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NOVO MODELO DE GESTÃOINTEGRADA DO TRABALHO
PRESENCIAL E REMOTO
RESOLUÇÃO 677/2020
ABRIL, 2020
Modelo de gestão integrada do
trabalho no Supremo Tribunal Federal
Abril, 2020
SECRETARIA DO TRIBUNAL
Assessoria de Administração
Secretaria de Gestão de Pessoas
Secretaria de Tecnologia da Informação
1
Presidente
Ministro DIAS TOFFOLI
Gabinete da Presidência
Chefe de Gabinete da Presidência Sergio Braune Solon de Pontes
Secretaria-Geral da Presidência
Secretária-Geral da Presidência Daiane Nogueira de Lira
Secretaria do Tribunal
Diretor-Geral Eduardo Silva Toledo
Assessoria de Administração
Assessor-Chefe Frederico Lobo de Oliveira
Assessora Karina Yoshimura Alvarenga
Assessor Ronaldo Moreth
Secretaria de Gestão de Pessoas
Secretária Alda Mitie Kamada
Assessor Fabiano Alcântara Parente Farias
Secretaria de Tecnologia da Informação
Secretário Edmundo Veras dos Santos Filho
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APRESENTAÇÃO
Vivemos um momento de crise mundial na saúde, em razão da propagação da Covid-19.
As políticas de contenção da pandemia, com a redução de circulação de pessoas, têm
imposto adaptações e mudanças rápidas no que diz respeito as interações sociais, seja
no contexto público ou privado.
Em alguma medida, nos adaptamos muito rápido em razão da tecnologia disponível e da
transformação social que já estava em curso desde a última década.
De fato, já de longa data a sociedade interage por meio de redes sociais, realiza compras
em lojas virtuais, faz operações bancárias em aplicativos, consulta banco de dados
públicos e extrai informações remotamente, solicita serviços, peticiona processos e
apresenta demandas aos órgãos de governo de forma eletrônica, tudo isso se valendo da
tecnologia.
É seguro afirmar que já há algum tempo que também se observa a tendência de
transformação no mundo do trabalho, seja nas empresas privadas ou nos órgãos
governamentais, com um maior número de profissionais em trabalho remoto ou outras
formas flexíveis.
A necessidade de distanciamento social agora vem acelerar ainda mais essa mudança,
com a intensa ampliação do uso das ferramentas de videoconferência, de gerenciamento
compartilhado de documentos e das redes sociais corporativas, o que tem viabilizado a
continuidade do trabalho nas diversas organizações.
O Supremo Tribunal Federal, em razão da pandemia, publicou as Portarias GDG nº 73 e
nº 75, ambas de 16 de março de 2020, para permitir que os servidores ingressassem
imediatamente em trabalho remoto, sem embaraços, valendo-se do controle gerencial.
Até então, o seu modelo de trabalho remoto estava mantido pela Resolução nº 621, de
29 de outubro de 2018.
Diante do momento atual, a tendência em todo o mundo e no Supremo Tribunal Federal
é de se ampliar um maior contingente de pessoas trabalhando remotamente. No STF, a
mudança já era observada antes da crise atual. A Resolução 621/2018 permitiu que até
40% da força de trabalho atuasse nessa modalidade. Hoje já se observa maior consenso
no sentido de que a produção de natureza informacional pode se dar sem a necessidade
de presença física, valendo-se da definição de metas e resultados, e de interações online
entre os membros das equipes e entre diferentes equipes, com o uso de ferramentas de
colaboração e comunicação.
Isso leva a uma reflexão maior sobre o prosseguimento do trabalho e de sua forma
de funcionamento no Supremo Tribunal Federal, com o desafio de promover a
integração entre o trabalho exercido de forma presencial ou remota.
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Quais seriam as tendências de agora em diante, pós-crise, em relação ao trabalho? A
mudança de cultura que se observa no momento, ainda que forçada por um contexto
externo, mostra-se útil ao processo de transformação digital no trabalho.
É nesse sentido que surgem novas reflexões, se repensa e se revisita o modelo de trabalho
de que dispomos, e se busca a integração com o trabalho presencial, em uma visão
unificadora.
TRABALHO, PRODUTIVIDADE E GARANTIA À SOCIEDADE
No contexto público, sempre foi um desafio a implementação do trabalho remoto, no que
tange a se compatibilizar as exigências legais, por exemplo, os princípios e requisitos
gerais impostos ao servidor público pela Lei 8112/90, com as novas dinâmicas de trabalho
virtuais.
A questão é que, independente das mudanças ocorridas, a sociedade brasileira precisa
ter garantias de probidade e de responsabilidade por parte do servidor público, ou seja,
de que ele realmente exerce o seu trabalho, em esforço e volume, no mínimo, tal qual o
faria presencialmente.
