PROPAGANDA NO PDV - A Influência Do Merchandising Na Decisão de Compra Do Consumidor

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Um estudo sobre a valorização do PDV como estratégia de sucesso nas vendas e sua relação com a Compra Por Impulso.

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    UNIVERSIDADE DA AMAZNIA - UNAMA

    CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS E APLICADOS - CESA

    COMUNICAO SOCIAL PUBLICIDADE E PROPAGANDA

    PAULA KAMILA MOREIRA DE OLIVEIRA

    PROPAGANDA NO PDV:

    A Influncia do Merchandising na Deciso de Compra do Consumidor.

    AnanindeuaPA2014

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    PAULA KAMILA MOREIRA DE OLIVEIRA

    PROPAGANDA NO PDV:

    A Influncia do Merchandising na Deciso de Compra do Consumidor.

    Trabalho de Concluso de Curso deGraduao apresentado Universidade daAmaznia UNAMA, como requisito bsicopara obteno de Ttulo de Bacharel emComunicao Social com nfase emPublicidade e Propaganda.

    Orientadora: Prof. Dr. Neusa Pressler

    AnanindeuaPA

    2014

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    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Nazar Soeiro CRB2 961

    659.1O48c Oliveira, Paula Kamila Moreira de.

    Propaganda no PDV: A Influncia do Merchandising naDeciso de Compra do Consumidor./ Paula Kamila Moreira deOliveira.Ananindeua, 2014.

    73 f.; il.; 21 x 30 cm.

    Trabalho de Concluso de Curso (Graduao) Universidadeda Amaznia, Centro de Estudos Sociais Aplicados CESA,

    Curso de Comunicao SocialPublicidade e Propaganda, 2013.Orientador: Prof. Dr. Neusa Pressler.

    1. Merchandising. 2. Estmulo. 3. Compra por impulso. 4.

    Ponto de Venda. I. Pressler, Neusa. (orient.). II. Ttulo.

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    PAULA KAMILA MOREIRA DE OLIVEIRA

    PROPAGANDA NO PDV:

    A Influncia do Merchandising na Deciso de Compra do Consumidor.

    Trabalho de Concluso de Curso deGraduao apresentado Universidade daAmaznia UNAMA, como requisito bsicopara obteno de Ttulo de Bacharel emComunicao Social com nfase emPublicidade e Propaganda.

    Orientadora: Prof. Dr. Neusa Pressler

    _____________________________

    Prof. Dr. Neusa Pressler

    Orientadora

    __________________________

    Prof. Ms. Roberto Moreira

    Examinador

    Data da Avaliao: ___/___/___

    Conceito: _________________

    AnanindeuaPA

    2014

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    DEDICATRIA

    Este trabalho dedicado queles que,

    em busca de oportunidades de melhoria

    de vida, praticam diariamente o exerccio

    da superao. Enfrentando o subestimo

    de uns, desestmulo de outros e as

    prprias incertezas a fim de transformarum sonho em objetivo, um objetivo em

    realidade. A realidade de uma trajetria

    profissional prspera. Dedico queles

    que, assim como eu, vero que, s

    vsperas da concluso do curso, o maior

    dos obstculos encontrar as palavras

    competentes para dizer aos que ainda

    desbravam o caminho que hoje eu bem

    conheo, o quanto cada batalha vale a

    pena e o quanto vlido cada passo a

    frente que dado aps um breve

    momento de fraqueza ou desnimo.

    Enfim, esta vitria dedicada queles

    que, assim como eu, decidiram persistir

    no momento em que outros desistiriam.

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    AGRADECIMENTOS

    Deus, obrigada por renovar em mim constantemente a confiana na competncia a

    qual me concedeu.

    A minha famlia e amigos, assim como todas as pessoas que direta ou

    indiretamente, com ou sem intento, contriburam para essa conquista quando

    arremeteram a mim uma palavra, um sorriso, um abrao, um simples gesto no

    momento oportuno. Principalmente a minha tia Roseane Garcez, que jamais poupou

    esforos para que este dia fosse verdade.

    Aos colegas da universidade pelo convvio, pela troca de experincias e pelos

    momentos de tenso e os de descontrao vividos juntos. Ao amigo lvaro Triano,especialmente, que sempre me inspirou tanto como discente quanto como pessoa,

    sou muitssimo grata, por todas as palavras de incentivo e principalmente, pelas

    palavras de reprovao, que hoje entendo o quanto foram necessrias.

    Pelos que foram meus professores, me sinto honrada, pelo conhecimento

    compartilhado que muito usarei por toda a vida profissional, alm das mais

    preciosas lies, generosamente oferecidas, que no estavam includas nos livros.

    E sou eternamente grata a Professora Doutora Neusa Pressler, pela sua pacincia

    e empenho durante as orientaes, e, sobretudo, por acreditar veemente na minha

    capacidade at quando eu mesmo desacreditava. Pessoa especialmente iluminada.

    Fonte inesgotvel de inspirao dentro e fora da sala de aula.

    Muito agradecida a todos.

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    H algo indiscutvel sobre omerchandising no Ponto-de-Venda:

    Ele considerado a mdia maispoderosa, pois a nica em que a

    mensagem conta com os trselementos-chave para concretizao de

    uma venda:

    o consum idor, o dinheiro e o produto.

    Regina Blessa

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    RESUMO

    O presente trabalho tem como objetivo avaliar a propaganda no PDV a influnciado merchandising na deciso de compra do consumidor e mostrar a aplicabilidade

    de tcnicas de atrao entre produto e consumidor estudando e apresentando ofuncionamento e o efeito das estratgias de marketing, merchandising e aespromocionais que atraem o consumidor no ponto de venda. Analisar a funo dosprofissionais da rea da Publicidade no contexto do Merchandising e das aespromocionais e/ou de comunicao. Para ilustrar da melhor forma esta tese feitoum estudo de caso que teve como objeto o merchandising praticado pela rede dedrugstore Extrafarma, e para a realizao deste estudo de caso se fez uso dequestionrio semiestruturado, aplicado ao setor de marketing da rede supracitada,para a obteno de informaes vlidas a fim de analisar como a propaganda podecontribuir para a deciso de compra. Tudo isso, utilizando o mtodo Indutivo e sobuma Observao Sistemtica, o desenvolvimento deste estudo se deu a partir do

    levantamento bibliogrfico sobre o assunto tratado, o que nos proporcionar umaanlise em conjunto com estudiosos deste tema, com vista a analis-los obtendomaiores contribuies para a pesquisa. Esta anlise baseou-se no Mtodo Indutivo,ou seja, partimos da anlise dos fatos at a concluso. Foi realizada entrevista comprofissionais de Marketing e de Gesto da rede supracitada, configurando umapesquisa de campo qualitativa, ou seja, que visa resultados na qualidade dainformao obtida e no na quantidade. Tudo para obter resultados de relevnciapara o tema. Finalmente, se pode comprovar a eficincia do merchandising emmotivar a compra no ponto de venda. Alm disso, espera-se contribuir com osestudos sobre Merchandising utilizado como ferramenta de deciso de compra.

    Palavras-chave: Merchandising. Estmulo. Compra por impulso. Ponto de Venda.

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    ABSTRACT

    This study aims to evaluate advertising at the POS - the influence of merchandisingin the purchase decision of the consumer and show the applicability of techniques

    attraction between product and consumer studying and presenting the operation andeffect of marketing strategies, merchandising and promotional actions that attract theconsumer at point of sale. Analyze the role of professionals in the context of theAdvertising and Promotional Merchandising and/or communication actions. To bestillustrate this work we present a case study that aimed at the merchandisingpracticed by Extrafarma drugstore network, and for the realization of this case studyis made using semi-structured questionnaire administered to the aforementionednetwork marketing industry, for obtaining valid information in order to analyze howadvertising may contribute to the purchase decision. All this, using the inductivemethod and under a Systematic Observation, the development of this study is givenfrom the literature survey on the subject matter, which will give us an analysis

    together with scholars of this subject in order to analyze them getting biggercontributions to the research. This analysis was based on the Inductive Method, ie,we start from the analysis of facts to completion. Interview with ProfessionalMarketing and Management aforementioned network was performed by setting aqualitative field, ie aimed result in quality of the information gathered and notquantity. All results for relevance to the topic. Finally, one can prove the efficiency ofmerchandising in motivating the purchase at the point of sale. Moreover, it isexpected to contribute to studies on Merchandising used as a tool purchasedecision.

    Keywords: Merchandising. Stimulus. Impulse buying. Point of Sale.

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    Lista de Figuras

    Figura 1 Entrada loja ExtrafarmaAv. Duque de Caxias....................... 23Figura 2 Destaque de produtos em promoo.............................................. 26

    Figura 3 Caixa loja Extrafarma...................................................................... 29

    Figura 4 Identidade Visual Extrafarma..................................................... 39

    Figura 5 Mix de produtos......................................................................... 40

    Figura 6 Layout ExtrafarmaUmarizal................................................... 42

    Figura 7 Show Table................................................................................ 43

    Figura 8 Balco de Atendimento.............................................................. 44

    Figura 9 Cabeceiras de Gndolas........................................................... 46

    Figura 10 Displays de check out............................................................... 46

    Figura 11 Anncio Extrafarma para o Carto Club Extra................................ 49

    Figura 12 Kit PromocionalCrio 2013..................................................... 50

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    Lista de Grficos

    Grfico 1 Higiene e Beleza................................................................................... 48Grfico 2 Itens de Convenincia.......................................................................... 48

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    Lista de Tabelas

    Tabela1 Composto de Marketing........................................................................................ 36

    Tabela 2 As tarefas bsicas de Marketing........................................................................... 37

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ........................................................................................ 142 COMPRA POR IMPULSO ...................................................................... 17

    2.1 PROCESSOS PSICOLGICOS BSICOS SENSA O EPERCEPO........................................................................................... 18

    2.2 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .......................................... 192.3 O IMPULSO ............................................................................................ 202.4 FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPRA POR IMPULSO ............... 232.5 DEFINIO DA COMPRA POR IMPULSO ........................................... 273 PUBLICIDADE E PROPAGANDA COMO INSTRUMENTO DE

