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5518 Diorio da Republica. J. 'serie-X" 250-30 de Dezembro de 20ll MINISTERIOS DAS FINAN9AS EDAAGRICULTURA, DO MAR, DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITORIO Portaria n.· 318/2011 de 30 de Dezembro Umaboa gestao do riscono ambito daactividadeagricolae essencial para uma agricultura sustentavel e competitiva, as- sum indo particular importancia face ao contexto da globali- zacao, as preocupacoes ambientaise as alteracoes climaticas. Os seguros de colheitas sao importantes instrumentos dessa gestio, proporcionando a partilha do risco do agricul- tor atraves de urn instrumento de mercado, mas a dimensao do risco a que 0 sector agricola esta sujeito implica que. muitas vezes, 0 mercado nao esteja em condicoes de ofe- recer produtos a precos acessfveis aos agricultores. Por estes motivos, foram criados em alguns paises sistemas publico-privados de seguros, que tinham por objectivos a viabilizacao da oferta aos agricultores e a dinamizacao do mercado. Tambem em Portugal foi criado, em 1996, 0 Sistema Integrado de Proteccao contra asAleatoriedades Climaticas (SIPAC), atraves do qual foram estabelecidos mecanismos de bonificacao de premios e mecanismos de resseguro, nomeadamente a compensacao de sinistralidade. Este sistema, que teve urn grau de adesao relativamente elevado no infcio do seu funcionamento, tanto no que se refere ao numero de subscritores de ap6lices de seguro, como no quediz respeito ao capital contratado, tern vindoa sofrer uma progressiva erosao, mais acentuada nos ultimos anos, em termos de aderentes e de valor seguro, com con- centracao do capital segura em poucas culturas e regioes, Por outro lado, verificou-se tambem uma evolucao do enquadramento cornunitario neste dominic, que passou a exigir uma maior co-responsabilidade dos produtores agrfcolas na gestae do risco, a que acresce 0 facto de ser ja possivel prever que, no ambito da revisao da Politica Agricola Comum, sejam disponibilizados novos instru- mentos de gestae de riscos, financiados no ambito do de- senvolvimento rural. Importa assim rever 0 modele nacional de seguros agri- colas e adaptar transitoriamente 0 SIPAC, sendo contudo de salientar que a gestae do risco continuara a ser assegurada no ambito do novo quadro da PoliticaAgricola Comum, apes 2013. Neste contexto, e considerando ainda os superiores objectivos da contencao orcamental e a limitacao da des- pes a publica, intraduzem-se novas condicoes ao segura de colheitas, a implementar ja em 2012, nomeadamente a possibilidade de escolha, por parte do produtor, entre dois nfveis de prejufzo mfnimo indemnizavel ao que cor- respondem diferentes niveis de bonificacao maxima e de tarifas de referencia, As novas condicoes do seguro de colheitas resultam dumconjuntode opcoes relativamente a nfveis de sinistro minima indemnizavel, bonificacoes. alern da tendencia evidenciada no estudo actuarial, os impactos, das alteracoes nas tarifas de referencia e dos nfveis de bonificacao, ao nfvel dos tres intervenientes do sistema - empresas de seguros, Estado e agricultores. Em paralelo, 0 Ministerio da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Territorio. ira criar con- dicoes para que, a partir de 2012, a viticultura e a horti-

MINISTERIOS DAS FINAN9AS EDAAGRICULTURA, DO MAR, …faolex.fao.org/docs/pdf/por111053.pdf · repolho, roxa, coracao-de-boi.lombardo e de bruxelas), nabo, rutabaga, rabano e rabanete;

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5518 Diorio da Republica. J. 'serie-X" 250-30 de Dezembro de 20ll

MINISTERIOS DAS FINAN9AS EDAAGRICULTURA,DO MAR, DO AMBIENTE

EDO ORDENAMENTO DO TERRITORIO

Portaria n.· 318/2011

de 30 de Dezembro

Umaboagestao do risconoambito daactividadeagricolaeessencial para umaagricultura sustentavel e competitiva,as­sum indo particular importancia face ao contexto da globali­zacao, as preocupacoes ambientaiseas alteracoes climaticas.

Os seguros de colheitas sao importantes instrumentosdessa gestio, proporcionando a partilha do risco do agricul­tor atraves de urn instrumento de mercado, mas a dimensaodo risco a que 0 sector agricola esta sujeito implica que.muitasvezes, 0 mercado nao esteja em condicoes de ofe­recer produtos a precos acessfveis aos agricultores.

Por estes motivos, foram criados em alguns paisessistemas publico-privados de seguros, que tinham porobjectivos a viabilizacao da oferta aos agricultores e adinamizacao do mercado.

Tambem em Portugal foi criado, em 1996, 0 SistemaIntegrado de Proteccao contra asAleatoriedades Climaticas(SIPAC), atraves do qual foram estabelecidos mecanismosde bonificacao de premios e mecanismos de resseguro,nomeadamente a compensacao de sinistralidade.

Estesistema,que teve urn grau de adesao relativamenteelevado no infcio do seu funcionamento, tanto no que serefere ao numero de subscritores de ap6lices de seguro,como no quediz respeito ao capital contratado, tern vindoasofrer umaprogressiva erosao, maisacentuada nos ultimosanos, em termos de aderentes e de valor seguro, com con­centracao do capitalsegura em poucas culturas e regioes,

Por outro lado, verificou-se tambem uma evolucao doenquadramento cornunitario neste dominic, que passoua exigir uma maior co-responsabilidade dos produtoresagrfcolas na gestae do risco, a que acresce 0 facto de serja possivel prever que, no ambito da revisao da PoliticaAgricola Comum, sejam disponibilizados novos instru­mentos de gestae de riscos, financiados no ambito do de­senvolvimento rural.

Importa assim rever 0 modele nacional de seguros agri­colas e adaptar transitoriamente 0 SIPAC, sendocontudo desalientar que a gestae do risco continuara a ser asseguradano ambito do novo quadro da PoliticaAgricola Comum,apes 2013.

Neste contexto, e considerando ainda os superioresobjectivos da contencao orcamental e a limitacao da des­pes a publica, intraduzem-se novas condicoes ao segurade colheitas, a implementar ja em 2012, nomeadamentea possibilidade de escolha, por parte do produtor, entredois nfveis de prejufzo mfnimo indemnizavel ao que cor­respondem diferentes niveis de bonificacao maxima e detarifas de referencia,

As novas condicoes do seguro de colheitas resultamdumconjuntode opcoes relativamente a nfveis de sinistrominima indemnizavel, bonificacoes. alern da tendenciaevidenciada no estudo actuarial, os impactos, dasalteracoesnas tarifas de referencia e dos nfveis de bonificacao, aonfvel dos tres intervenientes do sistema - empresas deseguros, Estado e agricultores.

Em paralelo, 0 Ministerio da Agricultura, do Mar, doAmbiente e do Ordenamento do Territorio. iracriar con­dicoes para que, a partir de 2012, a viticultura e a horti-

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fruticultura encontrem possibilidade de financiamento depremios de seguros ao abrigo da Organizacao Comum deMercado, permitindo a definicao de produtos mais ade­quados e com maior taxa de bonificacao para os agricul­tares.

Nesta medida, importa procederarevogacao da Portarian." 907/2004, de 26 de Julho, com as alteracoes que the fo­ram introduzidas pela Portaria n." 395/2005, de 7 de Abril,que aprovou 0 ultimo regulamento do SIPAC, procedendo­-se a publicacao de um novo regulamento, que se pretendetambem mais claro e de mais facil consulta,

Assim:Manda 0 Governo, pelos Ministros de Estado e das

Financas e da Agricultura, do Mar, do Ambiente e doOrdenamento do Territorio, ao abrigo do artigo 18,° doDecreto-Lei n." 20/96, de 19 de Marco, com as alteracoesque the foram introduzidas pelo Decreto-Lei n." 23/2000,de 2 de Marco, 0 seguinte:

Artigo 1.0

Objecto

Eaprovado 0 Regulamento do Sistema Integrado deProteccao contra asAleatoriedades Climaticas (SIPAC), emanexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante,

Artigo 2,°

Revogacao

E revogada a Portaria n." 907/2004, de 26 de Julho,com as alteracoes que the foram introduzidas pela Portarian." 395/2005, de 7 de Abril.

Artigo 3,°

Vigencia

Apresenteportaria entraem vigor a 1de Janeiro de2012e cessa os seus efeitos em 31 de Dezembro de 2013, semprejuizo da eficacia dos contratos celebrados ao abrigo doRegulamento ora aprovado.

Em 16 de Dezembro de 20 II ,

a Ministro de Estado e das Financas, Vltor Loucii RabacaGaspar - A Ministra daAgricultura, do Mar, do Ambientee do Ordenamento do Territorio, Maria de Assuncdo OliveiraCristas Machado da Gra9Q.

