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• Família: Micrococcaceae• Gênero: Staphylococcus do grego: staphylé –“cacho de uvas”
• Cocos Gram + (1 µm)
�Culturas velhas coram como Gram -
• Não formam endósporos
• Catalase positivos (≠ estrepto)
• Microbiota normal do homem e animais• Grupo heterogêneo
• Imóveis; crescem em meio contendo NaCl
0,5% (18º - 40º C)
• Anaeróbios facultativos (maioria)
�Exceções: S. aureus anaerobius e S. saccharolyticus
• Flora normal/patogênicos
� Supuração, abscessos, infecções piogênicas,
septicemia fatal
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S. aureus subsp. aureus (coag +) S. equorum
S. aureus subsp. anaerobius (coag +) S. arlettae
S. epidermidis S. gallinarumS. capitis subsp. capitis S. simulansS. capitis subsp. urealyticus S. carnosus subsp. carnosusS. caprae S. carnosus subsp. utilis (1999)*
S. saccharolyticus S. piscifermentansS. warneri S. condimenti (1998)*S. pasteuri S. felisS. haemolyticus S. lutrae (coag +)S. hominis subsp. hominis S. intermedius (coag +)S. hominis subsp. novobiosepticus S. delphini (coag +)
S. lugdunensis S. hyicus (coag +)S. schleiferi subsp. schleiferi S. fleuretti (2000)*S. schleiferi subsp. coagulans (coag +) S. muccinus (1998)*
S. muscae S. chromogenesS. auricularis S. sciuri subsp sciuriS. saprophyticus subsp. saprophyticus S. sciuri subsp. rodentium
S. saprophyticus subsp. bovis S. sciuri subsp. carnaticusS. cohnii subsp. cohnii S. lentusS. cohnii subsp. urealyticum S. vitulusS. xylosus
S. kloosii Bannerman, 2007 Manual of Clinical Microbiology, 7th ed
* Int. J. Syst. Evol. Microbiol.
StaphylococcusStaphylococcus(41 (41 espéciesespécies e e
24 24 subespéciessubespécies))
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↑Prevalência na microbiota- Pele- Mucosas
INFECÇÃO
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• S. aureus
�Coagulase-positivo
� Importante patógeno humano
� Infecção cutânea – intoxicação alimentar –
choque tóxico
�Colônias cinzas – amarelo-douradas intensas
�Hemolíticos
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• Infecções por estafilococos coagulase-
negativos
�S. epidermidis
�Colônias branca a cinza
• Fermentação com produção de ácido lático
(sem produção de gás)
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• Resistentes ao calor (50 ºC/30 min), ao
ressecamento e NaCl a 9%
• Inibição rápida e efetiva
�Haxaclorofeno a 3%
• Resistência variável a antimicrobianos
�Produção de β-lactamases (plasmidial)
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• Estrutura antigênica
�Peptideoglicano (IL-1)
�Ácidos teicoicos e lipoteicoicos: especificidade
de ligação a fibronectina em cél. epiteliais bucais
e nasais e emhemácias
�ProteínaA (SpA)
• Ligação a Fc - IgG1, IgG2 e IgG4
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>90% das cepas de S. aureusGeração de efeitos anticomplementares, quimiotáticos,anti-fagocitários, com liberação de histamina, reações dehipersensibilidade e lesão plaquetária
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�Cápsula anti-fagocítica (ausência de Acs
específicos): 11 sorotipos
�Adesinas
- Ligação à fibronectina (FnpA e FnpB)
- Ligação ao fibrinogênio (ClfA e ClfB, fator clumping)
- Ligação ao colágeno (CNA)
�Enzimas e toxinas
• Catalase , coagulase e fator de agregação
Coagulase + pró-trombina = polimerização da fibrina
Fator de agregação: presente na superfície de S. aureus;responsável pela adesão bacteriana ao fibrinogênio e fibrina -agregação
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• Fatores de virulência
�Produtos extracelulares
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Responsáveis pela invasão Responsáveis pela invasão tecidual tecidual
