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MENSURAÇÃO DA LUCRATIVIDADE DE PRODUTOS DE UMA INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS NORTE-RIO-GRANDENSE INTEGRANDO A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO COM A TEORIA DAS RESTRIÇÕES ISADORA CRISTINA MENDES GOMES (UFERSA ) [email protected] Abraao Freires Saraiva Junior (UFERSA ) [email protected] Cristiane de Mesquita Tabosa (UFERSA ) [email protected] O conhecimento da lucratividade que um produto provém para determinada organização é uma informação gerencial que deve ser considerada na tomada de decisões. Tendo identificados os custos e despesas pertinentes ao processo, obtém-se a margeem de contribuição deste e, a partir disso, podem ser feitas análises diversas que podem embasar ações diversas no âmbito intraorganizacional e com relação ao posicionamento da empresa no mercado. Além de se apoiarem na lucratividade dos produtos, gestores devem considerar também a disponibilidade dos recursos que dispõem para que as manufaturas sejam fabricadas. Considerando essas duas premissas, o estudo foca-se na integração do conceito de margem de contribuição e Teoria das Restrições na mensuração da lucratividade de produtos de uma indústria de implementos rodoviários norte-rio-grandense. Dessa forma, optou-se por realizar um estudo no processo produtivo de uma linha de produção de indústria do setor, pautando-se na elaboração de uma pesquisa bibliográfica referente aos temas inerentes ao desenvolvimento do estudo, proposição e aplicação de método para consecução dos objetivos. O método proposto foi dividido em três fases principais, que por sua vez foram seccionadas em dez etapas, no total, a fim de respaldar o desenvolvimento de cálculos que apontassem a lucratividade dos implementos, bem como fosse identificada a restrição do sistema produtivo. O desenvolvimento do estudo teve como principal conclusão a demonstração da influência da utilização do recurso com restrição de capacidade na determinação da lucratividade dos implementos rodoviários analisados, uma vez que foi evidenciada que o posto de produto que apresenta menor lucratividade entre os estudados é alterado entre a carroceria carga seca grade baixa de 4,30X2,25X0,40 para o implemento com dimensões de 5,50X2,25X0,40 XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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MENSURAÇÃO DA LUCRATIVIDADE

DE PRODUTOS DE UMA INDÚSTRIA DE

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS

NORTE-RIO-GRANDENSE

INTEGRANDO A MARGEM DE

CONTRIBUIÇÃO COM A TEORIA DAS

RESTRIÇÕES

ISADORA CRISTINA MENDES GOMES (UFERSA )

[email protected]

Abraao Freires Saraiva Junior (UFERSA )

[email protected]

Cristiane de Mesquita Tabosa (UFERSA )

[email protected]

O conhecimento da lucratividade que um produto provém para

determinada organização é uma informação gerencial que deve ser

considerada na tomada de decisões. Tendo identificados os custos e

despesas pertinentes ao processo, obtém-se a margeem de contribuição

deste e, a partir disso, podem ser feitas análises diversas que podem

embasar ações diversas no âmbito intraorganizacional e com relação

ao posicionamento da empresa no mercado. Além de se apoiarem na

lucratividade dos produtos, gestores devem considerar também a

disponibilidade dos recursos que dispõem para que as manufaturas

sejam fabricadas. Considerando essas duas premissas, o estudo foca-se

na integração do conceito de margem de contribuição e Teoria das

Restrições na mensuração da lucratividade de produtos de uma

indústria de implementos rodoviários norte-rio-grandense. Dessa

forma, optou-se por realizar um estudo no processo produtivo de uma

linha de produção de indústria do setor, pautando-se na elaboração de

uma pesquisa bibliográfica referente aos temas inerentes ao

desenvolvimento do estudo, proposição e aplicação de método para

consecução dos objetivos. O método proposto foi dividido em três fases

principais, que por sua vez foram seccionadas em dez etapas, no total,

a fim de respaldar o desenvolvimento de cálculos que apontassem a

lucratividade dos implementos, bem como fosse identificada a restrição

do sistema produtivo. O desenvolvimento do estudo teve como

principal conclusão a demonstração da influência da utilização do

recurso com restrição de capacidade na determinação da lucratividade

dos implementos rodoviários analisados, uma vez que foi evidenciada

que o posto de produto que apresenta menor lucratividade entre os

estudados é alterado entre a carroceria carga seca grade baixa de

4,30X2,25X0,40 para o implemento com dimensões de 5,50X2,25X0,40

XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos

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quando considerado o consumo de recurso restrição de recurso,

mesmo não alterando as demais posições dos produtos estudados.

Palavras-chaves: Lucratividade, Margem de Contribuição, Teoria das

Restrições, Implementos Rodoviários

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1. Introdução

No que concerne à movimentação de cargas, o setor rodoviário tem papel relevante no

panorama nacional, uma vez que é o modal que tem maior participação na matriz de

transportes brasileira, transportando 70 % das cargas oriundas das atividades econômicas

desenvolvidas para geração de riqueza no país (NETO et al., 2011).

Respaldada pelo cenário de desbalanceamento da matriz de transportes, a indústria de

implementos rodoviários, passou a desenvolver-se fortemente a partir da década de 1970,

disponibilizando para o mercado produtos diversificados e adaptados para a realidade

nacional e reunindo, hoje, um universo de, aproximadamente, 1300 empresas no setor

(GOLDENSTEIN; ALVES; AZEVEDO, 2006; ANFIR, 2011).

Tais organizações são altamente sensíveis às oscilações apresentadas pela economia,

acompanhando os crescimentos e as recessões, a exemplo do ocorrido entre os anos de 2009 e

2010 (ANFIR, 2011), o que denota a importância, em organizações do setor, de estudos de

capacidade concatenados às análises de formação de gastos, que permitem conhecer o

comportamento do sistema e são de relevante importância para melhor direcionamento de

ações da organização em relação a seus recursos internos, sua capacidade, e posicionamento

correto no que diz respeito à concorrência, aos preços por ela fabricados, aos canais de

distribuição e a outros fatores externos (NÉLO, 2008). Dessa forma, a correta identificação de

gargalos produtivos, preconizada pela Teoria das Restrições, é fator decisivo para ganhos em

desempenho operacional e financeiro (GUERREIRO, 1996).

Considerando o cenário abordado, o estudo se propõe a elucidar o seguinte questionamento:

como mensurar a lucratividade de produtos de uma indústria de implementos rodoviários

norte-rio-grandense integrando a margem de contribuição com a Teoria das Restrições?

2. Referencial Teórico

2.1 Método de custeio variável/direto

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O método de custeio variável aloca aos produtos somente seus custos variáveis,

exclusivamente estes. Os demais gastos, como os fixos, são debitados ao resultado do período

em que são incorridos (MARTINS; ROCHA, 2010), conforme demonstrado esquema da

figura 1:

Figura 1 – Modelo do custeio variável

Fonte: Martins e Rocha (2010, p. 65)

Do ponto de vista das decisões gerenciais, o método de Custeio Variável propicia informações

vitais às empresas, sendo o resultado medido pelo seu critério mais informativo, por não

considerar custos fixos e trata-los como se fossem despesas, no sentido contábil. No entanto,

este método de custeio fere o princípio contábil que exige que sejam apropriadas as receitas e

delas deduzidas todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção (Regime de Competência e

a Confrontação) (MARTINS, 2009).

