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Acreditamos no carinho e no respeito mútuo como bases para a sociabilização e a disciplina Nº 68 1º semestre 2017 ÓRGÃO INFORMATIVO OFICIAL DO COLÉGIO JARDIM SÃO PAULO Minha mãe é uma estrela!

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Acreditamos no carinho e no respeito mútuo como bases para a sociabilização e a disciplina

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ÓRGÃO INFORMATIVO OFICIAL DO COLÉGIO JARDIM SÃO PAULO

Minha mãe é uma estrela!

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SUMÁRIO

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EditorialSomos livres...

Falando do JardãoVolta às aulas: professor e psicoterapeuta, Leo Fraiman fala com exclusividade a ‘O Jardão’

Aula extra Proerd, programa da Policia Militar, ensina alunos a ficar longe das drogas

Cultura & arte100 anos de samba: coral infantil comemora esse aniversário em sua audição de 2016

Carnaval no Jardão: uma brincadeira fora de série

Estudos do Meio focam no aprimoramento cultural e social dos alunos

Dia das Mães: sete eventos marcados pela emoção e sentimento à flor da pele

Salvanini: heterônimos de Fernando Pessoa para 3ªs séries do Ensino Médio

Ensino & CidadaniaMendel: produções de terceiranistas do Ensino Médio comemoram 150 anos da publicação de seu primeiro trabalho

Cápsula do tempo: formandos de 2016 guardam nela cartas para serem abertas em 2026

Prontos para seguir em frente: Ensino Fundamental e Ensino Médio têm formatura no Anhembi

EsportesConquistas esportivas do Jardão em 2016

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UNIDADE CATAGUASESRua Cataguases, 151, Jardim São Paulo, tel. (11) 2821-4000, São Paulo, SP, [email protected]

Direção-pedagógica | Alfredo de Andrada DodsworthCoordenação-geral | Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira

UNIDADE CANTAREIRAAv. Nova Cantareira, 3.734, Barro Branco, tel. (11) 2991- 3582, São Paulo, SP, [email protected]

Direção-pedagógica | Maria de Fátima Lima de CarvalhoCoordenação-geral | Patrícia Moretti Meinberg

UNIDADE TREMEMBÉAv. Nova Cantareira, 4.416, Tremembé, tel. (11) 2996-6645, São Paulo, SP, [email protected]

Direção-pedagógica | Maria de Fátima Lima de CarvalhoCoordenação-geral | Patrícia Moretti Meinberg

CoordenaçãoAlfredo de Andrada Dodsworth Célia Torini

RevisãoFátima SilvestreLúcia Santostaso Marinho

Produção editorialVerbus Comunicação

RedaçãoAmorim LeiteFernando Saker

Editoração eletrônicaIngrid Andrade

Assistente-editorialFernanda Terzini

Jornalista-responsávelAmorim Leite

FundadorPaulo Meinberg

Direção-geralChristina Milano MeinbergDireção-administrativaPaulo Meinberg JúniorMantenedoraAssociação João Meinberg de Ensino

Órgão Informativo Oficialdo Colégio Jardim São Paulo

www.jardimsaopaulo.com.br

editorial

SOMOS LIVRES...

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A todo tempo nos pegamos a pensar no mundo em que viverão nossas futuras gerações.

Os nossos medos e anseios gerados pelo mo-mento difícil no cenário nacional (crise política, crise éti-ca, crise moral) e até no cenário mundial (alianças incer-tas, quebra de acordos climáticos necessários à preser-vação da vida, guerras, atentados) são reais e nos fazem pensar em esperanças e perspectivas. Como é penoso vivermos tantas incertezas e angústias e olharmos para as nossas crianças e jovens e pensarmos: em que mundo vocês viverão?

Mas, é daí que, como acontece com uma Fênix, renas-cem nossas forças e pretensiosamente damos o melhor de nós, educadores e pais, para torná-los cada vez mais for-talecidos e munidos das melhores habilidades, de amplos conhecimentos e de força interior, enfim, para torná-los melhores como pessoas a fim de construírem um mundo melhor. Está em nossas mãos, não a tarefa de melhorar o mundo, e sim de fazer dessas pessoas em formação pesso-as melhores para atuarem de forma justa e competente e para enfrentarem qualquer adversidade ou crise.

Nosso país é provido das mais variadas riquezas natu-

rais que estão aí para delas nos orgulharmos e trabalhar-mos com elas e por elas. E também da mais importante riqueza que é a nossa gente. Gente que faz, que acredita, que enfrenta, que não esmorece, que luta, que chora pelas tristezas e pelas alegrias, que vibra, que usufrui de liber-dade, mesmo que preso por alguma circunstância.

Ao pensarmos em liberdade, condição primária à vida, é necessário que se pense que, enquanto houver fome, de-sabrigados, crianças sem escolarização, pessoas sem saúde, sem segurança ou sem as condições básicas para viver, es-taremos todos sem essa fundamental condição humana.

Em meio a um cenário de tanta ganância material em que o ter é mais importante do que o ser, nosso papel como educadores é preparar esse futuro. Queremos que nossas crianças e nossos jovens tenham muita ganância sim, mas ganância pelo respeito ao outro, pela erradi-cação de preconceitos, pela solidariedade, pela ética, pela moral. Que possam destacar-se pelas virtudes hu-manas e fazer a diferença nesta sociedade tão carente de boas ações. Sejamos livres das amarras do que não são virtudes e busquemos a leveza da paz.

Maria de Fátima Lima de Carvalho

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falando do Jardão

Professor e psicoterapeuta, Leo Fraiman fala com exclusividade a ‘O Jardão’

‘SOMOS O QUEFAZEMOS DE NÓS

A CADA INSTANTE’

Sempre que retornam às aulas, todo o corpo docente do Jar-dão, juntamente com a dire-

ção, têm um encontro especial no Teatro Jardim São Paulo. Ali são apresentados os novos professores e funcionários, o plano de ensino do ano letivo e são dadas as boas--vindas também a todos.

Neste ano, a costumeira palestra ficou por conta do professor, escri-tor e psicoterapeuta Leo Fraiman.

Seu tema foi Como ensinar bem.Disse ele no encontro: “Todos

queremos alunos inspirados, anima-dos e motivados a aprender. Dese-jamos que as famílias participem de modo positivo da formação de seus filhos. Para que possamos conquis-tar esses objetivos tão nobres e de-safiadores, é preciso que adotemos uma postura empreendedora e pro-ativa em nossa realidade escolar”.

Como Fraiman convoca a fa-

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falando do Jardão

mília para participar do processo educativo, nossa reportagem o pro-curou para que falasse um pouco mais, agora focando no tema “como aprender bem”. Confira a seguir, por meio das respostas que nos enviou em áudio e são transcritas aqui, sobre seu pensamento a res-peito da participação dos pais na aprendizagem dos filhos.

De que maneira os pais podem demonstrar aos filhos a importân-cia de ser ou de se tornar um agente transformador? Que conceitos isso pode abranger?

