146
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO RODRIGO REKSIDLER MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO PELO MÉTODO SURFACTANTE-POLÍMERO USANDO O SIMULADOR UTCHEM RIO DE JANEIRO 2015

MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

RODRIGO REKSIDLER

MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO PELO MÉTODO

SURFACTANTE-POLÍMERO USANDO O SIMULADOR UTCHEM

RIO DE JANEIRO

2015

Page 2: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

ii

Rodrigo Reksidler

MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO PELO MÉTODO

SURFACTANTE-POLÍMERO USANDO O SIMULADOR UTCHEM

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós- Graduação em Tecnologia de Processos

Químicos e Bioquímicos, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção

do título de Mestre em Tecnologia de Processos

Químicos e Bioquímicos.

Orientador: Prof. Peter Rudolf Seidl, Ph.D.

Rio de Janeiro

2015

Page 3: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

iii

R281m

Reksidler, Rodrigo Modelagem da recuperação avançada de petróleo pelo método surfactante-polímero usando o simulador UTCHEM / Rodrigo Reksidler. -- Rio de Janeiro, 2015. 146 f. Orientador: Peter Rudolf Seidl. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Química, Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos, 2015. 1. Recuperação avançada de petróleo. 2. ASP/SP. 3. Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf, orient. II. Título.

Page 4: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

iv

Rodrigo Reksidler

MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO PELO MÉTODO

SURFACTANTE-POLÍMERO USANDO O SIMULADOR UTCHEM

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós- Graduação em Tecnologia de Processos

Químicos e Bioquímicos, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção

do título de Mestre em Tecnologia de Processos

Químicos e Bioquímicos.

Aprovada por:

______________________________________________

Peter Rudolf Seidl, Ph.D (EQ/UFRJ).

______________________________________________

Luiz Otávio Schmall dos Santos , Ph.D (Petrobras).

______________________________________________

Márcio Nele de Souza, D.Sc. (EQ/UFRJ).

______________________________________________

Marcos Vitor Barbosa Machado, D.Sc (Petrobras).

Page 5: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

v

AGRADECIMENTOS

A Deus.

À minha amada esposa, Marcele, pelo apoio e companhia incondicional.

À minha família, por sempre apoiar meus estudos.

Aos meus colegas da PETROBRAS, pela amizade e discussões técnicas.

Ao Professor Peter Rudolf Seidl, pela orientação.

À PETROBRAS/CENPES por permitir a realização desse mestrado.

Page 6: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

vi

RESUMO

Apresenta-se estudo do método Surfactante-Polímero (SP) para recuperação

avançada de petróleo. São descritos fundamentos teóricos, equacionamento e

aplicação de simulação numérica de reservatório do método, com o objetivo de

projetar e quantificar aumentos no fator de recuperação com sua aplicação. O

método Surfactante-Polímero consiste na redução da tensão interfacial água/óleo a

valores ultra-baixos, removendo o óleo preso por forças capilares no meio poroso

durante a recuperação por injeção de água. Tensões interfaciais ultra-baixas são

obtidas por formulações de surfactante com microemulsão Winsor Tipo III. O

polímero (poliacrilamida aniônica) é utilizado em conjunto com a formulação de

surfactante para aumentar sua viscosidade, reduzindo sua mobilidade no meio

poroso, que é aumentada em baixas tensões interfaciais. A simulação numérica de

reservatório do método foi realizada com o simulador UTCHEM, obedecendo ao

gradiente de salinidade, de maneira que a frente de avanço do banco SP encontre-

se com microemulsão Winsor Tipo II, o banco SP com microemulsão Winsor Tipo III

e o banco de polímero posterior com microemulsão Winsor Tipo I. Tal gradiente de

salinidade garante que o banco SP irá passar pela salinidade Tipo III, o banco de

polímero com salinidade Tipo I resulta em menor retenção do surfactante no meio

poroso e a salinidade Tipo II na frente de avanço retarda o surfactante. Foram

realizadas simulações de reservatórios em modelos simplificados e em um recorte

de um modelo de campo, que confirmam o potencial do método para aumento do

fator de recuperação de reservatórios submetidos à injeção de água.

Page 7: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

vii

ABSTRACT

The Surfactant-Polymer method for Enhanced Oil Recovery is evaluated at

this work. The theoretical background and equations are described and reservoir

simulations of the method were performed aiming at design and quantify the

incremental recovery factor with its application. The Surfactant-Polymer method is

based on the reduction of the water/oil interfacial tension to ultra-low values,

removing the oil trapped at the porous media by capillary forces during waterflooding.

Ultra-low interfacial tensions are obtained by surfactant formulations with Winsor

Type III microemulsion. The polymer (anionic polyacrylamide) is added at the

surfactant formulation to increase its viscosity, reducing its mobility at the porous

media, which was incremented by the ultra-low interfacial tension. The reservoir

simulation of the method was performed with the UTCHEM simulator, following a

salinity gradient design in order to provide a Winsor Type II microemulsion at the

front of the slug, a Winsor Type III microemulsion at the SP slug, and a Winsor Type I

microemulsion at the polymer drive. This salinity gradient ensures that the SP slug

will pass through a Type III salinity, the Type I salinity polymer drive reduces the

surfactant trapping at the porous media, and the Winsor Type II salinity at the front of

the SP slug retards the surfactant. Reservoir simulations at simplified and partial field

models confirm the potential of the method to improve the recovery factor of

waterflooded reservoirs.

Page 8: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

viii

SUMÁRIO

1. Introdução .......................................................................................................... 22

2. Revisão bibliográfica .......................................................................................... 23

2.1. Número capilar ............................................................................................ 23

2.2. Produtos químicos utilizados em Recuperação Avançada de Petróleo. ..... 24 2.2.1. Surfactantes ............................................................................................ 24 2.2.2. Co-solventes e co-surfactantes ............................................................... 29 2.2.3. Álcalis ...................................................................................................... 31 2.2.4. Polímeros ................................................................................................ 32 2.2.5. Eletrólitos ................................................................................................. 33

2.3. Comportamento de fases ............................................................................ 33

2.4. Métodos Surfactante-Polímero (SP) e Álcali-Surfactante-Polímero (ASP) . 35 2.4.1. Gradiente de fases .................................................................................. 36

2.5. Avaliação de formulações de surfactante ................................................... 37 2.5.1. Solubilidade ............................................................................................. 37 2.5.2. Comportamento de fases e tensão interfacial ......................................... 38 2.5.3. Simulação dos métodos Surfactante-Polímero (SP) e Álcali-Surfactante-Polímero (ASP) .................................................................................................. 40

3. Metodologia ........................................................................................................ 44

3.1. Simulação numérica .................................................................................... 44 3.1.1. Equações de balanço de massa ............................................................. 44 3.1.2. Balanço de energia .................................................................................. 46 3.1.3. Equação da pressão ................................................................................ 47 3.1.4. Propriedades do surfactante ................................................................... 48

3.1.4.1. Adsorção .......................................................................................... 48 3.1.4.2. Comportamento de fases ................................................................. 49 3.1.4.3. Salinidade efetiva ............................................................................. 49 3.1.4.4. Curva binodal ................................................................................... 50 3.1.4.5. Efeito do co-solvente na curva binodal ............................................. 51 3.1.4.6. Efeito da temperatura na curva binodal ............................................ 52 3.1.4.7. Tensão interfacial ............................................................................. 53

3.1.5. Propriedades do polímero ....................................................................... 53 3.1.5.1. Adsorção .......................................................................................... 53 3.1.5.2. Redução de permeabilidade............................................................. 54 3.1.5.3. Volume poroso inacessível ao polímero ........................................... 55 3.1.5.4. Taxa de cisalhamento no meio poroso ............................................. 55 3.1.5.5. Comportamento não newtoniano ..................................................... 58

3.1.6. Permeabilidade relativa ........................................................................... 61 3.1.7. Dessaturação capilar e gradiente de fases ............................................. 62 3.1.8. Viscosidade ............................................................................................. 64 3.1.9. Densidade ............................................................................................... 65

Page 9: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

ix

4. Resultados e discussão ..................................................................................... 66

4.1. Simulação unidimensional do método Surfactante-Polímero ...................... 66

4.2. Simulação tridimensional do método Surfactante-Polímero ........................ 80 4.2.1. Análise de sensibilidade .......................................................................... 85

4.3. Simulação tridimensional com bancos de grande volume. ......................... 88

4.4. Simulação da aplicação do método Surfactante-Polímero em campo. ....... 92 4.4.1. Simulação sem limitação da pressão de injeção ..................................... 92 4.4.2. Simulação com pressão máxima de injeção de 5.500 psi. ...................... 96

5. Conclusões ........................................................................................................ 98

6. Referências bibliográficas ................................................................................ 100

Anexo A – Arquivo de entrada do UTCHEM utilizado no capítulo 4.1. .................... 106

Anexo B – Arquivo de entrada do UTCHEM utilizado no capítulo 4.2. .................... 116

Anexo C – Arquivo de entrada do UTCHEM utilizado no capítulo 4.4.1. ................. 125

Anexo D – Arquivo de entrada do UTCHEM utilizado no capítulo 4.4.2. ................. 136

Page 10: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

x

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Curva de dessaturação capilar para as fases óleo, água e microemulsão (Sheng, 2011) ............................................................................................................ 23

Figura 2 – Tensão interfacial entre n-heptano e solução de surfactante em água do mar a 50°C (Taugbøl et al., 1995). ............................................................................ 27

Figura 3 – Tensão interfacial em função da fração de água do mar (Taugbøl et al., 1995). ........................................................................................................................ 27

Figura 4 – Efeito da concentração de co-solvente na salinidade ótima (Dwarakanath et al., 2008) ............................................................................................................... 30

Figura 5 – Efeito da concentração de co-solvente na razão de solubilização (Dwarakanath et al., 2008) ........................................................................................ 31

Figura 6 – Exemplo de transição entre as fases I, III e II com aumento da salinidade (adaptado de Healy et al., 1976). .............................................................................. 34

Figura 7 – Efeito da temperatura na salinidade ótima e na razão de solubilização (Puerto & Reed, 1983). ............................................................................................. 35

Figura 8 – Diferentes regiões obtidas no processo ASP/SP (adaptado de Austad & Milter, 2000). ............................................................................................................. 36

Figura 9 – Formulação ASP com solubilidade inadequada (Sahni, 2009). ............... 37

Figura 10 – Desempenho da formulação ASP com solubilidade inadequada na remoção de óleo residual (Sahni, 2009). ................................................................... 37

Figura 11 – Formulação ASP com solubilidade adequada (Sahni, 2009) ................. 38

Figura 12 – Desempenho da formulação ASP com solubilidade adequada na remoção de óleo residual (Sahni, 2009). ................................................................... 38

Figura 13 – Exemplo de determinação da razão de solubilização ótima (valor onde a razão de solubilização do óleo e da água são iguais) (Sheng, 2011). ...................... 39

Figura 14 – Esquema para cálculo das razões de solubilização no teste de comportamento de fases (Sheng, 2011). .................................................................. 40

Figura 15 – Comparação entre valores medidos e simulados de recuperação de óleo e fração de óleo (Mohammadi, 2008). ....................................................................... 41

Figura 16 – Comparação entre valores medidos e simulados de produção de surfactante (Mohammadi, 2008). ............................................................................... 42

Figura 17 – Comparação entre valores medidos e simulados de diferencial de pressão (Mohammadi, 2008)..................................................................................... 42

Figura 18 – Altura máxima da curva binodal em função da fração de co-solvente associada ao surfactante. ......................................................................................... 52

Figura 19 – Reologia do polímero e obtenção do expoente da lei de potência. ........ 56

Figura 20 – Valores do parâmetro C para cálculo de taxa de cisalhamento no meio poroso apresentados por Wreath et al (1990). .......................................................... 57

Page 11: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xi

Figura 21 – Validação do modelo analítico para cálculo da injetividade do polímero (Li & Delshad, 2013) .................................................................................................. 57

Figura 22 – Comportamento reológico de soluções de poliacrilamida (Sheng, 2011). .................................................................................................................................. 59

Figura 23 – Comportamento reológico da solução polimérica no meio poroso (UTCHEM Volume II, 2013) ....................................................................................... 59

Figura 24 – Curva de dessaturação capilar utilizada na simulação. .......................... 68

Figura 25 – Ponto terminal da permeabilidade relativa em função do número de trapeamento. ............................................................................................................. 69

Figura 26 – Variação do expoente da permeabilidade relativa em função do número de trapeamento. ........................................................................................................ 69

Figura 27 – Curva de permeabilidade relativa em alto e baixo número de trapeamento. ............................................................................................................. 70

Figura 28 – Curva de fluxo fracionário para injeção de água, injeção de surfactante, injeção de polímero e injeção de surfactante-polímero. ............................................ 70

Figura 29 – Viscosidade da microemulsão ................................................................ 73

Figura 30 – Valores de retenção do surfactante (Solairaj, 2012) .............................. 73

Figura 31 – Adsorção do surfactante ........................................................................ 74

Figura 32 – Viscosidade da solução polimérica em função da concentração. .......... 75

Figura 33 – Viscosidade da solução polimérica em função da taxa de cisalhamento. .................................................................................................................................. 76

Figura 34 – Adsorção do polímero. ........................................................................... 76

Figura 35 – Concentração de surfactante, salinidade efetiva, tensão interfacial e saturação de óleo ao longo do meio poroso unidimensional após a injeção de 0,1 volume poroso. .......................................................................................................... 78

Figura 36 – Concentração de surfactante, salinidade efetiva, tensão interfacial e saturação de óleo ao longo do meio poroso unidimensional após a injeção de 0,6 volume poroso. .......................................................................................................... 78

Figura 37 – Concentração de polímero, concentração de surfactante e saturação de óleo ao longo do meio poroso unidimensional após a injeção de 0,6 volume poroso. .................................................................................................................................. 79

Figura 38 – Produção acumulada de óleo do modelo unidimensional ...................... 79

Figura 39 – Produção de óleo, surfactante e polímero no modelo unidimensional. .. 80

Figura 40 – Modelo tridimensional ............................................................................ 81

Figura 41 – Produção acumulada de óleo do modelo tridimensional. ....................... 82

Figura 42 – Produção de óleo, polímero e surfactante no modelo tridimensional. .... 82

Page 12: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xii

Figura 43 – (a) Saturação de óleo inicial; (b) Saturação de óleo ao final da injeção de 2 volumes porosos de água; (c) Saturação de óleo após injeção de 0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero e (d) Saturação de óleo no final da simulação. ................................................................................................................. 83

Figura 44 – (a) Saturação da fase microemulsão após injeção de 0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero e (b) Saturação da fase microemulsão no final da simulação. ..................................................................................................... 84

Figura 45 – Adsorção e retenção do surfactante no modelo tridimensional. ............. 84

Figura 46 – (a) Viscosidade da fase microemulsão após injeção de 0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero e (b) Viscosidade da fase microemulsão no final da simulação. ........................................................................ 85

Figura 47 – Produção acumulada de óleo do modelo tridimensional com bancos de grande volume. .......................................................................................................... 89

Figura 48 – Produção de óleo, polímero e surfactante no modelo tridimensional com bancos de grande volume. ........................................................................................ 89

Figura 49 – Adsorção e retenção do surfactante no modelo tridimensional com bancos de grande volume. ........................................................................................ 90

Figura 50 – Saturações de água, óleo e microemulsão ao longo do tempo na simulação tridimensional com bancos de grande volume. ........................................ 91

Figura 51 – Modelo utilizado na simulação de campo. .............................................. 92

Figura 52 – Incremento na produção acumulada de óleo em relação à injeção de água na simulação de campo sem limitação da pressão de injeção. ........................ 94

Figura 53 – Surfactante retido na simulação de campo sem limitação da pressão de injeção. ...................................................................................................................... 94

Figura 54 – Produção de óleo com injeção de água e com aplicação do método Surfactante-Polímero na simulação de campo sem limitação da pressão de injeção. .................................................................................................................................. 95

Figura 55 – Pressão de injeção para a simulação de campo sem limitação da pressão de injeção. ................................................................................................... 95

Figura 56 – Incremento na produção acumulada de óleo em relação à injeção de água na simulação de campo com pressão máxima de injeção de 5.500 psi. .......... 96

Figura 57 – Vazão de injeção na simulação de campo com pressão máxima de injeção de 5.500 psi. ................................................................................................. 97

Figura 58 – Produção de óleo com injeção de água e com aplicação do método Surfactante-Polímero na simulação de campo com pressão máxima de injeção de 5.500 psi. ................................................................................................................... 97

Page 13: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xiii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tipos de surfactantes e processos para diferentes condições de reservatório (Barnes et al., 2008). ............................................................................. 28

Tabela 2 – Desempenho dos surfactantes em função de propriedades de sua estrutura (Zhao et al., 2008) ...................................................................................... 29

Tabela 3 – Efeito do co-solvente na vicosidade da microemulsão (Dwarakanath et al., 2008) ................................................................................................................... 31

Tabela 4 – Exemplos de polímeros comerciais para recuperação avançada de petróleo ..................................................................................................................... 33

Tabela 5 – Comparação do módulo de surfactante de diferentes simuladores (Goudarzi et al., 2012) ............................................................................................... 43

Tabela 6 – Propriedades dos fluidos e da rocha utilizados na simulação ................. 66

Tabela 7 – Parâmetros para cálculo das permeabilidades relativas em função da dessaturação capilar. ................................................................................................ 67

Tabela 8 – Propriedades do surfactante utilizadas na simulação.............................. 71

Tabela 9 – Propriedades do polímero utilizadas na simulação ................................. 74

Tabela 10 – Etapas de injeção realizadas na simulação. .......................................... 77

Tabela 11 – Etapas da simulação tridimensional ...................................................... 81

Tabela 12 – Resultados da análise de sensibilidade ................................................. 87

Tabela 13 – Etapas da simulação tridimensional com grandes volumes injetados ... 88

Tabela 14 – Etapas da simulação de campo sem limitação da pressão de injeção. . 93

Page 14: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xiv

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ASP Álcali-Surfactante-Polímero

ABS Sulfonato de alquilbenzeno (Alkylbenzene sulfonate)

ATBS Acrylamido-Tertio-Butyl Sulfonate

CPGE Center for Petroleum and Geosystems Engineering

CMC Concentração micelar crítica

DGBE Dietileno glicol monobutil éter

EACN Equivalent alkane carbon number

EDTA Ácido etilenodiamino tetra-acético

EGBE Etileno glicol monobutil éter

EO Óxido de etileno

EOR Enhanced oil recovery (recuperação avançada de petróleo)

HLB Balanço hidrofílico-lipofílico

IBA Isobutanol

IOS Sulfonato de olefina interna (internal olefin sulfonate)

ME Microemulsão

NVP n-vinil pirrolidona

NTG Razão entre espessura porosa e total (net to gross ratio)

OOIP Original oil in place

PO Óxido de propileno

SP Surfactante-Polímero

TGBE Trietileno glicol monobutil éter

UTCHEM University of Texas Chemical Flooding Simulator

VOOIP Volume de óleo original in place

VP Volume poroso

Page 15: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xv

LISTA DE SÍMBOLOS

a Coeficiente para cálculo da tensão interfacial

κa Parâmetro de adsorção do componente κ

4a Parâmetro de adsorção do polímero

41a Parâmetro de adsorção do polímero ((L2)0.5)

42a Parâmetro de adsorção do polímero ((L2)0.5 (Eq/L3)-1)

A Parâmetro da curva binodal

mA Parâmetro A na salinidade m

1PA Parâmetro para cálculo da viscosidade do polímero pela equação de

Flory-Huggins

2PA Parâmetro para cálculo da viscosidade do polímero pela equação de

Flory-Huggins

3PA Parâmetro para cálculo da viscosidade pela equação de Flory-Huggins

11AP Parâmetro para cálculo da viscosidade dilatante

22AP Parâmetro para cálculo da viscosidade dilatante

κTb Parâmetro para cálculo da viscosidade em função da temperatura

κb Parâmetro de adsorção do componente κ

3b Parâmetro de adsorção do surfactante

4b Parâmetro de adsorção do polímero

rkb Parâmetro para cálculo do fator de redução de permeabilidade pelo

polímero (L3/(%m/m de polímero))

3a Parâmetro de adsorção do surfactante

31a Parâmetro de adsorção do surfactante ((L2)0.5)

32a Parâmetro de adsorção do surfactante ((L2)0.5 (Eq/L3)-1)

B Parâmetro da curva binodal

c Coeficiente da equação de Huh

mC max,3 Máxima altura da curva binodal na salinidade m

mC7 Coeficiente linear da altura máxima da curva binodal em função do co-

solvente, na salinidade m

Page 16: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xvi

κ~

C Volume total do componente κ por unidade de volume poroso (L3/L3

VP).

κC Volume adsorvido do componente κ (L3/L3 VP)

lκC Volume do componente κ na fase l (L3/L3)

0κC Compressibilidade do componente κ ((mL-1t-2)-1)

lpC Capacidade térmica a pressão constante (QT-1m-1)

rC Compressibilidade da rocha ((mL-1t-2)-1)

rkc Parâmetro para cálculo do fator de redução de permeabilidade pelo

polímero (L(%m/m)1/3)

C Coeficiente da taxa de cisalhamento

SEC Salinidade efetiva (Eq/L3)

SELC Mínima salinidade efetiva da fase Tipo III (Eq/L3)

SEOPC Salinidade efetiva ótima (Eq/L3)

1SEC Salinidade a partir da qual a viscosidade do polímero não é mais

influenciada (Eq/L3)

SEPC Salinidade efetiva para o polímero (Eq/L3)

SEUC Máxima salinidade efetiva da fase Tipo III (Eq/L3)

tC Compressibilidade total ((mL-1t-2)-1)

lVC Capacidade térmica da fase l a volume constante (QT-1m-1)

VSC Capacidade térmica da fase sólida a volume constante (QT-1m-1)

lκD Coeficiente de difusão do componente κ na fase l (L2t-1) Sf6 Fração do total de cátions divalentes ligados às micelas

Sf7 Fração do total de co-solvente associado ao surfactante

lF Fator de correção de Hirasaki

g Constante gravitacional (Lt-2)

h Profundidade vertical (L)

mBNCH , Máxima altura da curva binodal na salinidade m

Page 17: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xvii

mBNTH , Coeficiente para cálculo da altura da curva binodal em função da

temperatura, na salinidade m

k Permeabilidade média (L2)

krr

Tensor de permeabilidade intrínseca (L2)

l

rr

κK Tensor dispersão do componente κ na fase l (L2t-1)

refk Permeabilidade de referência (L2)

lrk Permeabilidade relativa da fase l

pk Permeabilidade efetiva ao polímero (L2)

low

rk 0l

Ponto terminal da permeabilidade relativa da fase l em baixo número

de trapeamento high

rk0l

Ponto terminal da permeabilidade relativa da fase l em alto número de

trapeamento 0lrk Ponto terminal da permeabilidade relativa da fase l

rwk Permeabilidade relativa à água

wk Permeabilidade efetiva à água (L2)

xk Permeabilidade na direção x (L2)

yk Permeabilidade na direção y (L2)

mm7 Coeficiente angular da altura máxima da curva binodal em função do

co-solvente, na salinidade m

n Expoente da lei de potência

2n Parâmetro para cálculo da viscosidade dilatante

ln Expoente da permeabilidade relativa para a fase l

cN Número capilar

criN Número capilar crítico

cvn Número total de fases que ocupam volume (água, óleo, surfactante e

gás).

pn Número de fases

lTN Número de trapeamento (trapping number)

Page 18: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xviii

αP Coeficiente da equação de Meter

'llcP Pressão capilar entre as fases l e 'l (mL-1t-2)

lP Pressão da fase l (mL-1t-2)

'lP Pressão da fase 'l (mL-1t-2)

RP Pressão de referência (mL-1t-2)

Hq Fonte de entalpia por volume (Qt-1L-3)

κQ Vazão de injeção/produção para o componente κ (L3t-1)

LQ Perda térmica (Qt-1L-2)

FR Fator de resistência

kR Fator de redução de permeabilidade pelo polímero

κR Soma de fontes e sumidouros do componente κ (mL-3t-1)

3lR Razão de solubilização da fase l (L3/L3)

RFR Fator de resistência residual

lκr Taxa de reação para o componente κ na fase l (mL-3t-1)

srκ Taxa de reação para o componente κ na fase sólida s (mL-3t-1)

lnS Saturação normalizada

lS Saturação da fase l (L3/L3 VP)

rSl

Saturação residual para a fase l (L3/L3 VP)

lowrSl

Saturação residual da fase l em baixo número de trapeamento

highrSl

Saturação residual da fase l em alto número de trapeamento

PS Parâmetro referente ao efeito da salinidade na viscosidade do polímero

wS Saturação de água

t Tempo (t)

T Temperatura (T)

lT Parâmetro de trapeamento para a fase l

refT Temperatura de referência (T)

l

ru Fluxo de Darcy da fase l (Lt-1)

wur

Fluxo de Darcy da fase água (Lt-1)

Page 19: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xix

v Velocidade (Lt-1)

1α - 5α Parâmetros para cálculo da viscosidade da microemulsão

lLα Dispersividade longitudinal da fase l (L)

lTα Dispersividade transversal da fase l (L)

1β Parâmetro para cálculo de λ

2β Parâmetro para cálculo de λ

6β Parâmetro de inclinação para cátions divalentes

7β Parâmetro de inclinação para o co-solvente

Pβ Parâmetro referente à influência do cálcio na salinidade efetiva do

polímero

Tβ Parâmetro de inclinação para a temperatura

ijδ Função delta de Kronecker

φ Porosidade

Rφ Porosidade de referência

'lΦ Gradiente de fluxo potencial (mL-1t-2)

lγ Peso específico da fase l (mL-2t-2)

lκγ Peso específico do componente κ na fase l (mL-2t-2)

Rκγ Peso específico do componente κ na pressão de referência (mL-2t-2)

γ& Taxa de cisalhamento (t-1)

2/1γ Taxa de cisalhamento correspondente à viscosidade média entre 0pµ e

wµ (t-1)

effγ& Taxa de cisalhamento in-situ (t-1)

λ Parâmetro da equação de Carreau

2λ Parâmetro para cálculo da viscosidade dilatante

Tλ Condutividade térmica (Qt-1T-1L)

rTcλ Mobilidade relativa total ((mL-1t-1)-1)

crlλ Mobilidade relativa da fase l ((mL-1t-1)-1)

Page 20: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xx

µ Viscosidade (mL-1t-1)

lµ Viscosidade da fase (mL-1t-1)

pµ Viscosidade da solução polimérica (mL-1t-1)

wµ Viscosidade da água (mL-1t-1)

0pµ Viscosidade da solução polimérica em taxa de cisalhamento zero

(mL-1t-1)

∞µ Viscosidade do solvente na equação de Carreau (mL-1t-1)

appµ Viscosidade aparente (mL-1t-1)

shµ Viscosidade pseudo-plástica (mL-1t-1)

elµ Viscosidade dilatante (mL-1t-1)

maxµ Platô de viscosidade dilatante (mL-1t-1)

oµ Viscosidade do óleo (mL-1t-1)

κµ Viscosidade do componente κ (mL-1t-1)

ref,κµ Viscosidade do componente κ (mL-1t-1) na temperatura de referência

0aµ Viscosidade da fase gás na pressão de referência (mL-1t-1)

aSµ Coeficiente angular da viscosidade do gás em função da pressão

(mL-1t-1)

κρ Densidade do componente κ (m/L3)

lρ Densidade da fase l (m/L3)

'lρ Densidade da fase 'l (m/L3)

σ Tensão interfacial (mt2)

3lσ Tensão interfacial entre a fase l e a fase microemulsão

'llσ Tensão interfacial entre as fases l e 'l (mt2)

owσ Tensão interfacial água/óleo (mt2)

τ Fator de tortuosidade

rτ Tempo de relaxação do polímero

0τ Parâmetro para cálculo do tempo de relaxação do polímero

1τ Parâmetro para cálculo do tempo de relaxação do polímero

l

Page 21: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

xxi

l Índice para fase (1=água, 2=óleo, 3=microemulsão, 4=gás)

'l Índice para fluido deslocante

κ Índice para componente κ (1 = água, 2 = óleo, 3 = surfactante, 4 =

polímero, 5 = ânion, 6 = cálcio e 7 = co-solvente.)

m Índice para salinidade (1 = salinidade mínima, 2 = salinidade ótima e 3

= salinidade máxima)

Page 22: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

22

1. INTRODUÇÃO

Métodos químicos de recuperação avançada de petróleo (Enhanced Oil Recovery –

EOR) vêm sendo estudados por petrolíferas, universidades e institutos de pesquisa

governamentais por mais de 50 anos (Zhao, 2007). O alto potencial dos métodos

especiais de recuperação deve-se ao fato de 65% do volume original de óleo in place de

muitos reservatórios não ser produzido após recuperação primária e secundária (Austad &

Milter, 2000).