    MARKETING .......................................................................................... 313.1 BREVES CONSIDERAES SOBRE A HISTRIA DA PUBLICIDADE 31

    3.2 A HSTRIA DA EVOLUO DA PROPAGANDA.................................. 323.3 DIFERENAS ENTRE PUBLICIDADE E PROPAGANDA...................... 333.4 CONCEITO DE MARKETING.................................................................. 343.4.1 O COMPOSTO DE MARKETING............................................................ 353.5 FERRAMENTAS DE MARKETING.................................................................... 374 CONHECENDO A REDE DE DRUGSTORE EXTRAFARMA .......................... 394.1 EXATRAFARMA EM SNTESE.......................................................................... 394.2 AMBIENTAO ESTRATGICA EXTRAFARMA............................................. 414.3 EXIBITCNICA................................................................................................... 454.4 ORIGEM DA EMPRESA.................................................................................... 504.4.1 OBJETIVO, VISO, MISSO E VALORES ...................................................... 514.4.2 SETOR DE MARKETING .................................................................................. 524.4.3 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL EXTRAFARMA ................................... 525 PESQUISA DE CAMPO, RESULTADOS ALCANADOS E PROPOSTA DE

    INTERVENO.................................................................................................. 545.1 TIPO DE ESTUDO ............................................................................................. 545.2 LOCAL DO ESTUDO ......................................................................................... 555.3 ANLISE DOS DADOS .......................................................................... . 555.4 ENTREVISTA........................................................................................... 56

    CONSIDERAES FINAIS .................................................................... 59REFERNCIAS....................................................................................... 61ANEXO...................................................................................................... 65

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    1 INTRODUO

    Esta pesquisa pretende analisar a influncia do marketing promocional na

    deciso de compra e mostrar a aplicabilidade de tcnicas de atrao entre produto e

    consumidor no mbito do comrcio praticado em uma rede de drugstore atuante de

    modo semelhante a lojas de convenincia em Belm. Desse modo, apresenta o

    funcionamento e o efeito das estratgias de marketing, merchandising e aes

    promocionais que atraem o consumidor no ponto de venda. Ainda analisa a funo

    dos profissionais da rea da Publicidade no contexto do Merchandising e das aes

    promocionais e/ou de comunicao. Dessa maneira, faz um estudo de caso desse

    grupo bastante representativo desse segmento mercadolgico em Belm: Rede de

    Drugstore Extrafarma. Em sntese, analisa como o Merchandising contribui para a

    deciso de compra nesses pontos de venda.

    A influncia das aes promocionais na deciso de compra do consumidor,

    sempre chamou minha ateno, me encantaram as artimanhas dos profissionais da

    propaganda e correlatos, desde o promotor de vendas at o publicitrio mais bem

    conceituado, isto muito antes de iniciar o curso de graduao em Comunicao

    SocialPublicidade e Propaganda na Universidade da Amaznia.Inicialmente existia apenas a curiosidade e o deslumbre de quem, at ento

    completamente leiga no assunto, sabia que de alguma forma as pessoas eram

    induzidas inevitavelmente s compras, mas a falta de uma base terica acerca do

    assunto no permitia a compreenso dos fatores atuantes nessa dinmica. No

    decorrer do curso, o interesse pelas tcnicas de atrao entre cliente e produto se

    materializou neste trabalho, a fim de enaltecer e estimular essa prtica.

    Este projeto pretende estimular acadmicos, estudiosos e profissionais darea de Marketing, Publicidade e Propaganda e afins ao desenvolvimento de

    tcnicas de comunicao eficientes para os moldes do mercado e contexto social

    atual e assim atender a necessidade profissional de dar continuidade ao

    desenvolvimento e aprimoramento das tcnicas de comunicao entre produtos,

    servios e o consumidor final.

    Segundo Muniz (2005, p. 20), a comunicao publicitria como um tipo de

    discurso cujo produto, o texto do anncio, veicula uma dupla mensagem, uma decarter informativo que tem por objetivo a divulgao de um produto e outra da

    ordem da imposio de um sistema de valores tendo por objetivo o consumo.

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    Da barra de chocolate a uma filosofia de vida, para a Publicidade, tudo se

    trata de um produto que deve ser comprado. Para isso, se utiliza todo e qualquer

    meio de comunicao que tenha a capacidade de levar ao consumo. Como disse

    Muniz (2005, p. 6 e 7), A comunicao publicitria, faa ela publicidade do que

    fizer, tem sempre uma inteno bem definida: fazer comprar.

    O Merchandising, objeto de estudo dessa pesquisa, se constitui por todos os

    atos, aes e recursos promocionais que os pontos de venda utilizam buscando

    propiciar informaes sobre seus produtos aos possveis adquirentes destes, que

    concorrem para melhorar a aparncia e contedo das mercadorias, marcas ou

    servios, tendo como mola propulsora estimular e influenciar as decises de compra

    dos consumidores.

    A escolha da autora Blessa (2003) no foi por acaso, pois, ela refere que o

    merchandising se configura em uma ferramenta muito mais completa, que em

    relao ao produto, objetiva possuir controle sobre todo o seu ciclo de vida, com

    abrangncia que vai desde a efetivao de ajustes necessrios para sua exibio

    nos pontos de venda de modo adequado, chegando medio de suaperformance

    quando colocados em frente aos consumidores.

    Nesse sentido, o mercado de farmcias, no formato evoludo de drugstore,especialmente pelo fato de terem se proliferado acentuadamente nos ltimos

    tempos, precisa estar sempre atento para as necessidades dos clientes, que hoje

    no se restringem apenas compra de medicamentos, mas buscam tambm, um

    atendimento personalizado, aliado a preos competitivos, para se sentir motivado a

    buscar produtos e servios.

    Com o intuito de alcanar tanto os objetivos gerais como os especficos deste

    trabalho, realizou-se uma pesquisa bibliogrfica de cunho exploratrio, abrangendoobras e publicaes tcnicas que tratam de Publicidade e Propaganda, Marketing e

    Merchandising para prover embasamento acadmico ao estudo. Para

    complementar a pesquisa bibliogrfica, foi realizada uma pesquisa de campo tendo

    como cenrio, as lojas que compem a rede Extrafarma, que, integram um grupo de

    forte expressividade desse segmento mercadolgico em Belm.

    Ento, esse estudo quis satisfazer ao questionamento: como as tcnicas e

    aes de merchandising e promoo de vendas influenciam a deciso de comprapor impulso dos consumidores? Ou como as lojas Extrafarma trabalham esses

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    conceitos? Ou ainda, de que maneira podemos identificar esses conceitos nos

    pontos de venda destas lojas?

    O trabalho est estruturado em quatro captulos, a saber: o primeiro captulo

    aborda a Compra por Impulso; o segundo captulo trata da Publicidade e

    Propaganda como ferramenta de marketing; o terceiro registra a histria e traa um

    perfil da rede de drugstores Extrafarma com nfase nas sua aes de

    merchandising; o quarto captulo contm a pesquisa de campo e os resultados por

    ela alcanados e finalmente, encontram-se a proposta de interveno e as

    consideraes finais.

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    2 COMPRA POR IMPULSO

    O presente captulo aborda parte do referencial terico acerca do conceito da

    compra por impulso, referindo o estmulo para que a compra se concretize. Assim,

    falaremos da Psicologia e sua importncia para o sucesso da Publicidade e da

    Propaganda, Marketing e afins limitando-se a assuntos como Sensao e

    Percepo, Comportamento do Consumidor e Impulso na aquisio de produtos e

    servios utilizando autores que fazem referncias a esses assuntos.

    H quem diga que em 1912, nos Estados Unidos, foi inaugurada a primeira

    loja do mundo com atendimento por auto servio, o cash and carry ou pague e

    leve com preos predeterminados e apenas quatro anos depois, os norte-americanos inauguram a segunda loja a utilizar a mesma tcnica. Mas foi aps os

    anos 30 que essa modalidade ganhou fora para chegar ao que conhecemos hoje.

    A dcada de 30 foi um perodo de grandes transformaes. No Brasil,

    vivemos a Revoluo de 30 quando a estrutura do Estado brasileiro modifica-se

    profundamente, tornando-se mais ajustada s necessidades econmicas e sociais

    do pas. Em 1932 ocorre aRevoluo Constitucionalista, que exige, entre outros

    pontos, a constitucionalizao do novo regime dando incio ao processo dedemocratizao deste pas. Nos Estados Unidos, em consequncia da quebra da

    bolsa deNova York,em1929,Franklin Roosevelt d incio aoNew Deal,um plano

    de recuperao econmica.

    Em meio a essas transformaes, a nova tcnica de vendas suprimiu

    balconistas diminuindo as despesas e se tornou uma forma mais prtica de comprar

    e vender, alm de permitir ao consumidor autonomia para servir-se sem a

    interveno de terceiros, e a partir deste simples fato pode-se dizer que nasce o quehoje conhecemos como Compra Por Impulso. Esse sistema mudou completamente

    a estrutura de custos das empresas, provocando o crescimento das vendas e a

    reduo dos custos.

    Os estudos acerca desse tema so recentes. A dcada de 1950 marca o

    incio do despertar do interesse do mundo acadmico pelo evento Compra Por

    Impulso, registrando-se que, em termos prticos, essa preocupao existe desde

    que a comercializao de bens foi estabelecida entre os homens, isso significa dizer

    que, a compra por impulso acompanha a evoluo da humanidade.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_1930http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Yorkhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1929http://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_Roosevelthttp://pt.wikipedia.org/wiki/New_Dealhttp://pt.wikipedia.org/wiki/New_Dealhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_Roosevelthttp://pt.wikipedia.org/wiki/1929http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Yorkhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_1930
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    Segundo Tecglen (1979), antes da Revoluo Industrial, o consumo era de

    pequena monta e com o advento da industrializao, registrou-se a elevao da

    produo, ou seja, a criao de excedentes, possibilitando ao consumidor o acesso

    a bens suprfluos.

