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ORGANIZADOR 1 FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA FEAM 2014 MÉDICO ANESTESIOLOGISTA / PLANTONISTA E ROTINA PROVA OBJETIVA

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LÍNGUA PORTUGUESA

A violência não é uma fantasia Lya Luft

A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais.

Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros.

As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades.

Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos, em geral, organizados na internet.

É natural e bom que grupos de jovens queiram se distrair: passear pelos corredores, alegres e divertidos, ir ao cinema, tomar um lanche, fazer compras. Porém correr, saltar pelas escadas rolantes, eventualmente assumir posturas agressivas ou provocadoras e bradar palavras de ordem, não é engraçado.

Derrubar crianças ou outros jovens, empurrar velhos e grávidas, não medindo consequência de suas atitudes, não é brincadeira. Shoppings são lugares fechados, com grande número de pessoas, e, portanto, podem facilmente virar perigosos túneis de pânico.

Juventude não é sinônimo de grossura e violência (nem de inocência e ingenuidade). Neste caso, os que perturbam são jovens mal-educados (a meninada endinheirada também não é sempre refinada…) ou revoltados.

Culpa deles? Possivelmente da sociedade que, por um lado, lhes aponta algumas vantagens materiais, por outro não lhes oferece boas escolas, com muito esporte também em fins de semana, nem locais públicos de prática esportiva com qualidade (esportistas famosas como as tenistas irmãs Williams, meninas pobres, começaram em quadras públicas americanas).

Parece que ainda não se sabe como agir: alguns jornalistas ou psicólogos e antropólogos de plantão, e gente de direitos humanos às vezes tão úteis, acham interessante e natural o novo fenômeno, recorrendo ao jargão tão gasto de que “as elites” se assustam por nada, ou “as elites não querem que os pobres se divirtam”, e “os adultos não entendem a juventude”.

Pior: falam em preconceito racial ou social, palavrório vazio e inadequado, que instiga rancores. As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.

No momento em que as manifestações violentas de junho estão aparentemente calmas (pois queimam-se ônibus e crianças, há permanentes protestos menores pelo Brasil), achar irrestritamente bonito ou engraçado um movimento juvenil é irresponsabilidade. E é bom lembrar que, com shoppings fechando ainda que por algumas horas, os empregados perdem bonificações, talvez o emprego.

As autoridades (afinal, quem são os responsáveis?) às vezes parecem recear uma postura mais firme e o exercício de autoridade: como pode ocorrer na família e na escola, onde reinam confusão e liberalismo negativo, queremos ser bonzinhos, para desamparo dessa meninada.

Todos devem poder se divertir, conviver. Mas cuidado: exatamente por serem jovens, os jovens podem virar massa de manobra. Os aproveitadores de variadas ideologias, ou simplesmente os anarquistas, os violentos, estão sempre à espreita: já começam a se insinuar entre esses adolescentes, ou a organizar grupos de apoio a eles — certamente sem serem por eles convidados.

Bandeiras, faixas, punhos erguidos e cerrados e palavras de ordem não são divertimento, e nada têm a ver com juventude. Não precisamos de mais violência por aqui. É bom abrir os olhos e descobrir o que fazer enquanto é tempo.

(www.veja.abril.com.br)

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1) De acordo com o texto de Lya Luft, pode-se afirmar que a violência:

a) é parte integrante do nosso DNA, da mesma forma que o cuidado e a solidariedade o são b) está determinada com base no meio em que se vive, estando descartado o componente genético c) equivale ao nosso DNA, de modo que vai determinar o nível de cuidado e de atenção com o próximo d) torna-se evidente quando o tema é DNA, pois o meio é excludente e define os traços psíquicos do

indivíduo

2) No segundo parágrafo, a repetição da expressão “Temos medo de” tem uma intenção estilística, a qual pode ser compreendida como:

a) modo de enfatizar todos os medos sociais, já que, assim, eles podem ser valorizados e extintos b) meio de deflagrar para o leitor que os medos são inerentes ao ser humano desde sempre c) estratégia linguística que pode facilitar a leitura de maneira a não desgastar tema “medo” d) modo de elencar, de forma enfática, a quantidade de medos que temos hoje

