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disciplina optativa 2012/2

Moda e Comunicação 1

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Slides da 1ª e 2ª aulas da disciplina de Moda e Comunicação - profª. Daniela Vieira Palazzo

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disciplina optativa 2012/2

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Plano de ensino Ementa:

Comunicação; photoshop; blog; editorial de moda.

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Objetivo geral:Utilizar as ferramentas de comunicação na elaboração de produtos e projetos de moda.

Objetivos específicos:- Capacitar o aluno a estabelecer um elo entre a representação do produto de moda e a publicação midiática;

  - Desenvolver com maior profundidade o aprendizado de comunicação do produto de moda, através da articulação e defesa dos trabalhos;

- Aplicar a produção técnica do aluno em produtos de comunicação.

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Conteúdo programático:1. Comunicação..... 1.1. Teoria e modelos de comunicação..... 1.2. Briefing..... 1.3. Marca, Logomarca e Logotipo..... 1.4. Peças gráficas de moda e regras de

design gráfico..... 1.5. ferramentas do processo de

representação e comunicação de produtos de moda.

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2. Photoshop..... 2.1. Interface do programa..... 2.2. Filtros, texturas, efeitos,

camadas..... 2.3. Design de croqui de moda Corel

e Photoshop..... 2.4. Peça gráfica de moda

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3. Blog..... 3.1. Definições..... 3.2. Interface do Blogger.......... 3.2.1. publicações no Blog.......... 3.2.2. pequenos textos.......... 3.2.3. peças gráficas.......... 3.2.4. peças gráficas.......... 3.2.5. upload de imagens.......... 3.2.6. Desenvolvendo portfólio online

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4. Editorial de moda..... 4.1. Definições..... 4.2. Etapas do editorial..... 4.3. Produção de moda para editorial

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5. MetodologiaApresentação do programa e temática definida para desenvolvimento dos trabalhos em sala de aula com o auxilio de ferramentas gráficas tais como CorelDraw e Photoshop, bem como ferramentas de publicação na Web (sites de hospedagem gratuita). Utilização de Data show para apresentação de trabalhos e aulas expositivas. Interação entre alunos e debates acerca dos temas propostos em aula.

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Critérios de avaliaçãoParticipação efetiva durante as aulas, realização de trabalhos em sala, etc;

Entrega de temas de casa em dia; 

Outros Trabalhos propostos no decorrer da disciplina.

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Bibliografia básica:BARNARD, Malcolm. Moda e Comunicação. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design - Manual do Estilista. 2006: Cosac & Naify, 2006.LEITE, Adriana Sampaio. Desenho Técnico de Roupa Feminina. São Paulo: Editora SENAC Nacional, 2006.

Bibliografia complementar: OLIVEIRA, Sandra Ramalho. Moda também é Texto. São Paulo: Rosari, 2007.SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e Outros Escritos. Lisboa - Portugal: Texto e Grafia Edições, 2008.WAJNMAN, Solange. Moda, Comunicação e Cultura - Um Olhar Acadêmico. 2. ed. São Paulo: Arte e CiênciaEditora, 2005.

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Moda é Comunicação (Talita Bulhões)

Uma peça de roupa não é tão simples como parece ser. Não nos vestimos

apenas para cobrir o corpo. O ator de vestir não se revela algo automático,

despido de significação. Antes de qualquer coisa, a roupa é comunicação.

Para Barnard (2003), autor do livro Moda e Comunicação, a indumentária é

um dos fatores que tornam as sociedades possíveis, visto que ela ajuda a

comunicar a posição dos indivíduos. Por exemplo: reconhece-se

imediatamente um policial, um mendigo, um juiz, um varredor de rua ou

um militar por suas roupas, e todos sabem como se comportar diante de

cada um deles. “Moda é comunicação, é mídia que se expressa

visualmente. É também a carteira de identidade do cidadão, seu

passaporte num mundo de culturas liquidificadas em novos amálgamas”

(CASTILHO; GARCIA, 2001).