A jornada diária combinada com a presença física e o controle gerencial, no contexto da
Lei 8112/90, oferecia essa garantia. Como então seria possível garantir isso a sociedade
agora, em tempos de equipes virtuais, com a integração de trabalhadores presenciais
e remotos?
De início, a título de garantia, muitos órgãos e o próprio Supremo Tribunal Federal
entendeu que seria necessário estipular metas mais exigentes aos servidores em trabalho
remoto, comparativamente aos que exerciam suas atividades presencialmente.
Sendo esse desempenho superior, seria uma forma de se garantir à sociedade que nada
estaria sendo perdido; ao contrário, os resultados institucionais seriam aprimorados.
Isso ainda se mostra uma boa medida para determinados tipos de trabalho, porém, numa
situação em que se amplia de forma massiva a realização de trabalho remoto, alguns
entraves podem surgir. Seria esse o único modelo possível para fazer com que uma
organização pública intensifique a virtualização do trabalho, entregue resultados de
excelência e exerça o controle do desempenho dos seus servidores?
Diante da pandemia e da necessidade forçada de virtualização das atividades, e a
partir de reflexões sobre as formas de exercício do trabalho em diversas organizações
no mundo, trazemos uma nova discussão sobre esse tema, para propor melhorias e
desenhar novos cenários que possam consolidar a modernização do trabalho no âmbito
do Supremo Tribunal Federal.
Vamos então resumir os desafios postos, em poucas palavras: trata-se de garantir à
sociedade brasileira que os servidores do Supremo Tribunal Federal, independente da
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modalidade de trabalho, estão de fato entregando resultados e que as lideranças do
tribunal sejam facilitadoras desse processo, promovendo a gestão integrada do trabalho
entre membros de equipes mistas.
GARANTIA DE RESULTADOS: UMA REFLEXÃO SOBRE OS TIPOS DE
CONTROLE NOS PROCESSOS PRODUTIVOS
Nesse contexto, vamos agora discutir sobre processo produtivo em geral, e trazer alguns
de seus princípios, que nos inspiram a repensar o trabalho no STF.
Em qualquer sistema produtivo, tem-se a entrada de insumos, a realização de
procedimentos (aqui devemos considerar o trabalho) e a saída na forma de produtos ou
serviços.
Da gestão da qualidade, e pensando em sistemas produtivos, devemos considerar a
aplicação de diferentes formas de controle que são exercidos durante o processo para
garantir que, ao final, os resultados obtidos estão conformes, e mais: que são dotados de
qualidade.
Assim, vamos descrever dois tipos de controle de produção. O controle por processos e
o controle da qualidade do produto.
Não se tratam de controles antagônicos; sempre que possível e viável, é importante que
ambos sejam realizados para assegurar a qualidade e o resultado final. Ocorre, no
entanto, que às vezes não é possível exercer o controle do tipo “produto a produto”, seja
pela natureza do que se produz ou pelo volume da produção.
Nesses casos, prioriza-se o controle do processo, ou seja, busca-se estabelecer a melhor
definição de procedimentos, o "como é feito", para que ao final se obtenha os resultados
desejados.
Assim, consiste em definir, planejar e executar uma sequência de atividades e de
procedimentos que, uma vez cumpridos em absoluta conformidade ao previamente
estabelecido, gera uma expectativa elevada de que a saída (de produtos/resultados)
estão conformes ao final da cadeia produtiva, ainda que não seja possível avaliar cada
produto resultante.
Aqui a espécie de garantia da qualidade vem da conformidade do processo,
desempenhado da forma prescrita, com eficácia e eficiência. Ao fim, para verificação dos
resultados, utilizam-se controles mais abrangentes, por exemplo, retira-se uma amostra
dos resultados para avaliar a conformidade, não sendo necessário aferir cada produto.
Já o controle de qualidade por produto é uma outra forma de avaliar o trabalho
empreendido e o valor agregado durante a produção.
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Por produto, aqui devemos entender o sentido geral do termo, sendo esse o resultado
obtido após a realização do processo (trabalho), e que se apresenta na forma de “serviço
entregue” ou produto pronto.
Nesse tipo de controle, a verificação dos atributos presentes no produto obtido confirma
ou não se os resultados são satisfatórios. Sob essa perspectiva, não interessa muito aqui
verificar de que forma foi feito, desde que o produto detenha ao final as características
esperadas e que essas sejam verificáveis.
COMO ESSES PRINCÍPIOS SE APLICAM À REALIZAÇÃO DO TRABALHO
Atualmente, no que diz respeito ao trabalho remoto, o que se tem feito é um controle das
entregas finais, ou seja, em analogia ao tópico anterior, trata-se de um controle por
produtos. Isso porque o que se destaca na verificação do trabalho do servidor são as
entregas finais, considerando-se a qualidade e o prazo estipulados.
