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FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING GUSTAVO LIMA DE BRITO MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV) COMO UMA FERRAMENTA DE ATRAÇÃO DE CLIENTES: Um estudo sobre a parceria da Nestlé com um Supermercado no Município de Paulo Afonso – BA PAULO AFONSO - BA JULHO - 2007

Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

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Page 1: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING

GUSTAVO LIMA DE BRITO

MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV) COMO UMA FERRAMENTA DE

ATRAÇÃO DE CLIENTES: Um estudo sobre a parceria da Nestlé com um

Supermercado no Município de Paulo Afonso – BA

PAULO AFONSO - BA

JULHO - 2007

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GUSTAVO LIMA DE BRITO

MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV) COMO UMA FERRAMENTA DE

ATRAÇÃO DE CLIENTES: Um estudo sobre a parceria da Nestlé com um

Supermercado no Município de Paulo Afonso – BA

Monografia apresentada ao curso de Administração com Habilitação em Marketing da Faculdade Sete de Setembro, como requisito para avaliação conclusiva. Sob a orientação do professor MSc. Marconi Freitas da Costa.

PAULO AFONSO - BA

JULHO - 2007

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GUSTAVO LIMA DE BRITO

MERCHANDISING NO PONTO-DE-VENDA (PDV) COMO UMA FERRAMENTA DE

ATRAÇÃO DE CLIENTES: Um estudo sobre a parceria da Nestlé com um

Supermercado no Município de Paulo Afonso – BA

Monografia submetida ao corpo docente da Faculdade Sete de Setembro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Bacharel em Administração com Habilitação em Marketing.

Aprovada por: _____________________________________________ Prof. Marconi Freitas da Costa, MSc. (Orientador)

_____________________________________________ Mônica Oliveira, MSc. (Examinador)

_____________________________________________ Clevérson Vasconcelos da Nóbrega, MSc. (Examinador)

PAULO AFONSO - BA

JULHO - 2007

Page 4: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

Dedico esta monografia às pessoas que sempre me apoiaram,

incentivaram e caminharam ao meu lado; a Deus, mestre todo

poderoso, que sempre me concedeu muita fé; aos meus pais

por serem maravilhosos e estarem sempre ao meu lado; aos

meus irmãos, primos e amigos, por toda dedicação e incentivo

para que eu pudesse superar todos os desafios e tristezas e

alcançar meus objetivos, pessoas fundamentais na

concretização de mais um sonho.

Page 5: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

AGRADECIMENTOS

Para a elaboração desta monografia, tive a felicidade de obter o apoio e ajuda de muitas

pessoas importantes, sem as quais não teria conseguido concluí-la.

Agradeço ao Senhor Deus, mestre todo poderoso, que sempre esteve presente em todas

minhas conquistas, alegrias e tristezas.

A toda minha família, em especial aos meus pais Givaldo José Emetério de Brito e

Maria Lúcia Lima de Brito, que sempre estiveram ao meu lado apoiando e incentivando

a superar as dificuldades da vida e a alcançar meus objetivos. Não poderia esquecer

meus irmãos: Luciana Lima de Brito e Genário Lima de Brito, que embora estejam

morando em outras cidades, sempre me apoiaram para que eu pudesse realizar mais um

sonho; a meus primos que considero como irmãos: Marcos Henrique de Sousa Brito e

Carlos Eduardo Gomes de Brito, pela preocupação, compreensão e paciência nos

momentos mais difíceis da minha vida.

Ao casal Sônia e Edézio, que considero meus pais, por serem pessoas especiais em

minha vida ao longo desses seis anos, contribuindo para minha formação pessoal.

Também agradeço aos meus amigos: Clara Cristina, pessoa que aprendi a admirar por

lutar pelos seus objetivos com garra e sem nunca desistir; Daniel Bruno, amigo de

infância; Rondinelly, amigo sempre presente; Renivaldo e Biorni, amigos que me deram

muita força e incentivo e, a todos que estiveram diretamente e indiretamente envolvidos

na concretização desse trabalho.

Agradeço em especial a Carla Caliana, meu primeiro e único amor, que me fez

compreender que a vida é excelente quando somos pessoas de caráter, verdadeiras e

simples, caminhando sempre ao lado de Deus e abrindo mão de vícios da vida, pois o

mais importante é lutarmos por nossos sonhos e sermos felizes.

Gostaria de agradecer aos professores da FASETE, pelas valiosas sugestões, críticas e

comentários feitos durante a realização deste trabalho, em especial a: Msc. Marconi

Freitas da Costa (orientador e integrante da banca avaliadora), Msc. Cleverson

Nóbrega (integrante da banca avaliadora), Msc. Mônica Oliveira (integrante da banca

avaliadora), Msc. Luciano Monteiro, Esp. Vorster Queiroga, Esp. Francicleide

Mendonça, Esp. Leobson Kleber e Esp. Valdélio Lins.

A todos os colaboradores da Nestlé Brasil LTDA, que me apoiaram para a conclusão

deste trabalho.

A todos, meu muito obrigado!

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O destino não está programado, nem é inevitável. O destino é

uma questão de escolha. Lutem por seus sonhos, pois eles

transformam os inseguros em seres humanos de raro valor.

Augusto Cury

Page 7: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

RESUMO

Em um mercado globalizado e competitivo, onde acontecem vários desafios e

constantes mudanças, o merchandising é a oportunidade que as empresas

procuram para solucionar seus problemas que estão relacionados à concorrência

pela disputa de clientes. Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo

acerca da importância do merchandising no ponto-de-venda como ferramenta para

os supermercados e redes varejistas atraírem clientes para seu estabelecimento e

impulsioná-los a comprar. Para que esse estudo fosse concluído, foram utilizadas

pesquisas bibliográficas, pesquisas descritiva e exploratória, sendo pesquisas

qualitativas e quantitativas aplicadas ao estudo de campo, onde contou com a

aplicação de questionário com perguntas abertas ao gerente do supermercado em

análise e questionários com perguntas fechadas e afirmativas com base na escala

de Likert a uma amostra não probabilística de 150 (cento e cinqüenta) clientes do

supermercado, onde todas as informações foram coletadas, tabuladas e analisadas

através de gráficos. Foi possível identificar as técnicas essenciais para o processo

de implantação do merchandising, sendo observado a parceria da Nestlé com o

supermercado analisado, mostrando números importantes sobre essa ferramenta

preciosa. Por fim, observou-se a necessidade dos supermercados aderirem à

implantação do merchandising como diferencial competitivo para atrair clientes ao

ponto-de-venda e, dessa forma, aumentar as vendas e os lucros.

Palavras-chave: Merchandising, Ponto-de-venda, Supermercado, Parceria, Eficaz.

Page 8: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

ABSTRACT

In a competitive and globalized market, where several challenges happen and is

inconstant changing, the merchandising is an opportunity that companies are looking

for to solve the problems related to the competition to win the clients hearts. The

objective of this work is to present a study showing the importance of merchandising

in sales-point in supermarkets and retail chains as tools to attract clients to their

stores and to influence them on buying more. To have this project concluded, it has

been used bibliographic researches, descriptive and explorative researches, being

quantitative and qualitative researches applied to study the market, based on

applying the method of open questionary and answers directed to retail managers of

the targeted supermarket and a closed questionary to a group of 150 (hundred and

fifty) perspective clients. The collected information are classified and analyzed

graphically. It was possible to identify the essential techniques for the merchandising

implanting process, having observed a partnership between Nestle and the targeted

supermarket, identifying important data about this precious tool. Finaly, it was

concluded that the necessity for the supermarket in implanting merchandising as a

competitive differential to attract more clients to the sales-point, consequently,

increases both sales and prophet.

Key words: Merchandising, sales-point, supermarket, partnership, efficacious.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 – Exemplo de layout de um supermercado pequeno (Planta baixa de loja).......................................................................................................43

Page 10: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 3.1 – Sinergia da utilização de display com outro tipo de propaganda nos EUA ....................................................................................................37 Gráfico 4.1 – Sexo dos clientes do Supermercado analisado ..................................47 Gráfico 4.2 – Clientes que concordam que os produtos da Nestlé sempre estão disponíveis no ponto-de-venda...........................................................48 Gráfico 4.3 – Clientes que concordam que os produtos do supermercado são bem expostos e fácil de encontrar..............................................................49 Gráfico 4.4 – Clientes que concordam com o destaque dos produtos da Nestlé Frente à concorrência em relação às promoções e visibilidade das marcas................................................................................................50 Gráfico 4.5 – Clientes que concordam que a visibilidade do produto nas gôndolas é um fator determinante para sua compra..........................................50 Gráfico 4.6 – Clientes que concordam que o layout do supermercado possibilita maior comodidade para fazer as compras .........................................51 Gráfico 4.7 – Clientes que concordam que a comunicação visual ajuda a visualizar e encontrar produtos procurados........................................................52 Gráfico 4.8 – Clientes que concordam que a exposição de produto que traz muito materiais comunicativos chama atenção e facilita a compra..............52 Gráfico 4.9 – Clientes que concordam que sempre se interessam por produtos em destaque com uma boa promoção e um preço atrativo......................53 Gráfico 4.10 – Clientes que concordam que o cross-merchandising chama sua atenção e impulsiona a comprar.......................................................54 Gráfico 4.11 – Clientes que concordam que o supermercado analisado os atrai por ter os produtos que procuram bem expostos e com preços atrativos 55

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LISTA DE TABELAS

TABELA 3.1 – Dados do Auto-serviço no Brasil.......................................................27 TABELA 3.2 – Os Pioneiros do Auto-serviço no Brasil ............................................28 TABELA 3.3 – Freqüência por Sexo no Ponto-de-venda .........................................30 TABELA 3.4 – Tempo Médio Gasto na Visita ao Ponto-de-venda ...........................30

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 3.1 – Os Cinco Sentidos Humanos (Percepção) .....................................35 QUADRO 3.2 – Comparativo da Ferramentas de Suporte a Marketing ...................39

Page 13: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................14

1.1 Definição do Problema ....................................................................................16

1.2 Justificativa ......................................................................................................16

1.3 Objetivos..........................................................................................................18

1.3.1 Objetivo Geral .........................................................................................18

1.3.2 Objetivos Específicos ..............................................................................18

1.4 Estrutura do Trabalho ......................................................................................19

2. ASPECTOS METODOLÓGICOS ........................................................................19

2.1 Tipologia da Pesquisa .....................................................................................20

2.1.1 Quanto aos Procedimentos .....................................................................20

2.1.2 Quanto aos Objetivos ..............................................................................21

2.2 Amostra ...........................................................................................................22

2.3 Instrumento de Coleta de Dados .....................................................................22

2.4 Coleta de Dados ..............................................................................................24

2.5 Tratamento de Dados ......................................................................................24

3. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................25

3.1 Marketing .........................................................................................................25

3.2 Marketing de Varejo.........................................................................................26

3.3 Auto-serviço.....................................................................................................26

3.4 Supermercados ...............................................................................................28

3.5 Ponto-de-venda (PDV) ....................................................................................29

3.6 Merchandising .................................................................................................30

3.6.1 Objetivos do Merchandising ....................................................................33

3.6.2 Comunicação Visual................................................................................35

3.6.3 Vantagens dos Materiais Ponto-de-venda (PDV) ...................................38

3.6.4 Visual Merchandising ..............................................................................39

3.6.5 Exposição de Produtos............................................................................40

3.6.5.1 Princípios Básicos do Merchandising ...........................................40

3.6.5.2 Locais de Exposição ....................................................................41

Page 14: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

3.6.5.3 Cross-Merchandising ...................................................................42

3.6.6 Leiautização da Área de Vendas.............................................................43

4. RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ..........................................................44

4.1 Resultados e Análise da pesquisa feita com o Gerente do Supermercado .....44

4.2 Resultados da pesquisa feita com os Clientes do Supermercado...................47

5. CONCLUSÃO ......................................................................................................55

5.1 Limitações do Estudo ......................................................................................57

5.2 Recomendações para Futuras Pesquisas .......................................................58

REFERÊNCIAS........................................................................................................59

APÊNDICES ............................................................................................................63

Page 15: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a conquista dos consumidores nos pontos-de-venda (PDV´S), é

um desafio complexo que deve ser vencido pelas empresas, onde a disputa pelo

olhar e atenção dos consumidores são o diferencial na venda ou não, de um

produto.