3) Segundo o texto, no que diz respeito às notícias dadas pela imprensa, o medo está associado à:

a) proficiência por reconhecer que não há perspectivas de práticas de autoritarismo b) ociosidade em função de não se ter o que fazer para melhorar c) indignidade no exercício do papel de um cidadão participativo d) consciência acerca da realidade em que se vive

4) No quinto parágrafo, a maneira como a autora constrói estruturalmente seu discurso nos permite a observação de que esta se baseia, respectivamente, em uma relação de:

a) tristeza/ alegria b) coesão/ submissão c) concessão/ restrição d) causa/ consequência

5) Em termos de modo de organização do discurso, é correto afirmar que o texto de Lya Luft é predominantemente:

a) narrativo b) descritivo c) expositivo d) argumentativo

6) No nono parágrafo, a autora faz uso de aspas em alguns momentos. Este uso serve como:

a) estratégia para separar a fala da autora de outra(s) voz(es) b) modo de se enfatizar o valor estilístico das palavras/ expressões em foco c) meio de se amenizar o significado desses termos/ expressões entre aspas d) forma de situar o leitor acerca da verdade indiscutível presente nestas falas

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7) “...palavrório vazio e inadequado...” É possível afirmar que o processo de formação do termo “palavrório” é: a) conversão b) parassíntese c) derivação sufixal d) composição por aglutinação

8) “... ‘as elites não querem que os pobres se divirtam’...” No período destacado, a oração sublinhada exerce função sintática igual àquela sublinhada em: a) Não havia muitas atividades. b) As mulheres querem salários dignos. c) Os homens são seres incompreendidos. d) De repente, ninguém ouviu mais a voz dele.

9) “As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.” A expressão sublinhada na passagem em destaque sinaliza: a) traço oficial de coloquialidade, típica deste gênero textual, pois há intertextualidade e não existem

falácias na construção do texto b) possível desejo de aproximação com o leitor, a fim de que se construa um texto com traços de

cumplicidade entre enunciador/ coenunciador c) elo determinado pela atração das partes do discurso, de modo que elas possam interagir, mesmo que

concordando uma com a opinião da outra necessariamente d) viável intenção de aproximação com o leitor, entretanto, sem dar a ele abertura real à troca de

informações, já que um texto não pode dialogar com o leitor

10) “As notícias da imprensa nos dão medo em geral.” A função sintática da expressão sublinhada é: a) objeto indireto b) adjunto adnominal c) complemento nominal d) objeto direto preposicionado

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11) Paciente séptico, com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) grave e em uso de drogas vasoativas por choque circulatório é classificado pela Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) como estado físico: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

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12) Até atingir o final do estágio II da recuperação pós-anestésica (recuperação precoce ou imediata) o paciente deve permanecer na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). Atingido o final desse estágio, o paciente pode ter alta da SRPA para a enfermaria (paciente não-ambulatorial). Constitui critério determinante do final do estágio II:

a) ausência completa de dor (dor zero pela Escala Visual Analógica) b) saturação arterial de oxigênio >92% em ar ambiente c) hematócrito e hemoglobina estáveis d) Índice de Aldrete-Kroulik de 7

13) Considerando a anatomofisiologia da transmissão da informação dolorosa, é correto afirmar que:

a) o processamento espinhal é ativado por fenômenos que envolvem vias neuronais periféricas, interneurônios locais, vias neuronais supraespinhais e do tronco cerebral

b) os núcleos talâmicos ventral posterolateral e ventral posteromedial projetam fibras para o córtex cerebelar e são importantes na função discriminativa da dor

c) o trato espinomesencefálico constitui a principal via de transmissão da informação nociceptiva dorsal para os segmentos cerebrais superiores

d) a área somestésica primária localiza-se no giro pré-central

14) O enquadramento de paciente para a realização de cirurgias ambulatoriais obedece a critérios bem definidos, sobre os quais é correto afirmar que:

a) cirurgias ambulatoriais são contraindicadas em pacientes idosos, independente de doenças pré-existentes

b) a cirurgia ambulatorial está indicada apenas em pacientes classificados pela Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) como estado físico ASA 1 e ASA 2

c) pacientes idosos podem ser submetidos à cirurgia ambulatorial desde que as doenças sistêmicas preexistentes sejam adequadamente controladas no pré-operatório

d) a cirurgia ambulatorial pode ser indicada em todos os pacientes classificados pela Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) como estado físico ASA 3, independente da gravidade da doença sistêmica preexistente