As principais causas naturais responsáveis por um baixo fator de recuperação de

reservatórios de petróleo são: (1) heterogeneidades geológicas; (2) existência de interface

entre o óleo e o fluido deslocante; (3) molhabilidade da rocha ao óleo e (4) mobilidade do

óleo muito menor que a mobilidade do fluido deslocante.

Surfactantes e polímeros são os principais componentes utilizados em métodos

químicos de EOR. Os surfactantes reduzem a tensão interfacial entre a água e o óleo

(reduzindo a saturação de óleo residual e aumentando a eficiência de deslocamento),

enquanto o polímero cria condições viscosas favoráveis e boa mobilidade para o banco

(slug) de surfactante (Austad & Milter, 2000). Os métodos que utilizam tais componentes

são conhecidos como Surfactante–Polímero (SP) e Álcali–Surfactante–Polímero (ASP).

Este trabalho estuda o método Surfactante-Polímero (SP) para recuperação avançada

de petróleo. São descritos fundamentos teóricos, equacionamento e aplicação de

simulação numérica de reservatório do método, com o objetivo de projetar e quantificar

aumentos no fator de recuperação com sua aplicação.

Page 23: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

23

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. NÚMERO CAPILAR

Métodos utilizando surfactantes atuam no número capilar ( cN ), que é função da

tensão interfacial e está relacionado à saturação de óleo residual. A Figura 1 apresenta a

curva de dessaturação capilar para um sistema trifásico (óleo, água e microemulsão). O

número capilar é definido como a razão entre forças viscosas e forças capilares locais, e

pode ser calculado como (Moore & Slobod, 1955):

θσµ

cosv

Nc = (1)

Sendo µ = viscosidade do fluido; v = velocidade; σ = tensão interfacial e θ o

ângulo de contato.

Figura 1 – Curva de dessaturação capilar para as fases óleo, água e microemulsão (Sheng, 2011)

O número capilar correspondente ao início da dessaturação é denominado como

número capilar crítico. Portanto, para reduzir a saturação de óleo residual obtida com a

injeção de água é necessário que o número capilar seja significativamente superior ao

número capilar crítico. O número capilar crítico e o formato da curva de dessaturação

dependem das propriedades da rocha (Austad & Milter, 2000).

Page 24: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

24

Para uma injeção de água convencional em rocha molhável a água, cN está

normalmente na faixa de 10-7 a 10-5. O número capilar crítico é da ordem de 10-5 a 10-4,

onde a total dessaturação da fase não molhante (óleo) ocorre em números capilares da

ordem de 10-2 a 10-1 (Lake, 1989). Dessa maneira, para reduzir significativamente a

saturação de óleo residual após injeção de água é necessário que o número capilar

aumente 1.000 a 10.000 vezes. A única maneira prática de obter esse aumento do

número capilar é utilizando surfactantes, que reduzem a tensão interfacial nessa

magnitude (Austad & Milter, 2000). A tensão interfacial água/óleo, sem utilização de

surfactantes, é da ordem de 30 mN/m.

2.2. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS EM RECUPERAÇÃO AV ANÇADA DE

PETRÓLEO.

Uma típica composição química para EOR contém surfactante primário, co-

surfactante, co-solvente, álcali, polímero e eletrólito em solução aquosa (Flaaten, 2007). O

surfactante primário é o componente responsável diretamente pela formação da

microemulsão, com o co-surfactante melhorando a ação do surfactante primário (Nelson

et al., 1984). Essa composição busca obter uma microemulsão Winsor Tipo III, que será

descrita no item 2.3. Além disso, é adicionado polímero a essa formulação, para melhor

controle de mobilidade do banco de produtos químicos, uma vez que a permeabilidade

relativa à água (portanto a mobilidade dessa fase) aumenta em tensões interfaciais muito

baixas e a maior viscosidade proporcionada pela solução polimérica ajuda na redução da

mobilidade. Quando todos esses componentes são utilizados, o método é conhecido

como Álcali-Surfactante-Polímero (ASP). Quando o álcali não é utilizado, o método é

conhecido como Surfactante-Polímero (SP). Esses métodos serão detalhados no item 2.4.

As características e funções de cada componente supracitado são apresentadas a

seguir.

2.2.1. Surfactantes

São compostos anfifílicos, i.e., apresentam em suas estruturas moleculares duas

regiões claramente distintas: uma hidrofóbica e outra hidrofílica. Essa característica

permite que tais compostos se orientem em interfaces, reduzindo a tensão interfacial.

Também possuem a capacidade de formar estruturas auto-organizadas chamadas

micelas. A concentração acima da qual as micelas são espontaneamente formadas é

Page 25: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

25

definida como concentração micelar crítica (CMC). A tensão interfacial de um sistema

diminui à medida que a concentração de surfactante aumenta e se aproxima da CMC,

permanecendo praticamente constante após esse valor (Sheng, 2011).

A literatura reporta diversos tipos de surfactantes aniônicos que foram avaliados

para recuperação avançada de petróleo, uma vez que essa classe de surfactantes

apresenta menor adsorção em arenitos, quando comparados aos não-iônicos e catiônicos

(Zhao, 2007).

Um dos parâmetros mais utilizados para efetuar a pré-seleção de produtos é o

balanço hidrofílico-lipofílico (HLB), que indica se o surfactante possui maior tendência a se

solubilizar em óleo ou em água. Surfactantes com baixos valores de HLB são mais

solúveis em óleo e tendem a formar emulsões de água em óleo. Quando a salinidade da

água é baixa, surfactantes com baixo HLB devem ser selecionados, pois são capazes de

formar microemulsões em baixas salinidades. Quando a salinidade da água é alta, devem

ser selecionados surfactantes com alto HLB, pois formam microemulsões nessas

condições (Sheng, 2011).

Carmona et al. (1985) estudaram sulfonatos oléicos etoxilados e encontraram

muitas características desejáveis, como baixa tensão interfacial e alta tolerância a

salinidade, mesmo com presença de cátions divalentes. Como sua cadeia é linear,

tendem a formar cristais líquidos e géis, portanto requerem alta concentração de co-

solventes (Zhao, 2007).

Aoudia et al. (1995) mostraram que grupos de óxido de propileno (PO) aumentam a

porção lipofílica do surfactante e reduzem a solubilidade na água, além de reduzirem a

salinidade ótima (conceito explicado no item 2.3). Por outro lado, grupos de óxido de

etileno (EO) aumentam a hidrofilicidade do surfactante e melhoram sua solubilidade em

água, além de aumentarem a salinidade ótima do sistema. São bons candidatos para

aplicações com elevada salinidade.

Wellington e Richardson (1997) obtiveram alta recuperação de óleo em testes de

deslocamento em meio poroso com baixas concentrações de surfactantes com cadeias

ramificadas contendo EO e PO. Levitt et al. (2006) avaliaram álcoois propoxilados

sulfatados com cadeias hidrofóbicas de C12 a C24 e com 3 a 7 grupos PO e concluíram

que são surfactantes promissores para EOR com baixas temperaturas (< 60 °C). Sheng

(2011) cita que grupos funcionais levemente hidrofóbicos, como óxido de propileno (PO),

têm afinidade pela interface e aumentam a faixa de baixa tensão interfacial. A adição

desses grupos hidrofóbicos (PO) reduz a salinidade ótima e aumenta a tolerância ao

cálcio. Portanto, o grau de propoxilação pode ser utilizado para ajustar o surfactante a

Page 26: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

26

determinado óleo, temperatura e salinidade, assim como a adição de óxido de etileno

(EO), e os dois grupos combinados (EO e PO). Essa é a maneira mais prática de ajustar

um surfactante às condições desejadas.

Austad & Milter (2000) citam que surfactantes contendo múltiplas unidade de óxido de

etileno e propileno (EO e PO) possuem diversas propriedades desejadas, tais como:

• alta resistência a cátions divalentes;

• forte associação intermolecular lateral (que ocasiona alta cobertura da interface água-

óleo, resultando em baixa tensão interfacial) sem gerar cristais líquidos e géis; e

• gradação suave entre a parte hidrofóbica e hidrofílica da molécula, ocasionando uma

transição suave na interface.

Diversos autores citam que surfactantes que apresentam grupos PO e EO apresentam

resistência a Ca2+ e Mg2+ (Austad & Milter, 2000; Bourrel & Schechter, 1988; Aoudia et al.,

1995 e Hirasaki et. al.; 2004-2006).

Taugbøl et al. (1995) obtiveram valores de tensão interfacial da ordem de 10-2 mN/m

utilizando como surfactante sulfonato de etóxi-propóxi-alquila em água do mar e n-

heptano como fase oleosa (Figura 2). Pequenas modificações foram observadas ao se

dobrar a salinidade da água do mar (Figura 3).

Sulfonatos de alquil-arila são surfactantes comuns em produtos de limpeza e têm sido

utilizados pela indústria de petróleo para EOR durante décadas. Eles podem ter mais de

uma cadeia alquílica ligada a um anel de benzênico sulfonado. Essa ramificação evita

organização intermolecular do surfactante, diminuindo a formação de géis (Zhao, 2007).

Diversos autores reportam que os surfactantes do tipo sulfonatos de olefinas internas

(Internal olefin sulfonates – IOS) são bons candidatos para aplicação em EOR (Falls et al.,

1994; Sanz & Pope, 1995; Zhang & Hirasaki, 2004; Levitt et al., 2006; Jackson, 2006 e

DOE DE-FC26-03NT15406, 2004-2006).

Page 27: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

27

Figura 2 – Tensão interfacial entre n-heptano e solução de surfactante em água do mar a 50°C (Taugbøl et

al., 1995).

Figura 3 – Tensão interfacial em função da fração de água do mar (Taugbøl et al., 1995).

A parte hidrofóbica dos surfactantes para EOR geralmente possui de 12 a 16

carbonos, podendo chegar a 28 em alguns casos (Flaaten, 2007). O tamanho da cadeia

alquílica depende da compatibilidade com cadeias longas ou curtas do óleo de interesse

(Aoudia et al., 1995). Surfactantes ramificados têm melhor desempenho de maneira geral,

pois evitam a formação de géis e cristais líquidos, além de reduzir a viscosidade da

microemulsão (Levitt et al., 2006). Quanto maior a cadeia alquílica, maior a solubilização,

Page 28: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

28

menor a salinidade ótima, porém a viscosidade da microemulsão é maior e o tempo de

equilíbrio também. Ramificações onde duas cadeias alquílicas estão ligadas à parte polar

também apresentaram bom desempenho (Levitt et al., 2006).

A parte hidrofílica pode ser aniônica, catiônica ou neutra. Os aniônicos mais

comuns são sulfonatos e sulfatos. Sulfatos hidrolisam em temperaturas acima de

aproximadamente 60°C, portanto são limitados a reservatórios com baixa temperatura.

Para arenitos, os aniônicos são preferidos em relação aos catiônicos e não-iônicos devido

ao menor custo e menor adsorção na superfície da rocha (carregada negativamente).

Carbonatos também podem obter superfície negativamente carregada quando são

utilizados álcalis e o pH supera 8.5 (Flaaten, 2007).

Solairaj (2012) apresenta formulações de surfactantes para EOR contendo

carboxilatos EO-PO com alta hidrofobicidade.

Em temperaturas superiores a 60oC são recomendados surfactantes sulfonados. A

Tabela 1 (Barnes et al., 2008) apresenta tipos de surfactantes e o processo recomendado

(SP ou ASP) para diferentes condições de salinidade, temperatura e dureza.

Tabela 1 – Tipos de surfactantes e processos para diferentes condições de reservatório (Barnes et al., 2008).

Condição de reservatório Processo Surfactante

Temperatura < 60oC. Salinidade < 3% NaCl.

ASP/SP Álcool EO/PO sulfatado, Sulfonato de alquil-arila, Sulfonato de olefina interna.

Temperatura < 60oC. Salinidade > 3% NaCl. ASP/SP

Álcool EO/PO sulfatado, Sulfonato de olefina interna.

Temperatura < 60oC. Dureza > 1700 ppm de cátions divalentes.

SP Álcool EO/PO sulfatado.

Temperatura > 60oC. Salinidade < 3% NaCl. ASP/SP

Álcool EO/PO sulfonado, Sulfonato de alquil-arila, Sulfonato de olefina interna.

Temperatura > 60oC. Salinidade > 3% NaCl.

ASP/SP Álcool EO/PO sulfonado, Sulfonato de olefina interna.

Temperatura > 60oC. Dureza > 1700 ppm de cátions divalentes.

SP Álcool EO/PO sulfonado.

Zhao et al. (2008) apresentam o desempenho dos surfactantes em função de

propriedades de sua estrutura, conforme Tabela 2.

Page 29: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

29

Tabela 2 – Desempenho dos surfactantes em função de propriedades de sua estrutura (Zhao et al., 2008)

Desempenho do surfactante Propriedade estrutural co rrespondente Não adsorver na formação Preferência por surfactantes aniônicos

Estável em altas temperaturas de reservatório

Ausência de grupos hidrolisáveis (e.g. sulfatos) que excluiriam sua utilização em reservatórios com alta temperatura

Tensão interfacial ultra-baixa Grupos hidrofílicos e hidrofóbicos que interagem de maneira ótima com a interface óleo/água

Baixa tensão interfacial em altas salinidades Balanço hidrofílico/lipofílico (HLB) > ~11

Baixa tensão interfacial em baixas salinidades HLB < ≅11

Bom desempenho em óleos com altos valores de EACN (Equivalent Alkane Carbon Number)

HLB < ≅11; grupos lipofílicos maiores

Ausência de ordenação multi-molecular, como cristais líquidos, que geram problemas de viscosidade e de solubilização

Parte hidrofóbica ramificada; mistura de surfactantes; surfactantes com multiplas estruturas químicas

2.2.2. Co-solventes e co-surfactantes

O objetivo dos co-solventes é introduzir um composto de baixo peso molecular para

agir na interface óleo-água ao se posicionar entre as partes hidrofóbicas dos surfactantes,

reduzindo assim a viscosidade da microemulsão (Sanz & Pope, 1995). Além disso, co-

solventes apresentam outros benefícios, como reduzir a formação de géis, o tempo de

equilíbrio de microemulsões, melhorar a solubilidade do surfactante, e são

frequentemente necessários para evitar separação de fases em formulações com

surfactante e polímeros em conjunto (Pope et al., 1982).

Álcoois que são igualmente solúveis na água e no óleo (neutros) são boas

escolhas. Álcoois propílicos, butílicos e pentílicos são geralmente próximos da

neutralidade e foram os mais utilizados nos últimos 40 anos. Embora a adição de alcoóis

aumente a tensão interfacial e o custo, as vantagens dela advindas frequentemente

superam as desvantagens. Etileno glicol butil éter e outros glicóis são bons co-solventes e

têm vantagens em relação a álcoois leves, como maior ponto de fulgor (Jackson, 2006).

Assim como os co-solventes, co-surfactantes são necessários para tornar o

surfactante principal solúvel, obtendo formulações limpas e estáveis. Co-surfactantes são

efetivos em menores concentrações. Sahni et al. (2010) avaliaram diversos alcoóis

etoxilados, que são surfactantes não iônicos, além de diversos co-solventes:

• Surfactantes: C13-6EO-SO4, C13-7PO-SO4, C13-13PO-SO4, C15-18bABS, C14-30ABS, C15-

18IOS, C20-24IOS, C20-28IOS.

Page 30: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

30

• Co-Surfactantes: C10-6EO, C10-8EO, C10-10EO, C10-14EO, C11-6EO, C11-8EO, C11-

10EO, C11-14EO, C12-15-7EO, C12-15-9EO, C12-15-12EO, C13 -5EO, C13-7EO, C13-10EO, C13-

13EO, C13-15EO, C13-18EO and C13-30EO

• Co-Solventes: t-pentanol, iso-butanol (IBA), Etileno glicol monobutil éter (EGBE),

Dietileno glicol monobutil éter (DGBE), Trietileno glicol monobutil éter (TGBE), Butanol

2.15 EO and Butanol 2.77 EO

Hongyan et al. (2009) verificaram sinergismo positivo adicionando surfactante não-

iônico (nonilfenol etoxilado) a uma solução de surfactante do tipo sulfonato de petróleo,

reduzindo significativamente a tensão interfacial do sistema. O surfactante não-iônico

preencheria o espaço da interface água-óleo que está vazio devido à repulsão das partes

polares do surfactante aniônico, aumentando, assim, a densidade de tensoativos na

interface.

Dwarakanath et al. (2008) avaliou a utilização de co-solventes para realizar o gradiente

de fases do método Surfactante-Polímero, ao invés de utilizar a salinidade (conceito

descrito no item 2.4.1). Na Figura 4 é possível verificar o aumento na salinidade ótima

ocasionado pelo co-solvente. A Figura 5 demonstra a redução na razão de solubilização

ocasionada pelo co-solvente, aumentando a tensão interfacial. A Tabela 3 apresenta o

efeito do co-solvente na viscosidade da microemulsão. Os conceitos de razão de

solubilização e salinidade ótima são descritos nos itens 2.3 e 2.5.2.

Figura 4 – Efeito da concentração de co-solvente na salinidade ótima (Dwarakanath et al., 2008)

Page 31: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

31

Figura 5 – Efeito da concentração de co-solvente na razão de solubilização (Dwarakanath et al., 2008)

Tabela 3 – Efeito do co-solvente na vicosidade da microemulsão (Dwarakanath et al., 2008)

Salinidade normalizada

Surfactante (%m/m)

Co-solvente (%m/m)

Viscosidade da microemulsão

(cP)

1,00 2,00% 3,00% 5,15 0,98 1,80% 2,85% 4,89 0,95 1,60% 2,70% 4,89 0,93 1,40% 2,55% 5,21 0,88 1,00% 2,25% 1,54 0,86 0,80% 2,10% 1,49 0,84 0,60% 1,95% 1,49 0,81 0,40% 1,80% 1,49 0,79 0,20% 1,65% 1,49

2.2.3. Álcalis

A adição de álcalis tem como objetivo elevar o pH e a salinidade (Winters, 2012).

Em valores de pH superiores a 10, ocorre a saponificação de ácidos naftênicos presentes

no óleo, gerando surfactantes (carboxilatos) in situ. Caso o óleo possua baixa acidez,

essa geração será pequena. Álcalis também reduzem a adsorção do surfactante na rocha

e aumentam sua estabilidade pelo aumento do pH (Zhao, 2007).

Manter o pH elevado durante toda a injeção de surfactantes é necessário para

obter todos os benefícios de sua utilização, porém pode ser necessária uma alta

concentração (Flaaten, 2007). O composto mais comum utilizado no método ASP é o

Page 32: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

32

carbonato de sódio (Na2CO3), porém é sensível à dureza, exigindo o abrandamento da

água de injeção para sua utilização, além de ter sua aplicação limitada quando o

reservatório possui anidrita e gipsita (Winters, 2012).

Berger & Lee (2006) e Guerra (2007) desenvolveram formulações ASP tolerantes à

dureza utilizando álcalis orgânicos. Winters (2012) avaliou acetato de sódio e EDTA

tetrassódico para formulações ASP tolerantes à dureza, porém ambos não apresentaram

resultados satisfatórios.

Chandrasekar (2010) e Flaaten et al. (2010) utilizaram metaborato de sódio em

formulações ASP tolerantes à dureza, com bons resultados.

2.2.4. Polímeros

A adição de polímero em conjunto com o banco de surfactantes é necessária para

aumento da viscosidade do fluido deslocante, uma vez que a sua mobilidade aumenta

quando a tensão interfacial é reduzida (Figura 28). Esse aumento de viscosidade também

aumenta a eficiência de varrido do processo (Flaaten, 2007 e Zhao, 2007). Um banco de

polímeros após o de surfactante (polymer drive) é necessário para reduzir o trapeamento

de fases, minimizando a retenção dos produtos químicos do banco principal (Zhao, 2007),

conforme detalhado no item 2.4.1. Os polímeros mais utilizados são poliacrilamidas

aniônicas. Biopolímeros como Goma Xantana também são estudados, mas podem sofrer

biodegradação no reservatório, perdendo sua capacidade de viscosificação. Em

permeabilidades mais baixas, polímeros de menor peso molecular são mais adequados

(Flaaten, 2007).

Os polímeros sintéticos mais utilizados em recuperação avançada de petróleo são

co-polímeros de acrilamida e acrilato de sódio; co-polímeros de acrilamida e ATBS

(Acrylamido-Tertio-Butyl Sulfonate) e ter-polímeros de acrilamida, ATBS e ácido acrílico.

O monômero ATBS confere maior estabilidade térmica ao polímero, evitando que

ocorra a hidrólise da acrilamida e precipitação do polímero devido à presença de cátions

divalentes. Além da maior estabilidade térmica, polímeros com ATBS apresentam maior

resistência mecânica e menor adsorção na rocha. Para uma resistência térmica ainda

superior, o monômero NVP (n-vinil pirrolidona) é utilizado.

Poliacrilamidas hidrofobicamente modificadas (polímeros associativos) também são

utilizadas em recuperação avançada de petróleo.

A Tabela 4 apresenta exemplos de polímeros comerciais utilizados para

recuperação avançada de petróleo.

Page 33: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

33

Tabela 4 – Exemplos de polímeros comerciais para recuperação avançada de petróleo

Tipo de polímero Exemplo de

produto

Peso molecular

(MM Daltons)

Acrilato de sódio

(% molar)

ATBS (% molar)

NVP (% molar)

Acrilamida (% molar) Fonte

Co-polímero

3630S 18,5 27,8 0 0 72,2 Zaitoun et al. (2012)

3430S 12 32.8 0 0 67.2 Zaitoun et al. (2012)

AN125VLM 2 0 25 0 75 Rashidi (2010)

AN125 8 0 25 0 75 Zaitoun et al. (2012); Rashidi (2010)

AN125VHM 12 0 25 75 Rashidi (2010)

SAV505 6 A 8 0 0 50 50 Zaitoun et al. (2012)

Ter-polímero

5115SH 15 10 15 0 75 Seright & Skjevrak (2014)

SAV301 5 - - - - Levitt & Pope (2008)

SAV301 - 0 20-25 15-25 50-65 Vermolen et al. (2011)

Polímero hidrofobicamente

modificado

Superpusher B192 - - - - -

Levitt & Pope (2008); Levitt (2009); Pancharoen (2009)

Superpusher S255

- - - - - Levitt (2009); Pancharoen (2009)

Superpusher D118 - - - - - Levitt (2009);

Pancharoen (2009)

Poliacrilamida pós hidrolisada

Hengfloc 63020 20 - - - - Levitt & Pope (2008)

Poliacrilamida pós hidrolisada

Hengfloc 63026

26 - - - - Levitt & Pope (2008)

"Comb" polymer Kypam 5 - - - - - Levitt & Pope (2008); Levitt (2009)

2.2.5. Eletrólitos

Eletrólitos adequam a salinidade do banco de surfactante(s), de modo a atingir a

salinidade ótima da microemulsão (i.e., condição que apresenta a menor tensão

interfacial, conforme explicado nos itens 2.3 e 2.5.2) e para produzir um gradiente

negativo de salinidade no banco de polímeros injetado como polymer drive, tornando o

processo mais eficiente por reduzir o trapeamento do surfactante no meio poroso (Pope et

al., 1979; Hirasaki et al.,1983; Austad e Milter, 2000). O gradiente de salinidade pode ser

realizado ajustando a salinidade da água de injeção ou com o álcali. Maiores detalhes

sobre o gradiente negativo de salinidade são descritos no item 2.4.1.

2.3. COMPORTAMENTO DE FASES

Winsor (1954) foi o primeiro a descrever o comportamento de fases de

microemulsões como Tipo I, Tipo II e Tipo III. A Tipo I (ou Tipo II (-)) é uma microemulsão

de óleo em água e tem uma fase óleo excedente. A Tipo II (ou Tipo II (+)) é uma

Page 34: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

34

microemulsão de água em óleo e tem uma fase água excedente. A Tipo III está entre a

Tipo I e a Tipo II e é constituída por três fases: óleo excedente, microemulsão e água

excedente (Sheng, 2011) e apresenta a menor tensão interfacial. A transição entre as

fases (I para III e III para II) pode ser causada por mudanças em uma ou mais variáveis

dentre as muitas envolvidas no processo, como salinidade, temperatura, estrutura do

surfactante, concentração de co-solventes e composição do óleo (Zhao, 2007). A Figura 6

apresenta um exemplo de teste de comportamento de fases, onde é possível verificar a

transição entre as fases I, III e II através do aumento da salinidade.

