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IBRAM prepara 16ª edição da EXPOSIBRAM. Participe! Fique por dentro dos fatos que marcaram o setor mineral Seminário discute Gestão da Segurança de Barragens de Mineração Retrospectiva WWW.FACEBOOK.COM/INSTITUTOBRASILEIRODEMINERACAO WWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAO IBRAM NAS REDES SOCIAIS: WWW.IBRAM.ORG.BR Janeiro/Maio de 2015 Ano X – nº 69 Mineração indústria da

Mineração indústria da - Instituto Brasileiro de ... · como o Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, ... Desejamos a todos uma boa leitura! ... fornecedores de equipamentos

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IBRAM prepara 16ª edição da EXPOSIBRAM. Participe!

Fique por dentro dos fatos que marcaram o setor mineral

Seminário discute Gestão da Segurança de Barragens de Mineração

Retrospectiva

WWW.FACEBOOK.COM/INSTITUTOBRASILEIRODEMINERACAOWWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAOIBRAM NAS REDES SOCIAIS: W W W. I B R A M . O R G . B R

Janeiro/Maio de 2015Ano X – nº 69

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EXPOSIBRAM 2015:da América Latina.

Participe!

a maior feira de mineração

Programe-se e participe da 16ª EXPOSIBRAM.Oportunidade única de encontrar os principais players nacionais e internacionais da indústria mineral.

Para mais informações acessewww.exposibram.org.br

14 a 17 de setembro de 2015 EXPOMINAS - Belo Horizonte (MG) - Brasil

Garantajá seu

espaço!

*Patrocinadores confirmados até o dia

13 de maio de 2015.

Patrocinador Bronze*Patrocinador Ouro*Patrocinador Diamante* Patrocinador Prata*Patrocinador Platina*

Agência de Comunicação do IBRAMOrganização da EXPOSIBRAM

Secretaria Executiva e Comercialização da EXPOSIBRAM

Apoio Institucional

ApoioPromoção

EDITORIAL

EXPEDIENTE | Indústria da Mineração – Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Diretor-Presidente: José Fernando Coura | Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes | Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César Mancin | Diretor de Relações Institucionais: Walter B. Alvarenga | Diretor Financeiro e Administrativo: Ary Pedreira • CONSELHO DIRETOR – Presidente: Ricardo Vescovi de Aragão | Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br | Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB - 3978) | Textos: Caio Albuquerque, Luisa Amorim, Raquel Cotta • Sede: SHIS QL 12 – Conjunto 0 (zero) – Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 – Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – portal: www.ibram.org.br • IBRAM Amazônia: Travessa Rui Barbosa, 1536 – B. Nazaré – CEP: 66035-220 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – Fax: (91) 3349-4106 – E-mail: [email protected] • IBRAM/MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223-6751 – E-mail: [email protected] • Envie suas sugestões de matérias para o e-mail: [email protected]. Siga nas redes sociais – twitter:@ibram_mineracao • Facebook: www.facebook.com/InstitutoBrasileirodeMineracao.

Um novo ano que se inicia e, com ele, novos planos, projetos e novas perspectivas. Considera-

mos o final de cada ano como o encerra-mento de um ciclo. Para isso, nada melhor do que avaliarmos tudo o que realizamos e, principalmente, projetarmos tudo o que queremos que seja feito no futuro. Desde que assumi a presidência do IBRAM, tenho percebido, a cada dia, a capacidade que nosso setor tem de se reinventar e se adaptar aos cenários mais adversos.

Consideramos 2014 extremamente im-portante para a indústria mineral brasileira.

Procuramos, em mais um ano de trabalho, fortalecer nossa imagem como legítimos re-presentantes da mineração brasileira. Nosso setor discutiu, durante este período, temas de grande relevância nas mais diversas opor-tunidades. Nossa atuação no campo polí-tico foi intensa e o mesmo podemos dizer da parte técnica. Participamos de inúmeras reuniões, encontros, seminários, debates, audiências públicas promovemos eventos como o Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, Congresso Brasileiro de Mina Sub-terrânea, Exposição Internacional de Mine-ração da Amazônia e 4º Congresso de Mi-neração da Amazônia. Nosso foco é sempre o mesmo: fortalecer o setor de mineração.

Já no plano econômico, sabemos que o cenário brasileiro e mundial ainda não se apresenta otimista. No entanto, tenho cer-teza que estamos caminhando para superar

todos os desafios que não só a mineração, mas todo o setor produtivo tem passado. Tenho convicção que a atividade mineral pode e vai continuar contribuindo para o crescimento econômico brasileiro, conside-rando especialmente as demandas geradas por cada projeto do setor que envolve dire-tamente indústrias eletroeletrônicas, metal--mecânicas, de construção, de engenharia e também o setor de serviços.

Preparamos uma edição especial do Jor-nal Indústria da Mineração, na qual relem-bramos os principais fatos que marcaram nosso setor no último ano e aproveitamos para abordar os dois grandes eventos nos quais já estamos trabalhando a todo o va-por, a EXPOSIBRAM 2015 e o World Mining Congress 2016.

Desejamos a todos uma boa leitura!

JOSÉ FERNANDO COURA

Diretor-Presidente do IBRAM

2015: Hora de recomeçar

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Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 3

Especialistas e estudantes participam do 8º CBMINA

e debatem recursos e reservas minerais

Realizado a cada dois anos pelo IBRAM, o evento reuniu, em 2014, diversas personalidades

do setor mineral nacional e internacional

A 8ª edição do CBMINA – Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Congres-so Brasileiro de Mina Subterrânea, realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.ibram.org.br) no mês de agosto de 2014, em Belo Horizonte (MG), reuniu cerca de 400 congressistas. Durante o encon-tro, os participantes tiveram a oportunidade de trocar experiências com especialistas do setor de mineração, além de profissionais da Academia e estudantes. O evento, que con-tou com a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), teve entre suas fina-lidades debater os avanços tecnológicos e as soluções de problemas adotados pela indús-tria mineral nas áreas de lavra a céu aberto e de lavra subterrânea.

Participantes da 8ª edição do CBMINA na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 4

Com o tema “Economia Mineral: Recur-sos e Reservas”, o fórum debateu perspectivas sobre economia mineral, atualização das nor-mas, de estimativas e classificação de recursos e reservas, além do novo código mineral bra-sileiro. Também foram abordados assuntos como a certificação mineral e o desenvolvi-mento territorial e investimento social.

Segundo o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, o tradicional evento demonstrou, mais uma vez, ser fundamental para estimular o intercâmbio de ideias entre estudantes, professores, pesquisadores, au-toridades, executivos e profissionais ligados ao setor mineral. “A mineração brasileira ne-cessita de constantes debates sobre diferen-tes temas da atualidade do setor, nacionais e internacionais. Desta forma, poderemos aprimorar cada vez mais essa atividade tão importante para a economia mundial”, diz.

Durante o CBMINA, além da palestra magna, workshops, e talk show, também fizeram parte da programação sessões téc-nicas, com a apresentação de 94 trabalhos, dentre eles 58 enviados por instituições de ensino e 36 por empresas, órgãos públicos, entidades de classe e consultores indepen-dentes. Ao final do evento, os três primeiros trabalhos foram premiados.

Para o Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin, o evento foi uma excelente oportunidade para promo-ver um intercambio de ideias e conheci-mentos entre especialistas e os estudan-tes. “Estudantes e profissionais tiveram a oportunidade de conhecerem novidades do setor e trocaram informações no intuito de aprimorarem seus conhecimentos técni-cos”, avalia. A próxima edição do CBMINA está prevista para agosto de 2016.