15) O médico anestesiologista deve conhecer a incidência das principais complicações pós-anestésicas e utilizar técnicas ou terapias que reduzam essas incidências. Entre as seguintes complicações pós-anestésicas, a mais comumente observada no período pós-operatório é: a) laringoespasmo b) náuseas e vômitos c) trombose venosa profunda d) infarto agudo do miocárdio

16) A cefaleia pós-perfuração da dura-máter é um dos eventos adversos mais comuns da anestesia subaracnoidea. Considerando seus aspectos fisiopatológicos, clínicos e terapêuticos, é correto afirmar que: a) em sua fisiopatologia, a tração dos vasos intracranianos e a diminuição da pressão liquórica provocam

vasoconstrição cerebral reflexa b) na realização do tampão sanguíneo peridural, cerca de 50ml de sangue devem ser injetados no espaço

peridural para a oclusão do orifício c) a incidência de cefaleia pós-perfuração da dura-máter é maior em pacientes idosos (idade maior que 60

anos) do que em pacientes mais jovens (18-50 anos) d) a cefaleia pode ser acompanhada de distúrbios visuais (como estrabismo convergente, fotofobia,

diplopia), auditivos (como perda da acuidade auditiva), rigidez do pescoço, náuseas e vômitos

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17) O conhecimento anatômico é de vital importância para a realização de bloqueios periféricos nos membros inferiores. Sabe-se que o nervo femoral, maior ramo do plexo lombar, dá origem a diversos ramos cutâneos e musculares, entre os quais está o nervo: a) tibial b) ciático c) safeno d) fibular comum

18) Sobre a pressão de vapor de um agente anestésico inalatório, é correto afirmar que: a) depende da pressão atmosférica b) está relacionada à volatilidade do líquido c) a pressão de vapor será menor quanto maior for a temperatura d) a pressão de vapor do desflurano é menor do que a pressão de vapor do isoflurano

19) Os anestésicos locais possuem três domínios estruturais: um grupo aromático, um grupo amina e uma ligação éster ou amida, unindo esses dois grupos. Dessa forma, é possível classificar os anestésicos locais de acordo com a ligação éster ou amida em amino-éster ou amino-amida. Entre os anestésicos locais do tipo amino-éster, pode-se citar: a) procaína b) lidocaína c) ropivacaína d) levobupivacaína

20) Considerando a monitorização da função neuromuscular, a forma de monitorização mais indicada para a avaliação do bloqueio neuromuscular profundo é o(a): a) sequência de quatro estímulos b) estimulação com dupla salva c) contagem pós-tetânica d) estímulo simples

21) Diversas alterações fisiopatológicas ocorrem após o trauma cranioencefálico (TCE). Cabe ao anestesista conhecê-las e manejá-las com intuito de melhorar o desfecho clínico-cirúrgico de seu paciente. Sobre as alterações encontradas em um paciente vítima de TCE e o manejo destas, durante a anestesia, é correto afirmar que: a) no TCE grave, a hiperventilação deve ser instituída profilaticamente nas primeiras 24 horas b) a curva de autorregulação do fluxo sanguíneo encefálico torna-se uma reta ascendente no TCE grave c) a anestesia profunda é a melhor maneira de proteger o cérebro após o TCE, mesmo que ocorra

hipotensão arterial d) a pressão de perfusão encefálica deve ser mantida acima de 60mmHg, mesmo que seja necessária

anestesia superficial para manter a pressão arterial elevada

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22) A anestesia peridural é utilizada para a realização dos mais variados tipos de cirurgias. Sua indicação deve ser criteriosa e o risco/benefício analisado caso a caso. Existem, no entanto, situações na qual o bloqueio peridural é formalmente contraindicado (contraindicações absolutas), entre as quais:

a) recusa do paciente b) paciente de alto risco para trombose venosa profunda c) paciente com história de náuseas e vômitos pós-operatórios d) paciente com história de cefaleia pós-perfuração acidental da dura-máter