Figura 6 – Exemplo de transição entre as fases I, III e II com aumento da salinidade (adaptado de Healy et

al., 1976).

A transição de fases I para III para II ocorre pelo aumento da salinidade, aumento

da concentração de co-solvente (álcool), aumento da temperatura, aumento da cadeia

alquílica do surfactante, aumento do EACN (Equivalent Alkane Carbon Number) do óleo

ou aumento da pressão.

A determinação da tensão interfacial a partir do teste de comportamento de fases

será descrita no item 2.5.2.

Healy et al. (1976), Reed & Healy (1977) e Puerto & Reed (1983) verificaram

aumento da salinidade ótima com o aumento da temperatura para surfactantes do tipo

sulfonato de alquil-arila. A Figura 7 apresenta o efeito da temperatura na salinidade ótima

e na razão de solubilização (Puerto & Reed, 1983).

Page 35: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

35

Figura 7 – Efeito da temperatura na salinidade ótima e na razão de solubilização (Puerto & Reed, 1983).

2.4. MÉTODOS SURFACTANTE-POLÍMERO (SP) E ÁLCALI-SUR FACTANTE-

POLÍMERO (ASP)

A Figura 8 ilustra as várias regiões de fluxo imiscível durante um típico

deslocamento de óleo pelo método ASP/SP. Considerando que foi realizada injeção de

água antes da aplicação do método químico, atingindo a saturação de óleo residual (Sor),

as várias zonas são descritas como (Austad & Milter, 2000):

Região 1: Saturação de óleo residual pela injeção de água, apenas 1 fase (água) está

fluindo.

Região 2: Um banco de óleo é formado, 2 fases (água e óleo) estão em fluxo.

Região 3: Banco de ASP/SP formando a região de baixa tensão interfacial contendo a

formulação de surfactantes e polímero. Se contiver álcali, o método é denominado ASP,

do contrário é denominado SP. Fluxo de três fases líquidas (óleo, água e microemulsão),

Winsor Tipo III.

Região 4: Solução de polímero para controle de mobilidade (polymer drive), com

salinidade inferior à salinidade ótima (Winsor TIpo I). Fluxo de uma fase aquosa.

Page 36: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

36

Figura 8 – Diferentes regiões obtidas no processo ASP/SP (adaptado de Austad & Milter, 2000).

2.4.1. Gradiente de fases

Após a injeção do banco ASP/SP (Winsor Tipo III), é necessário injetar um banco

posterior com comportamento de fases Winsor Tipo I, para evitar que a fase

microemulsão fique trapeada no meio poroso. A Figura 1 apresenta a curva de

dessaturação capilar para as fases água, óleo e microemulsão (Winsor Tipo III). É

possível verificar que é necessário um número capilar muito alto para remover a fase

microemulsão do meio poroso. Dessa maneira, é injetado um banco com comportamento

de fases Tipo I após o banco ASP/SP Tipo III. Esse banco Tipo I é injetado em conjunto

com o polímero (polymer drive), e é realizado com a injeção de água com menor

salinidade ou maior concentração de co-solvente (Figura 4).

Pope et al. (1979) e Hirasaki et al. (1983) sugerem um gradiente negativo de

salinidade, de maneira que a salinidade da água na formação seja referente à

microemulsão Tipo II, a salinidade do banco Surfactante-Polímero seja igual à salinidade

ótima (Tipo III) e o banco de polímero seja referente à microemulsão Tipo I. Essa

configuração garante que o banco SP irá passar pela salinidade Tipo III e o banco de

polímero com salinidade Tipo I resulta em menor adsorção do surfactante. O surfactante é

retardado na frente de avanço, devido à microemulsão Tipo II. No banco de polímero, com

salinidade Tipo I, o surfactante flui na fase água ou em fase microemulsão de óleo em

água (Hirasaki et al., 1983).

Região 4Polímero

Região 3Surfactante

Região 2Banco de óleo

Região 1Sorw

Direção do fluxo

Page 37: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

37

2.5. AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÕES DE SURFACTANTE

2.5.1. Solubilidade

É imprescindível que a formulação de surfactante apresente boa solubilidade. Do

contrário, o trapeamento do surfactante será muito alto. Sahni (2009) apresenta estudo

sobre a importância de formulações ASP com boa solubilidade. As Figuras 9 e 10

apresentam uma solução ASP com solubilidade inadequada e seu baixo desempenho em

remover óleo residual. As figuras 11 e 12 apresentam uma formulação ASP com

solubilidade adequada e seu desempenho em remover o óleo residual. É possível verificar

que a formulação ASP com solubilidade adequada apresenta desempenho muito superior.

Figura 9 – Formulação ASP com solubilidade inadequada (Sahni, 2009).

Figura 10 – Desempenho da formulação ASP com solubilidade inadequada na remoção de óleo residual

(Sahni, 2009).

Page 38: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

38

Figura 11 – Formulação ASP com solubilidade adequada (Sahni, 2009)

Figura 12 – Desempenho da formulação ASP com solubilidade adequada na remoção de óleo residual

(Sahni, 2009).

2.5.2. Comportamento de fases e tensão interfacial

O item 2.3 apresenta os fundamentos do teste de comportamento de fases. Um

dos parâmetros mais utilizados para o estudo do comportamento de fases de

microemulsões para EOR é a razão de solubilização, definido como a razão entre o

volume da fase em questão (óleo ou água) solubilizado na microemulsão e o volume de

surfactante presente no sistema (assume-se que todo o surfactante está na

microemulsão). Healy & Reed (1976) foram os primeiros a desenvolver uma correlação

entre a razão de solubilização do óleo e da água e a tensão interfacial entre a

Page 39: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

39

microemulsão e cada fase. Chun Huh (1979) estabeleceu uma relação teórica entre a

razão de solubilização ótima e a tensão interfacial. Nessa teoria, a tensão interfacial (σ ) é

proporcional ao quadrado da razão de solubilização ótima ( 3lR ):

23

3l

l R

c=σ para l = 1 ou 2. (2)

Sendo c aproximadamente 0,3 dyn/cm e a razão de solubilização ótima definida como o

valor onde a razão de solubilização do óleo e da água são iguais ( 13R = 23R ) na mesma

salinidade (salinidade ótima), conforme Figura 13. As equações 3, 4 e 5 demonstram

como utilizar a equação de Huh para cálculo da tensão interfacial entre a água e o óleo

através de teste de comportamento de fases, onde oV é o volume de óleo solubilizado, wV

é o volume de água solubilizada e sV é o volume de surfactante utilizado. A razão de

solubilização do óleo ( 23R ) e da água ( 13R ) são definidos por:

s

o

V

VR =23 (3)

s

w

V

VR =13 (4)

Figura 13 – Exemplo de determinação da razão de solubilização ótima (valor onde a razão de solubilização

do óleo e da água são iguais) (Sheng, 2011).

Page 40: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

40

A Figura 14 apresenta como os valores de oV e wV são determinados no teste de

comportamento de fases, para cálculo das razões de solubilização.

O comportamento de fases e a tensão interfacial são afetados por diversos fatores:

características do óleo, características do surfactante, cátions divalentes, temperatura,

pressão, salinidade, concentração de co-solvente, concentração de co-surfactante,

concentração de polímero, partição água/óleo do surfactante e demais tensoativos, e

razão água/óleo.

Figura 14 – Esquema para cálculo das razões de solubilização no teste de comportamento de fases (Sheng,

2011).

2.5.3. Simulação dos métodos Surfactante-Polímero ( SP) e Álcali-Surfactante-Polímero (ASP)

A simulação do método ASP/SP consiste principalmente em representar as

modificações na permeabilidade relativa ocasionada pela baixa tensão interfacial

proporcionada pelo surfactante, assim como o incremento de viscosidade ocasionado

pelo polímero. A correta representação do método ASP/SP exige uma simulação incluindo

as fases óleo, água e microemulsão, que são definidas pelo comportamento de fases

(Tipo I, Tipo III e Tipo II). A partir do comportamento de fases é possível determinar a

tensão interfacial. As permeabilidades relativas são calculadas em função da curva de

dessaturação capilar para cada uma das três fases.

Pope & Nelson (1978) desenvolveram um simulador unidimensional e

composicional que incluía os efeitos de tensão interfacial, comportamento de fases, fluxo

Page 41: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

41

fracionário, adsorção e propriedades do polímero como função da salinidade. O simulador

era capaz de representar troca catiônica, comportamento de fases e tensão interfacial

como função da salinidade e da concentração de surfactante e viscosidade do polímero

como função da concentração de polímero e da salinidade.

Pope et al. (1979) realizaram um estudo de sensibilidade do método Surfactante-

Polímero a partir de simulação. A maior recuperação de óleo ocorre quando ocorre o

gradiente de salinidade Tipo II à frente do banco SP, Tipo III no banco SP e Tipo I no

banco de polímero (polymer drive).

Mohammadi (2008) modelou experimentos laboratoriais em amostras de arenito

com uma modelagem mecanicista do método ASP, utilizando o simulador UTCHEM

(University of Texas Chemical Flooding Simulator). A modelagem considerou reações na

fase aquosa do álcali, a geração de surfactante in-situ pela reação do álcali com o óleo

ácido, comportamento de fases do surfactante injetado e do surfactante gerado in-situ,

redução da adsorção do surfactante em elevado pH, troca catiônica com argilas e o efeito

do co-solvente no comportamento de fases. As figuras 15 a 17 apresentam um dos

experimentos modelados por Mohammadi (2008). Esse mesmo trabalho aplica a

metodologia de simulação ASP em um modelo homogêneo em escala de campo, obtendo

uma recuperação adicional de 25% do VOOIP em relação à injeção somente de polímero.

Figura 15 – Comparação entre valores medidos e simulados de recuperação de óleo e fração de óleo

(Mohammadi, 2008).

Page 42: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

42

Figura 16 – Comparação entre valores medidos e simulados de produção de surfactante (Mohammadi,

2008).

Figura 17 – Comparação entre valores medidos e simulados de diferencial de pressão (Mohammadi, 2008).

Han et al. (2008) desenvolveram um simulador totalmente implícito, paralelo e

composicional que resolve o comportamento de fases surfactante/óleo/água pela regra de

Hand (Hand, 1939). Os componentes na fase água incluem surfactante, polímero e

salinidade. Simulações do método Surfactante-Polímero foram realizadas com sucesso

Page 43: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

43

em modelo com escala de campo com mais de 1 milhão de células usando múltiplos

processadores.

Yuan (2012) realizou simulações paralelizadas do método Surfactante-Polímero em

modelos com escala de campo utilizando o simulador IPARS, representando o transporte

do surfactante no meio poroso, a adsorção do surfactante na rocha, o comportamento de

fases água/óleo/surfactante, a viscosidade da microemulsão e a permeabilidade relativa

baseada no número de trapeamento.

Goudarzi et al. (2012) compararam diferentes simuladores de reservatórios

utilizados na simulação do método ASP/SP. O UTCHEM é o único que permite simular o

comportamento de fases (função da salinidade efetiva) e modelar a fase microemulsão e

sua viscosidade, além de calcular a tensão interfacial pelo comportamento de fases

(Tabela 5).

Tabela 5 – Comparação do módulo de surfactante de diferentes simuladores (Goudarzi et al., 2012)

Módulo de surfactante UTCHEM CMG-STARS ECLIPSE Viscosidade da Microemulsão V Não possui Não possui Tensão interfacial V Possui (formato tabular) Possui (formato tabular) Comportamento de fases V Não possui Não possui Adsorção do surfactante V V V Efeito de troca iônica V V V Salinidade efetiva V Não possui Não possui

Page 44: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

44

3. METODOLOGIA

3.1. SIMULAÇÃO NUMÉRICA

As simulações realizadas nesse trabalho utilizaram o UTCHEM 2013_8 (University

of Texas Chemical Flooding Simulator), um simulador tridimensional, multicomponente e

multifásico desenvolvido pelo CPGE (Center for Petroleum and Geosystems Engineering)

da University of Texas at Austin. Esse simulador permite modelar o fluxo multifásico

(água, óleo e gás) no reservatório de petróleo, assim como a permeabilidade relativa

trifásica entre água, microemulsão e óleo, fundamental para a correta modelagem de fluxo

da microemulsão Tipo III. O UTCHEM também permite simular o aumento da viscosidade

da fase aquosa devido à adição de polímero, incluindo seu comportamento não

newtoniano. O simulador também inclui efeitos de adsorção dos componentes na rocha.

As equações de balanço são:

1) Equação de balanço de massa para cada componente.

2) A pressão na fase aquosa é obtida por um balanço de massa geral de todos os

componentes que ocupam volume. As pressões nas outras fases são calculadas

adicionando a pressão capilar entre as fases.

3) Equação de balanço de energia.

Quatro fases são modeladas. Uma fase gasosa monocomponente ( l = 4) e até três

fases líquidas: aquosa ( l = 1), oleosa ( l = 2) e microemulsão ( l = 3). Existirão duas ou

três fases líquidas, a depender do comportamento de fases (microemulsão Tipo I, Tipo III

ou Tipo II).

As equações de fluxo permitem compressibilidade das fases sólida e fluidas,

dispersão e difusão molecular e comportamento de fases, por equações complementares.

As equações utilizadas no simulador UTCHEM 2013_8 são apresentadas nos itens

3.1.1 a 3.1.9 e foram obtidas a partir da documentação técnica (UTCHEM Volume II,

2013).

3.1.1. Equações de balanço de massa

Para as equações de fluxo é assumido que as fases sólidas são imóveis, as fases

fluidas e líquidas são levemente compressíveis, dispersão pela lei de Fick, mistura ideal e

Page 45: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

45

lei de Darcy. As condições de contorno são fluxo nulo e fluxo dispersivo nulo em fronteiras

impermeáveis.

A conservação da massa para o componente κ associada com a lei de Darcy é

expressa em termos do volume total do componente κ por unidade de volume poroso

( κC~

) como:

( ) κκκκκκ ρρφ RDuCCt

pn

=

−⋅∇+

∂∂

∑=

1

~~

l

lll

rr

(5)

O volume total do componente κ por unidade de volume poroso é a soma de todas

as fases, incluindo as fases adsorvidas:

κκκ

κκ CCSCCpcv

nnˆˆ1

11

~

+

−= ∑∑

==l

l

l para κ = 1,..., cvn (6)

Sendo cvn o número total de fases que ocupam volume (água, óleo, surfactante e

gás), pn o número de fases, κC o volume adsorvido do componente κ e κρ a densidade

do componente κ puro a uma pressão RP relativa a sua densidade na pressão de

referência 0RP , normalmente considerada a pressão nas condições de superfície. κR é o

somatório de fontes e sumidouros. É considerado mistura ideal e compressibilidades

pequenas e constantes 0κC .

( )001 RR PPC −+= κκρ (7)

A dispersão é calculada pela lei de Fick:

llll

rrrr

κκκ φ CKSD x ∇⋅=,

~ (8)

O tensor dispersão l

rr

κK , incluindo difusão molecular (lκD ) é calculado como:

( )l

ll

l

ll

l

l

ll

l rr

rr

u

uu

Su

S

DK jiTL

ijT

ijij φααδ

φαδ

τκ

κ−++≡ (9)

Page 46: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

46

Sendo lLα e

lTα as dispersividades longitudinal e transversal da fase l , τ o fator

de tortuosidade (com valor superior a 1), iul

e jul

componentes do fluxo de Darcy da fase

l nas direções i e j e ijδ é a função delta de Kronecker.

A magnitude do vetor fluxo para cada fase é calculada como:

( ) ( ) ( )222llll

rzyx uuuu ++= (10)

O fluxo da fase pela lei de Darcy é:

( )hPkk

u r ∇−∇⋅−=rr

rrr

ll

l

l

µ (11)

Sendo krr

o tensor de permeabilidade intrínseca e h a profundidade vertical.

Permeabilidade relativa (lrk ), viscosidade (

lµ ), e peso específico para a fase l serão

definidos posteriormente.

O termo de fonte κR é uma combinação de todos os termos de fluxo para dado

componente e é definido como:

( )∑=

+−+=pn

s QrrSR1

1l

ll κκκκ φφ (12)

onde κQ é a vazão de injeção/produção para o componente κ . lκr e srκ são as taxas de

reação para o componente κ na fase l e na fase sólida s , respectivamente.

3.1.2. Balanço de energia

A equação de balanço de energia considera que a energia é função somente da

temperatura e que o fluxo de energia no reservatório ocorre somente por advecção e

condução.

Page 47: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

47

( ) LH

n

Tp

n

VVSs QqTTuCTCSCt

pp

−=

∇−⋅∇+

+−

∂∂

∑∑== 11

1l

lll

l

lll

rrλρρφρφ (13)

Sendo T a temperatura do reservatório, VSC e lVC as capacidades térmicas da fase

sólida e da fase l a volume constante, lpC a capacidade térmica a pressão constante e

Tλ a condutividade térmica (considerada constante). Hq é a fonte de entalpia por volume.

LQ é a perda térmica para a parte superior e inferior do reservatório utilizando o método

de perda térmica de Vinsome e Westerveld (1980).

3.1.3. Equação da pressão

A equação da pressão é desenvolvida pela soma das equações de balanço de

massa de todos os componentes que ocupam volume, substituindo a lei de Darcy para os

termos de fluxo de fases, usando a definição de pressão capilar, e notando que ∑=

=cvn

C1

κl .

A equação da pressão em termos da fase de referência para a pressão (fase 1) é:

∑ ∑ ∑= = =

+∇⋅∇+∇⋅⋅∇−=∇⋅⋅∇+∂∂ p p cv

n n n

ccrcrrTct QPkhkPkt

PC

1 1 111

1

l l

lll

rrrrrrrrrrrr

κκλλλφ (14)

Sendo a mobilidade relativa da fase l :

∑=

=cvn

rcr C

k

1κκκρ

µλ

l

l

l

l (15)

e a mobilidade relativa total com correção para a compressibilidade do fluido:

∑=

=pn

crrTc1l

lλλ . (16)

A compressibilidade total ( tC ) é a soma da compressibilidade da rocha ( rC ) e dos

componentes ( 0κC ):

Page 48: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

48

κκ

κ CCCCcvn

rt

~

1

0∑=

+= (17)

onde

( )[ ]01 RRrR PPC −+= φφ . (18)

3.1.4. Propriedades do surfactante

3.1.4.1. Adsorção

A adsorção do surfactante é modelada pela isoterma de Langmuir, considerando a

salinidade da água, a concentração de surfactante e a permeabilidade. A adsorção é

irreversível com a concentração e reversível com a salinidade. A concentração adsorvida

de surfactante ( 3=κ ) é calculada por:

( )( )

−+−=

κκκ

κκκκκ

CCb

CCaCC

ˆ~1

ˆ~,

~minˆ ; 3=κ (19)

A adsorção aumenta linearmente com a salinidade efetiva ( SEC ) e diminui com o

aumento da permeabilidade.

( )5.0

32313

+=

k

kCaaa ref

SE (20)

A salinidade efetiva ( SEC ) para o surfactante será descrita no item 3.1.4.3. O valor de

33 / ba representa a máxima adsorção e 3b controla a curvatura da isoterma. Os

parâmetros de adsorção 31a , 32a e 3b são obtidos ajustando medidas de laboratório. A

permeabilidade de referência ( refk ) é a permeabilidade referente a especificação dos

parâmetros de adsorção.

Page 49: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

49

3.1.4.2. Comportamento de fases

O comportamento de fases considera até 5 componentes (água, óleo, surfactante e

dois co-solventes), que formam 3 pseudocomponentes (água, óleo e microemulsão) em

uma solução. Na ausência de co-solventes, apenas 3 componentes são modelados

(água, óleo e surfactante). As concentrações volumétricas desses 3 componentes são

usadas como coordenadas em um diagrama ternário.

O UTCHEM permite incluir o efeito de dois co-solventes e da temperatura no

comportamento de fases.

Os co-solventes alteram a salinidade efetiva e as salinidades mínima e máxima da

microemulsão Tipo III. Também alteram a altura da curva binodal, pois aumentam a

tensão interfacial, conforme apresentado no item 2.2.2.

3.1.4.3. Salinidade efetiva

A salinidade efetiva para o comportamento de fases permite incluir o efeito dos

cátions divalentes, dois co-solventes e da temperatura. Desprezando esses efeitos, a

salinidade efetiva ( SEC ) é igual à concentração de ânions na fase aquosa ( 51C ).

( )( ) ( )( )refTSSSE TTff

CC

−−−−=

βββ 111 7766

51 (21)

Onde:

SEC é a salinidade efetiva;

51C é a concentração de ânions na fase aquosa;

( )Sf771 β− é o efeito do co-solvente;

( )Sf661 β− é o efeito dos cátions divalentes;

( )( )refT TT −− β1 é o efeito da temperatura;

7β é o parâmetro de inclinação para o co-solvente;

6β é o parâmetro de inclinação para cátions divalentes;

Tβ é o parâmetro de inclinação para a temperatura;

Sf6 é a fração do total de cátions divalentes ligada às micelas e;

Sf7 é a fração do total de co-solvente associado ao surfactante.

Page 50: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

50

Os parâmetros 6β , 7β e Tβ são obtidos por testes adicionais de comportamento

de fases, determinando o efeito dos cátions divalentes, do co-solvente e da temperatura.

Nelson (1982) e Satoh (1984) apresentam estudos para o efeito de cátions divlentes e co-

solventes no comportamento de fases. Dwarakanath et al. (2008) apresentam estudo do

efeito de co-solventes no comportamento de fases. Puerto & Reed (1983) e Aoudia &

Wade (1995) apresentam estudos sobre o efeito da temperatura no comportamento de

fases.

Os limites de salinidade que formam a microemulsão Tipo III são chamados de limite

superior e inferior da salinidade efetiva ( SELC e SEUC ).

3.1.4.4. Curva binodal

A curva binodal é determinada utilizando a regra de Hand (Hand, 1939).

B

C

CA

C

C

=

l

l

l

l

1

3

2

3 para l = 1, 2 ou 3. (22)

Sendo A e B parâmetros empíricos. O UTCHEM considera uma curva binodal

simétrica ( 1−=B ) com as concentrações de todas as fases sendo calculadas

explicitamente em termos da concentração de óleo l2C (sendo 1

3

1

=∑=κ

κlC ).

( ) ( )

−++−=

lllll 222

223 142

1CACACACC para l = 1, 2 ou 3. (23)

O parâmetro A está relacionado à altura da curva binodal conforme:

2

max,3

max,3

1

2

−=

m

mm C

CA para m = 0, 1 e 2. (24)

mBNCm HC ,max,3 = (25)

Page 51: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

51

mBNCH , é um parâmetro de entrada e m = 0, 1 e 2 correspondem às salinidades

mínima, ótima e máxima. mA é interpolado linearmente como:

( ) 110 1 AC

CAAA

SEOP

SE +

−−= para SEOPSE CC ≤ (26)

( ) 112 1 AC

CAAA

SEOP

SE +

−−= para SEOPSE CC ≤ (27)

Sendo SEOPC a salinidade efetiva ótima, calculada como a média aritmética entre

SELC e SEUC . A altura da curva binodal nas três salinidades de referência são parâmetros

de entrada do modelo.

3.1.4.5. Efeito do co-solvente na curva binodal

É utilizada uma relação linear para representar o efeito do co-solvente na altura

máxima da curva binodal:

mS

mm CfmC 7777max,3 += para m = 0, 1 e 2 . (28)

Onde m representa as salinidades zero ( m = 0), ótima ( m = 1) e o dobro da ótima

( m = 2). O parâmetro mm7 é o coeficiente angular da altura máxima da curva binodal em

função da fração de co-solvente associada ao surfactante na salinidade m . mC7 é o

coeficiente linear desse mesmo gráfico (Figura 18).

Page 52: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

52

Figura 18 – Altura máxima da curva binodal em função da fração de co-solvente associada ao surfactante.

3.1.4.6. Efeito da temperatura na curva binodal

Assim como o co-solvente, o efeito da temperatura na curva binodal é através de

uma relação linear:

( )refmBNTmBNCm TTHHC −+= ,,max,3 (29)

Sendo mC max,3 a altura máxima da curva binodal em função da temperatura, m

representa as salinidades zero ( m =0), ótima ( m =1) e o dobro da ótima ( m =2), mBNCH , é a

altura da curva binodal na temperatura de referêmcia ( refT ) e na salinidade m e mBNCH , é

o coeficiente angular da altura da curva binodal em função da temperatura (T ) na

salinidade m .

Page 53: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

53

3.1.4.7. Tensão interfacial

A tensão interfacial será calculada no UTCHEM pelo modelo de Chun-Huh. Nesse

modelo, a tensão interfacial está relacionada à razão de solubilização como:

23

3l

l R

c=σ para l = 1 ou 2. (30)

Sendo c aproximadamente 0,3 (Huh, 1979). O fator de correção de Hirasaki (l

F )

foi introduzido à equação de Huh para garantir que a tensão interfacial é nula no ponto

crítico. Outros termos foram adicionados à equação de Huh para reduzir a tensão

interfacial água-óleo quando a concentração de surfactante é reduzida.

( )333 1

23

3ll

l

l

l

aRaRow e

R

cFe −− −+= σσ para l = 1 ou 2. (31)

Sendo a aproximadamente 10.

3.1.5. Propriedades do polímero

3.1.5.1. Adsorção

A retenção do polímero no meio poroso ocorre por adsorção à superfície sólida e por

trapeamento em poros pequenos, uma vez que o polímero é uma macromolécula. A

adsorção também é modelada pela isoterma de Langmuir, porém para κ = 4. Da mesma

maneira que o surfactante, a adsorção do polímero também é modelada em função da

salinidade, concentração e permeabilidade.

( )( )

−+−=

κκκ

κκκκκ

CCb

CCaCC

ˆ~1

ˆ~,

~minˆ ; 4=κ

(32)

Page 54: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

54

( )5.0

42414

+=

k

kCaaa ref

SE (33)

A salinidade efetiva para o polímero é:

( )11

6151 1

C

CCC P

SEP

−+= β (34)

Sendo 51C , 61C e 11C , respectivamente, as concentrações de ânions, cálcio e água

na fase aquosa. Pβ é um parâmetro do modelo determinado em laboratório, referente à

influência do cálcio na salinidade efetiva do polímero. A permeabilidade de referência

( refk ) é a permeabilidade referente a especificação dos parâmetros de adsorção.