Na integração de esforços de marketing e de comunicação, é preponderante

estar sempre um passo à frente dos competidores, visando um trabalho de longo

alcance, analisando e agindo, considerando todas as possibilidades do mercado

(BLESSA, 2005). Devido a esse cenário, é importante a colocação que Blessa

(2005) faz, onde afirma que não se pode deixar de compreender a importância do

merchandising e essa gama imensa de esforços integrados no composto da

comunicação consumidor-varejo, para obter maiores e melhores resultados,

consolidando produtos e marcas.

“Antecipar-se às mudanças e identificar novas oportunidades requer a postura

de empresas líderes, capazes de descobrir suas forças internas para gerenciar

mudanças e prosperar mesmo em meio a crises [...].” (COBRA, 2003, p. 22).

Hoje, o marketing é a grande oportunidade para as empresas prosperarem, e

é visto como uma tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes,

sejam estas pessoas físicas ou jurídicas, conforme Kotler (2000). Com isso, o

marketing disponibiliza uma ferramenta preciosa para servir como estratégia para as

empresas alcançarem o sucesso almejado, que é o merchandising.

Blessa (2005) comenta que o merchandising é uma atividade tão antiga como

a venda em si, pois desde que os homens da Idade Média começaram a escolher as

ruas principais, ou seja, as ruas mais movimentadas, gritando e correndo para

chamar a atenção das pessoas para seus produtos, já era possível ver que estavam

fazendo merchandising. Foi com o marketing, que surgiu o merchandising e

intensificou-se com o surgimento do auto-serviço nos Estados Unidos, na década de

30, vindo a se tornar uma ferramenta preciosa e popular.

Blessa (2005), afirma ainda que fazer merchandising é imprescindível para

chamar a atenção dos consumidores e para o sucesso das vendas varejistas, pois

segundo informações sobre merchandising e hábitos do consumidor brasileiro, essa

ferramenta é responsável pela definição de marcas e por despertar no cliente

compras por impulsos, como foi dito, pois devido às mudanças dos esquemas e das

Page 16: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

15

expectativas de compra dos consumidores, com um índice de 85% de decisão de

compra dentro dos pontos-de-venda (PDV´S), significa dizer que hoje, o papel mais

importante nas decisões do consumidor está sendo desempenhado no ponto-de-

venda, que atrai a visão dos clientes para determinado produto. Portanto, como

nenhum outro, o ponto-de-venda no varejo representa o momento e o lugar para

onde convergem todos os elementos que compõem a venda: o produto, o

consumidor e o dinheiro (ibid).

No sistema de auto-serviço no varejo, o supermercado é o que mais se

destaca, pois é o de maior freqüência de visitas pelos consumidores e de maior

visibilidade. Devido a esse destaque, é importante perceber a importância dos

supermercados no mundo moderno, pois eles chamam a atenção dos consumidores

e dos fornecedores das mais variadas linhas e tipos de produtos, como alimentos,

vestuários, calçados, eletrodomésticos, etc.

Em conseqüência dessa importância, os gastos dos fabricantes de bens de

consumo com merchandising nos pontos-de-venda (PDV´S) vêm aumentando, e os

profissionais de marketing do varejo poderão ganhar vantagem, em termos de

concorrência. (BLESSA, 2005)

Esta monografia tem como abordagem estrutural inicial, estabelecer a

importância do merchandising no ponto-de-venda, como ferramenta para atrair

clientes, estabelecendo seus objetivos, a comunicação visual, a compra por impulso

e a exposição dos produtos em um supermercado no Município de Paulo Afonso -

BA.

Para isso, será analisado através de um estudo de caso da parceria

desenvolvida entre um supermercado no Município de Paulo Afonso com a Nestlé –

empresa que se especializa a cada ano e que possui um dos melhores

merchandising do mundo. Essa análise tem como objetivo mostrar a importância do

merchandising para os supermercados nessa parceria de fornecedor-cliente, como

ferramenta que além de atrair clientes, possui a importância principal de alavancar

as vendas e gerar maior rentabilidade para ambos os lados nesse formato de varejo

no auto-serviço, que é o supermercado.

Page 17: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

16

1.1 Definição do Problema

É de extrema importância a evolução do merchandising, onde as antigas lojas

com balcão começaram a perceber o sucesso que as vitrines faziam na década de

30, tempo em que surgiu essa ferramenta. E, essas lojas com balcão, ao notarem

que as mercadorias expostas eram muito mais compradas do que as não expostas,

começaram a transformar todo o interior das lojas em verdadeiras vitrines, onde era

possível ver e escolher todas as mercadorias. Dessa maneira, aos poucos, foram-se

transformando em lojas de auto-serviço, e após passarem muitos anos, os primeiros

supermercados começaram a aparecer no mercado (BLESSA, 2005).

Considerando-se que o merchandising, no ponto-de-venda, é uma poderosa

ferramenta de marketing para se comunicar e atrair clientes, e que exige

conhecimento específico e investimentos, percebe-se que seria importante para os

supermercados, uma vez que foi observado pelo pesquisador deste trabalho, que a

maioria dos supermercados da região de Paulo Afonso-BA, são desprovidos de

conhecimentos específicos sobre merchandising, devido a não terem departamento

de marketing e profissionais detentores de tais conhecimentos sobre merchandising,

com isso é importante que os supermercadistas adquiram parcerias sólidas com

empresas que já conheçam as técnicas do merchandising para poderem desfrutar

de conhecimentos e assistência especializada.

Com base nisso, desenvolveu-se a seguinte problemática de estudo: Qual

será o verdadeiro impacto dessa ferramenta nas vendas e no comportamento de

compra dos consumidores das empresas que a implantam?

1.2 Justificativa

Segundo Pancrázio (2000 apud ZENONE & BUAIRIDE, 2005), um

profissional de marketing, com foco nas atividades de promoção, afirmará que o

merchandising é qualquer ação da empresa visando promover o produto sem que

ele esteja no ponto-de-venda. Mas, é importante que todo profissional de marketing

que tenha esse foco nas atividades de promoção, saiba que o merchandising

funciona principalmente no ponto-de-venda, pois é lá onde a decisão de compra

acontece de fato e os consumidores encontrarão exposições de produtos destacado-

os pela visualização e arrumação.

Page 18: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

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De acordo com Dubus (2006), 85% das compras realizadas pelos

consumidores brasileiros são decididas dentro do ponto-de-venda, informações

extraídas de Pesquisas do POPAI-BRASIL (Point of Purchace Advertising

International) – Organização Internacional dedicada aos estudos de conhecimento

das atividades varejistas. Assim, essas informações vêm confirmar a importância

das ações promocionais realizadas dentro da loja, isto é, das atividades de

merchandising, visando atrair e estimular o impulso de compra dos consumidores

dentro do ponto-de-venda.

A Revista Super Hiper da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS

(2003) relata a experiência do primeiro concurso de ponto extra realizado por a

Ajinomoto (equipe Sazón), destacando o sucesso do merchandising desenvolvido

dentro do ponto-de-venda das mais variadas categorias de canais, onde a empresa

valorizou os trabalhos de seus profissionais e lucrou com seu resultado nas vendas,

vindo a ser um ótimo negócio para ela e os supermercados que aderiram à

promoção.

A Revista Atualidades da Nestlé (2005), afirma que pontos-de-venda se

transformam em centro de soluções para as mães. É importante a observação que a

Nestlé faz em relação a essa afirmação, porque ela informa que todas as vezes que

os consumidores vão às compras querem praticidade, comodidade e rapidez e

quando a categoria de produtos que procuram está agrupada, facilitando a escolha e

fazendo com que nada seja esquecido, provavelmente as mães e as crianças irão

eleger esse local para as suas compras, principalmente se ainda houver

informações de como manter seu filho mais saudável e feliz.

E foi isso que a parceria da Nestlé – por meio de Nutrição Infantil – com a

Procter & Gamble passou a oferecer a esse público, em lojas de São Paulo (capital

e interior): uma ambientação em pontos-de-venda que permite agrupar as ofertas

voltadas aos bebês em um só espaço, de maneira organizada e atrativa (ibid).

Foi com esse desenvolvimento de merchandising que a experiência teve

início em 2004 na Feira APAS – Associação Paulista de Supermercados – quando a

parceria foi firmada e montada uma simulação do ponto-de-venda com o Baby Care.

A iniciativa foi publicada em uma revista dirigida aos donos de supermercados e a

aceitação foi tão expressiva que cinco clientes com lojas de tamanhos e formatos

diferentes adotaram a iniciativa. Nascia aí o Mundo do Bebê, e o sucesso se

comprovou em números: o crescimento de vendas da categoria mostrou-se

Page 19: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

18

expressivo. Com a criação, todos da cadeia de consumo – shopper (comprador), loja

e indústria – são beneficiados. Para a mãe, shopper da categoria, a compra fica

mais prazerosa porque encontra os itens agrupados de acordo com as suas

necessidades e em um ambiente tematizado, ao mesmo tempo em que a loja

ambientada passa a ter um diferencial, refletindo-se em aumento nas vendas (ibid).

Desse modo, vê-se a necessidade de um estudo sobre esse assunto devido à

falta de informações sobre a importância do merchandising como ferramenta de

atração de novos clientes e de maior rentabilidade por parte dos supermercados no

Município de Paulo Afonso – BA. Assim, a escolha do supermercado, em estudo, se

justifica por ser destaque no que se refere ao seu crescimento em espaço físico e no

mix de produtos.

No plano empírico, os demais supermercados poderão, de maneira geral,

conhecer a importância dessa ferramenta e de suas técnicas para suas instalações,

podendo vir a apostar cada vez mais em parcerias com seus fornecedores, vindo a

constituir-se em um diferencial competitivo, considerando-se o alto nível de

concorrência nesse setor varejista. A contribuição da pesquisa no plano acadêmico

pode ser constatada como uma complementação aos conteúdos teóricos

relacionados ao campo do marketing, especificamente ao merchandising, servindo

como suporte para outras investigações na área.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Demonstrar a importância do merchandising no ponto-de-venda como

ferramenta de atração de novos clientes.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Identificar as etapas do processo de implantação do merchandising;

• Mostrar como ocorre o processo de parceria de merchandising da Nestlé com um

supermercado no Municio de Paulo Afonso - BA;

• Identificar se o merchandising contribui no processo de decisão de compra do

consumidor;

Page 20: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

19

• Demonstrar a importância da implantação do merchandising para os

supermercados no Município de Paulo Afonso – BA.

1.4 Estrutura do Trabalho

Este capítulo teve o objetivo de mostrar a importância do estudo deste tema,

apresentando um enorme potencial que tem a aplicabilidade do merchandising nos

pontos-de-venda, nos supermercados brasileiros, no sentindo de atrair os clientes

para as lojas e impulsioná-los à compra, garantindo aos fornecedores e

supermercados, maior fluxo de clientes nos supermercados, consumindo cada vez

mais.

O capítulo 2 é direcionado para os aspectos metodológicos, onde são

descritos os passos metodológicos escolhidos para a conclusão desta pesquisa e

obtenção do resultado.

No capítulo 3, estão expostos vários conceitos e definições, com o objetivo

de fornecer subsídios teóricos ao autor, que serviram para análise da pesquisa.

O capítulo 4 apresenta um estudo, relatando os resultados e análises das

pesquisas, mostrando as características encontradas com a referida pesquisa e a

interpretação dos resultados.

No capítulo 5, apresentam-se a conclusão do estudo, limitações e

recomendações para futuras pesquisas. Completa a monografia com as referências

e os apêndices.

2. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Este estudo tem como propósito ampliar os conhecimentos acerca do

merchandising, no ponto-de-venda, como uma ferramenta de atração de clientes nos

supermercados, onde foi investigado e analisado a parceria entre a Nestlé e um

supermercado no Município de Paulo Afonso – BA.

Para isso, foi feito todo um planejamento a ser seguido no estudo, ou seja,

adequar o problema e os objetivos de estudo ao método científico mais adequado.

Fachin (2002) afirma que o método representa o plano de ação, e é formado

por um conjunto de etapas ordenadas dispostas. Nessa mesma linha de raciocínio,

Page 21: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

20

Barros & Lehfeld (2002) comentam que é nessa ocasião que o pesquisador fará todo

o caminho sistematizado a seguir.