2.1.1 Margem de Contribuição

A operacionalização de cada método de custeio implica na existência de diferentes

parâmetros, ou medidas, chamadas de margens, que são base de comparação de lucratividade

entre os produtos manufaturados ou serviços que a organização tem como outputs. Para o

método de Custeio Variável, esse parâmetro é a margem de contribuição, que é constituída

pela diferença entre a receita líquida e soma dos gastos variáveis (MARTINS; ROCHA,

2010), como demonstrado na fórmula a seguir:

(1)

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Na qual:

MC/und: Margem de contribuição por unidade;

PVL: Preço de venda líquido unitário do produto;

CVu: Custo variável unitário do produto;

DVu: Despesa variável unitária do produto.

2.2 Teoria das Restrições

A ideia inicial da Teoria das Restrições (TOC – Theory of Constraints) originou-se dos

conceitos contidos no software OPT (GUERREIRO, 1996; WATSON; BLACKSTONE;

GARDINER, 2007). Para divulgação dos conceitos que defendia, Goldratt, idealizador da

TOC, juntamente com Jeff Cox, escreveu o livro “A Meta”, em 1984 (WATSON;

BLACKSTONE; GARDINER, 2007).

A TOC é um conjunto de ferramentas de gestão que inter-relaciona três áreas:

logística/produção, mensuração de desempenho e solução de problemas/processos de

pensamento (WATSON; BLACKSTONE; GARDINER, 2007). A ênfase central da TOC é o

direcionamento da organização para um maior ganho de dinheiro por meio de uma adequada

gestão da produção. No processo de alcance dessa meta, sempre haverá, segundo o

idealizador da teoria, uma restrição que impedirá que a organização de obter lucro infinito

(GUERREIRO, 1996). A abordagem da TOC resume o pensamento sistêmico, filosofia que

considera que o todo é maior do que a soma de suas partes e que há uma complexa teia de

inter-relações existentes dentro do sistema (MABIN; BALDERSTONE, 2003).

2.3 Integração da Margem de Contribuição com a Teoria das Restrições

O entendimento da relação existente entre os recursos limitantes da produção e aqueles que

não se apresentam como gargalo, os não-restritivos, é uma das premissas da Teoria das

Restrições (GUERREIRO, 1996).

Considerando o cenário de não existência de barreira no suprimento de recursos, a margem de

contribuição por unidade, é o parâmetro mais adequado para orientar o incentivo das vendas e

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a prioridade de produção, uma vez que facilita a detecção da potencialidade de cada produto e

a influência destes na formação do lucro e amortização de gastos fixos (MARTINS, 2009).

Diante do cenário de insuficiência da quantidade dos fatores de produção, as decisões sobre

priorização de produção devem ser orientadas considerando a alocação aos produtos do

recurso limitante do processo (MARTINS; ROCHA, 2010), pois, conforme Guerreiro (1996),

a utilização de um recurso não-gargalo deve ser condicionada em função dos recursos internos

com capacidade restrita ou pela limitação da demanda do consumo, segundo preceitos da

Teoria das Restrições.

Conforme Martins e Rocha (2010), a Teoria das Restrições, baseia-se no parâmetro de

mensuração da lucratividade do Custeio Variável, a margem de contribuição, por consumo de

cada unidade do gargalo. Dessa maneira, os mesmos autores propõem o exposto na equação 2

para priorização de manufatura e comercialização de produtos:

Onde:

MC unitária: margem de contribuição por unidade;

Quantidade do fator: consumo do recurso gargalo por unidade.

3. Metodologia

A execução da pesquisa orientou-se por pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2010) é

formada a partir de material já publicado, entre os quais se incluem livros, artigos de

periódicos e material disponibilizado na Internet, e permite ao pesquisador o conhecimento de

vários fenômenos além dos estudados diretamente e fornece fundamentação teórica ao estudo.

Os temas abordados na pesquisa bibliográfica basearam-se no enquadramento do estudo na

área da Engenharia de Produção na qual está contido e assuntos afim com a pesquisa, e a

seleção do material a ser usado respeitou a relevância dos autores para as áreas.

Após executada a pesquisa bibliográfica, foi proposto um método, que é definido por Lakatos

e Marconi (1992) como sendo um instrumento do estudo que auxilia as ações do pesquisador

e orienta o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que reúne atividades sistemáticas e

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racionais, pautadas no alcance dos objetivos do estudo. O método proposto, figura 2, conta

com três fases, sendo estas divididas em três (duas primeiras fases) e quatro etapas (última

fase), tendo a estruturação baseada em Tabosa (2013) e Saraiva Jr. (2007).

A aplicação do método elaborado foi realizada a partir de uma pesquisa de campo,

objetivando estudar as variáveis relevantes no trabalho e observar o acontecimento dos fatos.

Baseou-se, principalmente, na coleta dos dados obtidos pelo próprio pesquisador, por meio de

observação direta e entrevistas não-estruturadas, ou através da cessão destes por

colaboradores da empresa, com prévia autorização.

Figura 2 – Estrutura do método proposto

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Fonte: Elaborada pela autora

4. Aplicação do método proposto

4.1 Condições de entrada

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4.1.1 Caracterização da empresa

A empresa utilizada para desenvolvimento do estudo de caso atua no segmento de

implementos rodoviários para transporte de cargas e entregou no segundo semestre de 2007

seus primeiros produtos ao mercado, que atendem, hoje, principalmente, a transportadores de

cargas de diversos setores produtivos, tais como: construção civil, agronegócio, mineração,

sal, bebidas, pecuária, entre outros.

4.1.2 Caracterização do processo produtivo

O processo de produção do implemento analisado, carroceria carga seca grade baixa (0,38 m e

0,40 m), envolve as duas grandes áreas do operacional da indústria responsáveis, diretamente,

pela manufatura dos implementos, usinagem e montagem, e tem seu fluxo mostrado na figura

3.

Figura 3 – Fluxo produtivo da carroceria carga seca grade baixa

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Fonte: Elaborada pela autora com base em registros da empresa estudada

4.1.3 Caracterização do problema

Verifica-se que há a necessidade de que seja realizado estudo para apontamento da

lucratividade dos implementos rodoviários da linha de carroceria de madeira, pois esta conta

com considerável variedade de insumos e atividades no fluxo produtivo. Além disso, devido

ao grande número de produtos oferecidos, torna-se importante ter ciência de quais destes são

mais lucrativos para a organização, analisando seus recursos e restrições.

Dessa maneira, considera-se a existência de um recurso que restringe o fluxo produtivo na

empresa analisada e opta-se pela utilização da margem de contribuição e preceitos da TOC na

mensuração da lucratividade dos implementos rodoviários.

4.2 Seleção dos produtos a serem estudados e compreensão dos preços de venda líquidos

e da estrutura de gastos variáveis dos produtos

4.2.1 Selecionar os produtos da organização a serem estudados

Para a seleção dos produtos da empresa que serão analisados no estudo, foram utilizados

registros de venda da organização, a fim de obter uma série temporal que embasasse a

operacionalização do método de escolha de selecionado no estudo, curva ABC.

