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48 48 CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTOS GERAIS 2.1 - Tipos de Máquinas Elétricas As máquinas elétricas rotativas funcionam sob o princípio da conservação eletromecânica de energia e podem ser classificados em motores e geradores . Gerador : Recebe energia mecânica de uma fonte primária (Ex.: Turbina Hidráulica) e a converte em energia elétrica. Motor : Recebe energia elétrica de uma fonte de alimentação e a converte em energia mecânica. OBS: C.A.= corrente alternada. C.C.= corrente contínua. 2.2 - Máquinas de C.A. Como a energia elétrica é distribuída em C.A. as máquinas de C.A. são mais usadas. Síncronas ( velocidade em exato síncronismo da fonte de C.A.). Máquina de C.A. Assíncronas (velocidade ligeiramente diferente do ou síncrono). de Indução

ME-cap2-4

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48

CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTOS GERAIS

2.1 - Tipos de Máquinas Elétr icas

As máquinas elétricas rotativas funcionam sob o princípio da conservação

eletromecânica de energia e podem ser classificados em motores e geradores.

Gerador : Recebe energia mecânica de uma fonte primária (Ex.: Turbina Hidráulica) e

a converte em energia elétrica.

Motor : Recebe energia elétrica de uma fonte de alimentação e a converte em energia

mecânica.

OBS: C.A.= corrente alternada. C.C.= corrente contínua.

2.2 - Máquinas de C.A.

Como a energia elétrica é distribuída em C.A. as máquinas de C.A. são mais

usadas.

Síncronas ( velocidade em exato síncronismo da fonte

de C.A.).

Máquina de C.A.

Assíncronas (velocidade ligeiramente diferente do

ou síncrono).

de Indução

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49

2.3 - Máquinas de Corrente Contínua

Necessitamos de energia elétrica em corrente contínua (retif. e baterias). São de

construção mais complexa, custando mais que as máquinas de C.A. e assim são menos

usadas.

No Brasil , as máquinas C.C. ainda são bastante usadas em trens e metrôs, pois o

motor de C.C. tem a sua velocidade facilmente controlada.

Ex: trens operam com 3000V e uma locomotiva pode possuir 6 motores de 386,7 C.V.;

metrôs operam em 750V com 4 motores de 150C.V.

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50

2.4 - Classificação dos Motores Elétr icos :

MOTORES ELÉTRICOS

CORRENTEALTERNADA

CORRENTEPULSANTE

CORRENTECONTÍNUA

MOTORDE PASSO

RELUTÂNCIA

IMÃ PERMANENTE

HÍBRIDO MOTORUNIVERSAL

IMÃPERMANENTE

COMPOSTOSHUNT/SÉRIE

INDEPENDENTE

MONOFÁSICO LINEAR TRIFÁSICO

SÍNCRONO

ROTORBOBINADO

GAIOLA DEESQUILO

FASE DIVIDIDA

CAPACITOR DE PARTIDA

DUPLO CAPACITOR

CAMPO DISTORCIDO

IMÃ PERMANENTE

HISTERESE

RELUTÂNCIA

ROTOR BOBINADO

ROTOR BOBINADO

GAIOLA DEESQUILO

INDUÇÃO SÍNCRONO INDUÇÃO

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51

2.5 - Sistemas de C.A.

a) Introdução

A corrente alternada se caracteriza pelo fato de sua amplitude variar com o

tempo. Esta variação normalmente é senoidal e no caso do sistema elétrico do Brasil a

frequência desta variação é de 60Hz (ciclos/segundo).

As mesmas definições de valor instantâneo, valor máximo, valor eficaz ,

descritas para a tensão, também são válidas para corrente instantânea :

i t I t

IIMAX

eficazMAX

( ) .sen( )= −

=

ω ϕ (A )

(A )2

Normalmente, quando se fala em corrente e tensão, sem se explicar mais nada,

por exemplo, V=127V ou I=10A, está se referindo a valores eficazes.

Defasagem (ϕ) : é um ângulo (em graus ou radianos) que mede o atraso (ϕ é negativo)

ou o avanço (ϕ é positivo) da forma de onda da corrente em relação à forma de onda da

tensão (que é a referência). cosϕ = fator de potência.

b) Sistema de corrente alternada monofásico:

Neste sistema existem somente 2 terminais, sendo que um deles funciona como

retorno.

Page 5: ME-cap2-4

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52

c) Sistema de corrente alternada trifásico :

Este sistema é formado pela ASSOCIAÇÃO DE 3 SISTEMAS

MONOFÁSICOS Va, Vb, Vc, com uma defasagem entre eles de 120o. Neste sistema

podem existir 3 ou 4 terminais.

V V t

V V t

V V t V t

a MAX

b MAXo

c MAXo

c MAXo

=

= −

= − = +

.sen

.sen( )

.sen( ) .sen( )

ωωω ω

120

240 120 ou V

Um sistema trifásico é chamado de equili brado quando os valores de Va, Vb e

Vc forem equili brados.

Page 6: ME-cap2-4

53

53

2.6 - Tipos de L igação em Sistemas Tr ifásicos

Os três sistemas monofásicos que formam um sistema trifásico podem ser

ligados de duas maneiras para se obter níveis de tensão diferentes :

* ligação em triângulo ou delta (∆) - (3 fases ou 3 fios).

* ligação em estrela ou Y - (4 fios ou 3 fases e 1 neutro).

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54

Tensão de fase : É a tensão em cada sistema monofásico.

Tensão de linha : É a tensão entre dois sistemas monofásicos.

a.) Ligação em triângulo (∆) :

Bobinas de um motor trifásico de indução

Ligação em Y

V

V V

AN

AB AN

==

=

tensão de fase

V tensão de linha

(V)

AB

3.