2.1 Tipologia das Pesquisas

O caminho metodológico seguido pelo pesquisador foi com base na definição

do problema levantado, hipóteses construídas com base na prática do pesquisador,

experiências de vida e profissional, leituras realizadas com proveito a respeito do

tema escolhido e nos objetivos traçados. Dessa maneira, a pesquisa foi classificada

de duas formas: quanto aos procedimentos e objetivos.

2.1.1 Quanto aos Procedimentos

Inicialmente, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica ou de fontes

secundárias, que de acordo com Prestes (2003, p. 26), “é aquela que se efetiva

tentando-se resolver um problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego

predominante de informações provenientes de material gráfico, sonoro ou

informativo”. E Lakatos & Marconi (2001, p.183) enfatizam que “sua finalidade é

colocar o pesquisador em contato direto com tudo que foi escrito, dito ou filmado

sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham

sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas”, onde serviu

como contextualização da fundamentação teórica do estudo.

Dessa forma, a pesquisa bibliográfica é indispensável para o desenvolvimento

do trabalho, sendo que ela pode ser utilizada para diferentes fins, como afirma

Koche (1997, p. 122):

Para ampliar o grau de conhecimento em uma determinada área, capacitando o investigador a compreender ou delimitar melhor um problema de pesquisa; para dominar o conhecimento disponível e utilizá-lo como base ou fundamentação na construção de um modelo teórico explicativo de um problema, isto é, como instrumento auxiliar para a construção e fundamentação das hipóteses; para descrever ou sistematizar o estado da arte, daquele momento, pertinente a um determinado tema ou problema.

Page 22: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

21

2.1.2 Quanto aos Objetivos

Foi realizada uma pesquisa descritiva, que Prestes (2003, p. 26), enfatiza

como sendo uma pesquisa que “se observam, registram, analisam, classificam e

interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência, onde o

mesmo estuda os fenômenos do mundo físico”. Gil (1996) afirma que o estudo se

limitará à análise de características pertinentes à determinada população. Essa

pesquisa descritiva será antecedida por uma pesquisa exploratória, que Mattar

(1999, p. 80), enfatiza da seguinte forma:

Visa prover o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriado para os primeiros estágios da investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são, geralmente, insuficientes ou inexistentes. [...] é particularmente útil quando se tem noção muito vaga do problema de pesquisa.

Para fortalecer a definição sobre pesquisa exploratória, recorremos a Gil

(1996), que afirmar que seu objetivo é aprofundar conhecimentos a respeito de

determinado tema ou posicionar maior familiaridade com problema levantado.

Pesquisas exploratória e descritiva são aquelas que possuem características

de objetivos bem definidos, procedimentos formais, são bem estruturadas e dirigidas

para solução de problemas ou avaliação de alternativas de curso de ação (MATTAR,

1999). Nesse sentido, Lakatos & Marconi (1991), discorrem dizendo que pesquisas

exploratória e descritiva são uma investigação que tem por objetivo descrever

completamente um determinado fenômeno, como por exemplo, um estudo de caso,

realizando análises empíricas e teóricas, podendo encontrar informações

quantitativas e qualitativas para embasar a análise de um fato ou fenômeno.

Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa com o gerente de um

supermercado no Município de Paulo Afonso – BA, e segundo Malhotra (2001, p.

155), é uma “metodologia de pesquisa não-estruturada, exploratória, baseada em

pequenas amostras, que proporciona insights e compreensão do contexto do

problema” e uma pesquisa quantitativa com os clientes do mesmo, Malhotra (2001)

afirma que essa pesquisa procura quantificar os dados, ampliar alguma forma da

análise estatística, é estruturada e possui um grande número de casos

representativos, enquanto a pesquisa qualitativa proporciona melhor visão e

Page 23: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

22

compreensão do contexto do problema, é uma pesquisa não-estruturada, não-

estatística e possui pequeno número de casos não-representativos.

Em seguida, sobre as técnicas de pesquisa, a documentação direta, que

segundo Lakatos & Marconi (2001, p.186), “constitui-se em geral, no levantamento

de dados no próprio local onde os fenômenos ocorrem”, foi feita uma pesquisa de

campo, onde esses dados foram obtidos. Lakatos & Marconi (2001, p.186), afirmam

que:

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre elas.

A análise de documentos foi utilizada nesse estudo, Mazzoti &

Gewandsznayder (2002) consideram como documento qualquer registro que possa

ser usado como fonte de informação. A análise de documentos costuma ocorrer

quando os sujeitos envolvidos não podem mais ser encontrados ou pode ser

combinada com outras técnicas de coleta.

2.2 Amostra

A técnica de amostragem utilizada foi a Não-Probabilística por Conveniência,

em que os elementos da amostra são selecionados de acordo com a conveniência

do pesquisador e as características estabelecidas (MARCONI, 1990).

A pesquisa com os consumidores foi realizada tomando como base uma

amostra não-probabilística de 150 pessoas, clientes escolhidos do supermercado

analisado.

2.3 Instrumento de Coleta de Dados

O questionário foi utilizado como instrumento de coleta de dados, pela sua

facilidade na aplicação, pela economia de tempo e de custo que oferece, pela

abrangência com que permite a abordagem de assuntos, pois ele pode ser

considerado como o instrumento mais conhecido e usado em pesquisa.

Page 24: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

23

Segundo Lakatos & Marconi (2001, p. 201), “é um instrumento de coleta de

dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser

respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador“, e de acordo Goode &

Hatt (1968) o questionário é um instrumento ou meio de obter respostas as questões

por uma formula que o próprio informante preenche.

Mais duas definições reforçam o conceito de questionário, a primeira é de

Chizzotti (1991), que define como uma série de perguntas sobre o problema

levantado no estudo, previamente elaboradas, para serem respondidas por um

interlocutor. A segunda definição diz que o questionário é uma maneira de

investigação composta por determinado número de perguntas apresentadas por

escrito a essas, possuindo como objetivo o conhecimento de situações vivenciadas,

opiniões, expectativas, crenças, sentimentos, etc. (GIL, 1994).

Ruiz (2002, p. 51) comenta que “na entrevista, o informante fala; na técnica

de questionário, o informante escreve ou responde por escrito a um elenco de

questões cuidadosamente elaboradas”. A forma de envio foi pessoalmente, que é

quando “o questionário é entregue e recolhido pessoalmente nas residências, em

lojas, empresas, escolas, etc. ou em qualquer lugar público” (MATTAR, 1999, p.

173).

Lakatos & Marconi (2001), classificam o questionário quanto às perguntas, da

seguinte forma:

• Perguntas abertas – também chamadas livres ou não limitadas, são as que

permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria e

emitir opiniões;

• Perguntas fechadas ou dicotômicas – também denominadas limitadas ou de

alternativas fixas, são aquelas que o informante escolhe sua resposta entre

duas opções: sim ou não;

• Perguntas de múltipla escolha – são perguntas fechadas, mas que apresentam

uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo

assunto.

Já Chizzotti (1991, p.45) comenta que o questionário pode ter “questões

fechadas (a resposta está limitada aos itens preestabelecidos), abertas (diante de

um esquema de pergunta, o interlocutor formula com liberdade sua resposta) ou

abertas e fechadas”.

Page 25: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

24

Dessa maneira, o referido instrumento (questionário) é composto de

perguntas que são respondidas por escrito, ele é enviado pessoalmente ao

respondente para preencher e responder sem a presença do entrevistador, a quem

é devolvido, após a conclusão.

No presente estudo, foi aplicado ao gerente de um supermercado, localizado

na cidade de Paulo Afonso - BA, um questionário composto por 6 (seis) perguntas

abertas, as quais o respondente teve a liberdade na emissão das respostas,

podendo apresentar-se com maior clareza e abrangência (Apêndice A). Para os

clientes do supermercado, foram aplicados questionários contendo 2 (duas)

perguntas fechadas e 10 (dez) afirmativas com base na escala de Likert, que

embora restrinja a liberdade das respostas, facilitou o tempo das pessoas que

responderam sem que houvesse um desperdício de tempo ou falta de humor por

parte dos entrevistados, facilitando dessa forma a tabulação dos dados, pois as

respostas são mais objetivas (Apêndice B).

A escala de Likert foi utilizada no questionário aplicado aos clientes, que

segundo Malhotra (2001) é uma escala de classificação amplamente utilizada, de

medida, com cinco categorias de respostas que vão de discordo totalmente a

concordo totalmente. Essa escala exige que os participantes indiquem um grau de

concordância ou de discordância com cada série de afirmações relacionadas com os

objetivos de estímulo.

2.4 Coleta de dados

Os questionários foram aplicados no período de 27.09.06 a 29.09.06, ao

gerente do supermercado no Município de Paulo Afonso - BA, e de 27.09.06 a

30.09.06 aos clientes do referido estabelecimento.

2.5 Tratamento de Dados

Todas as informações coletadas, junto ao gerente administrativo e aos

clientes do supermercado no município de Paulo Afonso – BA, foram tabuladas e

analisadas sob a ótica do merchandising no ponto-de-venda como ferramenta do

marketing, constituindo o referido estudo, onde os procedimentos e instrumentos se

mostraram satisfatórios, atendendo às expectativas.

Page 26: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

25

De acordo com Lakatos & Marconi (2001, p. 167) tabulação é:

Um processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os dados de observação, conseguidos pela diferentes categorias e representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser mais bem compreendidos e interpretados mais rapidamente.

Após tabulados os dados dos questionários aplicados aos clientes do

supermercado, foram representados em gráficos, que, para Lakatos & Marconi

(2001, p. 170) “são figuras que servem para representações dos dados”, onde foi

possível expor os resultados. Foram feito os resultados e as análises das perguntas

abertas do questionário aplicado ao gerente do supermercado, e de acordo Trujillo

(1974, p. 178), “análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o

fenômeno estudado e outros fatores”.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Marketing

Atualmente, o marketing é a resposta para como competir em outras bases

que não apenas o preço, mas também, o produto, a praça e a promoção (4P´s),

onde o merchandising faz parte das ações promocionais desenvolvidas dentro do

ponto-de-venda somado a vários outros itens como preço, produto, layout, etc. O

marketing tornou-se mais importante que nunca, devido ao excesso de capacidade

no mercado.

Dessa maneira, Philip Kotler vem há vários anos definindo o marketing em

seus livros:

“Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos

obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de

valor com outros.” (KOTLER, 1998, p.27).

“Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação

do preço (pricing), a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar

trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.” (idem, 2000, p. 30).

Kotler (2003) define marketing como uma função empresarial, onde através

de pesquisas de mercado, identificam-se necessidades e desejos insatisfeitos,

Page 27: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

26

definindo e medindo seu tamanho e potencial de rentabilidade, onde afirma que

mercado-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, onde decide não só sobre

produtos, mas sobre serviços e programas adequados para esses mercados, além

de convocar todos na organização para pensar no cliente e atender o mesmo.

“Marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas

e sociais, podendo-se dizer que ele supre necessidades lucrativamente.” (KOTLER

& KELLER, 2006, p. 4).

3.2 Marketing de Varejo

O ritmo de globalização tornou-se especialmente intenso no varejo brasileiro

durante os últimos anos, onde grandes grupos empresariais estrangeiros aportaram

no Brasil, com atividades próprias ou em associação com grupos brasileiros.

Segundo Las Casas (2004, p. 17), “varejo é a atividade comercial responsável

por providenciar mercadorias e serviços desejados pelos consumidores”.

“Varejo consiste em todas as atividades que englobam o processo de venda

de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor

final.” (PARENTE, 2000, p. 22).

Marketing de varejo tem como propriedade o relacionamento estratégico entre

fornecedor e os pontos-de-venda, criando ainda uma ligação entre áreas de

marketing e vendas, dentro da própria empresa. O marketing de varejo é uma

atividade que melhora o posicionamento no varejo e garante a atuação da marca

junto aos consumidores, tendo como objetivo planejar os canais de venda e os

clientes-chave (Key accounts). (BLESSA, 2005).

3.3 Auto-serviço

Kotler (2000, p. 540), afirma que “auto-serviço é a base de todas as

operações de desconto. Muitos clientes se dispõem a procurar, comparar e

selecionar produtos para poupar dinheiro”.

