24
Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Estruturas MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introdução Profa. Dra. Maria Betânia de Oliveira [email protected] mboufrj.weebly.com

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

  • Upload
    others

  • View
    6

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Departamento de Estruturas

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS

Aula 01: Introdução

Profa. Dra. Maria Betânia de Oliveira

[email protected]

mboufrj.weebly.com

Page 2: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Objetivos

Entendimento do Plano de Disciplina e da Conceituação Inicial sobre a Modelagem dos Sistemas Estruturais (MSE)

Metodologia Apresentação e discussões sobre o tema da aula.

Atividade Discente Participar da aula e estudar os assuntos abordados.

Aula 1

Plano da Disciplina Conceituação Inicial sobre a Modelagem dos Sistemas Estruturais (MSE)

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 3: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Disciplina: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Código: FAE110 No de aulas semanais: 3 aulas Carga Horária: 45 h EMENTA: Análise qualitativa do comportamento de barras, lâminas, blocos e diversos sistemas estruturais, através do contato com modelos. Noções intuitivas de equilíbrio, vínculos e graus de liberdade; solicitações, tensões, deformações; comportamento elástico dos materiais; isotropia e anisotropia; estabilidade e instabilidade. Evolução histórica dos sistemas estruturais. Pesquisa de formas estruturais por processos de livre avaliação. Noções de rigidez pela forma. Observação de soluções da natureza.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 4: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Objetivos da Disciplina

Apresentar ao aluno a importância do conhecimento de Sistemas

Estruturas para a formação do Arquiteto Urbanista.

Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

equilíbrio, das tensões e das deformações das estruturas.

Viabilizar o estudo qualitativo do comportamento estrutural através

da confecção e observação de modelos físicos.

Proporcionar ao aluno o entendimento das evoluções, inovações e

tendências dos sistemas estruturais.

Habilitar o aluno para o estudo das disciplinas subsequentes

da área de estruturas.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 5: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Metodologia de Ensino

Recuperação

Exposições teóricas sobre os assuntos, elaboração de modelos físicos e

análise qualitativa de estruturas através da observação dos modelos.

Critério de Avaliação P – nota prova escrita, valor igual a 2 pontos → 17/05 e 20/05/2016

T1 – nota trabalho individual, valor igual a 2 pontos

T2 – nota trabalho individual, valor igual a 3 pontos

Pg – nota em projeto em grupo, valor igual a 3 pontos → 19/07 e 22/07/2016

Média do Semestre, Ms = P+Ti+Pg

Se Ms ≥ 7,0 → aprovado por nota

Se 3,0 ≤ Ms < 7,0 → prova final

Se Ms < 3,0 → reprovado por nota

Pf – nota na prova final → 05/08/2016

Média Final, Mf = (Ms+Pf) / 2

Se Mf ≥ 5,0 → aprovado por nota

Se Mf <5,0 → reprovado por nota Frequência Nf – número de faltas

Nf > 11horas (3 semanas) → reprovado por frequência

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 6: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Estrutura - parte da edificação responsável por sua sustentação.

Estrutura como edificação

subtraída dos elementos de

função não estrutural.

Estrutura - conjunto de elementos que viabilizam a criação do espaço útil de

uma edificação.

O que é Estrutura?

MAM Rio de Janeiro

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 7: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Esquema estrutural do Anhembi, São Paulo, SP

Esquema estrutural do Masp, São Paulo, SP

Estrutura como caminho das forças

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 8: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

O que é Sistema?

Problema, r

Subproblema, a

Subproblema, b

Subproblema, c a b c r

Se o problema a ser resolvido pudesse ser reduzido a um conjunto de subproblemas independentes, então a solução para o todo não era nada mais que a soma das soluções para as suas partes.

Reducionismo: todas as coisas e, ainda, o conhecimento e experiência sobre

elas, podem ser reduzidos, decompostos ou desmontados até os elementos

finais, partes individuais.

Abordagem Linear

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 9: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

© 2009 Maria Betânia de Oliveira

Um Sistema é um conjunto de elementos

interrelacionados de qualquer espécie, por

exemplo, conceitos, objetos ou pessoas.

Expansionismo: todas as coisas e, ainda, o conhecimento e experiência sobre

elas, são partes de TODOS maiores.

O expansionismo transfere a atenção dos elementos finais, para o todo com partes interrelacionadas, em suma para os SISTEMAS.

Pensamento Sistêmico

Estrutura ou Sistema Estrutural Estrutura, ou Sistema Estrutural, é o conjunto

de elementos estruturais que interagem para

suportar as ações com segurança.

O que é Sistema?

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 10: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

O que é Modelagem?

Define-se por Modelo a representação simplificada

de algum fenômeno do mundo real.

O Modelo facilita a compreensão de relações

complexas.

Modelagem é ato ou efeito de modelar – produzir

modelos.