Ligação em ∆

VAB = tensão de linha

Page 8: ME-cap2-4

55

55

Sistema em Triângulo equili brado

tensão de linha = tensão de fase = V V VAB BC CA= =

corrente de linha = I I IA B C= =

corrente de fase = iI I I

AA B C= = =3 3 3

; i ; iB C

b.) Ligação em estrela (Y) :

Bobinas de um motor trifásico de indução.

Page 9: ME-cap2-4

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56

i t i t i ta b c( ) ( ) ( )+ + = 0

Sistema em Y - equili brado

tensão de linha = V V VAB BC CA= =

tensão de fase → = = =VV

VV

VV

AAB

BBC

CCA

3 3 3; ;

corrente de linha = corrente de fase → i I i I i Ia A b B c C= = =; ;

exemplo 6. Seja um motor trifásico conectado em ∆, em uma rede trifásica de 220V.

Sendo a corrente de linha igual a 10A, pede-se:

a.) A tensão em cada bobina do motor.

b.) A corrente em cada bobina do motor.

c.) O esquema de ligação em ∆.

d.) Se o mesmo motor fosse conectado em Y, qual deveria ser a tensão da rede trifásica

e qual o esquema de ligação.

Solução:

a.) 220V.

Page 10: ME-cap2-4

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57

b.) corrente de fase = corrente

i i ia b c

de linha

3

10

35 8= = = = =, .

c.)

d.)

Tensão na bobina = 220V = tensão de fase.

Tensão da fonte trifásica = tensão de linha.

Tensão de linha = 3 220 381. .= V

2.7- Conceitos Básicos

a.) Conjugado

O conjugado T, também chamado de torque ou momento é a medida do esforço

necessário para se girar um eixo :

T F r= . (N.m)

Rede = 380/220 V

(Lins)

Page 11: ME-cap2-4

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58

F = força em Newtons.

r = distância do braço de alavanca em metros.

S.I.

[ ]N Kgms

=

. 2 1Kgf = 9,8N

exemplo 7. Na figura, dado P = 20N e o diâmetro do tambor é de 20cm. Se o

comprimento R2 da manivela for de 40cm, qual deve ser o força aplicada na manivela.

T F R F R P N= = = =1 1 2 2 20. . F1

T = 20.0,1 = 2N.m

T = F R N2 2 0 4 5. . , 2 = F F2 2→ ∴ =

∴ O comprimento da manivela multiplicou a força.

b.) Energia ou Trabalho realizado ou Potência Mecânica

A potência mecânica P exprime a rapidez com que a energia ou trabalho

mecânico é realizado.

Pt

= τ (J / s) ou (W)

Page 12: ME-cap2-4

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59

b.1) Definição de C.V.(cavalo-vapor)

1 736CV W=

1CV = é a potência em "watts" necessária para se elevar uma massa de 75Kg à uma

altura de 1 metro num tempo de 1 segundo.

Assim, para a definição de C.V., temos :

peso da massa de 75Kg ⇒ P = m.g = 75.9,81 ≅ 736N = Força = F

trabalho realizado ⇒ τ = F.d = 736.1 = 736Nm = 736J.

Potência ⇒ Pt

Js

J s W= = = =τ 7361

736 736/ .

Potências normalizadas em C.V.:

1/3 ; 1/2 ; 3/4 ; 1 ; 1,5 ; 2 ; 3 ; 4 ; 5 ; 6 ; 7,5 ; 10 ; 12,5 ; 15 ; 20 ; 25 ; 30 ; 40

; 50 ; 60 ; 75 ; 100 ; 125 ; 150 ; 175 ; 200 ; 250 .

exemplo 8. Um peso de 600N deve ser elevado a uma altura de 2m por um motor. Se

usarmos um motor que realize este trabalho em 12s e outro que realize em 2s, qual a

potência de cada motor?

ττ

τ

== =

⇒ = = = =

⇒ = = =

F d

Nm J

motor Pt

Js

W P

motor PJ

sW P

.

( )

( )

1200 1200

1120012

100

21200

2600

11

1

2 2

motor(1) P ou P

P CV Potência Normalizada1 1

1

→ = == →

100 0 136

1 3

W CV,

/

Page 13: ME-cap2-4

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60

motor(2) P ou P

P normalizada.2 2

2

→ = == →

600 0 815

1

W CV

CV Potência

,

c.) Energia e Potências Elétricas :

Um motor ligado a uma rede de alimentação absorve energia elétrica e a

transforma em energia mecânica. A rede deve estar apta a fornecer a potência aparente

S, necessária para a operação do motor. O consumo de energia elétrica está ligado com

a potência ativa P. A corrente total circulante é ligada com S.

Em um sistema monofásico :

S P P V IAP APARENTE= = : . (VA ), potência aparente.

S é o produto da tensão pela corrente total.

Em um sistema trifásico :

S V I

V I

FASE FASE

LINHA LINHA

= 3. .

. .

(VA )

S= 3 (VA )

COSϕ = F.P. = PS

P(W) representa trabalho realizado (aquecimento, energia mecânica, iluminação, etc.).

Q indutivo representa a criação dos campos magnéticos necessários para operação do

motor.

Page 14: ME-cap2-4

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61

S (potência aparente - VA); P (potência ativa - W); Q (potência reativa) que no motor é

reativa - indutiva.

d.) Rendimento : É a relação entre Potência Mecânica Útil entregue ao eixo do motor e

a Potência Elétrica Ativa em watts solicitada ou consumida pelo motor da rede de

alimentação.

η(%) = ×PP

MEC

ATIVA

100

exemplo 9. Um motor elétrico trifásico com um rendimento de 85% absorve uma

corrente de linha eficaz de 10A e opera com uma tensão de 220V em triângulo.