Patrocínios e apoios

Oito empresas figuraram como patrocinadoras do evento: Vale S.A., Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e de Metais Básicos (Sinferbase), AngloGold Ashanti, Geobrugg, Geosol, Gerdau, Metso e Samarco. Apoiaram editorialmente o CBMINA as revistas: In The Mine, Brasil Mineral, Minérios & Minerales e Escola de Minas, e o site Notícias de Mineração Brasil. O evento contou ainda com o apoio institucional do Instituto Aço Brasil.

Cerimônia de abertura da 8ª edição do CBMINA

De cima para baixo: Secretário de Energia do Estado de São Paulo, Marco Antônio Mroz, na

abertura do CBMINA; Representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

- PNUD, Ieva Lazareviciute; Geólogo Norman Lock; Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM,

Rinaldo Mancin; e Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes.

Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 5

De 17 a 20 de novembro de 2014, o Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.ibram.org.br) promoveu, em Belém (PA), a quarta edição da EXPOSIBRAM Amazô-nia. O evento reuniu cerca de 10 mil visitantes e aproximadamente mil congressistas, en-tre profissionais, estudantes, representantes do poder público e lideranças empresariais. Nesta edição, o debate central foi a evolução tecnológica da indústria mineradora, aliada à preocupação ambiental, saúde e segurança dos trabalhadores.

Para o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, o evento superou as expecta-tivas. “Realizamos a quarta edição da Exposição com grande sucesso. Tivemos uma abertu-ra prestigiada pelas autoridades, parlamentares, empresários e representantes da sociedade Amazônica”, ressaltou.

EXPOSIBRAM Amazônia 2014 movimenta setor mineral

Evento realizado em Belém (PA) discutiu a evolução da atividade mineradora e propôs um debate sobre a sustentabilidade e a promoção do bem-estar social

“REALIZAMOS A QUARTA EDIÇÃO DA

EXPOSIÇÃO COM GRANDE SUCESSO. TIVEMOS UMA ABERTURA PRESTIGIADA

PELAS AUTORIDADES, PARLAMENTARES, EMPRESÁRIOS E

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE AMAZÔNICA.”

José Fernando Coura Diretor-Presidente

do IBRAM

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Cerimônia de abertura do 4º Congresso de Mineração da Amazônia.

Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 6

O IBRAM sempre estimulou a atuação responsável das mineradoras na Amazônia ao promover debates regionais, nacionais e internacionais sobre a produção de riquezas aliada ao uso racional dos recursos naturais. Durante o 4º Congresso de Mineração da Amazônia não foi diferente. O evento abor-dou, entre outros temas, o desafio do diálo-go entre os povos indígenas e a mineração. Além disso, promoveu debate sobre as ne-cessidades de adaptações do setor mineral às mudanças climáticas, com a participação de renomados especialistas internacionais.

Além das palestras magnas, sessões ple-nárias e técnicas, nesta edição a progra-mação também contou com os minicursos

Patrocinadores e apoiadores

Importantes empresas e entidades setoriais patrocinaram e apoiaram o evento: Vale S.A., AngloAmerican, Hydro, Mineração Rio do Norte, John Deere, Imerys, Votorantim Metais e o Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase). O evento contou também com os seguintes apoios institucionais: Governo do Pará, Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil (Anepac), Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e Instituto Aço Brasil. A EXPOSIBRAM Amazônia contou ainda com apoio editorial das revistas Brasil Mineral, Minérios & Minerales, Mineração & Sustentabilidade, Eae Máquinas, In The Mine, M&T, Tracbel, Amazônia e Areia & Brita e dos portais Notícias de Mineração Brasil e Info Mine.

como “Novas dinâmicas do licenciamento ambiental”, “Segurança de barragens de rejeitos na mineração” e “Diálogo para desenvolvimento: experiências e modelos para o desenvolvimento de territórios com mineração”. O Congresso também apre-sentou o 2º Workshop Bauxita & Alumina da Amazônia.

Segundo o Diretor de Assuntos Ambien-tais do IBRAM, Rinaldo Mancin, esta foi uma excelente oportunidade para debater os de-safios do setor para as próximas décadas. “Mais uma vez estivemos presentes no Pará no intuito de promover debates enriquece-dores para o futuro da mineração brasileira. Este é um fórum que ajuda a mapear as

perspectivas de negócios na Amazônia e em vários outras regiões do País”, diz.

Entre os objetivos da Feira e do Congres-so estão a aproximação das companhias de mineração nacionais e internacionais dos fornecedores de equipamentos e serviços da Amazônia. O objetivo é fomentar negócios a curto, médio e longo prazo. “A mineração é muito tradicional na região Sudeste. Esta-dos como Minas Gerais desenvolvem essa atividade há séculos. Mas o que percebemos cada vez mais é que os novos investimentos estão indo para o Norte. E quando se fala em potencial mineral nessa região, o Pará sai à frente”, diz Mancin. A próxima edição do evento está prevista para novembro de 2016.

Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, em discurso na abertura da EXPOSIBRAM Amazônia 2014.

Participantes da abertura do 4ª Congresso de Mineração da Amazônia.

Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 7

IBRAM prepara EXPOSIBRAM 2015

16º CONGRESSO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO

O Congresso Brasileiro de Mineração ocorre em paralelo à EXPOSIBRAM e reúne especialistas brasileiros e internacionais para debater temas relacionados à sustentabilidade e desenvolvimento na indústria mineral. O fórum atrai mais de dois mil participantes entre pesquisadores, estudantes e representantes de empresas.

A programação das palestras, que será divulgada em breve, se ba-seia, a cada edição, no contexto político e socioeconômico global, bem como as perspectivas dos negócios para as próximas décadas anunciadas pelas mineradoras. Para dinamizar os debates, o IBRAM estabelece uma programação que conta com palestras magnas, workshops, talk-shows, entre outras.

Segundo o Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin, “esta é uma oportunidade para reunir os principais diri-gentes e representantes das maiores mineradoras do mundo para contribuírem no formato de análises e debates a respeito do cenário da mineração, um dos motores da economia global”.

A EXPOSIBRAM 2015 será aberta para o público externo. São es-perados mais de 50 mil pessoas e expositores do mundo todo. Para mais informações acesse www.exposibram.org.br

Patrocinadores | O evento conta, até o momento, com o patrocínio da Votorantim Metais, AngloAmerican, AngloGold Ashanti, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Samarco, Kinross, Geosol e Gerdau.

Apoiadores | Até o momento, apoiam editorialmente a EXPO-SIBRAM 2015 as revistas: Brasil Mineral, EaeMáquinas, Minérios & Minerales, Nueva Mineria y Energia, Panorama Minero, Tracbel Magazine TB e a International Mining Magazine, Horizonte Minero, Mineração e Sustentabilidade, M&T, In The Mine, Areia & Brita, Mi-neria Panamericana, E&MJ, REM - Escola de Minas e Equipo Minero. Além de contar com o apoio do portal Notícias de Mineração Brasil.

A EXPOSIBRAM 2015 conta ainda com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) e dos seguintes apoiadores institucionais: Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Instituto Aço Brasil, Associação Nacional das Enti-dades de Produtores de Agregados para Construção Civil (ANEPAC), Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas - Departamento de Minas Gerais (ABEE-MG), Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e BeloTur/Prefeitura de Belo Horizonte (MG).

EXPOSIBRAM 2015

DATA: 14 A 17 DE SETEMBRO DE 2015 • HORÁRIO: 13 ÀS 21H (EXPOSIÇÃO) •

LOCAL: BELO HORIZONTE (MINAS GERAIS) • CENTRO DE FEIRAS E CONVENÇÕES DE

MINAS GERAIS – EXPOMINAS • INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: WWW.EXPOSIBRAM.ORG.BR

Maior feira de mineração da América Latina será realizada entre os dias 14 e 17 de

setembro de 2015, em Belo Horizonte (MG).