    Aps a Segunda Guerra Mundial, o poder de consumo foi retomado, o que

    levou ao estudo do comportamento de compra, particularmente pela empresa

    americana DuPont, que entre 1945 e 1965, promoveu estudos acerca do

    comportamento de compra no bojo do qual tentavam avaliar no mbito dos

    supermercados, o volume de compra por impulso.

    A partir de ento, foram desenvolvidos estudos definindo categorias e tipos

    distintos de lojas, todos tendo por escopo estabelecer estatsticas sobre produtos

    comprados de maneira no planejada, ou ainda, que canais de distribuio e

    comunicao foram responsveis pela constatao de um elevado ndice de

    impulsividade que redunda em compra.

    A compra por impulso tem seus estudos originados a partir de pesquisas da

    Psicologia, da Sociologia e da Antropologia, quando buscam entender as razes

    que levam um indivduo a escolher esta ou aquela marca de produto, por exemplo,

    ressaltando-se que seu estudo de importncia capital no auxlio ao processo dedesenvolvimento das estratgias de marketing, bem como sua prtica.

    2.1 PROCESSOS PSICOLGICOS BSICOS: SENSAO E PERCEPO

    A Publicidade e a Propaganda como ferramenta de persuaso e/ou

    manipulao do homem considera a Psicologia cincia de fundamental importncia

    por se valer da necessidade de entender a essncia humana a fim de alcanar daforma mais eficiente o seu pblico alvo. Dentro desta cincia estudamos os

    Processos psicolgicos bsicos, eles correspondem a tudo que nos constitui como

    ser humano. Tudo que construdo na nossa ontogenia.

    De acordo com os professores Jos Ricardo dos Santos e Ana Cristina Costa

    Frana, dentre os processos psicolgicos bsicos encontramos a Sensao:

    estimulao dos receptores sensoriais por alguma energia que convertida em

    impulsos neurais e transmitida ao crebro, isto , deteco dos estmulos do meio(sons, odores, objetos, etc.). E a Percepo: sensaes organizadas de acordo com

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    as experincias do indivduo. A percepo no simplesmente adio de estmulos,

    na percepo existe a influncia de elementos subjetivos prprios do indivduo.

    A percepo um processo ativo, varia de pessoa para pessoa e dela

    mesma em situaes diferentes. A sensao est ligada a elementos

    neurofisiolgicos e a percepo est ligada a elementos psicolgicos. O

    comuniclogo deve saber como o indivduo sente e percebe o mundo. O mesmo

    deve conhecer seu pblico alvo para poder elaborar a melhor estratgia para

    abord-lo.

    O merchandising no PDV para ser eficiente deve ser muito bem articulado,

    deve estar em sintonia com o pblico alvo de modo que se apresente exatamente

    como o profissional idealizou e para que isso ocorra de fato, os estmulos devem ser

    criados a partir do estudo do comportamento desse pblico alvo.

    Ainda de acordo com Santos e Frana, Comunicao Social, a sensao a

    conexo entre o mundo externo e o interno. E a percepo a integrao e a

    interpretao das sensaes, influenciada pelas experincias, circunstncias atuais,

    pela cognio e afeto que direcionamos quele estmulo. O progresso desses

    processos influencia o comportamento humano, inclusive ao que se refere ao

    consumo. Isso nos leva a outra abordagem dentro da Psicologia Social: oComportamento do Consumidor.

    2.2. O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

    Para entendermos o Comportamento do Consumidor necessrio

    entendermos alguns conceitos que encontramos nos dicionrios como: Consumir,

    que se refere ao ato de gastar, esgotar, utilizar. Logo, o consumidor aquele quegasta, que esgota, que utiliza. Que diferente do comprador (aquele que comprou

    algo) e tambm do cliente, que o comprador fiel. Comportamento o

    desenvolvimento de atitudes por qualquer criatura, desde que essas atitudes

    desencadeiem uma interao com o meio social.

    De acordo com as valorosas aulas da professora Ana Frana, o

    comportamento se apresenta em dois modos. O Comportamento Incondicionado

    (inato) est ligado a Filognese (espcie), a Ontognese (indivduo) e aSociognese (cultura). O Comportamento Condicionado (aprendido) est ligado a

    instruo (regras), a incitao (positiva ou negativa) e principalmente, a experincia

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    (pareamento/associao, consequncia, recompensa. Este ltimo modo nos leva ao

    que podemos chamar de reflexo condicionado, isto , induo da resposta.

    Finalmente, podemos dizer que o Comportamento do Consumidor a

    conduta, externa e interna do indivduo, ou grupo de indivduos, ou ainda, pessoa

    jurdica, dirigida a satisfao de suas necessidades/desejos mediante bens,

    servios ou informaes, aprendida de consumir. Isso nos leva a crer que todo ser

    humano tem um comportamento nato, mas desenvolve um comportamento que

    aprendido por influncia do meio em que vive.

    Portanto, usando os estmulos certos de maneira estratgica, possvel

    manipular as atitudes do consumior e conduzi-lo at que atinja o objetivo desejado.

    Ento percebemos a importncia do merchandising no ponto de venda pelo fato de

    ser o local que oferece maior vulnerabilidade ao consumidor devido proximidade

    entre ele e o produto, sendo assim o ponto de venda um local favorvel para a

    prtica de estratgias de marketing, aes promocionais e merchandising a fim de

    influenciar o comportamento do consumidor induzindo-o a compra.

    2.3. O IMPULSO

    O impulso , segundo Costa (2001), um estmulo com fora psicolgica

    suficiente para fazer com que o indivduo pratique uma dada ao. Nesse sentido,

    qualquer estmulo pode se constituir em um impulso, bastando para isso que

    possua uma intensidade capaz de provocar a ao. E, at que a fora do estmulo

    seja minimizada ou desaparea, o indivduo pode ser induzido a adotar um

    determinado comportamento ou a reagir de uma maneira especfica graas ao

    impulso desencadeado por esse estmulo.Assim, entende-se que os impulsos so derivados da confrontao com um

    estmulo determinado, que produz um comportamento de resposta imediata quase

    involuntria, sem discernimento ou ponderao sobre as consequncias, revestida

    de espontaneidade e urgncia, podendo at, segundo Costa (2001), caracterizar um

    conflito psicolgico entre o autocontrole e a predisposio em agir impulsivamente.

    Costa (2001) refere que os impulsos podem ser divididos em primrios ou

    bsicos e secundrios ou adquiridos. Os impulsos primrios ou bsicos tem estreitarelao com o processo fisiolgico, registrando-se que sua minimizao ou

    satisfao essencial para a sobrevivncia. Entre esse tipo de impulso encontram-

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    se a fome, a sede, a respirao, o sexo (em relao a este ltimo, h psiclogos

    que no o incluem como impulso realmente bsico para a sobrevivncia).

    J no que diz respeito aos impulsos secundrios, Costa (2001) esclarece

    serem derivados dos bsicos, ou adquiridos no decurso da existncia como parte da

    aprendizagem que nela se d. Entre esse tipo de impulso est o medo, que de

    modo geral, aprendido, haja vista a comprovao de que as crianas no sentem

    medo da mesma forma que os adultos, sendo que esse impulso manifestado

    diante das sugestes de reao frente situao considerada como perigosa ou a

    adoo de padres seguidos por outras pessoas, que provocam a maior parte dos

    tipos de medo.

    Costa (2001) ressalta a possibilidade dos impulsos primrios poderem derivar

    alguns secundrios devido complexidade da psique humana, considerando que o

    homem est constantemente aprendendo a reduzir ou a eliminar os impulsos e pela

    frequncia com que obrigado a certo comportamento, o ser humano termina por

    adotar as aes intrnsecas a determinados impulsos antes mesmo que eles se

    manifestem plenamente. Explicando melhor, as pessoas agem de maneira

    automtica, ou antecipadamente, o que em certas ocasies, motiva um quase

    desconhecimento do impulso primrio respectivo, que, no entanto, encontra-sepresente, como o caso da alimentao na hora certa, que evita o surgimento da

    fome.

    Sabe-se que o ser humano tem naturalmente necessidades que independem

    de sua vontade. H quem diga que, hoje em dia, a publicidade tem a capacidade de

    criar essas necessidades, mas, na verdade, a publicidade no determina a

    necessidade, porm, disponibiliza uma variedade de produtos com a capacidade de

    saciar tal obrigao. E essa abundncia de aromas, sabores e sensaes, suscita odesejo do homem, sentimento este que se configura como nosso aliado,

    provocando ao consumidor a percepo de obrigao muito semelhante a da

    necessidade, o que gera motivao.

    Como explica Karsaklian (2004, p. 36), a motivao deriva da deteco de

    uma necessidade. Uma necessidade ativada e sentida quando existe intensa

    divergncia entre um estado desejado ou preferido de estar e o estado atual.

    medida que essa divergncia aumenta, proporcional a necessidade e a urgnciaem satisfaz-la.Entretanto, existem diferentes maneiras de satisfazer uma mesma

    necessidade. Isso refere aos desejos e as preferncias. Quer dizer, quando temos

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    sede, estamos reconhecendo uma necessidade, por conseguinte buscamos a

    satisfao de tal necessidade (uma bebida), todavia, esta sede poder ser saciada

    com um copo dgua ou com outra bebida escolha (desejo e preferncia).

    O ser humano nico, tem peculiaridades, personalidade, ou seja, caractersticas e

    preferncias que satisfazem o seu bel-prazer. o que defende Karsaklian (2004, p. 41)

    quando diz que:

    [...] a personalidade o que faz com que o indivduo se comporte sempreda mesma forma, ou praticamente da mesma, em diferentes situaes. [...]um indivduo de temperamento conservador ter tendncia a escolherconstantemente marcas conhecidas e consagradas, enquanto um noconservador seria mais inovador, tendendo a experimentar as novidades.

    Essa fartura de alternativas disponveis no mercado atual proveniente

    dessas vrias preferncias, ou at mesmo, exigncias individuais. Temos um gosto,um cheiro e uma sensao para satisfazer os mais exticos desejos e logo que vo

    surgindo novos interesses surgem tambm novos produtos.