COAGULASE– transforma fibrinogênio em fibrina – fator clumping
HIALURONIDASE– fator de propagação
METALOPROTEASE (elastase)
ESTAFILOQUINASE– fibrinólise - ativa plasmina (açãoproteolítica)
HEMOLISINAS (α, β e δ - toxinas )– atuamsobre leucócitos e hemácias
LEUCOCIDINAS (γ-toxinas) – degranulam PMN através da formação deporos
FOSFOLIPASES
BETA-LACTAMASES
�Exotoxinas
• α-toxina
- Hemolisina
• β-toxina
- Degrada esfingomielina
- Tóxica para vários tipos celulares
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ββββ-toxina
αααα-toxina
• δ-toxina
- Heterogênea
- Desestruturamembranas biológicas
- Possível papel em doenças diarreicas
• γ-toxina
- PVL (Panton-Valentine leukocidin)
- Leucocidinas (formação de póros)
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A PVL pode ser produzida por cepas suscetíveis a β-lactâmicos e, na maioria dasvezes, por cepas de CA-MRSA – A importância da toxina PVL, na virulência ena epidemiologia destas, é um fato de grande debate
A PVL é citotóxica para monócitos, macrófagos e PMNBaixas concentrações - ativa fenômenos que desencadeiam apoptoseAltas concentrações - lise celular, podendo acarretar necrose tecidual - resposta inflamatória exagerada e danos ao hospedeiro
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�Toxinas esfoliativas
• Toxina epidermolítica (super-Ags)
- Duas proteínas
- ProteínaA: cromossômica, termoestável
- Proteína B: plasmidial, termolábil
- Descamação generalizada (dissolução da
matrizmucopolissacarídica da epiderme)
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�Toxinas da síndrome do choque tóxico
• TSST-1 (super-Ag)
• Ligação a MHC-II → estímulo LT → febre /
choque e comprometimento multissistêmico
(incluindo erupção cutânea descamativa)
• 20%dos isolados de S. aureus
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�Enterotoxinas (super-Ags)
• Múltiplas (A-E, G-I, K-M)
• 50%podem produzir 1 ou +
• Termoestáveis
• Resistemà ação das enzimas intestinais
• Importante em infecção alimentar
• 25µg tox. B – vômitos e diarreia
Transmissão de Doenças por Contato DiretoFatoresFatores de de virulênciavirulência de de S. S. aureusaureus
ProteínasProteínas estruturaisestruturais e e produtosprodutos secretadossecretadosvsvs curvacurva de de crescimentocrescimento
Gordon R J , Lowy F D Clin Infect Dis. 2008;46:S350-S359A) Proteínas de superfície e secretadasB) e C) Corte transversal do envelopeTSST-1: toxina da síndrome do choque tóxico
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Adaptado de: Gordon R J , Lowy F D Clin Infect Dis. 2008;46:S350-S359
Tipo de fator de virulência Fator de virulência (exemplo) Sintomas clínicos relacionados
Envolvidos na adesão Fator clumping, proteínas ligantes de fibronectina,colágeno e proteínas ligantes de sialoproteínas ósseas
Endocardite, osteomielite, artrite séptica, infecções porpresença de catéteres e próteses
Envolvidos na persistência Formação de biofilme, variantes coloniais e persistência intracelular
Infecções relapsas, fibrosecística e as síndromes acima
Envolvidos na evasão /destruição da defesa do hospedeiro
Leucocidinas, proteína A Infecções de pele invasivas e pneumonia neucrotizante (CA-MRSA + PVL), abscessos (peptídeos capsulares)
Envolvidso na penetração/invasão tecidual
Proteases, lipases, nucleases, hialuronidases, elastase, fosfolipase C
Destruição tecidual e infecções metastáticas
Envolvidos nas doenças mediadas por toxina e/ou sepse
Enterotoxinas, TSST-1, toxinas esfoliativas A e B, ácidos teicóicos, peptidoglicano
Intoxicação alimentar, síndrome do choque tóxico,síndrome da pele escaldada, impetigo bolhoso, sepse