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A moda, como meio de comunicação e como instrumento de construção

de uma identidade, serve tanto ao indivíduo quanto a um grupo social

inteiro. Sua mensagem, entretanto, só pode ser compreendida dentro de

um contexto cultural. No livro Moda é Comunicação Garcia e Miranda

(2005) observam que “consumir bens para adornar e recriar o próprio

corpo significa fazer escolhas e afirmações que nos aproximam ou nos

afastam dos outros e de nós mesmos”.

Diversos escritores utilizam diferentes áreas do conhecimento humano –

como a sociologia, a psicologia, a semiótica e a antropologia – para tratar

do fenômeno da moda de uma forma séria, profunda e inovadora. Para

provar que moda é comunicação, muitos partem do princípio de que a

condição humana inclui um conjunto de relações dinâmicas entre o

homem e o seu meio material, inclui a necessidade básica de

comunicação.

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Considerando que “comunicar é criar e manter vínculos”, o look

pode ser entendido como um processo comunicativo capaz de

fomentar e documentar a cultura pela seleção de elementos

distintos do sistema de moda. Quando fazemos uso da moda

estamos nos comunicando, produzindo e respondendo aos

estímulos que nos rodeiam. “Com a moda começa o poder social

dos signos ínfimos, o espantoso dispositivo de distinção social

conferido ao porte das novidades sutis” (LIPOVETSKY 1989).

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Moda, Identidade e Comunicação (Paula Garcia Lima)

A busca pela diferenciação e individualização através da moda é uma questão que, de

fato, me instiga muito. A relação passional que eu tenho com este assunto começou

quando eu percebi a necessidade que as pessoas tem de se singularizar quanto maior

for o centro urbano. Não

precisa ir muito longe, basta lembrar dos transeuntes na rodoviária de Porto Alegre

para que percebamos o quanto as pessoas buscam um estilo próprio, individual.

Os estilos diferentes e peculiares são inúmeros. Essa busca e este desejo pela

singularidade e por uma personalidade própria se deu –de acordo com o filósofo,

sociólogo e professor francês Gilles Lipovetsky– ao longo da Idade Média nas classes

superiores. É no final deste período que aparecem inúmeros signos que revelam esta

conscientização até então inédita de que os indivíduos são portadores de identidades

subjetivas, que possuem vontade de expressar sua singularidade individual e de

exaltar a sua individualidade.

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Lipovetsky fundamenta esta afirmação citando alguns

destes signos:

Nas Crônicas e Memórias, a preocupação de marcar a

identidade daquele que fala aparece numa forma canônica:

Eu seguido do nome, sobrenome e qualidades daquele que

fala; nas obras poéticas intensificaram-se as confidências

íntimas, a expressão dos impulsos do eu, instantes vividos,

lembranças pessoais. O aparecimento da autobiografia, do

retrato e do auto-retrato ‘realistas’, ricos em detalhes

verdadeiros, revela igualmente, nos séculos XIV e XV, a

nova dignidade reconhecida naquilo que é singular no

homem, embora em quadros ainda muito amplamente

codificados e simbólicos.

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As pessoas passaram a sentir a necessidade de se

diferenciar para não se tornarem produtos em série, logo, a

moda foi um importante caminho para isto. Pode ser que

neste momento, lendo estas afirmações, algumas dúvidas

estejam povoando a sua mente. Como se singularizar através

da moda se ela é um fenômeno ditatorial, ou seja, no início

de cada estação nos é apresentado o que será usado nos

próximos meses? Cores, tecidos, modelagens, cumprimento

da saia, largura da calça, sapato alto ou baixo... É nesta

dúvida que reside o paradoxo da moda. Doris Treptow,

estilista e professora em cursos de moda, faz uma

explanação acerca deste assunto no seu livro Inventando

moda: A moda surge no momento histórico em que o homem

passa a valorizar-se pela diferenciação dos demais através

da aparência, o que podemos traduzir em individualização.

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Todavia essa diferenciação de uns, visa uma

identificação com outros, pois a moda se dá

através da cópia do estilo daqueles a quem se

admira. Na era do consumo em massa, podemos

concluir que moda são os valores materializados

nos bens de consumo massificados, e que, à

medida que vão sendo consumidos, pautam as

relações entre as pessoas a partir das aparências

e de um ciclo de obsolescência programada que

privilegia aquilo que é novo. A moda pressupõe

adesão, ou seja, para que exista moda ela tem

que ser copiada por muitas pessoas que pensam

estar se distinguindo na multidão.