Segundo o site Ascar & Associados – Empresa de Consultoria Dirigida ao

Pequeno e Médio Supermercadista (2006), a primeira loja do mundo com

atendimento por auto-serviço foi inaugurada nos Estados Unidos em 1912. É

importante ressaltar que, os produtos passaram a ser distinguidos pelos fabricantes

Page 28: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

27

e suas marcas, dando inicio à estratégia das marcas comerciais e com preços

predeterminados, onde a técnica de vendas permitiu ao consumidor escolher os

produtos e levá-los até o caixa, sem a intervenção de qualquer funcionário ou do

dono do estabelecimento.

O auto-serviço de alimentos surgiu no início da década de 50, e foi um dos

formatos de varejo que mais cresceu desde então. No Brasil, é importante saber que

mais de setenta mil lojas utilizam hoje o sistema que cortou custos e modernizou o

processo de distribuição (SITE APAS – ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE

SUPERMERCADOS, 2006).

Durante a segunda metade do século passado o auto-serviço se diversificou e

novos modelos apareceram, mas o setor passou, e ainda passa, por diversas

transformações, sendo que no início dos anos 70, apareceram no Brasil as

cooperativas varejistas, seguidas, na década de 80, pelas lojas de sortimento

limitado. Recentemente, reproduziram-se também os modelos de agregação de

pequenos varejos em cadeias voluntárias e a formação de grupos através de

franquias (ibid).

A seguir, é possível visualizar na tabela 3.1, dados sobre o auto-serviço no

Brasil, que confirma a importância desse formato.

TABELA 3.1

DADOS DO AUTO-SERVIÇO NO BRASIL

DADOS BRASIL

Faturamento do Setor R$ 106,4 bilhões

Números de Empresas 50.000

Metragem das Lojas 18,1 milhões m²

Total de check-out 166.503

Empregos Diretos 788.286

FONTE: Site APAS (2006).

A seguir, é possível ver através da tabela 3.2, a evolução do auto-serviço no

Brasil.

Page 29: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

28

TABELA 3.2

OS PIONEIROS DO AUTO-SERVIÇO NO BRASIL

NOME ANO LOCAL

Frigorífico Wilson 1947 SP

Casa Araújo ---- ----

Depósito Popular 1949 SP

Demeterco 1951 PR

FONTE: Site Ascar & Assciados (2006).

3.4 Supermercados

De acordo com Las Casas (2004, p. 29), “os supermercados surgiram nos

Estados Unidos na década de 30. Foi o desenvolvimento do uso do automóvel e o

arrocho salarial que favoreceram o crescimento do auto-serviço”.

Rojo (1998), explica que o supermercado, com quase cinco décadas de

implantação no Brasil, tornou-se um modelo essencial da paisagem de qualquer

cidade brasileira média. Ele já era presença marcante em todas as principais

cidades brasileiras nos anos 60. Já a década de 70 foi o período da grande

expansão do setor, da sedimentação das grandes cadeias, aliado ao

desenvolvimento econômico que o Brasil atravessava (o chamado ‘milagre

brasileiro’).

De acordo com Las Casas (2004), as lojas americanas foram as pioneiras no

Brasil, surgindo por volta de 1952, no Rio de Janeiro e logo em seguida, o

supermercado Disco foi inaugurado no ano seguinte, em 1953, nesta mesma cidade.

Supermercado é constituído por uma operação de grande porte, com

pequena margem de lucro e baixo custo, além de um grande volume e self-service,

e tem como objetivo a satisfação total das necessidades do consumidor no que se

refere a alimento, produtos de higiene pessoal, de limpeza e de manutenção do lar,

contribuindo para essa satisfação do consumidor (KOTLER, 1993).

Segundo Ângelo & Silveira (2003), os supermercados são lojas que operam

em sistema de auto-serviço, e que possuem uma área de venda que varia de 100m²

a 5.000m², especializadas na comercialização de alimentos, produtos de mercearia,

carnes, frios, lacticínios, hortifrutigranjeiros e artigos de uso e consumo doméstico

Page 30: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

29

imediato. É importante ressaltar que, o Estado de Pernambuco foi um dos pioneiros

na implantação desse tipo de varejo no Brasil.

Kasper (1981, p. 20), afirma que:

Os supermercados são hoje o maior laboratório de marketing do mundo, onde batalhas são travadas pelo consumidor, envolvendo estratégias sofisticadíssimas em busca de espaço, e onde os resultados se medem em unidades vendidas/m²/mês.

Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(2002), os hiper/supermercados e combustíveis foram os que mais se destacaram

em termos de faturamento nesse ano, e eles geraram R$ 60,9 bilhões de receita em

vendas (ou 24,4% do total) e os combustíveis registraram R$ 56,3 bilhões (ou 22,5%

do total). Dessa forma, pode-se notar a importância dos supermercados como

responsável por uma grande parcela da receita líquida do varejo.

3.5 Ponto-de-venda (PDV)

Segundo Blessa (2005, p. 6), “ponto-de-venda é qualquer estabelecimento

comercial que exponha serviços ou produtos para a venda aos consumidores”.

Alguns exemplos de pontos-de-venda são: supermercados, farmácias,

shoppings, padarias, lojas, banca de jornal, bancos, exposições, barracas de

camelô, feiras-livres, lojas virtuais na Internet, etc.

E toda essa importância e investimentos em comunicação de muitas

empresas são proporcional à freqüência e ao tempo gasto pelos consumidores nos

mais diferentes pontos-de-venda, como pode ser observado na tabela 3.3 e na

tabela 3.4, sobre freqüência por sexo e tempo médio gasto na visita em vários

pontos-de-venda.

Page 31: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

30

TABELA 3.3

FREQUÊNCIA POR SEXO NO PONTO-DE-VENDA

FREQUÊNCIA POR SEXO NO PDV

PDV Mulheres (%) Homens (%)

Super e Hipermercados 85 15

Mercadinhos 53 47

Lojas de Conveniência 30 70

Padarias 41 59

FONTE: Blessa (2005).

TABELA 3.4

TEMPO MÉDIO GASTO NA VISITA AO PONTO-DE-VENDA

TEMPO MÉDIO GASTO NA VISITA AO PDV

Super e Hipermercados 78 minutos

Mercadinhos 8 minutos

Lojas de Conveniência 6 minutos

Padarias 7 minutos

FONTE: Blessa (2005).

De acordo com Sant´Anna (2002, p. 23), “todas as ações da propaganda,

promoção, etc. convergem para um único ponto – o ponto-de-venda. É o momento

em que se tem a resposta e o negócio vira sucesso ou fracasso”.

3.6 Merchandising

A palavra inglesa merchandise significa mercadoria, e merchandiser significa

negociante. Por sua vez, a tradução de merchandising seria mercadização, nome

que em português não corresponde exatamente ao significado da atividade como é

escolhida, merchandising seria então uma derivação da palavra merchandise, que

se pode traduzir como operação com mercadorias (BLESSA, 2005).

De acordo com Ferracciú (2003 apud ZENONE & BUAIRIDE, 2005, p. 121),

“academicamente, no passado, as tentativas de aportuguesamento da palavra

remetiam a mercandizar, merceologia, mercadologia e outros absurdos”.

Segundo Blessa (2005, p. 8), o merchandising, “desde seu surgimento, era

feito para dar destaque a todas as mercadorias, e isso começava a partir do layout

Page 32: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

31

da loja, seus corredores e prateleiras, até a disposição dos produtos e sua

promoção”.

Atualmente, o merchandising “é algo muito mais completo, que procura

acompanhar todo o ciclo de vida do produto, desde a adequação de sua imagem

para os pontos-de-venda até o acompanhamento de sua performance diante de

seus consumidores” (BLESSA, 2005, p. 8).

Sant´Anna (2002, p. 23), afirma que “merchandising é planejamento

promocional do produto antes de ser lançado no mercado. É a preparação da

mercadoria para torná-la adequada às necessidades do consumidor”. Sant´Anna

(2002, p. 23) continua afirmando que, “o marketing define o quê e onde vende,

enquanto o merchandising, como e por que vender”.

Segundo Pancrázio (2000 apud ZENONE & BUAIRIDE, 2005, p. 122), na

terminologia técnica brasileira há diversas concepções para definir o conceito de

merchandising:

• Para um profissional de mídia, merchandising é a forma indireta de veiculação de uma mensagem comercial, o que demonstra um conceito muito próximo da propaganda. • Um profissional de marketing com foco nas atividades de promoção dirá que o merchandising é qualquer ação da empresa visando promover o produto sem que ele esteja no ponto-de-venda. • Qualquer exposição da marca ou produto não veiculada pelas mídias e não paga pelo anunciante se caracteriza como merchandising.

Segundo Costa (2003 apud ZENONE & BUAIRIDE, 2005, p. 122), “o

merchandising é toda a ação de valorização e enriquecimento do produto no ponto-

de-venda, destacando-o da concorrência, e levando o consumidor à decisão final de

compra”.

Depois de algumas definições de merchandising citadas, Zenone & Buairide

(2005, p. 123), definem como:

[...] conjunto de técnicas, ação ou material promocional usado no ponto-de-venda, a fim de proporcionar informações e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços para motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. [...] planejamento e a operacionalização de atividades que se realizam em estabelecimentos comerciais, especialmente em lojas de varejo e de auto-serviço.

Page 33: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

32

Para Blessa (2005), merchandising é definido como qualquer técnica, ação ou

material promocional usado no ponto-de-venda que sirva para proporcionar não só

uma melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, mas também, proporcionar

informação ao consumidor, com o propósito de extrair, motivar e influenciar as

decisões de compra.

Pinheiro (2004, p. 77) conceitua merchandising como “enriquecimento,

valorização do clima promocional em nível de ponto-de-venda onde se encontra o

produto, com o objetivo final de envolvimento do consumidor, levando-o à efetivação

da compra”.

Blessa (2005, p. 7) define novamente merchandising como sendo “o conjunto

de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos

na loja, de maneira tal que acelere sua rotatividade”.

Ainda de acordo com Blessa (2005, p. 2), “merchandising é o conjunto de

atividades de marketing e comunicação destinadas a identificar, controlar, ambientar

e promover marcas, produtos e serviços nos pontos-de-venda”.

O merchandising é responsável pela apresentação destacada de produtos na

loja, criando espaço e visibilidade, de uma maneira que acelere sua rotatividade.

Segundo o Manual de Treinamento Nestlé (2005, p. 40), o “merchandising é

um conjunto de atividade desenvolvidas no ponto-de-venda, visando chamar a

atenção do consumidor para um determinado produto e impulsioná-lo à compra”. O

maior objetivo do merchandising é de reforçar o prestígio da marca, pois esse não

acelera a venda de um produto no ponto-de-venda se ele não estiver fácil de

encontrar, fácil de ver e de comprar.

De acordo com Sant´Anna (2002), merchandising é um complemento de

outras formas de atividade publicitária, assim como um veículo de publicidade, onde

cada ferramenta possuirá um trabalho diferente, e todas são utilizadas para o

mesmo objetivo que é de informar e persuadir os consumidores a comprar ou

consumir determinado produto, marca ou serviço.

Blessa (2005, p. 8) deixa claro que há algo indiscutível sobre o merchandising

no ponto-de-venda: “ele é considerado a ‘mídia’ mais rápida e eficaz, pois é a única

em que a mensagem conta com os ‘três elementos-chave’ para concretização de

uma venda: consumidor, produto e o dinheiro”.

Page 34: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

33

Pinheiro (2004, p. 78) enfatiza que “o merchandising como ferramenta de

apoio a Marketing é fundamental para a obtenção e manutenção de ‘marketing

share’ (participação de mercado) de uma marca no mercado”.

Ainda de acordo com Pinheiro (2004, p. 78), o autor afirma que:

Toda empresa, principalmente as voltadas para produtos de consumo de massa, produtos estes de giro rápido nas vendas, tipo gêneros de primeira necessidade em várias categorias e que são distribuídos através do varejo de auto – serviço, tem suas equipes de promotores de vendas. Esses promotores de vendas são profissionais que realizam o trabalho de merchandising nos pontos-de-venda, que compõem o canal de distribuição. [...] o trabalho de merchandising é exatamente acompanhar e administrar a trajetória de uma marca, desde o estoque da indústria até o estoque da loja, passando pela área de vendas sendo bem exposto com todos os detalhes da exibitécnica e chegando ao estoque do domicílio do consumidor.