    Com base nos autores referenciados acima, entendo que mesmo havendo

    um conceito pr-definido no que tange deciso de compra, o consumidor, no ato,

    encontra-se vulnervel a outras opes. O Ponto de Venda, quando valorizado,

    pode aumentar significativamente a possibilidade de compra de um produto. A

    proximidade entre o merchandising e o consumidor pode provocar sensaessusceptveis ao impulso. Uma vez estimulado de forma estratgica e com o

    produto ao seu alcance, a efetivao da compra praticamente inevitvel, ou seja,

    o consumidor induzido compra por impulso.

    A compra por impulso promovida em diversos segmentos do varejo de bens

    de consumo, mas ocorrem principalmente se tratando de itens de convenincia.

    Conforme Ana Paula Roeffero, gerente de Marketing da rede de drugstore

    Extrafarma, 99% das compras de produtos de convenincia como chocolate e

    bombons se do pelo impulso. Todo o trabalho de Merchandising aplicado nas lojas

    da rede Extrafarma desenvolvido para provocar este fenmeno que contribui

    significativamente para o aumento dos ganhos da empresa.

    E por isso os resultados do Merchandising praticados nas lojas so avaliados

    periodicamente por meio de alteraes em lojas pilotos comparando a evoluo

    das vendas nessas lojas com lojas de igual comportamento, ditas lojas controle.

    Quer dizer, se a alterao do Merchandising gerar acrscimo nas vendas, essa

    alterao classificada como sucesso e adotada por novas lojas.

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    2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPRA POR IMPULSO

    Nesta seco observaremos que a compra por impulso sofre influncia de

    fatores internos do indivduo que a pratica ou por fatores ambientais, e a

    importncia de determinar esses fatores que afetam diretamente esse

    comportamento. No rol desses fatores podem estar inclusos aspectos situacionais,

    variveis demogrficas, fatores tcnicos, processos afetivos e percepo de

    desconto, capazes de exercer influncia no comportamento de compra por impulso

    em compras convencionais e tambm em sites de compras, e-commerces.

    Os fatores situacionais se configuram em condies ambientais que

    abrangem o processo de compra, podendo concorrer para concretizar as compras

    por impulso ou dificultar a sua realizao (STERN, 1962). Essa espcie de fatores

    classificada por Mihic e Kursan (2010) como fatores externos implcitos do ambiente

    de compra, dizendo que o consumidor, quando adentra o ambiente de compra, fica

    exposto a certos estmulos que podem motiv-lo a efetuar a compra no planejada.

    Concretizando esses pensadores, a Extrafarma investe em ambientes com

    belos layouts de gndolas na loja a fim de impressionar o cliente e facilitar o alcance

    dos produtos. Tudo para promover o conforto e a praticidade necessria para arealizao da compra como mostra a imagem abaixo:

    Figura 1: Entrada loja ExtrafarmaAv. Duque de Caxias

    Fonte: Autora da obra

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    Variveis demogrficas afluem tambm para influenciar a compra por

    impulso, entre as quais, Arajo e Ramos (2007) referem: renda, idade, escolaridade

    e gnero. Dentre as variveis referidas, a que tem importncia fundamental no

    comportamento de compra a idade, que segundo Sheth, Mittal e Newman (2001),

    classifica os consumidores em diversos grupos: jovens e adultos, bebs e crianas.

    De acordo com Dittmar e Drury (2000), a compra por impulso pode ser influenciada

    tambm, por atributos como o gnero.

    Para inmeros estudiosos do comportamento do consumidor, entre os quais:

    Sheth, Mittal e Newman (2001), que argumentam que a classe social e a renda de

    um indivduo so variveis importantes para o entendimento e a previso do

    comportamento que este sujeito evidencia em situaes de compra e consumo.

    O varejo tradicional, de acordo com Adelar et al. (2003) difere

    significativamente do comrcio eletrnico (referindo-se ao e-commerce), no qual os

    fatores tcnicos dos sites tambm influenciam a compra por impulso on line, o que

    apoiado por Madhavaram e Laverie (2004) que defendem que a compra por impulso

    on line pode sofrer influncia, alm de caractersticas do produto, como por

    caractersticas do site.

    Da mesma forma, Bressolles, Durrieu e Giraud (2007) aventam apossibilidade de que os consumidores sejam influenciados no ambiente do e-

    commerce a realizar compra por impulso por atributos do site como: qualidade e

    quantidade das informaes, facilidade de uso, design ou estilo grfico do site,

    confiana e respeito, segurana e privacidade, e, interatividade e personalizao.

    Discorrendo a respeito do mesmo tema, Bressolles, Durrieu e Giraud (2007)

    sugerem que, para um site estimular a compra por impulso, fundamental que o

    site possua qualidade global, para que os compradores se sintam satisfeitos,incluindo variveis como facilidade de uso e aparncia.

    Nestes tempos de comrcio eletrnico, as compras por impulso ficaram mais

    fceis de serem efetuadas, concorrendo para ampliar as pesquisas em torno da

    compra por impulso do varejo tradicional para o varejo na Internet, conforme

    referem Madhavaram e Laverie (2004).

    Comungando desse entendimento, Dawson e Kim (2009) ressaltam que os

    usurios do comrcio eletrnico ficam expostos de maneira constante a estmulosde marketing que fomentam a compra por impulso, e as facilidades proporcionadas

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    pelo comrcio eletrnico concorrem para incentivar esse tipo de comportamento dos

    consumidores nesse ambiente.

    A par dessas facilidades, um aspecto se ressalta dentre os demais, que o

    fato da internet garantir o anonimato da compra, o que, segundo Sun e Wu (2011),

    pode concorrer para que o comprador impulsivo deixe a inibio de lado e

    ultrapasse os limites sem muitas dificuldades ao efetuar compras por impulso dessa

    forma.

    Porm, apesar do intenso desenvolvimento da era ciberntica que nos

    rodeia, principalmente pela comodidade que ela nos proporciona tendo em vista que

    nosso dia-dia est cada vez mais abreviado, ainda nos deparamos com diversos

    riscos ao optar por comprar atravs de e-commerce que vo desde a qualidade

    duvidosa do produto, a complexidade do processo de compra ou at a possibilidade

    de nunca receber o produto pago, ou seja, ainda no temos total segurana ao

    executar tal procedimento.

    Alm do excesso de informao, inclusive de ofertas anunciadas na internet

    enquanto estamos navegando, o que divide nossa ateno constantemente como

    se nos deparssemos com um leque infinito de produtos de todos os departamentos

    imaginveis. Essa exposio extremamente variada pode gerar a indeciso diantede tantas opes ocasionando a desacelerao do impulso da compra podendo at

    resultar no adiamento dessa compra. Toda essa complicao no ocorre no PDV.

    Hausman (2000) defende que uma alterao emocional se constitui em um

    dos principais fatores a influenciar a compra por impulso. Conforme Youn e Faber

    (2000) a compra por impulso sofre influncia de fatores internos dos consumidores

    como os processos afetivos que segundo Coley e Burgess (2003), envolvem

    emoes, sentimentos e humor , e as emoes, que exercem significativainfluncia nesse tipo de compra.

    Park e Lennon (2006) argumentam que a compra por impulso pode sofrer

    estmulo de promoes e da percepo de desconto, afirmao apoiada por Santini

    e Espartel (2008) quando referem que a promoo de vendas se constitui em

    importante fator que deve ser levado em conta quando o assunto focalizado

    compra por impulso.

    Segundo Gendall, Hoek e Pope (2006), o varejista adota tcnicas como odesconto de preos como uma forma popular de incentivar a compra imediata, o

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    que lhe traz como retorno um aumento representativo das vendas, alm de

    melhorar o relacionamento do consumidor.

    A Extrafarma trabalha uma comunicao voltada para o comrcio varejista

    desde o layout das lojas at o mix de produtos oferecidos. A estratgia de

    comunicao promocional da Extrafarma visa aumentar as vendas atingindo o maior

    pblico possvel com aes de mdia e Ponto de Venda - PDV, relata a

    Administradora de Empresas Ana Paula Roeffero, atual Gerente de Marketing do

    grupo Extrafarma. Alm disso, possvel notar claramente essa estratgia da

    empresa voltada a comunicao promocional, como mostra a prxima figura.

    Figura 2: Destaque de produtos em promoo.

    Fonte: Autora da obra.

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    2.5 DEFINIO DA COMPRA POR IMPULSO

    Comprar, segundo Ferreira (2010), adquirir por dinheiro. E impulso tem

    como significado estmulo, incitamento, instigao, conforme a mesma fonte.

    Assim, compra por impulso pode ser entendida com a aquisio de algo por

    dinheiro, motivada por um incentivo que tanto pode ser interno (partindo da prpria

    pessoa) ou externo (originado do meio em que a pessoa se encontra).

    Baseando-se no estudo do comportamento do consumidor, registra-se que a

    definio de compra por impulso bastante questionada. Nesse sentido, Gligio

    (2002) afirma que a compra por impulso o resultado de uma interpretao da

    experincia do momento que o sujeito atravessa.

    Recorrendo-se a uma opinio mais tcnica, registra-se que, na concepo de

    Rook (1987, p. 191), a compra por impulso ocorre quando um consumidor

    experimenta uma necessidade repentina, persistente e muitas vezes poderosa de

    comprar algo imediatamente, valendo ressaltar que este estudioso empenhou-se

    em implementar pesquisas com a inteno de melhor entender o comportamento

    que desencadeia a compra por impulso.

    Corroborando a assertiva acima, Mowen e Minor (1998) referem que acompra por impulso o tipo de aquisio em que os consumidores adquirirem bens

    materiais pelas sensaes, emoes e imagens que estas geram em suas mentes,

    agindo impulsivamente, sem planejamento.