Sem papel definido Coagulase, ACME, bacteriocina
• PatogêneseTransmissão de Doenças por Contato Direto
� S. aureus → patógeno extremamente versátil
� 30% da população colonizada / 50% de pacientes crônicos
� Bactéria de maior prevalência em infecções hospitalares e comunitárias
50% - Infecções cutâneas 25% -Bacteremias20% -Pneumonias
Transmissão de Doenças por Contato Direto
�Patógeno humano mais importante
� 20%-40%adultos: ambiente externo e narinas
�Outros: cutâneas intertriginosas, períneo, axilas
e vagina
� INFECÇÕESOPORTUNISTAS
• Foliculite, impetigo, furúnculos, feridas,pneumonias, bacteremia, endocardite, osteomielite,pioartrite, abscessos, meningite, peritonite, necroseepidérmica tóxica, intoxicação alimentar (exotoxina),mastite, etc
Transmissão de Doenças por Contato Direto
Infecções depele – terçol, furunculoses,
abscessos, impetigo, celulite, infecções desítio cirúrgico
Sinal característico: abscessopurulento (pus)
Infecções de pele
� Infecçõesmais frequentes
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� Infecções cutâneas estafilocócicas – piodermites
- Contagiosidade variável
- Fatores: ↓ pH, contínua
descamação das camadas superficiais da
pele, propriedades imunológicas naturais e
adquiridas
Disseminação e Infecção Metastática
Infecção cutânea comensal → quebra de barreira da
pele/mucosa→ sangue (células endoteliais) →
fagocitose → escape/rompimento de células →
exposição do subendotélio→ invasão de tecidos
profundos (focos metastáticos nos tecidos )
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Expressão de exotoxinas – INVASÃO TECIDUAL
� Infecções profundas
Garzoni & Kelley, Trends in Microbiology, 2009
Agerer F et al. J Cell Sci, 2005
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�Fatores de risco para infecções graves e
profundas
• Usuários de drogas intravenosas
• Hemodiálise
• AIDS
• Defeitos na ativação leucocitária
- Congênita: síndrome de Down- Adquirida: DM tipo I, artrite reumatóide
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• Defeitos na opsonização por Acs e na
ativação do complemento
- Lesões cutâneas (queimaduras, incisões...)
- Corpos estranhos (próteses, suturas,...)
- Doenças crônicas: neoplasia maligna,
alcoolismo e cardiopatia
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�Bacteremias
• Uma das causas mais frequentes –cateteres
intravenosos
• Processo secundário a infecções cutâneas ou
de outros locais
• Endocardites, osteomielites e
abscessosmetastáticos emvários órgãos
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sepse
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�Coagulação intravascular disseminada
�Endocardite /pericardite aguda purulenta
�Fasceíte necrosante
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�Broncopneumonia
• Defesas imunitárias baixas, recém-nascidos,
prematuros, lactentes menores do que um
ano, desnutridos ou em pacientes com
doençade base
• Comumderrame pleural
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• Primárias
- Via traqueobronquial
• Secundárias
- Disseminação hematogênica a partir de
um foco à distância
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�Osteomielite - infecção em fraturas múltiplas; mais comum seguir-
se à disseminação hematogênica de estafilococos à partir de um foco inicial
(furúnculo ou infecção superficial)
�Artrites - causa primária de artrite séptica em crianças, jovens e em
adultos portadores de artrites crônicas ou submetidos a diferentes tipos de
tratamentos cirúrgicos.
Ocasionalmente, a partir de um foco de osteomielite contíguo
� Sepse – presença no sangue, produzindo infecção sistêmica grave.