3.6.1 Objetivos do Merchandising

O Manual de Treinamento Nestlé (2005) define quatro objetivos do

merchandising, são eles:

• Melhorar a exposição dos produtos no ponto-de-venda – diante da disputa por

espaço, ou você destaca seu produto na área de vendas ou simplesmente não

vende, e para destacá-lo em meio aos milhares de itens que o varejo oferece, tem

que destacá-lo com material ponto-de-venda e uma exposição atraente. [...] o

resultado desse trabalho depende fundamentalmente da habilidade do

menchandiser em fazer exposições e também da sua capacidade de improvisação;

• Obter maiores e melhores espaços – o espaço no ponto-de-venda é disputado

palmo a palmo pelos concorrentes, portanto, é muito importante que o merchandiser

tenha iniciativa para conquistar melhores espaços e criatividade para fazer

exposições atraentes;

• Aumentar o número de compras por impulso em favor do produto – a maioria dos

consumidores não planeja a compra; é na própria loja que a maior parte deles

decide o que comprar. O merchandising atrai o consumidor, que sempre acaba

comprando mais que o planejado;

• Reforçar o prestígio da marca – ele não acelera a venda do produto no ponto-de-

venda se ele não estiver: fácil de encontrar, fácil de ver e fácil de comprar.

Page 35: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

34

De acordo com Zenone & Buairide (2005), são três objetivos principais do

merchandising:

• Vender mais e melhor – com um bom merchandising, as vendas aumentam em

curto prazo, pois uma boa exposição valoriza a marca e os produtos, tornando a

compra não apenas necessária, mas também prazerosa;

• Incrementar o número de consumidores – cada cliente tem uma determinada

capacidade potencial de compra definida pelos usos do produto e por sua

capacidade econômica. Ampliar permanentemente o número de clientes da marca

e/ou seção é a forma mais fácil e segura de incrementar as vendas; além disso, a

multidão atrai novos compradores. Não é necessário selecionar o comprador, pois

um merchandising eficiente atrai todos de forma constante;

• Reduzir custos – quanto mais decisões intermediárias de compra (marca,

quantidade, usos, características etc.) o consumidor tiver em mente, mais econômica

será a ação do merchandising, reduzindo os principais custos de um ponto-de-

venda, como os relativos a espaço físico, estoques necessários e mão-de-obra dos

auto-serviços.

Foram observados quais são os objetivos do merchandising de acordo com

os dois autores acima citados (Manual de Treinamento da Nestlé e Zenone &

Buairide), onde é possível notar a semelhança entre os dois. Já Pinheiro (2004, p.

83), descreve as funções do merchandising, como sendo as seguintes:

• Aproximar o produto certo, ao consumidor certo no lugar certo, na quantidade certa, ao preço certo; • Elemento de apoio à promoção em si e ao produto normal; • Auxílio no giro do produto para o consumo; • Utilizar dos recursos da exibitécnica para fazer acontecer este clima e predisposição de compra por parte do consumidor; • Ferramenta para especificação do produto ou serviço.

É importante observar que o merchandising cria todo o clima favorável à

decisão de compra, e estará contribuindo para o escoamento do produto no ponto-

de-venda, pois é sua função sempre auxiliar o produto normal ou promocionado

(ZENONE & BUAIRIDE, 2005).

Page 36: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

35

3.6.2 Comunicação Visual

A comunicação visual é muito importante dentro do ponto-de-venda, pois

segundo Blessa (2005, p. 13), “durante uma compra, a visão é o primeiro sentido

humano responsável pelo processo de escolha, pois é o primeiro estímulo que faz o

cérebro reagir na direção do produto”.

Esses fatos se comprovam em dados da Veronis, Shler & Assoc. (apud

BLESSA, 2005, p. 15), ao medir a percepção dos cinco sentidos humanos: onde

“aprendemos 1,0% pelo paladar; 1,5% pelo tato; 3,5% pelo olfato; 11,0% pela

audição e 83,0% pela visão” (Quadro 3.1).

QUADRO 3.1 - Os Cinco Sentidos Humanos (Percepção)

Aprendemos:

• 1,0% pelo PALADAR

• 1,5% pelo TATO

• 3,5% pelo OLFATO

• 11,0% pela AUDIÇÂO

• 83,0% pela VISÂO

FONTE: Blessa (2005).

Ainda segundo Blessa (2005, p. 14):

[...] durante o processo de compra, o tempo de decisão em frente à gôndola não passa de cinco segundos em média, levando em consideração que são ‘segundos em movimentos’, devido ao percurso do carrinho. Entre a parada do carrinho no local em que a consumidora acha que deve estar à categoria, a busca com os olhos pelas prateleiras pelo produto, pela marca e pelo preço apropriado, a consumidora não levará mais que 15 (quinze) segundos. Se, nesse meio tempo, outras embalagens, etiquetas de preço ou material promocional desviarem sua atenção, ela despenderá mais alguns segundos para fazer comparações. Daí escolherá o produto definitivo.

Devido a esse cenário dos mercados brasileiro e mundial, Zenone & Buairide

(2005), apresentam os principais materiais e ações promocionais utilizados nos

pontos-de-venda:

Page 37: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

36

• Abordagem – forma realizada por um (a) demonstrador (a) para impulsionar à

compra de um produto. Frequentemente, a abordagem é acompanhada por folhetos,

amostras ou brindes promocionais;

• Adesivos de chão – material plástico autocolante contendo mensagens

promocionais que são colados dentro da loja ou na entrada, cujo objetivo é criar uma

marcação que leve o consumidor a um ponto desejado dentro do ponto-de-venda;

• Banners – sinalizadores que podem assumir diversos tamanhos, sendo

confeccionados em papel, plástico ou tecidos e esticados sobre roletes de madeira

ou acrílico. É um meio de comunicação que contém informações sobre o produto e

sua função é muito importante, pois atuam diretamente no ponto-de-venda,

despertando nos consumidores o desejo de compra;

• Balcão de degustação – estande cujo objetivo é divulgar, de forma

personalizada, um produto apresentado por um promotor ou um demonstrador. Seu

ponto forte é a flexibilidade, podendo ser colocado em qualquer lugar e sendo fácil

de carregar e montar/desmontar;

• Bobina forração – plástico com imagem ou mensagem sobre o produto que se

destina à decoração de pontos extras, terminais de gôndolas e qualquer outro local

que permita a sua utilização em diversos tamanhos;

• Cartazes e cartazetes – material de papel utilizado em gôndolas, pontos extras e

locais de fácil visualização na loja;

• Clip strip – tira plástica cujo objetivo é aumentar a visibilidade dos produtos em

diferentes pontos da loja mediante exposições cruzadas com categorias afins [...].

• Display – um dos materiais que mais chamam a atenção no ponto-de-venda,

normalmente é utilizado para promover, apresentar, expor, demonstrar e ajudar a

vender o produto ou serviço, podendo ser colocado diretamente no chão, na vitrine,

no balcão ou na gôndola. Pode ser de madeira, papelão ou acrílico;

• Faixa de gôndola – demarca espaços de produtos e categorias e atrai os

consumidores para o produto, decorando o ponto-de-venda. A faixa de gôndola

contém mensagens e/ou imagens e também pode ser chamada aparador, canaleta

ou cantoneira;

• Gargaleira – peça promocional fixada ao gargalo de embalagens no formato

‘garrafa’, contendo informações sobre o produto ou promoção;

Page 38: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

37

• Inflável – peça de material plástico flexível que deve ser usada cheia de ar e ter

impressas ou pintadas mensagens e/ou imagens. E pode ter o formato do produto;

• Móbile – material aéreo, sustentado por fios, para fixação no teto do ponto-de-

venda. É mais usado em lojas de conveniência ou especializadas, em pequenos

mercados e farmácias;

• Stopper – peça publicitária que se sobressai perpendicularmente à prateleira ou

gôndola e podem ser de papelão ou acrílico;

• Take-one – folheto contendo informações sobre o produto ou promoção;

• Urnas – suas principais funções são armazenar cupons promocionais e despertar

no consumidor o interesse de participar da promoção;

• Woobler – também conhecido como ‘pescador’, trata-se de material de pequeno

porte que possui uma haste com fita adesiva em sua extremidade. É colocado na

gôndola com a finalidade de chamar a atenção do consumidor para um novo

produto, promoção ou preço, além de servir como um instrumento de comunicação.

Em uma pesquisa feita em supermercados dos Estados Unidos em uma

incidência de compra a cada 100 consumidores, foi possível observar a importância

dos displays no ponto-de-venda (gráfico 3.1).

5,5%10,8% 12,5%

36,5%

0

25

50

75

100

Sem propaganda esem Display

Sem Propaganda ecom Display

Com Propaganda esem Display

Com propaganda ecom Display

Gráfico 3.1 – Sinergia da utilização de display com outro tipo de

propaganda em supermercados nos EUA.

FONTE: Blessa (2005).

Page 39: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

38

Dessa forma, Pinheiro (2004, p. 123), define materiais de ponto-de-venda

como “todos os materiais que suportam o trabalho de conseguir uma excelente

posição para nossa marca na área de venda, em detrimento da concorrência”.

Segundo pesquisa realizada pelo POPAI-BRASIL (1998 apud ZENONE &

BUAIRIDE, 2005, p. 142), denominada Comportamento do Consumidor, “quando um

produto é colocado em promoção o índice de lembrança chega a 50%. Entregas de

amostras e exposições em destaque do produto chegam a aumentar as vendas em

48%”.

Pinheiro (2004, p. 123), afirma que:

[...] os equipamentos complementares de área de venda, tais como boa iluminação, vitrinismo, displays fixos estratégicos em segmentos, sonorização, limpeza, fragrâncias etc. são de extrema importância para a criação deste clima diferenciado para as compras.

3.6.3 Vantagens dos Materiais Ponto-de-Venda (PDV)

Todos esses materiais ponto-de-venda vistos anteriormente, possuem três

grande vantagem, segundo Blessa (2005) são:

• Custo baixo – terá custo baixo um material feito para muitas lojas com vida útil de

um ano, onde custa em média 30 vezes menos do que uma inserção (30 segundos)

de comercial de TV (em rede nacional);

• Hora certa – os materiais ponto-de-venda focalizam o consumidor e a

comercialização da mercadoria no momento crucial – a hora da compra. Ao fazer

com que a saia das prateleiras para as mãos do consumidor, o investimento feito

nos materiais fica justificado rapidamente. As lojas equipadas com sistemas de

caixas registradoras informatizadas, podem apresentar rapidamente os dados

referentes às vendas, necessários à avaliação do impacto dos materiais ou

programas, beneficiando tanto o fabricante quanto o varejista que alcançam seus

objetivos de aumentar as vendas e lucrarem mais;

• Marketing flexível – os materiais ponto-de-venda podem ser facilmente

elaborados e desenvolvidos de acordo com as necessidades dos mercados locais,

redes ou tipos de comércio específico. Além disso, permitem visar a determinados

segmentos de consumidores.

Page 40: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

39

Além das vantagens dos materiais ponto-de-venda em relação a outros meios

de comunicação, pode-se observar no Quadro 3.2 um estudo comparativo entre

promoção de vendas, propaganda e merchandising.

QUADRO 3.2 - Comparativo da Ferramenta de Suporte a Marketing

Propaganda Promoção Merchandising

Leva o consumidor ao produto Leva o produto ao

consumidor Cria o clima para a compra

É usada como estímulo de

persuasão de compra

É usada como reforço de

vendas Reforça a compra

Tem como veículo a mídia – TV,

Rádio, Jornal etc.

Tem como veículo o canal de

distribuição e a força de

vendas

Tem como veículo o ponto

de venda

FONTE: Pinheiro (2004).