A 16ª edição da maior feira de mineração da América Lati-na, organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.ibram.org.br), desembarca, em Belo Horizonte (MG), en-tre os dias 14 e 17 de setembro de 2015. A EXPOSIBRAM 2015 contará com 15 mil metros quadrados de área divididos em di-ferentes e inovadores estantes, com novidades nas áreas de tec-nologia, gestão e investimentos, softwares, máquinas e soluções ambientais. Paralelo à Exposição Internacional de Mineração, o Instituto promove o Congresso Brasileiro de Mineração com es-pecialistas nacionais e internacionais que vão debater sustentabi-lidade e desenvolvimento na indústria mineral. Na programação: palestras, workshops, debates e um talk-show sobre desafios, ten-dências e oportunidades no setor nas próximas décadas.

A EXPOSIBRAM 2015 tem como objetivo apresentar e pro-mover a evolução tecnológica da moderna indústria mineral. Além disso, pretende mostrar novidades nas formas de atuação empresarial do setor, levando em conta a preservação do meio ambiente e a saúde e segurança dos trabalhadores.

Segundo o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, os dois eventos proporcionam a todos um excelente e enriquecedor debate sobre o cenário da mineração brasileira e internacional. “Durante os quatro dias, os presentes terão a chance de adquirirem conhecimentos a respeito da mais moder-na e sustentável mineração. Além disso, o encontro proporciona a oportunidade de estreitar os relacionamentos com fornecedo-res, empresários e o público em geral, no intuito de tornar a mineração brasileira mais competitiva com resto do mundo”.

Abertura oficial da Feira Internacional de Mineração da Amazônia.

Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 8

Em 2016, um dos mais tradicionais e importantes eventos internacionais do setor mineral vai desembarcar no Rio de Janeiro (RJ). O Brasil será sede da 24ª edição do World Mining Congress (WMC), congresso organizado pelo Instituto Brasileiro de Mi-neração – IBRAM (www.ibram.org.br). Com o tema “Mineração em um mundo de ino-vação”, o evento ocorrerá entre os dias 18 e 21 de outubro de 2016.

Realizado a cada três anos, sob a lide-rança de um Secretariado com status de organização, o WMC tem os objetivos de promover e apoiar, técnica e cientificamen-te, a cooperação para o progresso nacional e internacional nas áreas de mineração e o desenvolvimento de recursos minerais naturais e implantar uma rede mundial de intercâmbio de informações com relação à ciência mineral, tecnologia, economia, saú-de e segurança nas operações de mineração e proteção ambiental.

O Brasil recebeu, em 2012, a missão de promover o WMC durante o 92º encon-tro do International Organizing Committee (IOC), responsável pelo evento. Coube ao IBRAM defender a candidatura brasileira após articulações junto ao governo brasilei-ro, entidades setoriais e mineradoras.

Segundo o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, o Brasil é um dos mais importantes players do setor mineral, detém

reservas de diversos minérios e um imenso potencial para novas jazidas e novos ne-gócios. “O WMC, ao ser realizado no País, poderá abrir muitas perspectivas de desen-volvimento para a indústria da mineração, atrair investimentos e gerar reflexos positivos nos indicadores socioeconômicos, o que be-neficiará a todos os brasileiros”, diz.

Site WMC

Para saber mais sobre o WMC, o site do evento – www.wmc2016.org.br– já está no ar e possui todas as informações, como pra-zos de inscrição de trabalho, notícias, pro-gramação técnica, informações gerais sobre mineração e curiosidades referentes ao as-sunto. Acesse e programe sua participação!

Participação da Academia

No ano de 2014, o IBRAM deu início ao calendário de visitas às principais universi-dades federais do País e centros de pesqui-sas com o objetivo de apresentar o WMC. Segundo o Diretor de Assuntos Ambientais, Rinaldo Mancin, as visitas fizeram parte da estratégia do IBRAM de intensificar os conta-tos com as universidades brasileiras que têm se destacado na formação de profissionais para o setor mineral. “As visitas ocorreram com o objetivo de promover parcerias com as mais renomadas instituições de ensino

IBRAM promove 24th World Mining Congress

Maior evento de mineração será realizado no Rio de Janeiro (RJ) em outubro de 2016

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WORLD MINING CONGRESS – WMC 2016

DATA: 18 A 21 DE OUTUBRO DE 2016 • LOCAL: CENTRO

DE CONVENÇÕES SULAMÉRICA - RIO DE JANEIRO (RJ) •

INFORMAÇÕES: WWW.WMC2016.ORG.BR

WMC 2016

Apoios Institucionais

A edição de 2016 do WMC já conta com o apoio institucional do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e das seguintes instituições de ensino su-perior: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Mi-nas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Poli/Uni-versidade de São Paulo e da Universi-dade Federal de Goiás (UFG).

Apoios Editoriais

O evento conta também com o apoio editorial das revistas: Equipo Minero, Mídia Truck Brasil, Amazônia, Mineração & Sustentabilidade, Eae Máquinas, E&MJ, Brasil Mineral, Tra-cbel, In The Mine e dos sites Notícias de Mineração Brasil e InfoMine.

e convidar grandes nomes ligados ao setor para assumirem papeis na avaliação técnica dos trabalhos a serem apresentados. Quere-mos promover um evento que ficará marca-do no cenário mineral brasileiro”.

WMC 2013

A última edição foi realizada em Mon-treal, Canadá, em 2013. O evento foi orga-nizado pela McGill University e contou com a participação das principais universidades do Canadá. O WMC 2013 foi realizado em paralelo ao International Symposium on Au-tomation and Robotics in the Construction and Mining Industries (ISARC 2013).

Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 9

Jornal Indústria da Mineração: A Pimenta de Ávila Consultoria vem se destacando cada vez mais na Indústria Mineral, especialmente por sua decisiva participação em casos envolvendo barragens de rejeitos. Como a empresa começou?

Joaquim Pimenta de Ávila: A história da Pimenta de Ávila Consul-toria começou há 25 anos com uma pequena empresa com sede no Rio de Janeiro (RJ) formada apenas por um consultor que atendia clientes da área de energia e Mineração. Em seu segundo ano de existência, a empresa realizou a avaliação da segurança dos diques do sistema de rejeitos da Mineração Rio do Norte (MRN) e elaborou

O Engenheiro Civil Joaquim Pimenta de Ávila,

graduado em Engenharia Civil pela Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG), especialista em

Barragens de Terra pela University of Missouri (USA)

e mestre em Engenharia de Solos pela Universidade

de São Paulo (USP), faz parte de um seleto grupo

amplamente especializado em barragens de

rejeitos que atua no Brasil. Desde que fundou,

há 25 anos, a Pimenta de Ávila Consultoria Ltda.,

empresa especializada em Geotecnia e Recursos

Hídricos aplicados à mineração, indústria e geração

de energia, vê seu negócio ganhar cada vez mais

destaque e reconhecimento na indústria mineral,

especialmente por seus projetos inovadores. Em

entrevista para o Jornal Indústria da Mineração,

Pimenta de Ávila fala sobre a gestão de barragens

de rejeitos no Brasil, a legislação atual, além de

projetos e estudos sobre o tema.