A modelagem dos Sistemas Estruturais consiste da elaboração

de modelos que podem ser físicos ou matemáticos.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 11: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Definição do Modelo Estrutural de uma Cobertura Pneumática (OLIVEIRA, 2001).

p

ag

Modelos Numéricos A utilização de modelagem matemática possibilita uma análise estrutural

quantitativa, a qual é importante para a determinação de formas estruturais não

usuais e precisas.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 12: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Exemplos de modelos físicos empregados na definição da forma inicial de uma

estrutura de membrana.

Tecido esticado Bolhas de sabão

Modelos Físicos

A utilização de modelos físicos facilita o entendimento do comportamento

estrutural através da visualização dos fenômenos estruturais.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 13: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Exemplos de modelos físicos de Sistemas Estruturais de projetos/construções existentes.

Cobertura do Pavilhão de São Cristóvão, Pilar do Palácio do Trabalho de Turim, Casa das Histórias Paula

Rego, Casca na sede do Partido Comunista Francês em Paris, Edifício da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo da UFRJ, Cúpula do Panteão em Roma, Pórtico e cobertura na Praça do Patriarca e Villa

Savoye ─ elaborados pelos alunos de MSE/FAU/UFRJ no segundo semestre de 2013.

Page 14: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Modelo físico de pórtico deformado devido a aplicação de força concentrada no

primeiro tramo, modelo estrutural equivalente e, ainda, estrutura deformada resultante

da análise numérica do modelo estrutural equivalente ─ elaborado pelo monitor de

MSE/FAU/UFRJ em 2014.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 15: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Por que estudar MSE?

Construção de uma Edificação

Projeto

(Design) Fundações Estrutura

Sistemas Prediais

Acabamento

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 16: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Por que estudar MSE?

Anel de Compressão

Adaptação ENADE 2005

Maria Betânia de Oliveira 2015.1

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 17: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

A concepção da estrutura é anterior ao seu dimensionamento, ou

seja , a sua quantificação.

Conceber a estrutura é

ter consciência da possibilidade da sua existência;

perceber a sua relação com o espaço gerado;

perceber o sistema ou sistemas capazes de transmitir as cargas ao solo, da forma mais natural;

identificar os materiais que, de maneira mais adequada, se adaptam a esses sistemas.

O que é Concepção Estrutural?

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 18: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Concepção Estrutural

A concepção da estrutura não é aleatória.

A concepção estrutural depende de diversas variáveis:

Solução estrutural original

é o resultado de profundo e amplo conhecimento e de muitas tentativas.

Funcionalidade/ Estabilidade/ Resistência/

Custos/ Estética/ Possibilidades Técnicas

INFLUENCIA NA RESISTÊNCIA

INFLUENCIA NOS ESPAÇOS

INFLUENCIA NOS SENTIDOS HUMANOS

Forma da estrutura

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 19: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

A mais fácil de construir? A mais bonita? A mais econômica?

É necessário estabelecer uma hierarquia de quesitos.

Qual a melhor forma estrutural?

Piazza Navona, Roma.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 20: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Potencial de influência no custo final de um empreendimento

de edifício e suas fases.

Na fase de projeto, cerca de 90% do seu custo final é comprometido,

embora ainda somente uma pequena parte deste custo tenha sido

efetivamente incorrida.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 21: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

A solução da forma estrutural deve permitir o encontro entre Arquitetura e Estrutura.

Qual a melhor forma estrutural?

"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o

propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e

visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e

expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis

problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do projeto até a

conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final

de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo,

preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou

impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no

que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois

valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade

última da obra idealizada.“

Lúcio Costa (1902-1998)

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 22: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Não se pode imaginar

uma FORMA que não

necessite de uma

ESTRUTURA

Não se pode imaginar

uma ESTRUTURA que

não necessite de uma

FORMA

FORMA e

ESTRUTURA nascem

juntas!

Quem cria a forma cria a estrutura.

Quem concebe a estrutura?

PAES & CRESPO (2012)

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 23: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Exercício da Aula 1

Exercício 1.1 Caminhe pela cidade do Rio de Janeiro e tire fotos de estruturas. Monte um painel A4 com algumas destas fotos e um parágrafo descritivo.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1

Page 24: MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 01: Introduçãomboufrj.weebly.com/uploads/1/9/8/6/19867115/01mse2016.pdf · Fornecer ao aluno as bases necessárias para o entendimento do

Bibliografia da Aula 1

REBELLO, Y.C.P. A Concepção Estrutural e a Arquitetura. Zigurate Editora, 2001.

SÁLES, J.J. et al . Sistemas Estruturais: teoria e exemplos. São Carlos:

SET/EESC/USP, 2005. ISBN: 85-85205-54-7.

SARAMAGO, R.C.P. Ensino de estruturas nas escolas de arquitetura do Brasil.

Dissertação (Mestrado em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia) - Escola de

Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.

Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18141/tde-31052011-

101630/>. Acesso em: 2014-02-19.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2016.1