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TERMINOLOGIA BÁSICA BOCA DE LOBO – é uma estrutura hidráulica destinada a captar as águas superficiais, consistindo de uma caixa de alvenaria ou prémoldado de concreto locali!ado so" o passeio ou so" a sar#eta$ C%A&'() – é o conduto vertical de se*+o circular, de alvenaria ou p moldado de concreto locali!ado so" a la#e superior do po*o de visita e co"erto  pelo tamp+o$ CO(E-O – é o conduto destinado a conectar a "oca de lo"o ao po*o de visita$ .A/.A(0A – é o conduto destinado a transportar a água fluvial desde a capta*+o até o local de despe#o$ 1ode 0er se*+o circular, retangular, oval ou de outra forma$ .ALE/'A /A&AL – é a galeria 2ue condu! a contri"ui*+o do curso d3água secundário$ .ALE/'A 0/O(CO – é a galeria 2ue condu! a contri"ui*+o de curso d3água principal$ ./EEDE – é o perfil do eixo longitudinal da superf4cie$

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TERMINOLOGIA BÁSICA

BOCA DE LOBO – é uma estrutura hidráulica destinada a captar as águas

superficiais, consistindo de uma caixa de alvenaria ou prémoldado de concreto

locali!ado so" o passeio ou so" a sar#eta$

C%A&'() – é o conduto vertical de se*+o circular, de alvenaria ou pré

moldado de concreto locali!ado so" a la#e superior do po*o de visita e co"erto

 pelo tamp+o$

CO(E-O – é o conduto destinado a conectar a "oca de lo"o ao po*o de

visita$

.A/.A(0A – é o conduto destinado a transportar a água fluvial desde a

capta*+o até o local de despe#o$ 1ode 0er se*+o circular, retangular, oval ou de

outra forma$

.ALE/'A /A&AL – é a galeria 2ue condu! a contri"ui*+o do curso

d3água secundário$

.ALE/'A 0/O(CO – é a galeria 2ue condu! a contri"ui*+o de curso

d3água principal$

./EEDE – é o perfil do eixo longitudinal da superf4cie$

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1O5O DE 6'7'0A – é uma caixa de alvenaria ou prémoldado de

concreto 2ue une dois trechos consecutivos de uma galeria e pode rece"er os

condutos de conex+o das "ocas de lo"o$ ) visitável através de chaminé$

7A/8E0A – é o canal triangular longitudinal destinado a coletar e

condu!ir as água superficiais da faixa pavimentada da via p9"lica a "oca de

lo"o$

0/EC%O DE .ALE/'A – é a parte da galeria situada entre dois po*os de

visita consecutivos$

0E&1O DE CO(CE(0/A5-O – é o tempo gasto pela água para escoar 

desde o ponto mais afastado da "acia de drenagem, até o ponto de pro#eto

considerado$ ) a soma do tempo de entrada e dos tempos de escoamento na

sar#eta e na galeria$

1.0– INTRODUÇÃO

Entre as o"ras de saneamento ur"ano, as galerias de águas pluviais

ocupam lugar de desta2ue$ 1romovendo o escoamento das massas l42uidas

 provenientes das chuvas 2ue caem nas áreas ur"anas, as galerias de águas

 pluviais asseguram o tr:nsito p9"lico e pretegem as propriedades particulares

contra os efeitos danosos das inunda*;es$ 1orém, os pro#etistas es"arram em

dificuldades inirentes ao pro#eto tais como, insufici<ncia de dados, falta de uma

metodologia prática direcional, 2ue na maioria dos casos, eles s+o levados a

tomarem decis;es técnicas, 2ue podem ser pre#udiciais ao pr=prio pro#eto$

Este poligráfo visa dar aos estudantes do Centro de 0ecnologia um retorno

 prático e resumido da utili!a*+o de “método racional” em pro#etos de drenagemur"ana$

>

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02 – MÉTODO RACIONAL

O &étodo /acional para estimativa de va!;es de enchente resumesefundamentalmente no emprego de chamada ?f=rmula racional@