ANEXO

REGULAMENTO DO SISTEMA INTEGRADO DE PROTECCAoCONTRA AS ALEATORIEDADES CLIMATICAS (SIPAC)

CAPiTULO I

Seguro de colheitas

SEc<;:Ao I

Culturas cobertas, pareceres e exclusoes

Artigo 1.0

Culturas cobertas

As culturas abrangidas pelo seguro de colheitas, bemcomo as limitacoes decorrentes da densidade, da area de

cultivo e da idade da plantacao, quando existam, sao asseguintcs:

a) Cereais - trigo, centeio, cevada, aveia, triticale,milho, arroz, alpista e sorgo, podendo no seguro de colhei­tas de cereais ser expressamente inclufda uma verba parapalhas ate 30 % do valor do respectivo cereal;

h) Leguminosas para grao - feijao, fava, grao-dc-bico,ervilha, trernoco, tremocilha e similares;

c) Oleaginosas arvenses - cartamo e girassol;d) Horticolas a ceu aberto:

i) Culturas horticolas sensiveis as baixas temperatu­ras - cebola, cenoura, alface, feijao-verde, tomate, pi­mento, melao, meloa, melancia, alho, beterraba horticola,abobora, alho-frances, aipo, batata-doce, beringela, chi­coriade folhas, courgette, couve-brocolo. couvc-chinesa.couve-flor, espargo, espinafre, agriao. ervilha, fava, mo­rango, pepino e quiabo;

ii) Culturas horticolas resistentes as baixas tempera­turas - couves (galega, tronchuda, pcnca. portuguesa,repolho, roxa, coracao-de-boi. lombardo e de bruxelas),nabo, rutabaga, rabano e rabanete;

e) Linho, lupulo e algcdao;f) Batara, incluindo batata para semente;g) Vinha a partir do 3,° ana de plantacao, cuja casta nao

seja do tipo «produtor directo» ou «vinha americana»; paravinhas instaladas com «enxerto pronto» decorridos quesejam 2 anos a partir da plantacao;

h) Pom6ideas - macieira, pereirae marmeleira,a partirdo 3,° ana de plantacao;

i) Prun6ideas - cerejeira, damasqueiro, pessegueiro eameixeira a partir do 3,° ana de plantacao;

j) Oliveira a partir do 5,° ana de plantacao, com areaminima de 0,5 ha, nao sen do permitido 0 seguro de arvo­res isoladas, bem como 0 de olivais com uma densidadeinferior a 40 arvores por ha;

I) Olival com idade de plantacao superior a 3 anos einferior a 6 anos, desde que se verifiquem as seguintescondicoes:

i) Plantacao de regadio;ii) Plantacao com densidade superior a 200 arvores por

ha, quando realizada com plantas enraizadas em estufas denebulizacao e conduzida com um so tronco, ou plantacaocom densidade superior a 1,000 arvores por ha, quandoconduzida sob a forma de arbusto;

iii) Apresentacao, aquando da celebracao do contratoda apresentacao de uma inforrnacao adicional do produtorque deve discriminaras condicoes atras mencionadas, bemcomo 0 tipo de podas realizadas e a producao esperada,

m) Frutos secos:

i) Nogueira e aveleira a partir do 4,° ana de plantacao;ii) Amendoeira a partir do 4.° ana de plantacao, com area

minima de 0,5 ha, nao sen do permitido 0 seguro de plantasisoladas, bem como 0 de pomares com uma densidade in­ferior a 100 arvores por ha, devendo estes ser constituidospor mais de uma variedade de floracao simultanea;

iii) Castanheiro a partir do 5,° ana de plantacao;iv) Alfarrobeira a partir do 8,° ana de plantacao.

n) Tabaco;0) Citrinos -laranjeira, limoeiro, toranjeira, tangeri­

neira e tangereira a partir do 3,° ana de plantacao;

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p)Actinidea (kiwi) a partir do 3.° ana de plantacao, comarea minima de 1 000 m", nao sen do permitido 0 segurode plantas isoladas;

q) Figueira a partir do 5.° ana de plantacao, com areaminima de cultivo de 0,5 ha, nao sendo permitido 0 segurode arvores isoladas;

r) Culturas em regime de forcagem. conduzidas no in­terior de estufas ou abrigos baixos (tuneis);

s) Beterraba acucareira;t) Pequenos frutos - mirtilo, framboesae amoraa partir

do 2.° ana de plantacao e sabugueiro (baga) a partir do4.° ana de plantacao;

u) Floricultura ao ar livre;v) Diospireiro a partir do 3.° ana de plantacao;x) Nespereira a partir do 4.° ana de plantacao;z) Abacateiro a partir do 3.° ana de plantacao;aa) Tamarilho, com proteccao anti-geada, a partir do

2.° ana de plantacao;hh) Tomate para industria;ee) Medronheiro a partir do 5.° ana de plantacao, com

area minima de cultivo de 0,5 ha, nao sendo penmitido 0

segura de arvores isoladas;dd) Viveiros viticolas, fruticolas, florestais e de plantas

ornamentaisem regime de ar livre, considerando-se viveiroo local onde e exercida, em conformidade com as disposi­coes legais aplicaveis, a actividade de viveirista, e onde seproduzam, para replantacao. plantas viticolas, fruticolas,florestais e plantasornamentais,em regime de ar livre, semvenda ao publico e cujas plantas nao sejam produzidas noambito de ensaios ou estudos de natureza cientffica.

Artigo 2.°

nenmltacaes especificas de determinadas culturas

1- Os seguros de citrinos, do abacateiro e do tamarilhotern inicio em 1de Agosto etenminam em 31 de Julho do anoseguinte,cobrindo os frutos provenientes da floracao ocorridana Primavera imediatamente anterior acelebracao do contratode seguro e, no caso do limoeiro tambem os frutos em plenodesenvolvimento provenientes das floracoes remontantes.

2 - A datado inicio do seguro de floriculturaao ar livree de viveiros viticolas, fruticolas, florestais e de plantasomamentais em regime de ar livre faz-se com referenciaa datas de calendario, ficando os riscos cobertos a partirdas datase nas regioes constantesdo anexo I ao presenteregulamento e que deste faz parte integrante.

Artigo 3.°

Pareceres previos

I - Os segurosde citrinos, do abacateiro e do tamarilhocarecem de parecer previafavoravel dos servicos regionaisdo Ministerio da Agricultura, do Mar, do Ambiente e doOrdenamento do Territorio (MAMAOT), que devem ter emcontaa localizacao e a composicao dos pomares, 0 uso detecnicas culturais adequadas, a disponibilidade e qualidadedaagua de regae 0 grau de riscoa queacultura esta sujeita,nomeadamente no que se refere ao risco de geada.

2 - 0 seguro de actinidea (kiwi) de capital igual ousuperior a € 2.500 carece de parecer previo favoravel dosservices regionais do MAMAOT, que devem ter em cons i­deracao a localizacao das plantas, designadamente no querespeita ao solo, exposicao e drenagem atmosferica,

3 - 0 seguro deculturas emregime de forcagem carece deparecer previa favoravel dosservicos regionais do MAMAOT,

que devem atender it correcta utilizacao do solo, it localiza­cao das culturas e ao emprego de tecnologias adequadas.

4 - 0 seguro de floricultura ao ar livre, carece de pare­cer previo favoravel dos services regionais do MAMAOT,sempre que haja duvidas quanto it adaptabilidade das cul­turas as condicoes edafo-climaticas locais.

5 - Quando seja contratado 0 risco de chuvas persis­tentcs, 0 segura de tomate para industria carece de parecerprevio favoravel dos servicos regionais do MAMAOT,que devem ter em consideracao os aspectos necessaries acaracterizacao do solo, nomeadamente os que se referemas condicoes de espessura, a textura e ao hidromorfismo,que condicionam a sua capacidade de drenagem.

6 - 0 segurode viveiros viticolas, fruticolas, florestaise de plantas omamentais em regime de ar livre carecede parecer previo favoravel dos servicos regionais doMAMAOT, confirmando a designacao legal de viveirista,especies autorizadas e reconhccidas, existencia de rega enumero de plantas existentes por parcela.

Artigo 4.°

Exclusees

1 - Para alem das exclusoes constantes da apoliceuniforme do seguro de colheitas, nao ficam abrangidospelo seguro de colheitas as arvores, as estufas ou qualqueroutro tipo de capital fundiario,

2 - Nao ficam tambem abrangidas as culturas cujassementeiras ou plantacoes tenham sido feitas fora dasepocas normais para as respectivas regioes e aindaquandotenham sido feitasou mantidas em condicoes tecnicamentedcsaconselhavcis, competindo aos services regionais doMAMAOT, em caso de duvida, pronunciar-se sobre aepoca e as condicoes de realizacao das culturas.