Leo Fraiman — Em muitos estu-dos sobre projetos de vida, quando você analisa a vida de crianças que tiveram projetos transformadores, é bastante comum que se encontre um elemento sempre presente: o incentivo e o apoio material e lo-gístico de um pai, de uma mãe, de algum adulto significativo.

À medida que vejam filmes que falem sobre ações transformadoras, ouçam seus pais conversando sobre as questões do mundo e o que po-demos fazer com relação a elas, é muito comum que a criança, na sua pureza, na sua inocência tão impor-tante em nossa vida, tenha alguma ideia interessante. Pode ser “vamos doar os livros aqui de casa”, “va-mos começar a reciclar o lixo do condomínio”, “vamos visitar algu-ma pessoa para fazer companhia”. É importante a gente lembrar que a ação transformadora nem sem-pre precisa ser algo para limpar os oceanos, algo que vá impactar a vida de milhões de pessoas. Ações transformadoras simples do dia a dia, que impactem a vida de um ser humano, que impactem o nosso lar, que cuidem um pouquinho melhor do nosso animal de estimação já são interessantes e já são importantes.

Agora, é claro que, além do apoio em termos de incentivo e logística — isto é, levar, buscar, verificar se é possível, enfim, os cuidados práticos —, sem dúvidas,

pais que praticam o bem, compar-tilham ações boas e demonstram o exemplo de benevolência, empatia e compaixão no seu dia a dia têm muito mais chances de inspirar seus filhos a fazerem o mesmo.

O indivíduo que tem clara a importância da resiliência levará a vida com muito mais tranquili-dade, correto? Como os pais podem colaborar com o desenvolvimento desse elemento em cada ser? O in-divíduo nasce com uma parcela ou há algo que se acrescentar com o passar do tempo?

Leo Fraiman — Vamos tomar cui-dado com essa primeira afir-mação: não é uma verdade que o indiví-duo que tem resiliência vai ter uma vida mais tranqui-la, afinal nós te-mos um destino em aberto e não temos um determinismo, ou seja, a gen-te não tem como saber a priori as dificuldades, adversidades, com-petições, quedas, curvas, enfim, as dificuldades que iremos enfrentar pela vida.

Sem dúvida, uma pessoa que cresce em um ambiente que es-timule a resiliência, a superação, poderá enfrentar aquilo que irá naturalmente com mais força, com mais serenidade e até com mais flexibilidade. Então, o importante é não acharmos que há um modo de “blindar” a vida ao se ensinar a re-siliência, inteligência emocional ou mesmo caráter e valores; o impor-tante é lembrarmos que essas forças são sim possíveis de ser ensinadas e que elas podem ajudar muito diante daquilo pelo que cada um de nós irá naturalmente, pelas vicissitudes da vida, passar.

Cada um de nós já nasce com certas características, certas ten-dências, trazidas inclusive pela nossa herança genética. Hoje se sabe, por exemplo, que sobrevi-ventes de guerras até a segunda ge-ração têm mais tendência ao estres-se ou mesmo à depressão. Então, sim, herdamos de nossos antepas-sados tendência à garra, à apatia, à depressão, à ansiedade e a muitos outros traços.

O interessante, porém, é lembrar que, além das influências genéticas ou mesmo sociais, nós temos o fa-

tor psicológico, que vai fazer uma enorme diferença.

Nenhum ser huma-no está garantido,

nem muito me-nos condenado, a nada. Nós somos o que fazemos de nós a cada instante,

em nossas pe-quenas escolhas.

E nisso tanto pais como professores po-

dem fazer a diferença ao estimular, por meio de histórias,

leituras de contos, exemplos pesso-ais, filmes, cursos e muitas outras situações do dia a dia, aquela fagu-lha de superação que existe dentro de cada um de nós. Até porque, se observarmos, a tendência natural da pele quando fazemos um corte é voltar à cura, ao seu estado natural de bem-estar. O mesmo acontece com o cérebro: nós temos uma ten-dência natural em estado de saúde a voltarmos ao bem-estar. Mas é claro que pais, escola e outras ins-tâncias podem sim fazer uma dife-rença muito grande para o bem ou para o mal.

Aprender bem tem mais a ver com o ensino do professor ou com o comportamento do educando? Quais são as dicas para que esse processo seja satisfatório?

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Leo Fraiman — Não vejo como fazer uma distinção. Um professor motivado, animado, que mostre a importância, o significado da sua matéria — ou seja, um professor inspirador — pode ser fundamen-tal na formação da motivação para o aprendizado. Mas se tudo isso ocor-rer ao contrário por parte do aluno e este não tiver o menor in-centivo por parte da sua família, fica difícil fechar a equação.

No século passado, acreditava--se no modelo skinneriano, o beha-viorismo, ou seja, no modelo do es-tímulo à resposta. É baseado nisso que muitas de nossas escolas foram montadas, ou seja, um bom profes-sor garante que o aluno aprenda. Isso não é uma verdade absoluta, pelo motivo que já foi respondido anteriormente: o aluno também tem sua carga genética, biológica e, além da influência do professor, há a família e muitos outros fatores que interferem nessa relação.

O fato é: um professor realmen-te inspirador pode fazer a diferen-ça? Definitivamente. Certamente um professor inspirador pode, com muita chance, trazer o aluno para uma postura de mais interesse, in-centivar ou motivar e criar o que chamamos de um “milagre”, ou seja, a pessoa chegou desmotiva-da para a aula mas foi contagiada de alguma forma pelo “brilho do olho” do professor.

Como o oposto também é ver-dadeiro: existem crianças que estu-dam com professores “piradores”, que são o oposto dos professores inspiradores; existem professores muito ruins, desanimados, desmo-tivadores, que não têm a habilida-de da comunicação, mas o aluno por conta própria vai atrás do co-nhecimento, seja em aulas parti-

culares, estudando com amigos, pesquisando na Internet. Enfim, o aluno também consegue fazer o seu “milagre” e sobreviver a um mau

professor, às vezes até se tornando professor da-

quela matéria justa-mente para oferecer para o futuro aquilo que ele mesmo não teve.

Claro que num mundo ideal, tería-

mos professores mo-tivados, pais apoiadores

e alunos comprometidos. O interessante é lembrar, como fala-mos anteriormente, que ninguém está condenado nem garantido a nada: cada um de nós se faz dentro de sua singularidade e automoti-vação, a cada dia, a cada pequena escolha de nossas vidas.

O senhor acredita que o ama-durecimento tenha relação muito mais com o caráter e com as atitu-des do que com a idade cronológi-ca, correto? Pensando assim, de que forma, além das teorias, os pais po-dem e devem conscientizar e orien-tar seus filhos sobre o valor das boas atitudes e do bom caráter?

Leo Fraiman — Na prática, quanto mais os pais praticarem atitudes de caráter, mais estarão incentivando seus filhos a fazê-lo. Vale lembrar que, quando falamos de caráter, estamos aqui definin-do como uma atitude geral diante da vida. Então, quando falamos de foco, disciplina, persistência, determinação e empatia, ou seja, o modo como nos colocamos no mundo, tudo isso é caráter. E os fi-lhos aprendem nas situações mais simples do dia a dia: se o pai xin-ga e grita no momento em que está diante de uma fila ou no trânsito, o que ele está ensinando ao seu filho é: “Sejamos impacientes, a nossa vontade é mais importante do que a realidade do mundo”.