Ci A onde

va!+o da enchente

A área da "acia drenada

C coeficiente de defl9vio, definido como rea*+o entre o pico de va!+o

 por unidade de áreas e a intensidade média de precipita*+o 2ue A

 provoca, ou se#a, a rela*+o entre a 2uantidade de chuva precipitada e

a 2uantidade de água 2ue realmente passa numa determinada área de

estudo$

i intensidade média de precipita*+o so"re toda a área drenada, de

dura*+o igual ao tempo de concentra*+o$

2.1 – CONCEITUAÇÃO BÁSICA DO MÉTODO RACIONAL

Considerando uma "acia hidrográfica de área A e admitindose a

ocorr<ncia de uma chuva com precipita*+o média e constante igual a i l em dA

ent+o a 2uantidade de água 2ue escoa será

Dt CidA

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A 2uantidade dt pode ser dividida em dua parcela d e di, admitidas

estáveis ao longo do processo e tais 2ue

d 2uantidade de água 2ue escoa superficialmente

di 2uantidade de água 2ue n+o escoa superfialmente$

1ortanto, se dt CidA e dt d F di podese tam"ém ad2uirir a

 proporcionalidade de d em rela*+o a idA, desde 2ue di fosse considerado

constante, isto é

d CidA

Com rela*+o á "acia inteira, a va!+o total superficial será

G d G CidA

CidA em i constante por hip=tese$

E& fun*+o das unidades utili!adas podemos 0er

CiA onde

  ,H va!+o em mIs

i precipita*+o em mmIh

A área da "acia em Jm>

C coeficiente admencional

>$> – PREMISSAS BÁSICAS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO

RACIONAL

As seguintes premissas "ásicas s+o adotadas 2uando se aplica método

racional

aK A intensidade de precipita*+o é constante en2uanto perdurar a chuva

 "K A impermea"ilidade das superf4cies permanece constante durante a

chuva

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cK As velocidades de escoamento nas galerias e canais s+o de

funcionamento a plena se*+o

dK O tempo de dura*+o da chuva é igual ao tempo de concentra*+o, para ava!+o considerada$

Como limita*+o, o método racional somente é recomendada para "acias

2ue n+o apresentam complexidade, e 2ue a área se#a no máximo de MNm >  MPP

há K$

2.3 –    DETERMINAÇÃO DS VARIÁVEIS UTILIZADAS NO

METODO

2.3.1 – COEFICIENTE DE ESCOAMENTO C!

A escolha desse coeficiente depende muito do #ulgamento pessoal

do engenheiro pro#etista$ Em geral, as superf4cies n+o s+o homog<neas, n+o

sendo, por isso, conveniente adotar um 9nico valor tirado da ta"ela para toda

área da "acia de drenagem$

Q

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Os valores de C$ s+o "aseados nas caracter4sticas da superf4cie$ 7+o

os seguintes, os valores usuais

0R0SLO DE T/EA DE D/E(A.E& OS COBE/0S/A6E.E0AL COEU'C'E(0E&T'&O &R('&O

PM 1avimentos de concreto ou concreto "etuminoso P,VQ P,WQP> 1avimentos de asfalto P,HQ P,XPP 7olo arenoso, vegeta*a; cultivada ou leve P,MQ P,PP 7olo arenoso, mata ou vegeta*+o rasteira densa P,MQ P,PPQ Cascalho desprovido de vegeta*+o ou vegeta*+o

ralaP,>P P,P

PH Cascalho, mata, vegeta*+o densa P,MQ P,QPV 7olo argiloso, desprevido de vegeta*+o P,Q P,VQPX 7olo Argiloso$ &ata ou vegeta*+o densa P,>Q P,HPPW Canteiro Central, grama P,>P P,QMP Treas comerciais, !onas do centro da cidade P,VP P,WQMM Treas residenciais

Yona planas com PZ de área impermeável P,Q P,QYona planas com HPZ de área impermeável P,QP P,HPYona moderadamente inclinadas com QPZ de áreaimpermeável