SEc<;:Ao 11

Riscos cobertos, cobertura base, coberturas complementares

Artigo 5.°

Riscos cobertos

o seguro de colheitas garante a cobertura dos seguintesriscos:

a) Incendio - cornbustao acidental, com desenvolvi­mento de chamas estranhas a uma fonte normal de fogo,ainda que nesta possa ter origem, e que se pode propagarpelos seus proprios meios;

h) Accao de queda de raio - descarga atmosfericaocorrida entre nuvem e solo, consistindo em urn ou maisimpulsos de corrente, que conferem ao fenomeno umaluminosidade caractetistica, raio, e que provocam danospermanentes nos bens seguros;

e) Explosao - accao sub ita e violenta de pressao ou dedepressao de gas ou de vapor;

d) Granizo - precipitacao de agua em estado solidosob a forma esferoide;

e) Tornado - tempestade giratoria muito violenta,sob a fonma de coluna nebulosa projectada ate ao solo,e ainda vento que no momenta do sinistro tenha atingidovelocidade instantanea superior a 80 km por hora ou cujaviolencia destrua ou derrube arvores num raio de 5 kmenvolventes dos bens seguros;

f) Tromba-dagua - efeitos mediata ou imediatamenteresultantes de queda pluviometrica igual ou superior a

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10 mm em dez minutos no pluviornetro, incluindo os pre­juizos resultantes de inundacao , desde que a mesma resultede queda pluviometrica ocorrida no proprio local;

g) Geada - formacao de cristais de gelo nos tecidoscelulares em consequencia da sublimacao do vapor de aguaou arrefecimento abaixo de O°C da superficie das plantas,quando 0 ar adjacente, nao tendo humidade suficientepara a formacao de cristais de gelo, provoca a necrose dostecidos vegetais por dissecacao:

h) Queda de neve - queda de finos cristais de gelo, porvezes aglomerados em flocos;

i) Fendilhamento do frutonaculturada cerejeira- ocor­rencia de precipitacao que provoque 0 fendilhamento dofruto em maturacao na cultura da cerejeira;

j) Chuvas persistentes na cultura do tomate para indus­tria - efeitos mediata ou imediatamente resultantes da plu­viosidade que, pelasua continuidade e quantidade, produzamencharcamento do solo, causando danos na producao segurae, de uma formageneralizada, em todo 0 concelho de local i­zacao da cultura, com as seguintes efeitosouconsequencias:

i) Asfixia radicular, arrastamento. desenraizamento eenterramento da planta;

ii)Queda, arrastamento e enterramento daproducao segura;iii) lmpossibilidade fisica de efectuar a colheita, devendo

existirsinaisevidentesde alagamento que impeca a realiza­cao da mesma ate a data limite da cobertura, sem prejuizo dodisposto nas condicoes gerais da apolice uniforme do segurode colheitas, no que respeita as obrigacoes do segurado;

iv) Pragas e doencas. devido a impossibilidade de re­alizacao de tratamentos e sempre que estas sejam conse­quencia do sinistro, sem prejuizo do disposto nas condicoesgerais da apolice uniforme do seguro de colheitas, no querespeita as obrigacoes do segurado.

Artigo 6,°

Cobertura base

a contrato de seguro de colheitas deve cobrir todos osriscosreferidos nasalineas a) ad) doartigo 5.°,constituindo­-se assim a cobertura base.

Artigo 7,°

Coberturas complementares

1 - as riscos referidos nas alineas e) ah) do artigo 5,°podem ser contratados isoladaou conjuntamente e consti­tuem coberturas complementares.

2 - as riscos referidos nas alineas i) ei) do artigo 5,°so podem ser contratados conj untamente com a totalidadedos riscos referidos nas alineas a) a h) do mesmo artigo.

3 - Por acordo entre a empresa de seguros e 0 tomadordo seguro podem ser cobertosoutros riscos a que as cultu­raspossam estar sujeitas, nos termos definidos naap6lice.

Artigo 8,°

Cobertura riscos de geada e queda de neve

A cobertura dosriscosde geada e queda de neve obedeceaos seguintes principios:

a) Sem restricoes de caracter temporal, sem prejuizo dasdatas de inicio e termo do contrato de seguro estabelecidasnas respectivas condicoes especiais:

i) Culturas em regime de forcagem conduzidas no in­terior de estufas ou abrigos baixos (tuneis);

ii) Citrinos, aveleira, alfarrobeira, abacateiro, tamarilho;iii) Milho, arroz, sorgo, oleaginosas arvenses;iv) Couves (galega, tronchuda, penca, portuguesa, repo­

Iho, roxa, coracao-de-boi. lombardo e de bruxelas), nabo,rutabaga, rabano e rabanete.

h) Com restricoes de caracter temporal:

i) Com referencia aocicio vegetativo - 0 riscoe cobertoquando ocorra a partir da verificacao dos estados fenologi­cos abaixo indicados para as varias culturas ou plantacoes:

1)Trigo,centeio, cevada,aveia, triticale e alpista - em-borrachamento, ultima folha visivel, mas ainda enrolada;o caule corneca a inchar ao nivel da espiga;

II) Macieira - botao rosa, quando, por abertura daspetalas no botao central. e vistvel. em 50 % das arvores, acor rosa ou vermelha das petalas em novelo fechado;

III) Pereira - botao branco, quando, por abertura daspetalas num botao periferico, e vislvel. em 50 % das arvo­res, a cor branca das petalas em novelo fechado;

IV) Marmeleiro - plena floracao, em pelo menos 50 %das arvores a flor esta completamente aberta, deixandovisfveis os seus orgaos reprodutores;

V) Castanheiro - fruto formado;VI) Nogueira - aparecimento das flores femininas;VII)Amendoeira - fruto jovem;VIII) Prunoideas - plena floracao, quando em pelo me­

nos 50 % das arvores 0 estado mais frequentemente obser­vado corresponde ao momenta em que a flor esta completa­mente abcrta, deixando visfveisos seusorgaos reprodutores;

IX) Oliveira - fruto formado, quando pelo menos 50 %das arvores tenham atingido a fase do cicio vegetativoequivalenteao endurecimento do caroco, isto e, quando 0

fruto evidencie 0 calibre proprio da variedade em causa;A')Actinidea (kiwi) - abrolhamento, quando pelo menos

50 % das plantas alcancem ou ultrapassem a fase do cicio ve­getativo correspondente aoentumescimento dosgomos fiorais;

XI) Vinha - desde 0 aparecimento dos «gomos de al­godao», quando 0 estado mais frequentemente observadoem pelo men os 50 % das vides corresponde a separacaodasescamas, tornando-se bem visivel a olho nua proteccaosemelhante ao algodao de cor pardacenta;

XII) Beterraba acucareira;XIII) Beterraba de Outono - a partir do aparecimento

das 10 primeiras folhas, quando pelo menos 50 % dasplantas apresentem 10 ou mais folhas;

XIV) Beterraba de Primavera - a partir do apareci­mento das 8 primeiras folhas, quando pelo menos 50 %das plantas apresentem 10 ou mais folhas;

XV) Tomate para industria - a partir das quatro folhasverdadeiras e apresentando a planta um sistema radicularperfeitamente desenvolvido;

XVI) Mirtilo - botoes visiveis, quando pelo menos50 % das plantas apresentam botoes florais visiveis;

XVII) Framboesa e amora - botoes florais fechados,quando pelo menos 50 % das plantas apresentam visiveisos botoes florais na extremidade das ramificacoes;

XVIII) Sabugueiro (baga) - ponta verde;Xf){') Medronheiro - plena floracao, quando em pelo

men os 50 % das arvores a flor esta completamenteaberta,deixando visfveis os seus orgaos reprodutores;

ii) Com referencia a datas de calendario - nas culturas detabaco, batata, lupulo, cebola, cenoura, feijao-verde, melao,meloa, melancia, alho, beterraba horticola, abobora, alface,

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pimento, tomate, alho-frances, aipo, batata-doce, beringela,chic6ria de folhas, courgette, couve-brocolo. couvc-chinesa,couve-flor, espargo, espinafre, agriao, ervilha, fava, pepino,quiabo, morango, leguminosas para grao, figo, linho, algodao,diospireiru e nespereira, os riscos de geada e de queda de neveficam cobertos a partir das datas e nas regioes constantes doanexo I aopresente regulamento e quedestefazparte integrante.

Artigo 9.°

Culturas da mesma especie

ocontrato de seguru deve cobrirtodas as culturas da mesmaespecieque0 segurado possua ouexplore nomesmo concelho.

SEc<;:Ao III

Celebracao do contrato desegura

Artigo 10.°

Empresas de seguros aderentes

o seguru de colheitas pode ser efectuado em qualquerempresa de seguros autorizada a explorar 0 ramo a que serefere 0 n." 9 do artigo 123.° do Decreto-Lei n." 94-8/98, de17 deAbril, atraves da celebracao de urn contrato individualou colectivo.

Artigo 11.°

Contrato de seguro individual

Entende-se par «contrato de segura individual» 0 con­trato subscrito directamente por qualquer entidade quetenha interesse legitimo sobre a producao segura.

Artigo 12.°

Contrato de seguro colectivo

1 - 0 contrato de seguru colectivo pode ser celebradopar organizacoes e associacoes de produtores, cooperativasagrfcolas e sociedades comerciaisqueefectuema transfor­macao e ou comercializacao da producao segura.

2 - Podem ainda celebrar contratos colectivos as co­missoes regionais vitivinicolase as associacoes de agricul­tores cujos associados directos sejam produtores.

3 - 0 contrato de seguru colectivo baseia-se nos prin­cipios da adesao voluntaria dos agricultores beneficiariose do conhecimento por estes das condicoes do seguro,devendo a entidade colectiva que os representa adoptaras medidas necessarias para 0 efeito.

4 - 0 contrato de seguru colectivo deve garantir os va­lores individuais de capital seguru de cada urn dos aderen­tes, ficando os mesmos impossibilitados de celebrar con­trato de seguru individual para a mesma parcela e cultura.

5 - As cooperativas agricolas. associacoes e organ i­zacoes de agricultores podem mediar contratos de segurude colheitas, nos moldes e condicoes previstos no regimejuridicode acesso e de exerciciodaactividade de rnediacaode segurus.

Artigo 13.°

Contrataeao

1 - 0 seguru de colheitas e contratado nos termos deuma apolice uniforme, publicada pelo lnstituto de Segurusde Portugal, de acordo com 0 estabelecido no artigo 15.°do Decreto-Lei n." 20/96, de 19 de Marco.

2 - A publicacao daap6licereferida no numero anteriordeve OCOITer no prazo de 60 dias apos a data de publicacaoda presente portaria.