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Ao mesmo tempo, mesmo ditando ‘regras’, a moda

confere liberdade ao usuário para compor o visual

da forma que lhe convier. No livro Moda e

Comunicação –Malcolm Barnard– professor

assistente de História e Teoria da Arte & Design da

Universidade de Derby na Grã-Bretanha, diz que a

moda e a indumentária são maneiras pelas quais as

pessoas podem diferenciar-se e expressar

singularidade. Ele ainda diz que “ao combinar

peças de roupa diferentes e de tipos diferentes,

pode-se efetuar uma vestimenta individual e

deveras única”.

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Qual a diferença entre estilo e moda?

Estilo....

Moda...

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Qual a diferença entre estilo e moda?

Moda é o de agora; estilo é perene. Moda é algo que você

segue; estilo é algo que você cria. Moda é fazer parte de uma

manada, estar com a multidão; estilo é algo sobre a visão

pessoal de cada um, sobre suas particularidade e esquisitices.

Pessoas estilosas normalmente estabelecem modas – na

verdade os designers de moda normalmente têm um estilo

pessoal incrivelmente restritom e pessoas “na moda” podem

realmente também ter estilo, mas uma coisa não

necessariamente implica na outra.

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Qual(is) o(s) seu(s) estilo(s)?

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A comunicação é um aspecto importante das nossas vidas. É difícil imaginar uma vida onde não há absolutamente nenhuma comunicação, sendo mesmo impossível ter uma vida sem comunicação.

Uma boa capacidade de comunicação é uma mais-valia e pessoas com boa capacidade de comunicação são um trunfo para qualquer sociedade empreendedora.

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A comunicação é um aspecto importante das nossas vidas. É difícil imaginar uma vida onde não há absolutamente nenhuma comunicação, sendo mesmo impossível ter uma vida sem comunicação.

Uma boa capacidade de comunicação é uma mais-valia e pessoas com boa capacidade de comunicação são um trunfo para qualquer sociedade empreendedora.

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Os seres humanos são considerados animais sociais. A comunicação é a base sobre a qual as sociedades podem ser construídas, uma vez que permite aos organismos interagir de forma produtiva.

a comunicação “ é o processo vital através do qual indivíduos e organizações se relacionam uns com os outros, influenciando-se mutuamente”.

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Modelos de comunicaçãoconceito de modelo: representa uma forma ideal, nos modelos da comunicação abordados cada modelo procura mostrar os principais elementos de qualquer estrutura ou processo e as relações entre esses elementos.

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Modelos de comunicação:

1. Modelos de base linear ou de informação

2. Modelos de base cibernética ou circular

3. Modelo de comunicação de Massas

4. Modelos culturais ou socioculturais

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1. Modelos de base linear ou de informação:

Esses modelos chamam-se lineares porque

dissociam as funções do emissor e do receptor e

apresentam a comunicação como sendo a

transmissão de mensagens entre esses dois

pontos e num único sentido.

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1. 1. Modelo Linear de Lasswell

Segundo Harold Lasswell (1948) descrever o

processo de comunicação é seguir um trajeto

unidirecional, é responder as seguintes

questões: por quem, o quê, por que canal, a

quem e com que efeito.

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1.2. Modelo Linear Shannon e Weaver

Os teóricos Shannon e Weaver surgem quase na mesma

época mque Lasswell, com novos estudos, sendo estes

influenciados pelo modelo de Lasswell.

O modelo de Shannon e Weaver também linear, é

constituído por seis elementos inicialmente gerados para

representar aspectos técnicos das telecomunicações.

Posteriormente foram agregados às ciências sociais e

humanas.