Se a potência consumida é de 1800W, pede-se:

a.) A potência aparente.

b.) O fator de potência.

c.) A potência mecânica disponível no eixo.

d.) Desenhe o esquema do sistema de alimentação conectado ao motor.

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62

Dados:

η = 85%

ligação ∆ com V=220V

I A

P W W Wlinha == = +

10

1800 1 2

a.)

S V I

S VA

LINHA LINHA3

3

3

22010

38105

φ φ

φ

= =

=

? . .

. .

,

S

= 3

3

b.) F PPS

. .,

,= = ≅1800

381050 47

Sist. Resistivo - indutivo

F.P. no caso é mais baixo (F.P.≥0,92)

c.) Pmec disponível no eixo ?

η = × = ×

≅ ≅

PP

P

P W CV

MEC

ATIVA

MEC

MEC

1001800

100

1530 2

% 85

PMEC

outro modo de calcular S3φ

S V I

S

S VA

FASE FASE3

3

3

3

3 220 10 3

38105

φ

φ

φ

=

==

. .

.( ).( )

,

e.) Relação entre conjugado e potência :

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63

Na especificação e seleção de motores pode ser importante a avaliação da

quantidade de torque disponível (numa polia ou eixo de motor) para se executar um

determinado trabalho mecânico a uma certa velocidade.

A equação que relaciona a potência fornecida com o torque externo e a

velocidade é dada por :

P TMEC = .ω (W)

onde T = torque (N.m)

ω = rotação em rad/s.

exemplo 10. Qual o torque disponível no eixo do motor de 7,5 CV com o eixo girando

a 1760 rpm?

velocidade do eixo ou velocidade do rotor - n rpmr = 1760

ω π ω π

ω

rr

MEC

nrad s rad s

TP

T Nm

= ∴ = =

= ⇒ = ≅

./

., /

, .,

,

260

1760260

184 3

7 5 736184 3

29 93

r

Page 17: ME-cap2-4

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64

CAPÍTULO 3 - MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

3.1- Características Construtivas

As máquinas elétricas rotativas são constituídas de 2 partes :

* o estator que é a parte fixa;

* o rotor que é a parte móvel.

a.) O Estator : consiste de um núcleo cilíndrico, laminado e ranhurado, que é colocado

em uma carcaça em forma de bobinas e estão interligadas de forma a obter a tensão

desejada.

Page 18: ME-cap2-4

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65

b.) O Rotor

O rotor do motor de indução pode ser de 2 tipos :

* Rotor em gaiola de esquilo ou rotor em curto.

* Rotor bobinado ou rotor de anéis.

b.1.) Rotor em gaiola :

No rotor em gaiola, os condutores (ou bobinas) são constituídos por barras de

cobre ou alumínio colocadas em ranhuras.

Nas duas extremidades das barras existem 2 anéis curto-circuitando todas as

barras. Esta estrutura é semelhante a uma gaiola de esquilo (EUA, "Squirrel Cage").

É o tipo de rotor mais empregado (mais barato e não requer manutenção

elétrica).

b.2.) Rotor Bobinado : A construção de um rotor bobinado é muito mais cara que um

rotor em gaiola, e é executada quando se deseja a variação da velocidade da máquina.

Um motor de rotor bobinado é possível controlar-se através da corrente que circula no

rotor além da velocidade conjugado do mesmo.

Page 19: ME-cap2-4

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66

Nesse tipo de rotor os fins de cada fase são levados através do eixo à anéis

coletores, de modo que, por meio de escovas fixas no estator da máquina, pode-se ter

acesso ao circuito elétrico do rotor. Desta forma, pode-se inserir resistências externas

em série com o rotor, o que possibilit a o controle da velocidade e do conjugado.

3.2- Pr incípio de Funcionamento

O funcionamento do motor de indução baseia-se no princípio da formação de

um campo magnético produzido pelos enrolamentos do estator.

ns = velocidade síncrona do campo

nr = vel. do campo girante do rotor

motor de 2 pólos

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67

O fluxo magnético girante aparece no estator devido as correntes alternadas

circulantes nas bobinas do estator. Este fluxo magnético do estator se desloca em

relação ao rotor, cortando as barras do rotor induzindo tensões (Lei de Faraday) que

farão circular correntes também alternadas no rotor. Como as correntes do rotor tem

polaridades contrárias do estator (Lei de Lens), cria-se também no rotor um campo

magnético girante que será atraído e arrastado pelo campo girante do estator.

Desenvolve-se assim um conjugado mecânico no rotor levando o mesmo a girar.

A velocidade do rotor (nr) é sempre menor que a velocidade do campo girante

do estator (ns), também chamada velocidade síncrona. Se o rotor fosse levado até a

velocidade síncrona (nr = ns), não haveria mais velocidade relativa entre os campos

girantes do estator e do rotor e conseqüentemente a tensão induzida cessaria, não

haveria mais corrente no rotor, o conjugado mecânico diminuiria e o rotor

automaticamente perderia velocidade (nr<ns), então, novamente o rotor iria adquirir o

conjugado.

A operação do motor girando sem carga denomina-se operação em vazio. A

medida que se coloca carga no eixo a tendência da velocidade é diminuir para

compensar o conjugado resistente da carga.

A operação do motor com carga é denominada operação em regime

permanente.

A diferença entre a velocidade síncrona e a velocidade do rotor é chamada de

velocidade de escorregamento (ne):

ne = ns - nr

ns = velocidade síncrona

nr = velocidade do rotor.

Assim, o escorregamento s é definido por:

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68

sns nr

ns(%) =

−×

100

nr = ns (1-s) rpm

sendo que s para motores de indução de gaiola é de 2 a 5%.

