Minha Doce Familia1

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  • 7/25/2019 Minha Doce Familia1

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    Minha doce famlia

    Autor:

    Fernando Frana

    Personagens:Luis, Sonia, Ricardo

    Cena: 01

    (Em Off ,ouve-se gritos e xingamentos ,choro ,luzes apagadas)

    Sonia: Ricardo... Ricardo... Oh Ricardo! Seumoleque dos diabos, voc no esta meouvindo no seu filho da puta! Voc no presta pra nada... no faz nada direito. Est

    vendo isso aqui (segura o brao do garoto com violncia, mostrando algo)isso aqui Estimundo!

    (choro)...

    Sonia: "mprestvel! S# fica a$ nessa merda de livro. %ontinua assim pra ver se issovai te encher o bucho sem ver&onha. 'rocurar um trabalho, voc no quer n( seuva&abundo. Filho da puta (murmuro).

    (Sonia deixa o garoto e sai de cena. Entra Luis, o pai do garoto)

    Luis: Oi filho. )conteceu al&uma coisa *ilho O que voc tem 'orque voc estachorando? (Calmo, preocupado, tentando acalmar o filho)

    Luis: *ala menino!

    Ricardo: +ada no pai. (enxugando as lgrimas)

    Luis: *ala moleque, eu sou teu pai!

    Ricardo: +o ( nada, eu falei.

    (entra Sonia)

    Sonia: -roue a carne

    Luis: /om dia pra voc tamb(m Sonia.

    Sonia: 'orra! -roue ou no troue a merda da carne.

    Luis: %om que dinheiro E voc sabe voc sabe muito bem que eu s# recebo no fimdo ms, no sabe

    Sonia: (indigna!o)0 sabia, eu vivo rodeada de imprestveis, puta que pariu. Ohvida heim! (murmurando).

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    Luis: Olha Sonia, tamb(m no precisa falar assim. ) &ente come o que tem. *ritaum ovo! Sei l... 1as no h necessidade de estresse, ta bom! E alem do mais,n#s temos que economizar esse ms para pa&ar a luz...

    Sonia:)h ta! 2racinha... 'ensa que eu vou ficar no escuro! Esta muito en&anado.(riso irnico). Eu sumo daqui, a$ tu fica a com tuas merdas!

    Luis: (Respirando fundo)Est bem, vai l. Eu fico sim com a porra das 3minhasmerdas4! E porque voc ainda no foi, hein Vai some daqui, vai embora de umavez. 5ma pessoa que no tem onde cair morta, ainda reclama da vida.

    Sonia: (desdm)Olha a$! -entando bancar o macho. *ilho da puta! (agressiva)qualquer dia desses ainda apronto uma pra voc, a$ voc nunca mais vai seesquecer de mim.

    Luis: Voc esta me amea6ando, Sonia

    Sonia:)nda na linha comi&o seu des&ra6ado, ou eu corto teus ba&os.

    Luis:-enta pra ver se eu no te arrebento sua...

    (uis levanta a m!o para soc"-la e #onia em gritos desmedidos come$a a gritar para %ue a

    vizinhan$a a ou$a gritar.)

    Sonia:)$ 7uis! 'or favor! 'ra... Esta me machucando... (fervorosamente falsa)

    Vizinha: 8&atendo na porta desesperadamente9 Oi 7uis. O que esta acontecendo! Ouvi

    &ritos...Luis: %omo voc mesma pode ver, no esta acontecendo nada.

    Luis: 8olhando para #onia com olhar de decep$!o)Voc ( louca, mulher. (Luis sai)

    Vizinha: ("i#inha fala de seu drama psicol$gico)

    Vizinha: Sonia o que aconteceu

    Sonia: +ada! +o aconteceu nada vai cuidar de sua vida!

    Cena: 02

    ("i#inha sai atordoada sem saber o %ue estava acontecendo. Sonia ainda em cena gargalha como se

    tivesse executado um plano. & garoto ainda em cena assistia toda a discuss!o. Ele est sentado em

    um canto).

    Sonia:(#onia fala so&re seu drama psicol'gico)

    Sonia:E voc no tem o que fazer no, seu in:til de merda. (acende um cigarro)

    Ricardo:E o que voc quer que eu fa6a?(libertador)

    Sonia:*ala baio comi&o, filho da puta.