P,VQ P,XQ

Yonas moderadamente inclinada com VPZ de áreaimpermeável

P,VQ P,XQ

M> Trea de edif4cios de apartamentos P,QP P,VPM Trea industrial

Snidade esparsas P,QP P,XPSnidade concentradas P,HP P,WP

M 1ar2ue, cemitérios e pra*as P,MP P,>Q

H

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2.3.2 – PER"DO DE RETORTO

Em engenharia, nem sempre interessa construir uma o"ras 2ue se#aade2uada para escoar 2ual2uer va!+o poss4vel de escoar$

 (o caso normal, podese correr o risco, assumindo ap=s considera*;es de ordem

econ[mica, de 2ue a estrutura venha a falhar durante a sua vida 9til, sendo

necessário, ent+o, conhec<lo$

A fre2u<ncia de uma va!+o em uma se*+o de um curso d3água é o

n9mero de ocorr<ncias da mesma um dado intervalo de tempo, em geral, ela é

expressa em termos de per4odo de retorno 0 K, com o significado de 2ue, na

se*+o considerada, ocorrer+o valores iguais ou superiores ao valor apenas uma

ve! em cada 0 anos$ Em outras palavras, o per4odo de retorno 0 K é o per4odo

de tempo médio medido em anos K em 2ue um determinado evento deve ser 

igualado ou superado pelo menos uma ve!$

A escolha e #ustificativa de um determinado per4odo de retorno,

 para determinada o"ra$ uanto maior for o per4odo de retorno maiores ser+o os

valores das va!;es de pico encontradas e, conse2uentemente mais segura e cara

será a o"ra$ 'nfeli!mente é 2uase sempre imposs4vel fa!er corte#o realista entre

os custos das o"ras e os pre#u4!os provis=rios de modo a se o"ter a solu*+o

economicamente mais conveniente$ A figura do per4odo de retorno terá 2ue ser 

 "aseado em o"ras existentes em sua pr=pria experi<ncia e, so"re tudo, no "om

senso$

1ara o cálculo de rede de drenagem ur"ana, geralmente se adota nos

Estados Snidos valores 2ue variam de > a MP anos para área residenciais e de MP

a QP anos para áreas comerciais$ (o Brasil normalmente adotase para per4odo

de recorr<ncia os seguinte valores

V

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TIPO DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA PER"ODO DE RETORNO # T $# ANOS $

M$ /esidencial > anos

>$ Treas Comerciais Q anos$ Treas com edificios Q anos$ Aeroportos > – Q anosQ$ Trea Comerciais altamentevalori!adas e 0erminais aeroportuários

Q – MP anos

2.3.3 % INTENSIDADE DA C&UVA DE PRO'ETO

A intensidade da chuva i K é determinada, pela ta"ela M 2uando seiguala o tempo de dura*+o da chuva td K ao tempo de concetra*+o tc K, ou

se#a, ao tempo gasto pela água para percorrer a sar#eta, entrar na "oca de lo"o,

 percorrer a conex+o, entrar no po*o de visita e percorrer a galeria até o ponto de

concentra*+o considerado$

1or exemplo, o tempo de concentra*+o pode ser definido como

sendo

0c te F t p

Onde

0c – tempo de concentra*+o

0e – tempo de entrada ou se#a, o tempo decorrido a partir do pinicio da

curva e na forma*+o do escoamento superficial varia entre Q a >P

minutos

0p – tempo do percurso, 2ue pode ser na sar#eta ou na galeria$

O tempo de percurso pode ser calculado pela f=rmula de &anning

0p P,PX> $ L $ n '  –lI>

Onde

0p – tempo de percurso na sar#eta ou galeria, em minutos

 L – comprimento da sar#eta ou galeria, em mem"ros

' – declividade da sar#eta ou galeria, em mIm

X

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 ( – coeficiente de rugosidade de &anning, cu#os valores mais adotados

s+o

-

sar#eta de concreto com aca"amento$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,PM>-  pavimento de asfalto

- textura lisa $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,PM

- textura aspera $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,PMH

- sar#eta de concreto com pavimento de asfalto

- textura lisa$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,M

- textura áspera $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,MQ

- 1avimento de concreto

- Aca"amento com espalhadeira $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,M

- Aca"amento manual alisado $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,MH

- Aca"amento manual áspero $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ P,>P