23) Nos pacientes vítimas de trauma, a avaliação inicial deve ser padronizada, conforme as recomendações do Colégio Americano de Cirurgiões. Segundo essas recomendações, no atendimento desses pacientes deve-se realizar, inicialmente, a:

a) avaliação do estado mental e pupilas b) avaliação da respiração e oxigenação sanguínea c) avaliação do estado hemodinâmico e sangramento d) desobstrução das vias aéreas, com proteção e estabilização da coluna cervical

24) A metabolização de fármacos por esterases plasmáticas resulta em um tempo de ação ultracurto do fármaco e impede o seu acúmulo após a administração prolongada. Entre os fármacos opioides, esse tipo de metabolização é encontrado no:

a) remifentanil b) sulfentanil c) alfentanil d) fentanil

25) Diversos fármacos podem ser utilizados como hipnótico durante a indução da anestesia geral. Cada um desses fármacos tem indicações e contraindicações relacionadas ao paciente e ao procedimento cirúrgico a ser realizado. Ação broncodilatadora, por exemplo, seria interessante em pacientes em vigência de broncoespasmo. Essa ação é esperada com o uso de:

a) etomidato b) cetamina c) tiopental d) morfina

26) A cirurgia videolaparoscópica induz alterações fisiológicas tanto pela realização do pneumoperitônio, quanto pelo posicionamento do paciente durante a cirurgia. São alterações induzidas pela cirurgia videolaparoscópica:

a) redução da resistência vascular sistêmica e da pressão de platô de vias aéreas b) redução da resistência vascular pulmonar e do espaço morto de vias aéreas c) aumento da concentração de catecolaminas e da pressão intratorácica d) aumento do débito cardíaco e da complacência pulmonar

27) A via aérea difícil pode ser definida pela dificuldade de ventilação pulmonar com máscara facial e/ou de intubação traqueal. São fatores preditivos de ventilação pulmonar com máscara facial difícil o(a):

a) presença de história de ronco e apneia obstrutiva e a falta de dentição b) tamanho da abertura bucal menor que 4cm e a idade acima de 50 anos c) distância tireomentoniana menor que 7cm e a mentoesternal menor que 15 centímetros d) classificação de Cormack e Lehane 3 ou 4 e o índice de massa corporal maior ou igual a 25kg/m2

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28) As diretrizes da American Heart Association para reanimação cardiorrespiratória foram atualizadas em 2010. Sobre os fármacos utilizados na reanimação cardiorrespiratória do adulto, é correto afirmar que: a) quando utilizada, a vasopressina deve ser empregada na dose de 40UI no lugar das duas primeiras

doses de adrenalina b) a dose de atropina recomendada na parada cardiorrespiratória em assistolia é de 1 a 1,5mg c) o uso de bicarbonato de sódio pode resultar em acidose intracelular paradoxal d) a amiodarona pertence ao grupo II da classificação de Vaughan Williams

29) Durante a anestesia para cirurgias ortopédicas, o anestesista deve ser capaz de reconhecer a síndrome da embolia gordurosa, que apresenta como critérios: a) petéquias, febre e trombocitopenia b) macroglobulemia gordurosa, hipotermia e pH≥7,3 c) hemoptise, aumento da complacência do ventrículo direito e pH≥7,3 d) fratura de fêmur, petéquias e redução da resistência vascular pulmonar

30) Diversos fármacos são utilizados no tratamento do choque. Sobre esses fármacos, é correto afirmar que: a) clinicamente, mesmo em baixas doses, a adrenalina reduz o débito cardíaco como consequência de seu

efeito alfa-adrenérgico b) a dopamina promove maior vasoconstrição esplâncnica do que doses equipotentes de noradrenalina e

adrenalina c) a vasopressina provoca vasoconstrição pela interação com receptores V1 da musculatura lisa vascular d) a fenilefrina leva a melhor perfusão esplâncnica do que a noradrenalina