3.1.5.2. Redução de permeabilidade

Soluções poliméricas reduzem a mobilidade do fluido deslocante (água) e a

permeabilidade do meio poroso. A redução de permeabilidade é medida pelo fator de

redução de permeabilidade.

p

wk k

kR = (35)

A redução de mobilidade devido ao efeito combinado do aumento da viscosidade e

redução da permeabilidade é chamada fator de resistência ( FR ), calculado por:

w

pkF RR

µµ

= (36)

Sendo wk a permeabilidade efetiva à água, pk a permeabilidade ao polímero, pµ a

viscosidade da solução polimérica e wµ a viscosidade da água.

O efeito da redução na permeabilidade continua mesmo após a solução polimérica

ter passado pelo meio poroso e é chamado de fator de resistência residual, RFR .

O fator de redução de permeabilidade é modelado no UTCHEM como:

Page 55: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

55

( )l

l

4

4max,

1

11

Cb

CbRR

rk

rkkk +

−+= (37)

( )

−=

cutk

yx

SpSEPprk

k Rkk

CAcR ,

4

2/1

3/1

1max, ,1min

φ

(38)

Sendo rkb e rkc parâmetros de entrada e l refere-se à fase com maior

concentração de polímero.

O efeito da redução de permeabilidade devido ao polímero é considerado

irreversível, ou seja, não reduz com a redução de concentração de polímero, portanto

kRF RR = . A viscosidade da fase que contém o polímero é multiplicada pelo valor de kR

para considerar o efeito de redução de mobilidade no simulador.

3.1.5.3. Volume poroso inacessível ao polímero

A redução na porosidade devido a poros inacessíveis pelo grande tamanho das

moléculas de polímeros é denominada volume poroso inacessível. O resultado desse

efeito é uma maior velocidade do polímero em relação à água, no meio poroso. Esse

efeito é modelado multiplicando a porosidade na equação de conservação do polímero

por um parâmetro de entrada de volume poroso efetivo.

3.1.5.4. Taxa de cisalhamento no meio poroso

A taxa de cisalhamento no meio poroso é calculada conforme proposto por Hirasaki

& Pope (1974) & Lin (1981):

capil

wrw

wn

n

eff CSkk

u

n

nC γ

φγ &

r

& =

+=−

8

4

413 1

(39)

Sendo a taxa de cisalhamento em s-1, o fluxo de Darcy em cm/s e a permeabilidade

em cm2. C é o coeficiente da taxa de cisalhamento e n é o expoente da lei de potência.

Page 56: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

56

O parâmetro n corresponde à inclinação da porção linear do gráfico log-log da

viscosidade do polímero em função da taxa de cisalhamento, conforme Figura 19.

Figura 19 – Reologia do polímero e obtenção do expoente da lei de potência.

O parâmetro C é o coeficiente da taxa de cisalhamento obtido a partir de

experimentos laboratoriais e considera efeitos não ideais (Wreath et al., 1990; Sorbie,

1991). O valor de C depende de propriedades do meio poroso, como permeabilidade e

porosidade. Cannella et al. (1988) utilizaram C igual a 6 para ajuste de experimentos de

laboratório com afloramento Berea. Wreath et al. (1990) obtiveram valores de C

apresentados na Figura 20. Ehrenfried (2013) reportou valores de C entre 2,36 e 2,83

para afloramento Bentheimer e determinou experimentalmente C = 2,09 para fluxo de

poliacrilamida em afloramento Bentheimer.

A magnitude do fluxo de Darcy para a fase água é calculada como:

( ) ( ) ( )222 zw

yw

xww uuuu ++=r

(40)

Uma maneira alternativa de cálculo para células contendo poços é:

Lr

Qu

effw

ww

,2π=r

(41)

Sendo wQ a vazão volumétrica de água para cada célula contendo o poço, L a

espessura da célula e effwr , um raio efetivo do poço, uma variável de entrada com valor

y = 8.7466x-0.166

R² = 0.9986

1

10

0.01 0.1 1 10 100 1000 10000

Vis

cosi

dad

e (c

P)

Taxa de cisalhamento (s-1)

Page 57: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

57

padrão igual ao raio do poço ( wr ). Essa maneira alternativa de cálculo reduz o efeito do

tamanho da célula no cálculo da taxa de cisalhamento e, consequentemente, no cálculo

da viscosidade da solução polimérica no meio poroso.

O UTCHEM possui um método analítico para cálculo da injetividade, desenvolvido

por Li & Delshad (2013). Esse método elimina o problema de cálculo de taxa de

cisalhamento próximo ao poço em modelos com células grandes, conforme apresentado

na Figura 21.

Figura 20 – Valores do parâmetro C para cálculo de taxa de cisalhamento no meio poroso apresentados por

Wreath et al (1990).

Figura 21 – Validação do modelo analítico para cálculo da injetividade do polímero (Li & Delshad, 2013)

Page 58: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

58

3.1.5.5. Comportamento não newtoniano

A reologia de soluções de poliacrilamidas aniônicas, quando determinadas em um

reômetro, apresentam um platô newtoniano em baixas taxas de cisalhamento, seguida

por uma faixa com comportamento pseudo-plástico e, posteriormente, por um novo platô

newtoniano em taxas de cisalhamento elevadas (Figura 22). Esse comportamento

reológico pode ser modelado no UTCHEM pela equação de Meter (Meter & Bird, 1964).

1

2/1

0

1−

+

−+=

α

γγ

µµµµ P

wpwp

&

(42)

Sendo pµ a viscosidade da solução polimérica em função da taxa de cisalhamento

(γ& ), 2/1γ a taxa de cisalhamento correspondente à viscosidade média entre 0pµ

(viscosidade da solução polimérica em taxa de cisalhamento zero) e wµ (viscosidade da

água). αP é um coeficiente empírico.

A equação de Carreau (1972) também pode ser utilizada para modelar a reologia

de soluções de poliacrilamidas.

( ) ( )[ ] ααγλµµµµ/)1(0 1

∞∞ +−=−n

pp & (43)

Sendo wµµ =∞ , 0pµ a viscosidade da solução polimérica em taxa de cisalhamento

zero, λ , n e α parâmetros empíricos. O parâmetro α é usualmente considerado igual a

2.

Page 59: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

59

Figura 22 – Comportamento reológico de soluções de poliacrilamida (Sheng, 2011).

No meio poroso, devido à característica viscoelástica das soluções poliméricas, a

reologia do polímero apresenta um platô newtoniano em baixas taxas de cisalhamento,

seguida por uma faixa pseudo-plástica e, após uma taxa de cisalhamento crítica, uma

faixa dilatante. A Figura 23 apresenta a reologia do polímero determinada em reômetro e

medida no meio poroso.

Figura 23 – Comportamento reológico da solução polimérica no meio poroso (UTCHEM Volume II, 2013)

Page 60: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

60

Delshad et al. (2008) implantou um modelo unificado de viscosidade (Unified

Viscosity Model), capaz de representar a reologia das soluções poliméricas no meio

poroso. Esse modelo calcula a viscosidade da solução polimérica como a soma dos

termos pseudo-plástico e dilatante.

elshapp µµµ += (44)

O termo pseudo-plástico é calculado pela equação de Carreau (1972).

( ) ( )[ ] ααγλµµµµ/)1(0 1

∞ +−+=n

pwsh & (45)

A equação de Flory-Huggins (Flory, 1953) modificada é utilizada para calcular a

viscosidade do polímero em taxa de cisalhamento zero ( 0pµ ).

( )[ ]PSSEPPPPPPPwp CCACACA 3

32

210 1 +++= µµ (46)

Sendo wµ a viscosidade da água, 1PA , 2PA e 3PA parâmetros do modelo obtidos a

partir de medidas em laboratório. PC é a concentração de polímero na fase água (isso

exclui a concentração adsorvida). O termo PSSEPC representa a dependência da viscosidade

do polímero com a salinidade e dureza. A salinidade efetiva, SEPC , é dada por:

( )

−+= 111

6151 ,1

max SEP

SEP CC

CCC

β (47)

Sendo 51C , 61C e 11C , respectivamente, as concentrações de ânions, cálcio e água

na fase aquosa. Pβ é um parâmetro do modelo determinado em laboratório, referente à

influência do cálcio na salinidade efetiva do polímero. 1SEC é a salinidade a partir da qual a

viscosidade do polímero não é mais influenciada.

Page 61: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

61

O parâmetro PS corresponde à inclinação do gráfico log-log da viscosidade

normalizada do polímero em função da salinidade efetiva SEPC . A viscosidade normalizada

do polímero é definida como

w

wp

µµµ 0

.

O parâmetro λ é calculado como uma função da concentração do polímero:

( )pC21 exp ββλ = (48)

Sendo 1β e 2β parâmetros do modelo obtidos em medidas laboratoriais.

O termo dilatante é:

( )[ ]{ }12max

2exp1 −−−= neffrel γτλµµ & (49)

O platô de viscosidade da parte dilatante é modelado utilizando a seguinte

correlação empírica, desenvolvida baseada em medidas laboratoriais.

( )pw CAPAP ln2211max += µµ (50)

O tempo de relaxação do polímero é calculado como:

pr C10 τττ += (51)

Os parâmetros do modelo dilatante ( 11AP , 22AP , 0τ , 1τ , 2n e 2λ ) são obtidos por

medidas da viscosidade aparente durante a injeção de soluções poliméricas em meio

poroso. Magbagbeola (2008), Delshad (2008) e Kim (2010) apresentam estudos

laboratoriais e numéricos do comportamento reológico de polímeros no meio poroso.

3.1.6. Permeabilidade relativa

A permeabilidade relativa multifásica será modelada por funções de Corey (Brooks

& Corey, 1966; Delshad & Pope, 1989).

( ) l

lll

nrrr Skk 0= para l = 1, 2 ou 3. (52)

Page 62: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

62

Sendo lrk ,

ln e rS

l o ponto terminal da permeabilidade relativa, o expoente e a

saturação residual para a fase l ( l =1 para água, l =2 para óleo e l =3 para

microemulsão). As saturações normalizadas são:

∑=

−= 3

1

1l

l

ll

l

r

rn

S

SSS para l = 1, 2 ou 3. (53)

As permeabilidades relativas são reduzidas a funções bifásicas água/óleo,

água/microemulsão ou óleo/microemulsão. As saturações residuais, pontos terminais e

expoentes podem ser constantes (durante injeção de água, ou seja, com tensão interfacial

água/óleo constante) ou calculados em função da tensão interfacial (durante a injeção de

surfactantes), de acordo com a curva de dessaturação capilar, conforme descrito no item

3.1.7.

3.1.7. Dessaturação capilar e gradiente de fases

Tradicionalmente a dessaturação capilar era analisada a partir do número capilar

(Brownell & Katz, 1949), que representa as forças viscosas e capilares. Uma das muitas

definições clássicas do número capilar (Brownell & Katz, 1949; Stegemeier, 1977; Chatzis

& Morrow, 1981; Lake, 1989) é apresentada como:

'

'

ll

l

l

rrr

σ

Φ∇⋅=

kNc para l = 1,..., pn (54)

Sendo l e 'l correspondentes aos fluidos deslocados e deslocantes,

respectivamente. O gradiente de fluxo potencial é dado por:

hgP ∇−∇=Φ ''' lllρ (55)

No UTCHEM, a dessaturação capilar pode também ser feita a partir do número de

trapeamento (equação 56, Pope & Jin, 1995), que inclui forças gravitacionais à equação

do número capilar, a partir do número de Bond.

Page 63: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

63

( )[ ]'

''

ll

lll

l

rrrrrr

σ

ρρ hgkkNT

∇−−Φ∇⋅−= (56)

A curva de dessaturação capilar correlaciona a redução na saturação de óleo

residual com o número capilar e com o número de trapeamento (que são inversamente

proporcionais à tensão interfacial). Assim, com a redução da tensão interfacial (com

consequente aumento do número capilar e do número de trapeamento), a saturação de

óleo residual diminui, conforme Figura 1.

A Figura 1 apresenta a curva de dessaturação capilar para as três fases líquidas

simuladas pelo UTCHEM (água, óleo e microemulsão). É possível verificar que a fase

microemulsão possui maior trapeamento no meio poroso (Delshad et al., 1986). O

escoamento líquido trifásico só ocorre no comportamento de fases Tipo III, portanto a fase

microemulsão só existirá nessa condição. Por esse motivo, após a injeção do banco (slug)

ASP/SP Tipo III, segue-se com a injeção de um banco somente de polímero (polymer

drive) com comportamento de fases Tipo I, pois possui menor trapeamento, conforme

Figura 1. O comportamento de fases Tipo I pode ser obtido com a redução da salinidade

do fluido injetado ou com a alteração na concentração de co-solvente (Figura 4).

As saturações residuais são calculadas em função do número de trapeamento

como:

+−+=

ll

ll

lll

T

highr

lowrhigh

rr NT

SSSSS

1,min para l = 1,..., pn (57)

Sendo l

T é um parâmetro de entrada positivo, obtido a partir de resultados

experimentais da curva de dessaturação capilar. Quanto menor o valor de l

T , maior o

trapeamento da fase no meio poroso. lowrSl

e highrSl

são as saturações residuais da fase l

em número de trapeamento baixo (alta tensão interfacial) e alto (baixa tensão interfacial).

Essa correlação foi obtida baseada no trabalho de Delshad (1990), utilizando n-decano

como fase oleosa.

Page 64: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

64

Os pontos terminais e expoentes nas funções de permeabilidade relativa são

obtidos por interpolação linear (Delshad et al., 1986) entre os parâmetros de entrada a

baixo número de trapeamento e alto número de trapeamento (low

rk 0l

,high

rk 0l

, lownl

, highnl

).

( )lowhighlow

rrhighr

lowr

rlow

rrr kk

SS

SSkk 00

''

''00ll

ll

ll

ll−

−−+= para l = 1,..., pn (58)

( )lowhighhigh

rlow

r

rlow

rlow nnSS

SSnn

ll

ll

ll

ll−

−−+=

''

'' para l = 1,..., pn (59)

3.1.8. Viscosidade

As viscosidades das fases líquidas são modeladas com base na viscosidade dos

componentes puros e nas concentrações de óleo, água e surfactante nas fases.

( ) ( ) ( )llllll

llll

25143123213321

CCCCo

CCw eCeCeC αααα αµµµ +++ ++= para l = 1, 2 ou 3. (60)

A viscosidade da microemulsão é calculada com l =3.

Os parâmetros α são determinados ajustando medidas laboratoriais da

viscosidade da microemulsão. Na ausência de surfactante e polímero, as viscosidades

das fases óleo e água correspondem à viscosidade da fase pura ( wµ , oµ ). Na presença de

polímero, a viscosidade da água ( wµ ) é substituída pela viscosidade do polímero ( pµ ).

A viscosidade em função da temperatura é modelada pela seguinte relação

exponencial.

−=

refTref TT

b11

exp, κκκ µµ para κ = água, óleo ou gás. (61)

Sendo ref,κµ a viscosidade na temperatura de referência ( refT ) e κTb um parâmetro

de ajuste.

A viscosidade da fase gás é modelada linearmente em função da pressão.

Page 65: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

65

( )004 RRaSa PP −+= µµµ (62)

Sendo 0aµ a viscosidade da fase gás na pressão de referência ( 0RP ) e aSµ o

coeficiente angular da viscosidade do gás em função da pressão.

3.1.9. Densidade

O peso específico das fases é modelado como função da pressão e composição as

fases.

llllllllllllll 8877654332211 001299,002533,00433,0 γγγγγγ CCCCCCCC ++−++++=

l = 1,..., pn (63)

Sendo ( )[ ]001 RR PPC −+=

ll κκκ γγ , Rκγ o peso específico do componente κ na pressão de

referência e é um parâmetro de entrada. As constantes numéricas consideram os pesos

dos íons dissolvidos e do polímero. A constante 0,00433 tem unidade de psi/ft por

percentagem mássica (%m/m) de polímero; a constante 0,02533 tem unidade de psi/ft por

meq/ml de cloreto, e a constante 0,001299 tem unidade de psi/ft por meq/ml de cálcio.

Page 66: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

66

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. SIMULAÇÃO UNIDIMENSIONAL DO MÉTODO SURFACTANTE -POLÍMERO

A simulação do método Surfactante-Polímero foi realizada com o UTCHEM. A

simulação unidimensional teve como objetivo representar uma amostra de rocha (plugue),

com 0,745 pés de comprimento e 0,11 pés de diâmetro, discretizado com 80 células em x,

1 célula em y e 1 célula em z.

As propriedades dos fluidos e da rocha estão apresentadas na Tabela 6. A Tabela

7 apresenta as permeabilidades relativas em baixo e alto número de trapeamento.

Tabela 6 – Propriedades dos fluidos e da rocha utilizados na simulação

Parâmetro Nome da variável no

UTCHEM

Nome da variável nas

equações Valor

Salinidade da água de

formação C50 51C 1,08 meq/ml

Temperatura TEMPI T 50 oC (isotérmico)

Viscosidade do óleo VIS2 oµ 10,75 cP

Viscosidade da água VIS1 wµ 0,56 cP

Permeabilidade x PERMX krr

3800 mD

Pressão inicial PRESS1 P 3624,5 psi

Gradiente da água DEN1 1γ 0,433 psi/ft

Gradiente do óleo DEN2 2γ 0,41 psi/ft

Gradiente do surfactante DEN3 3γ 0,433 psi/ft

Porosidade PORC1 φ 0,3

Page 67: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

67

Tabela 7 – Parâmetros para cálculo das permeabilidades relativas em função da dessaturação capilar.

Parâmetro Nome da variável

no UTCHEM

Nome da variável

nas equações Valor

Ponto terminal da permeabilidade

relativa à água em baixo número de

trapeamento.

P1RW low

rk 0l

, l = 1 0,14

Ponto terminal da permeabilidade

relativa ao óleo em baixo número de

trapeamento.

P2RW low

rk 0l

, l = 2 0,7

Ponto terminal da permeabilidade

relativa à microemulsão em baixo

número de trapeamento.

P3RW low

rk 0l

, l = 3 0,14

Expoente da permeabilidade relativa à

água em baixo número de

trapeamento.

E1W lownl

, l = 1 3

Expoente da permeabilidade relativa

ao óleo em baixo número de

trapeamento.

E2W lownl

, l = 2 2,5

Expoente da permeabilidade relativa à

microemulsão em baixo número de

trapeamento.

E3W lownl

, l = 3 3

Saturação de óleo residual em baixo

número de trapeamento. S2RWC low

rSl

, l = 1 0,3

Saturação de água irredutível em

baixo número de trapeamento. S1RWC low

rSl

, l = 2 0,15

Saturação irredutível da fase

microemulsão em baixo número de

trapeamento.

S3RWC lowrSl

, l = 3 0,15

Parâmetro para cálculo da curva de

dessaturação capilar da fase água. T11 l

T , l = 1 1865

(Delshad et al., 1986;

1987).

Parâmetro para cálculo da curva de

dessaturação capilar da fase óleo. T22 l

T , l = 2 59000

(Delshad et al., 1986;

1987).

Parâmetro para cálculo da curva de

dessaturação capilar da fase

microemulsão.

T33 lT , l = 3

364

(Delshad et al., 1986;

1987).

A partir dos valores apresentados na Tabela 6 foi construída, pela equação 57, a

curva de dessaturação capilar para as fases água, óleo e microemulsão, apresentada na

Figura 24. É possível verificar que a fase microemulsão tem maior dificuldade em reduzir

sua saturação residual.

Page 68: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

68

Figura 24 – Curva de dessaturação capilar utilizada na simulação.

A Figura 25 apresenta a variação dos pontos terminais da permeabilidade relativa

(calculada pela equação 58) e a Figura 26 apresenta a variação do expoente da

permeabilidade relativa em função do número de trapeamento (calculada pela equação

59). Conforme esperado, com o aumento do número de trapeamento, o ponto terminal e o

expoente da permeabilidade relativa tendem para o valor unitário. A Figura 27 apresenta a

curva de permeabilidade relativa em baixo e alto número de trapeamento. Em alto número

de trapeamento a saturação residual das fases é nula, o ponto terminal e o expoente tem

valor unitário.

A Figura 28 apresenta o fluxo fracionário com injeção de água (baixo número de

trapeamento e baixa viscosidade), injeção somente de polímero (baixo número de

trapeamento e alta viscosidade), injeção somente de surfactante (alto número de

trapeamento e baixa viscosidade) e injeção de surfactante em conjunto com polímero (alto

número de trapeamento e alta viscosidade). Verifica-se que em alto número de

trapeamento (baixas tensões interfaciais) a mobilidade da água aumenta muito, exigindo o

aumento da viscosidade (através da adição de polímero) para reduzir sua mobilidade.

0

0.1

0.2

0.3

0.4

1.E-08 1.E-07 1.E-06 1.E-05 1.E-04 1.E-03 1.E-02 1.E-01 1.E+00

Sat

uraç

ões

resi

duai

s

Número de trapeamento

Óleo Microemulsão Água

Page 69: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

69

Figura 25 – Ponto terminal da permeabilidade relativa em função do número de trapeamento.

Figura 26 – Variação do expoente da permeabilidade relativa em função do número de trapeamento.

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

1.1

1.E-08 1.E-07 1.E-06 1.E-05 1.E-04 1.E-03 1.E-02 1.E-01 1.E+00

Pon

to te

rmin

al d

a pe

rmea

bilid

ade

rela

tiva

Número de trapeamento

Óleo Microemulsão

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

1.E-08 1.E-07 1.E-06 1.E-05 1.E-04 1.E-03 1.E-02 1.E-01 1.E+00

Exp

oent

e da

per

mea

bilid

ade

rela

tiva

Número de trapeamento

Óleo Microemulsão

Page 70: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

70

Figura 27 – Curva de permeabilidade relativa em alto e baixo número de trapeamento.

Figura 28 – Curva de fluxo fracionário para injeção de água, injeção de surfactante, injeção de polímero e

injeção de surfactante-polímero.

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0

Per

mea

bilid

ade

rela

tiva

Saturação de água (Sw)

krme - alto número de trapeamento kro - alto número de trapeamentokrw - baixo número de trapeamento kro - baixo número de trapeamento

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0

fw

Sw

Injeção de água Injeção de surfactante

Injeção de polímero (16.4 cP) Injeção de surfactante + polímero (16.4 cP)

Page 71: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

71

Os parâmetros de comportamento de fases (altura da curva binodal e faixa de

salinidade com comportamento de fases Tipo III) e viscosidade da microemulsão foram

obtidos de Veedu (2010) e estão apresentados na Tabela 8. A formulação contém 2% de

surfactante e 0,3% de co-solvente. A Figura 29 apresenta a viscosidade da microemulsão,

que chega a valores aproximadamente três vezes superiores à viscosidade do óleo.

A adsorção do surfactante foi obtida de valores apresentados por Solairaj (2012),

apresentados na Figura 30. Foi considerada uma adsorção de 245 µg/g, que corresponde

a um valor intermediário de adsorção de surfactante em um sistema sem álcali.

Foi considerado que a salinidade não influencia a viscosidade do polímero ( 0=PS ),

a adsorção do polímero ( 042 =a ) e a adsorção do surfactante ( 032 =a ). As tabelas 8 e 9

apresentam os parâmetros do surfactante e do polímero utilizados na simulação.

Tabela 8 – Propriedades do surfactante utilizadas na simulação

Parâmetro Nome das variáveis

no UTCHEM

Nome das

variáveis nas

equações

Valor Outros parâmetros

utilizados no cálculo Informações

Coeficientes para

cálculo da

viscosidade da

microemulsão

ALPHA1 ALPHA2 ALPHA3 ALPHA4 ALPHA5

α1

α2

α3

α4

α5

α1 = 0,2

α2 = 2,5

α3 = 0,1

α4 = 0,1

α5 = 0,1

µo = 10.75 cP

µp = 16,4 cP

Valores conforme

Veedu (2010).

Equação 60.

Figura 29.

Concentração de

surfactante. C(M,KC,L) = C(M,3,1)

C31 2 %v/v

M = número do

poço

KC = número do

componente

L = número da fase

Faixa de salinidade

com

comportamento de

fases Tipo III.

CSEL7 = limite inferior CSEOPT = salinidade ótima CSEU7 = limite superior

CSEL7 = 0,1003 meq/ml CSEOPT = 0,15 meq/ml CSEU7 = 0,1997 meq/ml

Valores conforme

Veedu (2010).

Equações 64 e 65.

Altura da curva

binodal.

HBNC70 (Tipo I) HBNC71 (Tipo III) HBNC72 (Tipo II)

mBNCH ,7

HBNC70 = 0,045

HBNC71 = 0,019

HBNC72 = 0,045

Valores conforme

Veedu (2010).

Equação 25.

Salinidade da água

de injeção (antes

da injeção do

banco SP)

C(M,KC,L) = C(M,5,1)

C51 0,51 meq/ml

M = número do

poço

KC = número do

componente

L = número da fase

Salinidade da água

de injeção do

banco SP

C(M,KC,L) = C(M,5,1)

C51 0,15 meq/ml

M = número do

poço

KC = número do

componente

L = número da fase

Salinidade da água

de injeção do

banco de polímero

(polymer drive)

após o banco

ASP/SP.

C(M,KC,L) = C(M,5,1)

C51 0,05 meq/ml

M = número do

poço

KC = número do

componente

L = número da fase

Page 72: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

72

Parâmetro Nome das variáveis

no UTCHEM

Nome das

variáveis nas

equações

Valor Outros parâmetros

utilizados no cálculo Informações

Adsorção máxima

do surfactante - 3a 0,245 mg/g

• a31 = 1,516

• a32 = 0 (a

salinidade não

influencia a

adsorção)

• b3 = 1000

• Densidade do

surfactante = 1

g/cm3

• Densidade da

rocha = 2,65

g/cm3

• Porosidade da

rocha = 0,3

Perda mássica de

surfactante na

rocha por adsorção.

Valores baseados

em Solairaj (2012),

sem álcali.

Equações 19 e 20.

Figuras 30 e 31.

Coeficiente para

cálculo da adsorção

do surfactante em

função da

concentração

(isoterma de

Langmuir)

AD31 31a 1,516 Equações 19 e 20.

Figura 31.

Coeficiente

responsável pelo

efeito da salinidade

na adsorção do

surfactante

AD32 32a 0

O valor nulo indica

que o efeito da

salinidade na

adsorção do

surfactante será

ignorado.

Equações 19 e 20.

Figura 31.

Coeficiente para

cálculo da adsorção

do surfactante em

função da

concentração

(isoterma de

Langmuir)

B3D 3b 1000 Equação 19.

