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  Concreto de Cimento Portland Método Dosa Fácil Estudo de Dosagem do Concreto Prof. Dario de Araújo Dafico, Dr. www.qualidadedoconcreto.com.br Ano 2011

Metodo_Dosa_Facil

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Concreto de Cimento Portland

Método Dosa FácilEstudo de Dosagem do Concreto

Prof. Dario de Araújo Dafico, Dr.

www.qualidadedoconcreto.com.br 

Ano 2011

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2

2. PREPARAÇÃO .............................................................................................................................. 3

2.1 Equipamentos necessários ........................................................................................................... 3

2.2 Aferição da betoneira ................................................................................................................... 3

3. DOSAGEM DAS MISTURAS EXPERIMENTAIS .................................................................... 7

3.1 Introdução ...................................................................................................................................... 7

3.2 Seqüência de colocação de materiais na betoneira ..................................................................... 7

3.3 Traços padronizados do estudo de dosagem .............................................................................. 8

3.4 O preparo das 3 misturas básicas (traços fraco, médio e forte) ............................................... 8

4. APROVEITAMENTO DAS SOBRAS DE CONCRETO ........................................................... 11

5. CÁLCULO DO TRAÇO UTILIZANDO O SOFTWARE DOSA FÁCIL ................................ 12

5.1 – Caixas de entrada de dados que são utilizados para a determinação do traço da obra ...... 12

5.2 – Caixas de entrada de conteúdo meramente informativo ........................................................ 13

5.3 – Exemplo ilustrativo das entradas de dados e dos resultados apresentados .......................... 14

6. RECOMENDAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 16

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1. INTRODUÇÃO

O Método Dosa Fácil para realização de Estudo de Dosagem do Concreto em Obra foidesenvolvido com o intuito de substituir a utilização das Tabelas Práticas de Dosagem do Concreto quenão mais produzem resultados satisfatórios em função da ampla gama de cimentos comercializadosatualmente no Brasil. É um método muito fácil de se aprender porque tem o apoio de um software deinterface bastante intuitiva que realiza toda a parte complicada do estudo de dosagem. O Método Dosa

Fácil foi feito para democratizar o estudo de dosagem de concretos para pequenas obras. Dele pode seutilizar o engenheiro, o arquiteto, o estudante, o construtor prático ou o mestre-de-obras.

É importante lembrar que os resultados obtidos só servem para aquele conjunto de materiaisestudados. Se, após a obtenção o traço do concreto da obra, for necessário mudar o tipo ou marca decimento, será necessário um novo estudo de dosagem. O mesmo vale para a areia e as britas. Se mudar ofornecedor desses materiais será necessário um novo estudo para garantir a qualidade do concreto daobra. Mesmo mantendo-se os mesmos materiais deve-se fazer um novo estudo no mínimo a cada ano(melhor seria a cada 6 meses).

Faça o estudo de dosagem utilizando a areia úmida e também dose o concreto sempre com aareia úmida. Procure manter a areia sempre num mesmo grau de umidade e que essa umidade estejauniformemente distribuída por sobre todo o monte de areia. A umidade ideal de se utilizar a areia, emqualquer circunstância, ou seja, no estudo de dosagem ou na produção, é aquela suficiente para se fazer castelos de areia. Quem já não foi criança e brincou de fazer castelos de areia? Entretanto, evite que aareia fique saturada (muito molhada). Para isso proteja o monte com uma lona grande para que a areia nãotome chuva.

Bom estudo de dosagem !

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2. PREPARAÇÃO

2.1 Equipamentos necessários

Para realização do estudo de dosagem são necessários:- Betoneira com volumes aferidos (a betoneira deve ser nivelada)- Régua graduada utilizada para aferição do volume da betoneira- Régua (sarrafo) não graduada para referência de nível da boca da betoneira- Régua de nível para verificação de nivelamento da boca da betoneira

- Padiolas para areia e britas- Moldes para corpos-de-prova de concreto de 15x30 ou 10x20 cm (6 unidades)- Conjunto para ensaios de abatimento do concreto

A betoneira a ser utilizada no estudo de dosagem é uma betoneira comum de produção de concretoem obra, de preferência com volume não muito grande, entre 320 a 600 litros de volumes nominais. Ométodo utiliza a medição dos volumes de concreto produzidos pelos traços experimentais para calcular ocusto do concreto do traço alvo (traço que atende às especificações do projeto estrutural), os consumos demateriais por metro cúbico e o volume da betonada. Por isso o método utiliza-se da verificação de níveldo concreto remanescente na betoneira para saber o volume de concreto produzido. No próximo item éexplicado como se afere a betoneira.