Pinheiro (2004) comenta que existem quatro fases onde os materiais ponto-

de-venda auxiliam na decisão de compra do consumidor, são elas:

• Atenção – todas as técnicas de merchandising aplicadas numa marca são para

destacá-la frente à concorrência; portanto ela deve chamar a atenção e é nesse

ponto que estará ganhando espaço na cabeça do consumidor;

• Interesse – uma vez atendido o primeiro passo, a conseqüência da atenção é a

manifestação do interesse, por parte do consumidor, para a nossa marca. Ele vai se

interessar em saber mais detalhes sobre a marca: benefícios, preço, embalagem,

etc. [...] se chamarmos a atenção, provocaremos o interesse de conhecimento;

• Decisão – o consumidor, que já se interessou pela marca, toma a decisão de ir

de encontro ao produto e neste momento existe um elo tênue entre o consumidor e

o produto;

• Adoção – quando o consumidor adotou e comprou o produto com decisão de

consumi-lo e tornar-se um consumidor fiel, uma vez satisfeitas todas as promessas

realizadas pela marca.

3.6.4 Visual Merchandising

Bernardino et al (2004, p. 107), definem visual merchandising como:

Page 41: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

40

A culminação de todos os estímulos visuais no ambiente de varejo, abrangendo tudo o que o consumidor percebe. Na realidade, o visual merchandising vai além do sentido da visão para tornar-se um conceito ampliado de percepção.

O visual merchandising engloba, como dizem Bernardino et al (2004), a

visualização de todas as cores e suas influências psicológicas, os aromas e suas

associações, o prazer do degustar, a atenção para a chamada auditiva ou para os

sons musicais e, ainda, a aproximação do produto /mercadoria com o toque.

O visual merchandising faz parte do merchandising geral, Bernardino et al

(2004, p. 107) o define como “a arte de dramatizar a apresentação da mercadoria

para estimular e encorajar o interesse do consumidor e induzi-lo a comprar”.

Ainda segundo Bernardino et al (2004), o visual merchandising possui dois

pontos de vista: o estético, onde o visual merchandising é bem realizado e cria uma

impressão favorável e memorável, simplificando o processo de compra, induzindo o

consumidor a comprar mais e a retornar, facilitando o trabalho dos vendedores e

tornando a loja um local divertido e estimulante para se comprar e para se trabalhar;

o técnico, o visual merchandising eleva à produtividade da loja, o giro do estoque, as

vendas por metro quadrado e as vendas de mercadorias mais rentáveis, aumenta o

tíquete médio e reduz a necessidade de remarcação e liquidações.

3.6.5 Exposição de Produtos

De acordo com Parente (2000), os produtos podem ser expostos de várias

maneiras, onde o equipamento mais utilizado é a gôndola. A gôndola é o

equipamento para exposição de alimentos e também de não-alimentos em lojas de

auto-serviço.

Outras formas de expor os produtos são: prateleiras, cabides, empilhamento,

amontoados, etc. (PARENTE, 2000).

3.6.5.1 Princípios Básicos do Merchandising

O Manual de Treinamento Nestlé (2005), afirma que são três os princípios

básicos do merchandising:

Page 42: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

41

• Aproveitamento dos recursos – analisar o canal de vendas para otimizar ao

máximo o tempo e o material a ser usado. É importante saber quem é seu cliente: o

perfil de consumidores que compram naquele ponto-de-venda e os produtos de

maior saída;

• Posição / disponibilidade – a colocação dos produtos deve facilitar a visualização

e identificação, estimulando sua compra. Por isso deve-se:

1. Manter as gôndolas sempre abastecidas e limpas;

2. Observar a colocação dos produtos mais antigos (com a data de vencimento

mais próxima ao vencimento) na frente, a fim de propiciar uma rotação correta. Este

procedimento é conhecido como FIFO (First In First Out) ou PEPS (Primeiro que

Entra e Primeiro que Sai);

3. Examinar a situação dos produtos, verificando a aparência e o estado de

conservação em que se encontram. Produtos danificados, sujos ou amassados

devem ser retirados do ponto-de-venda;

4. Observar se os produtos estão localizados de um modo que seja de fácil acesso

aos consumidores. É necessário que a exposição coloque o produto na mão do

consumidor, para não correr o risco de que os consumidores adquiram produtos

concorrentes que se encontram melhores expostos;

5. Evitar pilhas muito altas na parte superior da gôndola, pois o consumidor terá

dificuldade em alcançar o produto;

6. Executar corretamente o layout solicitado pela Cia. Layout é a arrumação correta

dos produtos na gôndola, devidamente estudada e adequada ao público-alvo;

7. Verificar se os produtos não estão estocados ou expostos perto de produtos de

limpeza ou outros produtos que contenham odores fortes, podendo contaminá-los.

• Preço – verificar quais são os preços da concorrência, mantendo contato com o

vendedor para saber das possíveis promoções e negociações especiais nos

principais clientes.

3.6.5.2 Locais de Exposição

Para obter-se sucesso no merchandising necessita-se conhecer o fluxo da

loja, ou seja, o caminho que a maioria dos consumidores percorre quando está na

loja para estabelecer as exposições. Segundo o Manual de treinamento Nestlé

Page 43: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

42

(2005), são quatro os pontos de exposição de produtos, dentro de um ponto-de-

venda:

• Ponto permanente – é o local onde são expostos os produtos permanentes, ou

seja, as gôndolas. É o local mais importante do ponto-de-venda, pois é onde

estamos expostos durante todo o tempo e junto aos concorrentes;

• Ponto quente – é o local da loja em que a venda de qualquer produto exposto é

maior por metro linear do que a média do estabelecimento. Esse ponto gera uma

zona de atração, ou seja, atrai os consumidores;

• Ponto frio – é o local da loja em que o fluxo de pessoas é bem menor do que a

média da loja e, conseqüentemente, gera menos venda;

• Ponto extra – é o local fora do ponto permanente onde é exposto o produto,

podendo se oferecer vantagens adicionais aos consumidores como: rebaixa de

preço, concessão de brinde especial ou até mesmo lançamento de produtos.

3.6.5.3 Cross-Merchandising

Segundo Bernardino et al (2004, p. 107), “cross-merchandising ou

merchandising cruzado é a apresentação de mercadorias fora de sua seção

tradicional, em locais que combinem com outros produtos”. Um exemplo de cross-

merchandising é a colocação de vidros de champignons e de molho de tomate

próximos ao açougue para que o cliente, ao comprar carne, tenha a idéia de

preparar um estrogonofe, mas é preciso esclarecer que isso não implica suprimir o

produto de sua seção original.

De acordo com o Manual de Treinamento Nestlé (2005), as ações de cross-

merchandising são uma tática simples e bem aceita pelos clientes, que têm por

objetivo criar alternativas ou soluções para o consumidor, agrupando produtos

relacionados na área de exposição. Correlatos é um outro nome dado ao cross-

merchandising, onde associações de produtos no ponto-de-venda fazem com que o

consumidor associe um determinado produto sendo utilizado em conjunto com

outros.

Page 44: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

43

3.6.6 Leiautização da Área de Vendas

Kasper (1981) define layout como arranjo espacial das grandes áreas (de

estacionamento X de loja; de apoio X de vendas; de exposição de mercadorias X

circulação; de depósito X preparação de mercadorias, etc.)

Pinheiro (2004, p. 117), define layout de uma área de vendas como “uma

planta desta área com os equipamentos necessários para a exposição dos produtos

segundo a presença física de produtos”.

Ainda de acordo com Pinheiro (2004), esta planta prevê a disposição do

check-outs (caixas registradoras), gôndolas centrais com formação de corredores de

fluxo para o consumidor, gôndolas de parede, gôndolas refrigeradas, refrigeradores

de bebidas, terminais de gôndola (também chamados de ponta de gôndola), freezer

para produtos congelados, etc. [...] esta arrumação e disposição de equipamentos

na área de vendas vêm contribuir sobremaneira para a comodidade do consumidor

para efetuar suas compras (Figura 3.1).

Figura 3.1 – Exemplo de layout de um supermercado pequeno (Planta baixa de loja).

FONTE: Blessa (2005).

É importante ressaltar que o layout e merchandising andam sempre juntos e

para sua formação em uma nova loja ou em uma loja já existente, deve-se pensar

no perfil do público-alvo, na linha de produtos que irá ser trabalhada e nos

equipamentos adequados a serem adquiridos pelo supermercado (ASCAR, 1997).

Page 45: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

44

Umas das coisas mais importantes que devem ser abordadas pelo

supermercadista em matéria de layout e merchandising é a comunicação visual, pois

ela que vai direcionar os clientes no supermercado (GONÇALVES, 1997).

4. RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

A seguir, apresentam-se os resultados referentes à pesquisa de campo

realizada para obter informações sobre o merchandising, no ponto-de-venda, como

ferramenta de atração de clientes e sobre a parceria da Nestlé com o supermercado

analisado, além de conhecer a visão dos clientes do mesmo supermercado sobre

conhecimentos a respeito dessa ferramenta e suas técnicas para melhorar e facilitar

a compra dos clientes, bem como, disponibilizar uma maior comodidade no seu

trajeto no supermercado.

Os dados coletados possibilitaram a compreensão da realidade da prática

dessa ferramenta e sua importância para todos os supermercados localizados no

município de Paulo Afonso – BA, para que possam disputar cada fatia desse

mercado de grande importância. Além disso, os dados coletados fundamentaram a

análise da aplicação do merchandising no ponto-de-venda, no supermercado, como

ferramenta de atração de clientes.

4.1 Resultados e Análise da pesquisa feita com o Gerente do Supermercado

Vários foram os pontos abordados nas perguntas contidas no questionário

aplicado ao gerente do supermercado analisado, na pesquisa de campo realizada,

que possibilitou os resultados e as análises desse questionário. Seguem abaixo os

pontos abordados com os seus respectivos resultados e análises.

• Implantação do merchandising

Segundo o atual gerente do supermercado analisado, ele procura implantar o

merchandising como ferramenta para atrair novos clientes, através de exposições,

anúncios e promoções de seus produtos, além de serviços oferecidos.

Nota-se, que o gerente não deixou claramente explicado como faz para

implantar o merchandising em sua loja, ou seja, não detalhou todo o processo para

se alcançar um retorno satisfatório na atração de clientes. Mas, é importante a

observação para o que afirma quando se refere às técnicas utilizadas pelo

Page 46: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

45

supermercado, como por exemplo: exposições, anúncios e promoções de seus

produtos, que irão influenciar na decisão de compra de seus clientes.

É importante ressaltar que, quando o supermercado resolve implantar o

merchandising no ponto-de-venda, ele estará não só atraindo novos clientes, como

também, ganhando uma importantíssima participação de mercado em relação aos

clientes, marca, produto ou serviço.

• Parceria da Nestlé com o Supermercado Analisado

De acordo com o gerente, o supermercado possui uma parceria com a

empresa Nestlé Brasil Ltda., para que seja desenvolvido um merchandising

especializado por colaboradores da mesma, onde tudo se inicia no ato da compra, e

são determinados os produtos que serão promovidos, os preços, público-alvo e

dinâmica da promoção. O supermercado se compromete a ceder o espaço onde a

Nestlé vai desempenhar o merchandising.

Pode-se observar que o marketing no varejo utiliza-se de criatividade, é

dotado de ferramentas próprias e geralmente faz uso do bom senso dos

profissionais que, aliados a suas experiências, auxiliam as empresas a obter os

resultados desejados; coordenando as pessoas e os recursos disponíveis,

estimulando a demanda e favorecendo o crescimento social e econômico. Assim,

vários outros fornecedores poderão desempenhar uma parceria com o

supermercado através do marketing de varejo, onde poderá usar essa preciosa

ferramenta que é o merchandising, e com isso, poderá conseguir desfrutar de ótimos

trabalhos de merchandising no ponto-de-venda e conseguirá alcançar seu objetivo

que é de atrair clientes e impulsioná-los à compra.

É importante ressaltar que esse tipo de parceria não tem um contrato

assinado, pois dependerá dos negócios fechados entre o fornecedor e o cliente.

• Técnicas do merchandising no ponto-de-venda

Na visão do gerente, as técnicas desenvolvidas pelo merchandising, no

ponto-de-venda, contribuem, e muito, para atrair os clientes, e dessa forma

impulsioná-los à compra, porque todo produto, que sai da sua rotina, acaba se

tornando uma novidade e com isso atrai a curiosidade do consumidor.

É possível notar que o gerente entende a importância que possui o

merchandising para as dependências de sua loja, pois ele reconhece que ao utilizar-

se de técnicas do merchandising, os produtos irão ter um destaque maior no ponto-

de-venda, e consequentemente irá ser acelerado sua rotatividade. Cabe ao

Page 47: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

46

supermercado saber utilizar adequadamente a técnica apropriada em sua loja ou

todas as técnicas, quando possível, para alcançar um retorno satisfatório.