3%METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PRO'ETO

A metodologia apresentada referese ao fornecimento de

informa*;es necessárias para o preenchimento da planilha em anexo, cu#o aro

sistemati!a os passos 2ue o pro#etista deverá seguir para ela"ora*+o do pro#eto

de drenagem ur"ana$

Antes de iniciarmos a explica*+o do significado de cada coluna,

tornase necessário uma análise de n4vel geral so"re o pro#eto em si$ O pro#eto

de drenagem ur"ana, como o pr=prio nome #á di!, visa fundamentalmente drenar 

a água em excesso, nas ruas, ou se#a, escoar a água através da implanta*+o do

sistema de galerias su"terr:neas 2ue ultrapassa a capacidade de escoamento fa!

satisfatoriamente através das sar#etase, 2ue somente 2uando o volume de água a

escoar for superior a um determinado limite é 2ue lan*amos m+o das galeriassu"terr:neas$ Em virtude desta afirma*;es o pro#etista precisa destas afirma*;es

W

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o pro#etista precisa determinar com precis+o os trechos de rua 2ue ir+o necessitar 

de galeria$ A planilha em 2uest+o prev< este fato$

Apresentamos na se2\<ncia seguinte a sistemática metodol=gica par ela"ora*+o do pro#eto de drenagem ur"ana$

M – O primeiro passo do pro#eto é o desenho de 2ue denominamos

?circuito hidráulico@$ O circuito hidráulico nada mais é 2ue o esta"elecimento da

dire*;es e sentidos 2ue dever+o ser seguidos pela água nas sar#etas mediante a

a*+o da gravidade 2uando há ocorr<ncia de uma chuva$ O desenho do circuito

depende fundamentalmente condi*;es topográficas da cidade, "asicamente, da

via"ilidade do pro#eto do pro#etista no tocante da escolha dos caminhos mais

simples, mais viáveis economicamente, para água escoar$ 1or seguinte n+o

existe uma regra capa! de a"ra*ar as especificidade de cada pro#eto em

 particular em particular, porém, enumeramos a2ui orienta*;es de ordem geral

aK o escoamento deverá seguir o 2uanto poss4vel a dire*+o retl4nea,

evitar o ?!ig!ag@ exagerado

 "K Como o escoamento se processa ao longo das ser#etas, evitar 2ue

ha#a uma separa*+o do mesmo no trecho seguinte, conforme

desenho explicativo a"aixo somente fa!<lo 2uando a

concentra*+o for muito grande$

MP

E6'0A/ CO//E0O

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cK 1rocurar, 2uando poss4vel, seguir o direcionamento preferencial

de fluxo de ve4culos, para o escoamento das águas da chuva,

 principalmente em cidades de pe2ueno portedK 0entar evitar a "ifura*+o ou concentra*+o do escoamento em um

9nico trecho de rua, com isso podese diminuir o cumprimento

da galeria tronco$

''$ Ap=s a implanta*+o do circuito hidráulico opasso seguinte

referese ao preenchimento das colunas M, > e da planilha 2ue nad mais é do

2ue a enumera*+o das ruas com seus respectivos trechos, cada trecho para efeito

de medi*+o do seu comprimento e declividadade, será determinado pelo

cru!amento dos greides das ruas, conforme desenho

TREC&O

/SA DA /SA A0) /SA

M A B

M B C

'''$ A área de influ<ncia Ai K referente a coluna da planilha é uma

artif4cie de cálculo usado para dimensionar a 2uantidade de água 2ue irá escoar 

 por um determinado trecho de rua$ Dividese cada 2uarteir+o em áreas

 proporcionais a sua influ<ncia no escoamento do trecho conforme desenho

0/EC%O

/SA DA /SA A0) /SA Ai m>K

M A B ' F '' K

M B C '' F '6 K

MM

A B C

M

A B C

M

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'6$ A coluna Q deverá ser preenchida pela área contri"uinte Ac K