31) A reposição volêmica não criteriosa pode ser danosa aos pacientes. Dessa forma, a avaliação da responsividade a fluidos é cada vez mais utilizada no manejo de pacientes cirúrgicos de alto risco. Sobre essa avaliação, é correto afirmar que: a) a medida da pressão atrial direita é classificada como uma medida hemodinâmica dinâmica b) atingido o platô da curva de Frank-Starling, o débito cardíaco se eleva em função da pré-carga ventricular c) a manobra de elevação passiva de membros inferiores pode ser utilizada em pacientes ventilando

espontaneamente d) a variação do volume sistólico prediz corretamente a responsividade a fluidos durante a ventilação

mecânica protetora, com volume corrente de 6ml/kg

32) Recém-nascidos possuem peculiaridades anatômicas e funcionais importantes para a prática anestésica. Sobre as características morfofisiológicas do recém-nascido, é correto afirmar que: a) a resistência das vias aéreas e a condutância são menores que a de pacientes adultos b) a água corporal total de recém-nascidos representa cerca de 60% de seu peso corporal c) recém-nascidos apresentam hiperatividade parassimpática e resposta barorreceptora diminuída d) o recém-nascido tem maior propensão a trocas de calor com o meio ambiente por causa da superfície

corporal relativamente pequena em relação ao volume e peso

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33) A anestesia de recém-nascidos para a correção de malformações congênitas envolve cuidados anestésicos específicos, sendo um dos grandes desafios da anestesiologia. Sobre a anestesia de recém-nascidos para a correção de malformações congênitas, é correto afirmar que: a) na avaliação peroperatória do recém-nascido com malformação congênita da parede abdominal, é

importante o conhecimento de que a associação com outras malformações congênitas é maior na onfalocele do que na gastrosquise

b) na anestesia para hérnia diafragmática congênita, a ventilação mecânica deve manter normóxia ou hiperóxia e hipercarbia com o objetivo de se evitar o desenvolvimento de vasoconstrição pulmonar

c) na anestesia para correção de fístula traqueoesofágica, a fibroscopia auxilia no posicionamento do tubo endotraqueal proximalmente a fístula

d) na estenose hipertrófica do piloro, é comum haver desidratação, alcalose metabólica, hipercloremia e hiperpotassemia

34) Diversas alterações fisiológicas ocorrem no decorrer da gestação. São alterações fisiológicas encontradas na gestante ao termo: a) aumento da resistência vascular sistêmica e redução do espaço morto ventilatório b) aumento do tempo de trombina e redução do volume-minuto ventilatório c) aumento do débito cardíaco e redução da capacidade residual funcional d) manutenção do volume sanguíneo e redução do volume gástrico

35) Os meios de distensão da cavidade uterina durante a histeroscopia terapêutica estão relacionados a diversas complicações de importância para o ato anestésico. Sobre tais complicações, é correto afirmar que: a) tempos cirúrgicos de até 150 minutos são considerados seguros b) a absorção de pouco mais de 100ml de glicina a 1,5% provoca prolongamento do potencial evocado

visual e deterioração da visão c) o gás carbônico é o agente ideal para distender o útero durante a histeroscopia cirúrgica (terapêutica),

devido à baixa incidência de complicações embólicas d) a anestesia geral pode dificultar o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas da hipernatremia

dilucional, sendo mais apropriada a realização de técnica regional

36) Os procedimentos cirúrgicos urológicos muitas vezes são realizados com técnicas anestésicas regionais. Sobre as vias de condução nervosa sensitivas (DOR) do sistema genitorinário, é correto afirmar que o(a): a) inervação sensitiva renal tem origem em T10-L1 b) inervação sensitiva testicular tem origem em S2-S4 c) inervação sensitiva da bexiga tem origem em S2-S4 d) pênis recebe inervação sensitiva dupla: T10-L1 e S2-S4 37) A manutenção da perfusão encefálica é um dos objetivos da anestesia para neurocirurgia. Sobre os fatores que influenciam o fluxo sanguíneo encefálico, é correto afirmar que: a) o fluxo sanguíneo encefálico dobra quando a pressão arterial média se eleva de 50 para 150mmHg b) a acidose ou alcalose metabólicas sanguíneas são grande influenciadoras do fluxo sanguíneo encefálico c) o fluxo sanguíneo encefálico varia de forma indiretamente proporcional à taxa metabólica cerebral de