2.2 Aferição da betoneira

Os traços-padrão do estudo de dosagem pelo Método Dosa Fácil em geral produzem volumesentre 60 e 180 litros dependendo dos materiais utilizados. Então, a aferição da betoneira é feita nesseintervalo de volumes, utilizando-se água em recipiente graduado (5 litros), marcando-se os volumes emuma régua. Para os primeiros 60 litros, para ganhar tempo, pode-se utilizar também um recipiente de 20litros. Veja nas fotos a seguir:

a) Marcando a posição de nível de água de recipiente de 5 litros

Utilize um recipiente de plástico transparente e com boa rigidez com volume de 5 litros. Algumasembalagens de amaciantes de roupas atendem a esses quesitos. Utilize uma balança com precisão mínima

de 20 g. Zere a balança com o recipiente vazio e em seguida coloque água no recipiente até da 5 kg deágua. Verifique se o recipiente está nivelado e em seguida marque o nível de água com uma caneta tipoMarcador Permanente (para CDs e DVDs).

Fig. 1 – Zerar a balança. Fig. 2 – Adicionar 5 kg de água.

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Fig. 3 – Marcar nível 5 litros. Fig. 4 – Nível de 5 litros marcado em todos os lados.

b) Marcando a posição de nível de água em recipiente de 20 litros

Utilize um recipiente de plástico transparente e com boa rigidez com volume de 20 litros. Um

garrafão de 20 litros para água mineral é ideal. Zere a balança com o recipiente vazio e em seguidacoloque água no recipiente até dar 20 kg de água. Verifique se o recipiente está nivelado e em seguidamarque o nível de água com uma caneta tipo Marcador Permanente (para CDs e DVDs).

Fig. 5 – Zerar a balança com recipiente vazio. Fig. 6 – Adicionar 20 kg de água.

Fig. 7 – Marcar nível 20 litros. Fig. 8 – Nível de 20 litros marcado em toda a volta.

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c) Transferindo a posição de nível de água da betoneira para uma régua (graduando a régua)

- Verifique o nível da boca da betoneira;- Adicione os primeiros 60 litros de água;- Com a boca da betoneira nivelada marque na régua a posição de 60 litros. A régua somente toca

levemente no nível da água. Cuidado com o efeito tensão superficial da água, isto é, ao encostar arégua na superfície da água esta “puxa” levemente a água para cima fazendo uma curvatura nasuperfície da água.

- Acrescente 5 litros de água e marque na régua a posição de 65 litros. Repita o procedimento até 180litros.

Fig. 9 – Betoneira com boca voltada para cima. Fig. 10 – Verificar nivelamento da betoneira pela boca

Fig. 11 – Inserir 60 litros (3 x 20 litros). Fig. 12 – Marcar 60 litros na régua.

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Fig. 13 – Adição de 5 em 5 litros. Fig. 14 – Marcar 65, 70, 75, . . . até 180 litros.

d) Fabricação das mini-padiolas (padiolas-padrão do estudo de dosagem pelo Método Dosa Fácil)

Com o Método Dosa Fácil é possível fazer estudos de dosagem de grautes (microconcretoscontendo somente brita 0 como agregado graúdo), de concretos contendo somente brita 1 e também deconcretos contendo misturas de brita 1 e brita 2, na proporção de 50 % de cada. A tabela 1 mostra as

dimensões internas das mini-padiolas usadas para o estudo de dosagem. A figura 15 mostra uma foto de3 mini-padiolas usadas nos estudos de dosagem pelo Método Dosa Fácil. À esquerda da foto têm-se amini-padiola para areia, no meio a mini-padiola para brita 1 ou brita 2 e à direita a 1/2 mini-padiola de

 brita 1 ou brita 2. Na foto não aparece a padiola para brita 0.

Tabela 1 – Dimensões internas em centímetros das mini-padiolas utilizadas nos estudos de dosagem.