3 - 0 agricultor, nos termos do contrato, pode optarpor uma indemnizacao com base num prejufzo mfnimode 5 % ou de 30 % do valor seguru.

Artigo 14.°

nuraca« do contrato

1 - 0 contrato de seguru de colheitas e temporario.nao prorrogavel.

2 - Sem prejuizo do disposto no presente regulamento,a producao de efeitos do contrato de seguru e reguladapelas condicoes da apolice uniforme.

3 - Sem prejuizo das datas limite de prcducao de efei­tos definidas nas condicoes especiais da apolice uniforme,o contrato caduca na data da conclusao da colheita e, nocaso especifico das culturas arb6reas ou arbustivas, no mo­mento em queos frutos sao retirados daarvore oudaplanta.

Artigo 15.°

Recibo do premio de seguro

o recibo do premio de seguru deve sempre indicar 0

valor da bonificacao atribuida pelo Estado.

SEc<;:Ao IV

Valor segura

Artigo 16.°

Calculo do valor a segurar

1 - Para efeitos de calculo do valor a segurar, sao con­sideradas as producoes efectivamente esperadas e os precosde mercado correntes na regiao.

2 - 0 custodasoperacoes de transporte nao deveser in­cluidono valora segurar, nos casos em que,em consequen­cia de um sinistro, esse custo nao tenha de ser incorrido.

3 - Compete ao tomador do seguru ou ao segurado,sempre que lhe seja solicitado, apresentar justificativo daproducao esperada, a qual deve estar fundamentada atravesde registos daexploracao, considerando-se como maximoaceitavel a media da prudutividade obtida durante os ulti­mos seis anos, excluindo 0 ana de men or produtividade,acrescida de 20 %, ou, na sua ausencia, de declaracao aobter junto dos servicos regionais do MAMAOT atestandoa prudutividade segura.

4 - Se 0 preco declarado exceder em 20 % ou mais 0

preco de mercado corrente na regiao, 0 tomador do seguruou ao segurado deve, sempre que lhe seja solicitado, apre­sentar justificativo do preco declarado, 0 qual deve estarfundamentado atraves de documentos comprovativos ou, nasuaausencia, de declaracao a obter juntodos services regio­nais do MAMAOT atestando 0 preco da producao segura.

Artigo 17.°

Alteracees aos valores declarados

A partir do momenta em que 0 seguro comece a pro­duzir efeitos nao sao admitidas quaisquer alteracoes nosvalores declarados, assistindo ao segurado 0 direito de,antes da ocorrencia de um sinistro ou da verificacao dequalquer risco coberto susceptivel de pruduzir urn dana

Diorio da Republica. J. 'serie-X." 250-30 de Dezembro de 20ll 5523

material, alterar 0 capital segura, se essa alteracao fordevida a:

a) Acidentes meteoral6gicos nao possiveis de abrangerno ambito do segura de colheitas;

b) Pragas de ambito regional para cuja ocorrencia 0

segurado seja inteiramente alheio;c) Variacao de preco ou subsidios oficiais;Ii) Legitima expectativa de vir a verificar-se um sig­

nificativo aumento da producao esperada, devidamentecompravado pelos servicos regionais do MAMAOT;

e) Correccao de erros de calculo cometidos pelo segu­rado nas declaracoes iniciais.

SEc<;:Aov

lndemniaacoes

Artigo 18,°

Calculo da Indemnizaeao

1- 0 segura de colheitasgarante ao agricultor uma indemni­zacao sobre 0 montante dos prejuizos sofridos pelas culturas quetenham origem em qualquer dos riscos abrangidos pela apolice,

2 - Em caso de sinistro, 0 compute dos danos que serve debase ao calculo da indemnizacao atende as producoes reais, naosendo possivel determina-las, e considerada a media das produti­vidades obtidas durante os ultimos seis anos, excluindo 0 ano demenor produtividade, acrescida de 20 %, ou, na impossibilidadedo seu calculo, a produtividade atestada pelos servicos regio­nais do MAMAOT em declaracao a obter junto dos mesmos,considerando-se como limite maximo a declaracao do segurado.

3 - Sao considerados como constituindo urn unico si­nistro as perdas ou danoscom a mesmacausaqueocorramnas quarenta e oito horas seguintes ao momento em queas coisas seguras sofram as primeiros danos.

4 - 0 montante a indemnizar e calculado com base novalor apurado nos termos do n." 1, deduzido dos gastosgerais de cultivo ou colheitas nao realizados, bem como detransportes nao efectuados, caso 0 seu custo esteja incluidono valor seguro, tendo em consideracao 0 scguinte:

a) Salvo 0 disposto na alinea h) do presente numero,o montante da indemnizacao e equivalente a 80 % dosprejuizos real mente sofridos;

h) Nao sao indernnizaveis os prejuizos resultantes desinistros cujo montante, par verba segura, seja inferiora 5 % ou a 30 % do valor seguro, com urn minima de75 euros, con so ante a opcao do agricultor relativamenteao prej uizo minimo, previsto no n." 3 do artigo 13,°, tenhaside de 5 % ou 30 %, respectivamente;

c) Se 0 valor dos prejuizos real mente sofridos for igualou superior aos limites a observar nos termos da alfneaanterior, a indernnizacao e calculada tendoporbase 0 valortotal, aplicando-se 0 disposto na alinea a) deste nurnero;

Ii) No calculo de qualquer indemnizacao relativa a segurade culturas de varies cortes, colheitas ou apanhas, nomeada­mente as do tomate e as de regime de forcagem, atende-se aovalor das colheitas ja realizadas, em funcao da distribuicaomensal das receitas esperadas indicadas naproposta deseguro;

e) Quando 0 sinistra ocorrer numa fase do cicio pra­dutivo em que, tecnica e economicamente, seja viavel arenovacao dacultura ou a implernentacao de outra em suasubstituicao, 0 montante da indernnizacao correspondeaos encargos suportados ate essa data e atender-se-a aosprejuizos decorrentes do diferimento da colheita.

5 - As indemnizacoes por sinistras abrangidos pelo segurade colheitas nao devem ser pagas antes do inicio das epocasnormais de comercializacao dos pradutos, excepto quando 0

sinistro ocorra nafuse referida naalfnea e)donumero anterior.6 - Os limites referidos na alinea h) do n." 4 podem ser

alterados por despacho dos Ministros de Estado e das Financase daAgricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento doTerrit6rio.

SEc<;:AoVI

Bonificacces dos prernios desegura decolheitas

Artigo 19,°

Determinacao da bonificacao do premio

1 - Nos termos do disposto no artigo 4,° do Decreto­-Lei n." 20/96, de 19 de Marco, 0 Estado bonifica os pre­mios de segura de colheitas,

2 - Para efeitos da atribuicao de bonificacao, atende­-se ao scguinte:

a) Econcedida uma bonificacao de 25 % do premio doscontratos de segura que efectuem a cobertura dos riscosprevistana cobertura base, com excepcao da cultura doscereais, em que a bonificacao da cobertura base e de 30 %,

h)Sem prejuizo dodisposto naalinea anterior, podem ser con­cedidas, cumulativamcnte, as bonificacoes constantes do ane­xo III ao presente regulamento e que deste faz parte integrante,

c) A taxa de bonificacao que resultar da aplicacao das regrasprevistas nas a1ineas a) e h) do presente numero fica limitada a:

i) 70 % do valor do premio, quando, por opcao do agri­cultor, 0 prejuizo minima por verba segura e de 30 % domontante segura;

ii) 50 % do valor do premio, quando, por opcao doagricultor, 0 prejufzo mfnimo por verba segura e de 5 %do montante segura.

3 - Para efeitos do calculo da bonificacao a atribuir,considera-se 0 prernio a pagar pelotomador do seguro comdeducao dos encargos fiscais, parafiscais e custodaapolice,limitado ao obtido a partir datarifa de referencia, nos casosem que 0 premio da empresa de seguras for superior,

Artigo 20,°

Condicees para atribui~ao da boniflcaeao dos premios

Sem prej uizo do disposto nos artigos anteriores, a atribui­cao da bonificacao depende do cumprimento das condicoesconstantes do anexo IV ao presente regulamento, e que destefaz parte integrante,

Artigo 21.°

Tarifas de referenda

As tarifas de referencia para calculo das bonificacoesdos prernios de seguro, bem como os intervalos de tarifacaoa considerar para efeitos de atribuicao da majoracao dabonificacao por tarifacao sao determinados por despachodos Ministras do Estado e das Financas e daAgricultura,do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Territorio,

Artigo 22,°

Premio a suportar pelo tomador

Sem prejuizo do disposto nos artigos 19,°,20,° e 21.°,o valor do premio a pagar pelo tomador do segura deve

5524 Diorio da Republica. J. 'serie-X" 250-30 de Dezembro de 20ll

ser liquido da bonificacao a atribuir e, no minimo, devecorresponder a 30 % do premia comercial.

CAPiTULO II

Fundo de calamidades

Artigo 23.°

Objective

1- De acordo com 0 disposto no artigo 6.odo Decreto­-Lei n." 20/96, de 19 de Marco, 0 fundo de calamidadesdestina-se a intervir apenas em situacoes de calamidadeagrfcola de origem climaterica e a compensaras agricul­tares par danos provocados exclusivamente par riscoscujacobertura nao seja possivel efectuarno ambito de umcontrato de segura de colheitas.