    Como forma de reforar essas concepes, registra-se o posicionamento de

    Barracho (2001), para quem a compra por impulso se constitui em uma aquisio

    no planejada, fruto de uma exposio a um estmulo e cuja deciso por comprar foi

    decidida no local.Heilman et al. (2002) asseveram que, a promoo de vendas configura

    importante instrumento na gerao de estmulo direcionado compra por impulso

    nos compradores. Esse entendimento compartilhado por Laroche et al. (2003), ao

    argumentar em favor do fato de que as promoes de vendas so instrumentos que

    estimulam os consumidores a realizar compras por impulso, encorajando-os a

    estocar produtos.

    Blackwell, Miniard e Engel (2005), estudando a compra por impulso, afirmamque esse tipo de compra ocorre no momento em que a pessoa se deixa levar por

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    um desejo repentino de adquirir algo, portanto desprovido de qualquer plano e sem

    medir as consequncias dessa ao.

    Como se v, a compra por impulso se d sem qualquer planejamento, de

    forma totalmente improvisada, sem base financeira para avaliar a possibilidade de

    poder, ou no, responsabilizar-se pelo valor envolvido, em razo da presena de

    forte motivao psicolgica.

    Rook (2002) considera que a compra por impulso ocorre quando um

    consumidor experimenta uma necessidade repentina, persistente e muitas vezes

    poderosa de comprar algo imediatamente.

    Com o intuito de reafirmar o entendimento sobre compra por impulso, refere-

    se a manifestao de Blessa (2003, p. 39), quando afirma que:A compra por impulso um processo decisrio no planejado eextremamente rpido. Pode ser a quebra de um padro habitual, podeocorrer em funo de o consumidor ter-se recordado de uma necessidade,ter-se admirado com uma oferta ou ter visto um comercial e se lembrado deum produto interessante. Pode ser um impulso provocado pela viso de umproduto desconhecido e percebido como necessrio e til.

    Agora pensemos em uma ocasio aonde estaramos em uma loja comprando

    algo especfico, e, por vrias vezes lembramos de algo mais que est faltando e

    com isso, no caminho do expositor, onde pegamos o real objetivo da compra, at ocaixa, nos deparamos com alguns produtos em nossa cesta que no faziam parte

    dos nossos planos ao sair de casa? Ou at mesmo, quantas vezes ns

    acrescentamos alguns itens a mais durante o breve momento em que a operadora

    do caixa est registrando as nossas compras?

    Essa prtica comum a todas as pessoas com poder de compra. Isso se d

    por que estamos sujeitados s estratgias aplicadas nas lojas que frequentamos. E

    principalmente, isso s ocorre de fato, por que entendemos que aquele determinadoproduto nos til naquele momento.

    Quer dizer, no qualquer coisa em qualquer ocasio que desperta o

    impulso da compra. Este estmulo varia inversamente proporcional em relao ao

    preo do produto. Isto , Quanto maior o preo do produto, menor a possibilidade

    da compra impulsiva. E assim possvel observar que cada vez mais comum a

    disposio de produtos de baixo custo prximo aos caixas das lojas de varejo ou

    convenincias. Principalmente produtos de primeira necessidade como alimentos.

    A esse respeito, refere-se a manifestao de Camargo (2008, p. 33),

    argumentando que:

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    Quando falamos de compra por impulso, estamos falando de produtos queno fazem parte da lista de produtos essenciais de uma loja. So produtosos quais voc no pensa em levar ao entrar no estabelecimento, mas que omerchandising e a exposio so trabalhados de modo que estesprodutos tambm faam parte de suas compras.

    O mix de produtos das lojas que compem a rede Extrafarma bastante

    variado. Alm dos medicamentos encontramos produtos de beleza e bem estar,

    jornais, perfumaria, higiene pessoal, e alimentos como sorvete, chocolate,

    refrigerantes, entre outros. Por conseguinte, possvel notar que a disposio dos

    ltimos produtos citados se d, no por acaso, no entorno dos caixas. Claramente

    fazendo jus ao que discutimos acima. o que mostra a figura abaixo:

    Refletindo sobre a ltima questo, chegamos num paradoxo a partir do fato

    de que a rede de drugstore, que se configura nosso objeto de estudo, adota

    estratgias agressivas no que se referem s vendas, especialmente incitando a

    compra por impulso do amplo mix e em contrapartida terem como sua essncia a

    comercializao de produtos farmacuticos, alm de adotar slogans que fazem

    referncia a sade e o bem estar das pessoas, o que emite uma imagem baseada

    no compromisso com a sade e o bem estar dos seus clientes. Por esses motivostm ou deveria ter maior responsabilidade que outras lojas do comrcio varejista.

    Figura 3: Caixa loja Extrafarma.

    Fonte: Autora da obra.

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    Contudo, na base terica dessa pesquisa observou-se que tanto a

    Publicidade e a Propaganda quanto a Psicologia esto relacionadas ao

    comportamento humano, logo, esto sujeitadas s transformaes humanas. Sendo

    a Psicologia a cincia do comportamento humano, pode se dizer que, como

    qualquer outra, visa anlise daquilo que se tem como objeto considerando o que o

    rodeia.

    Isso torna a Psicologia, mas especificamente, a Psicologia Social estudo

    das aes humanas modificadas pela presena atual ou implicada de outrem, pea

    importante no outro ramo supracitado, visto que busca e informa o entendimento

    das necessidades, desejos e motivaes do ser humano cuja Publicidade e a

    Propaganda precisa para alcanar o domnio deste alvo controlando seus impulsos

    fazendo do estudo do comportamento humano uma base para uma persuaso cada

    vez mais imbatvel.

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    3 PUBLICIDADE E PROPAGANDA COMO FERRAMENTA DE

    MARKETING

    3.1 BREVES CONSIDERAES SOBRE A HISTRIA DA PUBLICIDADE

    O vocbulo publicidade, inicialmente, era utilizado para designar a ao de

    propagar, de publicar algo para conhecimento geral. Palavra originada do latim,

    publicus, cujo significado pblico, de onde derivou a palavra publicite, do idioma

    francs. (RABAA e BARBOSA, 2001, p. 481).

    Podemos dizer que a Publicidade nasceu com a necessidade do homem em

    despertar o interesse dos outros por seus servios ou por eventos a fim de atrair

    grandes pblicos, na Antiguidade Clssica, por exemplo, eram feitas inscries em

    tabuletas informando as famosas lutas de gladiadores, e, tambm, informavam os

    servios oferecidos pelo comrcio local. Alm desses escritos esses avisos eram

    feitos de forma oral pelos chamados pregoeiros. Prtica que at hoje possvel

    encontrar pelas ruas do comrcio de Belm.

    Mais tarde, com advento da imprensa mecnica, graas ao arteso alemo

    Joo Gutenberg ao desenvolver caracteres mveis confeccionados com, a prensade imprimir e uma nova tinta de impresso, possibilitou que, no sculo XV,

    surgissem os primeiros panfletos, (folhas volantes como eram chamados).

    Neste processo de evoluo da atividade, o primeiro anncio publicitrio de

    um livro apareceu no peridico ingls Mercurius Britannicus, em 1625. Segundo

    informaes fornecidas pelo site da Universidade Catlica de Pernambuco. A partir

    de ento, a fonte de renda dos jornais que era restrita venda de assinaturas, foi

    elevada incrementada com a publicao de anncios, com a publicidade passandoa experimentar uma nova etapa de sua histria.

    Devemos frisar que estes primeiros anncios mantinham a caracterstica de

    informar, no possuindo o carter manipulador, como na veiculao de anncio no

    dia 30 de setembro de 1658, peridico Mercurius Britannicus, que referia uma

    bebida chinesa nos seguintes termos: essa excelente bebida China, aprovada por

    todos os chamados chineses, Tay ou Tch pelos chineses e Tea por outras naes,

    vendida na cafeteira Cabea de Sultana, em Sweeting's Rents, pelo RoyalExchange, Londres. (MALANGA, 1979, p. 18).

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    Segundo Maria Berenice Machado e Marcelle dos Santos (2006, p. 107), a

    atividade publicitria estabeleceu-se no Brasil junto com a chegada da imprensa em

    1808. No entanto, a primeira Agncia de Publicidade que se tem registro no Brasil

    foi A Ecltica, criada em maio de 1914, por Joo Castaldi e Jocelyn Benaton

    (QUEIROZ, 2006, p.22).

    A tcnica publicitria acompanhou a evoluo dos meios de produo em

    massa, bem como, suas consequncias em termos da requisio de bens de

    consumo, introduzindo, paulatinamente, mensagens cada vez mais persuasivas,

    caracterstica que atualmente a constitui como sua essncia.

    A competitividade entre as empresa ensejou a adoo da chamada

    publicidade combativa, que tem como propriedade a imposio do produto, o que

    convergiu para o surgimento de excessos, situao solucionada com a criao de

    legislao regulatria da atividade publicitria.

    Aps anos em constante evoluo, hoje, munida de tantos recursos, a

    publicidade contempornea transforma o produto em mito, ornamentando sua

    aparncia e contedo com atributos que, na maioria das vezes, vo alm das suas

    prprias qualidades e a da sua prpria realidade.

    3.2 A HISTRIA DA EVOLUO DA PROPAGANDA

    O vocbulo propaganda deriva do latim, configurando-se em gerndio do

    verbo propagar, com significado de multiplicar, estender, difundir.

    Sabe-se por meios dos livros de histria que os religiosos a fim de expandir a

    religio e atrair cada vez mais fieis sua doutrina. Sendo assim os mais

    expressivos formadores de opinio da poca. At mesmo pelo fato de saberem ler eescrever, o que era privilgio do clero. Logo, podemos dizer que estes foram os

    primeiros a fazer propaganda.

    Muito tempo se passou e com o surgimento de novas classes sociais e

    evoluo da sociedade e a propaganda deixou de ser exclusividade dos sacerdotes

    e se tornou uma atividade praticada por outras organizaes econmicas, sociais e

    polticas, conforme Childs (1976, p. 96) descreveu:

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    A expanso da democracia e a extenso do sufrgio, o aumento dasfacilidades educacionais e da alfabetizao, a evoluo tecnolgica nocampo das comunicaes, as transformaes econmicas, tanto naproduo quanto na distribuio e no consumo de riquezas, bem como oritmo crescente das modificaes sociais e a necessidade cada vez maior

    de cooperao social, tudo isso afetou grandemente o papel dapropaganda na sociedade. O significado histrico da propaganda maiorquando ela executada sistemtica e duradouramente por grupos amplose bem organizados.

