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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS 24 o Encontro Espírita sobre “Medicina Espiritual” — Científica 1 1 CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS Ignácio Bittencourt Patrono Espiritual do Encontro SEÇÃO CIENTÍFICA 1 Tema: Magnetismo, Fluidos e Perispírito 20 de outubro de 2013 24 o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE “MEDICINA ESPIRITUAL”

Medicina Espiritual - Apostila24EEME_C1

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS 24o Encontro Espírita sobre “Medicina Espiritual” — Científica 1

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

Ignácio Bittencourt

Patrono Espiritual do Encontro

SEÇÃO CIENTÍFICA 1

Tema:

Magnetismo, Fluidos e

Perispírito

20 de outubro de 2013

24o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE

“MEDICINA ESPIRITUAL”

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Informações Gerais

Data: 20/10/2013 – Seção Científica 1 Horário: 8h às 8h30min – Chegada e Recepção 8h30min às 9h – Abertura/Deslocamento 9h – Estudo 10h30min – Intervalo 10h40min – Estudo 13h – Encerramento

Temas estudados até a presente data

Ano Tema Magnetismo em nossas vidas. O magnetismo como Lei Natural. Fluidos – A matéria invisível.

Todos os anteriores

Perispírito – O espelho da alma.

Coordenação do Encontro de Medicina Espiritual: Luiz Carlos Dallarosa Coordenação da Seção Científica: Marcio P. Gonçalves Organização do Conteúdo: Equipe de Estudo do Encontro Diagramação e Finalização: Depto. Editorial do CELD

CENTROS PARTICIPANTES LOCAL Data da

Realização

Centro Espírita Léon Denis Bento Ribeiro 20/10/2013

Centro Espírita Antonio de Aquino Mallet 20/10/2013

Centro Espírita Irmão Clarêncio Vila da Penha 20/10/2013

Centro Espírita Léon Denis (Cabo Frio) Cabo Frio 24/11/2013

Centro Espírita Israel Barcelos – somente Científica 2

Bento Ribeiro 03/11/2013

Centro Espírita Balthazar – somente Científica 1

Nova Sepetiba 27/10/2013

Centro Espírita Casa do Caminho Taquara 24/11/2013

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Sumário Objetivo Geral ................................................................................................. 4 Objetivo Específicos ....................................................................................... 4 Definição de Medicina Espiritual ..................................................................... 6 Considerações do Espírito Ignácio Bittencourt ............................................... 7

Tema 1– O Magnetismo em Nossa Vida................. ..................................... 8 Objetivo 1 – Constatar sua existência e conhecer seus fenômenos............... 9 Objetivo 2 – Entender os mecanismos envolvidos e o campo magnético natural.... 9 Objetivo 3 – O magnetismo humano............................................................. 11 Objetivo 4 – Constatar sua existência e conhecer seus fenômenos............. 12 Objetivo 5 – Entender os mecanismos envolvidos e o campo magnético humano — A aura humana........................................................................... 12 Objetivo 6 – Entender, por analogia do fenômeno magnético, o magnetismo do médium e mediunidade............................................................................ 13 Objetivo 7 – Compreender que o magnetismo está em todos os reinos da natureza está em todos os reinos da natureza ............................................. 15 Objetivo 8 – O grande magnetizador de todos os tempos — Jesus ............. 17 Tema 2 – Fluido, a Matéria Invisível ............... ........................................... 17 Objetivo 1 – Conhecimento da matéria......................................................... 18 Objetivo 2 – Estados da matéria ................................................................... 19 Objetivo 3 – Matéria elementar ..................................................................... 19 Objetivo 4 – Definição de fluido .................................................................... 20 Objetivo 5 – Modificações da matéria (fluido) ............................................... 22 Objetivo 6 – Propriedades da matéria (fluido)............................................... 24 Objetivo 7 – Utilização da matéria e suas transformações ........................... 25 Objetivo 8 – O pensamento e a qualidade dos fluidos.................................. 27 Tema 3 – O Perispírito, o Espelho da Alma .............................................. 27 Objetivo 1 – O perispírito não é uma estrutura homogênea.......................... 28 Objetivo 2 – Sua constituição tem uma variedade de estruturas fluídicas existentes no Universo.................................................................................. 30 Objetivo 3 – O perispírito tem propriedades inerentes a estes fluidos .......... 32 Objetivo 4 – O perispírito tem sua constituição alterada pelo pensamento .. 33 Objetivo 5 – As encarnações sucessivas alteram sua estrutura ................... 34 Objetivo 6 – A função do perispírito como elo entre o espírito e o corpo...... 35 Objetivo 7 – O homem segundo a ótica espírita ........................................... 35 Objetivo 8 – As propriedades e características do perispírito ....................... 37 Objetivo 9 – As gradações perispirituais....................................................... 37

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Objetivo Geral

Promover o estudo do magnetismo, dos fluidos e do perispírito para que todos entendam os trabalhos executados nas casas espíritas e a presença constante dos bons espíritos em auxílio a todos que os chamam.

Analisá-los, pelo aspecto da ciência e do Espiritismo, ressaltando a importância da reencarnação como fator preponderante na evolução e no aperfeiçoamento do poder magnético, da qualidade dos fluidos e da sutili-zação do perispírito.

Objetivos Específicos

Tema 1 – Identificar o Magnetismo em Nossas Vidas, Entender o Magnetismo como Lei Natural

Constatar, a partir do caso estudado, a existência do magnetismo e de seus efeitos físicos e morais, identificando os fatores que causam a atração entre os seres. A atração entre os seres será o FATO, e o magnetismo mineral será apresentado como ponto de partida para o entendimento do magnetismo humano. Nesse contexto, exploraremos os conhecimentos so-bre o magnetismo natural e apresentaremos conceitos da Ciência material acerca do conhecimento dos ímãs e seus fenômenos.

Entender que a matéria constituinte do fluido do ímã tem como origem a sua matéria constituinte: átomos � prótons + nêutrons e elétrons e, como resultado, anunciar a existência de um campo eletromagnético exis-tente em todos os elementos materiais.

Entender, analogamente, que o ser humano, por ter uma constituição material semelhante à dos demais corpos terrestres, também apresenta um campo eletromagnético resultante da sua constituição.

Entender as diferenças entre o campo eletromagnético humano e os demais corpos materiais.

Relembrar o conceito apresentado por André Luiz sobre o campo que reveste o ser humano (túnica eletromagnética ou aura humana).