Inicialmente, foi selecionado o tipo de carroceria de madeira a ser analisada entre as

manufaturadas pela organização, através da análise do faturamento bruto, conforme tabela 1:

Tabela 1 – Faturamento bruto por tipo de carroceria

FATURAMENTO FATURAMENTO FATURAMENTO

BRUTO % % ACUMULADO

Grade baixa R$ 3.706.877,68 71,56% 71,56%

Graneleira, sobre-grade, prancha, especiais R$ 1.473.398,50 28,44% 100,00%

TOTAL R$ 5.180.276,18 100,00%

TIPO

Fonte: Elabora pela autora

Dessa forma, optou-se por direcionar o estudo para o tipo de carroceria carga seca grade

baixa. Em seguida, foram agrupadas as vendas do produto analisado dos doze meses do ano

selecionado e elaborada tabela para classificação dos produtos baseando-se na Lei de Pareto,

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segmentando-os nas classes A, B e C, considerando que o faturamento percentual de cada

classe corresponda a, aproximadamente, 80 %, 15 % e 5 %, respectivamente.

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Tabela 2 – Classificação ABC do faturamento bruto das carrocerias carga seca grade baixa

comercializadas em 2012

FATURAMENTO FATURAMENTO FATURAMENTO QUANTIDADE QUANTIDADE

BRUTO % % ACUMULADO % % ACUMULADA

1 5,50X2,25X0,40 R$ 573.200,00 15,46% 15,46% 73 17,46% 17,46% A

2 6,20X2,25X0,40 R$ 415.918,68 11,22% 26,68% 45 10,77% 28,23% A

3 8,40X2,50X0,40 R$ 354.600,00 9,57% 36,25% 31 7,42% 35,65% A

4 8,00X2,50X0,40 R$ 271.102,00 7,31% 43,56% 20 4,78% 40,43% A

5 4,30X2,25X0,40 R$ 201.670,00 5,44% 49,00% 30 7,18% 47,61% A

6 7,00X2,50X0,40 R$ 178.630,00 4,82% 53,82% 15 3,59% 51,20% A

7 4,50X2,25X0,40 R$ 157.370,00 4,25% 58,07% 22 5,26% 56,46% A

8 6,80X2,50X0,40 R$ 122.030,00 3,29% 61,36% 11 2,63% 59,09% A

9 8,60X2,50X0,40 R$ 121.900,00 3,29% 64,65% 8 1,91% 61,00% A

10 4,00X2,25X0,40 R$ 82.650,00 2,23% 66,88% 14 3,35% 64,35% A

11 3,00X1,80X0,38 R$ 70.850,00 1,91% 68,79% 18 4,31% 68,66% A

12 6,50X2,25X0,40 R$ 65.070,00 1,76% 70,54% 7 1,67% 70,33% A

13 8,20X2,50X0,40 R$ 64.000,00 1,73% 72,27% 6 1,44% 71,77% A

14 6,20X2,50X0,40 R$ 62.340,00 1,68% 73,95% 6 1,44% 73,21% A

15 9,00X2,50X0,40 R$ 60.500,00 1,63% 75,58% 4 0,96% 74,16% A

16 8,80X2,50X0,40 R$ 59.000,00 1,59% 77,18% 4 0,96% 75,12% A

17 8,20X2,60X0,40 R$ 55.600,00 1,50% 78,68% 4 0,96% 76,08% A

18 5,20X2,50X0,40 R$ 52.280,00 1,41% 80,09% 7 1,67% 77,75% A

19 7,20X2,50X0,40 R$ 51.900,00 1,40% 81,49% 4 0,96% 78,71% B

20 5,30X2,25X0,40 R$ 44.110,00 1,19% 82,68% 5 1,20% 79,90% B

21 5,00X2,25X0,40 R$ 43.200,00 1,17% 83,84% 6 1,44% 81,34% B

22 10,00X2,50X0,40 R$ 41.000,00 1,11% 84,95% 1 0,24% 81,58% B

23 4,50X2,10X0,40 R$ 38.600,00 1,04% 85,99% 6 1,44% 83,01% B

24 7,80X2,50X0,40 R$ 36.500,00 0,98% 86,97% 3 0,72% 83,73% B

25 7,00X2,60X0,40 R$ 31.800,00 0,86% 87,83% 2 0,48% 84,21% B

26 5,80X2,50X0,40 R$ 29.850,00 0,81% 88,64% 3 0,72% 84,93% B

27 6,50X2,50X0,40 R$ 29.500,00 0,80% 89,43% 3 0,72% 85,65% B

28 7,50X2,50X0,40 R$ 25.200,00 0,68% 90,11% 2 0,48% 86,12% B

29 4,70X2,50X0,40 R$ 24.000,00 0,65% 90,76% 3 0,72% 86,84% B

30 7,40X2,50X0,40 R$ 22.000,00 0,59% 91,35% 2 0,48% 87,32% B

# TAMANHO QUANTIDADE CLASSIFICAÇÃO

Continuação

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FATURAMENTO FATURAMENTO FATURAMENTO QUANTIDADE QUANTIDADE

BRUTO % % ACUMULADO % % ACUMULADA

31 6,30X2,50X0,40 R$ 18.400,00 0,50% 91,85% 2 0,48% 87,80% B

32 8,60X2,55X0,40 R$ 18.000,00 0,49% 92,34% 1 0,24% 88,04% B

33 3,20X2,25X0,40 R$ 16.300,00 0,44% 92,78% 3 0,72% 88,76% B

34 3,10X1,80X0,38 R$ 16.000,00 0,43% 93,21% 4 0,96% 89,71% B

35 7,60X2,40X0,40 R$ 13.200,00 0,36% 93,56% 1 0,24% 89,95% B

36 4,20X2,25X0,40 R$ 12.500,00 0,34% 93,90% 2 0,48% 90,43% B

37 2,60X2,00X0,38 R$ 12.107,00 0,33% 94,23% 3 0,72% 91,15% B

38 5,00X2,10X0,40 R$ 10.900,00 0,29% 94,52% 1 0,24% 91,39% B

39 7,60X2,60X0,40 R$ 10.700,00 0,29% 94,81% 1 0,24% 91,63% B

40 7,00X2,40X0,50 R$ 10.500,00 0,28% 95,09% 1 0,24% 91,87% B

41 6,20X2,45X0,40 R$ 9.400,00 0,25% 95,35% 1 0,24% 92,11% C

42 5,50X2,50X0,40 R$ 9.000,00 0,24% 95,59% 1 0,24% 92,34% C

43 6,30X2,40X0,40 R$ 9.000,00 0,24% 95,83% 1 0,24% 92,58% C

44 5,80X2,45X0,40 R$ 8.800,00 0,24% 96,07% 1 0,24% 92,82% C

45 5,55X2,41X0,40 R$ 8.600,00 0,23% 96,30% 1 0,24% 93,06% C

46 6,40X2,25X0,40 R$ 8.500,00 0,23% 96,53% 1 0,24% 93,30% C

47 6,00X2,25X0,40 R$ 8.000,00 0,22% 96,75% 1 0,24% 93,54% C

48 4,80X2,25X0,40 R$ 7.900,00 0,21% 96,96% 1 0,24% 93,78% C

49 4,70X2,25X0,40 R$ 7.600,00 0,21% 97,16% 1 0,24% 94,02% C

50 5,50X2,40X0,40 R$ 7.200,00 0,19% 97,36% 1 0,24% 94,26% C

51 2,20X1,80X0,38 R$ 7.000,00 0,19% 97,55% 2 0,48% 94,74% C

52 2,40X1,95X0,38 R$ 7.000,00 0,19% 97,74% 2 0,48% 95,22% C

53 4,20X2,10X0,40 R$ 6.700,00 0,18% 97,92% 1 0,24% 95,45% C

54 4,30X2,10X0,40 R$ 6.700,00 0,18% 98,10% 2 0,48% 95,93% C

55 2,60X1,90X0,38 R$ 6.500,00 0,18% 98,27% 1 0,24% 96,17% C

56 3,80X2,25X0,40 R$ 6.000,00 0,16% 98,44% 1 0,24% 96,41% C