    De acordo com a Consultora em Comunicao Elo Muniz, em sua obra

    Publicidade e Propaganda: origens histricas, foi na primeira metade do sculo XX,

    que a publicidade passou a ser utilizada como fonte de recursos financeiros, e a

    partir disso surgiram os jornais de grande circulao a custo acessvel.

    3.3 DIFERENAS ENTRE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

    Um dos conceitos relevantes acerca da Publicidade refere:

    [...] toda comunicao de entidades pblicas ou privadas, inclusive as nopersonalizadas, feita atravs de qualquer meio, destinada a influenciar opblico em favor, direta ou indiretamente, de produtos ou servios, com ousem finalidade lucrativa. Pasqualotto (1997, p. 25).

    Percebemos na citao acima que o autor indiferente finalidade lucrativa

    da atividade em questo. O que contradito por Benjamin, Marques e Miragem

    (2006. p. 196-197) quando afirmam que:

    A publicidade tem um objetivo comercial [...] enquanto que a propagandavisa a um fim ideolgico, religioso, filosfico, poltico, econmico ou social[...] A diferena essencial entre a publicidade e a propaganda baseia-se nofato de que a primeira faz-se com a inteno de alcanar lucro, enquantoque a segunda exclui quase sempre a ideia de benefcio econmico.

    Ainda para Marques (1995, p. 138), publicidade toda informao ou

    comunicao difundida com o fim direto ou indireto de promover junto aos

    consumidores a aquisio de um produto ou a utilizao de um servio, qualquer

    que seja o local ou meio de comunicao utilizado.

    Com base nos conceitos supracitados podemos perceber, que a doutrina no

    est pacificada em relao ao conceito de publicidade, posto que alguns conceitos,

    como se v, excluem o objetivo de lucro, quando no se manifestam neste contexto,

    enquanto que outros exigem tal finalidade.

    No se pode mais pensar em propaganda como um fenmeno isolado. Ela

    faz parte do panorama geral da comunicao e est em constante envolvimento

    com fenmenos paralelos, onde colhe subsdios (SANTANNA, 1995, p.1).

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    Malanga (1987, p.10) conceitua propaganda como: atividades que tendem a

    influenciar o homem, com o objetivo religioso, poltico ou cvico. Propaganda,

    portanto, a propagao de ideias, mas sem finalidade comercial.Bem como, para

    Martins (1999, p.39), a propaganda leva a necessidade ao consumidor sobre o

    produto, servio ou ideia.

    Embora a publicidade e propaganda tenham objetivos diferentes conforme

    defendem alguns autores, elas apresentam pontos comuns quanto tcnica e aos

    veculos que utilizam (MALANGA, 1987, p.11).

    Embora existam diversos debates sobre essas divergncias, No entender de

    Vasconcelos e Benjamin (1995), no foi este, contudo, o caminho adotado pelo

    Cdigo de Defesa do Consumidor. Dessa forma, o Cdigo de Defesa do

    Consumidor no cuida de propaganda, seu objetivo somente a publicidade, ou

    seja, ainda que seja difundida indistintamente, deve estar de acordo com os ditames

    legais, sob a pena de caracterizao de publicidade enganosa, sendo

    responsabilizado o anunciante e/ou o fornecedor do contedo enganoso publicado.

    A publicidade tipificada como ilcita quando os anunciantes no cumprem

    com o dever de informar corretamente o consumidor sobre as caractersticas do

    produto e/ou servio. Em consequncia disso, existe a hiptese de danos morais emateriais que podem ter sido causados ao consumidor, presumindo-se a culpa do

    fornecedor por veicular a publicidade enganosa, que somente se exonerar de sua

    culpa se demonstrar o caso fortuito, fatos alheios sua vontade, uma situao

    externa imprevisvel ou irresistvel, entre outros, o que do contrrio responder

    civilmente e objetivamente pelos danos causados.

    3.4 CONCEITO DE MARKETING

    Kotler (1991) diz que o marketing uma recente disciplina de ao e em

    contrapartida uma das profisses mais antigas do mundo, porm apareceu

    formalmente apenas no incio do Sculo XX como resultado da impreviso de

    questes e problemas no solucionados pela Economia no mbito cientfico.

    Na medida em que o marketing foi se firmando fazendo jus ao conceito de

    processo de ajustamento da demanda e da oferta - um dos diversos conceitosatribudos inicialmente, foi tambm dividindo opinies a respeito de seu real efeito,

    ora elogiado como uma brilhante forma de aquecer a economia, ora como corruptor

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    da sociedade induzindo-a a adquirir coisas que no precisa a ponto de desestruturar

    o oramento familiar.

    Foi com o louvor da prtica do marketing que entendemos o produto no

    apenas como objetos (na forma fsica), mas como um instrumento para solucionar

    um problema. Kotler (1991) refere Qualquer coisa capaz de prestar um servio, isto

    , de satisfazer uma necessidade, pode ser chamada de produto. Isto inclui

    pessoas, lugares, organizaes e ideias.

    Mas para Kotler (1991), alm do fato de termos desejos e necessidades e em

    concomitncia termos produtos para supri-los, para que o marketing exista,

    necessrio que e esta ao se d por meio de troca. Segundo Kotler (1991, p. 32), a

    troca se configura pela existncia das seguintes condies:1. existem duas partes;2. cada parte tem algo que pode ter valor para a outra;3. cada parte capaz de se comunicar e fazer a entrega;4. cada parte livre para aceitar ou rejeitar a oferta.

    E assim, chegamos ao conceito de marketing estabelecido por Kotler (1991,

    p. 33) (...) marketing a atividade humana dirigida para a satisfao das

    necessidades e desejos, atravs dos processos de troca.

    Por sua vez, Schewe e Smith (1982, p. 383) definiram marketing como sendoum conjunto de atividades necessrias e incidentais para ocasionar

    relacionamentos de troca em nosso sistema econmico.

    3.4.1 O COMPOSTO DE MARKETING

    O composto de marketing o conjunto de variveis fundamentais trabalhadas

    para alcanar excelncia no desempenho de um produto em um determinado

    mercado. A saber, o conceito de mercado atribudo por Kotler (1991, p. 33) Um

    mercado uma arena para trocas potenciais.

    E ainda, a dimenso do mercado varia inversamente proporcional ao preo

    do produto, logo, quanto menor o preo do produto, maior a quantidade de pessoas

    que podero adquiri-lo, isto , maior o mercado. Porm, no podemos esquecer a

    varivel: interesse, ou seja, indispensvel que as pessoas que tem disponibilidade

    para adquirir o produto tenham tambm o interesse em adquirir tal produto.

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    Tais necessidades e desejos supracitados so satisfeitos mediante a compra

    de produtos e servios, esta compra pode ser impulsionada por uma necessidade

    fisiolgica ou psicolgica.

    Retomando a configurao do composto de marketing, Lazer e Kelly (1962)

    propuseram uma classificao desse conjunto em trs fatores: composto de bens e

    servios; composto de distribuio; e composto de comunicao.

    Frey (1961) props que todas as variveis mercadolgicas de deciso

    poderiam ser divididas em dois fatores: oferta (produto, embalagem, marca, preo e

    assistncia; mtodos e meios (canais de distribuio, venda pessoal, publicidade,

    promoo de venda e propaganda).

    A classificao mais usada a de McCarthy apud Kotler (1991) configurada

    em quatro fatores que so chamados quatro Ps: produto, preo, praa e promoo.

    Pra ilustrar essa classificao veremos a tabela conseguinte.

    D

    Desse modo deve haver a execuo inteligente dessas atividades de modo

    que resulte no ajuste da demanda com os objetivos da empresa (j que a demanda

    pode ser inconstante e mostrar-se ou abaixo ou de acordo ou acima do desejado

    em algum momento), o que entendido como Administrao de Marketing.

    Kotler (1991, p. 35) define resumidamente a Administrao de Marketing

    como: (...) a administrao da demanda. Isso requer atitudes estratgicas assimcomo a utilizao de ferramentas que possuam a competncia de mold-la.

    Produto Preo Praa Promoo

    Qualidade

    Caractersticas e

    opes

    Estilo

    Marca

    Embalagem

    Linha de produtos

    Garantia

    Assistncia tcnica

    Outros servios

    Nvel

    Descontos e

    redues

    Formas de

    pagamento

    Canais de distribuio

    Cobertura da

    distribuio

    Pontos de venda

    Zonas de venda

    Nveis e locais de

    estoque

    Transportadoras

    Propaganda

    Venda pessoal

    Promoo de venda

    Publicidade

    Tabela 1: Composto de Marketing.

    Fonte: McCarthy apud Kotler (1991).

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    Essa relao entre a administrao de marketing e a demanda pode ser

    visualizada melhor na prxima tabela que ilustra estas tarefas.

    3.5 FERRAMENTAS DE MARKETING

    Normalmente, quando se fala em ferramenta, lembra-se logo daqueles

    apetrechos que auxiliam os seres humanos a desenvolver algum produto e/ou

    desempenhar uma funo, permitindo-lhes obter um resultado. Pois isso mesmoque se quer demonstrar a seguir em relao ao marketing.

    Kotler e Armstrong (2000), no livro Introduo ao Marketing, defendem a

    ideia de que o marketing moderno est exigindo mais do que apenas desenvolver

    bons produtos, definir preos atrativos e coloc-los a disposio dos clientes. Essa

    ideia demonstra que o marketing evoluiu ao longo do tempo e se aperfeioou, sendo

    necessria agora a boa comunicao com o cliente.

    Uma boa comunicao entre clientes e empresa necessria para que

    ambos possam lucrar: a empresa com suas vendas e os clientes satisfeitos com os

    produtos/servios. Para Kotler e Armstrong (2000, p. 152), Um programa total de

    comunicao de marketing de uma empresa, o mix de marketing, consiste na

    combinao especfica de ferramentas como a propaganda, venda pessoal,

    promoo de vendas e relaes pblicas.