Mini-padiolapara Areia

Mini-padiolapara Brita 0

Mini-padiola p/Britas 1 ou 2

½ mini-padiolap/ Britas 1 ou 2

Comprimento 30 25 30 21Largura 30 25 30 21Altura 25 19,0 19,5 20

Obs.: A ½ mini-padiola de brita só é utilizada em estudos de dosagem contendo ambas britas 1 e 2.

Figura 15 – Três das quatro dimensões de mini-padiolas utilizadas nos estudos de dosagem pelo Método Dosa Fácil.

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3. DOSAGEM DAS MISTURAS EXPERIMENTAIS

3.1 Introdução

 No estudo de dosagem são produzidas três misturas: uma fraca, uma média e uma forte. Todas astrês misturas utilizam um saco de cimento cada. A quantidade de água a ser adicionada será aquelaque produzir um concreto com a consistência de concreto convencional. Recomenda-se adotar umabatimento de 60 + 10 mm no ensaio do cone de Abrams (NBR NM 67). Betoneiros experientes

conseguem facilmente obter esse abatimento por simples avaliação visual. Em estruturas de difícilconcretagem é conveniente adotar um abatimento mais alto, mas não é recomendável que se utilizevalores mais altos que 80 + 10 mm. Após a realização de cada uma das 3 misturas deve ser realizado oensaio da NBR NM 67 para confirmação do valor de consistência que foi adotado para a obra.

3.2 Seqüência de colocação de materiais na betoneira

A seqüência de colocação dos materiais na betoneira deve ser a mesma utilizada no preparocorrente de concreto para a obra, isto é:

a) Betoneira de carregamento direto

Com a betoneira parada colocar os materiais na cuba da betoneira na seguinte seqüência:- parte da água (pode ser uma lata de 18 litros);- todo o volume de brita do traço;- 1 saco de cimento;- todo o volume de areia úmida do traço.

Ligar a betoneira e adicionar mais água aos poucos com a betoneira em movimento até que o concretoatinja a consistência normal (Abatimento de 60 + 10 mm). O tempo de mistura normal em uma produçãositua-se entre 3 e 5 minutos, porém, para o preparo das misturas experimentais pode ser necessário tempo

  bem maior pela dificuldade de se encontrar o teor de água ideal de cada mistura. Cuidado para nãocolocar água demais e perder o traço. Melhor ter paciência!

b) Betoneira com caçamba carregadora

Com a betoneira parada colocar os materiais na caçamba carregadora na seguinte seqüência:- metade do volume de britas do traço;- todo o volume de areia úmida do traço;- 1 saco de cimento;- a outra metade restante do volume de britas.

 Na cuba da betoneira adicionar parte da água (pode ser uma lata de 18 litros)

Ligar a betoneira e acionar a caçamba para abastecer a cuba. Adicionar mais água aos poucos com a betoneira em movimento até que o concreto atinja a consistência normal (Abatimento de 60 + 10 mm).

Obs.: A quantidade de água inicial nos traços experimentais é difícil de ser prevista. Por isso inicia-se com teores baixos deágua para não se correr o risco de ultrapassar a quantidade de água ideal para o traço. Isso às vezes causa dificuldades namistura, podendo ser necessário parar a betoneira para raspar internamente a pasta de cimento que às vezes gruda nas páse paredes internas da cuba da betoneira por insuficiência de água. Depois que se conhecer o traço certo para a obra, na produção corrente desse traço o betoneiro irá adicionar, desde o primeiro instante, praticamente toda a água necessária  para o preparo do concreto, que já será conhecida, adicionando em seguida somente mais um pouco d’água paracompletar a quantidade total necessária. Logo, para o preparo corrente do concreto na obra não haverá dificuldades demistura, possibilitando preparos nos tempos prescritos, de 3 a 5 minutos.

A figura 16 mostra, da esquerda para a direita, uma betoneira de carregamento direto e uma betoneira com caçamba carregadora.

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Figura 16 – Betoneira de carregamento direto e betoneira com caçamba carregadora.

3.3 Traços padronizados do estudo de dosagem

A tabela 2 apresenta as quantidades em números de mini-padiolas por saco de cimento dos 3traços básicos que devem ser produzidos durante a realização de um estudo de dosagem de graute(concreto contendo somente brita 0 como agregado graúdo). A tabela 3 apresenta as quantidades dos 3traços básicos para realização de estudos de dosagem de concretos contendo somente brita 1. A tabela 4apresenta as quantidades para concretos contendo ambas britas 1 e 2.