Da mesma maneira, quando um filho chega em casa reclaman-do que “essa aula é um saco, eu não aprendo nada”, o pai também tem a escolha de ensinar o caráter devolvendo ao filho: “Bom, e o que você vai fazer diante disso? Qual foi a sua postura diante da aula? De que maneira você vai procurar aprender aquilo que na aula passou batido?”, estimulando a resiliência e a proatividade do filho, ou sim-plesmente deixando passar batido. À medida que os pais ajudam os filhos a se preocuparem mais com o que a vida quer de nós e menos com o que queremos da vida, ou seja, à medida que os pais estimu-lam a proatividade, a autogestão, a automotivação, a responsabilidade de cada um perante os fatos, mais estamos ensinando uma habilidade essencial à vida, chamada “otimis-mo realista”, que nos ensina que, se, por um lado, não podemos ter sem-pre o melhor — e isso é um dado da realidade —, podemos sempre fa-zer o melhor com aquilo que temos.

Como instigar nos filhos o dese-jo de crescer, amadurecer e entender o conceito de projeto de vida como não sendo somente a escolha de uma profissão?

Leo Fraiman — É interessante que, para se estimular uma pessoa a crescer, é importante também se fazer as pazes com a derrota, com a morte, com a dor e com as perdas. Muitas vezes, os adultos erram ao querer ensinar para a criança os bons exemplos, as pessoas que che-garam lá, os casos de sucesso, mas não deixam a criança, por exemplo, participar de um enterro e visi-tar um parente doente, ou mesmo protegem as crianças das dores da vida, às vezes até superprotegendo--as. A dor define a felicidade, assim como a alegria define a tristeza.

É importante que os pais este-jam ao lado dos filhos não para re-solver as situações por eles — cla-

falando do Jardão

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ro, não estou falando aqui de casos extremos —, porém estejam ao lado numa postura de empatia, de apoio, de acolhimento, de compaixão. Mas sempre procurando estimular que a criança resolva suas questões, que a criança debata com seus colegas os conflitos, que a criança arrume seu quarto dentro do que ela consegue em cada idade, que o filho aprenda a lidar com os limites, com as re-gras, com as leis, com a vida real à qual estamos todos dispostos.

O que é aprender bem? Garantir uma boa nota ou absorver o conteú-do? Obter sempre os resultados es-perados é garantia de que a criança ou o adolescente aprenderam bem?

Leo Fraiman — Não é garantia de nada. Uma boa nota não signifi-ca que o aluno aprendeu: ele pode ter invocado uma memória instan-tânea e aquilo não ter significado. Existem algumas dicas que podem realmente ajudar nesse sentido de aprender bem: a primeira delas é a de entender bem a importância de cada matéria. Isso cabe, claro, à curiosidade de cada estudante, cabe muito mais ao professor transmitir o significado — afinal, se o aluno entende o valor, o significado, a im-portância, a relevância daquilo que ele aprende, seu cérebro tem muito mais chance de recrutar neurônios e realmente o aluno se dispor a, nas atitudes, aprender aquilo que está sendo oferecido.

Porém, cuidar dos distratores, ou seja, do barulho, da falta de luz, da falta de materiais, interrupções ou outras situações que no dia a dia interferem na concentração das crianças e dos adolescentes é outro fator importante que deve ser fei-to — claro, pelas próprias crianças, mas também os pais devem muitas vezes estimular os filhos: “Olha, du-rante essas próximas duas horas me dá aqui o seu celular, porque sozi-nho você não consegue desgrudar”.

Há uma ideia, muitas vezes er-

rônea, de que nós somos multitare-fa e o nosso cérebro não funciona de forma multitarefa, nós nos foca-mos em uma coisa por vez. Muitas crianças e adolescentes se iludem com a ideia de que conseguem fa-zer dez mil coisas ao mesmo tem-po; na prática, algumas vezes até fazem, mas com muito pior quali-dade e com uma eficácia muito me-nor nos resultados.

Então, é claro que os pais devem dar um voto de confiança e olhar para as evidências. Mas, se o método de estudo dos filhos não está funcio-nando, devem juntos pesquisar na Internet, pesqui-sar com os professo-res, informando-se junto aos profissionais da escola que outras formas de estudo se adap-tam à criança. Alguns precisam ler e reler mais vezes a matéria; outros vão ter de praticar mais exercícios; alguns se beneficiam de estudos, esquemas; outros, ao gravar a ma-téria, escutar com a própria voz; outros ainda preferem fazer simu-lados, preparar as suas próprias provas e respondê-las.

Enfim, há uma infinidade de metodologias de estudo e não dá pra dizer qual é a melhor ou pior, e sim estimular que os filhos ou, no caso dos professores, os alunos observem de novo as evidências. O bom estudo é aquele que funciona, não só em termos de nota, mas da absorção real do conteúdo.

Há realmente uma crise na ado-lescência? Como o senhor trata isso em seu livro ‘O meu filho chegou à adolescência: e agora?’?

Leo Fraiman — Não necessa-riamente essa fase vai ser vivida como uma crise terrível: eu vejo que existe uma escandalização da

falando do Jardão

adolescência, adultos muitas ve-zes colocando adolescentes como “aborrecentes”, como se esse fosse um ser doente comparado ao ideal dos pais ou dos professores. É uma fase de inquietação, é uma fase de mudança. Mas vejo no consultó-rio, vejo nas minhas palestras que, quando se cresce em um ambiente de acolhimento, de apoio, de regras

claras, com adultos que se respeitam e que têm cla-

ros os seus valores, não só aqueles fala-

dos mas também aqueles pratica-dos, essa fase é vivida com mui-to mais tranqui-

lidade. Sou con-tra as caricaturas,

mas sou a favor das singularidades. Sou

contra uma nostalgia que covardemente nos prende ao

que os filhos deveriam ser e prefiro que cada pai, que cada mãe comece a olhar um pouco mais para o filho real que eles têm dentro de casa.

No entanto, antes de olhar os fi-lhos, seria interessante e oportuno que cada mãe, que cada pai olhasse que tipo de ambiente oferecemos aqui. Somos mais calmos? Resolve-mos os nossos conflitos com mais serenidade? Sabemos ouvir uns aos outros? Dividimos as tarefas de maneira equânime entre os homens e as mulheres na casa? Conversa-mos e respeitamos uns aos outros? Conseguimos trazer para dentro de casa boas notícias, estimulando--nos? Estamos presentes uns nas atividades dos outros? À medida que os pais refletirem sobre que tipo de clima, que tipo de apoio, que tipo de presença eles têm sido na vida um do outro e na vida dos filhos, ficará mais fácil entender muitos dos comportamentos dos filhos, que, em boa parte, são um espelho natural daquilo que vivem dentro de casa com os adultos.