2ue é soma das áreas de influ<ncia 2ue est+o contri"uindo para um determinado

trecho, em fun*+o do circuito hidráulico$ (o exemplo anterior, a áreacontri"uinte seria o somat=rio de ' F '' F ''' F '6 mais as áreas de influ<ncia

laterais 2ue contri"uem e mais áreas das ruas, 2ue rece"em a precipita*+o

diretamente$

6$ O passo seguinte referese exclusivamente as caracter4sticas dso

trechos de rua, conforme desenho

1ara o trecho BC da rua M

Cota montatne WPm

Cota #usante XPm

Difer<n*a MPm

Comprimento WQmm

Declividade mm IMPQ,P

WQ

MP=

6'$ O preenchimento das colunas MM, M> e M seguem uma

metodologia particular por2ue é através da compara*+o da área contri"uinete

com área de drenagem AD K 2ue definimos o trecho de rua 2ue necessitam de

galeria para auxiliar o escoamento pluvial$ O método desenvolvido pelo Eng$

1aulo 7anpaio ]ilNen adota como princ4pio 2ue a instala*+o da primeira "ocade lo"o do sistema de drenagem somente deverá ser feita ao em 2ue o

escoamento pluvial atingir o limite de capacidade de escoamento va!+o K da

sar#eta$ 1or conseguinte toda ve! 2ue a área contri"uiente AC K for &A'O/ 

2ue a área de drenagem máxima AB K a2uele trecnho necessita de galeria$

A área de dreangem máxima é calculada em fun*+o da declividade

máxima 2ue corresponde a velocidade máxima fixada para o tipo de

revestimento previsto para a rua, o Eng$ ]ilNen adota 6max$, variando de ,P a

M>

A B C

M

MPP WPXP

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,Q mIs$ A declividade máxima é calculada pela f=rmula de &anning$ Com valor 

de 'max, 2ue é 9nico para toda a cidade comparase com o valor da declividade

do trecho para se calcular a área de drenagem máxima da seguinte maneira$a$ uando ' ≤ 'máx$, usase a f=rmula

( )QD,PXM,>  xI Wo B AD   =   onde ]o P,M e B é tirado da ta"ela

a"aixo

6ALO/E7DE n

6ALO/E7 DE B6ALO/E7 DE Y H M> > X

P,PM> HM,HQH MX,>XP Q,>P M,HPV P,VHP,PM QH,HV MH,XP> ,WXM M,VV P,XP,PM Q>,MX MQ,QM ,HPX M,HH P,PQP,PMQ X,VQ M,Q> ,HPX M,>VP P,VVP,PMH Q,Q M,QP> ,PP M,MXV P,Q>P,P>P H,PPH MP,HVQ ,MHQ P,WX P,>XV

cm y

 y

 xTg  z 

MD=

==   θ 

1ara ruas comuns é usualmente adotado para ' valores de M> ou >$

 "$ uando ' > 'máx$ Ssase a f=rmula

( )

  MH,DDIMIIMDXL

  hYI  Z  AD  =

M

x

^

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6''$ A coluna M, ap=s preenchida, opro#etista sa"erá com exatid+o

2uais os trechos 2ue necessitam de galerias para proverem a drenagem do

execesso de água das sar#etas, as colunas M, MQ, MH, MV, MX e MW é a aplica*+odireta de um método racional no sentido 2ue se#a determinado a regi+o 2ue irá