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Concluir que há um agente que qualifica e diferencia o seu campo eletromagnético dos demais corpos materiais (o espírito).

Perceber que o espírito utiliza este campo eletromagnético como meio de ação do magnetismo humano.

Entender que o processo de encarnações sucessivas faz com que o espírito aprimore esse campo e amplie sua ação.

Concluir que o magnetismo é uma Lei Natural, por estar presente em toda a Natureza.

Tema 2 – Aprofundar o Conhecimento sobre Fluidos, a Matéria Invisível

Entender que o fluido referenciado pelos espíritos, na Codificação, é o mesmo que se manipula no momento do passe e que esse elemento material sofre a ação do espírito.

Entender que toda transformação material no Universo parte de um único elemento — O Fluido Cósmico Universal — matéria-prima de Deus.

Perceber que, como cocriadores em plano menor, conforme define André Luiz, manipulamos fluido em nossas vidas, no dia a dia, criando e modificando os elementos materiais à nossa volta, agindo mediante nosso conhecimento e vontade.

Identificar o fluido como a matéria que existe em uma infinidade de modificações, com diversas estruturas e diferentes propriedades.

Concluir que toda matéria existente no Universo é uma modificação do Fluido Cósmico Universal.

Perceber que agimos sobre as partículas mais sutis do fluido, pela ação de nosso pensamento.

Perceber que o fluido é o agente material de nosso magnetismo.

Entender que ao recebermos ou aplicarmos um passe estamos movimentando essas partículas materiais, que mesmo invisíveis aos nossos olhos,

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como os fluidos do ímã, também produzem uma ação que muitas vezes não percebemos, enquanto que os seus efeitos podem ser percebidos.

Tema 3 – Aprofundar o Conhecimento sobre Perispírit o, o Espe-lho da Alma

Consolidar o estudo com a apresentação do perispírito como a mais importante transformação do Fluido Cósmico Universal, suas características e propriedades, como:

� O perispírito não é uma estrutura homogênea.

� Sua constituição tem uma variedade de estruturas fluídicas existentes no Universo.

� O perispírito tem propriedades inerentes a estes fluidos.

� O perispírito tem sua constituição alterada pelo pensamento.

� As encarnações sucessivas alteram sua estrutura.

� A função do perispírito como elo entre o espírito e o corpo.

� O homem segundo a ótica espírita.

� As propriedades e características do perispírito.

� As gradações perispirituais.

Definição de Medicina Espiritual

A Definição de Medicina Espiritual apresentada pelos espíritos que dirigem os trabalhos no CELD:

“É a atividade exercida pelos espíritos que, utilizando recursos fluídicos, magnéticos e espirituais, promove a cura dos indivíduos, embora comumente se inclua, nesta categoria, a ação curadora por medicamentos ou por recursos cirúrgicos.”

“A Medicina Espiritual é a medicina dos espíritos e dos homens que agem com os espíritos sendo médiuns dos espíritos.”

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“O plano espiritual configurado nos espíritos age pelo magnetismo e pelos fluidos, que são movimentados pela nossa vontade para a cura dos corpos.”

“Os médiuns são os intérpretes e o conhecimento da Lei de magnetismo e do fluido, das reações dos indivíduos, precisa ser trazido ao encontro tão somente com o objetivo de clarear a ação espiritual.”

Pelo Espírito Balthazar – psicofonia no CELD

Considerações do Espírito Ignácio Bittencourt

“...Se o corpo reflete o que há no espírito, quem precisa ser curado primeiro? O espírito. A medicina espiritual há de ser associada à medicina humana, encarnada, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra vai cuidar do espírito...”

“...Os homens precisam entender que a ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial energético que se desprende das mãos de um médium atinge o corpo, mas não é para substituir pura e simplesmente a medicação terrena, e sim para botar o corpo em condições de equilíbrio, e até de receber a medicação terrena...”

“...A Medicina Espiritual socorre o perispírito e socorre o corpo também, mas ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada um age no seu campo, cada um tem a sua esfera de ação, cada um tem seu papel no seu momento... Toda ação fluídica, toda ação curativa, todo o trabalho da Medicina Espiritual é feito para auxiliar o espírito. Nós não viemos substituir os médicos, e sim ajudar o corpo físico através do corpo espiritual, o que a grande maioria de médicos não acredita; eles creem que tudo é matéria. Eles precisam sentir que nós estamos lidando com elemento fluídico, palpável, capaz de curar; mas ninguém está querendo substituir o médico na sua missão de cura. Isto por quê? Porque existem aqueles que creem que a Medicina Espiritual deve substituir a material, a de encarnado, tanto quanto existem aqueles que, encarnados, descreem da Medicina Espiritual. O nosso papel está, justamente, em estabelecer, em mostrar e delimitar esta fronteira. O estudo do magnetismo e da sua ação, o estudo do fluido e da sua ação, o estudo do perispírito e de seus limites, é pois, autenticamente, a base segura em que a área científica deve estar preparada...”

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Tema 1 – O Magnetismo em Nossa Vida

Um Caso de Obsessão

(No Mundo Maior – caps. 3, 4 e 5 – Estudando o cérebro – F.C.X. – André Luiz)

Pedro encontra-se hospitalizado devido ao assédio espiritual de Camilo, a quem assassinara numa discussão por dinheiro. É que, desde a infância, Pedro havia trabalhado para Camilo num pequeno comércio. Atingindo a maioridade, o rapaz exigiu o pagamento por todos aqueles anos trabalhados. Camilo negou-se, alegando as fadigas que também tivera para assisti-lo na infância e na juventude. Dispunha-se até a ajudá-lo no mundo dos negócios, pois até ali guardara-o a conta de um filho, mas não pagaria um vintém referente àquele tempo trabalhado. Estalou-se a contenda e, no auge da ira, Pedro, encolerizado, assassinou Camilo.

Antes, porém, de fugir do local, Pedro foi ao cofre e retirou a impor-tância que julgava merecer, deixando parte do dinheiro para despistar o crime cometido, cuja notícia logo se espalhou.

Devido à falta de pistas, a polícia não conseguiu esclarecer o homicídio até sua origem. Pedro conseguira enganar os homens, mas não a si mesmo. Preso na ideia de vingança, Camilo o seguia perseverante, apegado à sua organização mental, tal uma hera sobre um muro viscoso.

