Estados Unidos: USD 100 bilhões ao ano

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É possível encontrar alternativas para reduzir o custo da infraestrutura

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O sistema de avaliação de projeto quantitativo e transparente do Chile elimina 25-35% das propostas

Melhor aproveitamento dos ativos existentes▪ Maior utilização dos ativos▪ Manutenção preventiva▪ Gestão da demanda

Phnom Penh reduziu o consumo de água não tarifado (não gerando receita) de 72% para 6%

FONTE: McKinsey Global Institute

Melhores decisões sobre seleção de projetos▪ Objetivos socioeconômicos claros▪ Análises-padrão de custo/benefício▪ Tomada de decisão com perspectiva sobre

todo o sistema

Otimização da entrega ▪ Aprovações e aquisições de terras▪ Licitações e contratos de compras▪ Desenho e planejamento▪ Construção enxuta▪ Gestão avançada de prestadores de serviço▪ Facilitação do desenvolvimento do setor de

engenharia e construção

Nova Gales do Sul agilizou os processos de licenças em 11% e aumentou sua eficácia

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No mundo, há oportunidade de ganho de produtividade de $ 1 trilhão por ano

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Necessidade otimizada

1,7

Melhor aproveitamento da infraestrutura atual

0,1 0,10,2

Otimização da entrega

0,4

Melhor seleção de projetos/otimização do portfólio de infraestrutura

0,2

Necessidade de infraestrutura

2,7

0.61

Necessidade de investimento global em infraestrutura e possibilidades de reduçãoMédia anual, 2013–30, $ trilhões

FONTE: Análise McKinsey Global Institute

1 Necessidade de investimento em telecomunicações além do escopo deste documento

Gestão da demanda

Operações e redução das perdas em transmissão e distribuição

Manutenção otimizada

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Caso tenha comentários, sugestões ou perguntas, por favor, entre em contato com:

▪ Roberto Fantoni ([email protected])

▪ Mauricio Janauskas ([email protected])

▪ Pedro Maffei ([email protected])

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