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Segundo esta teoria matemática a comunicação se estabelece

perante uma fonte de informação que é o momento da produção da

mensagem. A mensagem é transformada pelo transmissor para

posteriormente prosseguir com o envio dessa mensagem por um

canal. Surge então um novo termo a fonte de ruído, (indesejada pela

fonte, pois vai distorcer a mensagem). Em seguida a mensagem é

enviada para o receptor, este recebe o sinal transmitido pela fonte

para poder alcançar o ponto de chegada, seu destino.Sinal

recebidoSinalMensagemFonte de

informaçãoTransmissor Receptor Destino

Mensagem

Fonte de Ruído

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2. Modelos de Base Cibernética ou Circulares

  São aqueles que integram a retroação ou

feedback como elemento regulador da circularidade da

informação. O fato de serem considerados cibernéticos é

o de incluírem no seu processamento da informação o

elemento da retroação.

 

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2.1 Modelo de comunicação Interpessoal de Schramm:

Schramm acrescenta aos modelos lineares uma nova

dimensão, na medida em que através da retroação haverá um

intercâmbio e inter-influência que cada um exerce sobre o

outro.

De acordo com Schramm o ato comunicativo é

interminável. Para ele é errôneo afirmar que o processo de

comunicação tem um início e um fim determinado.

 

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3. Modelos de Comunicação de Massas:

Os modelos de comunicação de massas foram incluídos

nos modelos de base circular ou cibernética, devido ao

fato de os atuais meios de comunicação de massas, se

inspirarem nos princípios da retroação enquanto

regulador da sua boa aceitação junto do seu público. O

modelo apresentado pelo investigador George Gerbner,

tem o poder de “apresentar formas diferentes em função

do tipo de situação de comunicação que descreve”.

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3. Modelo Geral de Comunicação – Gerbner

Este modelo tem a vantagem de poder ser utilizado para

variados fins, pode descrever a comunicação mista entre

humanos e máquina bem como pode ser usado para

diferenciar áreas de investigação e construção teórica.

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3.2. Modelo da Comunicação de Massas de Schramm

  No modelo deste teórico as mensagens são inúmeras mas idênticas, o emissor é

coletivo, são ao mesmo tempo, o organismo e os mediadores que dele fazem parte.

As operações de codificação, interpretação e descodificação existem e são obra de

vários especialistas que utilizam fontes exteriores (por exemplo num jornal serão

informações de agências de publicidade e notícias produzidas pelos jornalistas) e

têm em conta a retroação ou o feedback .

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3.3. Modelo do Processo de Comunicação de Massas – Maletzke

Através deste modelo, Maletzke evidencia a extensão do processo de

comunicação de massas com base nas suas implicações sociopsicológicas.

Maletzke no seu esquema apresenta alguns elementos já abordados

anteriormente, Comunicador, Mensagem, Meio e Receptor, adicionando mais

dois elementos que surgem entre o meio e o receptor. Um deles é a pressão

ou constrangimento causado pelo meio. Este teórico defende que o dia-a-dia

do receptor é completamente influenciado pelas características, princípios e

conteúdos do meio. O outro é a imagem que o receptor tem desse mesmo

meio influencia a sua escolha relativamente aos conteúdos.

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4.1. Modelo Cultural de Edgar Morin

Ao contrário dos modelos anteriores, os investigadores franceses centram a comunicação

tendo em conta a vertente da cultura de massas e na sociedade em si, visam uma

concepção sociocultural. Um desses investigadores foi Edgar Morin, este foca-se na

cultura de massas, bem como no fenómeno do consumo cultural. Segundo este teórico, a

cultura de massas é gerada através do processo dialético englobado em três elementos

inteiramente relacionados, criação (individualização), produção (estandardização) e consumo

(democratização).

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4.1. Modelo Cultural de Abraham Moles

O modelo deste investigador insere-se numa

perspectiva cibernética, ele defende que estamos

perante uma sociodinâmica da cultura na medida

em que há uma interação constante entre a

cultura e o meio a que ela pertence.

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Segundo Abraham Moles a comunicação está envolvida em quatro

elementos, o macro-meio representa a sociedade em si, integrado nela

está o criador, aquele que tem como objetivo desenvolver ideias novas,

desempenhando assim atividade em todos os ramos em função de um

micro-meio, sendo este entendido como um sub-conjunto da sociedade,

através dos meios de comunicação de massa.