• Objetivos do merchandising

Na opinião do gerente, a Nestlé é capaz de alcançar os objetivos do

merchandising, mas ele ressalta que todas as pessoas envolvidas nesse processo

têm que procurar trabalhar democraticamente, respeitando os objetivos do

estabelecimento e dos concorrentes.

É importante esse ponto, pois é possível observar no comentário do gerente,

que embora ele possua uma parceria boa com a empresa Nestlé, acaba tendo

problemas com outros fornecedores. Deixa indiretamente claro, que os profissionais

têm que possuir ética ao desempenharem esse tipo de trabalho, para que não

venham a atrapalhar o trabalho de seus concorrentes, com atitudes desonestas.

Ao alcançar todos os objetivos do merchandising traçados por ela mesma, a

Nestlé consegue atrair os clientes ao ponto-de-venda e vender seus produtos com

um giro mais rápido do que o normal, e dessa maneira, contribui para o sucesso das

vendas do supermercado, o qual conseguirá aumentar suas vendas a cada mês.

Dessa forma, com uma parceria sólida, ambas as partes saem ganhando,

pois conseguem alcançar seus objetivos com um profissionalismo excelente, sempre

utilizando a ética em seus negócios, e o resultado dessa parceria será comprovada

com o número no aumento de suas vendas.

• Funções do merchandising

Na visão do gerente, o merchandising é capaz de desempenhar suas

funções, e hoje a parceria entre a Nestlé e o supermercado está mais sólida e

sempre procuram fazer com que o consumidor final identifique-se com o

custo/benefício que o produto oferece.

As funções do merchandising englobam vários itens para que o

estabelecimento consiga alcançar perfeição nessa operação, e não será só o

custo/beneficio que o consumidor ganhará em relação ao produto, mas várias outras

coisas que lucrarão, como: comodidade nas compras, facilidade de encontrar o que

está procurando, redução no desperdício de tempo, entre outras.

• Merchandising Nestlé

Na visão do gerente, a Nestlé poderá atrair mais clientes e aumentar suas

vendas na loja se vier a melhorar, de forma eficaz, o merchandising no ponto-de-

venda, pois a Nestlé é uma empresa que nos últimos anos teve um grande

Page 48: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

47

crescimento no supermercado e que com certeza deverá ampliar a sua área de

merchandising contratando mais promotores para que esse crescimento não fique

ocioso, mas que continue satisfazendo ambas as partes, pois qualquer negócio só

tem sucesso quando agrada a todos os envolvidos.

Como a Nestlé vem ao longo dos anos aumentando suas vendas no

supermercado, onde conta com a ajuda de um promotor de vendas que

desempenha um merchandising especializado, chamando a atenção dos clientes e

estimulando-os à compra, é preciso que seja feito um estudo e uma análise para

saber se tem possibilidade da Nestlé contratar mais um promotor para dedicar-se

unicamente ao supermercado ou aumentar suas visitas ao mesmo para melhorar

sua assistência, pois como foi dito, ao longo dos anos, a Nestlé aumentou suas

vendas e com isso o trabalho aumentou. É importante saber que o promotor de

vendas possui um roteiro para visitar nove supermercados, o que acaba tirando a

assistência por completo que o supermercado analisado almeja.

4.2 Resultado da pesquisa feita com os Clientes do Supermercado

Nota-se no gráfico 4.1, que dos 150 clientes entrevistados no supermercado

analisado, 70% são do sexo feminino, apresentando faixa etária entre 15 anos e 55

anos, e 30% são do sexo masculino, apresentando uma faixa etária entre 24 anos e

50 anos.

30%

70%

0

25

50

75

100

MASCULINO

FEMININO

Gráfico 4.1 – Sexo dos clientes do Supermercado analisado. FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Page 49: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

48

Esse resultado pode ser explicado por motivo de cultura, onde as mulheres

possuem o hábito de irem com mais freqüência do que os homens ao supermercado

para fazerem as compras.

Segundo o gráfico 4.2, nota-se um percentual que chama a atenção sobre os

clientes entrevistados, onde 70% concordam totalmente que os produtos da Nestlé

sempre estão disponíveis no ponto-de-venda do supermercado analisado, 18%

concordam parcialmente, 10% tiveram dúvidas, 2% discordaram parcialmente e

nenhum cliente discordou totalmente.

O excelente trabalho desenvolvido pela equipe da Nestlé de merchandising é

o resultado desse percentual elevado dos clientes que concordam que os seus

produtos sempre estão no ponto-de-venda, onde a empresa ganha uma expressiva

participação de mercado frente aos seus concorrentes, desenvolvendo um ótimo

merchandising, destacando seus produtos e mantendo sua marca como sinônimo de

qualidade e excelência nesse ramo.

0% 2%10%

18%

70%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.2 – Clientes que concordam que os produtos da Nestlé sempre estão disponíveis no ponto-de-venda.

FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

No gráfico 4.3, 1,3% dos entrevistados discordam totalmente que os produtos

do supermercado são bem expostos e fáceis de encontrar, 5,3% discordam

parcialmente, 16,7% tiveram dúvidas, 43,4% concordaram parcialmente e 33,3%

concordaram totalmente.

Page 50: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

49

1,3%5,3%

16,7%

43,4%

33,3%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.3 – Clientes que concordam que os produtos do supermercado são bem expostos e fáceis de encontrar.

FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Embora o percentual dos clientes entrevistados que concordam que os

produtos são bem expostos e fáceis de encontrar seja elevado, o supermercado terá

que trabalhar para esse índice aumentar, pois 23,3% dos entrevistados não

concordaram ou tiveram dúvidas quanto a essa boa exposição e a facilidade de

encontrar os produtos, vindo a ser um índice alto.

É possível observar que no gráfico 4.4, uma afirmação das respostas dos

entrevistados sobre concordarem com o destaque dos produtos da Nestlé frente à

concorrência em relação às promoções e visibilidade das marcas, onde 36,7% dos

entrevistados disseram que concordam totalmente, 30% concordam parcialmente,

20% tiveram dúvidas, 10% discordam parcialmente e apenas 3,3% disseram

discordar totalmente.

Com um índice de 66,7% do total dos entrevistados, a Nestlé consegue

demonstrar que vem desempenhando um ótimo trabalho de merchandising no

supermercado analisado, e que tem como previsão um crescimento desse trabalho,

já que o gerente do estabelecimento disse anteriormente que a empresa poderá

contratar mais promotores de vendas para disponibilizar seus serviços na loja, vindo

a aumentar seus trabalhos de merchandising, suas vendas e aumentar ainda mais o

percentual dos clientes que concordam que seus produtos estão sempre em

promoção e bem posicionados no ponto-de-venda.

Page 51: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

50

3,3%10%

20%

30%36,7%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.4 – Clientes que concordam com o destaque dos produtos da

Nestlé frente à concorrência em relação às promoções e visibilidade das marcas.

FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Do total dos entrevistados, 10% discordaram totalmente que a visibilidade do

produto nas gôndolas é um fator determinante para sua compra, 20% discordaram

parcialmente, 23,3% tiveram dúvidas, 26,7% concordaram parcialmente e 20%

concordaram totalmente (gráfico 4.5).

O índice de concordância dos clientes era para ser mais alto do que apenas

46,7%, pois quando um produto possui um espaço maior na gôndola do que o

produto da concorrência é porque está com um preço melhor, contém alguma

promoção ou está sendo lançado.

10%

20%23,3%

26,7%

20%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.5 – Clientes que concordam que a visibilidade do produto nas

gôndolas é um fator determinante para sua compra. FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Page 52: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

51

Nesse caso, certamente o supermercado analisado deve está errando com

relação ao espaço dos produtos no ponto-de-venda, não vindo a fazer promoções e

rebaixas de seus produtos ao aumentar os espaços dos mesmos.

76,7% dos entrevistados, concordaram totalmente que o layout do

supermercado possibilita maior comodidade para fazer as compras, 13,3%

concordam parcialmente, 6,7% tiveram dúvidas, 2,7% discordaram parcialmente e

0,6% discordaram totalmente (gráfico 4.6).

Esse percentual de 90% de concordância entre os clientes entrevistados se

explica devido ao fato de que os mesmos procuram ter mais comodidade para

fazerem suas compras no supermercado, já que de acordo com Blessa (2005) irão

ficar uma média de 78 minutos na loja.

0,6% 2,7%6,7%

13,3%

76,7%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.6 – Clientes que concordam que o layout do supermercado

possibilita maior comodidade para fazer as compras. FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Observa-se, no gráfico 4.7, que 73,3% dos entrevistados concordaram

totalmente que a comunicação visual ajuda a visualizar e encontrar os produtos

procurados no supermercado, 16,7% concordaram parcialmente, 6,7% tiveram

dúvidas, 2% discordaram parcialmente e somente 1,3% discordaram totalmente.

É possível notar que 90% dos entrevistados concordaram que a comunicação

visual é importante para achar produtos que estavam sendo procurados na loja.

Dessa maneira, o supermercado tem que buscar trabalhar sempre essa

comunicação visual para que possa ter clientes satisfeitos, pois da mesma maneira

Page 53: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

52

que a comunicação visual é importante para o supermercado, poderá transformar-se

em fracasso se não aplicada corretamente.

1,3% 2%6,7%

16,7%

73,3%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.7 – Clientes que concordam que a comunicação visual ajuda

a visualizar e encontrar produtos procurados. FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Do total dos clientes entrevistados, 2% discordaram totalmente que a

exposição de produto que traz muitos materiais comunicativos chama atenção e

facilita a compra, 8% discordaram parcialmente, 10% tiveram dúvidas, 16,7%

concordaram parcialmente e 63,3% concordaram totalmente (gráfico 4.8).

2%8% 10%

16,7%

63,3%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.8 – Clientes que concordam que a exposição de produto que

traz muito materiais comunicativos chama atenção e facilita a compra.

FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Page 54: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

53

Dessa forma, os clientes ao reagirem em direção ao produto exposto, notarão

que possuem materiais ponto-de-venda comunicativos que facilitarão a sua compra

no supermercado. É possível perceber através dos dados da entrevista, onde 80%

dos clientes concordaram que os materiais colocados em exposição de produto

chamam atenção e facilitam a compra.

Nota-se, no gráfico 4.9, um índice elevado de concordância, onde 72% dos

entrevistados concordaram totalmente que sempre se interessam por produtos em

destaque com uma boa promoção e um preço atrativo, 14,7% concordaram

parcialmente, 11,3% tiveram dúvidas, 1,3% discordaram parcialmente e apenas

0,7% discordaram totalmente.

Em virtude da citação acima e dos resultados do gráfico 4.9, pode-se

observar que o índice de concordância foi muito elevado com 86,7% do total dos

entrevistados. Com isso, nota-se que se o supermercado disponibilizar uma atenção

especial para os materiais ponto-de-venda em seu estabelecimento, ganhará a cada

dia a atenção de novos clientes, além de fidelizar os clientes já existentes.

0,7% 1,3%

11,3%14,7%

72%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.9 – Clientes que concordam que sempre se interessa por

produtos em destaque com uma boa promoção e um preço atrativo.

FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

Houve 83,3% dos entrevistados que responderam que concordam totalmente

que o cross-merchandising chama sua atenção e impulsiona a comprar, 9,4%

concordaram parcialmente, 5,3% tiveram dúvidas, 1,3% discordaram parcialmente e

0,7% discordaram totalmente (gráfico 4.10).

Page 55: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

54

0,7% 1,3%5,3%

9,4%

83,3%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.10 – Clientes que concordam que o cross-merchandising chama

sua atenção e impulsiona a comprar. FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

O percentual elevado de concordância dos entrevistados no gráfico 4.10 é

devido ao cross-merchandising ser associações de produtos no ponto-de-venda,

onde fazem com que o consumidor associe um determinado produto sendo utilizado

em conjunto com outros, vindo a facilitar a compra e minimizar o tempo dos

mesmos. Em conseqüência desse resultado, cabe ao supermercado trabalhar para

desenvolver mais ponto com exposição de cross-merchandising.