Esse tipo de controle é mais fácil de se implementar quando temos entregas
individualizáveis, frequentes e que se caracterizam pela regularidade. Ainda que cada
produto seja único, nesse caso existe uma natureza geral do processo que o torna regular
e facilita a verificação do desempenho individual.
Nesse tipo de atividade, é possível identificar com clareza a participação do trabalhador
no processo produtivo, as suas entregas, excluindo-se as eventuais ineficiências que não
têm relação com o desempenho individual. Uma vez excluídas, todo o resultado
produzido é imputado ao trabalhador, e torna-se simples constatar a sua
responsabilidade individual e a participação na entrega final.
É preciso reconhecer, no entanto, a dificuldade atual em se estabelecer, de forma
imediata e massiva para a quase totalidade do Tribunal e para todos os tipos de atividade,
um controle por metas individualizadas e dimensionadas de forma responsável,
considerando-se critérios técnicos como a série histórica, a estimação de duração/prazo
com base em registros confiáveis, entre outros parâmetros.
Ainda que, sob o paradigma da racionalidade na Administração Pública esse modelo de
avaliação ainda prevaleça, seria esse o único modo, ou o melhor jeito, de se afirmar que
houve trabalho realizado de forma satisfatória?
A capacidade (ou incapacidade) de entregar resultados, avaliada por metas
quantificáveis, não é parâmetro absoluto a permitir que se conclua, de forma taxativa, que
o desempenho foi ruim ou que não se trabalhou. É que os resultados avaliados com base
exclusivamente em entregas quantificáveis têm influência de outras variáveis, que
decorrem da eficiência/ineficiência do processo e dos recursos disponíveis.
Assim, a eventual deficiência de entregas/resultados pode decorrer tanto da inadequação
do desempenho individual, mas também de problemas ou ineficiências no processo
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produtivo. De antemão, não é possível atribuir causalidade direta ao trabalhador sem
incorrer em possíveis injustiças.
Quando não se alcança o desempenho, especialmente se avaliado exclusivamente por
metas quantitativas, é preciso verificar o impacto dessas variáveis (p. ex., ferramentas e
métodos disponíveis, eventos externos, nível de conhecimento, e outros) que levaram a
uma deficiência nas entregas, mas não é possível afirmar que o servidor não trabalhou.
Portanto, seria impreciso ou precipitado afirmar que “quem não entrega, não trabalha”;
talvez seja possível inferir o contrário, que “quem não trabalha, não entrega”.
Nesse sentido, restringir que o trabalho tenha por mensuração única a apresentação de
quantificáveis individualizados por desempenho, e em percentual superior,
consubstanciou embaraços a sua ampliação.
Nessa perspectiva, adicione-se ainda a dificuldade em se evidenciar o valor agregado,
em nível individual e em etapas intermediárias do processo de trabalho, especialmente
nas atividades orientadas à produção de informação e do conhecimento.
Nesse caso, o trabalho é permeado por entregas “intangíveis” e muitas vezes somente é
observável pelo gestor ou pela equipe em que o servidor atua.
Nesse sentido, ainda que de forma imperfeita, e ainda que baseado em impressões
subjetivas, os comportamentos externalizados e observáveis pelo gestor e pela própria
equipe permitem inferir com mais precisão se houve trabalho por parte do servidor e o
grau de empenho envolvidos.
O controle social exercido pelo grupo pode ser mais eficaz do que a perspectiva de
resultados orientados por metas quantificáveis, sob o paradigma racional. O que
estamos a trazer, portanto, é uma perspectiva que se mantém orientada a resultados,
sob a luz de um paradigma sociológico do trabalho.
É nesse contexto que trazemos ainda à luz novas reflexões sobre a natureza do trabalho
no século XXI.
Na era do conhecimento, da informação, fala-se muito dos valores agregados
“intangíveis”. Alguns processos de trabalho consistem basicamente em produzir
informação e conhecimento, não sendo totalmente transpostos para os produtos finais, e
nem sempre os produtos intermediários são materializados.
Para fins didáticos, e a título de ilustração, vamos considerar o processo de elaboração e
revisão de atos normativos da Assessoria de Administração do STF.
No processo de elaboração de normas, o produto final sempre será uma “norma
entregue”.
Eventualmente, levam-se alguns meses para que ela chegue a um produto final, que pode
ter de duas a dez páginas de dispositivos, por exemplo. Como especificar o grau de
esforço/trabalho que foi necessário à equipe em sua consecução?
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Nessa atividade, o esforço não consiste meramente em redigir textos legislativos. São
feitos estudos, levantamentos e análises sobre as implicações do que se regula, bem
como os impactos de sua implementação e outros produtos intermediários intangíveis.
Em termos de entrega, os aspectos pertinentes já são incluídos diretamente nos
dispositivos, são fruto de conhecimento gerado; e os não pertinentes, que tiveram ainda
assim esforço de análise, são descartados, mas também com base em conhecimento.
Esses esforços de trabalho ficam invisíveis, pois não compõem metas e consistem em
trabalho.