Figura 31.

Page 73: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

73

Figura 29 – Viscosidade da microemulsão

Figura 30 – Valores de retenção do surfactante (Solairaj, 2012)

0

5

10

15

20

25

30

35

0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00

Vis

cosi

dade

da

Mic

roem

ulsã

o (c

P)

Concentração de óleo na microemulsão (C23)

Page 74: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

74

Figura 31 – Adsorção do surfactante

Tabela 9 – Propriedades do polímero utilizadas na simulação

Parâmetro Nome da variável no

UTCHEM

Nome da variável

nas equações Valor Informações

Fator de resistência

residual (RRF) RKCUT Rkcut 1

Redução de permeabilidade

ocasionada pelo polímero. Foi

considerado que o polímero não

reduz a permeabilidade da rocha.

Equações 37 e 38.

Coeficiente para cálculo do

fator de resistência residual BRK brk 100 Equações 37 e 38.

Coeficiente para cálculo do

fator de resistência residual CRK crk 0 Equações 37 e 38.

Volume poroso acessível EPHI4 - 0,8

Redução da porosidade devido a

poros inacessíveis pelo grande

tamanho da molécula do

polímero.

Concentração de polímero

(para cálculo da

viscosidade da solução

polimérica)

C(M,KC,L) = C(M,4,1) C41 0,17 %(m/m)

(µp =16,4 cP)

M = número do poço

KC = número do componente

L = número da fase

Equação 46.

Figura 32.

Variação da viscosidade do

polímero com a salinidade. SSLOPE Sp 0

A viscosidade do polímero não

varia com a salinidade.

Equação 46.

Coeficientes para cálculo

da viscosidade do polímero

em função da

concentração.

AP1, AP2 e AP3 AP1, AP2 e AP3

AP1=37

AP2=37

AP3 = 4210

Equação 46.

Figura 32.

Efeito dos cátions

divalentes na salinidade

efetiva para cálculo da

viscosidade do polímero

BETAP βp 1

Os cátions divalentes não alteram

a viscosidade do polímero.

Equação 34.

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0 0.05 0.1 0.15 0.2

Ad

sorç

ão (m

g/g

)

Concentração de surfactante (%v/v)

Page 75: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

75

Parâmetro Nome da variável no

UTCHEM

Nome da variável

nas equações Valor Informações

Coeficiente para cálculo da

viscosidade do polímero

em função da taxa de

cisalhamento.

GAMHF γ1/2 100 Equação 42.

Figura 33.

Parâmetro da equação de

Meter & Bird (1964) para

cálculo da viscosidade do

polímero em função da

taxa de cisalhamento

POWN Pα 1,4 Equação 42.

Figura 33.

Coeficiente da taxa de

cisalhamento no meio

poroso. GAMAC C 4

Coeficiente para cálculo da taxa

de cisalhamento no meio poroso.

Equação 39.

Adsorção máxima do

polímero (a4) - 4a 40 µg/g

Perda de massa polimérica

devido à adsorção na rocha.

Equações 32 e 33.

Figura 34.

Coeficiente para cálculo da

adsorção do polímero em

função da concentração

(isoterma de Langmuir)

AD41 41a 2,47 Equações 32 e 33.

Figura 34.

Coeficiente responsável

pelo efeito da salinidade na

adsorção do polímero

AD42 42a 0

O valor nulo indica que o efeito da

salinidade na adsorção do

polímero será ignorado.

Equações 32 e 33.

Figura 34.

Coeficiente para cálculo da

adsorção do polímero em

função da concentração

(isoterma de Langmuir)

B4D 4b 100 Equações 32 e 33.

Figura 34.

Figura 32 – Viscosidade da solução polimérica em função da concentração.

0

5

10

15

20

25

30

0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25

Vis

cosi

dad

e (c

P)

Concentração de polímero (%m/m)

Page 76: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

76

Figura 33 – Viscosidade da solução polimérica em função da taxa de cisalhamento.

Figura 34 – Adsorção do polímero.

A Tabela 10 apresenta as etapas de injeção realizadas na simulação. A simulação

foi realizada com gradiente de salinidade, de maneira que a salinidade da água na

formação é referente à microemulsão Tipo II, a salinidade do banco Surfactante-Polímero

é igual à salinidade ótima (Tipo III) e o banco de polímero é referente à microemulsão

Tipo I. Essa configuração garante que o banco SP irá passar pela salinidade Tipo III e o

banco de polímero com salinidade Tipo I resulta em menor adsorção do surfactante,

conforme Pope et al. (1979) e Hirasaki et al. (1983). O surfactante é retardado na frente

1

10

100

0.01 0.1 1 10 100 1000 10000

Vis

cosi

dad

e (c

P)

Taxa de Cisalhamento (s-1)

Viscosidade da solução polimérica com concentração de 0,17 % m/m

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

35.0

40.0

45.0

0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25

Ads

orçã

o (

µµ µµg/

g)

Concentração de polímero (%m/m)

Page 77: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

77

de avanço, devido à microemulsão Tipo II. No banco de polímero, com salinidade Tipo I, o

surfactante flui na fase água ou em fase microemulsão rica em água (Hirasaki et al.,

1983).

Tabela 10 – Etapas de injeção realizadas na simulação. Etapa

1

Simulação iniciada na

saturação residual de óleo

(Swi = 0,7)

Salinidade inicial = 0,51 meq/mL

2

Injeção de 30% do volume

poroso de Surfactante-

Polímero.

Salinidade = 0,15 meq/mL

Concentração de surfactante = 0,02 v/v

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 0,1 mL/min.

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

3 Injeção de 1 volume poroso de

polímero.

Salinidade = 0,05 meq/mL

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 0,1 mL/min.

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

4 Injeção de 1,7 volume poroso

de água.

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 0,1 mL/min.

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

A Figura 35 apresenta a concentração de surfactante, a salinidade efetiva, a

saturação de óleo e a tensão interfacial ao longo do meio poroso unidimensional após a

injeção de 0,1 volume poroso de SP. As Figuras 36 e 37 mostram a concentração de

surfactante, a salinidade efetiva, a saturação de óleo, a tensão interfacial e a

concentração de polímero ao longo do meio poroso unidimensional após a injeção de 0,6

volume poroso (0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero). A simulação

já foi iniciada na saturação residual de óleo e com salinidade de 0,51 meq/mL, para

avaliar um sistema já saturado com água de injeção e atuando apenas na remoção do

óleo residual. É possível verificar a capacidade do banco SP em remover o óleo trapeado

através da redução da tensão interfacial para valores da ordem de 10-6 mN/m. Também é

possível verificar que o gradiente de salinidade está sendo satisfeito, garantindo que o

banco SP passe pela fase Tipo III e o banco de polímero passe pela fase Tipo I.

A Figura 38 apresenta a produção acumulada de óleo. É possível verificar a

produção de óleo após a aplicação do método SP, removendo o óleo residual à injeção de

água. A Figura 39 apresenta a produção de óleo, de surfactante e de polímero. O banco

Page 78: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

78

de óleo é produzido antes do banco de produtos químicos e 0,6 volume poroso após o

início da injeção do banco SP. O polímero é produzido antes do surfactante devido ao

volume poroso inacessível.

Figura 35 – Concentração de surfactante, salinidade efetiva, tensão interfacial e saturação de óleo ao longo

do meio poroso unidimensional após a injeção de 0,1 volume poroso.

Figura 36 – Concentração de surfactante, salinidade efetiva, tensão interfacial e saturação de óleo ao longo

do meio poroso unidimensional após a injeção de 0,6 volume poroso.

1.0E-07

1.0E-06

1.0E-05

1.0E-04

1.0E-03

1.0E-02

1.0E-01

1.0E+00

1.0E+01

1.0E+02

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

0.80

0.90

1.00

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Ten

são

inte

rfac

ial (

mN

/m)

C

on

cen

traç

ão d

e s

urf

acta

nte

(v/

v)

Óle

o (

v/v)

Sa

linid

ade

(m

eq

/mL)

Distância adimensional

Óleo Salinidade efetiva (CSE)

CSEL - mínima salinidade Tipo III CSEU - máxima salinidade Tipo III

Surfactante Tensão interfacial

1.0E-07

1.0E-06

1.0E-05

1.0E-04

1.0E-03

1.0E-02

1.0E-01

1.0E+00

1.0E+01

1.0E+02

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

0.80

0.90

1.00

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Ten

são

inte

rfac

ial (

mN

/m)

C

on

cen

traç

ão d

e s

urf

acta

nte

(v/

v)

Óle

o (

v/v)

Sa

linid

ade

(m

eq

/mL)

Distância adimensional

Óleo Salinidade efetiva (CSE)

CSEL - mínima salinidade Tipo III CSEU - máxima salinidade Tipo III

Surfactante Tensão interfacial

Page 79: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

79

Figura 37 – Concentração de polímero, concentração de surfactante e saturação de óleo ao longo do meio

poroso unidimensional após a injeção de 0,6 volume poroso.

Figura 38 – Produção acumulada de óleo do modelo unidimensional

1.0E-07

1.0E-06

1.0E-05

1.0E-04

1.0E-03

1.0E-02

1.0E-01

1.0E+00

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

0.80

0.90

1.00

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Co

nce

ntr

ação

de

su

rfac

tan

te (

v/v)

Óle

o (

v/v)

Po

líme

ro (

%m

/m)

Distância adimensional

Óleo Polímero Surfactante

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

du

ção

acu

mu

lad

a d

e ó

leo

res

idu

al (

%)

Volumes porosos injetados

Produção acumulada de óleo

Page 80: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

80

Figura 39 – Produção de óleo, surfactante e polímero no modelo unidimensional.

4.2. SIMULAÇÃO TRIDIMENSIONAL DO MÉTODO SURFACTANTE -POLÍMERO

A simulação tridimensional teve como objetivo representar um recorte de um

campo, discretizado com 10 células de 20 pés em x, 10 células de 20 pés em y e 5

células de 2 pés em z. O modelo possui 1 poço injetor e 1 poço produtor, conforme Figura

40.

As propriedades dos fluidos e da rocha, as permeabilidades relativas, as

propriedades do polímero e do surfactante são as mesmas do modelo unidimensional,

apresentado no item 4.1. A Tabela 11 apresenta as etapas da simulação. Primeiramente

foi realizada a injeção de água em um campo na saturação de água irredutível, seguida

pela injeção do banco SP, do banco de polímero e retornando à injeção de água.

A Figura 41 apresenta a produção acumulada de óleo e a Figura 42 apresenta a

vazão de óleo e a concentração produzida de surfactante e polímero. O banco de óleo é

produzido 0,5 volume poroso após o início da injeção do banco SP. A recuperação

aumentou de 58% do VOOIP (Volume de Óleo Original In Place) com injeção de água

para 86% do VOOIP com a aplicação do método SP.

Na Figura 43 é apresentada a saturação de óleo no início da simulação, no final da

injeção de água (2 volumes porosos), após injeção do banco SP e no final da simulação.

É possível verificar a redução na saturação de óleo residual ocasionada pelo método SP,

0.00E+00

1.00E-04

2.00E-04

3.00E-04

4.00E-04

5.00E-04

6.00E-04

7.00E-04

0.00E+00

2.00E-02

4.00E-02

6.00E-02

8.00E-02

1.00E-01

1.20E-01

1.40E-01

1.60E-01

1.80E-01

2.00E-01

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

du

ção

de

óle

o (

bb

l/d

)

Co

nce

ntr

ação

de

surf

acta

nte

(v/

v)

Co

nce

ntr

ação

de

po

límer

o (

%m

/m)

Volumes porosos injetados

Surfactante Polímero Vazão de óleo

Page 81: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

81

assim como óleo ainda trapeado em algumas regiões do reservatório. Na Figura 44 é

possível verificar a fase microemulsão trapeada em algumas regiões do reservatório,

assim como pela Figura 45, onde é possível verificar que o surfactante total retido no meio

poroso não é somente devido à adsorção. A Figura 46 apresenta a viscosidade da fase

microemulsão, conforme apresentado na Figura 29.

Figura 40 – Modelo tridimensional

Tabela 11 – Etapas da simulação tridimensional Etapa

1

Simulação iniciada na

saturação irredutível de

água (Swi = 0,15)

Salinidade inicial = 1,08 meq/mL

2 Injeção de 2 volumes

porosos de água

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

3

Injeção de 30% do

volume poroso de

Surfactante-Polímero.

Salinidade = 0,15 meq/mL

Concentração de surfactante = 0,02 v/v

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

4 Injeção de 1 volume

poroso de polímero.

Salinidade = 0,05 meq/mL

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

5 Injeção de 1,7 volume

poroso de água.

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

Page 82: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

82

Figura 41 – Produção acumulada de óleo do modelo tridimensional.

Figura 42 – Produção de óleo, polímero e surfactante no modelo tridimensional.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00

Pro

du

ção

acu

mu

lad

a d

e ó

leo

(%

OO

IP)

Volumes porosos injetados

Produção acumulada de óleo

0.00E+00

2.00E+00

4.00E+00

6.00E+00

8.00E+00

1.00E+01

1.20E+01

1.40E+01

1.60E+01

1.80E+01

2.00E+01

0.00E+00

2.00E-02

4.00E-02

6.00E-02

8.00E-02

1.00E-01

1.20E-01

1.40E-01

1.60E-01

1.80E-01

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00

Pro

du

ção

de

óle

o (

bb

l/d

)

Co

nce

ntr

ação

de

surf

acta

nte

(v/

v)

Co

nce

ntr

ação

de

po

límer

o (

%m

/m)

Volumes porosos injetados

Surfactante Polímero Vazão de óleo

Page 83: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

83

(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 43 – (a) Saturação de óleo inicial; (b) Saturação de óleo ao final da injeção de 2 volumes porosos de água; (c) Saturação de óleo após injeção de 0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero e

(d) Saturação de óleo no final da simulação.

Page 84: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

84

(a)

(b)

Figura 44 – (a) Saturação da fase microemulsão após injeção de 0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero e (b) Saturação da fase microemulsão no final da simulação.

Figura 45 – Adsorção e retenção do surfactante no modelo tridimensional.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00

Vo

lum

e d

e su

rfac

tan

te (

ft3)

Volumes porosos injetados

Surfactante injetado acumulado Surfactante retido total

Surfactante adsorvido

Page 85: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

85

(a)

(b)

Figura 46 – (a) Viscosidade da fase microemulsão após injeção de 0,3 volume poroso de SP e 0,3 volume poroso de polímero e (b) Viscosidade da fase microemulsão no final da simulação.

4.2.1. Análise de sensibilidade

Foi realizada uma análise de sensibilidade avaliando como respostas o fator de

recuperação e a retenção do surfactante. Os parâmetros analisados foram:

• Viscosidade do polímero no banco SP e no banco de polímero (polymer drive).

• Viscosidade do polímero somente no banco de polímero.

• Tamanho do banco de polímero.

• Viscosidade da microemulsão, alterando o valor de α2 (ALPHA2).

• Concentração de surfactante.

• Tamanho do banco SP.

• Tamanho da faixa de salinidade Tipo III, alterando o valor do limite superior de

salinidade Tipo III (CSEU7). A salinidade ótima (CSEOPT) foi alterada de acordo com

CSEU7, sendo que o limite inferior da salinidade Tipo III (CSEL7) ficou inalterada. O

banco SP continuou sendo injetado na salinidade ótima e a salinidade inicial do

reservatório sempre ficou sendo como Tipo II. Como CSEL7 ficou inalterada, o banco

de polímero continuou sendo injetado com salinidade Tipo I.

• Tamanho da altura da curva binodal na salinidade ótima (HBNC71).

Page 86: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

86

• Salinidade do banco SP e do banco de polímero.

• Salinidade somente do banco de polímero.

• Adsorção do surfactante, alterando o valor de 31a (AD31).

Os outros parâmetros foram mantidos conforme tabelas 6, 7, 8 e 9. Os resultados da

análise de sensibilidade estão apresentados na tabela 12, onde, dentro dos limites

estudados, é possível observar:

• O aumento de viscosidade do polímero no banco SP e no banco de polímero (polymer

drive) aumenta o fator de recuperação e reduz a retenção do surfactante.

• O aumento de viscosidade do polímero somente no banco de polímero aumenta o

fator de recuperação e reduz a retenção do surfactante.

• O aumento do tamanho do banco de polímero de 0,2 volume poroso para 1 volume

poroso aumenta o fator de recuperação e reduz a retenção do surfactante.

• O aumento da viscosidade da microemulsão reduz o fator de recuperação e aumenta

a retenção do surfactante.

• O aumento da concentração de surfactante aumenta o fator de recuperação e a

retenção do surfactante.

• O aumento do tamanho do banco SP aumenta o fator de recuperação e a retenção do

surfactante.

• O aumento do tamanho da faixa de salinidade Tipo III aumenta o fator de recuperação

e a retenção do surfactante.

• O aumento do tamanho da altura da curva binodal na salinidade ótima (HBNC71)

reduz o fator de recuperação e aumenta a retenção do surfactante.

• A injeção do banco SP e do banco de polímero com salinidade Tipo III resulta no maior

fator de recuperação, porém a retenção do surfactante é superior à injeção com

salinidade Tipo I. A injeção com salinidade Tipo II resulta na maior retenção do

surfactante.

• A injeção do banco de polímero com salinidade Tipo III apresenta o maior fator de

recuperação, porém a menor retenção do surfactante ocorre com a injeção do banco

de polímero com salinidade Tipo I. A injeção do banco de polímero com salinidade

Tipo II apresenta o menor fator de recuperação e a maior retenção do surfactante.

• O aumento na adsorção do surfactante reduz o fator de recuperação e aumenta a retenção pura do surfactante. Por outro lado, a retenção do surfactante subtraída da adsorção reduz com o aumento da adsorção do surfactante.

Page 87: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

87

Tabela 12 – Resultados da análise de sensibilidade

Simulação FR

(%VOOIP) (Retenção- Adsorção)

(ft3) Adsorção

(ft3) Retenção

(ft3) Concentração de polímero no banco SP e no banco de polímero = 0,0975 % m/m (5 cP) 76,80 130,27 135,75 266,02

Concentração de polímero no banco SP e no banco de polímero = 0,17 % m/m (16,4 cP) 86,13 94,78 143,77 238,55

Concentração de polímero no banco SP e no banco de polímero = 0,2 % m/m (24,5 cP) 88,94 81,05 144,51 225,56

Concentração de polímero somente no banco de polímero = 0,0975 % m/m (5 cP) 80,96 138,94 139,45 278,39

Concentração de polímero somente no banco de polímero = 0,17 % m/m (16,4 cP) 86,13 94,78 143,77 238,55

Concentração de polímero somente no banco de polímero = 0,2 % m/m (24,5 cP) 88,24 81,39 145,00 226,39

Tamanho do banco de polímero = 0,5 VP 84,79 267,34 140,42 407,46

Tamanho do banco de polímero = 1 VP 86,13 94,78 143,77 238,55

Tamanho do banco de polímero = 1,5 VP 86,25 48,58 145,11 193,69

Viscosidade da microemulsão com α2 = 1,5 87,52 81,64 142,03 223,67

Viscosidade da microemulsão com α2 = 2,5 86,13 94,78 143,77 238,55

Viscosidade da microemulsão com α2 = 3,5 84,92 131,93 144,72 276,65

Concentração de surfactante = 0,01 v/v 83,66 59,66 134,65 194,31

Concentração de surfactante = 0,02 v/v 86,13 94,78 143,77 238,55

Concentração de surfactante = 0,03 v/v 87,82 160,09 147,63 307,72

Tamanho do banco SP = 0,1 VP 82,79 45,34 127,33 172,67

Tamanho do banco SP = 0,3 VP 86,13 94,78 143,77 238,55

Tamanho do banco SP = 0,5 VP 89,93 125,07 149,91 274,98

CSEU7 = 0,1997 meq/ml (CSEOPT = 0,15 meq/ml) 86,13 94,78 143,77 238,55

CSEU7 = 0,25 meq/ml (CSEOPT = 0,175 meq/ml) 86,90 96,33 144,80 241,13

CSEU7 = 0,3 meq/ml (CSEOPT = 0,2 meq/ml) 87,42 103,94 145,76 249,70

HBNC71 = 0,019 86,13 94,78 143,77 238,55

HBNC71 = 0,025 85,34 102,28 143,77 246,05

HBNC71 = 0,031 84,75 126,84 143,70 270,54

Salinidade do banco SP e do banco de polímero = 0,05 meq/mL (tipo I) 75,82 35,61 123,96 159,57

Salinidade do banco SP e do banco de polímero = 0,15 meq/mL (tipo III) 95,18 122,88 137,89 260,77

Salinidade do banco SP e do banco de polímero = 0,51 meq/mL (tipo II)

77,91 546,86 122,26 669,12

Salinidade do banco de polímero = 0,05 meq/mL (tipo I) 86,13 94,78 143,77 238,55

Salinidade do banco de polímero = 0,15 meq/mL (tipo III) 89,34 193,82 135,69 329,51

Salinidade do banco de polímero = 0,51 meq/mL (tipo II) 81,45 505,22 130,91 636,13

AD31 = 0,0618 (adsorção do surfactante = 0,01 mg/g) 86,35 110,37 5,90 116,27

AD31 = 1,516 (adsorção do surfactante = 0,245 mg/g) 86,13 94,78 143,77 238,55

AD31 = 2,29 (adsorção do surfactante = 0,37 mg/g) 85,94 88,61 216,12 304,73

Page 88: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

88

4.3. SIMULAÇÃO TRIDIMENSIONAL COM BANCOS DE GRANDE VOLUME.

Para verificar a capacidade do método Surfactante-Polímero remover óleo residual

foi realizada uma simulação com bancos de grande volume, mesmo sendo uma aplicação

inviável em campo. A Tabela 13 apresenta as etapas e volumes injetados nessa

simulação. Nessa simulação o método Surfactante-Polímero removeu praticamente todo o

óleo residual à injeção de água (Figura 47) após a injeção de 4 volumes porosos de

Surfactante-Polímero seguido por 1,55 volume poroso de polímero. A Figura 48 apresenta

a produção de óleo, surfactante e polímero.

Na Figura 49 é possível verificar que com a injeção de grandes bancos o

surfactante fica retido no meio poroso apenas pela sua adsorção, não pelo trapeamento

da fase microemulsão.

Tabela 13 – Etapas da simulação tridimensional com grandes volumes injetados Etapa

1

Simulação iniciada na

saturação irredutível de

água (Swi = 0,15)

Salinidade inicial = 1,08 meq/mL

2 Injeção de 2 volumes

porosos de água

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

3

Injeção de 4 volumes

porosos de Surfactante-

Polímero.

Salinidade = 0,15 meq/mL

Concentração de surfactante = 0,02 v/v

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

4 Injeção de 5 volumes

porosos de polímero.

Salinidade = 0,05 meq/mL

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

5 Injeção de 4 volumes

porosos de água.

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 100 ft3/dia (2,83 m3/d; 17,8 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 400 psi.

Page 89: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

89

Figura 47 – Produção acumulada de óleo do modelo tridimensional com bancos de grande volume.

Figura 48 – Produção de óleo, polímero e surfactante no modelo tridimensional com bancos de grande

volume.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00

Pro

du

ção

acu

mu

lad

a d

e ó

leo

(%

OO

IP)

Volumes porosos injetados

Produção acumulada de óleo

0.00E+00

2.00E+00

4.00E+00

6.00E+00

8.00E+00

1.00E+01

1.20E+01

1.40E+01

1.60E+01

1.80E+01

2.00E+01

0.00E+00

2.00E-02

4.00E-02

6.00E-02

8.00E-02

1.00E-01

1.20E-01

1.40E-01

1.60E-01

1.80E-01

0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00

Pro

du

ção

de

óle

o (

bb

l/d

)

Co

nce

ntr

ação

de

surf

acta

nte

(v/

v)

Co

nce

ntr

ação

de

po

límer

o (

%m

/m)

Volumes porosos injetados

Surfactante Polímero Vazão de óleo

Page 90: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

90

Figura 49 – Adsorção e retenção do surfactante no modelo tridimensional com bancos de grande volume.

A Figura 50 apresenta a variação das saturações de óleo, água e microemulsão ao

longo do tempo. Com a injeção de bancos de grande volume é possível reduzir a

saturação de óleo residual do modelo inteiro a valores praticamente nulos e a fase

microemulsão não fica trapeada no meio poroso. Para remover completamente a fase

microemulsão trapeada no meio poroso foi necessário injetar 4,4 volumes porosos de

banco de polímero (polymer drive) após a injeção do banco SP (Figura 48). Tais volumes

são inviáveis para aplicações de campo.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0.00 5.00 10.00 15.00

Vo

lum

e d

e su

rfac

tan

te (

ft3)

Volumes porosos injetados

Surfactante retido total Surfactante adsorvido

Page 91: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

91

Óleo Microemulsão Água

2 VP de água + 0,5

VP de SP

2 VP de água + 0,5

VP de SP

2 VP de água + 0,5

VP de SP

2 VP de água + 1,35

VP de SP

2 VP de água + 1,35

VP de SP 2 VP de água + 1,35

VP de SP

2 VP de água + 4 VP

de SP

2 VP de água + 4 VP

de SP 2 VP de água + 4 VP

de SP

2 VP de água + 4 VP

de SP + 3,5 VP de PD

2 VP de água + 4 VP

de SP + 3,5 VP de PD 2 VP de água + 4 VP

de SP + 3,5 VP de PD

2 VP de água + 4 VP

de SP + 5 VP de PD +

4 VP de água

2 VP de água + 4 VP

de SP + 5 VP de PD +

4 VP de água

2 VP de água + 4 VP

de SP + 5 VP de PD +

4 VP de água

Figura 50 – Saturações de água, óleo e microemulsão ao longo do tempo na simulação tridimensional com bancos de grande volume.

Page 92: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

92

4.4. SIMULAÇÃO DA APLICAÇÃO DO MÉTODO SURFACTANTE-P OLÍMERO EM

CAMPO.

Foi realizada a simulação de uma aplicação do método Surfactante-Polímero em

um modelo de campo simplificado, contendo 1 poço injetor e 1 poço produtor, ambos

horizontais e completados em 5 células. O modelo possui 31 células de 410 pés na

direção x, 21 células de 410 pés na direção y e 3 células de 16 pés na direção z. As

propriedades dos fluidos, da rocha, do surfactante e do polímero são as mesmas

apresentadas nas tabelas 6, 7, 8 e 9, com exceção da porosidade, que não é constante

espacialmente no modelo de campo. O modelo de campo também inclui valores de net-to-

gross ratio (NTG - razão entre espessura porosa e total) em cada célula. A Figura 51

apresenta a vista superior do reservatório e os poços.