57 4,20X2,20X0,40 R$ 6.000,00 0,16% 98,60% 1 0,24% 96,65% C

58 4,00X2,10X0,40 R$ 5.900,00 0,16% 98,76% 1 0,24% 96,89% C

59 3,50X2,10X0,40 R$ 5.700,00 0,15% 98,91% 1 0,24% 97,13% C

60 2,60X1,95X0,38 R$ 5.300,00 0,14% 99,05% 1 0,24% 97,37% C

# TAMANHO QUANTIDADE CLASSIFICAÇÃO

Continuação

FATURAMENTO FATURAMENTO FATURAMENTO QUANTIDADE QUANTIDADE

BRUTO % % ACUMULADO % % ACUMULADA

61 3,40X2,25X0,40 R$ 5.000,00 0,13% 99,19% 1 0,24% 97,61% C

62 3,40X1,80X0,38 R$ 4.500,00 0,12% 99,31% 1 0,24% 97,85% C

63 2,40X1,80X0,38 R$ 3.500,00 0,09% 99,40% 1 0,24% 98,09% C

64 2,60X1,95X0,38 R$ 3.500,00 0,09% 99,50% 1 0,24% 98,33% C

65 2,25X1,50X0,38 R$ 3.200,00 0,09% 99,58% 1 0,24% 98,56% C

66 2,25X1,60X0,38 R$ 3.200,00 0,09% 99,67% 1 0,24% 98,80% C

67 2,40X1,86X0,38 R$ 3.200,00 0,09% 99,76% 1 0,24% 99,04% C

68 1,80X1,70X0,38 R$ 3.000,00 0,08% 99,84% 1 0,24% 99,28% C

69 2,40X2,00X0,38 R$ 3.000,00 0,08% 99,92% 1 0,24% 99,52% C

70 2,60X2,00X0,40 R$ 3.000,00 0,08% 100,00% 1 0,24% 99,76% C

71 3,20X1,80X0,38 R$ - 0,00% 100,00% 1 0,24% 100,00% C

R$ 3.706.877,68 100,00% 418 100,00%

# TAMANHO QUANTIDADE CLASSIFICAÇÃO

TOTAL

Fonte: Elaborada pela autora

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O exposto na tabela 2 permitiu a elaboração gráfica da curva ABC, relacionando as categorias

(tamanhos) dos implementos com percentual destes no faturamento bruto total:

Figura 4 – Curva ABC do % faturamento bruto dos implementos analisados

Fonte: Elaborada pela autora

Foram selecionados, dentro da categoria A implementos para serem analisados no estudo. A

seleção considerou, basicamente, três critérios.

A pertinência dos produtos às três divisões adotadas na empresa para classificação dos

implementos (pequena: 1,8 m a 4,3 m; média: 4,5 m a 7,0 m; grande: 7,2 m a 10,0 m);

A diferença de tamanho entre os implementos entre si, a fim de selecionar produtos

que pudessem representar a variedade de tamanhos de implementos existentes;

Proximidade ao encontro dos eixos na curva ABC.

Dessa maneira, foram selecionados os produtos da classe A sombreados na tabela 3:

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Tabela 3 – Produtos selecionados para realização do estudo

FATURAMENTO FATURAMENTO QUANTIDADE

BRUTO % %

1 5,50X2,25X0,40 R$ 573.200,00 15,46% 73 17,46%

2 6,20X2,25X0,40 R$ 415.918,68 11,22% 45 10,77%

3 8,40X2,50X0,40 R$ 354.600,00 9,57% 31 7,42%

4 8,00X2,50X0,40 R$ 271.102,00 7,31% 20 4,78%

5 4,30X2,25X0,40 R$ 201.670,00 5,44% 30 7,18%

6 7,00X2,50X0,40 R$ 178.630,00 4,82% 15 3,59%

7 4,50X2,25X0,40 R$ 157.370,00 4,25% 22 5,26%

8 6,80X2,50X0,40 R$ 122.030,00 3,29% 11 2,63%

9 8,60X2,50X0,40 R$ 121.900,00 3,29% 8 1,91%

10 4,00X2,25X0,40 R$ 82.650,00 2,23% 14 3,35%

11 3,00X1,80X0,38 R$ 70.850,00 1,91% 18 4,31%

12 6,50X2,25X0,40 R$ 65.070,00 1,76% 7 1,67%

13 8,20X2,50X0,40 R$ 64.000,00 1,73% 6 1,44%

14 6,20X2,50X0,40 R$ 62.340,00 1,68% 6 1,44%

15 9,00X2,50X0,40 R$ 60.500,00 1,63% 4 0,96%

16 8,80X2,50X0,40 R$ 59.000,00 1,59% 4 0,96%

17 8,20X2,60X0,40 R$ 55.600,00 1,50% 4 0,96%

18 5,20X2,50X0,40 R$ 52.280,00 1,41% 7 1,67%

# TAMANHO QUANTIDADE

Fonte: Elaborada pela autora

4.2.2 Identificação dos preços de venda líquidos dos produtos

Para cada tamanho de carroceria carga seca grade baixa há variabilidade no preço de venda.

Considerando isso, foi estabelecida média entre os preços praticados em cada tamanho e, para

o cálculo do preço de venda líquido, considerou-se a incidência de impostos sobre as vendas,

a saber: o ICMS, o PIS e o COFINS. A organização, assim como as demais do setor, foi

desonerada tributariamente no ano analisado em relação ao IPI.

Tabela 4 – Preços de venda líquidos das carrocerias analisadas

ICMS PIS e COFINS

(17% ) (9,5% )

5,50X2,25X0,40 R$ 7.961,11 R$ 1.630,59 R$ 756,31 R$ 5.574,22

6,20X2,25X0,40 R$ 9.242,64 R$ 1.893,07 R$ 878,05 R$ 6.471,52

8,40X2,50X0,40 R$ 14.184,00 R$ 2.905,16 R$ 1.347,48 R$ 9.931,36

4,30X2,25X0,40 R$ 6.954,14 R$ 1.424,34 R$ 660,64 R$ 4.869,15

7,00X2,50X0,40 R$ 11.908,67 R$ 2.439,13 R$ 1.131,32 R$ 8.338,22

TAMANHOMÉDIA DE PREÇO

DE VENDA

PREÇO DE VENDA

LÍQUIDO

Fonte: Elaborada pela autora

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4.2.3 Identificação e análise dos gastos variáveis unitários

O levantamento dos gastos variáveis unitários iniciou-se com o apontamento dos custos

referentes a material direto. Utilizando registros na organização, levantamento de

quantitativos de material direto utilizado na fabricação dos produtos analisados, informações

adicionais provenientes do setor de projetos, de engenharia, de suprimentos, finanças e dos

gerentes da fábrica e dos colaboradores do operacional, foi calculado o custo de material

direto de cada um dos itens que compõem as carrocerias estudadas. Nos anexos, no quadro 2,

para fins de demonstração, está exposto o cálculo do custo de material direto para uma das

carrocerias analisadas.