A velocidade síncrona (ns) é dado por

nsf

p= 120

rpm

onde: f = frequência em hertz

p = número de pólos.

Podemos variar a velocidade ns e, conseqüentemente, nr variando-se o número

de pólos p (alterando-se construtivamente as bobinas do estator) ou variando-se a

frequência (eletronicamente por inversores).

para f = 60Hz

p 2 4 6 8

ns (rpm) 3600 1800 1200 900

OBS.: O motor de indução normalmente é empregado onde se deseja uma velocidade

constante próxima da velocidade síncrona ns.

Quando se deseja um motor de grande porte com velocidade amplamente

variável, podemos aplicar as seguintes soluções:

a) motor de corrente contínua (metrôs, trens, veículos elétricos);

b) motor de rotor bobinado;

c) motor de gaiola acionado através de conversores de frequência (inversores que

controlam eletronicamente a tensão e a frequência aplicada ao motor).

Page 22: ME-cap2-4

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69

Exemplo 11. Um motor de indução de gaiola opera com uma velocidade nominal de

1720 rpm numa rede trifásica. 220V/60 Hz. Pede-se:

a) A velocidade síncrona ns e o número de pólos;

b) O escorregamento em percentual s(%).

resolução:

a) nr = 1720 rpm → ns = 1200 rpm

→ ns = 1800 rpm

como nr < ns (escorregamento)

∴ ns = 1800 rpm

nsf

p= ∴ ×120

rpm p =120 60

1800

⇒ p = 4 pólos

b) sns nr

ns(%) =

−×

100 =

1800 17201800

100− ×

⇒ s(%) = 4,4%

3.3- Tipos de L igação

Dependendo da maneira com que são conectados os terminais das bobinas do

estator, os motores de indução trifásico podem ser ligados a rede de alimentação que

possuem diferentes níveis de tensão.

A maioria dos motores operam em circuitos trifásicos de tensões de 220V, 380V

e 440V. Normalmente cada bobina é construída para operar em 220V.

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70

3.3.1- Motor com um enrolamento por fase

a) de 3 terminais e tensão normal única:

Já possuem uma conexão e podem ser ligados em redes trifásicas de 220V e

380V.

a-1) Fechados com Ligação em Estrela

alimentação: 3φ, 380/220V.

por fase

VVlinha

fase3=

380

3220= V

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71

71

a-2) Fechado em triângulos

Alimentação:

3φ, 220/127V

Normalmente os motores com 3 terminais são de pequena potência (menores

que 5cv) e com partida direta.

b) De 6 terminais e Dupla Tensão Nominal

São os mais comuns e fabricados em potência pequenas, médias e grandes.

Podem ser conectados com:

b-1) Ligação Estrela – Y

Tensão de linha = 380V

220V = tensão de fase

Alimentação:3φ, 380/220V

Page 25: ME-cap2-4

72

72

b-2) Ligação em Triângulo - ∆ (delta)

Alimentação:

3φ, 220/127V

Os motores de 6 terminais possuem o recurso de permiti r a redução da corrente

de partida (normalmente Ip ≥ 7 Inominal), através de dispositivos estrela-triângulo

(chaves manuais ou contatores eletromagnéticos). Na partida ligação Y e em regime

nominal li gação ∆ (motor 380/220V). No caso a chave Y-∆ para este motor deve ser

usada em redes de 220V.

3.3.2- Motor com 2 enrolamentos por fase:

São motores que possuem 12 terminais acessíveis e tensão nominal múltipla.

a) Ligação em triângulo - ∆ (delta)

As duas bobinas de cada fase são ligadas em série e o conjunto em ∆ .

tensão de linha = 440V

Alimentação:440/254V

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73

73

b) Ligação em Duplo-Delta (∆∆)

As duas bobinas são ligadas em paralelo e o conjunto em ∆.

Alimentação:

3φ, 220/127V

c) Ligação em Y

As duas bobinas de cada fase são ligadas em série e o conjunto em Y.

Alimentação:

3φ, 760/440V

Page 27: ME-cap2-4

74

74

OBS.: Polaridade Instantânea das Bobinas

1) ADITIVA

2) SUBTRATIVA

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75

75

d) Ligação em Dupla Estrela -YY

As duas bobinas de cada fase são ligadas em paralelo e o conjunto em Y.

Alimentação:

3φ, 380/220V

exemplo 12. Um motor de indução 3φ, 10 cv, com FP=0,80 e rendimento de 85%, está

conectado em duplo delta. Pede-se:

a) Qual a tensão da rede de alimentação 3φ;

b) O número de terminais do motor;

c) A tensão de fase e a tensão de linha;

d) A tensão em cada bobina;

e) A corrente de linha e a corrente de fase;

f) A corrente em cada bobina.

resolução:

a) Alimentação 3φ, 220/127V

220V: Vlinha; 127V: Vfase p/ rede

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76

b) 12 terminais

c) Para o motor { tensão na fase = tensão na linha = 220V

d) 1 bobina = 220V (SEMPRE)

e)

S3φ = ? → Ilinha

Pmec = 10.736 = 7360 W

ηη

= × ∴ = ×PP

Pmec

ativa

mec100 100 Pativa

Pativa = 8659 W

ILINHA

IFASE

220 V

220 V

Page 30: ME-cap2-4

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77

Saparente

Qreativa indutiva−

Pativa FP = cosϕ = PS

Pativa é a potência consumida total (trabalho + perdas). É aquela paga pelo

consumidor.

SP P

FP= = = ⇒ =

cos ,ϕ φ86590 8

10824 S VA3

η alto significa baixas perdas.

FP alto significa redução na Potência Aparente (S) e redução, conseqüentemente, na

corrente circulante.