ENTREVISTAJOAQUIM PIMENTA DE ÁVILA – ENGENHEIRO CIVIL

"A redução de riscos é uma urgência crescente entre os países"

um laudo sobre a situação. O resultado deste trabalho foi apresenta-do aos representantes de diversas empresas de mineração sócias da MRN. Logo após este trabalho, algumas destas também solicitaram avaliações de segurança das barragens existentes em suas instalações, o que levou ao desenvolvimento de cada vez mais trabalhos de geo-tecnia de disposição de rejeitos.

Em 1992, a Pimenta mudou sua sede para Belo Horizonte (MG) e, a partir daí, os trabalhos no setor de mineração cresceram considera-velmente. Desde então, o aumento do quadro de colaboradores da empresa foi constante e as instalações foram sendo ampliadas.

Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 10

dentes, muitos com rupturas envolvendo per-das de vidas humanas, marcaram a história deste tipo de barragem no Brasil. O impacto destas rupturas influenciou decididamente na aprovação da Política Nacional de Segu-rança de Barragens (PNSB), Lei 12.334, pelo Congresso Nacional.

É importante lembrar, no entanto, que os efeitos dessa regulamentação não eliminam de imediato os acidentes, mas proporcio-

Entre 1994 e 2014, a empresa cresceu e ul-trapassou a marca de 100 colaboradores e o crescimento gradual exigiu que se estru-turasse. Atualmente a gestão é inteiramen-te profissional e a governança gerencial é a mais atualizada e avançada tecnologicamen-te dentre as consultorias.

Hoje, percebemos que a imagem da Pi-menta de Avila no mercado é cada vez mais positiva, tanto entre os clientes, como entre instituições de Ensino Superior e Institutos de Pesquisa. Em 2014, fomos selecionados pelo terceiro ano consecutivo como a me-lhor empresa de consultoria em geotecnia de Minas Gerais e recebemos o prêmio “Top Engenharias”.

IM: Ainda sobre a atuação da empresa, o se-nhor gostaria de destacar algum case?

JPA: São vários os cases que ganharam des-taque. Entre eles, destaco o programa de segurança de barragens da Vale S.A. Desde de 2002, a Pimenta Ávila é auditora de segu-rança de barragens e consultora de gestão de riscos geotécnicos.

Por meio deste programa, centenas de es-truturas de todas as minas da Vale têm sua segurança avaliada periodicamente, com análises de risco e estabelecimento de planos de ação. As avaliações de risco têm permiti-do uma expressiva redução de riscos com a eliminação dos mais relevantes e colocação das barragens em nível de aceitação dentro dos critérios internacionais do International Commission on Large Dams (ICOLD).

Outro case importante foi o projeto de des-contaminação de uma área portuária em Itaguaí (RJ) para a Usiminas. O terreno foi arrematado com a condicionante de ser des-contaminado dos efeitos de uma planta in-dustrial, que contaminou o subsolo e o lençol freático. O projeto foi executado com trata-mento dos rejeitos e das águas subterrâneas e a área está atualmente em condições am-bientais aceitáveis.

IM: É recorrente a discussão de temas relacio-nados à gestão de barragens de rejeitos não só no Brasil, mas em todo o mundo. Como o senhor avalia a situação brasileira?

JPA: A segurança pode ser considerada o principal problema das barragens de rejeitos no Brasil nos últimos 30 anos. Diversos aci-

fazem. A Política Nacional de Segurança de Barragens promove uma estruturação desta gestão, com indicações de requisitos a serem atendidos periodicamente e com a obriga-ção de realização de inspeções periódicas e avaliações de segurança. São emitidas de-clarações de estabilidade com periodicidade adequada e é compulsória a entrega de in-formações aos órgãos reguladores. No caso da mineração, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

IM: Quais os maiores desafios das minera-doras quanto à segurança das barragens de rejeitos no Brasil?

JPA: O primeiro desafio é, certamente, fazer com que as as rotinas de segurança estabelecidas pela Política Nacional de Se-gurança de Barragens sejam implementadas pelas mineradoras de menor porte, que nem sempre possuem uma estrutura efi-ciente e especializada de geotecnia. Outro desafio é a implantação de uma abordagem de qualidade na gestão da disposição de re-jeitos. Isso inclui o planejamento de longo prazo para que os processos de concepção de novos projetos possam ser antecipados a tempo de iniciar o trâmite para obtenção de licenças ambientais.

IM: Quais são as tendências, tanto do ponto de vista regulatório quanto de normas técni-cas para a gestão de segurança de barragens?

JPA: Há uma tendência mundial em reconhe-cer que a sociedade deve estar cada vez mais protegida no caso de desastres ambientais de-correntes de rupturas de barragens. A redução do risco é uma exigência crescente em vários países incluindo os mais desenvolvidos. Neste contexto, a aplicação de novas tecnologias de disposição, principalmente as que levam a um baixo grau de saturação dos rejeitos (como o empilhamento drenado e a filtração com fil-tros prensas), tem recebido uma atenção cres-cente. A Comissão Internacional de Grandes Barragens (International Commission on Large Dams – ICOLD), por meio de sua comissão que trata sobre barragens de rejeitos e resídu-os de lagoas (Tailings Dams and Waste Lago-ons), está preparando um novo boletim sobre "Eliminação de Rejeitos - Atualização Tecnoló-gica”, com ênfase na redução de riscos. Como representantes do Brasil, estamos encarrega-dos da parte de tecnologia de disposição e seus referidos métodos.

"OS EFEITOS DESSA REGULAMENTAÇÃO NÃO ELIMINAM DE IMEDIATO

OS ACIDENTES, MAS PROPORCIONAM UMA

CONSCIENTIZAÇÃO DOS GESTORES

NA APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE GESTÃO

DE SEGURANÇA CONSIDERANDO OS

MELHORES PADRÕES INTERNACIONAIS."

nam uma conscientização dos gestores na aplicação de técnicas de gestão de seguran-ça considerando os melhores padrões inter-nacionais. O sucesso destas ações depende, em grande parte, da adoção de uma gover-nança corporativa de segurança de barra-gens realizada pelas empresas proprietárias das barragens e da promoção de fiscalização adequada pelos órgãos reguladores.

IM: Que avanços representam a Política Na-cional de Segurança de Barragens de Rejeitos de 2010 (e suas regulamentações posteriores) para efetiva segurança das barragens?

JPA: Infelizmente nem todas as proprietárias de barragens possuem uma regulamentação interna efetiva para gestão de segurança. Enquanto as empresas maiores adotam seus próprios procedimentos, como a manuten-ção de equipes especializadas na gestão da segurança, muitas empresas menores não o

Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 11

Solução de açúcar é

utilizada na recuperação

de ouroPesquisadores norte-americanos desco-

briram uma forma de isolamento seletivo e de recuperação de ouro de matérias-pri-mas, incluindo ligas, utilizando açúcar sim-ples derivado do amido de milho. A técnica pode oferecer uma alternativa mais verde e mais barata do que os processos conven-cionais, que utilizam cianeto e que, muitas vezes, podem levar a algum tipo de conta-minação ambiental.

O ouro é tipicamente recuperado de re-síduos de minérios, de áreas já mineradas e de resíduos eletrônicos, incluindo o lixo eletrônico. O processo de beneficiamento de ouro é um dos grandes desafios da mine-ração. Este metal nobre ocorre tipicamente em concentrações muito baixas na nature-za. Uma das formas de extraí-lo é por meio da utilização de produtos hidrometalúrgicos após a etapa de beneficiamento do minério.

A recuperação hidrometalúrgica típica deste tipo de mineração inclui uma etapa de lixiviação, durante a qual o ouro é dissolvido em um meio aquoso. Como o metal não é solúvel em água, é necessário ao processo um complexante, como o cianeto, que li-xivia e estabiliza o ouro em solução, e um oxidante. Mas, embora eficaz, este processo representa, muitas vezes, um risco para os trabalhadores e para o ambiente.