Figura 51 – Modelo utilizado na simulação de campo.

4.4.1. Simulação sem limitação da pressão de injeçã o

A simulação sem limitação da pressão de injeção considera que a vazão de injeção

é capaz de permanecer constante, mesmo durante a injeção de fluidos com viscosidade

superior à água, como o banco SP e o banco de polímero. A Tabela 14 apresenta as

etapas da simulação.

Com a aplicação do método Surfactante-Polímero foi possível aumentar o fator de

recuperação de 42,6% (com injeção de água) para 62,4%, após 2 volumes porosos de

Page 93: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

93

injeção total de fluidos (Figura 52). Na Figura 54 é possível verificar o banco de óleo

formado.

Considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano (Xu, 2012), o volume de óleo

incremental atualizado (em relação à injeção de água) na data de início da aplicação do

método SP (2017 dias após início da produção do campo) é de 8,16 MM bbl, o que

corresponde a 11% do VOOIP.

Tabela 14 – Etapas da simulação de campo sem limitação da pressão de injeção. Etapa

1

Simulação iniciada na

saturação irredutível de água

(Swi = 0,15)

Salinidade inicial = 1,08 meq/mL

2 Injeção de 0,3 volume poroso

de água.

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 70.629 ft3/dia (2.000 m3/d;

12.580 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 3172 psi.

3

Injeção de 0,22 volume

poroso de Surfactante-

Polímero.

Salinidade = 0,15 meq/mL

Concentração de surfactante = 0,02 v/v

Concentração de co-solvente = 3 %

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 70.629 ft3/dia (2.000 m3/d;

12.580 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 3172 psi.

4 Injeção de 0,74 volume

poroso de polímero.

Salinidade = 0,05 meq/mL

Concentração de polímero = 0,17 % (16,4 cP)

Vazão de injeção = 70.629 ft3/dia (2.000 m3/d;

12.580 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 3172 psi.

5 Injeção de 0,74 volume

poroso de água.

Salinidade = 0,51 meq/mL

Vazão de injeção = 70.629 ft3/dia (2.000 m3/d;

12.580 bbl/d).

Pressão de fundo mínima no produtor = 3172 psi.

Page 94: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

94

Figura 52 – Incremento na produção acumulada de óleo em relação à injeção de água na simulação de

campo sem limitação da pressão de injeção.

A Figura 53 demonstra a quantidade de surfactante retida no reservatório. Verifica-

se que o surfactante retido não é somente devido à adsorção, mas também devido ao

trapeamento da fase microemulsão.

Figura 53 – Surfactante retido na simulação de campo sem limitação da pressão de injeção.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00

Pro

du

ção

acu

mu

lad

a d

e ó

leo

(%

OO

IP)

Volumes porosos injetados

Surfactante-Polímero Injeção de água

0.0E+00

5.0E+05

1.0E+06

1.5E+06

2.0E+06

2.5E+06

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00

Vo

lum

e d

e su

rfac

tan

te (

ft3)

Volumes porosos injetados

Surfactante injetado acumulado Surfactante retido total

Surfactante adsorvido

Page 95: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

95

Figura 54 – Produção de óleo com injeção de água e com aplicação do método Surfactante-Polímero na

simulação de campo sem limitação da pressão de injeção.

Como a simulação não considerou pressão máxima de injeção, a vazão de injeção

é constante para a injeção de água e para a aplicação do método Surfactante-Polímero.

Na Figura 55 é possível verificar o aumento na pressão devido à injeção de fluidos

viscosos.

Figura 55 – Pressão de injeção para a simulação de campo sem limitação da pressão de injeção.

0

500

1000

1500

2000

2500

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Vaz

ão d

e ó

leo

(m

3/d

)

Tempo (dias)

Surfactante-Polímero Injeção de água

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Pre

ssão

de

inje

ção

(p

si)

Tempo (dias)

Surfactante-Polímero Injeção de água

Page 96: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

96

4.4.2. Simulação com pressão máxima de injeção de 5 .500 psi.

As etapas da simulação são as mesmas do caso sem limitação da pressão máxima

de injeção (Tabela 14), porém a vazão de injeção imposta não é cumprida devido à

limitação da pressão de injeção em 5.500 psi. Com a aplicação do método Surfactante-

Polímero foi possível aumentar o fator de recuperação de 42,6% (com injeção de água)

para 61,6%, após 2 volumes porosos de injeção total de fluidos (Figura 56).

Mesmo com um incremento de fator de recuperação muito similar à simulação sem

limitação da pressão de injeção, a pressão de injeção limitada resulta em uma redução

significativa em termos de valores atualizados. Considerando uma taxa de desconto de

10% ao ano (Xu, 2012), o volume de óleo incremental atualizado na data de início da

aplicação do método SP (2017 dias após início da produção do campo) é de 4,14 MM bbl,

o que corresponde a 5,6% do VOOIP. A simulação sem limitação da pressão de injeção

apresentou um volume de óleo incremental atualizado de 8,16 MM bbl.

Devido à redução na vazão de injeção de fluidos viscosos (Figura 57), o banco de

óleo é mais demorado e com menor vazão (Figura 58) em relação à simulação com vazão

de injeção fixa (Figura 54), reduzindo a economicidade do método.

Figura 56 – Incremento na produção acumulada de óleo em relação à injeção de água na simulação de

campo com pressão máxima de injeção de 5.500 psi.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00

Pro

du

ção

acu

mu

lad

a d

e ó

leo

(%

OO

IP)

Volumes porosos injetados

Surfactante-Polímero Injeção de água

Page 97: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

97

Figura 57 – Vazão de injeção na simulação de campo com pressão máxima de injeção de 5.500 psi.

Figura 58 – Produção de óleo com injeção de água e com aplicação do método Surfactante-Polímero na

simulação de campo com pressão máxima de injeção de 5.500 psi.

0

500

1000

1500

2000

2500

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Vaz

ão d

e in

jeçã

o (

m3/d

)

Tempo (dias)

Vazão de injeção (m3/d)

0

500

1000

1500

2000

2500

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Vaz

ão d

e ó

leo

(m

3/d

)

Tempo (dias)

Surfactante-Polímero Injeção de água

Page 98: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

98

5. CONCLUSÕES

A correta representação do método Surfactante-Polímero para recuperação avançada

de petróleo exige uma simulação trifásica, incluindo as fases óleo, água e microemulsão,

que são definidas pelo comportamento de fases conforme Winsor Tipo I, Tipo III e Tipo II

a partir da salinidade. A partir do comportamento de fases é possível determinar a tensão

interfacial e definir a dessaturação capilar para uma das três fases, assim como suas

permeabilidades relativas. O simulador UTCHEM é adequado para a simulação de

reservatórios desse método.

A simulação trifásica também permite representar o gradiente negativo de salinidade,

de maneira que a frente de avanço do banco SP esteja com comportamento Tipo II, o

banco SP esteja Tipo III e o banco de polímero posterior esteja com comportamento Tipo

I. Tal gradiente de fases (II, III, I) garante que o banco SP irá passar pela salinidade Tipo

III e o banco de polímero com salinidade Tipo I resulta em menor adsorção do surfactante.

O surfactante é retardado na frente de avanço, devido à microemulsão Tipo II.

As simulações realizadas também incluíram a viscosidade da microemulsão, que é

função da concentração de óleo na mesma, permitindo uma melhor representação da

mobilidade dessa fase no meio poroso.

Devido à elevada mobilidade de um fluido deslocante à baixa tensão interfacial,

adiciona-se um polímero viscosificante à formulação de surfactante. As simulações

realizadas incluíram o efeito viscositficante e não-newtoniano do polímero.

Foram realizadas simulações em um modelo unidimensional e tridimensional, onde foi

possível verificar a capacidade do método Surfactante-Polímero na remoção do óleo

residual do meio poroso, através da redução da tensão interfacial para valores da ordem

de 10-6 mN/m. O banco de óleo é produzido antes do banco de produtos químicos. O

polímero é produzido antes do surfactante devido ao volume poroso inacessível. É

possível também verificar a produção de óleo devido ao banco posterior de polímero

(polymer drive) de menor salinidade, que remove a fase microemulsão trapeada no meio

poroso. No modelo tridimensional foi possível verificar a fase microemulsão trapeada em

algumas regiões do reservatório.

A simulação do método Surfactante-Polímero em modelo simplificado de campo

demonstrou a capacidade do método em aumentar o fator de recuperação na ordem de

20% em relação à injeção de água. Quando a pressão de injeção limita a vazão de

injeção do banco SP, o banco de óleo formado pelo método demora mais tempo para ser

produzido, reduzindo a economicidade do método.

Page 99: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

99

O método Surfactante-Polímero é promissor para o aumento do fator de recuperação

de reservatórios de petróleo submetidos à injeção de água, devendo ser objeto de

análises técnico-econômicas antes de aplicações em campo. A seleção da formulação de

surfactantes e do polímero deve ser realizada considerando as condições do campo alvo,

como tipo do óleo, composição das águas, temperatura, litologia, propriedades

permoporosas e mineralogia.

Page 100: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

100

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AOUDIA, M.; WADE, W. H.; WEERASOORIYA, V. Optimum Microemulsions Formulated with Propoxylated Guerbet Alcohol and Propoxylated Tridecyl Alcohol Sodium Sulfates. Journal of Dispersion Science and Technolog, v. 16, n. 2. 1995. AUSTAD, T.; MILTER, J. Surfactant Flooding in Enhanced Oil Recovery. In: Surfactants: Fundamentals and Applications in the Petroleum Indu stry. 1 ed. Cambrige University Press, 2000. cap. 6, p. 204-249. BARNES, J. R. et al. Development of Surfactants for Chemical Flooding at Difficult Reservoir Conditions . In: SPE/DOE IMPROVED OIL RECOVERY SYMPOSIUM, 2008, Tulsa, Oklahoma. SPE 113313. BERGER P.D.; LEE, C.H. Improved ASP Process Using Organic Alkali . In: SPE SYMPOSIUM ON IMPROVED OIL RECOVERY, 2006, Tulsa, Oklahoma. SPE 99581. BOURREL, M.; SCHECHTER, R. S. Microemulsions and Related Systems , Taylor & Francis. 1988. BROOKS, R.H.; COREY, A.T. Properties of Porous Media Affecting Fluid Flow. Journal of the Irrigation and Drainage Division , v. 92, n. 2, p. 61-90, 1966. BROWNELL, L.E; KATZ, D.L. Flow of Fluids Through Porous Media, Part II. Chemical Engineering Process , v. 43, p. 601-612, 1949. CARMONA, I.; SCHECHTER, R.S.; WADE, W.H. Ethoxylated Oleyl Sulfonates as Model Compounds for Enhanced Oil Recovery. SPE Journal , v.25, n. 3. 1985. SPE 11771. CARREAU, P.J. Rheological Equations from Molecular Network Theories. Journal of Rheology , v. 16, n. 1, p. 99-127, 1972. CHANDRASEKAR, Vikram. An experimental and simulation study of the effect of

geochemical reactions on chemical flooding. 2010. Dissertação (Master of Science in

Engineering) - The University of Texas at Austin, 2010.

CHATZIS, I.; MORROW, N.R. Correlation of Capillary Number Relationships for Sandstones. In: Proceedings of the 56th Annual Conference of the SPE, San Antonio, TX, 1981. SPE 10114. CHAUVETEAU, G. Molecular Interpretation of Several Different Prope rties of Flow of

Coiled Polymer Solutions Through Porous Media I Oil Recovery Conditions. SPE

ANNUAL TECHNICAL CONFERENCE AND EXHIBITION, 1981, San Antonio, Texas.

SPE 10060.

DELSHAD, M.; DELSHAD, M.; BHUYAN, D.; POPE, G.A.; LAKE, L.W. Effect of capillary number on the residual saturation of a three-phase micellar solution . In: SPE/DOE FIFTH SYMPOSIUM ON ENHANCED OIL RECOVERY, 1986, Tulsa, Oklahoma. SPE 14911.

Page 101: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

101

DELSHAD, M.; POPE, G.A. Comparison of the Three-Phase Oil Relative Permeability Models. J. Transport in Porous Media , v. 4, p. 59-83, 1989. DELSHAD, Mohammad. Trapping of Micellar Fluids in Berea Sandstone . 1990. Tese (Doctor of Philosophy) – The University of Texas at Austin, 1990. DELSHAD, M.; KIM, D.H.; MAGBAGBEOLA, O. A.; HUH, C.; POPE, G.A. Mechanistic Interpretation and Utilization of Viscoelastic Beha vior of Polymer Solutions for Improved Polymer-Flood Efficiency. In: SPE IMPROVED OIL RECOVERY SYMPOSIUM, 2008, Tulsa, Oklahoma. SPE 113620. DWARAKANATH, V.; CHATURVEDI, T.; JACKSON, A.; MALIK, T.; SIREGAR, A. A.; ZHAO, P. Using Co-solvents to Provide Gradients and Improve Oil Recovery During Chemical Flooding in a Light Oil Reservoir . In: SPE SYMPOSIUM ON IMPROVED OIL RECOVERY, 2008, Tulsa, Oklahoma. SPE 113965. EHRENFRIED, Daniel Howard. Impact of Viscoelastic Polymer flooding on Residual

Oil Saturation in Sandstones. 2013. Dissertação (Master of Science in Engineering) -

The University of Texas at Austin, 2013.

FALLS, A. H.; THIGPEN, D. R.; NELSON, R. C; CIASTON, J. W.; LAWSON, J. B.; GOOD, P. A.; UEBER, R. C.; SHANIN, G. T. A Field Test of Co-Surfactant Enhanced Alkaline Flooding. SPE Reservoir Engineering , v. 9, n. 3, 1994. SPE 24117. FLAATEN, Adam Knut. Experimental Study of Microemulsion Characterizatio n and Optimization in Enhanced Oil Recovery: A Design App roach for Reservoirs with High Salinity and Hardness . 2007. Dissertação (Master of Science in Engineering) - The University of Texas at Austin, 2007. FLAATEN, A. K.; NGUYEN, Q. P.; ZHANG, J.; MOHAMMADI, H.; POPE, G. A.

Alkaline/Surfactant/Polymer Chemical Flooding Without the Need for Soft Water. SPE

Journal, v. 15, n. 1, 2010. SPE-116754.

FLORY, P.J. Principles of Polymer Chemistry. Cornell University Press. Ithaca, New York. 1953. GOUDARZI, A.; DELSHAD, M.; SEPEHRNOORI, K. A Critical Assessment of Several

Reservoir Simulators for Modeling Chemical Enhanced Oil Recovery Processes.

SPE RESERVOIR SIMULATION SYMPOSIUM, 2013, The Woodlands, Texas, USA .

SPE-163578.

GUERRA, E.; VALERO, E.; RODRIGUEZ, D.; GUTIERREZ, L.; CASTILLO, M.,

ESPINOZA J.; GRANJA, G. Improved ASP Design Using Organic Compound-

Surfactant-Polymer (OCSP) for La Salina Field, Mara caibo Lake. In: LATIN

AMERICAN AND CARIBBEAN PETROLEUM ENGINEERING CONFERENCE, 2007,

Buenos Aires, Argentina. SPE 107776.

Page 102: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

102

HAN, C. et al. Fully Implicit, Parallel, Compositional Chemical Flooding Simulator. SPE Journal , v. 12, n. 3, 2007. SPE-97217-PA HAND, D.B. Dineric Distribution: I. The Distribution of a Consolute Liquid Between Two Immiscible Liquids. J. of Physics and Chem. , v. 34, p. 1961-2000. 1939. HEALY, R.N., REED, R.L., STENMARK, D.G. Multiphase microemulsion systems. SPE Journal , v. 16, n. 3. 1976. SPE 5565. HIRASAKI, G.J.; MILLER, C. A.; POPE, G. A.; JACKSON, R. E. Annual Technical Report on Surfactant Based Enhanced Oil Recovery an d Foam Mobility Control . U.S. DOE (DE-FC26-03NT15406). 2004-2006. HIRASAKI, G.J.; POPE, G.A.. Analysis of Factors Influencing Mobility and Adsorption in the Flow of Polymer Solution Through Porous Media. SPE Journal , v. 14, n. 4, 1974. SPE 4026. HIRASAKI, G. J.; van DOMSELAAR, H. R.; NELSON, R. C. Evaluation of the Salinity Gradient Concept in Surfactant Flooding. SPE Journal , v. 23, n. 3, 1983. SPE 8825. HONGYAN, W., et al. Development and Application of Dilute Surfactant-Polymer Flooding System for Shengli Oilfield. Journal of Petroleum Science and Engineering , v. 65, p. 45-50, 2009. HUH, C. Interfacial Tension and Solubilizing Ability of a Microemulsion Phase That Coexists With Oil and Brine. J. Colloid Interface Sci. , v. 71, p. 408-428. 1979. JACKSON, Adam Christopher. Experimental Study of the Benefits of Sodium Carbonate on Surfactants for Enhanced Oil Recovery. 2006. Dissertação (Master of Science in Engineering) – The University of Texas at Austin, 2006. JIN, Minquan. A Study of Nonaqueous Phase Liquid Characterization and Surfactant Remediation . 1995. Tese (Doctor of Philosophy) – The University of Texas at Austin, 1995. KIM, D.H.; LEE, S.; AHN, C. H.; HUH, C.; POPE, G.A. Development of a Viscoelastic Property Database for EOR Polymers . In: SPE IMPROVED OIL RECOVERY SYMPOSIUM, 2010, Tulsa, Oklahoma. SPE 129971. LAKE, L.W.. Enhanced Oil Recovery , Prentice-Hall, Inc., Englewood Cliff, NJ. 1989. LEVITT, D. B., JACKSON, A.C., HEINSON, C., BRITTON, L.N., MALIK, T., DWARAKANATH, V., POPE, G.A. Identification and Evaluation of High Performance EOR Surfactants . In: SPE/DOE SYMPOSIUM ON IMPROVED OIL RECOVERY, 2006, Tulsa, Okalahoma. SPE 100089. LEVITT, D.; POPE, G. A. Selection and Screening of Polymers for Enhanced-Oi l Recovery. SPE SYMPOSIUM ON IMPROVED OIL RECOVERY, 2008, Tulsa, Oklahoma, USA. SPE-113845.

Page 103: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

103

LI, Z.; DELSHAD, M. Development of an Analytical Injectivity Model for Non-Newtonian Polymer Solutions In: SPE RESERVOIR SIMULATION SYMPOSIUM, 2013, The Woodlands, Texas. SPE 163672. LIN, E.C. A Study of Micellar/Polymer Flooding Using a Compos itional Simulator . 1981. Tese (Doctor of Philosophy) – The University of Texas at Austin, 1981. LIU, Shunhua. Development of High-Performance Surfactants for Dif ficult Oils . 2007. Tese (Doctor of Philosophy) – Rice University, Houston, Texas, 2007. MAGBAGBEOLA, Oluwaseun Adedeji. Quantification of the Viscoelastic Behavior of High Molecular Weight Polymers Used for Chemical En hanced Oil Recovery. 2008. . Dissertação (Master of Science in Engineering) – The University of Texas at Austin, 2008. METER, D.M.; BIRD. R.B. Tube Flow of Non-Newtonian Polymer Solutions, Parts I and II – Laminar Flow and Rheological Models, AIChE J. , p. 878-881, p. 1143-1150. November, 1964. MOHAMMADI, Hourshad. Mechanistic Modeling, Design, and Optimization of

Alkaline/Surfactant/Polymer Flooding . 2008. Tese (Doctor of Philosophy) – The

University of Texas at Austin, 2008.

MOORE, T.F.; SLOBOD, R.C..Displacement of oil by water–effect of wettability, rate, and viscosity on recovery . In: SPE ANNUAL FALL MEETING, 1955, New Orleans, Louisiana. SPE 502-G. NELSON, R.C. The Salinity-Requirement Diagram - A Useful Tool in Chemical Flooding, SPE Journal , v. 22, n. 2, 1982. SPE 8824. NELSON, R. C.; LAWSON, J. B.; THIGPEN, D. R.; STEGEMEIER, G. L. Cosurfactant – Enhanced Alkaline Flooding. In: SPE/DOE FOURTH SYMPOSIUM ON IMPROVED OIL RECOVERY, 1984, Tulsa, Oklahoma. SPE 12672. PANCHAROEN, Monrawee. Physical Properties of Associative Polymer Solution s.

2009. Dissertação (Master of Science) – Stanford University, 2009.

POPE, G.A.; NELSON, R.C. A Chemical Flooding Compositional Simulator. SPE Journal , v. 18, n. 5, 1978. SPE 6725. POPE, G.A.; WANG, B.; TSAUR, K. A Sensitivity Study of Micellar/Polymer Flooding. SPE Journal , v. 19, n. 6, 1979. SPE 7079. POPE, G.A.; TSAUR, K.; SCHECHTER, R.S.; WANG, B. The Effect of Several Polymers on the Phase Behavior of Micellar Fluids . In: SPE/DOE SYMPOSIUM ON EOR, 1982, Tulsa, OK. SPE 8826. PUERTO, M. C.; REED, R. L. A Three-Parameter Representation of Surfactant/Oil/Brine Interaction, SPE Journal , v. 23, n. 4, 1983. SPE 10678.

Page 104: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

104

RASHIDI, Masoud. Physico-Chemistry Characterization of Sulfonated Polyacrylamide Polymers for Use in Polymer Flooding . 2010. Tese (Doctor of Philosophy) – The University of Bergen, 2010. REED, R.L.; HEALY, R. N. Some Physico-Chemical Aspects of Microemulsion Flooding: A Review. In: Improved Oil Recovery by Surfactant and Polymer Flo oding. Academic Press, 1977. p. 383-437. SAHNI, Vinay Manmohan. Experimental Evaluation of Co-Solvents in Developme nt of High Performance Alkali/Surfactant/Polymer Formulat ions for Enhanced Oil Recovery. 2009. Dissertação (Master of Science in Engineering) – The University of Texas at Austin, 2009. SAHNI, V. et al. The Role of Co-Solvents and Co-Surfactants in Makin g Chemical Floods Robust . In: SPE/DOE Improved Oil Recovery Symposium, Tulsa, Oklahoma. SPE 130007, 2010. SANZ, C.A; POPE, G.A. Alcohol-Free Chemical Flooding: From Surfactant Scr eening to Coreflood Design . In: SPE/DOE SYMPOSIUM ON OILFIELD CHEMISTRY, 1995, San Antonio, Texas. SPE 28956. SATOH, Tohru. Treatment of Phase Behavior and Associated Properti es Used in a Micellar-Polymer Flood Simulator . 1984. Dissertação (Master of Science in Engineering) – The University of Texas at Austin, 1984. SERIGHT, R.S.; SKJEVRAK, I. Effect of Dissolved Iron and Oxygen on Stability of

HPAM Polymers. In: SPE IMPROVED OIL RECOVERY SYMPOSIUM, 2014, Tulsa,

Oklahoma, USA. SPE 169030.

SHENG, James. Surfactant Flooding. In: Modern Chemical Enhanced Oil Recovery . 1. ed. Burlington: Elsevier, 2011. cap. 7, p. 239-335. SOLAIRAJ, S., BRITTON, C., KIM, D. H., WEERASOORIYA, U. POPE, G. A. Measurement and Analysis of Surfactant Retention. In: SPE IMPROVED OIL RECOVERY SYMPOSIUM, 2012, Tulsa, Oklahoma. SPE 154247. SORBIE, K.S. Polymer-Improved Oil Recovery . CRC Press, Inc., Boca Raton, Florida. 1991. STEGEMEIER, G. L.. Mechanisms of Entrapment and Mobilization of Oil in Porous Media. In: Improved Oil Recovery by Surfactant and Polymer Flo oding , Academic Press, 1977, New York, p. 205-274. TAUGBØL, K.; AUSTAD, T. Chemical flooding of oil reservoirs 2: Dissociative surfactant-polymer interaction with a negative effect on oil recovery. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects , v. 103, p. 73–81, 1995. TAUGBØL, K.; LY; T.V.; AUSTAD, T. Chemical flooding of oil reservoirs 3: Dissociative surfactant-polymer interaction with a positive effect on oil recovery. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects , V 103, p. 83–90, 1995.

Page 105: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

105

UTCHEM Volume I: User’s Guide for UTCHEM 2013_8 , Center for Petroleum and Geosystems Engineering, University of Texas at Austin, 2013. UTCHEM Volume II: Technical Documentation for UTCHEM 2013_8 , Center for Petroleum and Geosystems Engineering, University of Texas at Austin, 2013. VEEDU, Faiz Koyassan. Scale-up Methodology for Chemical Flooding . 2010. Dissertação (Master of Science in Engineering) – The University of Texas at Austin, 2010. VERMOLEN, E. C. M. et al. Pushing the envelope for polymer flooding towards h igh-temperature and high-salinity reservoirs with polya crylamide based ter-polymers. SPE MIDDLE EAST OIL AND GAS SHOW AND CONFERENCE, 2011, Manama, Bahrain. SPE-141497. VINSOME, P.KW.; WESTERVELD, J.D. A Simple Method for Predicting Cap and Base Rock Heat Losses in Thermal Reservoir Simulators. J. Can. Pet. Technol. , v. 19, n. 3, p. 87-90. 1980. WELLINGTON, S.L.; RICHARDSON, E.A. Low Surfactant Concentration Enhanced Waterflooding . In: ANNUAL TECHNICAL CONFERENCE AND EXHIBITION OF THE SOCIETY OF PETROLEUM ENGINEERS, 1997, Dallas, Texas. SPE 30748. WINSOR, P.A. Solvent Properties of Amphiphilic Compounds , Butterworths Scientific Publ. Ltd., London, 1954. WINTERS, Matthew Howard. Experimental Development of a Chemical Flood and th e Geochemistry of Novel Alkalis. 2007. Dissertação (Master of Science in Engineering) - The University of Texas at Austin. WREATH, D.G.; POPE, G.A.; SEPEHRNOORI, K. Dependence of Polymer Apparent Viscosity on the Permeable Media and Flow Conditions. In Situ , 14(3), p. 263-284, 1990. XU, Haomin. Potential for Non-thermal Cost-effective Chemical A ugmented Waterflood for Producing Viscous Oils . 2012. Dissertação (Master of Science in Engineering) - The University of Texas at Austin. YUAN, Changli. Commercial Scale Simulations of SurfactantPolymer F looding . 2012. Tese (Doctor of Philosophy) – The University of Texas at Austin, 2012. ZAITOUN, A. et al. Shear Stability of EOR Polymers. SPE Journal , v. 17, n. 2, 2012. SPE-141113-PA ZHANG, L.D.; HIRASAKI, G.J. Surface Chemistry of Oil Recovery from Fractured, Oil-Wet, Carbonate Formations. SPE Journal , v. 9, n.2, 2004. SPE 88365. ZHAO, Ping. Development of High-Performance Surfactants for Dif ficult Oils . 2007. Dissertação (Master of Science in Engineering) - The University of Texas at Austin. ZHAO, P. et al. Development of High-Performance Surfactants for Dif ficult Oils . In: SPE/DOE IMPROVED OIL RECOVERY SYMPOSIUM, 2008, Tulsa, Oklahoma. SPE 113432.