Após a determinação do custo de material direto, levantou-se o custo da mão de obra

diretamente envolvida com a fabricação dos implementos, utilizando informações do setor de

recursos humanos. Para cada um dos setores envolvido no processo de fabricação, foi

determinado o custo de mão de obra, conforme exemplo do quadro 1:

Quadro 1 – Custo de mão-de-obra de colaboradores do setor do Pré-Corte

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Ano 365 dias

a (-) Repousos semanais remunerados / ano 96 dias

b (-) Férias 30 dias

c (-) Feriados 12 dias

d (=) Número total de dias a disposição 227 dias

e (*) Jornada diária 8,8 horas

f (=) Número máximo de horas passíveis de disponibilização 1997,6 horas/ano

Salário mensal 863,49R$

g (:) Jornada de trabalho mensal 193,6 horas

h (=) Salário/ hora 4,46R$

Salários (f * h) 8.909,61R$

i (+) Repousos semanais remunerados (a * e * h) 3.767,94R$

j (+) Férias (b * e * h) 1.177,48R$

l (+) 13º salário (número de dias do mês * h) 133,80R$

m (+) Adicional constitucional de férias (1/3 * j) 392,49R$

n (+) Feriados (c * e * h) 470,99R$

o (=) Total 14.852,33R$

INSS ( 25,8% * salário mensal * número de meses do ano) 2.673,35R$

(+) FGTS (8% * salário mensal * 8% *número de meses do ano) 828,95R$

(+) Vale alimentação (R$ 80,00 * número de meses do ano) 960,00R$

(+) Valor para cobrir possíveis rescisões (5% * salário mensal * número de meses do ano) 518,09R$

(+) Valor para cobrir possíveis imprevistos (1,5% * salário mensal * número de meses do ano) 155,43R$

(+) EPI (R$ 49,97 * número de meses do ano) 599,64R$

(+) Fardamento (R$ 17,70 * número de meses do ano) 212,40R$

p (=) Total 5.947,86R$

Remuneração anual e constribuições, benefícios e outros (o + p) 20.800,19R$

10,41R$

0,17R$

0,003R$

HORAS MÁXIMAS QUE UM COLABORADOR PODE DISPONIBILIZAR À ORGANIZAÇÃO

CUSTO POR HORA EFETIVAMENTE TRABALHADA

CUSTO POR MINUTO EFETIVAMENTE TRABALHADO

CUSTO POR SEGUNDO EFETIVAMENTE TRABALHADO

CÁLCULO DO VALOR DA HORA TRABALHADA

REMUNERAÇÃO ANUAL

CONTRIBUIÇÕES, BENEFÍCIOS E OUTROS

GASTO TOTAL ANUAL (FOLHA DE PAGAMENTO)

Fonte: Elaborado pela autora

Após a determinação do custo por unidade de tempo efetivamente trabalhada, foi necessário

conhecer o processo produtivo analisado e realizar medições de tempo das etapas que nele

acontecem, que se deu através de registro das informações pertinentes a operação, operador e

condições das operações a serem analisadas, na observação e no registro do tempo gasto para

realização das atividades através da leitura repetitiva e na determinação do tempo padrão das

operações, indicados nos quadros na coluna tempo de processo.

As etapas do processo produtivo analisado para a carroceria carga seca grade baixa

5,50X2,25X0,40, bem como o custo de MOD de cada uma delas, estão explicitado nos

quadros 3, 4, 5, 6 e 7. As mesmas informações referentes aos demais produtos analisados

encontram-se em quadros identificados nos anexos.

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Quadro 2 – Custo de MOD total para o setor do Pré-Corte (Usinagem) para carroceria carga

seca grade baixa 5,50X2,25X0,40

TEMPO DE PROCESSO

(PARA IMPLEMENTO) - MIN

QUANTIDADE

DE OPERADORES

CUSTO DE

MOD

1 Seleção e Aparo 15,00 2 5,21R$

2 Desengrosso 23,33 2 8,10R$

1 Seleção e Aparadeira 13,53 2 4,70R$

2 Plaina 17,10 2 5,94R$

3 4 Faces 12,28 2 4,26R$

1 Seleção e Aparadeira 6,58 2 2,28R$

2 Serra Circular 6,12 2 2,12R$

3 4 faces 14,53 2 5,04R$

1 Seleção e Aparadeira 1,32 2 0,46R$

2 Serra Circular 1,57 2 0,54R$

3 4 faces 2,92 2 1,01R$

1 Seleção e Aparadeira 19,00 2 6,59R$

2 Serra Circular 3,48 2 1,21R$

3 4 faces 8,98 2 3,12R$

1 Seleção e Aparadeira 9,50 2 3,30R$

2 Serra Circular 1,65 2 0,57R$

3 4 faces 4,50 2 1,56R$

1 Seleção e Aparadeira 1,97 2 0,68R$

2 Serra Circular 6,72 2 2,33R$

3 4 faces 7,25 2 2,52R$

1 Seleção e Aparadeira 0,40 2 0,14R$

2 Serra Circular 1,37 2 0,47R$

3 4 faces 1,82 2 0,63R$

1 Serra Circular 2,20 2 0,76R$

2 4 faces 5,23 2 1,82R$

1 Seleção e Aparadeira 4,75 2 1,65R$

2 Serra Circular 5,67 2 1,97R$

3 4 faces 10,10 2 3,51R$

1 Seleção e Aparadeira 1,18 2 0,41R$

2 Serra Circular 1,17 2 0,40R$

3 4 faces 2,07 2 0,72R$

74,02R$

ITEM

Grade

(2 laterais e 1 traseira /

carroceria)

OPERAÇÃO

PRÉ-CORTE

Pau de grade

(Lateral - 4 paus /

carroceria )

Pau de grade

(Traseiro - 2 paus /

carroceria)

Tábua de grade

(Lateral - 4 tábuas /

carroceria)

Tábua de grade

(Traseira e Frontal - 4

paus / carroceria)

Pau fino

(Lateral - 2 paus /

carroceria)

Pau fino

(Traseiro - 1 pau /

carroceria)

Fueiro

(22 / carroceria)

Trave de arrocho

(Lateral - 4 traves /

carroceria)

Trave de arrocho

(Traseira - 2 traves /

carroceria)

Longarina

(2 / carroceria)

Barrote

(11 / carroceria)

PRÉ-CORTE - CUSTO DE MOD TOTAL Fonte: Elaborado pela autora

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Quadro 3 – Custo de MOD total para o setor da Carpintaria (Usinagem) para carroceria carga