Fraser Stoddart e alguns colegas da Uni-versidade de Northwestern, em Evanston, Illinois (EUA), descobriram uma maneira de diminuir o uso desses reagentes tóxicos por meio da utilização de α-ciclodextrina - um polissacarídeo encontrado no amido de milho. Quando misturado com brometo de ouro em água, rapidamente forma-se uma precipitação na solução. Um agente redutor, tal como metabissulfito de sódio, pode então

ser utilizado como a etapa final para obten-ção do ouro em sua forma pura.

A descoberta aconteceu por acaso, quan-do Zhichang Liu, no laboratório de Stoddart, misturou uma solução de α-ciclodextrina com um sal de ouro dissolvido. Na ocasião, o objetivo era formar uma estrutura cúbica tridimensional estendida adequada para ar-mazenar gases e pequenas moléculas. No entanto, estruturas em formato de agulha se formaram rapidamente.

A cristalografia de raios-X revelou que as agulhas são compostas por cerca de 4 mil nanofios agrupados graças às interações supramoleculares. Após mais experiências com α-, β- e γ-ciclodextrinas e dois diferen-tes sais de ouro, a equipe descobriu que α-ciclodextrina e tetrabromoaurate potássio (KAuBr4) são a melhor combinação para a rápida formação das agulhas.

"Estamos bastante confiantes de que este é um grande salto, principalmente por ser muito diferente de qualquer um dos méto-dos que dependem de cianeto para isolar ouro", diz Stoddart. "Nós não conhecemos nenhum métodos que se aproxime deste em relação a ser ambientalmente correto e acre-

ditamos que pode ser facilmente realizado em maior escala”.

"Todas as maneiras de reduzir a depen-dência de cianeto na extração de ouro são, certamente, muito relevantes, tanto por ra-zões ambientais quanto sociais", disse John Provis, Engenheiro Químico da Universida-de de Sheffield, no Reino Unido. "Os pontos mais atraentes são a capacidade de recuperar o ouro com uma etapa de separação bastan-te simples, e sua alta seletividade para ouro sobre platina e paládio, dois desafios comuns em processos baseados em iodetos de ouro."

No entanto, John Monhemius do Impe-rial College, em Londres, Reino Unido, acha que qualquer aplicação prática será limitada ao tratamento de sucata reciclada conten-do ouro ou na refinação de golddoré, uma liga de ouro e prata, produzida em minas de ouro. "É muito pouco provável que esta nova química tenha algum impacto sobre o uso de longa data de cianeto em minas de ouro em todo o mundo para a recuperação de ouro de minérios primários", diz ele. 'É um novo método de precipitação, não é um novo método de dissolução e, por conse-quência, não é aplicável à lixiviação de mi-nérios de ouro.

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Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 12

O Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.ibram.org.br) participou, entre os dias 25 e 27 de janeiro, do Fertilizer Lati-no Americano Conference & Exhibition 2015. O Congresso, realizado em São Paulo (SP), teve como objetivo debater políticas públi-cas com vistas ao incremento da produção de fertilizantes no Brasil, além de explorar oportunidades de desenvolvimento no mer-cado de fertilizantes e discutir suprimento, demanda e preços no Brasil. O evento, pro-movido pelo CRU Group, recebeu cerca de 600 participantes, vindos de 55 países.

Para o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, este é um assunto de extre-ma importância para indústria e a melhoria da produtividade agrícola do Brasil. “Somos um dos produtores agrícolas mais importan-tes do mundo e o quarto maior importador de fertilizantes. No entanto, ao contrário da maioria dos mercados de tamanho se-melhante, o País ainda apresenta enorme potencial de crescimento em vastas áreas não desenvolvidas, utilizando de novas tec-nologias e suprimento abundante de água, fatores que se sobressaem para o setor de fertilizantes à medida que os investimentos no Brasil continuam a se acelerar”, salienta.

O IBRAM ficou responsável pela orga-nização do Workshop “Desenvolvendo a base de fertilizantes minerais do Brasil”. Segundo o Diretor de Assuntos Ambientais, Rinaldo Mancin, esta foi uma excelente oportunidade para debater as políticas pú-blicas associadas à expansão da capacida-

IBRAM participa do Fertilizer Latino Americano Conference & Exhibition 2015

de de produção de fertilizantes no Brasil e seus reflexos na indústria mineral e de ferti-lizantes. “Tivemos a honra de poder contar com uma pessoa muito experiente do setor, o Consultor Ali Aldersi Saab. Ele apresen-tou sua experiência na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e no Ministério da Agricultura para o setor, con-frontando a visão de 30, 40 anos atrás com os dias atuais, em que cada vez mais há concentração de grandes players”, pontua.

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), representado pelo ana-lista David Siqueira Fonseca, apresentou alguns projetos existentes no Brasil, identi-ficando potenciais regiões para pesquisa e novos planos. O analista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Vinicius Figueiredo, mostrou a disponibilidade do banco para o financia-mento de projetos, e explicou detalhes dos tipos existentes atualmente. O workshop foi moderado pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP). Durante o evento, o par-lamentar informou que, apesar da situação brasileira não ser reversível tão facilmente nos próximos anos – de País importador de matéria prima de fertilizantes para produtor significativo para o mercado nacional - ele estaria engajado em trabalhar com uma política pública voltada a estímulos ao se-tor de fertilizantes, e consequentemente, à agricultura brasileira.

Para Mancin, os fertilizantes são uma parte de extrema importância para o se-

tor mineral. “Não podemos comparar com os minerais metálicos, pois a importância vai muito além do uso direto com insumo básico: eles são a base para a agricultura e pecuária em qualquer País.”, pontua. Atual-mente, os principais bens minerais consu-midos como fertilizantes são nitrogênio, fosfato, potássio, enxofre, além do calcário e gesso (usados como corretivos de solo). “O Brasil é conhecido como o celeiro do mundo e tem um enorme potencial para continuar mantendo e melhorando os atuais níveis de produtividade, com o uso correto dos fertilizantes e corretivos de solo”, avalia. Além disso, Mancin acredita que o setor mi-neral e a sociedade civil precisam ter sem-pre em mente que os alimentos consumidos pela população, de alguma forma tiveram em sua origem direta ou indiretamente, rela-ção com a indústria extrativa mineral através da cadeia de fornecedores.

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Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 13

Durante o ano de 2014, o

Diretor-Presidente do IBRAM,

José Fernando Coura, foi pre-

miado diversas vezes por insti-

tuições distintas que reconhe-

ceram os resultados positivos

trazidos pelo empresário para

a Indústria Mineral.

IBRAM é reconhecido pela contribuição ao Setor Mineral

O Engenheiro de Minas José Fernando Coura, formado em 1976, dedicou sua vida profissional exclusivamente ao setor mineral. Hoje, Diretor-Presidente do Ins-tituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.org.br), Coura tem se mostrado peça fundamental para a mineração no Brasil pelo trabalho desenvolvido à fren-te do Instituto. Atualmente, o Engenheiro também é Presidente do Sindicato da In-dústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA) e Vice-Presidente da Fede-ração das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, é homenageado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais com a Comenda Bombeiro Honorário.

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Luciana Coura, filha e representante do Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, em

homenagem concedida pela Fundação Biodiversitas.