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aula extra

EXISTE UM PROGRAMAQUE VAI LHEENSINAR......que o problema ‘drogas’ merece atenção. E para manter-se a salvo é preciso dizer não’

O texto acima está na Canção do Proerd, música que os alunos do atual 6º ano sabem cantar de cor. No ano passado, depois de aprendê-

-la e cantá-la nas aulas do programa, tornaram-na ainda mais conhecida apresentando-a na cerimônia de “forma-tura”, no Teatro Jardim São Paulo.

No Jardão, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) é oferecido há dezes-seis anos, fruto da parceria firmada com a Polícia Mili-tar do Estado de São Paulo, responsável pelo programa (PMESP).

Ao todo são dez aulas (uma por semana, no segundo

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Canção do Proerd

Existe um programaQue vai lhe ajudarExiste um amigoQue vai lhe ensinarQue o problema *drogas*Merece atençãoE para manter-se a salvoÉ preciso dizer não

Proerd é o programaProerd é a soluçãoLutando contra as drogasEnsinando a dizer não

Cultivando o amor próprio, controlando a tensãoPensando nas consequên-cias, resistindo à pressãoComo amar a própria vidaE às drogas dizer nãoQuem lhe ensina é o amigoMas é sua decisão

Proerd é o programaProerd é a soluçãoLutando contra as drogasEnsinando a dizer não

aula extra

semestre) ministradas a alunos do 5º ano por instrutores fardados, integrantes da PMESP. As formaturas são dis-tribuídas em três eventos, dada quantidade de turmas.

Nesta página, publicamos algumas das fotos das ceri-mônias. Veja mais fotos em www.jardimsaopaulo.com.br.

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100 ANOS DE SAMBA:ISSO DEU SAMBA NO PALCOCoral infantil comemora esse aniversário em sua audição de 2016

O processo com os alunos do Coral Infantil do Co-légio Jardim São Paulo,

no último semestre, foi bastante espe-cial. A escolha do repertório musical, composto de sambas e suas variáveis, trouxe para os ensaios alegria e muito ânimo. O resultado, no espetáculo, foi sentido pela plateia. Músicas conhe-cidas como O que é, o que é, de Gon-zaguinha e Trem das onze, hino pau-listano, contagiaram as crianças e os adultos. A finalização do espetáculo com um grande carnaval, repleto de marchinhas populares, muito confete e serpentina, empolgou.

Em 2016, o samba completou cem anos, desde sua primeira gravação, a música Pelo Telefone. Por isso, a equi-pe do coral decidiu explorar o tema e trabalhar diversas possibilidades dessa música. Para o espetáculo, foi pensado algo que, de forma dinâmi-ca, trouxesse à cena informação histó-rica e de conteúdo, por meio de tex-tos encenados pelos 5os anos, ora de contextualização, ora pela presença de personagens importantes da his-tória do samba. Diz a coordenadora do coral, Ana Monteiro : “Foi mui-to interessante a forma com que os alunos se envolveram na criação dos personagens, contribuindo com ges-tos, expressão e improvisos de cena”.

Para essa apresentação, os alu-nos vivenciaram personagens reais como Vinícius de Moraes, Pixingui-nha e grupo Demônios da Garoa. No coro, todas as crianças puderam entrar em contato com músicas co-nhecidas e não conhecidas de seus repertórios individuais. “O espetá-

culo passou pela bossa-nova, mar-chinhas, improviso de partido alto, samba de Adoniran Barbosa e por outras canções dentro do tema que, com alegria e entusiasmo, foram apresentadas pelas crianças e con-tagiaram a plateia”, conclui Ana Monteiro.

cultura & arte

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ensino & cidadania

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cultura & arte

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cultura & arte

CARNAVAL NO JARDÃO...

O Sambódromo mudou de lugar por alguns dias no carnaval deste

ano: saiu do Anhembi e foi se insta-lar nas unidades do Jardão. Resul-tado: era sambista para todo o lado.

Bem, se isso não aconteceu lite-ralmente, pelo menos aquele espíri-to reinante nos desfiles das escolas de samba sobrevoava, ou melhor, desfilava pela escola naqueles dias. Dos pequenos da Educação Infan-til aos meninões do Ensino Médio, podia-se notar que era carnaval.

Para os terceirões da unidade Cataguases, essa é uma comemora-ção muito aguardada, pois há anos se tem o Concurso de Fantasias do Carnaval. E eles entram com tudo na brincadeira.

Este ano, os vencedores foram:

Fantasia femininaAs guerrilheiras do JardãoAmira Romagnoli Al  Dergham (3ºA) e Beatriz Dias do Couto Carames (3ºC)

...uma brincadeira fora de série

Fantasia masculinaZé BonitinhoMateus Maia de Castro Ribeiro (3ºD)

BlocoBloco da OcaAndré Giori, Felipe Luiz, Gabriel Simioni, Pedro Campos, Yuri Marin e Fábio William (3ºE) e Lucas Celli e Lorenzo Garcia (3ºF)

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cultura & arte

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cultura & arte

Estudos do Meio focam no aprimoramentocultural e social dos alunos

NO JARDÃO, TAMBÉM SE APRENDE FORA DA ESCOLA

O mês de maio é movi-mentadíssimo no que tange a aulas de cam-

po ou estudos do meio. Do 4º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, todos experimentaram ares diferentes, fora das quatro paredes do Jardão. Os destinos e roteiros de cada turma foram organizados por toda a equipe do corpo docente.

2º e 3º anosSítio do Picapau Amarelo

Espaço inspirado nas obras e biografia do escritor Monteiro Lobato

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cultura & arte

4º e 5º anosSítio do Picapau Amarelo

Espaço inspirado nas obras e biografia do escritor Monteiro Lobato

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cultura & arte

7º ano Santos

Objetivo: conhecer relevo por meio da Via Anchieta, Rodovia dos Imigrantes, passando pela Represa Billings. Ao longo do percurso, identificam-se vários aspectos da Serra do Mar e Mata Atlântica. Passa-se por Cubatão também.

Em Santos, visitam-se o Aquário Municipal, a Bolsa do Café, o Monte Serrat (sistema funicular) e Complexo Valongo

6º anoSalesópolis

Objetivo: visitar o Parque das Nascentes do rio Tietê. No percurso, conhece-se a Barragem da Ponte Nova e o chamado Cinturão Verde, com direito a degustação

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cultura & arte

8º anoVale do Paraíba

Pindamonhangaba e CaçapavaObjetivo: visitar a indústria Nestlé e o Sítio Algodão Doce (criação de caprinos)

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9º anoTeatro e Catavento

Objetivo: ida ao Teatro Gamaro assistir à peça O alvo (sobre bullying) e visitar o espaço Catavento, local em que se podem vivenciar várias experiências relaciuonadas a ciências

1ª série do Ensino MédioParque Estadual da Cantareira — Núcleo Pedra Grande

Objetivo: 1) entender a relevância das unidades de conservação para a metrópole global São Paulo, identificando suas principais características e funções em relação aos aspectos ambientais; 2) vivenciar a

diversidade do ecossistema, caracterizando espécies de sua fauna e flora

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2ª série do Ensino MédioBovespa

Objetivo: visitar o Instituto Educacional BM&Bovespa para conhecer, na teoria e na prática, o funcionamento da bolsa. Incluem-se Cinema em 3D, palestra sobre o mercado de ações e futuros e simulação de compra de ações

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cultura & arte

CONSTELAÇÃOEM FESTA!