∴ = ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅

S V I

ou S V I

fase fase

linha linha

3

3

3

3

φ

φ

II

A I Afaselinha

fase= = ⇒ =3

28 4

316 4( )

,,

f) II

I Abobinafase

bobina= ⇒ =2

8 2,

ϕ

Page 31: ME-cap2-4

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78

CAPÍTULO 4 - CURVAS CARACTERÍSTICAS DO MOTOR DE INDUÇÃO

4.1- Conjugado x Velocidade ou T x nr

O motor de indução tem um conjugado nulo à velocidade síncrona (nr = ns) →

s = 0 e T = 0.

A medida que é aumentada a carga no eixo do motor, a sua velocidade diminui

até um ponto onde o conjugado desenvolvido é máximo.

Qualquer acréscimo de carga além desse ponto (Tmáx → Região de operação

instável) faz com a velocidade caia bruscamente, podendo algumas situações travar o

rotor.

sendo:

Tp = conjugado de partida: é o conjugado com o motor travado, ou torque

desenvolvido na partida do motor.

Tmínimo = conjugado mínimo: é o menor valor de conjugado obtido desde velocidade

zero até a velocidade correspondente ao conjugado máximo.

Tmáximo = conjugado máximo: é o máximo valor de conjugado que o rotor pode

desenvolver sem travar o eixo.

Tnominal = conjugado nominal: é o conjugado que o motor fornece com carga nominal

no eixo. Normalmente Tnominal ocorre com S entre 2 e 5%.

Page 32: ME-cap2-4

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79

Tvazio = conjugado para o motor operando sem carga. Representa o conjugado sem

carga no eixo.

4.2- Categorias

De acordo com as formas construtivas do rotor de motores de indução de gaiola

podem apresentar diferentes características de conjugado e corrente de partida

conforme o gráfico:

a) Categoria N: conjugado de partida Tp normal; corrente de partida Ip normal (6 a 7 x

Inominal); Escorregamento baixo (2% ≤ S ≤ 5%). Nesta categoria se enquadram a

maioria dos motores que acionam cargas normais tais como: bombas centrífugas,

máquinas operatrizes. O rotor possui gaiola única.

b) Categoria H: conjugado de partida Tp alto; corrente de partida Ip normal;

escorregamento baixo. São motores adequados para cargas com elevada inércia, como:

peneiras e transportadoras - carregadoras. O rotor é de Dupla Gaiola.

c) Categoria D: Tp alto; Ip normal; Salto (maior que 5%), motores para cargas que

apresentam picos intermitentes, tais como: prensas excêntricas, tesouras e elevadores.

Page 33: ME-cap2-4

80

80

OBS.: O motor de rotor bobinado pode apresentar diferentes curvas conjugado x

velocidade, de acordo com o valor da resistência externa acrescentada ao rotor.

c Sem resistência externa no rotor (os anéis estão em curto-circuito, sendo o rotor

bobinado, então, equivalente ao rotor de gaiola).

d Com resistência externa no rotor.

e Com resistência externa no rotor de maior valor.

Exemplo 13. Um motor de indução de gaiola 4 pólos, 60Hz, apresenta um

escorregamento nominal de 2% e conjugado nominal de 40 N.m. Este motor deve

acionar uma bomba hidráulica do tipo centrífuga (C = k.nr²). Determine o ponto de

operação do conjugado motor-bomba, dado que o conjugado resistente da bomba para

nr = 2000 rpm é de 60 N.m.

resolução:

a) Cálculo da velocidade nominal do motor, para S = 2%.

ns

Page 34: ME-cap2-4

81

81

nf

pn rpms s= ⋅ = ⋅ ⇒ =120 120 60

41800

n n Sr s= ⋅ −( )1

n n rpmr r= ⋅ − ⇒ =1800 1 0 02 1764( , )

b) Cálculo da constante K da bomba:

C K n KC

nN m rpmr

r

= ⋅ ∴ = = = × −22 2

6 2602000

15 10 ( . / )

c) Determinação da rotação nr do motor no ponto de operação do conjunto motor-

bomba.

Page 35: ME-cap2-4

82

82

Determinante da equação da reta:

x y 1

1764 40 1

1800 0 1

⇒ 40x + 1800y - 72000 - 1764y = 0

∴ = − +y x40

362000

A equação C x nr do motor, na região de regime será:

C n IImotor r= − ⋅ +109

2000 ( )

A equação da bomba: C K n IIIbomba r= ⋅ 2 ( )

No ponto de operação: (III) = (II)

Cmotor = Cbomba

− + = ⋅

× ⋅ + − =−

109

2000

15 10109

2000 0

2

6 2

n K n

n n

r r

r r

n = -75832 rpm; n = 1758 rpmr1 r2

esse valor deve estar entre 2% a 5% de escorregamento, caso contrário esse valor não

vale.

∴ no ponto de operação: nr = 1758 rpm

E o conjugado resistente da bomba será igual ao conjugado desenvolvido pelo motor:

com nr = 1758 rpm

C = K . nr² = ( ) ( ) , .15 10 1758 46 366 2× ⋅ ⇒ =− C N m

Page 36: ME-cap2-4

83

83

d) Esta velocidade está dentro dos valores nominais para o motor de indução?

Valores nominais para o escorregamento: 2% ≤ S ≤ 5%.

Para nr,conj = 1758 rpm, nr = n1 (1-S), nr = 1800 rpm ∴ S = 2,33%

∴ esta velocidade se encontra dentro dos limites nominais (1764 ≤ nr ≤ 1710).

4.3- Determinação do Tempo de Aceleração (ta) de um Motor em Carga

É o tempo que o motor leva para atingir a velocidade nominal, desde o instante

em que é acionado.