Pedro fez tudo para atenuar-lhe o assédio. Mudou-se de cidade, dedicou-se a inúmeros empreendimentos lucrativos, mas não tinha paz. Casou-se com uma jovem de alma extremamente elevada. Tiveram cinco filhinhos, os quais, de certa forma, o ajudavam a se equilibrar, apesar de Camilo, sua vítima de outrora, nunca tê-lo deixado, fazendo com que Pedro, mesmo amparado pelas afeições da esposa, não conseguisse se libertar do remorso constante.

Interessado no bem-estar familiar e, ao mesmo tempo, em esquecer o passado, Pedro se dedicava, cada vez, mais ao trabalho, do qual saía esgotado pela fadiga do corpo. Deitava-se à noite, mas levantava abatido e cansado no dia seguinte por duelar inutilmente com Camilo nas horas de sono. O duelo desequilibrou a organização perispiritual de Pedro, refletindo-se na zona motora do corpo, provocando-lhe o caos orgânico e sua internação hospitalar.

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Pedro Camilo

Fato

Interesse pessoal envolvido

Conflito de interesses

Ato impensado Ofensa registrada

Consciência culpada Sentimento de traição

Obsessão Assédio

Fuga - depressão Desejo de vingança - ódio

Doença

Intervenção

Tratamento

Objetivo 1 – Constatar sua existência e conhecer se us fenômenos

⇒ Entender a existência do magnetismo humano nas relações de simpatia e antipatia entre os seres humanos.

Identifiquem os pontos da ação magnética entre as personagens do caso apresentado.

� Ligação entre os seres (encarnados e desencarnados).

� Ação de obsessão.

� Repercussão no físico devido ao embate entre os espíritos, durante a fase do sono do encarnado, gerando fadigas e doenças perceptíveis no plano material.

⇒ A ação do magnetismo no caso apresentado.

Objetivo 2 – Entender os mecanismos envolvidos e o campo magnético natural

⇒ Lembrar do ímã natural, que atrai determinados materiais ferrosos; por fenômeno análogo, os homens e os espíritos se atraem. É o chamado magnetismo humano.

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No ímã natural temos os seguintes mecanismos envolvidos:

� Campo magnético; linhas de força; fluido magnético e a polaridade magnética

� Tudo isto é consequência de uma arrumação molecular nas ligas metálicas dos materiais magnéticos: o FERRO, o NÍQUEL e o COBALTO

Alguns fatores são importantes de se conhecer no ímã natural:

� Foram atribuídas polaridades Norte e Sul

� As linhas de força tendem a formar um círculo, saindo de um polo a outro

� As linhas de força são sempre paralelas e não se cruzam; por isso, quando se aproximam dois ímãs com mesma polaridade, eles se re-pelem

� As linhas de força formam um feixe chamado de fluido magnético

� Nos ímãs naturais, este feixe é contínuo, sem interrupção

� O fluido magnético pode penetrar nos elementos materiais e, também, por meio de alguns materiais, obter caminho preferencial; como os materiais metálicos

Formação das linhas de força com as limalhas

Características das linhas de força

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Objetivo 3 – O magnetismo humano

Conceitos Doutrinários

387. A simpatia tem sempre por princípio um anterior conhecimento?

“Não; dois espíritos que se agradam mutuamente naturalmente se procuram, sem que se tenham conhecido como homens.”

388. Os encontros de certas pessoas, que algumas vezes ocorrem e se atribuem ao acaso, não seriam o efeito de uma espécie de relação de simpatia?

“Há, entre os seres pensantes, ligações que não conheceis ainda. O magnetismo é o piloto desta Ciência que, mais tarde, compreendereis melhor.”

O Livro dos Espíritos

“…Entre tais fluidos, há os tão intimamente ligados à vida corporal que, de certa forma, pertencem ao meio terreno. Em falta de observação mais direta, seus efeitos podem observar-se como se observam os do fluido do ímã, fluido que jamais se viu, podendo-se adquirir sobre a natureza deles conhecimentos de alguma precisão. É essencial este estudo porque está nele a chave de uma imensidade de fenômenos que não se consegue expli-car unicamente com as leis da matéria...”

A Gênese – cap XIV – Elementos fluídicos

Conclusão

Perceber que estes pequenos fatos apresentados, que passam quase despercebidos em nossas vidas, têm muito a ver com o magnetismo hu-mano.

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Objetivo 4 – Constatar sua existência e conhecer se us fenômenos

A atração contínua, ação do magnetismo entre os seres, a força magnética, prende o indivíduo aos fatos marcantes de sua vida, sejam bons ou maus, duas individualidades atraídas pela mente fixa nos instintos primários, vamos estudar o mecanismo desta atração e ligação.

Conclusão

Constatando a existência do magnetismo humano pelo exemplo do caso, trazer exemplos de outros livros e casos semelhantes ao assunto.

Objetivo 5 – Entender os mecanismos envolvidos e o campo mag-nético humano – A aura humana

A ligação de cérebro a cérebro, o mecanismo de atração entre os seres, sintonia e afinidade são mecanismos pertinentes ao processo do magnetismo humano, tudo isto só ocorre devido a particularidades dos ho-mens e espíritos.

⇒ Esclarecido por André Luiz, no texto “A Aura Humana”

AURA HUMANA — Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de força”, em torno dos corpos que as exteriorizam.

Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza.

No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura.

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Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda.

Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovoide, não obstante a feição irregular em que se configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em que todas as ideias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhança como no cinematógrafo comum.

Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou deprimentes.

André Luiz, Evolução em Dois Mundos, cap. XVII

Psicografia de Francisco Cândico Xavier, FEB

Conclusão

Constatando a existência do campo eletromagnético humano, coisa que a ciência já consegue perceber, mas, pelas experiências, demonstra pouco sua ação.

Objetivo 6 – Entender, por analogia do fenômeno mag nético, o magnetismo do médium e a mediunidade

Pelas condições de atração, pelos desequilíbrios, semelhantes se atraem nos encarnados ou desencarnados, pelas vibrações emitidas pelo cérebro, atraindo ou repelindo outros companheiros. Atração ao bem ou ao mal, de acordo com as nossas vontades.

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⇒ Nossas irradiações do pensamento funcionam como ímãs, atrain-do ou repelindo outros pensamentos.

⇒ Nossas escolhas, nossos desejos e sentimentos são exteriori-zados.