O gráfico 4.11 demonstra que 2% dos entrevistados discordaram totalmente

que o supermercado os atrai por ter os produtos que procuram bem expostos e com

preços atrativos, 3,3% discordaram parcialmente, 13,3% tiveram dúvidas, 48%

concordaram parcialmente e 33,4% concordaram totalmente.

Ao comparar o gráfico 4.11 com o gráfico 4.9, pode-se observar que há uma

diferença entre os índices, devido as duas perguntas terem sentidos diferentes,

embora as perguntas sejam parecidas. A pergunta do gráfico 4.9 foi feita para os

entrevistados sem colocar o supermercado analisado como referencial, enquanto

que a pergunta do gráfico 4.11 foi colocado o supermercado analisado como

referencial, onde se constata que o supermercado precisará desenvolver mais

trabalhos de merchandising para atrair e satisfazer seus clientes e futuros clientes.

Page 56: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

55

2% 3,3%

13,3%

48%

33,4%

0

25

50

75

100

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Dúvida

ConcordoParcialmente

Concordo Totalmente

Gráfico 4.11 – Clientes que concordam que o supermercado os

atrai por ter os produtos que procuram bem expostos e com preços atrativos.

FONTE: Pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.

5. CONCLUSÃO

Diante do quadro mundial de desafios, constantes mudanças e

oportunidades, faz-se necessário promover o desenvolvimento e o emprego

estratégico de ferramentas criativas e eficazes, capazes de atender todas as

exigências dos consumidores nos mais variados canais do varejo, vindo de forma

mágica a encantá-los e impulsioná-los à compra de produtos.

Os resultados da presente pesquisa revelam que as técnicas de

merchandising desenvolvidas no supermercado analisado no município de Paulo

Afonso – BA, são deficientes por sua parte, sendo necessário maiores investimentos

para capacitação de funcionários, implantação de um departamento de marketing,

contratação de mais funcionários para desempenharem funções na área de

merchandising e a implantação das técnicas do merchandising de forma eficaz,

vindo a utilizar materiais ponto-de-venda próprios para melhorar o visual

merchandising e a comunicação visual, além de desenvolver um layout que

proporcione mais comodidade aos clientes e facilite as compras dos mesmos.

Foi possível constatar que, mesmo deficientes, essas técnicas de

merchandising têm contribuído para atrair clientes para o supermercado e

impulsioná-los à compra, aumentando suas vendas de forma expressiva ao longo

dos quatro anos.

Page 57: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

56

É importante ressaltar que, a maior parte dessa parcela no aumento das

vendas é devido ao relacionamento e parcerias do supermercado com seus

fornecedores, ficou evidenciada no estudo a parceria do supermercado analisado

com a Nestlé, e através de contratos e negociações, são desenvolvidos trabalhos de

merchandising pelo fornecedor nos pontos-de-venda do supermercado analisado,

vindo a ser uma mão-de-obra especializada gratuita, onde é possível observar que

essa parceria foi desenvolvida ao longo dos anos com trabalho sério e profissional,

vindo ambas as partes a ganharem com essa parceria.

Para implantar o merchandising com eficácia na loja, o supermercado

analisado precisará desenvolver um projeto de marketing ligado ao merchandising,

com objetivos e metas traçadas. O investimento deverá ter fonte própria, já que

estará desenvolvendo um merchandising próprio ou poderá contar com fornecedores

ao desenvolver ambientação em pontos-de-venda, como foi realizado pela parceria

da Nestlé com a Procter & Gamble. O custo que o supermercado e seus

fornecedores terão para o desenvolvimento do merchandising será insignificante

quando comparado ao diferencial que possuirão, refletindo-se em aumento na

vendas.

Segundo esta pesquisa, a implantação do merchandising poderá ser feita de

duas formas, e deverão constar no projeto os seguintes pontos: desenvolvimento e

reestruturação de todo layout do supermercado e a criação e desenvolvimento de

todos os materiais ponto-de-venda para melhorar o visual merchandising e

desenvolver uma comunicação visual com seus clientes e consumidores.

Ficaram demonstradas, ao longo do trabalho, as etapas do processo de

implantação do merchandising, sendo descritas as técnicas que compões essa

ferramenta, além de seus objetivos e importância para a empresa analisada e

demais supermercados.

É importante ressaltar que, os supermercados do município de Paulo Afonso

– BA, possuem o mesmo problema do supermercado analisado, e possuem

deficiência nas técnicas do merchandising e na comunicação visual. Dessa forma, a

implantação dessa ferramenta preciosa poderá possibilitar ao supermercado

analisado um diferencial competitivo frente aos seus concorrentes, vindo a atrair

mais clientes para sua loja, aumentando suas vendas e seus lucros, colocando-se

num local privilegiado de destaque no setor supermercadista no Município de Paulo

Afonso – BA e região.

Page 58: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

57

Fica evidenciado que, quando o supermercado fizer um investimento em

materiais ponto-de-venda, na contratação de pessoas para compor o quadro de

funcionários, em treinamentos para capacitação acerca do merchandising, na

implantação de um departamento de marketing e na reestruturação do layout da loja,

o supermercado não estará perdendo dinheiro, mas investindo em um diferencial

competitivo, conforme dito anteriormente, e possuirá pessoas capacitadas para

desenvolverem projetos importantes de merchandising para usufruir de negociações

com seus fornecedores na implantação de ambientações de sessões, além de ter

profissionais bem treinados para se comunicarem com seus clientes e, dessa forma,

ajudá-los a solucionar seus problemas, visto que, um cliente bem atendido, onde

consegue achar tudo que procura, no preço correto, tendo uma comodidade ao

trafegar pela loja e encantado pelo poder de atração e encantamento das técnicas

de merchandising, com certeza ficará satisfeito e fidelizado.

Dessa forma, além de voltar sempre ao supermercado, ele fará propaganda

sobre aquele ponto-de-venda, vindo a ser um forte aliado no desenvolvimento e

progresso do supermercado. Todo esse investimento terá retorno a longo prazo, as

vendas e os lucros aumentarão, explicando a importância do merchandising como

diferencial competitivo perante seus concorrentes.

Após todo o estudo teórico e prático do merchandising em um supermercado

no Município de Paulo Afonso – BA, onde ficou constatada sua importância, pode-se

definir merchandising como sendo uma ferramenta do marketing que utiliza várias

técnicas, no ponto-de-venda, com o objetivo de atrair clientes para exposição de

produtos visando impulsioná-los a compra, tornando-os fiéis a marca, vindo a serem

formadores de opinião na sociedade.

5.1 Limitações do Estudo

Este estudo de caso envolveu uma pequena amostra não probabilística dos

clientes do supermercado, devido às dificuldades encontradas para atingir uma

quantidade maior de clientes por ter sido aplicado o questionário em um período

onde o fluxo de pessoas nos supermercados de Paulo Afonso – BA estava baixo,

devido a ser final de mês, pois os clientes possuem o costume de freqüentar os

supermercados do dia 1 (um) até o dia 15 (quinze) de cada mês e a Prefeitura

Municipal de Paulo Afonso estava passando por problemas financeiros.

Page 59: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

58

Durante o desenvolvimento do trabalho de campo, o baixo grau de

informações sobre o assunto e a pressa dos clientes dificultaram a aplicação dos

questionários, porém as informações puderam ser obtidas satisfatoriamente, não

prejudicando a conclusão do estudo.

5.2 Recomendações para Futuras Pesquisas

Devido à observação de dificuldades encontradas com um pequeno fluxo de

pessoas, uma vez que o período pesquisado não foi o ideal, e também, devido aos

problemas financeiros constatados no município na época, visto que, uma grande

parcela de clientes do supermercado pertencem ao quadro de funcionários da

Prefeitura Municipal de Paulo Afonso – BA, além de a mesma ser a maior fonte

geradora de recursos para o Município, sugere-se em futuros trabalhos de pesquisa,

dar maior atenção à questão do tempo disponível, com o objetivo de pesquisar uma

quantidade maior de pessoas, com bastante antecedência para maior

contextualização e veracidade dos tópicos questionados.

Para o desenvolvimento de futuras pesquisas que proporcionem um

gerenciamento adequado do merchandising no ponto-de-venda, sugere-se como

tema: elaboração de um projeto de marketing, tendo como foco a implantação do

merchandising, definindo com eficácia os objetivos, as estratégias, os programas de

ação, as metas, a análise e monitoramento do plano. Ele deverá apresentar ações

que visem à melhoria da visão merchandising e da comunicação visual do

supermercado ou outro estabelecimento varejista, tendo como objetivo atrair clientes

e impulsioná-los à compra, para tentar alcançar outro objetivo que é o de fidelização

dos clientes.

Page 60: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

59

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Page 64: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

63

APÊNDICES

APÊNDICE – A

QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AO GERENTE DO SUPERMERCADO SUPRAVE

NA CIDADE DE PAULO AFONSO – BA.

1. O supermercado procura implantar o merchandising como ferramenta para atrair

novos clientes? Se sim, como o supermercado faz isso?

2. Existe uma parceria do supermercado com a empresa Nestlé Brasil LTDA, para

que seja desenvolvido um merchandising especializado por colaboradores da

mesma? Se sim, como é essa parceria?

3. Na sua visão, as técnicas desenvolvidas pelo merchandising no ponto-de-venda,

contribuem para atrair os clientes, e assim, impulsioná-los à compra? Se sim, por

quê?

4. Em sua opinião, a Nestlé é capaz de alcançar os objetivos do merchandising,

vindo a melhorar a exposição de produtos no ponto-de-venda, obter maiores e

melhores espaços, aumentar o número de compras por impulso em favor do produto

e reforçar o prestígio da marca no supermercado?

5. Na sua visão, o merchandising é capaz de aproximar o produto certo, ao

consumidor no lugar certo, na quantidade certa, ao preço certo e auxiliando no giro

do produto para o consumo? Se sim, o supermercado e a Nestlé estão conseguindo

ou planejam desenvolver essa função?

6. Na sua visão, a Nestlé poderá atrair mais clientes e aumentar suas vendas na loja

se vier a implantar ou melhorar de forma eficiente o merchandising no ponto-de-

venda?

Page 65: Merchandising no Ponto-de-venda (PDV) como uma Ferramenta de

64

APÊNDICE – B

“Merchandising é um conjunto de atividade desenvolvidas no ponto-de-venda,

visando chamar a atenção do consumidor para um determinado produto e

impulsioná-lo à compra”. (Manual de Treinamento Nestlé, 2005, p. 40)

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS CLIENTES DO SUPERMERCADO SUPRAVE

NA CIDADE DE PAULO AFONSO – BA.

Idade: ( ) de 15 a 24 anos ( ) de 25 a 34 anos ( ) de 35 a 44 anos ( ) acima

de 45 anos

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Grau de eficiência do merchandising no ponto-de-venda no Supermercado

Suprave

Legenda: Discordo totalmente = 1; discordo parcialmente = 2; dúvida = 3;

concordo parcialmente = 4; concordo totalmente = 5

1. Os produtos da Nestlé sempre estão presentes no

Supermercado. 1 2 3 4 5

2. Os produtos do supermercado sempre estão bem expostos e

fácil de encontrar. 1 2 3 4 5

3. Entre as promoções de produtos e visibilidade das marcas, a

marca mais vista nessas promoções e que estão sempre em

destaque é a Nestlé.

1 2 3 4 5

4. Quando existe um produto na prateleira com maior espaço do

que os seus concorrentes é mais provável o consumidor venha a

comprá-lo por chamar mais atenção.

1 2 3 4 5

5. O layout do supermercado possibilita uma maior comodidade

para fazer as compras. 1 2 3 4 5

6. A comunicação visual dentro da loja, ajuda a encontrar,

visualizar e comprar produtos procurados e produtos que não

eram desejados e procurados.

1 2 3 4 5

7. Uma exposição de produtos, onde traz muitos materiais 1 2 3 4 5

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65

comunicativos sobre os produtos e a promoção, chama a

atenção e facilita a compra.

8. Sempre me interesso quando um produto está em destaque,

com uma boa promoção a um preço atrativo. 1 2 3 4 5

9. Produtos expostos ao lado de outros produtos, que tenham

uma relação, é facilitada a minha compra (Ex: tempero perto de

carnes).

1 2 3 4 5

10. O Supermercado me atrai por ter todos os produtos que

procuro, bem expostos e com preços atrativos. 1 2 3 4 5