Através desse tempo, pode-se verificar se o motor conseguirá acionar uma

determinada carga, sem sobreaquecimento dos enrolamentos. Com o valor de ta , pode-

se determinar e dimensionar os dispositivos de partida e a proteção do motor.

O tempo de aceleração ta é calculado por :

tGD N

C Cam s

=−

2

375.

( )

onde:

ta = tempo de aceleração em s.

N = variação da rotação do motor. No caso do motor partir em repouso, N nR= que é

a velocidade nominal do motor em rpm.

GD2 = efeito de inércia. É o produto da massa girante pelo diâmetro de giração ao

quadrado (Kg.m2).

Cm = conjugado motriz médio em N.m.

Cs = conjugado médio da carga em N.m.

OBS: GD J momentoT2 4= →. J de inércia totalT

com:

Page 37: ME-cap2-4

84

84

J J JT m C= + (Kg.m2)

onde:

J momentoT = de inércia total.

Jm = momento de inércia do motor.

JC = momento de inércia da carga.

A diferença entre os conjugados, (C Cm l− ), é chamado conjugado médio de

aceleração.

para o conjugado médio Cm:

A A A1 2 3+ =

para o conjugado médio C Bl : B1 = 2

C C C conjugadoa m l= − ⇒ médio de aceleração (N.m)

Page 38: ME-cap2-4

85

85

O momento de inércia rotacional define a resistência de um corpo se opor às

variações de velocidade, em relação a um eixo.

Assim, nas partidas com carga de elevada inércia a curva T x n se mantém, mas

o tempo de aceleração aumenta até o motor atingir a velocidade nominal.

exemplo 14. Calcular o tempo de aceleração de um motor de indução trifásico de

250CV, 4 pólos, 60 Hz, com escorregamento de 1,11%, se o mesmo for acoplado

diretamente a uma carga cujo momento de inércia é de 10,1 Kg m. .2

O momento de inércia do motor é de 3,4 Kg m. 2 e supõe-se que o motor parta

em repouso e com um conjugado médio de aceleração de 42,86 N.m.

nf

prpm

tGD N

Cm Cs

S

a

= = =

=−

120 120604

1800

375

2

. .

.( )

C C C N ma m l= − = 42 82, .

GD J J J

GD

GD Kgm

xx

t s

T m C

a

2

2

2

4 4

4 3 4 10 1

54 1

54 1 1780375 42 86

6 0

= = +

= +

=

∴ =

∴ =

. .[ ]

.[ ( , ) ( , )]

.

,,

,

ta

4.4.- Dispositivos de Partida

a.) Introdução : Durante a partida do Motor de Indução Trifásico (MIT), a corrente

consumida eleva-se a um valor muito maior que a nominal (IP ≅ 6 a 7 IN ) podendo

assim causar distúrbios na rede de alimentação.

Page 39: ME-cap2-4

86

86

Para evitar esse problema é conveniente limitar-se a corrente de partida do MIT

por métodos de partida.

O transitório de partida também pode gerar aumento de demanda na conta de

energia elétrica consumida.

Os critérios para a seleção dos métodos de partida envolve considerações

quanto a capacidade de instalação e os requisitos da carga a ser acionada.

b.) Partida Direta :

Do ponto de vista do motor, esta é a forma mais adequada de se partir o motor

de indução, desde que as condições locais permitam.

Neste caso o motor é alimentado com tensão plena já na partida.

Os dispositivos de partida mais comuns são: chaves interruptoras, disjuntores e

contatores eletromagnéticos.

As condições para partida direta são:

* Capacidade de fornecimento de corrente da rede, muito maior que a corrente de

partida;

Page 40: ME-cap2-4

87

87

• Motor de potência pequena (< 5CV), especialmente para redes alimentadas

diretamente por transformador de distribuição da concessionária.

* Motor parte em vazio.

Obs: O maior valor de pico da corrente de partida, independe do motor partir em vazio

ou em carga.

t t2 1>>

A diferença está no decréscimo da corrente de partida.

c.) Partida com Chave Estrela-Triângulo:

Um motor elétrico pode partir através de uma chave estrela-triângulo se possuir

6 terminais acessíveis (motor de dupla tensão). O procedimento para o acionamento é

feito colocando-se inicialmente a chave na posição Y até a velocidade do motor atingir

um valor próximo da velocidade de regime, quando então a chave é colocada na

posição ∆. Se a comutação Y-∆ for antecipada pode haver uma elevação excessiva na

corrente, fazendo desaparecer as vantagens do método.

Page 41: ME-cap2-4

88

88

Na partida (Y), o conjugado e a corrente de partida se reduzem a 1/3 (33%) dos

seus valores se a partida fosse em ∆.

Devido à redução do conjugado de partida, indica-se este método para motores

que partem em vazio; máquinas com características centrífugas ou máquinas-

ferramenta.

VANTAGENS:

* Custo reduzido.

* Elevado número de manobras.

* Dimensão compacta.

Page 42: ME-cap2-4

89

89

DESVANTAGENS:

* Aplicação específica em motores de 6 terminais acessíveis.

* Tensão na rede deve ser a mesma da tensão do motor em ∆.

* O motor deve alcançar pelo menos 90% da velocidade nominal para que se possa

efetuar a comutação Y-∆.

ZVI

VI

f

f

L

L∆

= = 3.

ZVI

V

IYfY

fY

L

LY

= =3.

Z Z

VI

V

II I

Y

L

L

L

LYLY L

∆∆

=

= ⇒ =

=

3

33

13

.

..

. I ILY L

I ILY L= 33% ∆ I I

I ILY L

PY P

==

33

33

%

%∆

Então, por exemplo, um motor de 10CV, 220V, com INOM (regime) de 27A.