⇒ Os fenômenos que ocorrem no ímã ocorrem de forma análoga nos homens e médiuns.

INDUÇÃO MAGNÉTICA É a capacidade de transmitir as caracterís-ticas magnéticas a outro corpo, temporaria-mente.

PERMEABILIADE

MAGNÉTICA

É a capacidade que o material tem de deixar que as linhas de força penetrem-no mais facilmente.

RELUTÂNCIA MAGNÉTICA É o oposto de permeabilidade magnética.

Conceitos Doutrinários

O Espiritismo e o Magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhe-cimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.

Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 555

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Objetivo 7 – Compreender que o magnetismo está em t odos os reinos da natureza

CAMPO DA AURA — Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares. Evidenciam-se essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espontâneo de autoexteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelem simpá-ticos. E, desse modo, estende a própria influência que, à feição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância do fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se no Universo infinito.

Mecanismos da Mediunidade – André Luiz,

Psicografia de Francisco Cândido Xavier/Waldo Vieira – Editora FEB

Quando nos lembramos do ímã natural e de seu campo magnético, vimos que o campo magnético do ímã é automático e contínuo, sem inter-rupção. O do homem também é, com a diferença de que, nele, o pensa-mento cria um campo magnético pró-prio e individualiza-o.

Importante lembrar de que o campo magnético do ímã, como o do homem, que modificam a matéria à sua volta, são instâncias sutis dos elementos materiais.

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Neste texto, André Luiz deixa claro como circulam, em nosso redor, os pensamentos gerados por nós. Vemos que o autor, nos dois textos, usa o termo:

SINERGIA FUNCIONAL

Dicionário Houaiss – Rubrica: fisiologia

� Ação associada de dois ou mais órgãos, sistemas ou elementos anatômicos ou biológicos, cujo resultado seja a execução de um movimento ou a realização de uma função orgânica.

� Ação ou esforço simultâneos; cooperação, coesão; trabalho ou operação associados.

Isto para nos informar de que da associação dos órgãos, físicos e perispirituais, surge a aura humana e o campo de ação da mesma, por onde circulam nossos pensamentos, de forma automática, exteriorizando nossos mais íntimos desejos.

⇒ Entender que este mecanismo está presente em todos os seres da criação; o automatismo e o comando de suas funções vêm aprimorando-se através da evolução das espécies e no homem pela reencarnação:

Reencarnações

Princípio inteligente Espírito

Sensação �Automatismo � Instinto � Inteligência Rudimentar � Reflexão avançada

Campo Magnético Estático � Campo Magnético Dinâmico

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Objetivo 8 – O grande magnetizador de todos os temp os — Jesus

A exemplo do Cristo, a ação de uma vibração de envolvente amor poderá dissolver o ódio entre as criaturas, ação de acordo com sua condição, um campo magnético alterando o outro, desta vez com a intenção do auxílio e do amor. O apelo sincero é o magnetismo que movimenta os mundos na regeneração. Com o poder da ação magnética, lembramos da ação de Jesus.

Conclusão

Entender que todos os indivíduos têm em torno de si uma “atmosfera particular”, uma “túnica de forças eletromagnéticas”, proveniente das vibrações da matéria que os constituem, das energias que circulam neste sistema. Porém, esta túnica será enriquecida pela atuação dos pensamentos, cujas irradiações espelham as emanações do mundo íntimo de cada um. É através deste conjunto que influen-ciamos e somos influenciados, atraindo para nós aqueles que conosco se afinizam. É pela emanação consciente deste fluido que ministramos o passe com intenção de obter a cura.

O homem ainda não conseguiu isolar o fluido do ímã, ou seja, sabe que ele existe, percebe seus efeitos, mas sua origem ainda é teoria.

Tema 2 – Fluido, a Matéria Invisível

Um caso de obsessão (continuação)

(No Mundo Maior – caps. 3, 4 e 5 – Estudando o cérebro – F.C.X. – André Luiz)

É nesse estado que André Luiz e Calderaro encontram o doente e o obsessor para prestar auxílio. André comenta que eles pareciam visceral-mente jungidos um ao outro, tal a abundância de fios tenuíssimos que os entrelaçavam, desde o tórax à cabeça, e se afiguravam para André dois prisioneiros de rede fluídica. Calderaro comenta que são dois enfermos: um na carne, outro fora dela e que ambos trazem o cérebro intoxicado, sinto-nizando-se absolutamente um com o outro. O atendimento é prestado e Pedro dorme.

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Diante da situação, André pergunta a Calderaro porque não apro-veitavam o sono de Pedro para socorrerem os dois enfermos com palavras de esclarecimento. Calderaro afirma que falariam em vão, porque ele e André ainda não sabiam amá-los como se eles fossem seus irmãos ou seus filhos.

— A providência não foi, porém, esquecida — comenta Calderaro; e informa a André que a irmã Cipriana chegará para prestar socorro.

Quando Cipriana chega, Calderaro dirige-se a ela dizendo que seu esforço foi quase nenhum e que se resumiu em meros preparativos. Também ressalta que o conhecimento pode pouquíssimo, comparado com o muito que o amor pode sempre.

A irmã Cipriana acercou-se dos infelizes, postando-se em atitude de oração. Estendeu a mão para os dois desventurados, atingindo-o com seu amoroso magnetismo, e André Luiz percebe que o poder daquela mulher sublimada modificava o campo vibratório dos enfermos.

Com seu magnetismo amoroso e o poder divino de que era dotada, Cipriana consegue fazer com que o enfermo e o perseguidor a percebam, assim como a Calderaro e André.

— Mãe dos Céus! — Clamou Pedro, chorando convulsivamente — como vos dignais de visitar o criminoso, que sou eu? Sinto vergonha de mim mesmo, sou imperdoável pecador, abatido pela minha própria miséria... Vossa luz revela-me toda a extensão das trevas em que me debato!

— Pedro, meu filho, não sou quem julgas, no transporte de viva confiança que te sensibiliza a alma. Sou simplesmente tua irmã na eternidade...

Objetivo 1 – Conhecimento da matéria

Conceito Doutrinário

Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o

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ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apro-priados à produção de tais ou tais efeitos. Também carecem de denomi-nações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propul-são, etc.

Objetivo 2 – Estados da matéria

A matéria existe em condições que desconhecemos...

A ação sobre a matéria pelo espírito...

Origem da matéria

Perceberemos que a matéria existe em diversos estados, muito além dos estados mais conhecidos da matéria: o sólido, o líquido e o gasoso.