escoar pelo sistema de drenagem$

6'''$ A coluinas >P, >M, >>, >, > , >Q e >H referemse ao

dimensionamentodo sistema de drenagem$ Este dimensionamento será feito

através da f=rmula de &anning, adotando como princ4pio "ásico para o

escoamentop, o seguinte

aK (uma galeria de águas pluviais, temse as condi*;es de

escoamento como conduto livre, em regime permanente

uniforme

 "K uando a galeria tem forma circular, ela funciona _ plena se*+o$

 (o caso de se*+o retangular devemos garantir a condi*+o de

conduto livre, ad2uirindo um espa*o acima do n4vel da águade,

no m4nimo MP cm

cK 1ara condi*;es de dimens+o interna até M,>Pm é conveniente o

emprego da se*+o circualar$ uando a dimens+o interna exceder 

a M,>Pm é mais conveniente o emprego de se*;es retangulares,

sempre de prefer<ncia as se*;es 2uadradas, cu#o lados verticais

devem exceder a ,Pm par an+o aprofundar em demasia a

galeria

dK O di:metro em dimens;es m4nima é de QPcm, para evitar 

entupimentos

eK A velocidade m4nima plena da se*a; é P,HP mIs

fK As dimens;es da galeria n+o devem decrescer na dire*+o de

 #usante, mesmoA f=rmula de &anning pode ser expressa pela seguinte e2ua*+o

M

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>IMDI>M I  Rh

hV    =

onde

6 velocidade em mIs

/h – raio hidráulico, definido pela rela*+o entre a área

molhada e per4metro molhado, em metro

' – declividade da galeria em , mIm

Em"ora teoricamente se#a poss4vel em tudo de se*+o circular 

apenas com uma profundidade de P,W D é com uma capacidade de descarga

maior de 2ue estivesse operando a plena se*+o, na prática esta condi*+o éimposs4vel,pois 2ual2uer o"stru*+o, fun*+o ou outra irregularidade, provocaria

imediatamente a mudan*a de regime passando a funcionar so" press+o$

Como é impraticável pro#etar para a gama te=rica de descargas em

2ue a capacidade do conduto livre é superior _ capacidade do conduto cheio,a

condi*+o de funcionamento em regime livre somente poderá ser considerada

 para valores de rela*+o hID inferiores a X>Z conforme figura a"aixo

A ta"ela seguinte mostra alguns valores /h I D em fun*+o hID

()D R()D ()D R()D ()D R()DP,PM P,PPHH P,P P,>M> P,XQ P,PP,MP P,PHQ P,QP P,>QPP P,WP P,>WXP

P,MQ P,X>W P,HP P,>VVH P,WQ P,>XHP,>P P,M>PH P,XP P,P P,>QPPP,P P,MVPW P,X> P,P M,PP P,>QPP

MQ

hD

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a$ /esolu*+o da f=rmula de &anning

1ara se calcular o di:metro e velocidade da galeria através da

e2ua*+o de &anning é necessário 2ue se fa*a determinadas suposi*;es iniciaise,

em seguida,se fa*a a verifica*+o dos resultados caso este#a dentro do intervalo

de aceita"ilidade separaria o processo, caso contrário, teriase 2ue repetir todo o

dimensionamento, o aluno deverá seguir a seguinte sistemática

a$M$ 1ela e2ua*+o da continuidade / A$v su"stitu4da na e2ua*+o

de &anning, temse

 A I  I m

Q   $$$M   >IMDI>

=

  a$>$ 7upor inialmente 2ue a declividade da galeria se#a igual a

declividade do terreno su"stiutindo o valor /hID pela ta"elaanterior e calcular o valor do di:metro$

a$ Calculando o valor de ?D@ detrminase o valor da velocidade

 por 6 IA e verificase se este valor esta situado entre o

intervalo de P,HP a ,P mIs$ Caso afirmativo podemos adotar 

 para declividade da galeria a mesma do terreno caso contrário

adotase para velocidade um valor dentro deste intervalo ecalculase um novo valor para declividade$ /ecalculase

tam"ém o novo diámetro e verificase novamente a

velocidade$

'$ As coluna >Q e >H referemse a dados exclusicos de po*o de

visita$

MH

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Os po*os de visita tem duas principais finalidades em um rede de

drenagem$ 1roporcionam acesso aos condutos, para limpe!a, e funcionam como

caixa de liga*+o em rela*+o aos ramais$1ara cumprir essa fun*;es o pro#etista deverá sempre colocar um