oxigênio d) dentro de valores fisiológicos, a pressão parcial arterial de oxigênio modifica muito pouco o fluxo

sanguíneo encefálico

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38) O controle do reflexo oculocardíaco é um dos objetivos da anestesia para oftalmologia. Sobre esse reflexo, é correto afirmar que: a) o reflexo oculocardíaco não sofre fadiga b) os impulsos aferentes são conduzidos pelo nervo vago c) o arco reflexo pode ser ativado pela injeção retrobulbar de anestésico d) indica-se o uso de atropina por via venosa, na dose de 0,1 a 0,2mg/kg, para a profilaxia do reflexo 39) Em relação aos objetivos hemodinâmicos a serem alcançados na anestesia de pacientes com estenose aórtica, é correto afirmar que deve-se: a) promover aumento do gradiente de pressão entre o ventrículo e a valva aórtica pelo uso de

vasodilatadores b) manter frequência cardíaca acima da normal, objetivando-se aumento do volume de ejeção c) manter moderado grau de hipovolemia, objetivando-se menor grau de congestão pulmonar d) manter adequado enchimento do ventrículo não complacente 40) O processo de envelhecimento leva a alterações fisiológicas cardiovasculares e respiratórias. Pode-se afirmar que pacientes idosos possuem: a) pré-carga ventricular e elasticidade pulmonar reduzidas b) atividade adrenérgica e área de superfície alveolar aumentadas c) elasticidade arterial e reflexos protetores de vias aéreas aumentados d) frequência cardíaca em repouso e pressão parcial arterial de oxigênio aumentadas

CONHECIMENTOS DE CLÍNICA GERAL EM EMERGÊNCIA

41) A identificação de sintomas indicativos de encefalopatia de Wernicke em um paciente etilista requer a pronta administração de: a) tiamina b) ácido fólico c) vitamina B12 d) glicose hipertônica

42) Na condução de um caso de hemorragia subaracnoidea por ruptura de aneurisma, é comum utilizar a terapia denominada “triplo H” para melhorar a perfusão cerebral. Na composição dessa terapia, encontram-se os seguintes itens, EXCETO: a) hipertensão b) hipervolemia c) hemodiluição d) hipernatremia

43) No tratamento de um paciente com edema agudo de pulmão, a instituição de ventilação não invasiva apresenta os seguintes benefícios, EXCETO:

a) redução da pCO2 b) diminuição da pós-carga c) prevenção de atelectasias d) deslocamento de líquido para fora dos alvéolos

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44) O tratamento da hipertensão arterial em um paciente com dissecção aórtica aguda pode ser iniciado com as seguintes drogas, EXCETO: a) nitroprussiato de sódio b) hidralazina c) diltiazem d) esmolol

45) A reação do tipo Jarisch-Herxheimer pode ocorrer durante o tratamento da seguinte doença infecciosa: a) tétano b) dengue c) leptospirose d) meningite meningocócica

46) A respeito da avaliação e condução de um paciente com crise asmática aguda, é correto afirmar que: a) a capacidade pulmonar total diminui durante a crise b) a ocorrência de leve hipercarbia é comum e não indica gravidade c) os corticoides administrados por via oral têm a mesma eficácia da via venosa d) o brometo de ipratrópio não acrescenta eficácia à nebulização com beta-2 agonista

47) São manifestações esperadas na cetoacidose diabética, EXCETO: a) leucocitose b) respiração superficial c) elevação da amilase sérica d) dor abdominal, simulando abdome agudo cirúrgico

48) A suspeita de infarto agudo do miocárdio, acometendo o ventrículo direito, aumenta quando há infarto concomitante da parede:

a) anterior b) inferior c) lateral d) septal

49) Na avaliação de um paciente que foi recebido na emergência em coma, deve-se suspeitar de intoxicação por opioide, diante do seguinte achado:

a) miose b) ataxia c) tremores d) espasticidade

50) Pacientes com neoplasias malignas, sob tratamento quimioterápico, devem receber antibioticoterapia empírica imediatamente em caso de febre e contagem de neutrófilos (por mm3) abaixo de:

a) 1500 b) 1000 c) 750 d) 500

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