Evolução rápida com o aparecimento de abscessos metastáticos em vários
órgãos (coma e delírio)
�Outras infecções - maioria de órgãos e tecidos, incluindo
abscessos renais e cerebrais, assim como meningites
Infecções hospitalares - bacteremia/septicemia, pneumonia,
infecções do trato urinário, endocardite, infecção de sítio cirúrgico,
meningite
Transmissão de Doenças por Contato Direto
� Síndrome específicas
Intoxicação AlimentarProvenientes de portadores assintomáticos ou que apresentam algum tipo de
infecção
Fatores de virulência
ENTEROTOXINASSEA,SEB,SEC,SED, SEE, SEGaté SER e SEUEstáveis a 100ºC / 30 min; resistem à hidrólise por enzimas gástricas
Superantígenos – induz alta produçãodecitocinas
Enterotoxinas pré-formadas no alimento: carnes, sorvetes, cremes,
saladas
Sintomas:náuseas,vômitos,diarreia
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• Enterotoxinas A a E, H e I – termoestável(intoxicação alimentar – sorvete, salada debatata, cremes para doce, doce de leite, carnesprocessadas, etc)
• Vômito e diarreia : 2 a 8h (autolimitada)• Detecção: Imunológicas e PCR – esfoliatinas eenterotoxinas
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Síndrome do Choque Tóxico
Fator de virulência
TOXINA TSST–1 (superantígeno)
- 3 características biológicas: pirogenicidade, superantigenicidade(proliferaçãode linfócitos T)
- Ligação comMHCIISintomas: edema de extremidades, diminuição da pressão sanguínea, febre alta
Pode estar associado à infecção feminina por utilização de absorventes
internos por logos períodos – comprometimento sistêmico
(~5% mortalidade)
Toxina → causa deslocamento de extensas áreas da epiderme
Sindrome da pele escaldada Impetigo bolhoso
Lesões cutâneas altamente contagiosas
Doença de Ritter (Síndrome da Pele Escaldada - SSSS)
TOXINAS ESFOLIATIVAS (ETA, ETB, ETC e ETD - esfoliatinas) – serina protease que atua sobre a desmogleina (ptn dos desmossomos na epiderme);
- ET-A (termoestável) e ET-B (termolábil)- atividade proteolítica (dissolve a matriz mucopolissacarídica da pele)
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• Tratamento
�Furúnculo
• Antibióticos locais e sistêmicos
• Drenagem em casos muito dolorosos e com
superfície amolecida
• Furunculose - pesquisar o que está
favorecendo o surgimento das lesões e
estimular a defesa orgânica do indivíduo
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�Foliculite
• Antibióticos de uso local ou sistêmico
específicos para a bactéria causadora e
cuidados anti-sépticos
• Algumas lesões podem necessitar de
drenagem cirúrgica
Transmissão de Doenças por Contato Direto
�Terçol
• Antibioticoterapia tópica, colírios + aplicação local
de calor úmido
• Idosos ou imunossuprimidos: antibioticoterapia
sistêmica (via oral) – evitar disseminação
• Compressas feitas com água filtrada morna, ou soro
fisiológico diversas vezes ao dia
• Cuidado no processo de higiene da pele com
xampus de pH neutro
• Higiene
Transmissão de Doenças por Contato Direto
� Intoxicações alimentares estafilocócicas
• Notificação de surtos
• Medidas preventivas - educação dos
manipuladores sobre o risco da produção da
enterotoxina; orientação para rigorosa
higiene; controle de temperatura; limpeza
dasmãos e unhas, etc.
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• Medidas em epidemias: investigação de
surtos e determinação dos alimentos
implicados e fatores contribuintes para o
surto. Intervenção e mudança de práticas
inadequadas de preparo de alimentos
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�Tratamento para as infecções cutâneas
• Antibióticos orais (p.ex., cloxacilina,
dicoloxacilina e eritromicina)
• Infecções mais graves, antibioticoterapia
intravenosa, frequentemente por até seis
meses
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• Papel relevante em infecções nas últimas
décadas
• Aspectos relacionados à emergência
�Alta prevalência na microbiota
�Número crescente de pacientes
imunocomprometidos
�Aumento no uso de dispositivosmédicos
�Resistência a antimicrobianos
- Pacientes imunocomprometidos-Usuários de drogas ilícitas
-Neonatos
bacteremias / septicemiasinfecções relacionadas a dispositivos médicos
infecções do trato urináriooutras
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• Infecções predominantemente hospitalares
�S. epidermidis (mais frequente em infecções; bacteremias,
IRCP - infecção relacionada a cateter eprótese)