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Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 14

Em Belo Horizonte (MG), no mês de março, José Fernando Coura foi homena-geado pela Fundação Biodiversitas. A pre-miação, realizada na sede da FIEMG, o con-templou na categoria Líder Empresarial, em que foi representado pela filha Luciana Cou-ra. A Fundação desenvolve um trabalho com foco na preservação ambiental no Brasil e no mundo, além de realizar pesquisas na área e proteger animais ameaçados de extinção.

Em junho, Fernando Coura recebeu ho-menagem na premiação “Quem Faz o Brasil Melhor”, organizada pelo Grupo de Líderes Empresariais (Grupo Lide) e pela Rádio Jo-vem Pan. O evento, realizado em São Paulo (SP), homenageou os brasileiros que fazem um Brasil melhor e que são transformado-res, pois buscam soluções que demonstram amor e confiança pelo País.

Segundo José Fernando Coura, “para fa-zer um País melhor, depende que cada um, primeiro, faça sua parte”. Entre outras perso-nalidades condecoradas estavam Abram Sza-jman, Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), André Gerdau, Presidente do Comitê Executivo do Grupo Gerdau, Rodrigo Kede, Presidente da IBM do Brasil, Carlos Ayres Britto, Ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Fernando Henrique Cardoso, Ex-Presidente do Brasil.

Outra vez na capital mineira, ainda no mês de junho, Fernando Coura foi agraciado com o Prêmio “Comenda Cidadania Sindi-cal”. A filha Luciana Coura o representou na homenagem realizada durante o Congresso Nacional de Direito Sindical, promovido pelo Conselho Federal e pela Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB--MG). “Foi uma grande honra receber este convite e uma imensa alegria ser contempla-do por esta comenda”, afirmou Coura.

O evento contou com a presença de mais de duas mil pessoas, entre elas grandes nomes como o do Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro Ricardo Lewandowski, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, o Presidente da OAB/Minas Gerais, Luís Cláudio Chaves e ainda o Ex--Presidente do STF, Carlos Ayres Britto.

José Fernando Coura também foi home-nageado pelo Corpo de Bombeiro Militar de

Minas Gerais. Neste caso, com a “Comenda Bombeiro Honorário” no mês de outubro. A cerimônia foi realizada no Auditório Jusce-lino Kubitschek, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte (MG).

A comenda entregue a Fernando Cou-ra, representada por um capacete histórico da instituição, tem como principal objetivo reconhecer e distinguir na sociedade civil pessoas que colaboram para o crescimen-to, melhoria e aprimoramento do Corpo de Bombeiros Militar.

Conselheiros e Diretor

O Diretor de Relações Institucionais do IBRAM, Walter Alvarenga e a Conselheira Salma Ferrari, receberam, no mês de outu-bro, a Medalha Santos Dumont 2014. Já o Conselheiro do IBRAM e Consultor Geral da Vale S.A., Clóvis Torres Jr., foi contemplado com a mesma Medalha, em novembro.

Na cidade de Santos Dumont (MG), a Fa-zenda Cabangu, casa natal de Alberto Santos Dumont e local que abriga, atualmente, um museu em homenagem ao patrono da avia-ção, foi a sede da premiação na qual Wal-ter Alvarenga e Salma Ferrari receberam a medalha pelas mãos do então Governador

de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP/MG). Já a homenagem que condecorou o Conselheiro Clóvis Torres Junior foi realizada no Palácio Tiradentes, na Cidade Adminis-trativa, em Belo Horizonte (MG).

Conselheira do IBRAM, Salma Ferrari, e Diretor de Relações Institucionais do Instituto, Walter Alvarenga, recebem Medalha Santos Dumont em Minas Gerais.

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Conselheiro Clóvis Torres Junior e Governador de Minas Gerais à época, Alberto Pinto Coelho (PP/MG).

Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, recebe condecoração pelas mãos do então Governador

de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP/MG).

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Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 15

Fundo Juruti relança edital

e convoca interessados

O Fundo Juruti Sustentável (Funjus) abriu edital 03/2015 para apresenta-ção de propostas de apoio financeiro a projetos realizados em parceria com ou-tros financiadores públicos ou privados. O objetivo é viabilizar recursos para que instituições de Juruti – município do oes-te do Pará, onde a Alcoa atua com uma mina de bauxita – atraiam parceiros com recursos de outros editais e chamadas pú-blicas ao longo do ano. As inscrições tive-ram início no dia 6 de fevereiro e seguem até 6 de novembro.“Desse modo, possi-bilitamos que Juruti amplie suas oportu-nidades de financiamento, alavancando recursos de terceiros para as prioridades socioambientais definidas pelo Conselho Juruti Sustentável (Conjus)”, afirma Fábio Abdala, Gerente de Sustentabilidade da Alcoa América Latina e Caribe.

O edital abrange as áreas de educa-ção, cultura e turismo, infraestrutura e desenvolvimento, desenvolvimento rural e urbano, saúde, segurança e cidadania e meio ambiente. O prazo será de 12 meses, a partir de janeiro de 2015 e ele será dividido em duas fases. A primeira compreende o apoio para elaboração de projetos prioritários para Juruti e região. Na segunda fase, uma vez aprovados, os repasses financeiros do Funjus disponi-bilizarão recursos complementares limi-tados até 8% do valor total do projeto. O edital 03/2015 contempla montante total de R$ 500 mil, sendo que R$ 100 mil são destinados à primeira fase – com apoio de, no mínimo, dez projetos. O restante compreende a segunda fase do edital, que visa dar suporte de con-trapartida aos projetos aprovados em editais-alvo, de instituições co-financia-doras. As propostas devem ser entregues à Secretaria Executiva do Funjus, locali-zada Rua Marechal Rondon s/n, bairro Centro, CEP: 68170-000, Juruti – PA ou enviadas para o endereço eletrô[email protected].

Com informações da Alcoa

Votorantim Metais investe em projetos para impulsionar

desenvolvimento econômico e socialProjetos e programas implantados pela

Unidade Niquelândia da Votorantim Metais, para alavancar o desenvolvimento econômi-co e social, receberão investimentos de mais de meio milhão de reais este ano. O Geren-te-Geral da Unidade Niquelândia da Voto-rantim Metais, José Maximino Ferron, afirma que o recurso será destinado para viabilizar ações nas áreas de educação, modernização da gestão pública, capacitação profissional e fomento de cadeias produtivas.

“Contribuir para o desenvolvimento das comunidades em que atua é um princípio de sustentabilidade da Votorantim Metais em que a Unidade Niquelândia acredi-ta e pratica com o objetivo de impulsionar o crescimento do município em diversas áreas, por meio de ações que transformam a vida de pessoas e também de empresas”, afirmou Ferron.

A maioria dos projetos e programas exe-cutados pela Unidade Niquelândia conta com o apoio do Instituto Votorantim, como o Programa ReDes, desenvolvido em par-ceria com o Banco Nacional de Desenvol-

vimento Econômico e Social (BNDES). Em 2014, dois projetos de fomento à cadeia produtiva foram entregues: o frigorífico de peixes da Cooperativa dos Piscicultores do Lago Serra da Mesa (Cooperpesca), em Uruaçu; e a fábrica de doces e conservas da Associação das Mulheres do Rio Vermelho (Amurv), em Niquelândia. Os demais pro-jetos viabilizados pelo ReDes consistiram na construção da panificadora Sabores da Fazenda, da Cooperativa de Produção da Agricultura Familiar da Região do Criminoso e Silveira (Coopercrim); e na disponibiliza-ção de insumos e máquinas agrícolas para a Central de Serviços à Agricultura Familiar (Camprun), ambos em Niquelândia.