    Como se v, a propaganda uma ferramenta de marketing. Segundo

    Ferreira (2010) propaganda pode ser considerada como difuso de mensagem,

    geralmente de carter informativo e persuasivo, por parte de anunciante

    identificado, mediante compra de espao em TV, jornal, revista, etc.; publicidade.

    Estado da Demanda Tarefa de Marketing Nome Formal

    Demanda negativa

    Demanda inexistente

    Demanda latente

    Demanda declinante

    Demanda irregular

    Demanda plena

    Demanda excessiva

    Demanda indesejada

    Corrigir a demanda

    Criar a demanda

    Desenvolver a demanda

    Revitalizar a demanda

    Sincronizar a demanda

    Manter a demanda

    Reduzir a demanda

    Destruir a demanda

    Marketing de converso

    Marketing de estmulo

    Marketing de desenvolvimento

    Marketing de revitalizao

    Marketing de sincronizao

    Marketing de manuteno

    Marketing de reduo

    Marketing de eliminao

    Tabela 2: As tarefas bsicas de Marketing

    Fonte: Kotler (1991).

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    A propaganda qualquer forma paga de apresentao interpessoal de

    promoo da ideia, normalmente feita dentro das estratgias de segmentao,

    podendo elitizar ou popularizar o produto. Isso quer dizer que a propaganda como

    um comercial, um texto fazendo elogios de um determinado produto ou servio, com

    o objetivo de torn-lo conhecido, despertando no pblico motivao para adquiri-lo.

    E aqui, surge a meno publicidade, o que leva sua definio segundo a

    mesma fonte, trata-se de publicao de matria jornalstica, geralmente de

    interesse de uma empresa, pessoa, organizao, etc., por veculo de comunicao.

    A publicidade se configura na maneira pela qual um produto ou um conjunto

    de produtos dado a conhecer ao mercado, estimulando a sua compra pelos

    consumidores. A forma como a publicidade pode convencer, persuadir e seduzir se

    caracteriza como uma arte. Implica em um processo intrnseco comunicao, que

    divulga informao por intermdio de variados meios, entre os quais esto a

    televiso, a rdio, a internet e a imprensa escrita (jornais e revistas).

    Assim, possvel considerar que tanto a propaganda quanto a publicidade,

    so ferramentas de marketing, que auxiliam no programa de comunicao das

    empresas para obteno de resultados e satisfao da demanda dos clientes.

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    4 CONHECENDO A REDE DE DRUGSTORE EXTRAFARMA

    O varejo de medicamentos vem crescendo de modo acelerado no mercado

    mundial. O Brasil ocupa o 4 lugar no consumo de medicamentos nesse cenrio, o

    que diz o instituto IMS Health, responsvel por auditar o mercado farmacutico

    mundial. E garante ainda, que no Brasil, h mais de 65 mil farmcias e drogarias,

    tornando-o o pas com o maior nmero de farmcias do mundo, isso corresponde a

    uma proporo de 3,34 farmcias para cada 10 mil habitantes, considerando uma

    populao de 190 milhes de habitantes enquanto que a Organizao Mundial da

    SadeOMS recomenda 1 farmcia para cada grupo de 10 mil habitantes.

    Neste captulo registram-se a histria e traa-se o perfil do nosso objeto deestudo: Drugstore Extrafarma, referindo sua origem, posicionamento, seus

    objetivos, suas misses e seus valores com nfase no seu plano comunicacional.

    4.1 EXATRAFARMA EM SNTESE

    A Extrafarma tem origem tipicamente familiar, se inicia com a Empresa

    Imifarma, que entrou no mercado de distribuio de medicamentos h 54 anos, nodia 02 de Dezembro de 1960, fundada pelo Sr. Pedro Lazera. A Empresa atua nos

    Figura 4: Identidade visual Extrafarma

    Fonte: Site Extrafarma.

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    mercados dos Estados do Cear, Amap, Piau, Maranho e Par (sede da sua

    matriz) e um dos maiores grupos de distribuio de produtos farmacuticos do

    Norte e Nordeste do pas.

    Na dcada de 1990, optou por ampliar sua abrangncia, lanando sua

    operao no varejo, e hoje, passadas mais de trs dcadas, a rede Extrafarma j

    conta com mais de 200 lojas, mais precisamente 203 lojas, com faturamento anual

    prximo de 800 milhes de reais (EXTRAFARMA, 2014).

    Embora sua origem seja familiar, nos ltimos anos a Extrafarma tem investido

    fortemente em governana, sendo hoje case internacional de sucesso quando se

    trata de transio de uma administrao familiar para uma mais profissionalizada.

    A Empresa se organiza sob a forma de drugstore, tipo de estabelecimento

    disciplinado pela Lei Federal n 5.991/73, que estabelece os produtos que podem

    ser comercializados nas suas lojas, possuindo acervo abrangendo os

    medicamentos, claro, mas se diversifica disponibilizando aos seus consumidores

    e clientes artigos para higiene, alimentos (refrigerantes em geral e biscoitos

    diversos), alm de celulares e assemelhados, bem como, diversas linhas de

    produtos de beleza e outros servios como podemos observar na figura seguinte.

    Figura 5: Mix de produtos

    Fonte: autora da obra.

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    A rede dispe de um mix de produtos verdadeiramente atrativo aos clientes,

    tendo em seus estoques toda a linha de medicamentos genricos e de referncia,

    produtos de higiene e beleza, incluindo grandes novidades em dermocosmticos e

    perfumaria, alm de adicionado a esse mix tradicional, conta, ainda, com as ltimas

    novidades em smartphones e tablets, bomboniere e convenincia, o que a

    caracteriza como drugstore.

    Porm, a gerente de marketing do grupo revelou durante nossa entrevista,

    que o mix de produtos varia de acordo com a loja, sendo que em alguns pontos a

    legislao no permite que sejam disponibilizados certos produtos, como exemplo,

    as lojas no interior dos shoppings no esto autorizadas a vender celulares.

    A Extrafarma oferece servios diferenciados aos seus clientes, como entrega

    em domiclio, espao do diabtico e hipertenso, espao dermocosmticos, alm de

    ser parceiro do programa do governo federal Aqui tem farmcia popular.

    Disponibiliza servios 24 horas, bem como, leva ao mercado novidades e antecipa

    tendncias do ramo farmacutico (EXTRAFARMA, 2014).

    A rede pioneira na regio em programa de relacionamento (CRM) e tem

    como patrimnio uma slida base de dados que permite reconhecer e realizar aes

    one to one com seus mais de 2,5 milhes de clientes ativos, o que representa umdos seus diferenciais competitivos.

    Informaes obtidas junto sua administrao do conta de que a rede

    Extrafarma est sempre em processo de expanso, que gosta de compartilhar com

    os clientes. Atualmente, um dos maiores investimentos da empresa na

    qualificao dos seus funcionrios, atravs do Programa de Educao Continuada

    (PEC), com mais de 800 horas de treinamento/ms, que se revela uma importante

    ferramenta para que a empresa continue crescendo e alcance seus objetivos.

    4.2 AMBIENTAO ESTRATGICA ESTRAFARMA

    A Extrafarma dotada de lojas amplas, que permitem trafegabilidade

    confortvel aos consumidores, com o mix de layout adequado, boa iluminao,

    comunicao visual e excelente localizao, o que faz com que a Extrafarma se

    constitua em um ambiente confortvel e admirado pelos seus clientes.Isso mostra o profissionalismo estratgico da empresa visto que estudamos

    anteriormente sobre os fatores situacionais que se configuram em condies

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    ambientais que abrangem o processo de compra, podendo concorrer para

    concretizar as compras por impulso ou dificultar a sua realizao (STERN, 1962).

    Na prxima figura possvel comprovar o layout adotado pela Extrafarma.

    Este se refere ao layout do tipo Forma Livre ou Fluxo Livre, que d nfase circulao, criando atmosferas que transmitem diferentes efeitos para atrair o fluxo

    ou trfego dos consumidores.Este plano d nfase circulao, criando atmosferas que

    transmitem diferentes efeitos para atrair o fluxo ou trfego de consumidores. Desse modo,

    os clientes sentem-se mais confortveis e sendo assim, mais a vontade podendo

    permanecer mais tempo dentro do estabelecimento e consequentemente adquirido maior

    nmero de produtos.

    Nesta ltima figura percebemos que a loja apresenta um sub-plano de layout

    diagonal valorizando bastante as cabeceiras de gndolas j que proporcionam mais

    visibilidades as mesmas estabelecendo, inclusive, reas de interesse. Se

    observarmos com ateno, percebemos que as gndolas nos direcionam para

    zonas de departamentos especficos.

    A loja igualmente trabalha muito bem a iluminao e a disposio das cores,

    fatores importantssimos para o conforto do cliente alm do que uma boa disposio

    das cores contribui para atrair a ateno do visitante.

    Durante a entrevista com Ana Paula Roeffero, a mesma confirmou que a

    estratgia de comunicao da empresa norteada por uma estratgia promocional

    Figura 6: Layout Extrafarma - Umarizal

    Fonte: site Extrafarma.

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    sempre com o intuito de aumentar as vendas atingindo o maior pblico possvel,

    com as aes de mdia e de PDV, fato comprovado pela riqueza e diversidade de

    elementos de merchandising e promoo presentes na loja. Caracterstica tpica de

    organizaes estruturadas no segmento varejista.

    Um equipamento tambm muito utilizado pelas lojas aShowtable. Esse

    elemento do merchandising refere mesas bem posicionadas utilizadas para dar

    nfase a um agrupamento de mercadorias ou em carter promocional , criando-se

    espao diferenciado e atraente como ilustra a figura abaixo:

    Figura 7: Show Table

    Fonte: autora da obra.

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    As prateleiras so planejadas de maneira inteligente, apropriadas para

    receber variadas linhas de produtos. Prevendo embalagens maiores e menores.

    So feitas com material resistente e com sistema de cremalheiras mveis, isto ,

    que permitem a mudana de altura da mesma.