Dia das Mães tem sete eventos marcados pela emoção e sentimento à flor da pele

Não é demais sempre se re-petir que a comemoração do Dia das Mães é um

dos eventos mais aguardados pelos pais. Este ano, foram sete festas — três da unidade Cantareira, e quatro da unidade Cataguases — todas no Teatro Jardim São Paulo, em dois sá-bados seguidos (6 e 13 de maio).

A inspiração para a comemo-ração de 2017 veio da sétima arte, o cinema. Partindo do tema Minha mãe é uma estrela, as crianças do Minimaternal (Educação Infantil) ao 1º ano do Ensino Fundamental se esmeraram no figurino e coreo-grafia para levar às mães sentimen-tos como amor, gratidão, carinho e

atenção, entre outros. E nem é pre-ciso dizer que tudo tinha a ver com filmes.

Chaplin e clipesAlgumas festas contaram com a

participação especial do ator Nico. Caracterizado como Charles Cha-plin, ele interagia com o público

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lembrando o jogo Imagem e Ação. Com suas mímicas, levava o públi-co a identificar o nome do filme que seria apresentado pelas crianças.

Ainda antes das apresentações, projetava-se um clipe com os alu-nos respondendo a estas pergun-tas: que lugar dos Alpes Austríacos você gostaria de conhecer com a mamãe?; minha mãe é uma estrela porque...; com qual atriz sua mãe se parece?; qual música você gostaria que a mamãe cantasse para você?”; qual é o cheirinho ou perfume da mamãe?; o que sua mãe diz que você faz muito bem?.

Na sequência, vinham os vide-oclipes dos filmes que seriam re-tratados nas coreografias: Chaplin, Grease, Forrest Gump, Mamma mia, Meu primeiro amor, Noviça rebelde e Perfume de mulher.

CréditosFestas glamourosas como es-

sas para as mães são marcadas por homenagens e agradecimen-tos internos também. Por isso, além das próprias professoras, recebem merecido destaque nos créditos dessas festas várias per-sonalidades da família jardanen-

se, que também foram homenage-adas: Christina Milano Meinberg (diretora-geral); Patrícia Moretti Meinberg (coordenadora-geral da unidades Cantareira e Tremem-bé); Maria Elisa Meinberg de Sou-za Pereira (coordenadora-geral da unidade Cataguases); Maria de Fátima Lima de Carvalho (di-retora-pedagógica das unidades Cantareira e Tremembé); Carolina Moretti Meinberg (coordenadora--pedagógica); e Deize, Daniela, Kátia e Sílvia (coordenadoras-pe-dagógicas da Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental).

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F E S T A E M H O M E N A G E MÀ S M Ã E S N O J A R D Ã O :S U C E S S O D E P Ú B L I C O

E B I L H E T E R I A

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... heterônimos de Fernando Pessoa em apresentação para 3ªs séries do Ensino Médio

SALVANINI SE VIRANOS TRÊS...

Com mais de cinquenta anos de carreira, o ator mambembe Ayrton Salvanini sobe ao palco como se tivesse vinte de idade. Sua memória em nenhum momento lhe trai. Poemas e mais

poemas do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) são declama-dos não sem a expressão corporal devida. Afinal, além do próprio poeta, Salvanini interpreta também os três heterônimos dele: Alberto Caieiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

A presença de Salvanini no Jardão já vem de anos. E o objetivo é mu-niciar as 3ªs séries do Ensino Médio de informações sobre Pessoa. Depois de traçar o perfil do escritor, o poeta mambembe se dedica aos heterôni-mos. Alberto Caieiro, o poeta do campo, representa o êxtase poético de Pessoa. Álvaro de Campos é o preferido do público. Divertido, bêbado e escrachado, ele sempre prende a atenção de todos os alunos.

Todas as cartas de amor…Fernando Pessoa

Todas as cartas de amor sãoRidículas. Não seriam cartas de amor se não fossemRidículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,Como as outras,Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,Têm de serRidículas.

Mas, afinal,Só as criaturas que nunca escreveramCartas de amorÉ que sãoRidículas.

Quem me dera no tempo em que escreviaSem dar por issoCartas de amorRidículas.

A verdade é que hojeAs minhas memóriasDessas cartas de amorÉ que sãoRidículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,Como os sentimentos esdrúxulos,São naturalmenteRidículas.)

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Produções de terceiranistas do Ensino Médio comemoram 150 anos da publicação de seu primeiro trabalho, conhecido como a base genética

MENDEL, O MONGE INVISÍVEL,

PORÉM INESQUECÍVEL!

“Estou convencido de que não demorará muito até que o mundo todo reconheça os

resultados do meu trabalho.” Não se sabe exatamente quando Johann Mendel disse essa frase. Porém, o fato é que, 150 anos completados em 2016, após publicar Experimentos em hibridi-zação de plantas, seu primeiro trabalho, as escolas do mundo todo continuam ensinando Biologia e Ciências tendo esse monge agostiniano como um dos precursores de determinadas teorias.

Claudia Arneiro Gulielmino, pro-fessora e coordenadora da área de Biologia do Ensino Médio, declara--se “superfã desse grande homem”. Aliás, no ano passado, Claudia coor-denou, no Teatro Jardim São Paulo, a apresentação de excelentes produ-ções voltadas para a comemoração dos 150 anos. Nasceu ali o Troféu Mendel 2016 para os melhores traba-lhos. “A professora Edy Carla Rossi comandou o que considerei o nosso ‘Oscar’”, conta. “Teve uma abertura, com uma breve biografia acompa-nhada de uma sessão de eslaides con-tendo o nome dos trabalhos e alunos indicados. Ao vivo ou em vídeo, as produções eram analisadas pelos ju-rados.”

Na unidade Tremembé, liderados pela professora Bianca de Sanctis, os estudantes entrevistaram profissio-nais e pesquisadores diretamente ligados à genética, como fertilização in vitro, terapia gênica, medicina per-sonalizada e genética evolutiva. A

condução dos trabalhos foi idêntica à da unidade Cataguases, apenas não houve premiação.

Os trabalhosInspirados na Genética Mendelia-

na, conteúdo disciplinar da 3ª série do Ensino Médio, propôs-se produ-zir trabalhos em homenagem ao Pai da Genética. Claudia conta que os estudantes tiveram abertura para ex-pressar sua criatividade e, por prati-camente três meses, eles elaboraram e finalizaram o trabalho. “Durante esse período, nós professoras os orientá-vamos a fim de que a parte conceitual estivesse correta e ajustes fossem fei-

tos. Demos sugestões também.”Coisas incríveis apareceram: mú-

sicas, contos, jogos, livros, aplicativo de celular, animações, reportagens, pesquisas, trailers de filmes famosos adaptados ao contexto mendeliano, enfim, uma verdadeira surpresa para as professoras, para os próprios alu-nos e para a direção da escola.