Page 43: ME-cap2-4

90

90

I I A

I I A

P NOM

PY P

= ≅

= ≅

6 162

13

54

.

. - redução da corrente de partida

Pode-se também escrever que :

T K V N m

T T

fase

PY P

=

. ( . )

.

2

13 ∆

d.) Partida com Chave Compensadora (auto-transformadora) :

A chave compensadora também é um método que usa como recurso para

redução da corrente de partida a redução da tensão na partida do motor. Basicamente

consiste de um auto-transformador de vários "taps". O primário é ligado à rede e os

"taps"do secundário são ligados às bobinas do estator do motor. Este método é

utili zado para partida de motores com potências maiores, acionando cargas com grande

conjugado de partida, tais como britadores, grandes compressores e máqunas acionadas

por correia.

Page 44: ME-cap2-4

91

91

Chave Compensadora :

Normalmente os transformadores possuem taps de 50%,65% e 80% da tensão.

Na partida, com a chave compensadora, a corrente de linha e o conjugado, sofrem uma

redução que varia com o quadrado da relação de transformação.

VANTAGENS :

* Variação gradativa do tap → permitindo a seleção da tensão aplicada ao motor.

* Não é limitada pelo tipo de ligação do motor de indução trifásico.

DESVANTAGENS :

* Custo superior ao da chave ∆-Y

* Dimensão volumosa.

Page 45: ME-cap2-4

92

92

* Número de manobras limitada.

Pode-se demonstrar : no c

I partida a primário tensão plena

I partida= 2./

onde:

aI

I

V

V

N

Nprimário

undário

prim

und

prim

und

= = =sec

.

sec .

.

sec .

c s

redução/ /

.(% ) chave chave

I IP P= 2

Por exemplo, tap de 65% :

c s/ /

( , ) . chave chave

I IP P= 0 65 2

e para o conjugado:T a TP P= 2. s/ chave

exemplo 15. Um motor de gaiola 3φ, 380/220V, 15CV, FP=0,8, 1730 rpm e

rendimento de 85%, tem uma corrente de partida 6 vezes superior a nominal e um

torque de partida 3 vezes superior ao torque nominal.

Calcular para o motor operando em uma rede de 220/127V.

Page 46: ME-cap2-4

93

93

a.) A corrente e o torque de partida com tensão plena:

motor 380/220 V

Y ∆

tensão plena = 220 V

Pmecânica = CV x 736 (W)

S Preativa η(%) . %= PPmecânica

ativa

100

Pativa

Px

W

Perdas P P W

S PPF P

ativa

ativa mecânica

aparenteativa

= =

= − =

= =

15 7360 85

100 12988

1498

,.

. .

S S VA

S V I

S V I

linha linha

fase fase

3 3

3

3

129880 8

16235

3

3

φ φ

φ

φ

= ⇒ =

=

=

,

. .

. .

(VA )

ou

(VA )

Tensão plena = Conexão ∆ (no caso)

IS

VI Alinha

linhaNOMINAL= = ∴ =3

3

16235

3 22042 60φ

. .,

ϕ

Page 47: ME-cap2-4

94

94

∴ = = ⇒ =

=

= ∴ =

I I I A

T

P T TP

P NOMINAL P

NOMINAL

mecânica NOMINALmecânica

r

6 6 225 6. ,

?

.

. 42,60

(W) NOMINAL

ωω

ω

ω π πr

rR

rpm

nrad s

= =

= = =

?

. ., /

n

R 1730

2

60

17302

6018116

Tx

NOMINAL = =15 736

1811661

, N.m

dado : Tp = 3.Tn Tp = 183 N.m

b.) Idem ( , )I TP P para o motor acionado por uma chave Y-∆ :

I NOMINAL = 42 6, A = I ∆

I I

I I A

PY P

PY

=

= ∴ =

1

31

36 85 2

.

. . ,

∆ IPY

c.) Idem ( , )I TP P para o motor acionado por chave compensadora com taps de 50%,

65% e 80%.

c.1) Tap de 50%

50

2

2

500 50 2256 64

%

%

(% ) .

( , ) . ,

I

IP

P

redução I

I A

P

P

=

= ∴ =

50

20 50 45 75%

( . ) . , .TP T N mP= ≅∆

Page 48: ME-cap2-4

95

95

exemplo 16. Dado um motor de indução trifásico de 12 terminais, pede-se :

a.) Quais as conexões para o motor operando nas seguintes redes de alimentação :

a-1.) 220/127 V; a-3.) 440/254 V;

a-2.) 380/220 V; a-4.) 760/440 V.

b.) Em quais redes o motor pode ser acionado por chave Y-∆ ?

Dado :

a-1.) Duplo-Delta (∆∆)

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96

96

a-2.) Duplo Y (YY)

a-3.) Delta (∆)

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97

97

a-4.) Estrela (Y)

b.)

a-1.) rede 220/127 V é possível chave Y-∆

Partida YY: Regime ∆∆

a-2.) rede 380/220 V. Não é possível, pois: Partida Y, tensão plena no motor

(alta I P); Regime ∆, cada bobina iria receber 380V, queimando-as.

Page 51: ME-cap2-4

98

98

a-3.) 440/254 V. é possível chave Y-∆

Partida Y : Regime ∆

a-4.) 760/440 V. Não é possível

(semelhante à rede de 380/220 V).

CONCLUSÃO : A chave Y-∆ pode ser usada sempre que a tensão na conexão delta

coincidir com a tensão de linha da rede, pois a tensão em regime = tensão de linha.

exemplo 17. Um motor 3φ, 220V, 5CV, 1715 rpm, cosϕ=0,87; consome da rede de

energia, quando em condições nominais, uma potência aparente 5715,77 VA.

a.) Determine a corrente e o rendimento nas condições nominais.

b.) Determine as perdas internas no motor.