�S. haemolyticus (segunda espécieprevalenteem bacteremias)
�S. saprophyticus (2º agente em infecção urinária comunitária
entremulheres jovens e sexualmenteativas)
�S. lugdunensis e S. schleiferi (espécies novas com
potencial virulento similar ao de S. aureus; endocardites de válvulas
naturais)
�Outras espécies - bacteremias, IRCP
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• Espécies comensais
�S. epidermidis e S. hominis – pele e mucosa
�S. saprophyticus – trato vaginal
• Emergência de CoNS resistentes à meticilina
�Aumento da resistência (75% em 2008)
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• S. epidermidis
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Produção de biofilme – 2 etapas:(1) aderência rápida ao polímero (biomaterial) - adesinas(2) formação de multicamadas (PIA, AAP)
• Diagnóstico
�Amostras: swab de superfície, pus, sangue,
aspirado traqueal ou LCR para cultura (local)
�Esfregaço
• cocos Gram+
• Saprofíticos e patogênicos indistinguíveis
�Cultura
• Ágar-sangue
• Ágarmanitol salgado (S. aureus)
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�Teste da catalase
�Teste da coagulase
�Teste de sensibilidade
• Microdiluição em placa
• Disco-difusão
� Sorologia e tipagem (PFGE e MLST)
• Pouco valor prático
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Fator “clumping”
Teste da coagulaseem tubo
Teste da catalase
�Testes rápidos
• Staphy Test (Probac)
• Pastorex® Satph Plus Kits (BioRad)
• Becton’s Staph Test (BectonDickinson)
• RAPIDEC Staph Kit (BioMeriuex Vitec Inc.)
• Prolex TM – Blue Staph Latex Kits (PRO-LAB
diagnostics)
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Aprovado Teste Rápido para Diagnóstico de Staphylococcus aureus
FDA aprova teste rápido para diagnosticar infecçãopor Staphylococcus aureus. Exame é capaz de indentificar seas bactérias são resistentes à meticilina (MRSA) oususcetíveis à meticilina (MSSA)A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, a Food a nd Drug Adminis tration (FDA), ap rovou oprimeiro teste para infecções por Staphylococcus a ureus (S. aureus). O e xame em questão é capaz de identificar rapidamente se
as bactérias são resistentes à meticilina (MRSA) oususcetív eis à meticilina (MSSA).Há muitos tipos diferentes de bactériasestafilococos, que causam infecções de pele, alimentação, pneumonia e infecções do sangue (envenenamento do sangue). Emboraalgumas infecções por S.aureus sejam facilmente tratadas com antibióticos, outras são resistentes (MRSA) a antibióticos
comumente prescritos como a penicilina e amoxicilina.O teste de cul tura de sangue Ke yPath MRSA / MSSA determina se o crescimento de bactérias na amostra de hemocultura
positiv a de um paciente são MRSA ou MSSA dentro de cerca de cinco horas depois que o primeiro crescimento bacteriano édetectado na amostra. Além dos equipamentos de cultura de sangue, o teste não exige quaisquer instrumentos específicos para obter
resultados, o que o torna útil em qualquer laboratório."A liberação deste teste dá aos profissionais de saúde um exame que pode confirmar S.aureus e, em seguida, identificar se a bactériaé MRSA ou MSSA", disse Alberto Gutierrez, Ph.D., diretor do Office of In Vitro Diagnostics Dev ice Evaluation and Safety do
Centro para Disposi tiv os e Saúde Radiológica da FDA. "Isso não só poupa tempo em diagnosticar infecções potencialmentefatais, mas também permite que os profissionais de saúde otimizem o tratamento e comecem com as precauções de contato
necessárias para impedir a propagação do organismo".Infecções por MRSA pode ocorrer em qualquer lugar; no entanto, as infecções que aparecem em contextos de cuidados de saúde
são geralmente mais graves e potencialmente fatais dado que os pacientes que receberam tratamento nestas instalações podem tero sistema imunol ógico enfraquecido e frequentemente terem sido submetidos a procedimentos como a cirurgia, o que permite umapropagação mais fácil de bactérias diretamente no corpo.
A FDA baseou sua liberação em um estudo clínico de 1.116 amostras de sangue avaliadas nos quatro maiores centros hospitalaresdos EUA. Entre os organismos indicados como S.aureus, a determinação de MRSA foi de 98,9% de precisão (178/180) e a
determinação MSSA foi de 99,4% de precisão (153/154).O teste de cultura de sangue KeyPath MRSA/ MSSA é fabricado pela MicroPhage Inc., de Longmont, Colorado.