Em 2015, o foco dos investimentos do ReDes será a entrega da fábrica de laticínios do projeto Fortalecimento da Cadeia Produ-tiva Leiteira (Coopavib), em Colinas do Sul (GO). Desde que começou a ser executado no território goiano, em 2011, o ReDes to-taliza investimentos para fomentar a cadeia produtiva regional de mais R$ 2,3 milhões.

Com informações da Votorantim Metais

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Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 16

Minerar em áreas urbanas faz parte das atividades desenvolvidas pela EMBU S.A há 50 anos. O desafio

de fazer a mineração passar praticamente despercebida pela população que vive nas proximidades do

projeto faz parte de um padrão de qualidade seguido à risca pela empresa. Em entrevista para o Jornal

Indústria da Mineração, o Engenheiro Civil Luiz Eulálio de Moraes Terra, Diretor-Presidente da Embu S.A

e Vice-Presidente do Conselho de Administração do IBRAM, Diretor Titular do Departamento da Indústria

de Construção da FIESP (DECONCIC), Diretor da Associação Nacional das Entidades de Produtores de

Agregados para a Construção Civil (ANEPAC) e Diretor do Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra

Britada do Estado de São Paulo (SINDIPEDRAS) conta a história da empresa, e também as principais

atitudes para cumprimento de condicionantes ambientais e sociais.

ENTREVISTALUIZ EULÁLIO MORAES TERRA – ENGENHEIRO CIVIL

"Mineração em áreas urbanas exige a utilização de tecnologias para que passe

praticamente despercebida em seu entorno"

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Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 17

Jornal Indústria da Mineração: A EMBU Engenharia tem como uma das caracterís-ticas marcantes o fato de desenvolver ope-rações de mina em áreas urbanas. Quais os desafios desse tipo de trabalho?

Luiz Eulálio Moraes Terra: A mineração dentro de áreas urbanas ou com urbaniza-ção próxima exige a utilização de tecnolo-gias para que passe praticamente desper-cebida pelos que estão no seu entorno. É possível sustentar a atividade com base nos pilares básicos e condicionadores de sua própria sobrevivência: engenharia de plane-jamento das operações e de execução dos projetos de lavra, ferramentas tecnológicas disponíveis e aplicadas e, principalmente, a interação empreendimento-comunidade circunvizinha, mais comumente vista como a licença social.

Para tanto, é preciso planejar uma área de operações com uma distância mínima do nú-cleo urbano, considerando que a dinâmica de crescimento da cidade nem sempre obe-dece ao critério do planejamento da expan-são urbana. Tal fato exige mais do que a dis-ponibilidade de recursos e investimentos. É necessário conhecer a jazida e ter a consciên-cia de que é de extrema importância garantir o conforto e a segurança para a execução das operações unitárias de lavra (perfuração, des-monte, carregamento e transporte).

Além disso, é preciso estar atualizado com a tecnologia, utilizar processos e equipamen-tos que minimizem a percepção das ativi-dades de mineração, e aplicar princípios de transparência na gestão do empreendimen-to de forma que o conforto da operação seja perceptível pelo meio urbano.

IM: Nesses mais de 50 anos de atuação da empresa, de que forma evoluíram as ações desenvolvidas com as comunidades afetadas pelas operações da Embu? Que tipo de tra-balho é realizado nesse sentido?

LE: Acreditamos que a facilidade de conta-to com os gestores da empresa e a pronta--resposta às demandas da comunidade são variáveis que devem ser perseguidas e apri-moradas nas relações com a comunidade. A Embu, por filosofia de seus sócios-controlado-

res, sempre busca evoluir nessas relações: o homem da comunidade vizinha é visto como o candidato preferencial a ocupar um posto na empresa e, por consequência sua família, seus amigos, o comerciante que o atende e os prestadores de serviços. Buscamos colabo-rar para um efeito em cadeia, para que cada vez mais os moradores da cidade estabele-çam uma relação natural conosco. Estabe-lecemos uma relação de interdependência, alimentada também pelas ações de natureza sócio-ambientais-educacionais desenvolvidas pelo Instituto Ambiental de Sustentabilidade (www.institutoembu.com.br). Por meio do Instituto, que possui orçamento próprio, bus-camos atender as necessidades mais premen-tes dessa comunidade. Nosso foco é apostar na educação do homem.

IM: Operar com rochas em centros urbanos exige uma série de tecnologias para garan-tir o cumprimento das condicionantes am-bientais. Pode nos explicar um pouco sobre

o que é feito atualmente pela Embu para atender à legislação vigente?

LE: A Embu sempre pensou em seus empre-endimentos como operações longevas. Nos-sa mina mais antiga tem cinquenta anos de operação, em Embu das Artes. Para chegar a esse ponto é preciso, primeiramente, plane-jar o futuro e imobilizar áreas no seu entor-no, investimentos necessários para manter uma distância de conforto.

Em seguida, é necessário utilizar as novas tecnologias para nos ajustarmos aos condi-cionantes estabelecidos pela legislação am-biental vigente e que mais exigente se tor-nará no futuro. Exemplo claro dessa situação é a operação de desmonte de rochas com explosivos. Em nossas operações na Pedreira Embu, que está localizada próxima a um nú-cleo urbano, utilizamos circuitos e dispositi-vos eletrônicos de detonação de explosivos, porque é a partir deles que temos um ajuste fino da operação.

ENTREVISTA

"ACREDITAMOS QUE A FACILIDADE DE CONTATO COM OS GESTORES DA EMPRESA E A PRONTA-RESPOSTA ÀS DEMANDAS

DA COMUNIDADE SÃO VARIÁVEIS QUE DEVEM SER PERSEGUIDAS E APRIMORADAS NAS RELAÇÕES COM A COMUNIDADE".

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Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015Indústria da Mineração 18

Queremos com isso minimizar vibração e eliminar quaisquer riscos de lançamentos de fragmentos fora da área operacional, razão pela qual não economizamos no procedi-mento. Utilizamos o que há de melhor em explosivos, acessórios e monitoramento, mas também primamos pelo rigor dos procedi-mentos e na capacitação dos profissionais que são responsáveis pela operação. Mas não é só. Cuidamos igualmente do potencial de geração de pó, do ruído gerado por máqui-nas e equipamentos em horários que a co-munidade descansa, da água, da limpeza e estudamos rotas alternativas de escoamento da produção para que, no futuro, não sejam gerados novos óbices ao empreendimento.

IM: Qual a importância dos “cinturões ver-des” nas operações desenvolvidas pela Embu?

LE: Os cinturões verdes são indispensáveis à operação do empreendimento. São bar-reiras físicas naturais, essenciais, e aceitas por todos, que trazem inúmeros benefícios a partir do isolamento visual e sonoro do empreendimento, além de serem eficazes na contenção do material particulado em suspensão gerado pela circulação intensa de equipamentos pesados Em todas as uni-dades da Embu na região metropolitana de São Paulo temos grandes áreas verdes que os circundam como parte de nosso modelo de negócio na produção de agregados.

IM: A mineração de agregados para constru-ção civil está presente em todo o Brasil em volumes mais altos, inclusive, que o nosso “carro chefe”, o minério de ferro. Qual é a situação atual do setor?

LE: O setor não vive um bom momento e as perspectivas preconizam um agravamento da crise, embora algumas entendam o momento como apenas reflexo de mais um ciclo nega-tivo, de curta duração, com natural recupe-ração depois de eliminadas as variáveis de instabilidade, principalmente as econômicas. A aposta no fato de que nossas deficiências de infraestrutura terão que ser equacionadas para que o País cresça constitui um alento. A realidade, todavia, já sinaliza para uma queda de 10 a 15% nos volumes comercia-lizados de 2014 em relação a 2013 e numa

grande interrogação para 2015, que somente os próximos meses poderão mostrar no que poderá resultar. A Embu trabalha com uma perspectiva de queda de 10% no mercado, o que resultaria num encolhimento de volume da ordem de 3,8 milhões de toneladas ape-nas na região metropolitana de São Paulo.