A ligação entre os seres encarnados e desencarnados é real; esta matéria deve ser conhecida e observada. Onde estaria a fonte da matéria observada?

Objetivo 3 – Matéria elementar O corpo fluido é análogo e semelhante ao corpo físico, assunto que

será desenvolvido no item 3, porém, observa-se nele a ação inicial de modificação material. Das transformações fluídicas, em razão da própria sutileza, proporcionam fenômenos que a ciência comum ainda não entende. Esses elementos não se enquadram nas famílias que conhecemos devido à diferença das suas características. Suas estruturas ainda não são conhecidas pela ciência em cada mundo, espiritual e/ou material; a matéria é própria ao desenvolvimento e utilização por cada indivíduo.

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⇒ Apresentamos abaixo o gráfico da gradação material locali-zando o Espírito, o Perispírito e o Corpo Físico.

FFFCCCUUU MMMAAATTTÉÉÉRRRIIIAAA DDDEEENNNSSSAAA

Estado de eterização Fluidos imponderáveis da Terra Estado de

materialização Matéria primitiva

Aglomeração da matéria primitiva

• Átomos em diferentes condições vibratórias

• Matéria mental – partículas mentais

• Átomos – associação de cargas positivas e negativas

• Obedecem a princípios idênticos no Universo e na es fera física

André Luiz – “Mecanismos da Mediunidade” – cap. IV

EEElll eeemmm eeennn ttt ooo sss ccc ooo nnn hhh eeeccc iii ddd ooo sss ---

TTTaaabbb eeelll aaa PPPeeerrr iii óóó ddd iii ccc aaa

⇒ O gráfico apresentado auxilia-nos ao entendimento sobre matéria, constituição da matéria e fluido.

Objetivo 4 – Definição de fluido

Conceito Doutrinário

22. Define-se geralmente a matéria como sendo o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?

“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.”

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?

“Sim, e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade

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universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propria-mente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

a) Esse fluido será o que designamos pelo nome de eletricidade?

“Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido uni-versal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente.”

29. A ponderabilidade é um atributo essencial da matéria?

“Da matéria como a entendeis, sim; não, porém, da matéria conside-rada como fluido universal. A matéria etérea e sutil que constitui esse fluido vos é imponderável. Nem por isso, entretanto, deixa de ser o princípio da vossa matéria pesada.”

A gravidade é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos não há peso, do mesmo modo que não há alto nem baixo.

30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?

“De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.”

31. Donde se originam as diversas propriedades da matéria?

“São modificações que as moléculas elementares sofrem, por efeito da sua união, em certas circunstâncias.”

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34. As moléculas têm forma determinada?

“Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.”

a) Essa forma é constante ou variável?

“Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das molé-culas secundárias, que mais não são do que aglomerações das primeiras, porque, o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.”

O Livros dos Espítitos, CELD

A força psíquica. Os fluidos. O magnetismo

O estudo dos fenômenos espíritas nos fez conhecer estados de matéria e condições de vida que a Ciência havia longo tempo ignorado. Ficamos sabendo que, além do estado gasoso e mesmo do estado radiante descoberto por W. Crookes, a matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis, que denominamos “fluidos”. À medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das formas da energia. E sob esse aspecto que se revela na maior parte das experiências de que falaremos nos capítulos seguintes.

Léon Denis, No Invisível, cap. 15, CELD

Objetivo 5 – Modificações da matéria (fluido)

Conceito Doutrinário

O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inu-merável variedade dos corpos da Natureza (Cap. X). Como princípio ele-mentar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tan-gível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. (Cap. IV, itens 10 e seguintes)

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Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contacto, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de espírito.

No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão variadas em gênero e mais numerosas, talvez, do que no estado de matéria tangível. Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos fenômenos peculiares ao mundo invisível.

Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produ-zirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.

Lá, porém, como neste mundo, somente aos espíritos mais escla-recidos é dado compreender o papel que desempenham os elementos constitutivos do mundo onde eles se acham. Os ignorantes do mundo invisível são tão incapazes de explicar a si mesmos os fenômenos a que assistem e para os quais muitas vezes concorrem maquinalmente, como os ignorantes da Terra o são para explicar os efeitos da luz ou da eletricidade, para dizer de que modo é que veem e escutam.

Allan Kardec, A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, cap. XIV

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Objetivo 6 – Propriedades da matéria (fluido)

Conceito Doutrinário

14. Os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles con-juntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determi-nada; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.

16. Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as proprie-dades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os espíritos maus, ou que estes projetam, são portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes.

17. ...Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atra-vessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos. Também carecem de denomi-nações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas pro-priedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de cari-dade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, pene-trantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos, tóxi-cos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão,

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etc. O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, as virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem.

18. ...O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de espírito a espírito pelas mes-mas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos am-bientes...

...Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma im-pressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

7. ...O perispírito, ou corpo fluídico dos espíritos, é um dos mais impor-tantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.

Allan Kardec, A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, cap. XIV

Objetivo 7 – Utilização da matéria e suas transform ações

Conceito Doutrinário

64. Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital será um terceiro?

“É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio.”

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Os órgãos se impregnam, por assim dizer, desse fluido vital e esse fluido dá a todas as partes do organismo uma atividade que as põe em comunicação entre si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alte-rados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.

A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo...

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm.

O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e, em certos casos, prolongar a vida prestes a extinguir-se.

Allan Kardec, O Livro dos Espíritos – Do Princípio Vital

18. Esse fluido penetra os corpos, como um oceano imenso. É nele que reside o princípio vital que dá origem à vida dos seres e a perpetua em cada globo, conforme a condição deste, princípio que, em estado latente, se conserva adormecido onde a voz de um ser não o chama.

Allan Kardec, A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, cap. VI

18. Combinando-se sem o princípio vital, o oxigênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono unicamente teriam formado um mineral ou corpo inorgânico; o princípio vital, modificando a constituição molecular desse corpo, dá-lhe propriedades especiais. Em lugar de uma molécula mineral, tem-se uma molécula de matéria orgânica. A atividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela ação do funcionamento dos órgãos, do mesmo modo que o calor, pelo movimento de rotação de uma roda. Cessada aquela ação, por motivo da morte, o princípio vital se extingue, como o calor, quando a roda deixa de girar.