Com essa atividade, o retorno pe-dagógico não poderia ter sido melhor, salienta a coordenadora de área. “Os alunos compraram a ideia e realmen-te conheceram um pouco mais desse grande homem esquecido na história. Além da parte do aprendizado, ativi-dades desse tipo favorecem o entro-

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samento, revelam potencialidades e servem para despertar o interesse por determinados assuntos. Posso dizer que foi uma surpresa o resultado e o retorno que obtivemos.”

Voltando a MendelCaro leitor, entremos agora na sala

de aula de Claudia Gulielmino para aprender um pouco mais de Men-del. Suas informações são fidedignas, extraídas de estudos e pesquisas de muitos anos. Johann Mendel nasceu em 1822, no vilarejo de Heizendorf, na atual República Tcheca. Filho de la-vradores, Mendel ajudava seu pai no cultivo e colheita de frutos. Na escola, o jovem Mendel teve destaque, sendo considerado um dos melhores alunos.

Depois de um tempo afastado dos estudos por motivo de doença, Men-del ingressa no Instituto Filosófico de Olmütz para cursar religião, filosofia, matemática e física. Por ter grande in-teresse em física, foi indicado por seu professor para o Mosteiro Agostinia-no de São Thomas, já que a família de Mendel era pobre e ele tinha interesse em dar continuidade aos estudos.

Em setembro de 1843 ele assumiu sua posição de noviço no mosteiro e registrou que “suas circunstâncias

decidiram sua escolha vocacional”. Foi ao ingressar no mosteiro que Gre-gor foi adicionado ao seu nome de batismo.

Mendel foi enviado à Universida-de de Viena para aprimorar seus co-nhecimentos sobre Ciência Natural. Em 1862 fundou a Sociedade de Brno para o Estudo das Ciências Naturais. Interessado também na problemáti-ca da origem das espécies, Mendel tinha esperança que seus trabalhos e experimentos pudessem completar as lacunas deixadas nos trabalhos de Darwin. Em 1865, Mendel apresentou seu ensaio no encontro da Sociedade de Pesquisa Natural de Brno, mas seu trabalho não teve impacto no meio científico.

Nos últimos anos de vida, já como abade, Mendel tinha pouco tem-po para se dedicar à pesquisa, pois as atribuições do novo cargo eram muitas. Mendel morreu em 1884, em decorrência de problemas pulmona-res e renais como um desconhecido. As questões sobre hereditariedade, discutidas desde a Antiguidade por Aristóteles (384-322 a.C.), tinham sido desvendadas. Somente na passagem do século 19 para o século 20 é que o monge invisível ganha espaço por sua

contribuição à ciência e torna-se o pai da genética.

Contribuição científicaMendel, lembra-nos a Prô Claudia,

enunciou o que se denominou a 1ª Lei de Mendel, a qual explica a contribui-ção dos genitores na formação dos descendentes e, sendo assim, como as características passam de geração para geração.

Os desdobramentos das Leis de Mendel foram vários. A partir dos fa-tores mendelianos, conhecidos como genes, surgiu a Genética Molecular e,

com ela, a clonagem, a transgenia, a terapia gênica entre outras tecnologias que visam à melhoria da qualidade de vida humana e planetária.

Existe também a Genética Evolu-tiva, voltada às adaptações dos seres vivos ao meio em que vivem e as mu-danças acumuladas ao longo da his-tória desses seres no planeta. “Pode-mos concluir que muito dos avanços na área médica tiveram seu início no entendimento do funcionamento dos genes, estruturas citadas inicialmente por Mendel, ao analisar os resultados obtidos dos cruzamentos com as ervi-lhas.”

Obrigado, professora!

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Mais uma cerimônia emo-cionante marca o “plan-tio” da cápsula do tem-

po. Agora os locais em que as cartas e documentos estão contidos leva o nome de Jardim dos Sonhos, tan-to na unidade Cataguases como na unidade Tremembé.

Os eventos foram realizados em 12 de dezembro e contou com a pre-sença da direção, além dos forman-dos.

Os dois textos reproduzidos abai-xo, lidos na ocasião pelos represen-tantes dos formandos da unidade Tremembé, deram mais significado ainda àquele momento.

Voos mais altos“Finalmente chegou o dia! O dia

em que decolaremos para voos mais altos; o dia em que deixaremos para trás o básico e iremos atrás de um novo objetivo. É uma nova fase que se inicia em nossas vidas; é possível dizer que é a definitiva.

A partir de hoje, todas as escolhas que fizermos afetarão diretamente nosso futuro, afinal é hora de correr atrás dos nossos sonhos e já espera-mos tempo demais por isso.

MAIS UMA CÁPSULA ESTÁ PLANTADANO JARDIM DOS SONHOS

Formandos de 2016 guardam nela cartas para serem abertas em 2026

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Sim, é muito difícil dizer adeus a esse lugar em que passamos os melhores anos de nossas vidas até agora, mas é necessário. Porém, isso não é bem um adeus e sim um até logo, pois, em 2026, estaremos todos nós aqui de novo, formados, trabalhando, com famílias constitu-ídas e vamos nos lembrar do tempo que passamos aqui com orgulho.

É como dizem: o tempo vai, mas as memórias ficam. Cada um aqui tem uma história diferente, mas em uma coisa somos iguais: nós conse-guimos superar qualquer adversi-dade para seguir no caminho dos nossos sonhos.

Nenhuma música caberia me-lhor para exemplificar a mensagem que tento passar a vocês como Make it shine. Vocês vão brilhar. Acredi-tem! Por isso, deixo este trecho: You don’t have to be afraid to put your dre-am in adction, you’ll never gonna fade, you’ll be the main attraction [...] Cuz you know that if you live in your imagi-nation, tomorrow you’ll be everybody’s fascination.

Ou seja, galera, não tenham medo de sonhar alto demais, pois vocês podem conquistar tudo que quiserem. Nunca deixem de acre-ditar em si mesmos. Tenho certeza de que daqui a dez anos, quando

nos reunirmos aqui de novo, tere-mos advogados, engenheiros, pu-blicitários, tecnólogos, enfim, pro-fissionais maravilhosos e humanos maravilhosos. Portanto, vamos e façamos brilhar.”

Matheus Braga Dal Mas Paes

A vida é sublime“Todos vivemos, a cada instan-

te a vida passa, mas vocês algum dia pararam pra pensar o que é viver?

Viver tem inúmeros significa-dos, mas cada um de vocês pode dar um significado diferente pra essa única palavra, quase uma po-lissemia só que numa escala mais ampla.

Momentos. A vida é regida por isso. O conjunto dessa palavrinha supracitada é o que vai escrever essa história, a sua história! En-tão, aproveitem cada segundo. Não deixem que ninguém fale o que vocês não podem fazer, o que vocês não devem fazer. Vo-cês, provavelmente, sabem o que vai ser benéfico ou não para vocês próprios. Então, prezem pela au-tonomia! Essa é a chave! Fiz esse textinho só na intenção de tentar marcar um pouco mais esse mo-mento. Em algum momento de

suas vidas, vocês vão lembrar dis-so, certeza absoluta! Tentei não ser direto pra vocês tirarem suas próprias conclusões!