A única forma de atestar essa realização é pelo controle gerencial, e de forma
complementar, pela observação dos pares.
Nesse caso ilustrado, o gestor do processo negocia com o servidor o que precisa ser feito,
os requisitos da atividade, mas que podem resultar, inclusive, na desistência ou não do
empreendimento. De toda forma, foi necessário esforço e desempenho de ordem
intelectual, informacional, do conhecimento e intangível, e certamente houve trabalho
realizado, ainda que a entrega, nesse caso, seja até a desistência de um projeto.
Nas áreas administrativas, cujas rotinas foram muito impactadas pela era da informação e
do conhecimento, nem todos os trabalhos envolvidos são facilmente apurados, pelas
razões apontadas.
As atividades mais operacionais e que requerem pouco esforço cognitivo são cada vez
mais substituídas por sistemas automatizados que realizam boa parte do trabalho ou a
sua totalidade.
Nesse caso, surgem dificuldades para adoção do modelo de garantia de produção, do
tipo “produto entregue”, como em um chão de fábrica.
Isso se deve simplesmente ao fato de que essas Unidades produzem trabalho na forma
de informações e conhecimento, muito mais do que com produtos individualizados,
atomizados. Até seria possível buscar mensurar o conhecimento ou as informações
geradas no meio do caminho, criando-se produtos intermediários a título de controle do
desempenho do servidor, mas o “controle pelo controle” consiste em mera ineficiência.
Foi isso mesmo que levou a falência de alguns sistemas de gestão da qualidade, eis que
a busca de garantia com a criação de etapas desnecessárias e controles excessivos gerava
custos mais elevados do que simplesmente deixar de fazê-los.
PROCESSO DE TRABALHO INTEGRADO, COM ACOMPANHAMENTO
GERENCIAL E PROCEDIMENTOS PRÉ-ESTABELECIDOS
Frente a essas reflexões, volta-se ao ponto de que a principal solução para a expansão do
trabalho remoto de forma integrada ao trabalho presencial permanece sendo a atuação
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gerencial, virtual ou não, combinada com procedimentos e acompanhamento do
desempenho e dos resultados gerais alcançados por uma equipe e por seus membros.
As questões relacionadas ao desempenho individual e suas métricas seguem os
procedimentos de avaliação de desempenho próprios à Administração Pública, e não
sofrem prejuízos ao se trazer essa perspectiva.
Feita essa reflexão, o que se busca é garantir que as atividades produzidas por servidores
no âmbito do Supremo Tribunal Federal sigam um modelo de aplicação simples e prático,
efetivo e eficiente, e comum às diferentes modalidades de trabalho.
Este modelo é baseado em resultados, porém, é mediado pela atuação dos gestores
das equipes, de “lideranças virtuais”. A verificação do trabalho é consistente e se dá
não apenas em razão das entregas, mas dos comportamentos observáveis nas
interações frequentes com gestor e com os membros das equipes; tudo isso mediado
pelo uso intensivo de ferramentas de colaboração e comunicação online, a integrar
membros que atuam de forma presencial ou remota.
Isso é muito mais comum do que se supõe nas empresas em geral e principalmente nas
empresas que trabalham com tecnologia. Com entregas amplas definidas para as
equipes, ferramentas de interação, ferramentas de controle com “gestão à vista” (kanban)
e acompanhamento gerencial, não há dúvida de que seja possível verificar que o trabalho
aconteceu, e o esforço, empenho e responsabilidade foram empreendidos.
Nesse modelo, a forma de atestar que o trabalho está acontecendo é pelos resultados
gerais da equipe e pela verificação do próprio gestor, no sentido de que os membros
individualmente estão atendendo aos requisitos do trabalho, por meio de participação,
interação, de entregas intermediárias, tangíveis ou intangíveis, e de entregas finais.
Para viabilizar isso, pretende-se a implementação estruturada de um modelo que será
construído com requisitos para implementação de trabalho diferenciado nas
unidades administrativas.
O modelo é desenhado de forma flexível e adaptável às diferentes realidades,
basicamente dando-lhe o contorno necessário para que o gestor da equipe tenha um
direcionamento básico para estabelecer a rotina de trabalho remoto de forma integrada
ao presencial, com gestão à vista e com o acompanhamento do desempenho de seus
integrantes, e da evolução do trabalho em determinado período de tempo.
Tal qual um modelo de excelência ou um sistema ISO, para isso serão definidos requisitos
específicos para implementação do Modelo de Gestão Integrada do Trabalho no
Supremo Tribunal Federal.
Os sistemas de gestão, aqui entendidos como modelos definidos de procedimentos e
organização, são muito úteis para garantir que os processos desempenhados são
conformes e geram expectativa de produtos/resultados também com conformidade.