2 - Para efeitos do presente diploma, entende-se porcalamidade agricola de origem climaterica a ocorrencia defen6menos exclusivamente climaticos. de caracter excep­cional, que pravoquem uma quebra de producao generali­zada das culturas,no minima de 50 %, deJa resultandoumaacentuada perdado rendimento dos agricultores, atendendo­-se para efeitos de determinacao da quebra de producaoas pradutividades habitualmente verificadas na regiao.calculadas com base na media obtida durante os ultimosseis anos, com exclusao do ana de menor produtividade.

Artigo 24.°

Declaraeao de calamidade

A declaracao de calamidade agricola e efectuada par portariados Ministras de Estado e das Financas e daAgricu!tura, doMar, do Ambiente e do Ordenamento do Territorio. e define adata da sua ocorrencia e as medidas de apoio a conceder, bemcomo a area geografica de intervencao e as cu!turas abrangidas.

Artigo 25.°

Benefichirtos

1 - Podem beneficiar das medidas de apoio a criarno ambito do fundo de calamidades os agricultores quereunam, cumulativamcnte. as seguintes condicoes:

a) Tenham contrato de segura de colheitas;h) Tenham efectuado 0 pagamento da contribuicao para

o fundo de calamidades.

2 - a contrato de seguro de colheitas referido naalfneaa) do numero anterior deve incluir, pelo menos, osriscos referidos como cobertura base e abranger a culturaou plantacao atingida pela calamidade.

Artigo 26.°

Acesso ao Fundo

Sem prejuizo das disposicoes que venham a ser estabe­lecidas na portaria relativa a declaracao de calamidade, 0

acesso aos beneficios do fundo de calamidades obedeceaos seguintes principios:

a) Beneficiam das medidas de apoio a criar no ambito dofundo de calamidades os agricultores que tenham efectuadosegura de colheitas ate a data da ocorrencia da calamidade;

h) as beneficios decorrentes dos apoios concedidosno ambito do fundo de calamidades sao diferenciados

de acordo com a data do contrato de segura de colheitas,sendo tanto menores quanto mais tardia for a datada suacelebracao, e devem obedecer ao disposto no anexo Vaopresente regulamento e que deste faz parte integrante.

Artigo 27.°

Determinaeao dos apoios a conceder

As percentagens de apoio definidas no anexo V incidemsobreos limites individuais que vierema serestabelecidosem cada uma das medidas criadas no ambito do fundo decalamidades, salvo se 0 valor das candidaturas exceder oslimites dos apoios definidos para a medida, caso em quesao praporcionalmente ajustados.

Artigo 28.°

Contribuicao dos agricultores para 0 fundo de calamidades

A contribuicao referida na alinea h) do n." 1 do ar­tigo 25.°,e cobrada conjuntamente com 0 prernio de segurode colheitas e corresponde a 0,2 % do valor segura.

Artigo 29.°

Retribuieao as empresas de seguros

o Estado, atitulode retribuicao pelos servicos prestadosno ambito do fundo de calamidades, atribui as empresas deseguros uma rernuneracao equivalente a 10 % da receitacobrada para 0 fundo de calamidades relativa a contratosem que 0 tomador do segura haja efectuado a contribuicaopara 0 fundo.

Artigo 30.°

Actividades nao abrangidas pelo seguro

A ocorrencia de situacoes de calamidade para activi­dades nao abrangidas pelo segura de colheitas pode serobjecto de intervencao por parte do Estado, sem utilizacaodos recursos financeiras do fundo de calamidades.

CAPiTULO III

Compensacao de sinistralidade

Artigo 31.°

Objective

De acordo com 0 estipulado no artigo 9.° do Decreto-Lein." 20/96, de 19 de Marco, 0 mecanismo de compensacao desinistralidade destina-se a compensar as empresas desegurospeloexcesso de sinistralidade queocorra durante 0 exercfcioda sua actividade.

Artigo 32.°

netermmacae da compensacao de sinistralidade

A compensacao de sinistralidade e diferenciada, con­soante 0 grau de risco, nos seguintes terrnos:

a) a Estado atribui as empresas de seguras uma com­pensacao pelo valordas indemnizacoes relativas a sinistrosocorridos num determinado anae pagas ate31 de Marco doana scguinte, na parte em que excedam umapercentagemdo valor dos premios pracessados, da seguinte forma:

i) Nas zonas pertencentes as regioes A, B e C, a compen­sacao do Estado e equivalente a 85 % do valor das indemni-

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zacoes pagas, na parte em que excedam 110 % dos premiosprocessados relativos a contratos de segura de colheitas, comexcepcao dos contratos referentes acultura da cerejeira queincluam a cobertura de risco de fendilhamento do fruto, em quea compensacaodo Estado e equivalente a 85 % do valor dasindemnizacoes, na parte em que excedam 85 % dos premiosprocessados, relativos a estes contratos de segura de colheitas;

ii) Nas zonas pertencentes aregiao D, a compensacaodo Estado equivale a 85 % do valor das indemnizacocspagas, na parte em que excedam 80 % do valor dos premiospracessados relativos a contratos de segura de colheitas,com excepcao dos contratos referentes acultura da cere­jeira que incluam a cobertura do risco de fendilhamentodo fruto em que a compensacao do Estado e equivalente a85 % do valor das indemnizacocs pagas, na parte em queexcedam 65 % do valor dos premios pracessados relativosa estes contratos de segura de colheitas;

iii) Nas zonas pertencentes aregiao E, 0 Estado com­pensa as empresas de seguras em 85 % do valor das in­demnizacoes, no montante em queexcedam 65 % do valordos premios processados relativos a contratos de seguro decolheitas, com excepcao dos contratos referentes aculturada cerejeira que incluam a cobertura do risco de fendilha­mento do fruto para 0 qual 0 valor da cornpensacao desinistralidade e calculado separadamente;

h) Para efeitos de calculo das percentagens referidas naalfnea anterior, atende-se ao scguinte:

i) No valor das indcmnizacoes podem ser incluidasdespesas com peritagens e regularizacao de sinistras ateao limite maximo de 10 % dos premios, nao sendo con­siderados as sinistros decorrentes de riscos contratadosao abrigo do disposto no n." 3 do artigo 7,° do presenteregulamento;

ii) Sao considerados os prem ios totais, incluindo 0 valordas bonificacoes, liquidos de estornos e anulacoes e deduzi­dos os impostos e taxas, nao sen do englobados os premiosreferentes aos riscos contratados ao abrigo do disposto non." 3 do artigo 7,° do presente regulamento;

iii) 0 apuramento dos valores e efectuado por empresade seguros e para cada uma das regioes, agrupadas deacordo com os indices de sinistralidade definidos para acornpensacao de sinistralidade.

Artigo 33,°

Adesao it compensacao

1 - A adesao ao mecanisme de compensacao de sinis­tralidade e facultativa, nao podendo a empresa de seguras

celebrar contrato de resseguro na parte de responsabilidadeque corresponde ao Estado,

2 - As empresas de seguras que nao pretendam, emdeterminado ano,aderir ao mecanismode compensacao desinistralidade devemmanifestar formalmente essa intencaoao IFAP, L P" ate 31 de Dezembra do ana anterior,

Artigo 34,°

Conn-ibuieao das empresas de seguros

A adesao ao mecanisme de cornpensacao de sinistrali­dade e efectuada para a totalidade das regioes, ficando asempresas de seguros obrigadas a realizar umacontribuicao,de acordo com 0 estipulado no artigo 9,° do Decreto-Lein." 20/96, de 19 de Marco, calculada da seguinte forma:

a) A contribuicao corresponde a uma percentagem dovalor dos premios processados no ramo de seguro emquestao e e diferenciada por regiao:

i) Nas regioes A, B e C e equivalente a 6,3 % da total i­dade dos premios pracessados nestas regioes;

ii) Na regiao D, e equivalente a 9 % da totalidade dospremios processados na regiao;

iii) Na regiao E, e equivalente a 10,8 % da totalidadedos premios pracessados na regiao.

b) 0 valor dos premios a considerar para efeitos decalculo da contribuicao definida na alinea anterior deveestar em conformidade com 0 referido na subalinea ii), daalinea h) do artigo 32,° do presente regulamento,

CAPiTULO IV

Procedimentos

Artigo 35,°

Procedimentos

1 - Os pracedimentos a observar entre 0 IFAP, L P, eas empresas de seguros, necessaries ao processamento dasvarias componentes do SIPAC, sao definidos em circulara emitir pelo IFAP, L P,

2 - A referida circular deve indicar os dados tecnicos eestatfsticosrelativosao seguro de colheitas que as empre­sas de seguras ficam obrigadas a fomecer ao IFAP, L P"subordinando-se 0 pagamento das bonificacoes e da com­pensacao de sinistralidade ao cumprimento previo daquelaobrigacao.

ANEXOI

(a que se refere 0 n.? 2 do artigo 2.°)

Regi6es e datas de inicio de cobertura

Regiao Disuito Concelho Data

A Faro Albufeira: Alcoutim: Aljezur: Castro Marim: Faro: Lagoa: Lagos: Louie: Monchique: 15de l-evereiro.Olhao: Portimao: Si10 Bras de Alportel: Silves: Tavira: Vila do Bispo; Vila Real deSanto Antonio.

Lisboa. Amadora: Cascais: Lisboa: Loures: Lourinha: Mafi-a: Odivelas: Oeiras: Sintra: TorresVedras.

Setubal . Almada: Seixal: Sesimbra: Setubal .