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BASEADO EM RESULTADOS DE SENSIBILIDADE
•Meticilina – para amostras sensíveis pelo antibiograma
•Vancomicina – para amostras resistentes a oxacilina
•Amostras resistentes à vancomicina:
. Ação sinérgica de Vancomicina+ beta-lactâmicosou sulfametoxazol-trimetoprim
. Linezolida ou daptomicina
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• Resistência, controle e epidemiologia
�Resistência variável a antimicrobianos
�Produção de β-lactamases (plasmidial)
�Resistência à meticilina e oxacilina (MRSA)
independente de β-lactamases
• GenemecA cromossômico - PBP2 ou PBP2a
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Tipo SCC mec Tamanho(kb) Aspectos
I (hospitalar) 34.3 apenas o gene mec
II (hospitalar) 53.0 gene mec e múltiplos
genes de resistência
III (hospitalar) 66.0 gene mec e múltiplos
genes de resistência
IV (comunitário) 20.9 – 24.3 apenas o gene mec
V (comunitário) 28.0 apenas o gene mec
• Resistência, controle e epidemiologia
�Resistência variável a antimicrobianos
�Produção de β-lactamases (plasmidial)
�Resistência à meticilina e oxacilina (MRSA)
independente de β-lactamases
• GenemecA cromossômico - PBP2 ou PBP2a
� Sensibilidade variável à vancomicina
• VISA - isoladas de pacientes com infecções
complexas e trata/ prolongado com Van
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1997 – Japão (Hiramatsu et al), EUA (CDC) – cepas VISACMI = 8 µg/mL
Cepas VISA – “vancomycin intermediate Staphylococcus aureus”Cepas hetero-VISA – expressão heterogênea da resistência à VC
2001 – Brasil (Oliveira et al) cepas da Unidade de queimados
2002 - Michigan (MMWR, CDC)- ferida cirúrgicaAltos níveis de resistência à vancomicina (CMI ≥ 32 µg/mL)
gene vanA – cepas VRSA
�Resistência a vancomicina
• SARV
• Gene de resistência dos enterococos vanA e
genemecA
�Resistência plasmidial a Tc, Eri,
aminoglicosídeos e outros
�Tolerância – endocardite crônica
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Santos, A. L., et al. J Bras Patol Med Lab , 2007
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Transmissão de Doenças por Contato Direto
Critérios que definem amostras CA-MRSA: (CDC, 2003)
-Isolamento do agente dentro de 48 horas após admissão hospitalar-ausência de internação ou qualquer contato clínico até 1 ano antes-ausência de procedimentos invasivos que atravessem o tecido cutâneo
Características das amostras CA-MRSA
-Começaram a ser isoladas no final dos anos 90 (EUA e Austrália)
-Alta prevalência entre grupos fechados (asilos, creches e prisões)
-Susceptibilidade a clindamicina
-Carreiam gene de virulência PVL (Panton-Valentine leukocidin)
-Susceptibilidade a bactrim, vancomicina, linezolida e synercide
�CA-MRSA
• Grande significância clínica
• Pele e partesmoles (mais acometidos)
• Infecção invasiva
• Morte
• Infecções de pele e pneumonia graves
- Tratamento adequado
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�BEC (Clone Epidêmico Brasileiro)
• SCCmec IIa, PVL -
• Resistentes a beta-lactâmicos, cloranfenicol,
ciprofloxacina, clindamicina, gentamicina,
tetraciclina, eritromicina, lincomicina,
tripetropim-sulfametoxazol
• Disseminadas pelo Brasil
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• Mudança no perfil hospitalar das amostras
brasileiras
- MRSA SCCmec IV (CA-MRSA) em
amostras hospitalares
• Programa de Controle de Infecções
Hospitalares – Comissão de Controle de
InfecçõesHospitalares (CCIH)
Transmissão de Doenças por Contato Direto
- Monitoramento das infecções relacionadas
à assistência à saúde (Lei no 9.431, 6 de Jan
de 1997)
- 40 a 80% S. aureus causa de infecções
hospitalares (37%MRSA)
Transmissão de Doenças por Contato Direto S. S. aureusaureusEPIDEMIOLOGIA MOLECULAR (PFGE)EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR (PFGE)
Clone Prevalenteno Brasil
Clones epidêmicos de ORSA/MRSA
→ facilidade de transmissão, rápida disseminação intra e inter-hospitalar
→Padrões clonais idênticos em Padrões clonais idênticos em regiões geográficas distantesregiões geográficas distantes
→→clones descritosclones descritos: : NovaYork/Japão, ibérico, sul NovaYork/Japão, ibérico, sul americano (brasileiro), clone americano (brasileiro), clone pediátricopediátrico
⇓⇓
Vantagens na colonização ?Vantagens na colonização ?