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O gestor da equipe e seus membros terão que adotar determinados procedimentos
cotidianos, com o uso de ferramentas tecnológicas e entregas regulares, para demonstrar
e garantir que o trabalho realizado não seria distinto daquele realizado presencialmente.
Assim, criamos um modelo de referência sistematizado, para estabelecer os elementos
fundamentais a serem cumpridos na rotina de trabalho e que, uma vez que se possa aferir
a continuidade do seu cumprimento e da sua implementação, possam ser atestados.
Esse atesto é, portanto, ao mesmo tempo evidência objetiva de que os pressupostos de
trabalho são atendidos e de que seus resultados são controlados e geridos.
É uma forma de assegurar à sociedade que o trabalho obedece a padrões de controle e
realização, e que há evidências contundentes de produtividade, responsabilidade e
transparência.
Com base em práticas adotadas pelas mais variadas empresas e organizações, o que se
pretende adotar são aquelas mais consensuais e, ao mesmo tempo, que se mostram de
grande valor para a concretização do trabalho tanto presencial, quanto remoto.
REQUISITOS DO MODELO DE TRABALHO POR ACOMPANHAMENTO
GERENCIAL E USO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS
O modelo de trabalho se aplica a todas as atividades realizadas por servidores que atuam
de forma presencial ou remota e devem atentar aos requisitos elencados a seguir, em
consonância à Resolução nº 677 de 29 de abril de 2020 (anexo).
As definições são baseadas em acompanhamento gerencial, sob os princípios do que se
espera de uma “liderança virtual” empreendedora, orientada a resultados, que atue de
forma sinérgica, colaborativa e integrada a sua equipe, e que promova a aprendizagem.
1. ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
1.1. Planejamento estratégico
1.1.1. As unidades e as respectivas equipes
realizarão iniciativas, projetos e atividades
alinhados com o Plano Estratégico do STF.
1.2. Prioridades estratégicas da alta administração
1.2.1. As unidades e as respectivas equipes
deverão observar, além do Plano
Estratégico, as diretrizes e orientações da
Alta Administração para a priorização do
trabalho.
1.3. Os gestores de linha intermediária farão a comunicação com os gestores de
processos, quanto às prioridades e aos resultados esperados para determinado
período de tempo.
Imagem: zanetticoaching.com
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2. PLANEJAMENTO
2.1. O gestor da equipe deverá definir ciclos para
realização de um conjunto de iniciativas e atividades, que
pode ou não coincidir com o mês (2 a 4 semanas).
2.2. O gestor da equipe com o apoio de seus integrantes
fará reunião de planejamento anterior ao ciclo, e definirão o
conjunto de atividades que serão feitos no período (podem
Imagem: freepik.com ser etapas de projetos, iniciativas ou processos de trabalho),
considerando os itens 1.1., 1.2. e 1.3.
2.3. O gestor da equipe deverá, com a
participação da equipe, definir e orientar
quanto às entregas esperadas durante o
ciclo, considerando o item 2.2.
2.4. O gestor deverá, com a participação da
equipe, definir os papéis e as
responsabilidades de cada membro
durante o período.
2.5. A Secretaria de Tecnologia da Informação
orientará quanto a melhor forma de armazenar as informações e os documentos
gerados pela equipe, considerando a segurança da informação.
3. COMUNICAÇÃO CONSTANTE
3.1. Definição de ferramentas de comunicação e da finalidade de uso
3.1.1. A equipe utilizará ferramenta(s) tecnológica(s) de comunicação e
colaboração online, definida(s) pela Secretaria de Tecnologia da Informação,
e que atendam às finalidades específicas dos itens 3.1.1.1 a 3.1.1.5.
3.1.1.1. Serão feitos check-ins
preferencialmente diários ou de,
no mínimo, três vezes na semana
com a equipe. As reuniões
devem ser preferencialmente por
videoconferência, com o objetivo
de manter a sinergia e a
integração entre os membros da
equipe e o seu gestor.
3.1.1.1.1. Os check-ins serão ágeis e a duração estimada de
aproximadamente 15 a 20 minutos, para verificação do status das
atividades realizadas pelos integrantes da equipe, identificação
de dificuldades e impedimentos, e para orientações gerenciais.
Imagem: taskmanager.com
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3.1.1.2. Reuniões específicas podem ser realizadas, sem prejuízo do check-
in diário. Recomenda-se que os check-ins sejam focados na
comunicação geral da equipe e que a solução ou discussão de
questões pontuais ocorram em reuniões a parte. Será definido
ambiente em ferramenta (item 3.1.1) do tipo fórum para
compartilhamento de informações gerais da equipe, troca de ideias,
integração das equipes.
3.1.1.2.1. Deve-se incentivar a comunicação entre os membros da
equipe não apenas sobre o trabalho, mas de assuntos
correlacionados, que incluem o STF, inovações na área de
atuação, notícias, etc.