    Na Extrafarma at os balces so vitrine para a exposio de mercadorias

    que merecem destaque e/ou que necessitam de orientao de um vendedor. Na

    parte superior so apropriados para receber a mquina registradora e/ou outros

    expositores como vemos na prxima figura:

    Uma boa comunicao visual de uma loja inclui: letreiros indicativos, placas

    decorativas, cartazes, psteres, efeitos teatrais fixos (decorao de fundo),

    decoraes sazonais (bales, coelhos da pscoa, papai Noel, namorados, etc.),

    identidade visual da loja, e tudo o que for possvel.

    As vantagens de uma boa exposio bem feita para o consumidor so

    principalmente a facilidade e praticidade no momento da compra e o conforto e a

    tranquilidade para que ele possa lembrarde suas necessidades.

    Figura 8: balco de atendimento.

    Fonte: autora da obra.

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    Para o varejista as principais vantagens so a valoriza do espao de sua loja,

    a fidelizao do cliente loja, alm de atrair novos consumidores aumentando sua

    lucratividade.

    E para o fornecedor estas prticas so interessantes por que aumenta a

    rotatividade dos produtos, cria fidelidade ao produto e marca podendo bloquear as

    atividades da concorrncia.

    4.3 EXIBITCNICA

    Durante a pesquisa de campo pude observar que o plano de exposio da

    mercadoria pela loja e pelas prateleiras se atm em quatro objetivos:

    a) Separao: Todos os itens se encontram separados por categorias

    conforme arrumao ou conforme o consumidor os procura.

    b) Visibilidade: A mercadoria est sempre visvel. Produtos pequenos so

    agrupados de modo que possam ser vistos sem dificuldades.

    c) Acessibilidade: Os produtos esto sempre dispostos ao alcance do

    cliente, o que imprescindvel principalmente em lojas de autosservio. Produto em

    local baixo demais ou alto demais desestimula o cliente o que no ocorre nas lojasda rede.

    d) Disponibilidade: A falta de produtos expostos ou disponibilidade de s

    alguns produtos de uma linha podem frustrar o consumidor profundamente. Mas a

    Extrafarma aparentemente tem o cuidado em manter suas gndolas sempre bem

    preenchidas e sortidas.

    Para Ana Paula, a estratgia mais eficiente para a concretizao da compra

    por impulso Um bom layout de gndola. Expor os produtos de forma a facilitar acompra do cliente gera compra por impulso.

    Esse posicionamento se enquadra nas concepes dos estudiosos de

    marketing e merchandising, que referem que um layout adequado pode servir de

    estmulo para os consumidores, especialmente no caso das compras por impulso,

    conforme afiana Costa (2001).

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    Nas lojas Extrafarma so bastante exploradas as cabeceiras de gndolas

    para a promoo de venda. As cabeceiras de gndolas so quase que em sua

    totalidade, sujeitadas disposio de ofertas das diversas categorias de produtos

    disponibilizados pela loja. Podemos observar isso na figura abaixo.

    As gndolas do supermercado so dispostas paralelamente ao fluxo das

    pessoas. A ponta de gndola o primeiro ponto ser visto pelo pblico, podendo servista por ngulos diferentes por isso correspondem aos locais preferidos para a

    disposio de produtos em promoo e lanamento de produtos.

    Encontramos facilmente tambm Displays de check out, aqueles que ficam

    no entorno do caixa que, por ser uma rea de parada obrigatria, so reas de alto

    impulso e alto giro. Ver figura:

    Figura 9: cabeceiras de gndolas

    Figura 10: Displays de check out.

    Fonte: autora da obra

    Fonte: autora da obra.

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    A empresa busca ocupar todos os espaos mercadolgicos existentes nos

    estados em que desenvolve atividades, sempre com a inteno de consolidar sua

    marca e melhor servir aos clientes, estando instalada em alguns dos shoppings

    existentes em Belm e nas outras capitais onde funciona, cujas lojas procura adotar

    Layouts amplos, oferecendo cada vez mais conforto, comodidade e o atendimento

    que considera que seus clientes merecem (EXTRAFARMA, 2014).

    Uma informao relevante abordada na entrevista a existncia de distino

    do Merchandising praticado em algumas lojas da rede. Lojas de shopping, por

    exemplo, no tm permisso para comercializar produtos eletrnicos como

    telefones celulares, desta forma, no trabalham com o mix completo de produtos

    oferecidos pela rede. Lojas muito pequenas esto limitadas a manter em exposio

    somente os itens de alto giro. Estas restries exercem influncia significativa no

    merchandising das lojas supracitadas configurando um merchandising diferenciado

    tanto para lojas de shopping quanto para lojas com pouco espao.

    De modo geral, a estratgia de comunicao desta empresa e o seu objetivo

    corresponde a uma comunicao varejista promocional com o objetivo de aumentar

    as vendas atingindo o maior pblico possvel, com as aes de mdia e de PDV. o

    que relata Ana Paula Roeffero.A administradora diz ainda que todos os consumidores que adentram as lojas

    da rede Extrafarma ficam suscetveis a incorrer na compra por impulso no havendo

    distino de pblico, mais ou menos vulnervel a praticar a compra por impulso.

    Basta estar na loja.

    O conceito da indiferena no se aplica quando falamos do gnero de

    produtos que mais propcio ao estmulo da compra por impulso. Nesse caso nossa

    entrevistada foi taxativa quando se referiu aos gneros de convenincia: alimentos ebebidas. Para ter ideia a entrevistada informa que se tratando de itens como

    chocolates e bombons, 99% das compras se caracterizam como compra por

    impulso. Ainda, 65% das compras de produtos de Higiene e beleza, se caracterizam

    como compra por impulso. o que mostram os grficos conseguintes.

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    Os grficos demonstram o resultado da compra por impulso apurado nas

    lojas da rede Extrafarma, mostrando que a maioria das aquisies no espao de

    convenincia ocorre na modalidade compra por impulso, mostrando a importncia

    de continuar e consolidar o estmulo aos consumidores no sentido de despertar o

    desejo de adquirir os produtos, sem que haja o planejamento da compra, de acordo

    com a concepo de Costa (2001).Desse modo, agindo de acordo com Blessa (2008), quando refere que o

    merchandising se configura no planejamento e na colocao em prtica de

    atividades realizadas por estabelecimentos comerciais ou de servios, tendo como

    objetivo expor ou apresentar os produtos de uma forma a motivar os consumidores,

    ou usurios, a deseja-los ou adquiri-los.

    Na rede Extrafarma, os consumidores podem contar com o programa

    Extraconfiana, este programa garante o atendimento do receiturio mdico em sua

    plenitude, procedimento que busca evitar trocas e equvocos no atendimento ao

    receiturio mdico apresentado pelo cliente.

    A Extrafarma possui um programa de fidelidade que se refere a um carto de

    descontos: carto Club Extra, que oferece descontos diferenciados em todas as

    suas lojas, por intermdio do qual, a empresa implementa o programa de fidelidade,

    em que o cliente pode trocar seus pontos por recompensas e brindes.

    Fonte: autora da obra

    35%

    65%

    Higiene e Beleza

    Compra PlanejadaCompra por Impulso

    Grfico 1: Higiene e Beleza

    1%

    99%

    Itens de convenincia

    Compra PlanejadaCompra por Impulso

    Fonte: autora da obra

    Grfico 2: Itens de Convenincia

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    O Carto Club Extra merece ateno especial visto que une duas formas de

    agradar o cliente: a primeira por meio de desconto e distribuio de brindes no

    prprio estabelecimento e a outra pelo fato de proporcionar ao cliente a sensao

    de destaque ou diferencial em relao aos que no possuem o benefcio tendo em

    vista que este pode ser um meio de reconhecimento o cliente extrafarma atribuindo

    a ele um tratamento diferenciado.

    Outra forma de impressionar o cliente a interao com a comunidade. A

    empresa costuma tomar parte ativa em eventos sociais, culturais e religiosos das

    comunidades em que est inserida efetuando campanhas promocionais durante

    eventos tpicos, buscando vivenciar mais efetivamente os costumes dos seus

    consumidores, a fim de conquist-los. Assim, costuma decorar as lojas e

    desenvolver aes para presentear os clientes, tudo feito com muito carinho e

    profissionalismo (EXTRAFARMA, 2014).

    Figura 11: Anncio Extrafarma para o Carto Club Extra

    Fonte: Google imagens

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    4.4 ORIGEM DA EMPRESA

    A Extrafarma tem origem familiar, com mais de meio sculo de atuao em

    distribuio de medicamentos. Em sua constituio societria encontram-se os sete

    filhos do Sr. Pedro Lazera, fundador da empresa, e, dos sete scios irmos, apenas

    um dirige a organizao: Paulo Lazera.

    De acordo com a colunista Simone Talarico da revista eletrnica

    businessreviewbrasil em 4 de out. de 2013, disponvel em

    a Extrafarma, uma das maiores distribuidoras de produtos farmacuticos nas

    regies Norte e Nordeste do pas, anunciou uma fuso com o Grupo Ultra, no valor

    de R$ 1 bilho.

    Ainda segundo a mesma fonte, de acordo com o comunicado enviado

    imprensa, a associao ser realizada por meio de troca de 100% das aes da

    Extrafarma por 2,9% de novas aes da Ultrapar. Assim, os atuais acionistas da

    Extrafarma passaro a ser acionistas de longo prazo da companhia. Ao mesmo

    tempo, Paulo Lazera, principal executivo da Extrafarma, permanece no comando do

    Figura 12: Kit PromocionalCrio 2013

    Fonte: site Extrafarma.

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    negcio de varejo farmacutico como Diretor Superintendente e passar a integrar a

    diretoria executiva do Ultra

    ele que administra todo o negcio, na condio de diretor-superintendente,

    sendo responsvel pelo varejo farmacutico. Tambm participa da diretoria-

    executiva do Grupo Ultra.

    Embora sua origem seja familiar, nos ltimos anos a Extrafarma tem investido

    fortemente em governana, sendo hoje case internacional de sucesso quando se

    trata de transio de uma administrao familiar para uma