seca grade baixa 5,50X2,25X0,40

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TEMPO DE PROCESSO

(PARA IMPLEMENTO) - MIN

QUANTIDADE

DE OPERADORES

CUSTO DE

MOD

1 Marcação 13,00 1 2,83R$

2 Aparadeira 3,00 2 1,31R$

3 Furadeira Alavanca 19,00 1 4,13R$

4 Furadeira Oscilante Manual 5,00 1 1,09R$

5 Tupia 6,00 2 2,61R$

6 Lixaxdeira de Correia 5,00 2 2,18R$

1 Esquadrejadeira 12,83 1 2,79R$

2 Aparadeira 10,83 1 2,36R$

3 Tupia 5,13 3 3,35R$

4 Furadeira Alavanca 22,28 1 4,85R$

5 Lixadeira de Correia 6,48 1 1,41R$

1 Furadeira Oscilante 27,30 1 5,94R$

2 Tupia 6,56 2 2,85R$

3 Lixadeira de correia 6,33 1 1,38R$

4 Batida de pedra 9,75 1 2,12R$

5 Emassamento 107,38 1 23,36R$

6 Lixamento 42,95 1 9,34R$

1 Furadeira Oscilante 5,15 1 1,12R$

2 Tupia 1,32 2 0,57R$

3 Lixadeira de correia 1,50 1 0,33R$

4 Batida de pedra 2,43 1 0,53R$

5 Emassamento 21,96 1 4,78R$

6 Lixamento 8,78 1 1,91R$

1 Tupia 4,35 2 1,89R$

2 Lixadeira de correia 3,25 1 0,71R$

3 Batida de pedra 15,60 1 3,39R$

4 Emassamento 28,35 1 6,17R$

5 Lixamento 11,35 1 2,47R$

1 Tupia 2,00 2 0,87R$

2 Lixadeira de correia 1,63 1 0,35R$

3 Batida de pedra 5,85 1 1,27R$

4 Emassamento 11,00 1 2,39R$

5 Lixamento 4,40 1 0,96R$

1 Respingadeira 3,33 1 0,72R$

2 Aparadeira (Destopadeira) 3,31 1 0,72R$

3 Tupia 0,93 2 0,40R$

4 Lixadeira de correia 2,75 1 0,60R$

5 Batida de pedra 4,86 1 1,06R$

6 Emassamento 53,70 1 11,68R$

7 Lixamento 21,48 1 4,67R$

1 Respingadeira 0,83 1 0,18R$

2 Aparadeira (Destopadeira) 0,68 1 0,15R$

3 Tupia 0,46 2 0,20R$

4 Lixadeira de correia 0,56 1 0,12R$

5 Batida de pedra 1,21 1 0,26R$

6 Emassamento 13,43 1 2,92R$

7 Lixamento manual 5,36 1 1,17R$

1 Respingadeira 8,43 1 1,83R$

2 Tupia 4,68 1 1,02R$

3 Lixadeira de correia 2,63 1 0,57R$

4 Batida de pedra 4,28 1 0,93R$

5 Emassamento 38,65 1 8,41R$

6 Lixamento 15,46 1 3,36R$

1 Tupia 9,41 2 4,09R$

2 Lixadeira de correia 1,58 1 0,34R$

3 Batida de pedra 2,43 1 0,53R$

4 Emassamento 53,68 1 11,68R$

5 Lixamento 21,48 1 4,67R$

1 Tupia 1,91 2 0,83R$

2 Lixadeira de correia 0,40 1 0,09R$

3 Batida de pedra 0,61 1 0,13R$

4 Emassamento 10,98 1 2,39R$

5 Lixamento 4,40 1 0,96R$

Todos as partes 1 Pré-montagem 105,78 1 23,01R$

193,30R$

ITEM

CARPINTARIA

Grade

(2 laterais e 1 traseira /

carroceria)

Pau de grade

(Lateral - 4 paus /

carroceria )

Pau de grade

(Traseiro - 2 paus /

carroceria)

Tábua de grade

(Lateral - 4 tábuas /

carroceria)

Tábua de grade

(Traseira e Frontal - 4

paus / carroceria)

Pau fino

(Lateral - 2 paus /

carroceria)

Pau fino

(Traseiro - 1 pau /

carroceria)

Fueiro

(24 / carroceria)

Trave de arrocho

(Lateral - 4 traves /

carroceria)

Trave de arrocho

(Traseira - 2 traves /

carroceria)

Barrote

(11 / carroceria)

Longarina

(2 / carroceria)

OPERAÇÃO

CARPINTARIA - CUSTO DE MOD TOTAL Fonte: Elaborado pela autora

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21

Quadro 4 – Custo de MOD total para o setor do Corte e Dobra (Usinagem) para carroceria

carga seca grade baixa 5,50X2,25X0,40

ITEMTEMPO DE PROCESSO

(PARA IMPLEMENTO) - MIN

QUANTIDADE

DE OPERADORES

CUSTO DE

MOD

1 Corte 56,70 2 18,47R$

2 Dobra 51,35 2 16,73R$

L's de barrote e outros 3 Piranha 48,51 1 7,90R$

43,10R$

OPERAÇÃO

CORTE E DOBRA

Perfil

CORTE E DOBRA - CUSTO DE MOD TOTAL Fonte: Elaborado pela autora

Quadro 5 – Custo de MOD total para o setor da Linha de Montagem (Montagem) para

carroceria carga seca grade baixa 5,50X2,25X0,40

ITEMTEMPO DE PROCESSO

(PARA IMPLEMENTO) - MIN

QUANTIDADE

DE OPERADORES

CUSTO DE

MOD

1 Armação 81,00 2 30,35R$

2 Emborrachamento 52,66 1 9,87R$

3 Ferragens 155,00 3 87,12R$

4 Assoalho 193,00 3 108,48R$

5 Grade (Gabarito) 171,11 2 64,12R$

6 Grade (Linha de montagem) 100,00 2 37,47R$

337,40R$

OPERAÇÃO

Carroceria

LINHA DE MONTAGEM - CUSTO DE MOD TOTAL

LINHA DE MONTAGEM

Fonte: Elaborado pela autora

Quadro 6 – Custo de MOD total para o setor da Expedição (Montagem) para carroceria carga

seca grade baixa 5,50X2,25X0,40

ITEMTEMPO DE PROCESSO

(PARA IMPLEMENTO) - MIN

QUANTIDADE

DE OPERADORES

CUSTO DE

MOD

1 Queimar (lixar) 5,00 2 2,09R$

2 Emassamento 5,00 2 2,09R$

3 Aplicação de primer 12,79 2 5,34R$

4 Pintura (1ª demão) 55,20 2 23,06R$

5 Emassamento (Repasse) 7,50 2 3,13R$

6 Lixamento 8,00 2 3,34R$

7 Pintura (2ª demão) e acabamento 114,57 2 47,87R$

86,93R$

EXPEDIÇÃO

Carroceria

OPERAÇÃO

EXPEDIÇÃO - CUSTO DE MOD TOTAL Fonte: Elaborado pela autora

Além dos gastos variáveis já apontados, foi considerada como despesa variável a comissão

sobre vendas dos implementos estudados, que corresponde a 1,5% do preço de venda bruto

das carrocerias.

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22

4.3 Determinação das MC/und e MC/fator limitante

4.3.1 Determinação da MC/und de cada implemento analisado

De posse dos dados calculados no item 4.2.3, foi possível realizar o cálculo das margens de

contribuição por unidade de carroceria carga seca produzida dos produtos analisados,

conforme mostrado na tabela 5.

Tabela 5 – MC/und das carrocerias analisadas

DVU

CUSTO CUSTO

DE MOD DE MD

5,50X2,25X0,40 R$ 5.574,22 R$ 734,76 R$ 2.536,82 1,50% R$ 2.219,03

6,20X2,25X0,40 R$ 6.471,52 R$ 843,18 R$ 2.813,19 1,50% R$ 2.718,08

8,40X2,50X0,40 R$ 9.931,36 R$ 1.058,71 R$ 4.261,94 1,50% R$ 4.461,74

4,30X2,25X0,40 R$ 4.869,15 R$ 613,27 R$ 2.248,69 1,50% R$ 1.934,15

7,00X2,50X0,40 R$ 8.338,22 R$ 924,14 R$ 3.530,60 1,50% R$ 3.758,40

TAMANHOPREÇO DE VENDA

LÍQUIDO

CVU

MCU/undCOMISSÃO

SOBRE VENDAS

Fonte: Elaborada pela autora

De posse das margens de contribuição unitárias das carrocerias, foi estabelecida prioridade de

venda considerando a carroceria que apresenta maior lucratividade para a organização,

quando comercializada, conforme demonstrado na tabela 6 e na figura 5:

Tabela 6 – Prioridade de vendas das carrocerias analisadas considerando MC/und

DVU

DE MOD DE MD

5,50X2,25X0,40 R$ 5.574,22 R$ 736,44 R$ 2.657,60 1,50% R$ 2.219,03 4ª

6,20X2,25X0,40 R$ 6.471,52 R$ 835,97 R$ 3.054,38 1,50% R$ 2.718,08 3ª

8,40X2,50X0,40 R$ 9.931,36 R$ 1.053,70 R$ 4.957,34 1,50% R$ 4.461,74 1ª

4,30X2,25X0,40 R$ 4.869,15 R$ 613,27 R$ 2.207,03 1,50% R$ 1.934,15 5ª

7,00X2,50X0,40 R$ 8.338,22 R$ 924,14 R$ 4.001,75 1,50% R$ 3.758,40 2ª

TAMANHOPREÇO DE VENDA

LÍQUIDO

CVUMCU/und

PRIORIDADE DE VENDA

(MCU/und)

Fonte: Elaborada pela autora

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23

Figura 5 – Gráfico da prioridade de vendas das carrocerias analisadas considerando MC/und

Fonte: Elaborada pela autora

4.3.2 Verificação a existência de recurso com restrição de capacidade no processo

analisado

Considerando o pleno atendimento das necessidades materiais em tempo necessário para não

ocasionar atrasos na produção, excluiu-se que a disponibilidade de matéria-prima poderia

compor um gargalo no processo produtivo analisado, restando para a análise o maquinário e a

mão de obra.

A verificação da existência de recurso com restrição de capacidade no processo produtivo

analisado iniciou-se com entrevistas realizadas com colaboradores da empresa e observação

direta, a fim de delimitar o setor que apresentaria maior restrição para fluxo. Verificou-se, de

acordo com as informações obtidas, que os setores que compõem a grande área da usinagem

(pré-corte, carpintaria, corte e dobra e metalurgia) não representavam o maior gargalo para a

produção das carrocerias carga seca grade baixa, havendo, em algumas vezes, estoque no final

do processo de usinagem da madeira (pré-corte e carpintaria).

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Delimitado o setor e considerando, partiu-se para a análise de tempos, de acordo com as

medições realizadas, e atendimento do cronograma de produção e/ou atendimento da

demanda.

Para cada um dos implementos estudados, foi montado um gráfico de Gantt a fim de melhor

mostrar o avanço das operações pertencentes à linha de montagem, conforme figuras de 11 a

15.

Figura 6 – Gráfico de Gantt para montagem de carroceria carga seca grade baixa

5,50X2,25X0,40

ITEMTEMPO

DE PROCESSO

50 200 250 350 400 450 550 600 650 750 850 900 950 1000 1050

1 Armação 81 min

2 Emborrachamento 53 min

3 Ferragens 155 min

4 Assoalho 193 min

5 Grade (Gabarito) 171 min

6 Grade (Linha de montagem) 100 min

753 min

800700

OPERAÇÃO

500

Carroceria

MONTAGEM

TEMPO (MIN)

100 150 300

Fonte: Elaborada pela autora

Figura 7 – Gráfico de Gantt para montagem de carroceria carga seca grade baixa

6,20X2,25X0,40

ITEMTEMPO

DE PROCESSO

50 150 200 250 300 400 450 500 600 650 700 800 900 950 1000 1050

1 Armação 91 min

2 Emborrachamento 59 min

3 Ferragens 175 min

4 Assoalho 196 min

5 Grade (Gabarito) 183 min

6 Grade (Linha de montagem) 130 min

834 min

850750

OPERAÇÃO

MONTAGEM

Carroceria

TEMPO (MIN)

100 350 550

Fonte: Elaborada pela autora

Figura 8 – Gráfico de Gantt para montagem de carroceria carga seca grade baixa

8,40X2,50X0,40

ITEMTEMPO

DE PROCESSO

50 100 200 300 350 400 500 550 600 700 750 800 850 900 1000

1 Armação 114 min

2 Emborrachamento 92 min

3 Ferragens 206 min

4 Assoalho 261 min

5 Grade (Gabarito) 235 min

6 Grade (Linha de montagem) 138 min

1046 min

1050950MONTAGEM

Carroceria

OPERAÇÃO TEMPO (MIN)

150 250 450 650

Fonte: Elaborada pela autora

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Figura 9 – Gráfico de Gantt para montagem de carroceria carga seca grade baixa

4,30X2,25X0,40

ITEMTEMPO

DE PROCESSO

50 200 250 350 400 500 600 700 750 800 850 900 950 1000 1050

1 Armação 69 min

2 Emborrachamento 50 min

3 Ferragens 141 min

4 Assoalho 153 min

5 Grade (Gabarito) 134 min

6 Grade (Linha de montagem) 92 min

639 min

650550

Carroceria

450

OPERAÇÃO TEMPO (MIN)

100 150 300MONTAGEM

Fonte: Elaborada pela autora

Figura 10 – Gráfico de Gantt para montagem de carroceria carga seca grade baixa

7,00X2,50X0,40

ITEMTEMPO

DE PROCESSO

50 100 150 250 300 350 450 500 550 650 700 750 800 850 900 950 1000 1050

1 Armação 102 min

2 Emborrachamento 72 min

3 Ferragens 184 min

4 Assoalho 224 min

5 Grade (Gabarito) 218 min

6 Grade (Linha de montagem) 132 min

932 min

OPERAÇÃO

MONTAGEM

Carroceria

TEMPO (MIN)

400 600200

Fonte: Elaborada pela autora

Verificou-se dos tempos de processos obtidos que a operação que representava um gargalo

para o processo produtivo era a do assoalho, visto que as operações anteriores e posteriores

têm menor tempo de processo para todos os implementos analisados.

Para corroborar a atividade do assoalho como sendo o RRC por apresentar maior lead time,

foi analisada a capacidade dessa atividade de suprir a demanda da organização, considerando

dados de vendas do ano de 2012 e tempos apontados na análise de tempos feita.

Inicialmente, foi calculado o lead time total da operação assoalho considerando as

quantidades vendidas em 2012 e os tempos de processamento da operação em questão.

Devido à restrição na operacionalização do estudo, que foi feito a relevância de cinco tipos

produtos comercializados no ano de 2012, foram usados artifícios matemáticos para que

fossem somados no valor total do lead time os tempos das carrocerias não analisadas

diretamente no estudo.

Procurou-se identificar qual seria a carroceria que melhor representaria aquelas não estudadas.

O tamanho deste implemento, carroceria 6 do quadro 6, foi obtido através de média

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ponderada considerando a quantidade vendida das carrocerias não estudadas e suas

respectivas dimensões.