3.1.1.3. Será definido ambiente em
ferramenta tecnológica (item 3.1.1) para a
comunicação individual entre gestor e
membro da equipe, e podem ser feitas
outras definições sobre os meios de
contato.
3.1.1.4. Será definido ambiente em ferramenta tecnológica (item 3.1.1)
para compartilhamento em grupo, ao final do dia, do status das
atividades realizadas no dia, por cada um dos membros.
3.1.1.5. Será definido ambiente em ferramenta tecnológica (item 3.1.1)
que permita a realização de fóruns de discussão sobre temas
relacionados ao trabalho da equipe. Por exemplo, fóruns por projetos
ou por atividades específicos.
4. FOCO EM RESULTADOS E EXPECTATIVAS CLARAS
4.1. Gestores devem apoiar
a definição clara de
atividades e entregas
previstas a cada
membro da equipe, seja
para o ciclo, mas
também para intervalos
curtos como o próprio
dia de trabalho ou
poucos dias;
4.2. Gestores devem estimar de forma razoável o prazo de cumprimento das
atividades a serem realizadas;
Pluga.com
Imagem: Teamwork.com
12
4.3. Gestores e equipes devem implementar o Kanban: a equipe deverá criar um
grande quadro, virtual e acessível a todos, com colunas que distinguem as etapas
das tarefas: "a fazer", "fazendo", "em revisão", "concluído", em ambiente de
ferramenta tecnológica disponibilizada pelo STF (item 3.1.1).
4.4. Colaboração: Os membros de equipe devem participar da gestão do kanban e
do detalhamento das atividades, fazendo sugestões ao gestor e participando de
sua atualização.
5. REGRAS DE ENGAJAMENTO
5.1. Os gestores deverão criar rotina estruturada a ser
cumprida pelos membros da equipe, considerando as
sugestões dos integrantes, com adaptabilidade e
flexibilidade, mas que estabeleça necessariamente:
5.1.1. Participação regular dos integrantes nos check-ins
e procedimento a ser adotado quando não
participar; Itmplatform.com
5.1.2. Comunicação constante entre gestor e membros da equipe, pelos meios
de comunicação definidos (item 3.1.1);
5.1.3. Informes de dificuldades e impedimentos ao gestor da equipe;
5.1.4. Registro anotado das realizações diárias (em ferramenta tecnológica
definida no item 3.1.1) e de resumo das atividades semanais, a ser
armazenado na rede do STF.
5.1.4.1. É boa prática que o servidor mantenha armazenado o registro de
suas atividades diárias.
5.1.5. A garantia de que houve trabalho diário por parte do servidor é composto
de sua participação regular nos check-ins, participações nas reuniões
eventuais, registro de atividades diário e registro semanal entregue ao STF.
Trello Blog
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6. FOCO NO APRENDIZADO CONTINUO E MELHORIA CONTÍNUA DOS RESULTADOS
6.1. Os gestores das equipes devem realizar reunião de
retrospectiva após a finalização do ciclo definido no
item 2.2, para avaliar os resultados auferidos pela
equipe, promover elogios pelo bom desempenho e
avaliar as dificuldades e as melhorias a serem
implementadas.
6.2. Os gestores das equipes, conforme o caso, devem
dar feedbacks individuais a seus membros, em
busca do aprimoramento do desempenho.
6.3. As equipes devem, junto com o gestor, delinear as melhorias a serem adotadas
no próximo ciclo e que serão consideradas na próxima reunião de planejamento.
7. TRANSPARÊNCIA, EFICIÊNCIA E RESPONSABILIDADE
7.1. A equipe deverá instituir e aplicar a
ferramenta que permita a gestão à vista da
equipe (item 4.3 - kanban), sendo possível
a todos os membros visualizar e
compreender quais são as atividades que
ainda não foram iniciadas, as pendentes,
as que estão em andamento e as
concluídas no período.
7.2. Deve estar claro a cada membro da equipe onde estão os documentos e as
informações necessários a realização do trabalho remoto ou presencial, e onde
devem localizá-los.
7.3. Os resultados individuais e das equipes devem ser compartilhados em ambiente
de ferramenta tecnológica como “daily” e devem ser rastreáveis em relatórios
semanais de trabalho (item 5.1.4).
8. AUTONOMIA E CONFIANÇA
8.1. Com exceção aos requisitos deste modelo de
implementação, é dada autonomia e
confiança aos gestores e integrantes das
equipes, com foco em resultados e no
engajamento de todos os membros.
8.2. Nesse modelo de trabalho, ainda que se
estipule uma rotina de trabalho, esta não deve
ser vista como um engessamento e
o gestor deve ter como premissa a flexibilidade.
Os controles devem ser feitos, mas são mais amplos.
Movidesk.com
Theyellowspot.com
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9. LIDERANÇA VIRTUAL
9.1. Os gestores das equipes devem buscar aprimorar-
se no conhecimento sobre liderança virtual, com foco em
colaboração, coaching e facilitação de processos.