Tabela 2 - Traços básicos do estudo de dosagem de grautes em número de mini-padiolas por saco de cimento.

TRAÇO Mini-padiolas c/ areia úmida Mini-padiolas com brita 0Fraco 5 7Médio 4 6Forte 2 4

Tabela 3 - Traços básicos do estudo de dosagem de concretos de brita 1 em número de mini-padiolas por saco de cimento.

TRAÇO Mini-padiolas c/ areia úmida Mini-padiolas com brita 1Fraco 5 7Médio 4 6Forte 2 4

Tabela 4 - Traços do estudo de dosagem de concretos de mistura de britas 1 e 2 em número de padiolinhas por saco de cimento

TRAÇO Mini-padiolasc/ areia úmida

Mini-padiolascom brita 1

Mini-padiolascom brita 2

½ mini-padiolac/ brita 1

½ mini-padiolac/ brita 2

Fraco 5 3 3 1 1Médio 4 3 3 - -Forte 2 2 2 - -

3.4 O preparo das 3 misturas básicas (traços fraco, médio e forte)

Fig. 17 – Enchendo a mini-padiola de brita. Fig. 18 – Fazendo a rasadura da mini-padiola de brita.

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Fig. 19 – Colocação da brita na caçamba da betoneira. Fig. 20 – Abastecendo mini-padiola de areia úmida.

Fig. 21 – Fazendo a rasadura da mini-padiola de areia. Fig. 22 – Colocação da areia na caçamba da betoneira.

Fig. 23 – Colocação do cimento na caçamba da betoneira. Fig. 24 – Acionamento da caçamba carregadora.

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Fig. 25 – Adição de água para ajuste de consistência. Fig. 26 – Traço pronto para moldagem.

Fig. 27 – Verificação do abatimento. Fig. 28 – Moldagem de 2 corpos-de-prova para cada traço.

Fig. 29 – Nivela-se o concreto remanescente movimentando a betoneira com a boca voltada para cima.

Fig. 30 – Medida do volume de concreto remanescenteutilizando a régua graduada.

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4 APROVEITAMENTO DAS SOBRAS DE CONCRETO

Depois da medição do volume de concreto remanescente na betoneira, que por sua vez é realizadaapós a moldagem dos corpos-de-prova, essa sobra de concreto não tem mais utilidade para o Estudo deDosagem, mas pode ser útil para a obra. Como são 3 traços muito diferentes (fraco, médio e forte) e nãose conhece ainda a resistência potencial de cada um desses traços, não se pode utilizá-lo em umaconcretagem de peça estrutural. Mas pode ser utilizado para uma calçada, o piso do almoxarifado, ouqualquer outra construção provisória onde não se necessita de concreto resistente.

Um modo de dar mais utilidade para essas sobras das misturas experimentais é torná-las maishomogêneas em termos de resistência. Adicionando mais agregados e água ao traço forte fazemos ele se

 parecer ao traço médio. Adicionando cimento e água ao traço fraco também conseguimos fazê-lo parecidocom o traço médio. Então, com 3 sobras de características uniformes, de média resistência, essesconcretos podem ser melhor utilizados. Pode-se utilizar essas sobras corrigidas para a concretagem dofuste de um tubulão, o trecho não armado de uma estaca ou qualquer outra peça da obra cuja resistência

 prevista seja de no máximo para um fck de 15 MPa.

A tabela 5 apresenta os acréscimos, após a moldagem dos corpos-de-prova, em número de mini-  padiolas de agregados e latas de cimento, utilizados para fazer com que todas as sobras das misturasexperimentais de concreto somente brita 0 possuam resistência mediana (traço equivalente ao médio). Atabela 6 apresenta os acréscimos necessários para que as sobras das misturas de concreto contendosomente brita 1 também passem a ter resistência mediana. A tabela 7 fornece os acréscimos para osconcretos contendo ambas as britas 1 e 2.

Tabela 5 – Acréscimos de materiais às sobras dos traços experimentais de concretosde brita 0 para que todas as sobras passem a ter resistência mediana.