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    Ricardo:Eu sinceramente no entendo. ;s vezes no estou fazendo nada,absolutamente nada e voc me vem com a&ressilo pra voc que ( um animal! E eu vou come o que

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    Garoto:Eu e ( que vou saber?(para si)

    Sonia:*ilho da puta. (baixo)

    (& garoto %ue ate ent!o se encontrava imparcial diante da situa!o de repente solta a raiva

    reprimida em um tom libertador)

    Garoto: %he&a! (&ate forte a m!o na mesa)*ilha da puta ( voc!

    Sonia: %omo ( que ( seu *ilho da putinha...

    Garoto: e tem mais... (ele levanta e vai de encontro a madrasta)Escuta, escuta bem,porque eu no vou repetir sua vaca. +o a&>ento mais voc! (seguraa comviolncia ,enforcandoa, e aos poucos ela via se aoelhando sem conseguir falar)E a$ ,como( sentir a morte sentada ao teu lado s# esperando uma oportunidade E quer saber,eu estou louco para ver ela se levantar pra te levar... -a com medo ? (rindoexageradamente fora do normal)

    Sonia: O que voc est fazendo, pra com isso... (voz sufocante)

    Garoto: (soltandoa, ele olha para o publico)Relaa, eu no pretendo matAla, no (esse meu oficio nessa hist#ria, caro espectador. (para Sonia)1as, ima&ine voc, seal&u(m por acidente coloca al&um tipo de veneno de rato na tua comida, morrerassim seria tr&ico n(! Eistem casos de pessoas esquarteadas enquantodormem... Seria bem ecitante no ( 1as no precisa ficar com medinho no ( s#um eemplo. Sabe Sonia, muitas dessas coisas talvez acontecem por uma :nicapalavra ou um &esto. Olha se cuida Sonia... Essas coisas acontecem!

    (Sonia esta aterrori#ada e n!o encontra palavras para falar e sai meio correndo, o garoto

    ainda muito estressado, como se possu*do depois de algum tempo sai.)

    Cena: 04

    (Entra Sonia muito atordoada, arrumando suas coisas completamente aterrori#ada. Logo

    ap$s, entra Luis %ue est comendo, metade de uma +a! na m!o e segura uma faca de

    co#inha na outra m!o)

    Luis: -a, fazendo o que (Ele pergunta meio %ue surpreendendo ela)

    Sonia: -o arrumando minhas coisas, no est vendo (Ela continua de costas para oLuis)

    Luis:1as, por qu 'osso saber?(confuso)

    Sonia:)manh... )manh, voc no precisa mais se preocupar em olhar para

    minha cara, to indo embora dessa casa de merda, sairei dessa porra para sempre.(mostrando superioridade))i ,ai... E ainda me per&unta porqu . (murmurando)

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    Sonia: (Sonia termina de arrumar as malas e ao virarse se assusta ao ver Luis olhando

    intensamente para ela) 'ra que essa faca!

    Luis:Eu estou fazendo, apenas comendo uma ma6. 1as espera... %omo assim

    3vai embora.! (se aproximando)

    Sonia:Sai de perto de mim!!! Vocs esto tramando a minha morte, que eu sei, eusei... (ela recuando meio que caindo em cima da prpria mala) Vocs esto sim,desde o dia em que eu entrei nessa casa, vocs esto sim eu sei! Sai de perto demim com essa faca. Sai!!! (varia entre lucide# e loucura. Sonia sai correndo gritando, e

    Luis sai atrs dela aos gritos)

    Luis:Sonia... Sonia... Espera, volta aqui. Espera! 1erda, enlouqueceu de vez.

    Cena: 05

    (Lu# cai, lecaute ouvese vo# em &ff)

    Garoto:%omo assim, morta%omo, onde foi isso?(vo# de espanto... desespero)

    Luis: +o sei, encontraram o corpo dela por a$. (chorando muito)

    Cena: 06

    (lu#es acendem, est!o em cena Luis e o filho no vel$rio da madrasta. - vi#inha e mais duas

    beatas re#am em volta do corpo)

    Luis: =ue fim tr&ico, meu ?eus!

    Garoto: 'ois (, esquarteada...

    Luis: -r&ico

    Luis e o Garoto:?escanse em paz, Sonia...

    (Lu# focando o rosto dos dois. m olha para o outro e depois olham em dire!o ao publico

    deixando o suspense de %uem teria matado Sonia. /epois de algum eles saem de cena.)

    FIM