Dados: V Vlinha = =220 tensão em regime

operação em regime = em condições nominais de carga

rotação nominal = nR = 1715rpm; cosϕ = FP = 0,87

Pmec = 5CV ou Pmecânica = 5x736 = 3680 W.

S3φ = 5715,77 VA. a)

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99

99

S V I

IS

VA

linha linha

nominallinha

3

3

3

3

571577

3 22015

φ

φ

=

=

∴ = = =

. .

.

,

.

I Ilinha nominal

em 220V, a corrente será 15A.

b.)

S POP= P S

P Wativa

ativa

==

.cos

,

ϕ (W)

497272

Q

Pativa

η η% %= ∴P

Pxmec

ativa

100 = 0,74 ou 74%

P P P

P P P

P W

ativa mecânica perdas

perdas ativa mecânica

perdas

= +

∴ = −

=

(W)

(W)

129272,

exemplo 18. Um M.I.T. de gaiola desenvolve um conjugado de partida de 35 N.m.,

quando acionado por uma chave compensadora com tap de 50%.

a.) Qual Tp com tap de 65% ?

c s

s

c chaveP

T T

T

T T

P P

P P

a

T

aT N m

N m

/ /

/

/

( %) ( %)

.

( , ). .

( , ) . , . .

chave chave

chave

=

= = ⇒ =

= ⇒ =

2

2 2

65

2

65

35

0 5140

0 65 140 59 15

Page 53: ME-cap2-4

100

100

EXERCÍCIO : (referente ao capítulo 5)

Especifique um motor de gaiola, trifásico, 220V, 60Hz, partida com chave Y-∆,

para acionamento de um ventilador, com um conjugado no ponto de operação de

60N.m. a 1730 rpm, com possibili dade de operação com sobrecarga até 15%, operação

em regime contínuo, temperatura de materiais isolantes de 130oC e com proteção

contra poeira e respingos de água de qualquer direção, temperatura ambiente de 35oC e

altitude de 750m ( em relação ao nível do mar). A operação do motor será horizontal,

com pés, fixação em trilhos e ponta do eixo à esquerda.

a.) Tensão de alimentação :

220V = tensão em regime

partida Y-∆ : motor p/ 220V→∆

380V→Y

motor 220/380 V (dupla tensão)

b.) Frequência : 60 Hz.

c.) Potência Nominal

P T W

n rpm n rad s

P W

P CV

mec r

R R

mec

mec

=

= ∴ = ≅

∴ ≅≅

. ( )

. /

, .

ω

ω π

R 17302

60181

10869

14 70

Potência normalizada = 15 cv ( nS = 1800)

∴ motor de 15 CV; 1800 rpm (4 pólos); 60 Hz.

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101

101

1750 n rpmR( )

d.) Ventilador (carga do eixo do motor) :

Característica de partida do motor

ventilador = categoria N

∴ motor categoria N

e.) Possibili dade de sobrecarga de 15%.

F.S. : Fator de Serviço indica o valor da sobrecarga, em relação à potência

nominal, que o motor pode suportar em condições nominais e em regime contínuo de

operação.

∴ F.S.=1,15 P até 1,15 x 15 CV

f.) Operação em regime contínuo

Significa que o motor pode operar indefinidamente com uma sobrecarga igual a

potência nominal. Regime é a regularidade com que a carga é aplicada ao motor.

Page 55: ME-cap2-4

102

102

θmax = temperatura dos materiais isolantes

g.) Temperatura do material isolante

Classe de isolante é uma função do limite de temperatura que o conjunto de

materiais isolantes que formam o isolamento, pode suportar continuamente, sem

comprometer sua vida útil .

No caso : 130o C = Isolamento Classe B.

h.) Projeção contra poeiras e projeções de água em todos os sentidos :

GRAU DE PROTEÇÃO : Indica o nível de proteção do invólucro da máquina elétrica.

GRAU DE PROTEÇÃO = IP - 54.

No caso o motor é totalmente fechado.

Carga

Perdas

Temp

maxθ

Page 56: ME-cap2-4

103

103

i.) Temperatura ambiente de 35oC e altitude 750m.

Potência nominal → θamb entre 0 e 40oC.

(abaixo, deve possuir canaletas para retirada da água condensada e acima,

materiais isolantes especiais ou redução de potência nominal.)

Em altitudes acima de 1000m a densidade do ar é menor, diminuindo a

capacidade de dissipar calor, aumentando a elevação da temperatura.

No caso:

Nenhuma restrição de θambiente, altitude.

j.) Características Construtivas do Motor:

Carcaça : 132 M (catálogo WEG / 15CV, 1800 rpm)

operação horizontal, com pés, fixação em trilhos, ponta de eixo à esquerda.

Formas Construtivas : B3E → B : horizontal

3 : base c/ pés

E : ponta do eixo à esquerda

Motor 132M, B3E.

Page 57: ME-cap2-4

104

104

Para especificação :

Características :

Da rede de alimentação : a.) , b.)

Da partida : c.) , d.)

Desempenho em regime : c.) , d.) , e.) , f.) , g.)

Ambientais : h.) , i.)

Construtivas : j.)

l.) Placa de Identificação :

FABRICANTE (WEG)

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOD. 60 Hz

15 cv 1750 rpm

∆∆ 220V / Y 380 V ∆∆ 41A / Y 24A

FS 1,15 ISOL B Ip/In 8,0

REG.S. contínuo CAT N IP 54

1

6

2 3

4 5

R S T

∆∆1

6

2 3

4 5

R S T

Y