Posterior ao cálculo das dimensões da carroceria que representa as carrocerias não analisadas

diretamente no estudo, foi feita estimativa de qual seria o tempo de processamento da

operação por unidade de medida que se adequa a atividade, o metro quadrado, como mostrado

no quadro 7:

Quadro 7 – Cálculo de tempo de processamento da operação Assoalho / m²

# TAMANHOCOMPRIMENTO

( C )

LARGURA

( L )

ALTURA

( H )m²

LEAD TIME

(ASSOALHO)

QUANTIDADE

( Q )Q * m² LEAD TIME (ASSOALHO) * Q

1 5,50X2,25X0,40 5,5 m 2,3 m 0,4 m 12,4 193,00 min 73 903,4 m² 14089,00 min

2 6,20X2,25X0,40 6,2 m 2,3 m 0,4 m 14,0 196,00 min 45 627,8 m² 8820,00 min

3 8,40X2,50X0,40 8,4 m 2,5 m 0,4 m 21,0 261,00 min 31 651,0 m² 8091,00 min

4 4,30X2,25X0,40 4,3 m 2,3 m 0,4 m 9,7 153,00 min 30 290,3 m² 4590,00 min

5 7,00X2,50X0,40 7,0 m 2,5 m 0,4 m 17,5 224,00 min 15 262,5 m² 3360,00 min

194 2734,9 m² 38950,00 min

14,10 200,77 min

SOMATÓRIOS

MÉDIAS PONDERADAS

LEAD TIME (ASSOALHO) / m² 14,24 min/m² Fonte: Elaborado pela autora

De posse do lead time (assolho)/m², foi possível calcular uma estimativa para o lead time

total, apresentado no quadro 8, referente a operação analisada, considerando o tamanho da

carroceria que representa as demais carrocerias comercializadas e não analisadas diretamente

no estudo e o somatório das vendas destas no ano de 2012 e lead times totais das carrocerias

analisadas.

Quadro 8 – Lead time total da operação assoalho

# TAMANHO QUANTIDADELEAD TIME - MIN

(ASSOALHO)

LEAD TIME - MIN - TOTAL

(ASSOALHO)

1 5,50X2,25X0,40 73 193,00 min 14089,00 min

2 6,20X2,25X0,40 45 196,00 min 8820,00 min

3 8,40X2,50X0,40 31 261,00 min 8091,00 min

4 4,30X2,25X0,40 30 153,00 min 4590,00 min

5 7,00X2,50X0,40 15 224,00 min 3360,00 min

6 5,54X2,29X0,40 224 180,66 min 40467,21 min

418,00 - 79417,21 minTOTAL Fonte: Elaborado pela autora

Após o cálculo do lead time total da operação assoalho, comparou-se o tempo encontrado com

Verificou-se que há, em média, 10% de perda para as tolerâncias, que o operador trabalha em

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ritmo normal e que gasta, em média, 30% do seu tempo desempenhando atividades não

referentes diretamente à execução da operação assoalho. Então, do número máximo de horas

passíveis de disponibilização mostradas no quadro 1, 1997,6 horas/ano, tem-se, de fato,

disponíveis para a execução da operação assoalho 1198,56 horas/ano ou ainda 71913,6

min/ano, inferior ao valor do lead time total encontrado, denotando o não atendimento da

demanda em relação a capacidade da operação.

4.3.3 Determinação da MC/fator limitante de cada implemento analisado

Considerando a MC/und encontrada para cada produto e o consumo de RRC para cada

carroceria estudada, foi possível calcular a MC/fator limitante, segundo mostrado na tabela 7,

para cada implemento, baseando-se na equação 2.

Tabela 7 – MC/fator limitante das carrocerias analisadas

CONSUMO RRC

(TEMPO DE PROCESSAMENTO

OPERAÇÃO ASSOALHO)

5,50X2,25X0,40 2.219,03R$ 193 min 11,50

6,20X2,25X0,40 2.718,08R$ 196 min 13,87

8,40X2,50X0,40 4.461,74R$ 261 min 17,09

4,30X2,25X0,40 1.934,15R$ 153 min 12,64

7,00X2,50X0,40 R$ 3.758,40 224 min 16,78

TAMANHO MCU/undMC/fator

limitante

Fonte: Elaborada pela autora

De posse da MC/fator limitante de cada produto estudado, foi possível estabelecer um ranking

de prioridade de vendas baseando-se nos valores do parâmetro encontrados para cara

carroceria, conforme tabela 10 e figura 16:

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Tabela 8 - Prioridade de vendas das carrocerias analisadas considerando MC/fator limitante

MC/fator limitante

5,50X2,25X0,40 R$ 5.574,22 11,50 5ª

6,20X2,25X0,40 R$ 6.471,52 13,87 3ª

8,40X2,50X0,40 R$ 9.931,36 17,09 1ª

4,30X2,25X0,40 R$ 4.869,15 12,64 4ª

7,00X2,50X0,40 R$ 8.338,22 16,78 2ª

TAMANHOMC/fator

limitante

PRIORIDADE DE

VENDAPREÇO DE VENDA

LÍQUIDO

Fonte: Elaborada pela autora

Figura 11 – Gráfico da prioridade de vendas das carrocerias analisadas considerando

MC/fator limitante

Fonte: Elaborada pela autora

4.3.4 Análises comparativas entre as MC/und e MC/fator limitante dos produtos

estudados

Com os dados obtidos, foi possível elaborar a tabela 9 e, a partir dela, inferir que a priorização

de vendas é alterada quando são considerados parâmetros diferentes, conforme demonstrado,

também, na figura 12:

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Tabela 9 – Prioridade de venda (MC/und) x Prioridade de venda (MC/fator limitante)

CONSUMO RRC

(TEMPO DE PROCESSAMENTO

MCU/und OPERAÇÃO ASSOALHO) MC/fator limitante

5,50X2,25X0,40 R$ 2.219,03 4ª 193 min 11,50 5ª

6,20X2,25X0,40 R$ 2.718,08 3ª 196 min 13,87 3ª

8,40X2,50X0,40 R$ 4.461,74 1ª 261 min 17,09 1ª

4,30X2,25X0,40 R$ 1.934,15 5ª 153 min 12,64 4ª

7,00X2,50X0,40 R$ 3.758,40 2ª 224 min 16,78 2ª

TAMANHO MCU/undPRIORIDADE DE VENDA MC/fator

limitante

PRIORIDADE DE

VENDA

Fonte: Elaborada pela autora

Figura 12 – Gráfico comparativo de prioridade de venda entre MC/und e MC/fator limitante

Fonte: Elaborada pela autora

5. Considerações finais

O trabalho desenvolvido foi capaz de alcançar o seu objetivo, mensurando a lucratividade de

produtos de uma indústria de implementos rodoviários norte-rio-grandense, utilizando, para

tanto, integração a margem de contribuição com a Teoria das Restrições.

Com os resultados obtidos através da operacionalização do método proposto, infere-se que o

consumo do recurso com restrição de capacidade na manufatura dos implementos altera a

prioridade de vendas da organização em relação a prioridade estabelecida se considerada

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30

somente a margem de contribuição unitária de cada elemento, o que pode ser levado em

consideração pela organização da tomada de decisões.

As dificuldades do estudo residiram, principalmente, na reunião de todos os dados necessários

para que os cálculos necessários fossem realizados, na dificuldade de mensuração de tempos e

na grande quantidade de material direto utilizado na manufatura dos implementos, o que

impossibilitou, também, uma maior análise dos produtos comercializados pela empresa.

Não foi possível realizar um estudo para todas os tipos de carrocerias carga seca grade baixa

que foram comercializadas no ano de 2012. Ademais, o estudo limitou-se a mostrar apenas

uma restrição do processo produtivo. Uma investigação feita baseando-se no método proposto

e com melhorias pode apontar para a existência de outras restrições.

Como recomendações para estudos futuros, sugere-se a análise de maior quantidade de

carrocerias carga seca da organização, inclusive de produtos das outras linhas de implementos

que são produzidos pela empresa e a utilização de outras metodologias para execução do

estudo, com vistas a obter maior rigor técnico.

REFERÊNCIAS

ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários). Anuário da

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ANEXOS

Quadro 9 – Custo de material direto para carroceria carga seca grade baixa 5,50X2,25X0,40

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Fonte: Elaborado pela autora