5526

Regiao Disuito

13 Aveiro.

BejaBraga .Coimbra .Leiria .

Lisboa.

Porto.SantaremSetubal .

Viana do Castelo

C Beja

tVOnl .

Leiria .Portalegre .

Santarem

D Aveiro.

Braga .

BragancaCastelo Branco.

Coimbra .

Guarda .Leiria .Porto.

SantaremVi,m<:l do C<:lste!o

Vil<:l Re<:ll.Viseu

E 13mg,mC;<:l

GU<:lrd<:l .

Vil<:l Re<:ll.

Viseu

GI'UPO

Diorio da Republica. J. 'serie-X" 250-30 de Dezembro de 20ll

Concelho Data

Aveiro; Espinho; Estarreja; l-eira; [Ihavo; Murtosa; Oliveira de Azemeis; Ovar; 5(10 J0(10 15 de Marco.da Madeira; Vagos.

Odemira..Esposende.Figueira da Fez; Mini; Montemor-o-Velho; Soure.Alcobaca; Bombarral; Caldas da Rainha; Leiria; Marinha Grande; Nazare; Obidos; Peniche;

Pombal: Porto de Mos.Alenquer; Arruda dos Vinhos; Azambuja; Cadaval; Sobral de Monte Agraco; Vila Franca

de Xira.Mala: Matosinhos: Porto: P6vO<:l de Varzim: Vila do Conde: Vila Nova de Gaia..Rio Maier;Alcacer do Sal: Alcochete: Barreiro: Grandola: Moira: Montijo: Palmela: Santiago do

Cacem: Sines.Caminha: Viana do Castelo..

Aljustrel; Almodovar; Alvito; Barrancos; Beja; Castro Verde; Cuba; Ferreira do Alentejo; 30 de Marco.Mertola: Moura; Ourique; Serpa; Vidigueira.

Alandroal: Arraiolos: Borba: Estremoz: Evora: Montemor-o-Novo: Mom: Mourao: Portel:Redondo; Reguengos de Monsaraz; Vendas Novas; Viana do Alentejo; Vila Vicosa.

Batalha.Alter do Chao; Arronches; Avis; Campo Maier; Castelo de Vide; Crato; Elvas ; Fronteira;

Gaviao; Marvao; Monforte; Nisa; Ponte de Sor; Portalegre; SouseI.Alcanena: Almeirim: Alpiarca: Benavente: Cartaxo: Chamusca: Constancia: Coruche:

Entroncamento; Golega; Salvaterra de Mages; Santarem; Torres Novas: Vila Nova daBarquinha; Vila Nova de Ourem..

Albergaria-a-Velha; Anadia; Arouca; Agueda; Castelo de Paiva; Mealhada; Oliveira do 15 de Abril.Bairro; Sever do Vouga; Vale de Cambra.

Amares; Barcelos; Braga; Cabeceiras de Basto; Celorico de Basto; Fafe; Guimaraes: P6vO<:lde Lanhoso: Terms de Bouro: Vieira do Minho: Vila Nova de Famalicao: Vila Verde:Vizela.

Alfandega da Fe; Mirandela; Vila Her..Belmonte; Castelo Branco; Covilha; Fundao; Idanha-a-Nova; Oleiros; Penamacor; Proenca­

-a-Nova: Serta: Vila de Rei: Vila Velha de Rodeo.Arganil ;Cantanhede: Coimbra; Condeixa-a-Nova: Gois:Lousa: Miranda do Corvo: Oliveira

do Hospital; Pampilhosa da Serra; Penacova; Penela; Tabua; Vila Nova de Poiares.Gouveia; Meda; Sabugal; Seia; Vila Nova de Fez CO<:l.Alvaiazere; Ansiao; Castanheira de Pera; Hgueiro dos Vinhos; Pedrogao Grande.Amarante; Baiao; l-elgueiras; Gondomar; Lousada; Marco de Canaveses; P<:lC;OS de Ferreira;

Paredes; Penafiel; Santo 'lirso; "lrofa; Valongo.Abrantes; Ferreira do Zezere; Macao; Sardoal; Tomar..Arcos de Valdevez; Melg<:lC;o; Monc;i1o; P<:lredes de Coum; Ponte d<:l B<:lrc<:l; Ponte de Lim<:l;

V<:llenC;<:l; Vil<:l Nm"<:l de Cerveim.Mesi10 Frio; Mondim de B<:lsto; Peso d<:l Regu<:l; S<:lnt<:l M<:lrt<:l de Pen<:lguii1o; V<:llp<:lC;os.Arm<:lm<:lr; C<:lrreg<:ll do S<:ll; Cinfiks; Lmnego; M<:lngu<:llde; Mort<1gu<:l; Nel<:ls; Oli'veim de

Fmdes; Resende; S<:lnt<:l Comb<:l Di1o; Si10 Joi1o d<:l Pesqueim; Si10 Pedro do Sui; T<:lbu<:lC;o;Tondel<:l: Viseu: Vouzel<:l.

Bmg<:lnC;<:l; C<:lrmzed<:l deAnsii1es;Freixo de Esp<:ld<:l ~ Cint<:l; M<:lcedo de Cav<:lleiros; Mimnd<:l 15 de Abril.do Douro; Mog<:ldouro; Torre de Moncorvo; Vimioso; Vinh<:lis.

Agui<:lr d<:l Beim; Almeid<:l; Celorico d<:l Beim; Figueim de C<:lstelo Rodrigo; Fornos deAlgodres; GU<:lrd<:l; M<:lnteig<:ls; Pinhel; Tmncoso.

Alijo: Botic<:ls: Ch<:lves: Mont<:llegre: MurC;<:l: Ribeim de Pen<:l: S<:lbros<:l: Vil<:l POUC<:l deAgui<:lr; Vil<:l Re<:ll.

C<:lstro D<:lire: Moiment<:l d<:l Beim: Pen<:lh"<:l do C<:lstelo: Penedono: S<:lti1o: Sern<:lncelhe:T<:lrouC<:l: Vil<:l Nm"<:l de P<:li'v<:l.

ANEXO II

(a que se referem os artigos 18.° e 19.°)

Culturas por grupo de tarifa~ao

Cullum

Cere<:lis, linho, lupulo, <:llgodi1o, ole<:lginos<:ls <:lrvenses, cou've g<:lleg<:l, couve tronchud<:l, cou've penC<:l, cou've portugues<:l, cou'verepolho, cou've roX<:l, cou'vecomc;i1o-de-boi, cou've lomb<:lrdo, cou've de bruxel<:ls, n<:lbo, rut<:lb<:lg<:l, r<1b<:lno, mb<:lnete, t<:lm<:lrilhoe cultums em regime de forC;<:lgem.

Diorio da Republica. J. 'serie-X." 250-30 de Dezembro de 20ll 5527

GI'UPO Cullum

II "lomate, pimento, melao, meloa, melancia, abobora, cebola, cenoura, alface, feijao-verde, alho, alho-frances, ervilha, aipo, berin-gela, pepino, qui abo, chicoria de folhas, courgette, agriao, couve-brocolo, couve-chinesa, couve-flor, espargo, espinafre, fava,beterraba hortlcola, beterraba acucareira, tabaco, azeitona para conserva, azeitona para azeite, batata, batata doce, castanha,nespera, morango, leguminosas para grao, medronheiro, floricultura <:10 ar livre e viveiros viticolas, fruticolas, florestais e deplantas ornamentais <:10 ar livre.

III U'V<:l, figo, alfarroba, mirtilo, framboesa e amora.IV Pomoideas, prunoideas, actinidea (kiwis. diospiro, noz, amendoa, avela e sabugueiro (baga).V Citrinos e abacate.VI Cereja com cobertura tow! incluindo 0 risco de fendilhamento.VII Tom~te para industria com cobertura total, incluindo 0 risco de chuvas persistente.

ANEXO III

(a que se refere 0 n.?2 do artigo 19.°)

cumutacao de bonlflcacoes

1 - Por coberturas complernentares:

a) Pom6ideas, prun6ideas e vinha:

i) 10 % do premio dos contratos de segura de colheitasque incluam qualquer dos riscos previstos como coberturascomplementares;

ii) Nos contratos de segura de colheitas celebradosindividualmente, para pomares de variedades aut6c­tones ou que disponham de adequado equipamentoantigeada, bem como para pomares e vinhas com boalocalizacao, sera concedida uma bonificacao adicio­nal de 10 %, Para efeitos do disposto nesta alinea, asculturas carecem sempre de dcclaracao dos servicesregionais do MAMAOT, A declaracao, a emitir pelosservices regionais do MAMAOT, atestando a correctalocalizacao da plantacao devera considerar, cumulati­varnente, os seguintes aspectos:

1) Boa drenagem atrnosferica - plantacoes cujalocalizacao se situe em zonas de encosta ou meia en­costa, que, pela sua situacao e oragrafia envolvente,permita uma boa movimentacao das massas de ar cir­cundante;

11) Cota de implantacao - sempre que as plantacoessejam adjacentes a cursos de agua, deverao estar instaladasa uma cota superior a daqueles, pelo men os, em 80 % darespect iva area;

ll1) Boa exposicao - plantacoes expostas entre os qua­drantes sui e nascente.

h) Restantes culturas - 10 % do premio dos contratosde segura de colheitas que incluam qualquer dos riscosprevistos como coberturas complementares.