Page 106: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

106

ANEXO A – ARQUIVO DE ENTRADA DO UTCHEM UTILIZADO NO CAPÍTULO 4.1.

CC***************************************************************************************************

CC *

CC BRIEF DESCRIPTION OF DATA SET : UTCHEM (VERSION 2013_8) *

CC *

CC***************************************************************************************************

CC***********************************************************

CC *

CC RESERVOIR DESCRIPTION *

CC *

CC***********************************************************

CC

CC

*----RUNNO

CORESP

CC

CC

*----HEADER

CORESP Core Flood assuming a homogeneous permeability field

surfactant polymer flooding

using UTCHEM2013_8

CC

CC SIMULATION FLAGS

*---- IMODE IMES IDISPC ICWM ICAP IREACT IBIO ICOORD ITREAC ITC IGAS ieng

1 2 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0

CC

CC NUMBER OF GRID BLOCKS AND FLAG SPECIFIES CONSTANT OR VARIABLE GRID SIZE

*----NX NY NZ IDXYZ IUNIT

80 1 1 0 0

CC

CC CONSTANT GRID BLOCK SIZE IN X, Y, AND Z

*----DX DY DZ

0.0093 0.11 0.11

CC

CC TOTAL NO. OF COMPONENTS, NO. OF TRACERS, NO. OF GEL COMPONENTS

*----N no NTw nta ngc ng noth

6 0 0 0 0 0 0

cc

cc

*---- species name

water

oil

surf

polymer

anion

calcium

CC

CC FLAG INDICATING IF THE COMPONENT IS INCLUDED IN CALCULATIONS OR NOT

CC ICF(3)=1

*----ICF(KC) FOR KC=1,N

1 1 1 1 1 1

Page 107: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

107

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC OUTPUT OPTIONS *

CC*******************************************************************

CC

CC ICOPSM=0==>ECHO TO UNIT 2; ICUMTM=0==>PV PRINTING;istop=1==>PV SPEC

CC FLAG TO ECHO THE INPUT, FLAG TO WRITE TO UNIT 5, FLAG FOR PV OR DAYS

*----ICUMTM istop IOUTGMS IS3G

1 1 0 0

CC

CC FLAG INDICATING IF THE PROFILE OF KCTH COMPONENT SHOULD BE WRITTEN

CC IPRFLG(3)=1

*----IPRFLG(KC),KC=1,N

1 1 1 1 1 1

CC

CC FLAG FOR PRES,SAT.,TOTAL CONC.,TRACER CONC.,CAP.,GEL, ALKALINE PROFILES

*----IPPRES IPSAT IPCTOT IPBIO IPCAP IPGEL IPALK IPTEMP IPOBS IPATERN

1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

CC

CC FLAG FOR WRITING SEVERAL PROPERTIES

CC ICSE e ICNM 1

*----ICKL IVIS IPER ICNM ICSE IHYSTP IFOAMP INONEQ

1 1 1 1 1 0 0 0

CC

CC FLAG FOR WRITING SEVERAL PROPERTIES TO PROF

CC IPHSE = 1

*----IADS IVEL IRKF IPHSE ISCH

1 1 1 1 1

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC RESERVOIR PROPERTIES *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC MAX. SIMULATION TIME ( pore volume )

*---- TMAX

10.0

CC

CC ROCK COMPRESSIBILITY (1/PSI), STAND. PRESSURE(PSIA)

*----COMPR PSTAND

0 0

CC

CC FLAGS INDICATING CONSTANT OR VARIABLE POROSITY, X,Y,AND Z PERMEABILITY

*----IPOR1 IPERMX IPERMY IPERMZ IMOD ITRAZ INTG IACTNUM ICUTOFF

0 0 3 3 0 0 0 0 0

CC

CC CONSTANT POROSITY

*----PORC1

.3

CC

Page 108: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

108

CC CONSTANT X-PERMEABILITY (MILIDARCY) FOR LAYER K = 1,NZ

*----PERMX

3800

CC

CC Y DIRECTION PERMEABILITY IS DEPENDENT ON X DIRECTION PERMEABILITY

*---- CONSTANT PERMEABILITY MULTIPLIER FOR Y DIRECTION PERMEABILITY

1

CC

CC Z DIRECTION PERMEABILITY IS DEPENDENT ON X DIRECTION PERMEABILITY

*---- CONSTANT PERMEABILITY MULTIPLIER FOR Z DIRECTION PERMEABILITY

0.003828

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE DEPTH, PRESSURE, WATER SATURATION

*----IDEPTH IPRESS ISWI ICWI

0 0 0 -1

CC

CC CONSTANT DEPTH (FT)

*----D111

7755.882

CC

CC CONSTANT PRESSURE (PSIA)

*----PRESS1

3624.493

CC

CC CONSTANT INITIAL WATER SATURATION

*----SWI

0.7

CC

CC CONSTANT CHLORIDE AND CALCIUM CONCENTRATIONS (MEQ/ML)

CC C50

*----C50 C60

0.51 0

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC PHYSICAL PROPERTY DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC OIL CONC. AT PLAIT POINT FOR TYPE II(+)AND TYPE II(-), CMC

CC EPSME =0.001

*---- C2PLC C2PRC EPSME IHAND

0. 1. .001 0

cc

cc

*---- IFGHBN

0

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC

CC FOR ALCOHOL 1

*----HBNS70 HBNC70 HBNS71 HBNC71 HBNS72 HBNC72

0.0 0.045 0. 0.019 0. 0.045

Page 109: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

109

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC FOR ALCOHOL 2

*----HBNS80 HBNC80 HBNS81 HBNC81 HBNS82 HBNC82

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC LOWER AND UPPER EFFECTIVE SALINITY FOR ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

CC

*----CSEL7 CSEU7 CSEL8 CSEU8

0.1003 0.1997 0. 0.

CC

CC THE CSE SLOPE PARAMETER FOR CALCIUM AND ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

*----BETA6 BETA7 BETA8

0. 0. 0.

CC

CC FLAG FOR ALCOHOL PART. MODEL AND PARTITION COEFFICIENTS

*----IALC OPSK7O OPSK7S OPSK8O OPSK8S

0 0. 0. 0. 0.

CC

CC NO. OF ITERATIONS, AND TOLERANCE

*----NALMAX EPSALC

20 .0001

CC

CC ALCOHOL 1 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC7 AKWS7 AKM7 AK7 PT7

0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC ALCOHOL 2 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC8 AKWS8 AKM8 AK8 PT8

0. 0. 0. 0. 0.

cc

cc

cc

*--- ift

1

CC

CC INTERFACIAL TENSION PARAMETERS

CC -

*----CHUH AHUH

0.3 10

CC

CC LOG10 OF OIL/WATER INTERFACIAL TENSION

CC

*----XIFTW

1.39

CC

CC mass transfer flag

*----imassa ICOR

0 0

cc

cc

*--- IWALT IWALF

0 0

CC

Page 110: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

110

CC CAPILLARY DESATURATION PARAMETERS FOR PHASE 1, 2, AND 3

CC ITRAP = 1, T11 T22 T33

*----ITRAP T11 T22 T33

1 1865 59000 364

CC

CC relative perm. flag (0:imbibition corey,1:first drainage corey

*----iperm Iregion

0 0

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE REL. PERM. PARAMETERS

*----ISRW IPRW IEW

0 0 0

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

CC

*----S1RWC S2RWC S3RWC

0.15 0.3 0.15

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RW P2RW P3RW

0.14 0.7 0.14

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1W E2W E3W

3 2.5 3

CC - ENTRO COM OS VALORES PARA ALTO NUMERO CAP

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----S1RC S2RC S3RC

0.0 0.0 0.0

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RC P2RC P3RC

1 1 1

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1C E2C E3C

1 1 1

CC

CC WATER AND OIL VISCOSITY , RESERVOIR TEMPERATURE

*----VIS1 VIS2 TEMPV

0.56 10.75 0

CC

CC VISCOSITY PARAMETERS

*----ALPHA1 ALPHA2 ALPHA3 ALPHA4 ALPHA5

0.2 2.5 0.1 0.1 0.1

CC

CC PARAMETERS TO CALCULATE POLYMER VISCOSITY AT ZERO SHEAR RATE

*----AP1 AP2 AP3

37 37 4210

Page 111: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

111

CC

CC PARAMETER TO COMPUTE CSEP,MIN. CSEP, AND SLOPE OF LOG VIS. VS. LOG CSEP

*----BETAP CSE1 SSLOPE

1. .01 0.0

CC

CC PARAMETER FOR SHEAR RATE DEPENDENCE OF POLYMER VISCOSITY

*----GAMMAC GAMHF POWN IPMOD ISHEAR RWEFF GAMHF2 IGAMC

4 100 1.4 0 2 0.25 0 0

CC

CC FLAG FOR POLYMER PARTITIONING, PERM. REDUCTION PARAMETERS

*----IPOLYM EPHI3 EPHI4 BRK CRK RKCUT

1 1. 0.8 100. 0 1

CC

CC SPECIFIC WEIGHT FOR COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8 , AND GRAVITY FLAG

*----DEN1 DEN2 den23 DEN3 DEN7 DEN8 IDEN

.433 0.41 0.41 .433 .346 0. 2

CC

CC FLAG FOR CHOICE OF UNITS ( 0:BOTTOMHOLE CONDITION , 1: STOCK TANK)

*-----ISTB

0

CC

CC COMPRESSIBILITY FOR VOL. OCCUPYING COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8

*----COMPC(1) COMPC(2) COMPC(3) COMPC(7) COMPC(8)

0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CONSTANT OR VARIABLE PC PARAM., WATER-WET OR OIL-WET PC CURVE FLAG

*----ICPC IEPC IOW

0 0 0

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETERS, CPC

*----CPC

0.

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETERS, EPC

*---- EPC

0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 1 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(1

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 2 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(11)

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 3 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(11)

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CCmojdeh

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 1

*----ALPHAL(1) ALPHAT(1)

0.02 0.002

CC

Page 112: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

112

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 2

*----ALPHAL(2) ALPHAT(2)

0.02 0.002

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 3

*----ALPHAL(3) ALPHAT(3)

0.02 0.002

cc

cc

*--- IADSO

0

CC

CC SURFACTANT AND POLYMER ADSORPTION PARAMETERS

*----AD31 AD32 B3D AD41 AD42 B4D iadk iads1 fads refk

1.516 0.0 1000. 2.47 0.0 100. 0 0 0 500

CC

CC PARAMETERS FOR CATION EXCHANGE OF CLAY AND SURFACTANT

CC

*----QV XKC XKS EQW

0.0 0. 0. 804.

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC WELL DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC flag for right and left boundary

*---- ibound IZONE

0 0

CC

CC TOTAL NUMBER OF WELLS, WELL RADIUS FLAG, FLAG FOR TIME OR COURANT NO.

*----NWELL IRO ITIME NWELR IFLAGN ISOLVER

2 2 1 2 0 0

CC

CC WELL ID,LOCATIONS,AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW KW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

1 1 1 1 0.003 0 3 1 1 0

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

INJECTOR

CC

CC MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 0.0 5000. 0.0 1000.

CC

CC WELL ID, LOCATION, AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW KW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

2 80 1 2 0.003 0 3 1 1 0

CC

CC WELL NAME

Page 113: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

113

*---- WELNAM

PRODUCER

CC

CC MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 0.0 5000. 0.0 1000.

CC---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE(L=1,3)(SURFACTANT SLUG)

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 0.005 1.0 0.0 0. 0. 0.51 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC id, BOTTOM HOLE PRESSURE FOR PRESSURE CONSTRAINT WELL (IFLAG=2 or 3)

*----id PWF

2 400

CC PV times

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV OR DAY) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC INJ AGUA

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2 WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.0 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

CC

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC PRE FLUSH

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 0.005 1.0 0. 0.0 0. 0.51 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH

Page 114: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

114

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.0 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC SP SLUG

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 0.005 0.98 0. 0.02 0.17 0.15 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.3 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

Page 115: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

115

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC POLYMER DRIVE

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 0.005 1.0 0.0 0. 0.17 0.05 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP + PD

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

1.3 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC AGUA COM SALINIDADE

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 0.005 1.0 0.0 0. 0. 0.51 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP + PD + AGUA

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

5.0 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN 0.000001 0.002 0.1 0.0001

Page 116: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

116

ANEXO B – ARQUIVO DE ENTRADA DO UTCHEM UTILIZADO NO CAPÍTULO 4.2.

CC*****************************************************************************************

CC *

CC BRIEF DESCRIPTION OF DATA SET : UTCHEM (VERSION 2013_8 ) *

CC *

CC*****************************************************************************************

CC *

CC RESERVOIR DESCRIPTION *

CC *

CC*****************************************************************************************

CC

CC

*----RUNNO

SURF3D

CC

CC

*----HEADER

SURF3D

surfactant polymer flooding

using UTCHEM2013_8

CC

CC SIMULATION FLAGS

*---- IMODE IMES IDISPC ICWM ICAP IREACT IBIO ICOORD ITREAC ITC IGAS IENG

1 2 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0

CC

CC NO. OF GRIDBLOCKS,FLAG SPECIFIES CONSTANT OR VARIABLE GRID SIZE, UNIT

*----NX NY NZ IDXYZ IUNIT

10 10 5 0 0

CC

CC CONSTANT GRID BLOCK SIZE IN X, Y, AND Z

*----DX1 DY1 DZ1

20 20 2.0

CC

CC TOTAL NO. OF COMPONENTS, NO. OF TRACERS, NO. OF GEL COMPONENTS

*----N NO NTW NTA NGC NG NOTH

7 0 0 0 0 0 0

CC

CC NAME OF SPECIES

*---- SPNAME(I) FOR I=1,N

WATER

OIL

SURF.

POLYMER

ANION

CALCIUM

ALCOHOL

CC

CC FLAG INDICATING IF THE COMPONENT IS INCLUDED IN CALCULATIONS OR NOT

*----ICF(KC) FOR KC=1,N

1 1 1 1 1 1 1

CC

Page 117: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

117

CC*******************************************************************

CC *

CC OUTPUT OPTIONS *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC FLAG FOR PV OR DAYS TO PRINT OR TO STOP THE RUN

*----ICUMTM ISTOP IOUTGMS IS3G

1 1 0 0

CC

CC FLAG INDICATING IF THE PROFILE OF KCTH COMPONENT SHOULD BE WRITTEN

*----IPRFLG(KC),KC=1,N

1 1 1 1 1 1 1

CC

CC FLAG FOR individual map files

*----IPPRES IPSAT IPCTOT IPBIO IPCAP IPGEL IPALK IPTEMP IPOBS Ipater

1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

CC

CC FLAG for individual output map files

*----ICKL IVIS IPER ICNM ICSE ihystp ifoamp inoneq

1 1 1 1 1 0 0 0

CC

CC FLAG for variables to PROF output file

*----Iads IVel Irkf Iphse ISCH

1 1 1 1 1

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC RESERVOIR PROPERTIES *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC MAX. SIMULATION TIME ( DAYS)

*---- TMAX

10

CC

CC ROCK COMPRESSIBILITY (1/PSI), STAND. PRESSURE(PSIA)

*----COMPR PSTAND

0. 0.

CC

CC FLAGS INDICATING CONSTANT OR VARIABLE POROSITY, X,Y,AND Z PERMEABILITY

*----IPOR1 IPERMX IPERMY IPERMZ IMOD ITRNZ INTG IACTNUM ICUTOFF

0 1 1 0 0 0 0 0 0

CC

CC CONSTANT POROSITY

*----PORC1

.3

CC

CC CONSTANT X-PERMEABILITY (MILIDARCY) FOR LAYER K = 1,NZ

*----PERMX

5*3800

Page 118: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

118

CC

CC CONSTANT Y-PERMEABILITY (MILIDARCY) FOR LAYER K = 1,NZ

*----PERMY

5*3800

CC

CC CONSTANT Z-PERMEABILITY

*----PERMZC (MILIDARCY)

14.55

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE DEPTH, PRESSURE, WATER SATURATION

*----IDEPTH IPRESS ISWI ICWI

0 0 0 -1

CC

CC CONSTANT DEPTH (FT)

*----D111

7755.882

CC

CC CONSTANT PRESSURE (PSIA)

*----PRESS1

3624.493

CC

CC CONSTANT INITIAL WATER SATURATION

*----SWI

.15

cc

cc

*--- c50 c60

1.08 0

CC

CC********************************************************************

CC *

CC PHYSICAL PROPERTY DATA *

CC *

CC********************************************************************

CC

CC

CC OIL CONC. AT PLAIT POINT FOR TYPE II(+)AND TYPE II(-), CMC

*---- C2PLC C2PRC EPSME IHAND

0. 1. .0001 0

CC

CC FLAG INDICATING TYPE OF PHASE BEHAVIOR PARAMETERS

*---- IFGHBN

0

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC FOR ALCOHOL 1

*----HBNS70 HBNC70 HBNS71 HBNC71 HBNS72 HBNC72

0.0 0.045 0. 0.019 0. 0.045

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC FOR ALCOHOL 2

*----HBNS80 HBNC80 HBNS81 HBNC81 HBNS82 HBNC82

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC LOWER AND UPPER EFFECTIVE SALINITY FOR ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

Page 119: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

119

*----CSEL7 CSEU7 CSEL8 CSEU8

0.1003 0.1997 0. 0.

CC

CC THE CSE SLOPE PARAMETER FOR CALCIUM AND ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

*----BETA6 BETA7 BETA8

0. 0. 0.

CC

CC FLAG FOR ALCOHOL PART. MODEL AND PARTITION COEFFICIENTS

*----IALC OPSK7O OPSK7S OPSK8O OPSK8S

1 0. 0. 0. 0.

CC

CC NO. OF ITERATIONS, AND TOLERANCE

*----NALMAX EPSALC

20 .0001

CC

CC ALCOHOL 1 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC7 AKWS7 AKM7 AK7 PT7

4.671 1.79 48. 35.31 .222

CC

CC ALCOHOL 2 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC8 AKWS8 AKM8 AK8 PT8

0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC

*---- IFT MODEL FLAG

1

CC

CC INTERFACIAL TENSION PARAMETERS

*----CHUH AHUH

0.3 10

CC

CC LOG10 OF OIL/WATER INTERFACIAL TENSION

*----XIFTW

1.39

CC

CC MASS TRANSFER FLAG

*----IMASS icor

0 0

cc

cc

*--- iwalt iwalf

0 0

CC

CC CAPILLARY DESATURATION PARAMETERS FOR PHASE 1, 2, AND 3

*----ITRAP T11 T22 T33

2 1865 59000 364

CC

CC RELATIVE PERM. FLAG (0:IMBIBITION COREY,1:FIRST DRAINAGE COREY)

*----IPERM IRTYPE

0 0

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE REL. PERM. PARAMETERS

*----ISRW IPRW IEW

Page 120: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

120

0 0 0

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----S1RWC S2RWC S3RWC

0.15 0.3 0.15

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RW P2RW P3RW

0.14 0.7 0.14

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1W E2W E3W

3 2.5 3

CC

CC RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT HIGH CAPILLARY NO.

*----S1RC S2RC S3RC

.0 .0 .0

CC

CC ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT HIGH CAPILLARY NO.

*----P1RC P2RC P3RC

1. 1. 1.

CC

CC REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT HIGH CAPILLARY NO.

*----E13C E23C E31C

1. 1. 1.

CC

CC WATER AND OIL VISCOSITY , RESERVOIR TEMPERATURE

*----VIS1 VIS2 TEMPV

0.56 10.75 0

CC

CC VISCOSITY PARAMETERS

*----ALPHA1 ALPHA2 ALPHA3 ALPHA4 ALPHA5

0.2 2.5 0.1 0.1 0.1

CC

CC PARAMETERS TO CALCULATE POLYMER VISCOSITY AT ZERO SHEAR RATE

*----AP1 AP2 AP3

37 37 4210

CC

CC PARAMETER TO COMPUTE CSEP,MIN. CSEP, AND SLOPE OF LOG VIS. VS. LOG CSEP

*----BETAP CSE1 SSLOPE

1. .01 0.0

CC

CC PARAMETER FOR SHEAR RATE DEPENDENCE OF POLYMER VISCOSITY

*----GAMMAC GAMHF POWN IPMOD ISHEAR RWEFF GAMH2 IGAMC

4 100 1.4 0 2 0.25 0 0

CC

CC FLAG FOR POLYMER PARTITIONING, PERM. REDUCTION PARAMETERS

*----IPOLYM EPHI3 EPHI4 BRK CRK RKCUT

1 1. 0.8 100. 0 1

CC

CC SPECIFIC WEIGHT FOR COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8 , AND GRAVITY FLAG

*----DEN1 DEN2 DEN23 DEN3 DEN7 DEN8 IDEN

.433 0.41 0.41 .433 .346 0. 2

Page 121: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

121

CC

CC FLAG FOR CHOICE OF UNITS ( 0:BOTTOMHOLE CONDITION , 1: STOCK TANK)

*-----ISTB

0

CC

CC COMPRESSIBILITY FOR VOL. OCCUPYING COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8

*----COMPC(1) COMPC(2) COMPC(3) COMPC(7) COMPC(8)

0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CONSTANT OR VARIABLE PC PARAM., WATER-WET OR OIL-WET PC CURVE FLAG

*----ICPC IEPC IOW

0 0 0

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETER, CPC0

*----CPC0

0.

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETER, EPC0

*---- EPC0

0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSION COEF. KCTH COMPONENT IN PHASE 1 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7)

0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSION COEF. OF KCTH COMPONENT IN PHASE 2 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7)

0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSION COEF. OF KCTH COMPONENT IN PHASE 3 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8)

0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 1

*----ALPHAL(1) ALPHAT(1)

12. .4

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 2

*----ALPHAL(2) ALPHAT(2)

12. .4

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 3

*----ALPHAL(3) ALPHAT(3)

12. .4

CC

CC FLAG TO SPECIFY ORGANIC ADSORPTION CALCULATION

*----IADSO

0

CC

CC SURFACTANT AND POLYMER ADSORPTION PARAMETERS

*----AD31 AD32 B3D AD41 AD42 B4D IADK, IADS1, FADS REFK,md

1.516 0.0 1000. 2.47 0.0 100. 0 0 0 500

CC

Page 122: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

122

CC PARAMETERS FOR CATION EXCHANGE OF CLAY AND SURFACTANT

*----QV XKC XKS EQW

0.0 0. 0. 804.

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC WELL DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC FLAG FOR RIGHT AND LEFT BOUNDARY

*---- IBOUND izone

0 0

CC

CC TOTAL NUMBER OF WELLS, WELL RADIUS FLAG, FLAG FOR TIME OR COURANT NO.

*----NWELL IRO ITSTEP NWREL IFLAGN ISOLVER

2 2 1 2 0 0

CC

CC WELL ID,LOCATIONS,AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW JW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

1 1 1 1 .5 0. 3 1 5 0

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

INJECTOR

CC

CC ICHEK, MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 0.0 50000. 0.0 1000.

CC

CC WELL ID, LOCATION, AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW JW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

2 10 10 2 .5 0. 3 1 5 0

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

PRODUCER

CC

CC ICHEK , MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 0.0 50000. 0.0 50000.

CC

CC ID,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

*----ID QI(M,L) C(M,KC,L)

1 100 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC ID, BOTTOM HOLE PRESSURE FOR PRESSURE CONSTRAINT WELL (IFLAG=2 OR 3)

*----ID PWF

2 400

CC

Page 123: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

123

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV OR DAY) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

*----TINJ CUMPR1 cumh1 WRHPV WRPRF RSTC

2 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. COURANT NUMBERS

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.05 0.003 0.2 0.01

cc

cc

*--- ibmod

0

CC

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS

*---- IRO ITSTEP IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS CHANGES IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE CHANGES, ID

*----NWEL1 ID

1 1

CC

CC ID,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

*----ID QI(M,L) C(M,KC,L)

1 100 0.98 0. 0.02 0.17 0.15 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

*----TINJ CUMPR1 cumh WRHPV WRPRF RSTC

2.3 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. TIME STEPS

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.05 0.003 0.2 0.01

cc

cc

*--- ibmod

0

CC

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS

*---- IRO ITSTEP IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS CHANGES IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE CHANGES, ID

*----NWEL1 ID

1 1

Page 124: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

124

CC

CC ID,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

*----ID QI(M,L) C(M,KC,L)

1 100 1. 0. 0. 0.17 0.05 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

*----TINJ CUMPR1 cumh WRHPV WRPRF RSTC

3.3 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. TIME STEPS

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.05 0.003 0.2 0.02

cc

cc

*--- ibmod

0

CC

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS

*---- IRO ITSTEP IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS CHANGES IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE CHANGES, ID

*----NWEL1 ID

1 1

CC

CC ID,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

*----ID QI(M,L) C(M,KC,L)

1 100 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

*----TINJ CUMPR1 cumh WRHPV WRPRF RSTC

5 0.05 0.05 0.05 0.05 100

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. TIME STEPS

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.05 0.003 0.2 0.02

Page 125: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

125

ANEXO C – ARQUIVO DE ENTRADA DO UTCHEM UTILIZADO NO CAPÍTULO 4.4.1.