9.2. Ao gestor, especialmente neste tempo de
distanciamento social e da crise em razão da pandemia do
Covid-19, recomenda-se apoiar individualmente os
membros de sua equipe, tentando identificar as
dificuldades enfrentadas e estimular o seu enfrentamento,
com empatia e flexibilidade.
10. GESTÃO DA CULTURA E DO CLIMA
10.1. Para a gestão da cultura e do clima, recomenda-se que, em cada equipe,
seja criado um papel de facilitador do clima, que compartilhe com os colegas
novidades em relação a temas pertinentes, compartilhem notícias e iniciativas
divulgadas na intranet, sejam feitos posts que possam criar um clima amistoso e
descontraído (agitador positivo do ambiente virtual), tudo para maior sinergia do
grupo. Isso pode ser feito pelo próprio gestor ou por algum membro,
voluntariamente, que se valerá de fóruns gerais (item 3.1.1.3).
10.2. O gestor da equipe deve buscar a integração entre a equipe presencial e
a equipe remota, facilitando a
comunicação e incentivando a
interação, a participação e a
comunicação entre todos os membros.
virtualmarketinpro.com
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os atos normativos editados pelo Supremo Tribunal Federal para atender a situação
emergencial da propagação do coronavírus no final de março, e que colocaram em
trabalho remoto a grande maioria dos servidores do STF, deram início à criação de
uma nova cultura de trabalho virtual, já em andamento. Os resultados do trabalho vêm
sendo de elevada produtividade, o que mais incentiva o avanço e a continuidade
nessa mudança em marcha forçada, imposta inicialmente pela pandemia, mas que de
longa data se mostra uma mudança desejada no sentido da modernização e da
transformação digital no STF.
Por tudo isso, e considerando os requisitos aqui propostos para o exercício da gestão
de equipes e do trabalho são de ordem prática e de simples aplicação, e que há
ferramentas tecnológicas que viabilizam a sua implementação, espera-se a sua
imediata aplicação, com o apoio de Comitê para disseminar o disposto na Resolução
nº 677 de 29 de abril de 2020.
Os passos seguintes consistem na divulgação e disseminação do modelo por meio de
um Guia, na capacitação imediata dos gestores em todos os níveis para que possam
implementá-los de pronto e orientar as suas equipes, e o estabelecimento de
acompanhamentos periódicos por meio de instrumento de avaliação a ser derivado
dos requisitos. Essa propiciará a melhoria contínua e a garantia da transparência,
eficiência e responsabilidade com que se aplica um novo e inovador modelo de
trabalho na Administração Pública, que está sendo trazido pelo Supremo Tribunal
Federal.
MODELO DE GESTÃO DO TRABALHO (REMOTO E PRESENCIAL) BASEADO EM ACOMPANHAMENTO GERENCIAL
C I C LO S
2-4 SEMANAS
1 dia
DEMANDAS DEMANDAS
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
GESTOR DE EQUIPEREUNIÃO DE
PLANEJAMENTO (1 DIA)
REUNIÃO – CHECK-INs15-20 min
EXECUÇÃO DO TRABALHO
ENTREGAS PARCIAIS E ACOMPANHAMENTO
RESULTADOS E ENTREGAS
RETROSPECTIVA
ENTREGAS DA SPRINT
COORDENADOR EQUIPE
COORDENADORSECRETÁRIO GERENTE DE PROCESSOS
Anexo
Resolução nº 677 de 29 de abril de 2020
Publicada no Diário da Justiça
Eletrônico 106, Edição Extra, em 30
de abril de 2020
RESOLUÇÃO Nº 677, DE 29 DE ABRIL DE 2020.
Estabelece medidas de médio
prazo para gestão das atividades
do Tribunal.
O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso das
atribuições que lhe confere o art. 363, inc. I, do Regimento Interno,
CONSIDERANDO a eficiência das medidas adotadas pelas Resoluções
nºs 663, de 12 de março de 2020, e 670, de 23 de março de 2020, dado que até a presente
data não houve registro de casos confirmados de COVID-19 entre servidores do
Tribunal,
CONSIDERANDO a necessidade de manutenção das medidas de
distanciamento, com a redução na circulação de pessoas, e de prevenção ao contágio
pelo vírus SARS-CoV-2,
CONSIDERANDO a existência de métodos e de ferramentas passíveis de
serem aplicados tanto para trabalhos realizados presencialmente quanto para trabalhos
realizados à distância, com foco em resultados por meio da gestão eficiente de atividades,
CONSIDERANDO que a conclusão do projeto de dimensionamento da
força de trabalho, prevista para outubro de 2020, trará elementos concretos para a adoção
de medidas definitivas para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelos
servidores,
RESOLVE:
Art. 1º Fica estabelecido modelo diferenciado de gestão de atividades
voltado para a entrega de resultados nos trabalhos realizados nos formatos presencial e à
distância, a ser aplicado entre 1º de junho de 2020 e 31 de janeiro de 2021.