TRAÇO Mini-padiolasc/ areia úmida

Mini-padiolasc/ brita 0

Latas decimento (18 l.)

Fraco 1 2 1Médio - - -Forte 2 2 -

Tabela 6 – Acréscimos de materiais às sobras dos traços experimentais de concretosde brita 1 para que todas as sobras passem a ter resistência mediana.

TRAÇO Mini-padiolasc/ areia úmida

Mini-padiolasc/ brita 1

Latas decimento (18 l.)

Fraco 1 2 1Médio - - -Forte 2 2 -

Tabela 7 - Acréscimos de materiais às sobras dos traços experimentais contendo britas 1 e 2 para quetodas as sobras de concreto passem a ter resistência mediana.

TRAÇO Mini-padiolasc/ areia úmida

Mini-padiolasc/ brita 1

Mini-padiolasc/ brita 2

Latas decimento (18 l.)

Fraco 1 1 1 1Médio - - - -Forte 2 1 1 -

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5 CÁLCULO DO TRAÇO UTILIZANDO O SOFTWARE DOSA FÁCIL

O programa possui somente uma área de trabalho para facilitar sua utilização. Na parte superior estão as caixas de entrada de dados e na parte inferior as caixas de saída, ou seja, os resultados após arealização dos cálculos.

5.1 – Caixas de entrada de dados que são utilizados para a determinação do traço da obra

Para obtenção do traço da obra é necessário o preenchimento dos seguintes dados:

a) fck do concreto (15, 20 ou 25 MPa)Escolha o valor do fck de acordo com a especificação do projeto estrutural.

b) Desvio-padrão (5,5 ou 7,0 MPa)

Em princípio escolha 7,0 MPa como desvio-padrão da produção.

(obs.: A opção do desvio-padrão de 5,5 MPa é para o caso de, mais à frente, se o desvio-padrão da produção do concreto daobra se mostrar menor que 4,0 MPa, pode-se ajustar o traço da obra utilizando-se 5,5 MPa como desvo-padrão. Se você não émuito entendido desse assunto, não se preocupe, use a opção geral de 7,0 MPa).

c) Agregados graúdos utilizados nas misturas. Escolha uma das 3 opções a seguir:

- Brita 0;- Brita 1;

- Britas 1 e 2.d) Teor de aditivo plastificante em mililitros de aditivo por kg de cimento.

Escolha um valor entre 0 e 10 ml/kg de cimento. Normalmente o manual do fabricante do aditivorecomenda uma faixa de utilização do aditivo em kg de aditivo por kg de cimento. Entretanto, essesmateriais são geralmente comercializados na forma líquida com densidades em torno de 1,15 kg/dm 3, ouseja, valores próximos da densidade da água que é de 1,00 kg/dm3.

Recomendamos, para uma boa eficiência no uso do aditivo, a utilização de um teor próximo domáximo recomendado no manual do fabricante. Por exemplo, se no manual disse que "... a dosagem do

aditivo varia de 0,2 a 0,5 % em relação ao peso do cimento..." será uma boa idéia tentar um teor próximode 0,4 %. Isso significa um teor de 4 ml/kg se considerarmos o aditivo possuindo densidade de 1,00kg/dm3. Viu? É muito simples! Escolha um teor em % do peso do cimento que seja próximo do valor máximo recomendado pelo fabricante, multiplique esse número por 10 e terá o valor em ml/kg.

Se o concreto apresentar tendência de perda de homogeneidade ao manuseá-lo pode ser necessáriodiminuir o teor de aditivo.

e) Resistências dos corpos-de-prova moldados para o estudo de dosagem

Digite o valor da resistência mais alta de cada dupla de corpos-de-prova dos traços fraco, médio eforte. Veja o exemplo da tabela 8 abaixo. No exemplo o laboratório enviou os resultados dos corpos-de-

 prova das três misturas, sendo dois corpos de prova de cada uma das misturas. Como deve ser eliminadoo menor valor de cada dupla de resultados, conforme prescreve a norma NBR 12655, restam 3 valores,um para cada mistura, valor esse que deve ser inserido no formulário do software Dosa Fácil.

Tabela 8 – Exemplo de eliminação dos valores menores das resistências de cada

dupla de corpos-de-prova dos três traços experimentais.