2 - Por tarifacao - 10 %, 15 % ou 20 % do premiodos contratos de segura cujas tarifas de referencia sesituem nos intervalos de tarifacao a definir por despachoconjunto dos Ministras de Estado e das Financas e daAgricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamentodo Territorio,

3 - Por localizacao - 5 % do premio dos contratos desegura celebrados para a regiao de tarifacao E;

Contratos de seguro colectivos - sao ainda concedidos10 % de bonificacao aos premios dos contratos de seguracelebrados, para uma dada actividade, por qualquer das

entidades referidas nos n." 1 e 2 do artigo 12,°, desde queenvolvam. no mlnimo, como adercntcs, 50 % dos produ­tores dessa actividade nela representados, No caso dassociedades comerciais. a producao segura deve represen­tar, pelo menos, 50 % da producao adquirida, devendo 0

contrato de segura cnvolver, no minimo. 20 pradutoresfornecedores.

ANEXOIV

(a que se refere 0 artigo 20.°)

Condlcoes de atrlbulcao da bonlflcacao

a) Uva (inclui todas as regioes, a excepcao da do vinhoverde):

a, 1) Sem bonificacao - nao sera atribuida bonificacaocaso se verifique uma das seguintes condicoes:

Povoamento - com mais de 15 % de falhas;Castas nao autorizadas;Tecnicas culturais deficientes:

Ausencia de poda;Infestantes nao contraladas;Estado sanitario deficiente - com mais de 20 % de

plantas afectadas por uma ou mais das seguintes doencas:mildio e ou oidio;

a.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Povoamento - ate 15 % de falhas;Tecnicas culturais adequadas:

Poda anual;Infestantes contraladas;Bom ou regular estado sanitario;

h) Uva - regiao do vinho verde:h,l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Vinhas situadas em encosta alta, a uma altitude superiora400 m;

Vinhas expostas exclusivamente a norte;Solos com capacidade de uso das classes D ou E;Area cultivada inferior a 1,000 m';Povoamento - com mais de 15 % de falhas;

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Tecnicas culturais deficientes:

Ausencia de poda;Estado sanitaria deficiente - com rna is de 15 % de

plantas afectadas por uma ou mais das seguintes doencas:no curto e ou escariose;

h.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Povoamento ate IS % de falhas;Somat6rio das castas autorizadas e recomendadas su­

perior a 50 %;Tecnicas culturais convenientes:

Poda anual;Born ou regular estado sanitaria;

c) Pom6ideas (maca, pera e marmelo):c.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se-

guintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes D ou E;Arvores isoladas ou povoamento inferior a250 arvores/ha;Tecnicas culturais deficientes:

Ausencia de podas;Estado sanitaria deficiente - com rna is de 20 % de

plantas afectadas por doenca ou praga;lnfestantes nao controladas - mais de IS % de infes­

tacao;

c.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Densidade de plantacao - superior a 250 arvores/ha;Tecnicas culturais adequadas:

Poda anual;Born ou regular estado sanitaria;Boa ou aceitavel disponibilidade de agua de rega;lnfestantes controladas;

Ii) Frutos secos (nogueira, aveleira, castanheiro, amen­doeira e alfarrobeira):

d.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se-guintes condicoes:

Ma localizacao - altitude superior a 600 m;Ma drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes D ou E (no­

gueira, aveleira, amendoeira ou alfarrobeira);Solos com capacidade de usa da classe E (casta­

nheiro);Castanheiro, nogueira e alfarrobeira - densidade de

plantacao igual ou inferior a 35 arvores/ha;Amendoeira - densidade de plantacao igual ou inferior

a 100 arvores/ha;Aveleira - densidade de plantacao igual ou inferior a

ISO arvores/ha;Ausencia de poda de formacao;Estado sanitario deficiente (analogo ao referido para

as pom6ideas);lnfestantes nao controladas - mais de IS % de infes­

tacao;Regime de sequeiro (aveleira e ou nogueira);

d.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Castanheiro:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes C ou D;Densidade de plantacao - superior a 35 arvores/ha;lnfestantes controladas;

Nogueira:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Densidade de plantacao - superior a 35 arvores/ha;Born ou regular estado sanitaria;Boa ou aceitavel disponibilidade de agua para rega;lnfestantes controladas;

Aveleira:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes B ou C;Densidade de plantacao - superior a ISO arvores/ha;lnfestantes controladas;Born ou regular estado sanitaria;Boa ou aceitavel disponibilidade de agua para rega;

Amendoeira:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Densidade de plantacao - superior a 100 arvores/ha;Pomares em bom estado sanitario, constituidos parmais

de uma variedade de floracao simultanea;lnfestantes controladas;

Alfarrobeira:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Densidade de plantacao - superior a 35 arvores/ha;Bom ou regular estado sanitario;lnfestantes controladas;

e) Prun6ideas (cerejeira, pessegueiro, ameixeira e da­masqueiro):

e.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­guintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes D ou E (pes-segueiro, ameixeira e damasqueiro);

Solos com capacidade de uso da classe E (cerejeira);Povoamento:

Cerejeira - densidade de plantacao igual ou inferiora 200 arvores/ha;

Pessegueiro, ameixeira e damasqueiro - densidade deplantacao igual ou inferior a 300 arvores/ha;

Tecnicas culturais deficientes:

Podas:

Cerejeira - ausencia de poda de formacao;Pessegueiro, ameixeira e damasqueiro - ausencia de

poda anual;Estado sanitario deficiente (analogo ao referido para

as pom6ideas);lnfestantes nao controladas - mais de IS % de infes­

tacao;Regime de sequeiro;

Diorio da Republica. J. 'serie-X." 250-30 de Dezembro de 20ll 5529

e,2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes A, B, C ouD (cerejeira);

Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C(restantes culturas do grupo);

Povoamento:

Cerejeira - densidade de plantacao superior a 200 ar­vores/ha;

Pessegueiro, ameixeira e damasqueiro - densidade deplantacao superior a 300 arvores/ha;

Tecnicas culturais convenientes:

Podas:

Cerejeira - poda de formacao;Pessegueiro, ameixeira e damasqueiro - poda anual;

f) Actinidea (kiwi):/1) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Pomares instalados em encosta alta a uma altitude su­perior a 400 m;

Pomares instalados em locais cuja humidade relativamedia de Verao sej a inferior a 50 %;

Solos com capacidade de uso das classes C, D ou E;Pomares onde a variedade Hayward tenha um indice de

ocupacao inferior a 50 %; Vigor deficiente - rebentacao doano com lancamentos inferiores a 50 em ou em que 50 % dasvaras desviadas da base tenham um diametro inferior a 2 em;

Tecnicas culturais deficientes:

Ausencia de poda;Regime de sequeiro;

/2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Pomares instalados em locais cuja humidade relativamedia de Verao seja igual ou superior a 50 %;

Solos com capacidade de uso das classes A ou B;Pomares onde a variedade Hayward tenha um indice de

ocupacao igual ou superior a 50 %;Pomares vigorosos;Tecnicas culturais convenientes:

Poda;Boa disposicao de agua para rega;

g) Cereais:g 1) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Solos que nao possuam capacidade de uso agricola parao seu desenvolvimento;

Arroz, trigo e cevada - capacidade de uso das classesD ou E;

Centeio, triticale e aveia - capacidade de usa da classe E;Utilizacao de variedades nao inscritas no Catalogo Na­

cional de Variedades (CNV) e ou no catalogo comunitario,con soante a finalidade da producao seja, respectivamente,multiplicacao ou comercializacao de sementes;

Tecnicas culturais deficientes:

Estado sanitario deficiente (analogo ao referido paraas pom6ideas);

Infestantes nao controladas - mais de 15% de infestacao;

g.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Capacidade de uso agricola do solo:

Arroz, trigo e cevada - classes A, B ou C;Centeio, triticale e aveia - classes A, B, C ou D;

Utilizacaode variedades inscritas no CNV e ou no catalogocornunitario, consoante a finalidade da producao seja, respec­tivamentc, multiplicacao ou cornercializacao de sementes;

Tecnicas culturais convenientes:

Rotacao cultural adequada;Bom a regular estado sanitario - em que mais de 20 %

da seara nao esteja infestada por pragas ou doenca. sen dono trigo, para a carie. igual ou superior a 5 %;

lnfestantes controladas;Arroz- canteirosnivelados;

h) Oleaginosas (cartamo e girassol):h,l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se-

guintes condicoes:

Solos de capacidade de uso D ou E;Tecnicas culturais deficientes;Rotacao cultural nao adequada;Estado sanitario deficiente (analogo ao referido para

as pom6ideas);Infestantes nao controladas - maisde 15 % de infestacao;

h.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Solos de capacidade de uso A, B ou C;Tecnicas culturais convenientes:

Povoamento regular que, salvo a ocorrencia de fe­n6menos naturais anormais devidamente reconhccidos,respeite, no caso do girassol, as seguintes densidadesminimas: 2 pes/m" em sequeiro e 5 pes/m" em regadio;

Bom a regular estado sanitario (analogo ao referidopara as pom6ideas);

lnfestantes controladas;

i) Leguminosas para grao:

i,l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­guintes condicoes:

Solos que nao possuam capacidade de uso agricola parao seu desenvolvimento;

Tecnicas culturais deficientes:

Estado sanitario deficiente (analogo ao referido paraas pom6ideas);

Infestantes nao controladas - maisde 15 % de infestacao;

i,2) Com bonificacao - mediante a verificacao dascondicoes contrarias as referidas na alfneaanterior;

j) Olival:II) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Olivais implantados em solos delgados/esqueleti­cos - classe E;