Allan Kardec, A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, cap. X

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Objetivo 8 – O pensamento e a qualidade dos fluidos

Conclusão

Qualidade dos fluidos de Jesus!

Jesus utilizava-se dos mesmos fluidos existentes no planeta, mas sua ação era mais intensa e poderosa, isto porque seu perispírito, automatica-mente, selecionava os melhores fluidos do planeta.

Ação inconsciente ou consciente em nosso perispírito. Se no Tema 1 entendemos que o magnetismo é o mecanismo pelo qual agimos, até aqui, enten-demos que é pelo cérebro que esta ação ocorre em nosso mundo material.

⇒ Concluindo o entendimento deste Tema, percebemos que o espírito, encarnado ou desencarnado, manipula elementos sutis da Natureza pela ação de sua vontade e, para conclusão do entendimento entre os três Temas, vamos ao Tema 3, em que falaremos do perispírito, a transformação mais importante do fluido cósmico e sobre o qual o espírito tem pleno domínio.

Tema 3 – O Perispírito, o Espelho da Alma

Um caso de obsessão (continuação)

(No Mundo Maior – caps. 3, 4 e 5 – Estudando o cérebro – F.C.X. – A ndré Luiz)

Depois de prestar atendimento a Pedro e a Camilo, a irmã Cipriana confia o doente, cujo veículo denso descansava em hospital próximo e, num triunfante sorriso de ternura materna, enlaçou o ex-perseguidor murmurando:

— Abençoado sejas tu, que ouviste o apelo do perdão redentor. Que o Pai te abençoe para sempre! Vamos! A providência oferece trabalho regenerativo para todos nós.

Abraçou-se à figura repulsiva do ex-verdugo, aconchegou-o ao coração e aproximou-se de André e Calderaro, dizendo gentilmente:

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— Irmão Calderaro, agradeço-lhe o concurso fraterno. Nosso amigo sofredor seguirá em minha companhia. Espero localizá-lo em terreno de atividade restauradora.

Quando Cipriana retira-se, Calderaro toca o ombro de André e fala:

— O coração que ama está cheio de poder renovador. Certa feita, disse Jesus que existem demônios somente suscetíveis de renovação pelo jejum e pela prece. Às vezes, André, como neste caso, o conhecimento não basta: há que ser o homem animado da força divina, que flui do jejum pela renúncia, e da luz da oração, que nasce do amor universal.

André e Calderaro transportam Pedro para o leito. Em breve, ele despertava a sorrir, melhorado, quase feliz. Chamou a enfermeira, demonstrando novo brilho no olhar. Não sentia mais dor persistente no peito. Algo — refletia ele — expungira-lhe de negrores a cabeça, como a chuva benéfica lava e clareia um céu de chumbo.

Objetivo 1 – O perispírito não é uma estrutura homo gênea

Sendo o perispírito a transformação mais importante do Fluido Cós-mico Universal, apresentamo-lo como uma estrutura heterogênea e que tem propriedades inerentes à matéria — fluido — e tem sua constituição alterada pela ação do pensamento.

Tanto quanto o corpo físico, o perispírito é um corpo heterogêneo, constituído de elementos materiais mais diversos, sendo que elementos desnecessários são agregados a ele pela força de vontade; esta ação, química, física, que ocorre tanto no mundo material como no espiritual, modifica a matéria agregada no perispírito, sob o comando do cérebro de cada indivíduo.

⇒ Devemos entender que o perispírito, diferentemente do que poderia ter se pensado, não é uma estrutura homogênea, tal como o próprio corpo físico não é; convivem harmoniosamente nesta estrutura, os diversos elementos materiais em forma de gases, líquidos e sólidos.

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Conceitos Doutrinários

135. Há no homem alguma outra coisa além da alma e do corpo?

“Há o laço que liga a alma ao corpo.”

a) De que natureza é esse laço?

“Semimaterial, isto é, de natureza intermédia entre o espírito e o cor-po. É preciso que seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse laço é que o espírito atua sobre a matéria e recipro-camente.”

94. De onde tira o espírito o seu invólucro semimaterial?

“Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”

257.“...Haurido do meio ambiente, esse invólucro varia de acordo com a natureza dos mundos. Ao passarem de um mundo a outro, os espíritos mudam de envoltório, como nós mudamos de roupa, quando passamos do inverno ao verão, ou do polo ao equador. Quando vêm visitar-nos, os mais elevados se revestem do perispírito terrestre e então suas percepções se produzem como no comum dos...”

180. Passando deste planeta para outro, conserva o espírito a inteli-gência que aqui tinha?

“Sem dúvida; a inteligência não se perde. Pode, porém, acontecer que ele não disponha dos mesmos meios para manifestá-la, dependendo isto da sua superioridade e das condições do corpo que tomar.”

187. A substância do perispírito é a mesma em todos os mundos?

“Não; é mais ou menos etérea. Passando de um mundo a outro, o espírito se reveste da matéria própria desse outro, operando-se, porém, essa mudança com a rapidez do relâmpago.”

Allan Kardec, O Livro dos Espíritos – Do Princípio Vital

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Objetivo 2 – Sua constituição tem uma variedade de estruturas fluídicas existentes no Universo

⇒ A constituição do homem conforme entendimento preliminar:

� Espírito

� Perisipírito

Corpo Físico

A partir dos conceitos doutrinários contidos em O Li-vro dos Espíritos, apresentar a constituição geral do homem integral, conforme os ensinos dos espíritos.

Esta visão compreende o homem encarnado, pois ao desencarnar a constituição do mesmo ser será apenas do perispírito e espírito.

Conceitos Doutrinários : “O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em ‘Nosso Lar’, e tinha absoluta consCiência daquela movimentação em plano diverso. Minhas noções de espaço e tempo eram exatas. A riqueza de emoções, por sua vez, afirmava-se cada vez mais intensa”.

André Luiz, Nosso Lar – cap. 36 – O Sonho

“Com o auxílio do supervisor, o médium foi devidamente exteriorizado. A princípio, seu perispírito ou corpo astral estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhe-cidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o duplo etérico, formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.”

André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 11

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“RETRATO DO CAMPO MENTAL – para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio; o corpo espiritual retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação.

Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modi-ficado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja."

(3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que por agora não podemos defi-nir com mais amplitude de conceituação, além daquela com que tem sido apresentada pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre. (Nota do Autor Espiritual)

André Luiz, Evolução em Dois Mundos, cap. II

Segundo André Luiz, o corpo espiritual retrata em si o corpo mental que preside a sua formação e tem ainda um envoltório mais denso ligando-o ao corpo físico, chamado duplo etérico ou corpo etéreo.