à cidade. Das áreas mais conhecidas temos casos de transformação da área minerada em espaços para finalidades culturais e ocu-pações por outros usos ou empreendimen-tos, como, por exemplo, o “piscinão” em São Paulo. Entendemos que mais do que a evolução da tecnologia, o que é determi-nante na utilização da área é a existência de legislação e o próprio convencimento do empreendedor, que visa conferir outra destinação à área da mineração encerrada, integrando-a no contexto e cenário local de uso e ocupação econômica do solo.

É fácil compreender que os empreendimen-tos com atividades já encerradas localizados dentro ou na periferia de áreas urbanas ocu-pam áreas que passaram a ter um grande valor. Temos exemplos, inclusive, de recu-peração de parte de área de pedreira para utilização como centros de distribuição lo-gística que despertam muito interesse, espe-cialmente nos grandes centros urbanos. Os empreendimentos atualmente em operação já são projetados de forma que, no futuro e encerrada a mineração, estejam molda-dos segundo uma configuração física que os tornem compatíveis e adequados à vocação local de uso e ocupação do solo.

IM: Qual é o papel da Embu no Comitê de Mineração da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo?

LE: As empresas não estão representadas institucionalmente no Comitê da Cadeia Produtiva da Mineração (COMIN), fórum de discussão setorial dos diferentes segmentos do setor mineral paulista, que subsidia ações de natureza legal e institucional de interes-se da mineração. Dele fazem parte apenas os sindicatos paulistas da mineração e en-tidades diversas – de atuação estadual ou nacional, dentre elas o próprio IBRAM, que se participa dos embates mais relevantes. O setor de agregados, contudo, está repre-sentado pelo Sindicato da Indústria de Mi-neração de Pedra Britada do Estado de São Paulo (Sindipedras), Sindicato das Indústrias de Extração de Areia do Estado de São Paulo (Sindareia) pela e Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil (ANEPAC).

"A EMBU TRABALHA COM UMA PERSPECTIVA

DE QUEDA DE 10% NO MERCADO, O QUE

RESULTARIA NUM ENCOLHIMENTO DE VOLUME DA ORDEM

DE 3,8 MILHÕES DE TONELADAS

APENAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE

SÃO PAULO.

IM: Sabemos que a mineração é uma ativi-dade transitória e pontual e que existe uma grande quantidade de áreas utilizadas pelo setor que foram recuperadas. Como é reali-zado esse processo de recuperação? A evo-lução da tecnologia contribui nesse sentido?

LE: A mineração que sustenta a indústria de pedra britada vive um grande paradoxo porque, ao mesmo tempo em que está as-sentada e é desenvolvida em grandes mas-sas minerais – maciços de granito-gnaisse, derrames de basaltos, por exemplo – o fato de ter de estar junto aos centros consumi-dores e ser suscetível e vulnerável diante da expansão urbana resulta na esterilização de jazidas, na abreviação da vida dos empre-endimentos e, muitas vezes, na interrupção precoce da atividade.

São Paulo foi, nas últimas décadas, um exemplo dessa situação com o fechamento de muitas unidades produtoras que foram ou parcialmente recuperadas, ou integradas

Indústria da Mineração Ano X – nº 69, Janeiro/Maio de 2015 19

PROGRAMA ESPECIAL DE SEGURANÇA E SAÚDE

OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO

ANO X – Nº 69, JANEIRO/MAIO DE 2015

Seminários, Workshops e eventos que pro-moveram discussões sobre Saúde e Segu-rança dos Trabalhadores (SST) na mineração marcaram o ano de 2014 no Instituto Bra-sileiro de Mineração - IBRAM (www.ibram.org.br) por meio do Programa MINERAÇÃO. Tais ações reforçaram ainda mais o compro-misso do IBRAM de minimizar os riscos de SST nas atividades minerárias.

Segundo a Coordenadora do Programa, Cláudia Pellegrinelli, a cada ano o MINE-RAÇÃO cresce e evolui. “O Programa vem conseguindo trabalhar com as empresas do segmento mineral com o objetivo de buscar a redução do número de acidentes no tra-balho. As atividades promovidas em 2014 resultaram em sucesso total, atendendo a demanda do setor e se tornando um ponto de encontro convergente, importante para aqueles que querem melhorar os seus indi-cadores em SST”, avalia.

Para o Gerente de Segurança do Trabalho da Samarco Mineração S.A, Lindomar Martins de Mesquita, o MINERAÇÃO buscou aten-der as demandas dos diversos temas desen-volvidos nas empresas como emergências, produtos químicos, inovações, entre outros. “A preocupação em atender as necessidades do mercado e buscar sempre de forma ope-

racional suprir as demandas fez do programa um importante aliado das empresas, consoli-dando-o definitivamente”, diz.

Durante o ano, o Programa promoveu diver-sos eventos para debater assuntos de rele-vância para as mineradoras. O tema “Geren- ciamento e Controle de Emergências na Mi-neração”foi discutido de norte a sul do País. “Estivemos presentes para debater essa temá-tica em Criciuma (SC), em Ouro Branco (MG) e Belo Horizonte (MG). Nas três ocasiões nos-so objetivo foi transmitir conhecimento aos profissionais deste setor para garantir eficiên-cia nas operações”, afirmou Cláudia.

A atuação do MINERAÇÃO foi além, promo-veu palestra sobre a importância dos dados de SST no preenchimento das planilhas do e-Social como também o seminário Fadiga nas Operações de Trabalho.

Segundo a Gerente Coorporativa de Saúde e Segurança da Votorantim Metais, Flávia Helena Moraes, as ações promovidas pelo Programa foram fundamentais para a evolu-ção da empresa, no ramo de SST. “Estivemos presentes em alguns eventos promovidos por eles e absorvemos informações relevan-tes para a empresa. Conhecemos assuntos e formatos de programas voltados ao tema

MINERAÇÃO encerra 2014 com saldo positivoSST de outras empresas do ramo e trocamos informações”, pontuou.

Para o Gerente de Saúde e Segurança Ocupa-cional da Anglo American, Edson Covic, todos os eventos promovidos pelo Programa foram proveitosos e relevantes para aplicar inovações na empresa. “Os assuntos foram apresentados de forma clara e todos os participantes contri-buíram por meio de perguntas, exemplos de situações reais, etc. Consideramos o Programa MINERAÇÃO importante para a busca de no-vas soluções em SST e até para parcerias entre as empresas participantes”, diz.

O Programa encerrou o ano de 2014 com a premiação “Melhores Práticas em SST”, que elegeu e premiou as mais importantes ações de Saúde e Segurança do Trabalho desenvol-vidas pelas mineradoras e demais empresas ligadas ao setor, voltadas para os temas: Aten-dimento às Emergências, Sistemas de Comu-nicação de SST eficazes utilizados nas Opera-ções de Trabalho e Sistemas de capacitação de trabalhadores. Para Cláudia, este foi um excelente desfecho. “Tivemos a chance de mostrar à sociedade o melhor desempenho em SST das empresas. Além disso, foi uma ótima oportunidade para realçar, nacional-mente, os esforços conjuntos assumidos por cada um dos participantes”, finaliza.

Contemplados na premiação "Melhores Práticas em SST" em 2014, do Programa MINERAÇÃO.

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