Olivais implantados em terrenos com topografia acen­tuada e sem possibilidade de mecanizacao;

Olivais decrepitos;

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Povoamento - arvores isoladas dispersas e ou densi­dade de plantacao inferior a 40 arvores/ha;

Podas efectuadascom intervalos de cinco ou mais anos;lnfestantes nao controladas;

j.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Olivais implantados em solos das classes A, B, C ou D;Olivais implantados em terrenos com topografia mode­

rada e ou com possibilidades de rnecanizacao ou totalmentemecanizaveis;

Povoamento - densidade de plantacao superior a 40arvores/ha;

Podas intervaladas de tres a quatro anos;lnfestantes controladas;

I) Batata para consumo:1.1) Sem bonificacao - caso se verifique uma da se-

guintes condicoes:

Ma drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes D ou E;Rotacao inferior a tres anos;Populacao de nematodes nao controlada;Terrenos sem possibilidades de mecanizacao:

1.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Rotacao trienal;Populacao de nematodes control ada;Cultura instalada em terrenos com possibilidades de

mecanizacao: Infestantes controladas;

m) Batata-sernente:m.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das

seguintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes D ou E;Utilizacao de variedades nao certificadas;Rotacao inferior a quatro anos;Populacao de nematodes nao controlada;Ausencia de disponibilidade de agua para rega;lnfestantes nao controladas;Estado sanitario deficiente;

m.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu-lativa das seguintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes A, B ou C;Rotacao nao inferior a quatro anos;Populacao de nematodes control ada;Disponibilidade de agua para rega;lnfestantes controladas;Bom a regular estado sanitario;

n) Citrinos:n.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se-

guintes condicoes:

Deficiente estado vegetativo;Ma localizacao;lnsuficiente disponibilidade de agua;

n.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Bom estado vegetativo;Boa localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;Boa disponibilidade de agua para rega;

0) Pequenos frutos (mirtilo, framboesa, amora e sabu­gueiro - baga):

0.1) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­guintes condicoes:

Solos com capacidade de uso das classes C, D ou E;Ausencia de disponibilidade de agua para rega (nao

aplicavel ao sabugueiro - baga);lnfestantes nao controladas;Estado sanitario deficiente;Ma drenagem atmosferica;

0.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Boa ou aceitavel drenagem atmosferica;Solos com capacidade de uso das classes A ou B;lnfestantes controladas;Bom ou regular estado fitossanitario;Boa disponibilidade de agua para rega (nao aplicavel

ao sabugueiro - baga);

p) Diospireiro:p.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Deficiente estado vegetativo;Ma localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;lnsuficiente disponibilidade de agua para rega;

p.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Bom estado vegetativo;Boa localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;Boa disponibilidade de agua para rega;

q) Nespereira:q.l) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Deficiente estado vegetativo;Ma localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;

q.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Bom estado vegetativo;Boa localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;

1') Abacateiro e tamarilho:1'.1) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Deficiente estado vegetativo;Ma localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;lnsuficiente disponibilidade de agua para rega;

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1'.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Bom estado vegetative;Boa localizacao, nomeadamente solo, exposicao e dre­

nagem atmosferica;Boa disponibilidade de agua para rega.

s) Medronheiro:s.l ) Sem bonificacao - caso se verifique uma das se­

guintes condicoes:

Infestantes nao controladas - mais de 15% de infestacao;Povoamento- arvores isoladas dispersas e au densi­

dade de plantacao inferior a 200 arvores/ha;Ma drenagem atmosferica,

s.2) Com bonificacao - mediante a verificacao cumu­lativa das seguintes condicoes:

Infestantes contraladas;Povoamenlo - densidade de plantacao superior a

200 arvores/ha;Boa au aceitavel drenagem atmosferica,

ANEXOV

(a que se refere 0 artigo 26.°)

Dlferenclacao dos beneficios a conceder no ambitodo fundo de calamidades

a) Culturas de Primavera, cu!turas horticolas, floricu!turaao ar livre, viveiros viticolas. fruttcolas, florestais e de plantasornamentais ao arlivre, estufas, citrinos, abacateiro etamarilho:

i) Beneficiam das medidas a criar no ambito do fundode calamidades, no montante de 100 % dos apoios quevierem a ser definidos, exclusivamente os agricultoresque len ham efectuado segura de colheitas ale a data daocorrenciada calamidade;

ii) Ficam excluidos das medidas de apoio criadas noambito do fundo de calamidades os agricultores que, adata da ocorrencia da situacao de calami dade, nao tenhamefectuado segura de colheitas;

h) Cereais de Outono-Inverno:

i) Para calamidades que ocorram entre 1 de Janeira e31 de Marco, 0 acesso as medidas a emitir no ambito dofundo de calamidades fica condicionado a comprovacao daexistencia de segura de colheitas celebrado em data anteriora 31 de Marco ou, na sua inexistencia, a comprovacao dacelebracao de contrato de segura de colheitas, para a mesmaculturaau culturas do mesmo grupo, no ana anteriorao daocorrencia da calamidade. A percentagem de acesso aosapoios e de 100 % do montante que vier a ser estabelecido;

ii) as agricultores que efectuern 0 contrato de segurade colheitas entre 1 e 15 de Abril beneficiam das medidasa criar no ambito do fundo de calamidades, no montantede 75 % dos apoios que vierem a ser estabelecidos, paracalamidades que ocorram apes 1 de Abril;

iii) as agricultores que efectuern 0 contrato de segurade colheitas entre 16 de Abril e 31 de Maio beneficiamdas medidas a criar no ambito do fundo de calamidades,no montante de 50 % dos apoios que vierem a ser estabe­lecidos, para calamidades que ocorram apes 16 de Abril;

iv) as agricultores que efectuern 0 segura de colheitasa partir de 1 de Junho nao tern acesso as medidas emitidasno ambito do fundo de calamidades, independentementeda dataem que esta ocorrer;

c) Plantacoes:

Regiocs A e B:

i) as agricu!tores que efectuern 0 contrato de segura decolheitas entre 15 de Fevereira e 31 de Marco beneficiamdas medidas a criar no ambito do fundo de calamidades, nomontante de 100 % dos apoios que vierem a ser estabeleci­dos, para as calamidades que ocorram apes 15 de Fevereira;

ii) as agricultores que efectuem 0 contrato de segura decolheitas entre 31 de Marco e 15 de Abril beneficiam dasmedidas a criar no ambito do fundo de calamidades, nomontante de 75 % dos apoios que vierem a ser estabeleci­dos, para as calamidades que ocorram apes 31 de Marco;

iii) as agricultores que efectuern 0 contrato de segurade colheitas entre 16 de Abril e 15 de Maio beneficiam dasmedidas a criar no ambito do fundo de calamidades, nomontante de 50 % dos apoios que vierem a ser estabele­cidos, para as calamidades que ocorram apes 16 de Abril;

iv) as agricultores que efectuern 0 segura de colheitasa partir de 16 de Maio nao tern acesso as medidas a criarno ambito do fundo de calamidades, independentementeda data em que a calamidade ocorrer;

Regiao C:

i) as agricultores que efectuern 0 contrato de segura decolheitas entre 15 de Fevereira e lOde Abril beneficiaraodas medidas a criar no ambito do fundo de calamidades,no montante de 100 % dos apoios que vierem a ser esta­belecidos, para as calamidades que ocorram apes 15 deFevereiro;

ii) Os agricultores que efectuem 0 contrato de segurode co lhe itas entre 11 e 26 de Abril beneficiarao dasmedidas a criar no ambito do fundo de calamidades,no montante de 75 % dos apoios que vierem a serestabelecidos, para as calamidades que ocorram apes11 de Abril;

iii) Os agricultores que efectuem 0 contrato de segurode colheitas entre 26 de Abril e 31 de Maio beneficiaraodas medidas a criar no ambito do fundo de calamida­des, no montante de 50 % dos apoios que vierem a serestabelecidos, para as calamidades que ocorram apes26 de Abril;

iv) as agricultores que efectuern 0 segura de colheitasa partir de 1 de Junho nao terao acesso as medidas a criarno ambito do fundo de calamidades, independentementeda data em que a calamidade ocorrer;

Regiocs DeE:

i) Beneficiam dasmedidas a criar no ambito do fundo decalamidades, no montante de 100% dos apoios que vierema serestabelecidos, os agricultores queefectuem 0 contratode segura de colheitas entre 15 de Marco e 30 de Abril doana em que ocorrer a calamidade, para calamidades queocorram apes 15 de Marco;

ii) as agricultores que efectuem 0 contrato de se­guro de colheitas entre 1 e 15 de Maio beneficiam dasmedidas a criar no ambito do fundo de calamidades,no montante de 75 % dos apoios que vierem a ser es-

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tabeleeidos, para as ealamidades que oeorram apes Ide Maio;

iii) Os agricultores que efectuem 0 contrato de segurode eolheitas entre 16 de Maio e 15 de J unho benefieiamdas medidas a eriar no ambito do fundo de ealamida­des, no montante de 50 % dos apoios que vierem a serestabeleeidos, para as ealamidades que oeorram apes16 de Maio;

iv) Os agrieultores que efeetuem 0 segura de eolheitasa partir de 16 de Junho nao tern aces so as medidas a eriarno ambito do fundo de ealamidades, independentementeda data em que a ealamidade ocorrer,