O corpo mental é o envoltório sutil da mente.

O corpo espiritual é o retrato do corpo mental.

O duplo etérico é formado por emanações neuropsíquicas desintegra-se tal qual o corpo físico.

“Agora o ponto de vista científico, ou seja: a essência mesma do perispírito. Isso é outra questão. Compreendei primeiro moralmente. Resta apenas uma discussão sobre a natureza dos fluidos, coisa por ora inexplicável. A Ciência ainda não sabe bastante, porém lá chegará, se quiser caminhar com o Espiritismo. O perispírito pode variar e mudar ao infinito. A alma é o pensamento: não muda de natureza. Não vades mais longe por este lado; trata-se de um ponto que não pode ser explicado. Supondes que, como vós, também eu não perquiro? Vós pesquisais o perispírito; nós outros, agora, pesquisamos a alma. Esperai, pois.”

O Livro dos Médiuns – 1a parte – cap. IV – Espírito de Lamennais

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Objetivo 3 – O perispírito tem propriedades inerent es a estes fluidos

Devemos entender que os espíritos nunca disseram que o perispírito era um corpo uno e homogêneo. As informações que foram dadas à Kardec não foram ricas em detalhes, por um simples motivo: os conhecimentos científicos daquela época não eram suficientes para um entendimento mais profundo da constituição do perispírito. Este fato pode ser observado em O Livro dos Médiuns, parte primeira, cap. IV, Sistemas, item 51, quando o Espírito de Lamennais responde sobre a natureza íntima da alma e do peris-pírito, exposto acima.

Essas palavras são muito parecidas com as que Jesus disse: “Tenho muito para vos dizer, mas vós não entenderíeis”. O Espírito de Lamennais se referiu, especificamente, à nossa incapacidade de entender a natureza dos fluidos, para que pudéssemos ter maiores informações sobre o perispírito. Fica claro também, nesta mensagem, que novas informações viriam com o avanço da Ciência. Mas, mesmo com esta limitação, os espíritos, durante a Codificação, já nos acenavam com uma visão mais abrangente do perispírito, como no caso muito conhecido do fenômeno de bicorporeidade ocorrido com Santo Antônio de Pádua.

Perg. – Poderias explicar-nos esse fenômeno?

“Perfeitamente. Quando o homem, por suas virtudes, chegou a desmaterializar-se completamente; quando conseguiu elevar sua alma para Deus, pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo. Eis como: o espírito encarnado, ao sentir que lhe vem o sono, pode pedir a Deus lhe seja permi-tido transportar-se a um lugar qualquer. Seu espírito, ou sua alma, como quiseres, abandona então o corpo, acompanhado de uma parte do seu peris-pírito, e deixa a matéria imunda num estado próximo da morte. Digo próximo do da morte porque no corpo ficou o laço que liga o perispírito e a alma à matéria, laço este que não pode ser definido. O corpo aparece então no lugar desejado. Creio ser isto o que queres saber.”

O Livro dos Médiuns – 2a parte – cap. VII – item 119 – Santo Afonso de Liguori

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Nos dias atuais, a ciência trouxe ao conhecimento popular proprie-dades que eram desconhecidas na época de Kardec, como, certamente, nos trará novos conhecimentos ainda não estudados nos dias atuais, como o Perispírito é uma construção material, este deve ser carregado das proprie-dades da matéria.

Objetivo 4 – O perispírito tem sua constituição alt erada pelo pen-samento

Diversos livros da literatura espírita apresentam influências causadas no físico pelas ações e pensamento do próprio ser; porém, também sofre neste caso o perispírito, corpo de relação do espírito. Vejamos o exemplo apresentado por André Luiz no Cap. XX do livro Os Mensageiros:

“— Mas... e as armas? — perguntei — acaso são utilizadas?

— Como não? — disse Alfredo, pressuroso — não temos balas de aço, mas temos projéteis elétricos. Naturalmente, a ninguém atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de extermínio.

— No entanto — aduzi, sob forte impressão —, qual o efeito desses projéteis?

— Assustam terrivelmente — respondeu ele, sorrindo — e, sobretudo, demonstram as possibilidades de uma defesa que ultrapassa a ofensiva.

— Mas apenas assustam? — tornei a interrogar.

Alfredo sorriu mais significativamente e acrescentou:

— Poderiam causar a impressão de morte.

— Que diz! — exclamei com insofreável espanto.

O administrador meditou alguns instantes, e, ponderando, talvez, a gravidade dos esclarecimentos, obtemperou:

— Meu amigo! meu amigo! se já não estamos na carne, busquemos desencarnar também os nossos pensamentos. As criaturas que se agarram, aqui, às impressões físicas, estão sempre criando densidade para os seus veículos de manifestação, da mesma forma que os espíritos dedicados à região superior estão sempre purificando e elevando esses mesmos veí-culos.

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Nossos projéteis, portanto, expulsam os inimigos do bem através de vibrações do medo, mas poderiam causar a ilusão da morte, atuando sobre o corpo denso dos nossos semelhantes menos adiantados no caminho da vida. A morte física, na Terra, não é igualmente pura impressão e ninguém desa-parece. O fenômeno é apenas de invisibilidade ou, por vezes, de ausência. Quanto à responsabilidade dos que matam, isto é outra coisa. E além desta observação, que é da alçada da Justiça Divina, temos a considerar, igual-mente que, nesta esfera, o corpo denso modificado pode ressurgir todos os dias, pela matéria mental destinada à produção dele, enquanto que, para obter o corpo físico, almas há que trabalham, por vezes, durante séculos...

Vicente e eu caláramos, estupefatos.”

André Luiz, Os Mensageiros, cap. XX

Psicografia de Francisco Cândido Xavier, FEB

Desta forma, entendemos que a agregação de elementos pesados em nossa densidade espiritual é por nossa própria conta, e que, automati-camente, a instalamos em nossos veículos de relação por conta de nossa posição mental.

Objetivo 5 – As encarnações sucessivas alteram sua estrutura

⇒ Apresentando mais uma vez o quadro da transformação da matéria, solicitar ao encontrista que localize o espírito, mesmo sabendo que ele não é uma derivação material; ele deverá ter um ponto de contato com o conjunto – perispírito + corpo físico.