Termino meu texto com o trecho de uma música que diz tudo que eu tentei passar! Paz! ‘Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra siÉ sobre saber que em algum lugar al-guém zela por tiÉ saber se sentir infinito num universo tão vasto e bonitoÉ saber sonhar, não é sobre chegar no topo do mundoe saber que venceu.A gente não pode ter tudo. Qual seria a graça do mundo se fosse assim?Por isso, eu prefiro sorrisos e os pre-sentes que a vida trouxe pra perto de mim.Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprarE sim sobre cada momentoSorriso a se compartilharTambém não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre maisPorque, quando menos se espera, a vida já ficou pra trás.Segura teu filho no colo, sorria e abra-ça teus pais enquanto estão aquiQue a vida é trem-bala, parceiroE a gente é só passageiro prestes a partir’”

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...Ensino Fundamental e Ensino Médio têm formatura no Anhembi

PRONTOS PARASEGUIR EM FRENTE

Em fevereiro tem carnaval. Mas tem também formatura no Palá-cio das Convenções do Anhem-

bi. E isso vem se repetindo há muitos anos. Os formandos de 2016, do Ensi-no Fundamental e Ensino Médio do Jardão, encontraram-se ali, no dia 4 de fevereiro de 2017.

Dessa vez, deixaram o uniforme em casa. Foram com suas roupas de “passeio completo”, digamos assim, pois sabiam que sobre elas colocariam uma beca preta, o que os tornariam prontos para o grande evento do dia: receber (simbolicamente) o certificado de conclusão de curso.

A primeira a lançar mão desse prêmio foi a turma do Ensino Funda-mental, no início da tarde. Já com o Sol posto, foi a vez de o Ensino Médio ser anunciado em alto e bom som.

RoteiroO ritual é o mesmo de sempre:

composição de mesa, entrada dos for-mandos no palco, abertura, discursos, homenagens e entrega de certifica-dos. Porém, a emoção é sempre nova. Mesmo para a direção e professores já habituados ao evento, vivenciar esse momento há sempre uma carga a mais de adrenalina.

DiscursosOs oradores representantes dos

formandos não esconderam seu con-tentamento com relação à “morada querida” e o que ela proporcionou a eles. Ao falar a seus afilhados, os pa-tronos, por sua vez, enfatizaram o ca-rinho recebido e o orgulho de estar ali transmitindo a “última lição”.

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Trechos dos discursos“(...) O Ensino Médio vai ser muito diferente, to-dos nós sabemos disso. Mas desde sempre fomos preparados para esse momento (...) Se há melhor hora para mudarmos de comportamento, é ago-ra! Para sermos adultos, preparados, disciplinados e qualificados...”Mariane Machado de Souza, oradora do Ensino Fundamental, unidade Cataguases

“(...) O Ensino Fundamental passou. Ele foi perfei-to, pois cada um de vocês esteve lá. Só temos a agradecer muito a todos aqueles que fizeram par-te dessa história. E boa sorte a todos, pois, daqui a pouco, já estaremos na faculdade. Todos nós, sem exceção, temos grandes chances de sermos mara-vilhosos em tudo que formos fazer (...) Como disse Clarice Lispector, ‘quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acom-panhado, com certeza, vai mais longe’”.Emanuelly Ledo Silva, oradora do Ensino Funda-mental, unidade Cataguases

“Terminamos o Ensino Fundamental e começare-mos mais uma fase de nossa vida. Fase essa que nos trará muita responsabilidade, muitos sacrifí-cios, muitas provas e tão temido vestibular. Mas também trará as festas, novos amigos e, com certeza, novas experiências (...) Cada um de nós guarda a lembrança do primeiro dia no Colégio Jardim São Paulo. O início sempre traz ansiedade e insegurança, mas logo fomos nos acostumando e fazendo novos amigos (...) As expoculturais se-rão sempre lembradas. Eram muito trabalhosas, cheias de pesquisa e reuniões em grupo, porém, com um final gratificante: apresentar o que tínha-mos descoberto e o resultado do trabalho a todos os visitantes (...) A certeza que temos é de que tantas lembranças ficarão para sempre, umas na memória e outras no coração!”Isabella Furgang Hyde, oradora do Ensino Funda-mental, unidade Tremembé

“Hoje é o dia em que nossa vida começa. Hoje nos tornamos cidadãos do mundo. Hoje nos tor-namos adultos. Hoje nos tornamos responsáveis. Responsáveis para outros que não são nossos pais, nem nós mesmos (...) Amanhã, quando acor-darmos, não teremos mais obrigações que antes eram essenciais para vivermos. A vida agora é outra. E se conseguirmos concluir mais uma etapa desse processo, com toda certeza, o Jardim São Paulo é um dos grandes responsáveis pela nossa conquista (...) Alunos que estiveram lá desde o começo do período escolar, outros com menos tempo, mas todos para sempre marcados por essa experiência incrível que é aprender e convi-ver com professores, funcionários, coordenadores e o nosso maravilhoso diretor, os quais nos trou-xeram maturidade...”Fernanda Valenti Lima, oradora do Ensino Médio, unidade Cataguases

“ (...) Crescemos com o apoio e inspiração dos pais e familiares e com o auxílio integral do colégio, nossa ‘morada querida’ em que nos tornamos adultos. Compartilhamos cada alegria, frustração

e angústia e cada aventura, tristeza e pequena descoberta, mas o essencial esteve sempre pre-sente: estávamos unidos... O nosso terceirão es-tará sempre vivo, juntamente com nossa história neste colégio que consideramos um segundo lar, em nossa memória e em nossos corações para sempre!”Ruth Beatriz Gago de Oliveira, oradora do Ensino Médio, unidade Cataguases

“Quando começamos a falar da escola, logo bate a saudade no coração (...) Aos poucos viramos uma família (...) 2017 começou, ou melhor, nossa vida adulta começou. Não se esqueçam da capacidade infinita que têm. Lembrem-se de que a felicidade é agora. Não adiem aquela viagem, façam o curso de seus sonhos e trabalhem com o que lhes faz felizes. Vocês merecem felicidade todos os dias e não só nos finais de semana. Não se esqueçam de onde vocês vieram, de qual foi sua criação e de quais são seus preceitos...”Vinícius Amaral e Victória Yumi Koga, oradores do Ensino Médio, unidade Tremembé

“(...) Se encontrassem uma lâmpada e, ao esfregá--la, um gênio aparecesse concedendo um único desejo, qual seria? A resposta é óbvia. Obtive-a de um aluno e também pensei nela quando criança: ter desejos infinitos! Pois é, a lâmpada é a vida e vocês são o gênio. Portanto, basta imaginação e empenho para realizar os desejos que quiserem. Nunca deixem dizer que não são capazes. Se esse dia chegar, podem me chamar e provarei o con-trário. Eu disse em aula que toda história, mesmo triste, pode ter final feliz. Hoje não será diferente e agora revelo meu objetivo nesta tarde: olhar nos olhos de vocês e mostrar que são capazes. Para-béns por mais uma etapa que se conclui hoje!”Professor Renan Marcel Barros dos Santos, patrono das turmas do Ensino Fundamental, manhã, unida-de Tremembé