CC*****************************************************************************************

CC *

CC BRIEF DESCRIPTION OF DATA SET : UTCHEM (VERSION 2013_8 ) *

CC *

CC*****************************************************************************************

CC *

CC RESERVOIR DESCRIPTION *

CC *

CC*****************************************************************************************

CC

CC

*----RUNNO

FILDSP

CC

CC

*----HEADER

FILDSP Field SP

surfactant polymer flooding

using UTCHEM2013_8

CC

CC SIMULATION FLAGS

*---- IMODE IMES IDISPC ICWM ICAP IREACT IBIO ICOORD ITREAC ITC IGAS ieng

1 2 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0

CC

CC NUMBER OF GRID BLOCKS AND FLAG SPECIFIES CONSTANT OR VARIABLE GRID SIZE

*----NX NY NZ IDXYZ IUNIT

31 21 3 0 0

CC

CC CONSTANT GRID BLOCK SIZE IN X, Y, AND Z

*----DX DY DZ

410 410 16

CC

CC TOTAL NO. OF COMPONENTS, NO. OF TRACERS, NO. OF GEL COMPONENTS

*----N no NTw nta ngc ng noth

6 0 0 0 0 0 0

cc

cc

*---- species name

water

oil

surf

polymer

anion

calcium

CC

CC FLAG INDICATING IF THE COMPONENT IS INCLUDED IN CALCULATIONS OR NOT

CC ICF(3)=1

*----ICF(KC) FOR KC=1,N

1 1 1 1 1 1

Page 126: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

126

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC OUTPUT OPTIONS *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC ICOPSM=0==>ECHO TO UNIT 2; ICUMTM=0==>PV PRINTING;istop=1==>PV SPEC

CC FLAG TO ECHO THE INPUT, FLAG TO WRITE TO UNIT 5, FLAG FOR PV OR DAYS

*----ICUMTM istop IOUTGMS IS3G

1 1 0 0

CC

CC FLAG INDICATING IF THE PROFILE OF KCTH COMPONENT SHOULD BE WRITTEN

CC IPRFLG(3)=1

*----IPRFLG(KC),KC=1,N

1 1 1 1 1 1

CC

CC FLAG FOR PRES,SAT.,TOTAL CONC.,TRACER CONC.,CAP.,GEL, ALKALINE PROFILES

*----IPPRES IPSAT IPCTOT IPBIO IPCAP IPGEL IPALK IPTEMP IPOBS IPATERN

1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

CC

CC FLAG FOR WRITING SEVERAL PROPERTIES

CC ICSE e ICNM 1

*----ICKL IVIS IPER ICNM ICSE IHYSTP IFOAMP INONEQ

1 1 1 1 1 0 0 0

CC

CC FLAG FOR WRITING SEVERAL PROPERTIES TO PROF

CC IPHSE = 1

*----IADS IVEL IRKF IPHSE ISCH

1 1 1 1 1

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC RESERVOIR PROPERTIES *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC MAX. SIMULATION TIME ( pore volume )

*---- TMAX

5.0

CC

CC ROCK COMPRESSIBILITY (1/PSI), STAND. PRESSURE(PSIA)

*----COMPR PSTAND

0 0

CC

CC FLAGS INDICATING CONSTANT OR VARIABLE POROSITY, X,Y,AND Z PERMEABILITY

*----IPOR1 IPERMX IPERMY IPERMZ IMOD ITRAZ INTG IACTNUM ICUTOFF

4 0 3 3 0 0 1 1 1

CC

CC CONSTANT X-PERMEABILITY (MILIDARCY) FOR LAYER K = 1,NZ

*----PERMX

3800

Page 127: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

127

CC

CC Y DIRECTION PERMEABILITY IS DEPENDENT ON X DIRECTION PERMEABILITY

*---- CONSTANT PERMEABILITY MULTIPLIER FOR Y DIRECTION PERMEABILITY

1

CC

CC Z DIRECTION PERMEABILITY IS DEPENDENT ON X DIRECTION PERMEABILITY

*---- CONSTANT PERMEABILITY MULTIPLIER FOR Z DIRECTION PERMEABILITY

0.00383

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE DEPTH, PRESSURE, WATER SATURATION

*----IDEPTH IPRESS ISWI ICWI

4 0 0 -1

CC

CC CONSTANT PRESSURE (PSIA)

*----PRESS1

3624.493

CC

CC CONSTANT INITIAL WATER SATURATION

*----SWI

0.15

CC PVMIN PERMXMIN PERMYMIN PORMIN

*----PVMIN PERMXMIN PERMYMIN PORMIN

2689 0 0 0

CC

CC CONSTANT CHLORIDE AND CALCIUM CONCENTRATIONS (MEQ/ML)

CC C50

*----C50 C60

1.08 0

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC PHYSICAL PROPERTY DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC OIL CONC. AT PLAIT POINT FOR TYPE II(+)AND TYPE II(-), CMC

CC EPSME =0.001

*---- C2PLC C2PRC EPSME IHAND

0. 1. .001 0

cc

cc

*---- IFGHBN

0

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC -

CC FOR ALCOHOL 1

*----HBNS70 HBNC70 HBNS71 HBNC71 HBNS72 HBNC72

0.0 0.045 0. 0.019 0. 0.045

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC FOR ALCOHOL 2

*----HBNS80 HBNC80 HBNS81 HBNC81 HBNS82 HBNC82

0. 0. 0. 0. 0. 0.

Page 128: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

128

CC

CC LOWER AND UPPER EFFECTIVE SALINITY FOR ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

CC -

*----CSEL7 CSEU7 CSEL8 CSEU8

0.1003 0.1997 0. 0.

CC

CC THE CSE SLOPE PARAMETER FOR CALCIUM AND ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

*----BETA6 BETA7 BETA8

0. 0. 0.

CC

CC FLAG FOR ALCOHOL PART. MODEL AND PARTITION COEFFICIENTS

*----IALC OPSK7O OPSK7S OPSK8O OPSK8S

0 0. 0. 0. 0.

CC

CC NO. OF ITERATIONS, AND TOLERANCE

*----NALMAX EPSALC

20 .0001

CC

CC ALCOHOL 1 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC7 AKWS7 AKM7 AK7 PT7

0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC ALCOHOL 2 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC8 AKWS8 AKM8 AK8 PT8

0. 0. 0. 0. 0.

cc

cc

cc -

*--- ift

1

CC

CC INTERFACIAL TENSION PARAMETERS

CC -

*----CHUH AHUH

0.3 10

CC

CC LOG10 OF OIL/WATER INTERFACIAL TENSION

CC

*----XIFTW

1.39

CC

CC mass transfer flag

*----imassa ICOR

0 0

cc

cc

*--- IWALT IWALF

0 0

CC

CC CAPILLARY DESATURATION PARAMETERS FOR PHASE 1, 2, AND 3

CC ITRAP = 1, T11 T22 T33

*----ITRAP T11 T22 T33

2 1865 59000 364

Page 129: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

129

CC

CC relative perm. flag (0:imbibition corey,1:first drainage corey

*----iperm Iregion

0 0

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE REL. PERM. PARAMETERS

*----ISRW IPRW IEW

0 0 0

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

CC

*----S1RWC S2RWC S3RWC

0.15 0.3 0.15

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RW P2RW P3RW

0.14 0.7 0.14

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1W E2W E3W

3 2.5 3

CC -

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----S1RC S2RC S3RC

0.0 0.0 0.0

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RC P2RC P3RC

1 1 1

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1C E2C E3C

1 1 1

CC

CC WATER AND OIL VISCOSITY , RESERVOIR TEMPERATURE

*----VIS1 VIS2 TEMPV

0.56 10.75 0

CC

CC VISCOSITY PARAMETERS

*----ALPHA1 ALPHA2 ALPHA3 ALPHA4 ALPHA5

0.2 2.5 0.1 0.1 0.1

CC

CC PARAMETERS TO CALCULATE POLYMER VISCOSITY AT ZERO SHEAR RATE

*----AP1 AP2 AP3

37 37 4210

CC

CC PARAMETER TO COMPUTE CSEP,MIN. CSEP, AND SLOPE OF LOG VIS. VS. LOG CSEP

*----BETAP CSE1 SSLOPE

1. .01 0.0

Page 130: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

130

CC

CC PARAMETER FOR SHEAR RATE DEPENDENCE OF POLYMER VISCOSITY

*----GAMMAC GAMHF POWN IPMOD ISHEAR RWEFF GAMHF2 IGAMC

4 100 1.4 0 2 0.25 0 0

CC

CC FLAG FOR POLYMER PARTITIONING, PERM. REDUCTION PARAMETERS

*----IPOLYM EPHI3 EPHI4 BRK CRK RKCUT

1 1. 0.8 100. 0 1

CC

CC SPECIFIC WEIGHT FOR COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8 , AND GRAVITY FLAG

*----DEN1 DEN2 den23 DEN3 DEN7 DEN8 IDEN

.433 0.41 0.41 .433 .346 0. 2

CC

CC FLAG FOR CHOICE OF UNITS ( 0:BOTTOMHOLE CONDITION , 1: STOCK TANK)

*-----ISTB

0

CC

CC COMPRESSIBILITY FOR VOL. OCCUPYING COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8

*----COMPC(1) COMPC(2) COMPC(3) COMPC(7) COMPC(8)

2.814E-06 6.22321E-06 0. 0. 0.

CC

CC CONSTANT OR VARIABLE PC PARAM., WATER-WET OR OIL-WET PC CURVE FLAG

*----ICPC IEPC IOW

0 0 0

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETERS, CPC

*----CPC

0.

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETERS, EPC

*---- EPC

0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 1 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(1

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 2 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(11)

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 3 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(11)

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 1

*----ALPHAL(1) ALPHAT(1)

12. .4

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 2

*----ALPHAL(2) ALPHAT(2)

12. .4

CC

Page 131: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

131

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 3

*----ALPHAL(3) ALPHAT(3)

12. .4

cc

cc

*--- IADSO

0

CC

CC SURFACTANT AND POLYMER ADSORPTION PARAMETERS

*----AD31 AD32 B3D AD41 AD42 B4D iadk iads1 fads refk

1.516 0.0 1000. 2.47 0.0 100. 0 0 0 500

CC

CC PARAMETERS FOR CATION EXCHANGE OF CLAY AND SURFACTANT

CC

*----QV XKC XKS EQW

0.0 0. 0. 804.

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC WELL DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC flag for right and left boundary

*---- ibound IZONE

0 0

CC

CC TOTAL NUMBER OF WELLS, WELL RADIUS FLAG, FLAG FOR TIME OR COURANT NO.

*----NWELL IRO ITIME NWELR IFLAGN ISOLVER

2 2 1 2 0 0

CC

CC WELL ID,LOCATIONS,AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW JW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

1 36 10 1 0.292 0 4 3 3 0

CC

CC NUMBER OF PERFORATIONS

*---- NWBC

5

CC

CC WELL PERFORATIONS

*---- IWC JWC KWC

20 10 3

19 10 3

18 10 3

17 10 3

16 10 3

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

INJECTOR

CC

CC MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

Page 132: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

132

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 0.0 4310. 0.0 70629.33

CC

CC WELL ID, LOCATION, AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW KW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

2 26 17 2 0.292 0 4 2 2 0

CC

CC NUMBER OF PERFORATIONS

*---- NWBC

5

CC

CC WELL PERFORATIONS

*---- IWC JWC KWC

10 17 2

9 17 2

8 17 2

7 18 2

6 19 2

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

PRODUCER

CC

CC MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 3172. 4310. 0.0 70629.33

CC---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC INJECAO DE AGUA

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE(L=1,3)(SURFACTANT SLUG)

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC ID, TOTAL PRODUCTION RATE FOR PRESSURE CONSTRAINT WELL (IFLAG=2)

*----id PWF

2 3172.

CC PV times

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV OR DAY) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC INJ AGUA

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2 WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.0 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

CC

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

Page 133: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

133

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC PRE FLUSH

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.3 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC SP SLUG

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 0.98 0. 0.02 0.17 0.15 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP

Page 134: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

134

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.52 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC POLYMER DRIVE

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0.17 0.05 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP + PD

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

1.26 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

Page 135: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

135

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC AGUA COM SALINIDADE

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP + PD + AGUA

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

2 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

Page 136: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

136

ANEXO D – ARQUIVO DE ENTRADA DO UTCHEM UTILIZADO NO CAPÍTULO 4.4.2.

CC********************************************************************************************

CC *

CC BRIEF DESCRIPTION OF DATA SET : UTCHEM (VERSION 2013_8) *

CC *

CC********************************************************************************************

CC

CC********************************************************************************************

CC *

CC RESERVOIR DESCRIPTION *

CC *

CC********************************************************************************************

CC

CC

*----RUNNO

FILDSP

CC

CC

*----HEADER

FILDSP Field SP

surfactant polymer flooding

using UTCHEM2013_8

CC

CC SIMULATION FLAGS

*---- IMODE IMES IDISPC ICWM ICAP IREACT IBIO ICOORD ITREAC ITC IGAS ieng

1 2 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0

CC

CC NUMBER OF GRID BLOCKS AND FLAG SPECIFIES CONSTANT OR VARIABLE GRID SIZE

*----NX NY NZ IDXYZ IUNIT

31 21 3 0 0

CC

CC CONSTANT GRID BLOCK SIZE IN X, Y, AND Z

*----DX DY DZ

410 410 16

CC

CC TOTAL NO. OF COMPONENTS, NO. OF TRACERS, NO. OF GEL COMPONENTS

*----N no NTw nta ngc ng noth

6 0 0 0 0 0 0

cc

cc

*---- species name

water

oil

surf

polymer

anion

calcium

CC

CC FLAG INDICATING IF THE COMPONENT IS INCLUDED IN CALCULATIONS OR NOT

CC ICF(3)=1

*----ICF(KC) FOR KC=1,N

Page 137: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

137

1 1 1 1 1 1

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC OUTPUT OPTIONS *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC ICOPSM=0==>ECHO TO UNIT 2; ICUMTM=0==>PV PRINTING;istop=1==>PV SPEC

CC FLAG TO ECHO THE INPUT, FLAG TO WRITE TO UNIT 5, FLAG FOR PV OR DAYS

*----ICUMTM istop IOUTGMS IS3G

1 1 0 0

CC

CC FLAG INDICATING IF THE PROFILE OF KCTH COMPONENT SHOULD BE WRITTEN

CC IPRFLG(3)=1

*----IPRFLG(KC),KC=1,N

1 1 1 1 1 1

CC

CC FLAG FOR PRES,SAT.,TOTAL CONC.,TRACER CONC.,CAP.,GEL, ALKALINE PROFILES

*----IPPRES IPSAT IPCTOT IPBIO IPCAP IPGEL IPALK IPTEMP IPOBS IPATERN

1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

CC

CC FLAG FOR WRITING SEVERAL PROPERTIES

CC ICSE e ICNM 1

*----ICKL IVIS IPER ICNM ICSE IHYSTP IFOAMP INONEQ

1 1 1 1 1 0 0 0

CC

CC FLAG FOR WRITING SEVERAL PROPERTIES TO PROF

CC IPHSE = 1

*----IADS IVEL IRKF IPHSE ISCH

1 1 1 1 1

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC RESERVOIR PROPERTIES *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC MAX. SIMULATION TIME ( pore volume )

*---- TMAX

5.0

CC

CC ROCK COMPRESSIBILITY (1/PSI), STAND. PRESSURE(PSIA)

*----COMPR PSTAND

0 0

CC

CC FLAGS INDICATING CONSTANT OR VARIABLE POROSITY, X,Y,AND Z PERMEABILITY

*----IPOR1 IPERMX IPERMY IPERMZ IMOD ITRAZ INTG IACTNUM ICUTOFF

4 0 3 3 0 0 1 1 1

CC

CC CONSTANT X-PERMEABILITY (MILIDARCY) FOR LAYER K = 1,NZ

*----PERMX

Page 138: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

138

3800

CC

CC Y DIRECTION PERMEABILITY IS DEPENDENT ON X DIRECTION PERMEABILITY

*---- CONSTANT PERMEABILITY MULTIPLIER FOR Y DIRECTION PERMEABILITY

1

CC

CC Z DIRECTION PERMEABILITY IS DEPENDENT ON X DIRECTION PERMEABILITY

*---- CONSTANT PERMEABILITY MULTIPLIER FOR Z DIRECTION PERMEABILITY

0.00383

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE DEPTH, PRESSURE, WATER SATURATION

*----IDEPTH IPRESS ISWI ICWI

4 0 0 -1

CC

CC CONSTANT PRESSURE (PSIA)

*----PRESS1

3624.493

CC

CC CONSTANT INITIAL WATER SATURATION

*----SWI

0.15

CC PVMIN PERMXMIN PERMYMIN PORMIN

*----PVMIN PERMXMIN PERMYMIN PORMIN

2689 0 0 0

CC

CC CONSTANT CHLORIDE AND CALCIUM CONCENTRATIONS (MEQ/ML)

CC C50

*----C50 C60

1.08 0

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC PHYSICAL PROPERTY DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC OIL CONC. AT PLAIT POINT FOR TYPE II(+)AND TYPE II(-), CMC

CC EPSME =0.001

*---- C2PLC C2PRC EPSME IHAND

0. 1. .001 0

cc

cc

*---- IFGHBN

0

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC -

CC FOR ALCOHOL 1

*----HBNS70 HBNC70 HBNS71 HBNC71 HBNS72 HBNC72

0.0 0.045 0. 0.019 0. 0.045

CC SLOPE AND INTERCEPT OF BINODAL CURVE AT ZERO, OPT., AND 2XOPT SALINITY

CC FOR ALCOHOL 2

*----HBNS80 HBNC80 HBNS81 HBNC81 HBNS82 HBNC82

Page 139: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

139

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC LOWER AND UPPER EFFECTIVE SALINITY FOR ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

CC -

*----CSEL7 CSEU7 CSEL8 CSEU8

0.1003 0.1997 0. 0.

CC

CC THE CSE SLOPE PARAMETER FOR CALCIUM AND ALCOHOL 1 AND ALCOHOL 2

*----BETA6 BETA7 BETA8

0. 0. 0.

CC

CC FLAG FOR ALCOHOL PART. MODEL AND PARTITION COEFFICIENTS

*----IALC OPSK7O OPSK7S OPSK8O OPSK8S

0 0. 0. 0. 0.

CC

CC NO. OF ITERATIONS, AND TOLERANCE

*----NALMAX EPSALC

20 .0001

CC

CC ALCOHOL 1 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC7 AKWS7 AKM7 AK7 PT7

0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC ALCOHOL 2 PARTITIONING PARAMETERS IF IALC=1

*----AKWC8 AKWS8 AKM8 AK8 PT8

0. 0. 0. 0. 0.

cc

cc

cc -

*--- ift

1

CC

CC INTERFACIAL TENSION PARAMETERS

CC -

*----CHUH AHUH

0.3 10

CC

CC LOG10 OF OIL/WATER INTERFACIAL TENSION

CC

*----XIFTW

1.39

CC

CC mass transfer flag

*----imassa ICOR

0 0

cc

cc

*--- IWALT IWALF

0 0

CC

CC CAPILLARY DESATURATION PARAMETERS FOR PHASE 1, 2, AND 3

CC ITRAP = 1, T11 T22 T33

*----ITRAP T11 T22 T33

Page 140: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

140

2 1865 59000 364

CC

CC relative perm. flag (0:imbibition corey,1:first drainage corey

*----iperm Iregion

0 0

CC

CC FLAG FOR CONSTANT OR VARIABLE REL. PERM. PARAMETERS

*----ISRW IPRW IEW

0 0 0

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

CC

*----S1RWC S2RWC S3RWC

0.15 0.3 0.15

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RW P2RW P3RW

0.14 0.7 0.14

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1W E2W E3W

3 2.5 3

CC -

CC

CC CONSTANT RES. SATURATION OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----S1RC S2RC S3RC

0.0 0.0 0.0

CC

CC CONSTANT ENDPOINT REL. PERM. OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----P1RC P2RC P3RC

1 1 1

CC

CC CONSTANT REL. PERM. EXPONENT OF PHASES 1,2,AND 3 AT LOW CAPILLARY NO.

*----E1C E2C E3C

1 1 1

CC

CC WATER AND OIL VISCOSITY , RESERVOIR TEMPERATURE

*----VIS1 VIS2 TEMPV

0.56 10.75 0

CC

CC VISCOSITY PARAMETERS

*----ALPHA1 ALPHA2 ALPHA3 ALPHA4 ALPHA5

0.2 2.5 0.1 0.1 0.1

CC

CC PARAMETERS TO CALCULATE POLYMER VISCOSITY AT ZERO SHEAR RATE

*----AP1 AP2 AP3

37 37 4210

CC

CC PARAMETER TO COMPUTE CSEP,MIN. CSEP, AND SLOPE OF LOG VIS. VS. LOG CSEP

*----BETAP CSE1 SSLOPE

Page 141: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

141

1. .01 0.0

CC

CC PARAMETER FOR SHEAR RATE DEPENDENCE OF POLYMER VISCOSITY

*----GAMMAC GAMHF POWN IPMOD ISHEAR RWEFF GAMHF2 IGAMC

4 100 1.4 0 2 0.25 0 0

CC

CC FLAG FOR POLYMER PARTITIONING, PERM. REDUCTION PARAMETERS

*----IPOLYM EPHI3 EPHI4 BRK CRK RKCUT

1 1. 0.8 100. 0 1

CC

CC SPECIFIC WEIGHT FOR COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8 , AND GRAVITY FLAG

*----DEN1 DEN2 den23 DEN3 DEN7 DEN8 IDEN

.433 0.41 0.41 .433 .346 0. 2

CC

CC FLAG FOR CHOICE OF UNITS ( 0:BOTTOMHOLE CONDITION , 1: STOCK TANK)

*-----ISTB

0

CC

CC COMPRESSIBILITY FOR VOL. OCCUPYING COMPONENTS 1,2,3,7,AND 8

*----COMPC(1) COMPC(2) COMPC(3) COMPC(7) COMPC(8)

2.814E-06 6.22321E-06 0. 0. 0.

CC

CC CONSTANT OR VARIABLE PC PARAM., WATER-WET OR OIL-WET PC CURVE FLAG

*----ICPC IEPC IOW

0 0 0

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETERS, CPC

*----CPC

0.

CC

CC CAPILLARY PRESSURE PARAMETERS, EPC

*---- EPC

0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 1 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(1

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 2 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(11)

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC MOLECULAR DIFFUSIVITY OF KCTH COMPONENT IN PHASE 3 (D(KC),KC=1,N)

*----D(1) D(2) D(3) D(4) D(5) D(6) D(7) D(8) D(9) D(10) D(11)

0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 1

*----ALPHAL(1) ALPHAT(1)

12. .4

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 2

*----ALPHAL(2) ALPHAT(2)

12. .4

Page 142: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

142

CC

CC LONGITUDINAL AND TRANSVERSE DISPERSIVITY OF PHASE 3

*----ALPHAL(3) ALPHAT(3)

12. .4

cc

cc

*--- IADSO

0

CC

CC SURFACTANT AND POLYMER ADSORPTION PARAMETERS

*----AD31 AD32 B3D AD41 AD42 B4D iadk iads1 fads refk

1.516 0.0 1000. 2.47 0.0 100. 0 0 0 500

CC

CC PARAMETERS FOR CATION EXCHANGE OF CLAY AND SURFACTANT

CC

*----QV XKC XKS EQW

0.0 0. 0. 804.

CC

CC*******************************************************************

CC *

CC WELL DATA *

CC *

CC*******************************************************************

CC

CC

CC flag for right and left boundary

*---- ibound IZONE

0 0

CC

CC TOTAL NUMBER OF WELLS, WELL RADIUS FLAG, FLAG FOR TIME OR COURANT NO.

*----NWELL IRO ITIME NWELR IFLAGN ISOLVER

2 2 1 2 0 0

CC

CC WELL ID,LOCATIONS,AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW JW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

1 36 10 1 0.292 0 4 3 3 0

CC

CC NUMBER OF PERFORATIONS

*---- NWBC

5

CC

CC WELL PERFORATIONS

*---- IWC JWC KWC

20 10 3

19 10 3

18 10 3

17 10 3

16 10 3

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

INJECTOR

CC

Page 143: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

143

CC MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

1 0.0 5500. 0.0 70629.33

CC

CC WELL ID, LOCATION, AND FLAG FOR SPECIFYING WELL TYPE, WELL RADIUS, SKIN

*----IDW IW KW IFLAG RW SWELL IDIR IFIRST ILAST IPRF

2 26 17 2 0.292 0 4 2 2 0

CC

CC NUMBER OF PERFORATIONS

*---- NWBC

5

CC

CC WELL PERFORATIONS

*---- IWC JWC KWC

10 17 2

9 17 2

8 17 2

7 18 2

6 19 2

CC

CC WELL NAME

*---- WELNAM

PRODUCER

CC

CC MAX. AND MIN. ALLOWABLE BOTTOMHOLE PRESSURE AND RATE

*----ICHEK PWFMIN PWFMAX QTMIN QTMAX

0 3172. 4310. 0.0 70629.33

CC---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC INJECAO DE AGUA

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE(L=1,3)(SURFACTANT SLUG)

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC ID, TOTAL PRODUCTION RATE FOR PRESSURE CONSTRAINT WELL (IFLAG=2)

*----id PWF

2 3172.

CC PV times

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV OR DAY) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC INJ AGUA

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2 WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.0 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

CC

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

Page 144: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

144

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC PRE FLUSH

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.3 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC SP SLUG

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 0.98 0. 0.02 0.17 0.15 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

Page 145: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

145

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

0.52 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC POLYMER DRIVE

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0.17 0.05 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP + PD

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

1.26 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001

C

CC

*--- IBMOD

0

CC34567890---------2---------3---------4---------5---------6---------7---------8

CC IRO, ITIME, NEW FLAGS FOR ALL THE WELLS (POLYMER DRIVE)

*---- IRO ITIME IFLAG

2 1 1 2

CC

CC NUMBER OF WELLS changes IN LOCATION OR SKIN OR PWF

*----NWEL1

0

Page 146: MODELAGEM DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO …epqb.eq.ufrj.br/download/...petroleo-pelo-metodo-surfactante-polime… · Surfactantes. 4. Polímeros. I. Seidl, Peter Rudolf,

146

CC

CC NUMBER OF WELLS WITH RATE changes, id

*----NWEL1 Id

1 1

CC

CC id,INJ. RATE AND INJ. COMP. FOR RATE CONS. WELLS FOR EACH PHASE (L=1,3)

CC AGUA COM SALINIDADE

*----id QI(M,L) C(M,KC,L)

1 70629.33 1. 0. 0. 0. 0.51 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

1 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

CC

CC CUM. INJ. TIME , AND INTERVALS (PV) FOR WRITING TO OUTPUT FILES

CC TINJ = AGUA + PREFLUSH + SP + PD + AGUA

*----TINJ CUMPR1 CUMHI2(SUMARY) WRHPV(HIST) WRPRF(PLOT) RSTC

2 0.2 0.2 0.01 0.1 2.5

CC

CC FOR IMES=2 ,THE INI. TIME STEP,CONC. TOLERANCE,MAX.,MIN. time steps

CC CNMIN

*----DT DCLIM CNMAX CNMIN

0.000001 0.002 0.1 0.0001