Características específicas de Características específicas de virulência ?virulência ?
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SCNEPIDEMIOLOGIA MOLECULAR (PFGE)
Staphylococcus epidermidisDois clones prevalentes e isolados em 5 hospitais do RJ (PFGE)(PFGE)
TRANSMISSÃO – cruzada (mãos); mãos dos profissionais de saúde (colonizados por cepas autógenas ou de outros pacientes); presença em feridas ou urina (ambiente)
SCN- profissional de saúde (cirurgias de prótese)
CONTROLE:
Pesquisa de pacientes colonizados com amostras resistentes - Cultura de swab de narina anterior
Descolonização tópica - mupirocina + banho com clorexidina
Lavagem de mãos Gene mup
Gene mecA
Transmissão de Doenças por Contato Direto
�Aumento das infecções comunitárias nos
últimos 20 anos (dispositivos intravasculares)
�Aumento das infecções por MRSA
�Aumento das infecções emUTI
�Epidemias → aumento de MRSA → rápida
disseminação para outras regiões
Transmissão de Doenças por Contato Direto Transmissão de Doenças por Contato Direto
• Imunização
�Controvérsia
�Vacina combinada
• Célula inativada
• Toxóideα-toxina
• FALHA na proteção a peritonite, doença
associada a cateter e assintomáticos
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�Fase III – 2ª bateria de testagem
• Polissacarídeo capsular (tipos 5 e 8)
conjugado à exotoxina A recombinante de
Pseudomonas aeruginosa
• Altamente imunogênica E protetora
• StaphVAX, Nabi Biopharmaceutical – 75% de
proteção em camundongos
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Bastonetes Gram-Negativos de Importância Clínica
Via fermentativaVia oxidativaNão utilizam
Não-fermentadores
-Enterobactérias
+
Plesiomonas
(Enterobacteria)Vibrio
Aeromonas
+
+ Pseudomonas
aeruginosa-Acinetobacter
Stenotrophomonas maltophilia
NãoNão--FermentadoresFermentadores
Diversos grupos
Pseudomonas aeruginosa
Acinetobacter baumannii
Stenotrophomonas maltophilia
Fermentadores oxidase Fermentadores oxidase --
Família Enterobacteriaceae
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Klebsiella oxytoca
Proteus mirabilis
Enterobacter spp.