Resistências em MPaTraço

CP 1 CP 2FRACO 18,7 19,9MÉDIO 26,3 24,2FORTE 36,2 37,5

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f) Volumes das betonadas após a moldagem dos corpos-de-prova (litros)

Digite nas caixas de entrada dos traços fraco, médio e forte os volumes de concreto remanescentesna betoneira após a moldagem dos corpos-de-prova. São os volumes obtidos através da régua graduadaapós o concreto nivelar depois que a betoneira girar por tempo suficiente com a boca voltada para cima.

g) Corpos-de-prova: Quantidade por traço e Dimensões dos CPs

Geralmente são moldados apenas 2 corpos-de-prova para ensaio aos 28 dias. Usuários avançados podem querer moldar mais corpos-de-prova (outras idades ou ensaios de tração, módulo de deformação,

retração, etc.).O programa soma o volume de concreto remanescente na betoneira com o volume de concreto

retirado para moldagem dos corpos-de-prova de modo a efetuar os cálculos. Por isso precisa dainformação da dimensão dos corpos-de-prova utilizados. Pode-se utilizar corpos de prova cilíndricos com15 cm de diâmetro e 30 cm de altura (15x30) com 10 de diâmetro e 20 cm de altura (10x20).

c) Preços dos materiais: cimento, areia, brita 0, brita 1, brita 2 e aditivo

 Nas caixas de entrada de preços dos materiais digite o preço do saco de cimento, do metro cúbicoaparente de areia, brita 0, brita 1 e brita 2, e o preço do litro de aditivo.

5.2 – Caixas de entrada de conteúdo meramente informativoSão as caixas de entrada com conteúdos somente informativos não utilizados para cálculos mas

importantes para gerar o relatório para ser arquivado. São eles:

a) Data da moldagem

b) Nome da obra

c) Endereço da obra

d) Idade de controle

e) Slump (Abatimento)

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5.3 – Exemplo ilustrativo das entradas de dados e dos resultados apresentados 

A figura 31 mostra a tela do Dosa Fácil com um exemplo de preenchimento dos dados antes desolicitar ao programa que faça os cálculos.

Figura 31 – Tela do Dosa Fácil com os dados de entrada preenchidos.

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Em seguida é só clicar no botão calcular que o programa mostra todos os resultados nas caixas desaída de dados. A figura 32 mostra o mesmo exemplo anterior após o botão calcular ser clicado.

Figura 32 – Tela do Dosa Fácil com os resultados dos cálculos efetuados pelo programa.

Se errar ao digitar alguma coisa é só clicar novamente na caixa de entrada onde houve o erro dedigitação que os dados se apagam automaticamente para nova digitação. Se após clicar o botão calcular severificar que algum dado foi digitado errado é só clicar em limpar campos que todos os dados de entradase apagam.

Depois de efetuados os cálculos, se você tiver uma impressora ligada ao microcomputador é  possível imprimir o relatório, isto é, tudo o que está visível na tela do Dosa Fácil. O relatório estáconfigurado para ser impresso em folha de tamanho A4. Não é possível modificar. Verifique aconfiguração de sua impressora se algo der errado.

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Para sair do programa é só clicar no botão sair. Como o Excel sempre pergunta se você desejasalvar as alterações quando fecha um arquivo, vai aparecer uma caixa de diálogo semelhante àapresentada na figura 33. Clique na opção não. Porém, se clicar em outro botão não se preocupe que nãovai acontecer nada. O Dosa Fácil não permite o salvamento de modificações para que seja preservada aintegridade do programa. Ele irá fazer a mesma pergunta novamente, então dessa vez clique em não.

Figura 33 – Caixa de diálogo onde você deve clicar não.

6. RECOMENDAÇÕES FINAIS

 Não basta que se tenha um estudo de dosagem do concreto da obra, também é necessário fazer ocontrole de aceitação desse concreto. No site http://www.qualidadedoconcreto.com.br explicamoscomo fazer o controle de aceitação. Guarde os documentos comprobatórios do controle de qualidade(resultados do laboratório) por no mínimo 5 anos. É sua garantia contra eventuais reclamações judiciais.Se você não tiver os documentos que comprovem a execução do controle de qualidade você já seráconsiderado culpado logo de início.

Desejamos-lhe sucesso em seu trabalho!