 po*o onde houver mudan*a de se*+o, de declividade, ou de dire*+o nas #un*;es

dos ramais aos troncos, e _ dist:ncia máxima de MQP m se ao longo de uma reta,

caso as se*;es transversais se#am t+o pe2uenas aoponto de n+o permitiram a

entrada de pessoas$

P$ &A0E/'AL E(1/E.ADO (O 1/O8E0O

a$ 0u"o de concreto simples

7+o tu"os de ponta e "olsa fa"ricados com cimento 1ortland

comum ou de alta resist<ncia inicial 2ue dever+o satisfa!er _s Especifica*;es

EB M E e EB> AB(0 K, agregando constitu4do segundo a EB AB(0 K, e a

água$

Devem 0er um comprimento 9til de M,Pm e s+o fa"ricados com

os seguintes di:metros nominais MQP, >PP, >>Q, PP, VQ, PP, QPP e HPPmm$

 "$ 0u"os de concreto armado

uando se necessitam de grandes di:metros, é interessante o

emprego de concreto armado,pois tu"os para uma resist<ncia, s+o mais leves e

geralmente mais "aratos$

Os tu"os de concreto armado t<m, em geral, #untas em ponta de

 "olsa, além de #untas com luvas ou encaixe a meia espesseura, fa"ricados com

cimento portaland comum ou de alta resist<ncia inicai, segundo as EBM e EB>

AB(0K, agredados segundo a EB – AB(0K água limpa, segundo a &BM

AB(0K e a*o VCA ou QPCA, seguindo a EB AB(0K$ 1odem ser 

utili!ados aditivos visando a altera*+o das condi*;es de pega, endurecimento e

MV

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 permea"ilidade, mediante consentimento expresso do comprador EBMP da

AB(0 K$

1odem ser fa"ricados segundo os seguintes di:metros nominaisPP, QP, PP, QP, QPP, HPP, VPP, XPP, WPP, MPPP, MMPP, MPP, MQPP, MVQP e

>PPP mm$

PQ$ A1/E7E(0A5-O DO 1/O8E0O DE BA//A.E&

S/BA(A

O pro#eto de capta*+o esgotamento de águas pluviais em áreas

ur"anas, deve ser apresentado em suas fases, a sa"er

- Uase prelimina

- Uase definita

a$ Uase 1reliminar

 (esta fase o pro#etista redigirá o relat=rio preliminar no 2ual

ser+o considerados e #ustificados todos os elementos "ásicos adotados no

 pro#eto$

 (o mesmo relat=rio será apresentado a planta planialtimétrica

na escala M$MPPP ou MQPP, levantados especialmente para o pro#eto$

 (essa planta será proposto pelo pro#etista um prétra*ado

com o respectivo prédimensionamento$

 "$ Uase definita

 (esta fase o pro#etista redigirá o relat=rio final 2ue constitui o

memorial descritivo e #ustificativo do pro#eto$

 (este relat=rio ser+o descritos todos os elementos "ásicos 2ueforam finalmente adotados no pro#eto da rede de galerias, figurando nelas além

MX

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dos condutos,as sar#etas ou sar#et;es, "ocas de lo"o, po*os de visita e caixa de

liga*;es, com as respectivas dimens;es e profundidades e comprimento$

A planta será complementada pelos desenhos dos perfislongitudinais das galerias, indicadas pela cota de fundo dos condutos pelo lado

de dentro$

H$P – B'BL'O./AU'A

a$ 1'(0O, (elson, de 7ousa e outros$ %idrologia Básica, 7+o 1aulo,

Edgard Bluaeher /io de 8aneiro, Uunda*a; (acional de &aterialEscolar, MWVH

MW

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 "$ ]'LJE(, 1aulo 7ampaio$ Engenharia de Drenagem 7uperficial, 7+o

1aulo, CE0E7B, MWVX$ VXp$

c$ L'(7LE ,̀ /a^ E$ e U/A(Y'(', 8oseph B$ Engenharia de /ecursos%idráulicos$ 7+o 1aulo, &c .ra%ill do Brasil Ed$ Sniversiade de

7+o 1aulo, MWVX$

d$ %A&&E/, &arsal$ 7istemas de A"astecimento de Tgua e Esgoto, /io

de 8aneiro, Livro 0écnicos e Cient4ficso, MWVW$

e$ 6'LLELA, 7avani &acondes, %idrologia Aplicada$ 7+o 1aulo,

&cCra – %ill do Brasil,MWVQ$

f$ D/E(A.E& S/BA(A, &anual de 1ro#eto porK Departamento de

Tguas e Energia Elétrica eK CE0E7B, >$b ed$ Corrigida$ 7+o 1aulo,

DAEEICE0E7B, MWXP$

g$ (E6E7, Eurico 0rindade$Curso de %idráulica$ Ed$ .lo"o Q$b ed$ 1orto

Alegre$ MWVV$

>P