“Essas turmas deixam marcas, essas de três coisas que sempre valorizei: comprometimento, res-peito e felicidade. Em tempos sombrios em que vivemos, o mundo carece de tais valores e, certa-mente essa turma terá de sobra para abrilhantar o mundo com seu carisma (...) Que venham o Ensino Médio e as novas metas a se alcançar. Que o comprometimento seja eterno! Que o respeito seja seu nome! Que a felicidade o seu mote! O que fazemos no presente determina nosso futuro. E o que fizemos nos últimos anos, aula após aula, isso sim foi História! Desejo que quando se formem no Médio encontrem sabiamente o caminho de seus sonhos a trilhar e, da mesma maneira que eu, ao se formarem na faculdade possam acordar todos os dias e fazer de sua profissão sua vocação, seu verdadeiro e grande amor, pois é isto que sou: sim, professor!”Alexandre Freitas Ceistuti, patrono das turmas do Ensino Fundamental (tarde), unidade Tremembé

“ (...) A conclusão do Ensino Fundamental é especial porque coroa os quatro anos que cada um de vo-cês passou até chegar a este momento. Hoje é um daqueles dias que nunca mais serão esquecidos. Ele será lembrado para sempre, pois foi muito difícil chegar até aqui. Todas as horas dedicadas aos estu-

dos, momentos de tensão, lágrimas por causa dos objetivos não atingidos, ansiedade para saber se o professor já havia corrigido a prova (às vezes parecia que era para irritar), ou mesmo a insegurança dian-te das dificuldades. Esses momentos fizeram muito bem a vocês, pois auxiliaram no amadurecimento de cada um, contribuindo para que se tornassem pessoas cada vez melhores.”Professor Guilherme Luís Barduco, patrono das tur-mas do Ensino Fundamental, unidade Cataguases

“(...) Em tempos sombrios, como os que vivemos agora, marcados por intolerância, racismo, violên-cia e pelo extremo individualismo, mais do que nunca cabe a vocês jovens, futuros profissionais e cidadãos brasileiros, resgatar os valores sociais e fraternais que possam transformar a nossa socie-dade, construindo um futuro de esperança e mais justo para todos. Mostrem que o apoio e o inves-timento recebido de seus pais não foram em vão. Lutem, mas com as armas do conhecimento e da solidariedade, para mudar a realidade da nossa sociedade. Tenho certeza de que nós podemos esperar grandes realizações de vocês. E vivam intensamente, como se o amanhã não existisse, mas sonhem muito, como se fossem viver para sempre.”Professora Edy Carla Rossi, patrona das turmas do Ensino Médio (manhã), unidade Cataguases

“(...) Eu juro que tentei fazer o meu melhor nesses seis anos, incluindo o tempo de Ensino Funda-mental, para deixar vocês preparados para a vida e, olhando esse produto final, percebo que se o mundo pudesse ter mais pessoas iguais a vocês, nós estaríamos numa situação bem melhor. Com tanta coisa boa acontecendo nesses seis anos de história, percebo que fiquei com um coração enorme, como o ‘coração de mãe’. Ainda bem, pois hoje, certamente, vocês estão levando com vocês uma boa parte dele embora. Infelizmente, esse é o ciclo normal. E vocês devem se lembrar de que ‘cada ano que passa, passa mais rápido que o ano passado’. Mas, se eu pudesse, eu voltava no tempo uns seis anos para poder viver tudo de novo.”Professor Maurício Di Tota Montanari Boni, patrono da turma do Ensino Médio (tarde), unidade Cataguases

“ (...) Parafraseando Clarice Lispector: ‘A noite de hoje está me parecendo um sonho. Mas não é. É que a realidade é inacreditável” (...) Eu realmente me realizo ao vê-los de beca. Vocês, que conheci ainda cheios de medo, inseguranças e até certa prepotência, típica de adolescente, hoje se mos-tram cidadãos críticos preparados para enfrentar as etapas do porvir (...) De todas as nossas aulas, de todas as nossas conversas, o que ficou que ain-da não tivesse sido dito? (...) Após dias pensando no que dizer, resolvi deixar o coração me guiar, prezar pela seriedade e centrar essa mensagem em duas palavras que, eu espero, acompanhe-os durante essas próximas etapas: fé e coragem (...) Portanto, que a fé sempre acompanhe o sonho de cada um de vocês e que não lhes falte coragem para todas as lutas que enfrentarão. No mais, não se esqueçam da nossa ‘morada querida’ e de seus professores. Eu morrerei de saudades!”Professora Tatiana Sales da Silveira, patrona das tur-mas do Ensino Médio, unidade Tremembé

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cultura & arteesportes

HONRANDO A CAMISACONQUISTAS ESPORTIVAS DO JARDÃO EM 2016

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esportes

Unidade Cataguases

Basquete Masculino

Liga Noes Sub 14 – Campeão – Série OuroSub 12 – Campeão Sub 16 – Campeão – Série OuroLE2Sub 14 – 4º lugar – Série OuroSub 16 – 4º lugar – Série Ouro Sub 17 – 4º lugar – Série Ouro

Handebol Feminino

LE2 Sub 14 – Vice-campeã – Série Prata JEP Sub 12 – 3º lugar Sub 16 – Campeã

Handebol Masculino

JEP Sub 12 – Vice-campeão Sub 14 – Campeão

Futsal Feminino

Copa Bola 5 Sub 13 – Vice-campeã – Série Ouro Sub 15 – Campeã – Série Ouro Sub 17 – Campeã – Série Prata

Futsal Masculino

Copa Bola 5 Sub 8 – Vice-campeão – Série Ouro Sub 9 – Vice-campeão – Série Ouro Sub 10 – Campeão – Série Ouro Sub 11 – Vice-campeão – Série Ouro Sub 12 – Campeão – Série Ouro Sub 13 – Campeão – Série Ouro Sub 14 – Vice-campeão – Série Ouro Sub 16 –Campeão – Série Ouro Sub 18 – Vice-campeão – Série Ouro

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esportes

Copa Diggio Sub 8 – 3º lugarSub 10 – 3º lugar

Copa Center Norte – Campeão GeralSub 8 – Campeão Sub 10 – Vice-campeão Sub 12 – Vice-campeão

LE2Sub 10 – Campeão – Série Ouro Sub 11 – Campeão Sub 13 – Vice-campeão – Série OuroSub 16 – Campeão – Série Ouro

JEP Sub 18 – 3º lugar

Unidades Cantareira e Tremembé

Futsal Masculino

Copa DiggioSub 8 – Vice-Campeão Sub 10 – Campeão Sub 12 – Campeão Sub 12 – Campeão – Super Copa DiggioSub 14 – 3º lugarSub 15 – Vice-campeão Sub 16 – 3º lugarSub 18 – 3º lugar

Copa Global Sub 8 – CampeãoSub 10 – CampeãoSub 12 – Campeão

Copa Center NorteSub 10 – Campeão

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