Salmonella
Fermentadores oxidase +Fermentadores oxidase +
Vibrio, Aeromonas, Plesiomonas,
Bastonetes Gram-Negativos de Importância Clínica
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• Bastonetes Gram-negativos curtos, anaeróbios
facultativos, não-esporulados
• Gêneros:
� Klebsiella – imóvel
� Enterobacter – móvel
� Proteus – móvel; swarming em meio sólido
� Citrobacter – móvel
� Serratia – móvel
� Providencia - móvel
Klebsiella
Enterobacter
Proteus
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• Flora normal do TGI→ oportunistas
� Klebsiella spp. → infecções respiratórias, urinária, bacteremia,
doença granulomatosa destrutiva do nariz e da faringe, doença
genital ulcerativa crônica. Infecçãohospitalar
� Enterobacter spp. → pneumonia, infecções urinária e de feridas e
relacionadasaousodedispositivosmédicos
� Serratia spp.→pneumonia,bacteremia e endocardite
� Proteus spp. → infecções de vias urinárias, pneumonia e
bacteremia. Infecçãohospitalar
� Providencia spp. → infecções de vias urinárias e, ocasionalmente,
outras infecções
� Citrobacter spp.→ infecções urinárias e sepse
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� Infecção das vias urinárias
• > episódios agudos sem sequelas
• > aquisição endógena (ascendente)
• Fatores estruturais ou mecânicos do hospedeiro
são predisponentes
• Sem produção de toxina
específica (hemolisinas)
• Disúria aguda e
frequência (assintomáticade gestantes e crianças) - Pielonefrite: febre e dorlombar
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�Início dos anos 90 em
bacilos Gram-negativos não-
fermentadores
Pseudomonas aeruginosa
Acinetobacter baumannii
(metalo-β-lactamases)
� Redução nas alternativas
terapêuticas
�Recentemente começam a ser
detectadas em Enterobactérias
- Klebsiella pneumoniae e
Escherichia coli
(metalo-β-lactamases)
(serina-β-lactamases)
�Última linha de defesacontra as infecções Gram-negativas
• CRE: Enterobacteriaceae resistentes a
carbapenemas
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CarbapenemasesCarbapenemases::Problema Emergente GlobalProblema Emergente Global
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• CRE: Enterobacteriaceae resistentes a
carbapenemas (multi-resistentes)
� Infecções hospitalares
• Ventilação mecânica, catéteres urinários ou
intravenosos, antibioticoterapia prolongada
� ↑ letalidade - 40% dos pacientes infectados
� Vias de transmissão: pessoa-a-pessoa (contato com
pessoas infectadas ou colonizadas, principalmente o
contato com feridas ou fezes)
� Tratamento: caso-a-caso
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� Carbapenemase (+ KPC, NDM-1, VIM e IMP)
• Klebsiella pneumoniae (KPC)
• Gram (–) parte da microflora TGI
• Prevenção: seguimento das precauções de controle
de infecção específicas - higiene das mãos,
utilização de jaleco e luvas quando entram em
salas onde pacientes com doenças relacionadas a
Klebsiella sp. estão alojados - unidades de saúde
devem seguir rigorosos procedimentos de limpeza
para evitar a propagação da Klebsiella e infecções
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• Perfil de susceptibilidade
Serina-β-lactamases Metalo-β-lactamases
• Geralmente, beta-lactamases com ↓ eficiência hidrolítica – comparado às MBL
• Pode não haver resistência clínica – sinergismo com outros mecanismos de resistência
• Susceptibilidade variável aos inibidores de beta-lactamases
• O maior problema em terapêutica
• Podem hidrolizar TODOS os antibióticos beta-lactâmicos
• Resistentes aos inibidores de beta-lactamases (ác. clavulânico, sulbactam,...)
• VRE: Enterococos resistentes à vancomicina
� Infecções hospitalares
� Risco aumentado:
• Antibioticoterapia longa prévia (Van ou outros)
• Pacientes hospitalizados
• Imunocomprometidos (UTI, câncer,
transplantados)
• Cirurgia abdominal ou torácica; cateteres
urinários ou intravenosos centrais; pessoas
colonizados com VRE
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� Transmissão: pessoa-a-pessoa (cuidadores)
� Prevenção: medidas de higiene
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• Diagnóstico
� Amostras → sangue, urina, pus, líquor, escarro,
secreção de ferida, etc.
� Esfregaço → não diferencia a maioria dos gêneros
(mesma família). A presença de grandes cápsulas
sugere Klebsiella
� Cultura → amostras semeadas em ágar-sangue e
meios de cultura diferenciais
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• Imunidade, tratamento, prevenção e controle
� Imunidade→protetora somentenas infecções sistêmicas
� Tratamento → antibiograma. Dependendo da infecção há
necessidade de intervenção cirúrgica (ex. desobstrução de vias
urinárias, fechamentodeperfuraçãoabdominal)
� Prevenção e Controle → cautela ao ingerir água e alimentos em
regiões com condições sanitárias precárias. Em ambiente
hospitalar - correta lavagem de mãos, assepsia rigorosa,
esterilização de equipamentos, desinfecção e uso restrito de
terapia intravenosa e precauções para manter as vias urinárias
dos pacientes estéreis
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... FIM