Se os espíritos definem que o espírito é alguma coisa extremamente sutil além da matéria-prima do universo — FCU — o mesmo deve fazer con-tato com o elemento primitivo, ou seja, o fluido na sua pureza.

Assim, pela vontade, o espírito gera uma força — Pensamento — agindo nas moléculas mais sutis de nosso ser, moléculas estas que partem de nosso perispírito, que dependendo de sua expansão apenas circulam em nosso redor — túnica eletromagnética — ou pode chegar às ações físicas no mundo de relação.

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Esse mecanismo é tão automático como os que André Luiz relata em seu livro. E o homem, com seu pensamento, age continuamente, sobre a matéria sutil ao seu redor, modificando esta atmosfera peculiar, impreg-nando-a com sua vontade, seus desejos mais íntimos, que para os demais espíritos é tão material quanto o nosso corpo.

Desta forma, encarnação após encarnação, vai o espírito, trans-formando seu perispírito, melhorando continuamente, fazendo com que seus fluidos e matéria constituintes sejam os mais sutis possíveis.

Objetivo 6 – A função do perispírito como elo entre o espírito e o corpo

⇒ Voltamos a estudar o ímã do primeiro tema e lembrar:

� O ímã não consegue eliminar seu campo magnético

� O ímã modifica algum tipo de matéria à sua volta

� O fluido magnético do ímã não pode ser armazenado

� Ninguém duvida da existência deste fluido magnético

� Então, por que duvidar da capacidade do homem em ter as mesmas propriedades só que agindo em matéria um pouco diferenciada?

Objetivo 7 – O homem segundo a ótica espírita

No livro A Evolução do Princípio Inteligente, de Durval Cianponi, este relata uma entrevista efetuada na FESP — Federação Espírita do Estado de São Paulo, em 24/9/1984, onde um guia da casa, acredita-se ter sido André Luiz, informa:

“O perispírito compõe-se de diversos corpos, que vão se superpondo em camadas, até atingir sua forma mais alva e sutil. Estes corpos são os seguintes: corpo etéreo, corpo astral e corpo mental.

O corpo mental, por sua vez, compõe-se de muitos outros corpos, conforme o grau de evolução do espírito. Estes corpos são: corpo mental inferior, corpo mental médio, corpo mental superior e corpo mental sublime.

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Após este nível, temos a espiritualidade maior, onde o perispírito se apresenta em outros graus, até perder seu peso específico.

Os chacras localizam-se em todo esse conjunto, atravessa todas as camadas. Se se diz que está no duplo etéreo, está a dizer-se que a atuação mental está no duplo, que neste caso torna a parte atuante.”

Diante desta afirmativa, entendemos nos dias de hoje que uma consti-tuição provável do perispírito, e de forma didática, seja a que se apresenta a seguir.

Espírito

Corpo Mental:

• Mental sublime

• Mental superior

• Mental médio

• Mental inferior

Corpo Espiritual

Duplo Etéreo – Fluido terrestre

Corpo Físico – Matéria terrestre

Corpo Mental � envoltório sutil da mente presente des-de a criação do espírito, com as suas quatro (4) subdivi-sões (sublime, superior, mé-dio e inferior). É nesse corpo que ficam gravadas as ex-periências adquiridas pelo espírito.

Corpo Espiritual ou Corpo Astral ou Psicossoma � É o retrato do corpo mental. Corpo de relação do espí-rito, quando separado do corpo físico. Esta sepa-ração pode ser temporária, como no desdobramento que ocorre durante o sono físico ou definitiva no fenômeno da morte.

Corpo Etéreo ou Duplo Etéreo � corpo formado de eflúvios vitais na sua maior parte emanados do neuropsiquismo do corpo físico, ambos desaparecem após a morte. É a parte que permanece junto ao corpo físico quando o espírito deste se separa temporária ou definitivamente. É a parte do perispírito citada por Sto. Afonso de Liguori.

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Objetivo 8 – As propriedades e características do p erispírito

Compreendemos, neste momento, o porquê de os espíritos terem nos recomendado estudar o ímã e o magnetismo primeiramente.

Unindo o estudo dos três Temas, podemos afirmar:

⇒ Com o efeito magnético análogo ao do ímã, o ser tem o seu cam-po magnético de ação.

⇒ Como à sua volta tudo é matéria, sutil ou densa, a mesma pode ser modificada de acordo com as Leis da Natureza.

⇒ O perispírito, como elemento material heterogêneo, propicia ao espírito ação sob a matéria, agindo sobre as moléculas mais sutis que compõem nosso corpo perispiritual; este, por sua vez, age no físico, que está ligado molécula a molécula.

⇒ Desta forma, reapresentamos a figura do campo da aura do ser encarnado, esclarecendo que o Ser, através da sua vontade, materializada pelo pensamento, modifica os elementos sutis à sua volta, modificando seu campo magnético mental, pondo-se em comunicação fluídica com os demais espíritos.

Objetivo 9 – As gradações perispirituais

Conclusão

Analisando o trecho do caso em estudo sobre a permanência de um corpo de relação após a morte do corpo físico, André Luiz nos apresenta o seguinte esclarecimento:

“...O corpo perispiritual humano, vaso de nossas manifestações, é, por ora, a nossa mais alta conquista na Terra, no capítulo das formas. Para as almas esclarecidas, já iluminadas de redentora luz, representa ele uma ponte para o campo superior da vida eterna, ainda não atingido por nós mesmos; para os espíritos vulgares, é a restrição indispensável e justa; para as consciências culpadas, é cadeia intraduzível, pois, além do mais, registra os erros cometidos, guardando-os com todas as particularidades vivas dos negros momentos da queda. O gênero de vida de cada um, no invólucro carnal, determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso...”

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O espírito, através das reencarnações, consegue tornar cada vez mais sutil a estrutura do perispírito. Também, como intermediário entre o espírito e o corpo físico, é capaz de transferir o equilíbrio do espírito para o corpo físico.

Este estudo não é tudo, é apenas o início de uma jornada para entendermos os mecanismos envolvidos no magnetismo humano, nos passes e nas curas.

Desta forma, todos estão convidados a participar do próximo estudo.

Sessão Científica 2, com os temas:

� Tema 1 – A Ciência e a Medicina Espiritual

� Tema 2 – O Homem e os Fluidos Curadores

� Tema 3 – Medicina Espiritual e a Cura da Alma

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