§ 1º Os servidores em trabalho remoto na data de publicação desta
Resolução, seja com fundamento na Resolução nº 621, de 29 de outubro de 2018, ou nas
Resoluções nºs 663, de 12 de março de 2020, e 670, de 23 de março de 2020, deverão ser
mantidos em trabalho remoto se a natureza de suas atividades for compatível e houver
condições de saúde física e psicológica para a continuidade.
§ 2º Os Gabinetes de Ministro poderão adotar outros formatos de gestão
de suas atividades.
Art. 2º São princípios a serem observados na execução desta Resolução:
I - alinhamento estratégico;
II - planejamento;
III - comunicação constante;
IV - foco em resultados e expectativas claras;
V - regras de engajamento;
VI - foco no aprendizado e melhoria contínua dos resultados;
VII - transparência, eficiência e responsabilidade;
VIII - autonomia e confiança;
IX - liderança virtual;
X - integração do trabalho presencial e remoto; e
XI - gestão da cultura e do clima.
Art. 3º Para a implementação do modelo, os gestores deverão:
I - em relação à gestão do trabalho:
a) planejar as atividades da equipe em ciclos sucessivos de duas a quatro
semanas, em sequência ininterrupta;
b) distribuir o trabalho entre os membros da equipe, negociando prazos e
qualidade esperados;
c) acompanhar diariamente o trabalho desenvolvido pela equipe com o uso
de ferramentas de comunicação online;
d) entregar os resultados ao demandante e compartilhar o feedback com os
membros da equipe;
e) realizar análise retrospectiva do desempenho e identificar oportunidades
de melhoria;
f) iniciar novo ciclo.
II - Em relação à gestão de equipes, estabelecer uma rotina estruturada de
trabalho, que inclua:
a) mínimo de três reuniões por semana, em dias distintos e com duração
estimada de 15 a 30 minutos, conforme o tamanho da equipe, por meio preferencial de
videoconferência, visando criar dinamismo no trabalho, promover o compartilhamento
do status das demandas e oportunizar ao gestor apresentar orientações gerais à equipe;
b) definição de ambiente de comunicação online que permita a interação
entre os membros da equipe para tratar sobre questões gerais de trabalho, projetos
específicos, solução de questões pontuais e para a integração do grupo;
c) definição de ambiente que possibilite aos membros da equipe visualizar
o status das atividades previstas, das que estão pendentes, daquelas que estão em
execução e das concluídas, e colaborar em sua atualização;
d) definição de ferramentas de colaboração online para organização de
documentos e informações decorrentes do trabalho, observada a segurança da informação
e o armazenamento obrigatório dos arquivos mais relevantes e dos documentos finais na
rede do STF;
e) definição de ambiente para que os integrantes da equipe possam fazer
breve registro diário das atividades realizadas; e
f) elaboração de resumo semanal das atividades realizadas pelo servidor, a
ser armazenado na rede do STF.
§ 1º A Secretaria de Tecnologia da Informação definirá a(s) ferramenta(s)
a serem utilizadas para o atendimento desta Resolução, observada a adequação à
infraestrutura atual, a economicidade e a segurança da informação.
§ 2º O planejamento deverá considerar as atividades regulares da unidade
e o surgimento de demandas no decorrer do ciclo.
§ 3º A adoção do modelo desta Resolução dispensa o controle eletrônico
de jornada, cabendo aos servidores definirem com seus respectivos gestores os horários
em que estarão à disposição, observados a jornada semanal de trabalho do servidor e o
parágrafo único do art. 4º desta Resolução.
Art. 4º Compete ao gestor acompanhar o desempenho dos servidores sob
sua supervisão, observando os seguintes parâmetros:
I - as entregas e os resultados apresentados pelo servidor cotidianamente,
com base nos acordos pré-estabelecidos e na interação com os membros de equipe;
II - a participação e o engajamento do servidor nas reuniões e em demais
encontros em que sua presença é solicitada; e
III - a comunicação regular com o gestor e demais membros da equipe para
dispor sobre a realização e a facilitação do trabalho, e para tratar das eventuais
dificuldades.
Parágrafo único. Cabe ao gestor da equipe atestar o resumo semanal
elaborado pelos membros (art. 3º, inc. II, al. f, desta Resolução).
Art. 5º A Assessoria de Administração (ADM) e a Secretaria de Gestão de
Pessoas elaborarão Guia de Referência para a gestão do modelo de trabalho adotado por
esta Resolução.
Art. 6º O Diretor-Geral instituirá comitê destinado a orientar os gestores
na implementação do modelo e para avaliar o cumprimento das medidas necessárias,
como garantia de transparência e efetivo acompanhamento por parte da Alta
Administração.
Art. 7º Os titulares das secretarias, assessorias e núcleos terão até o dia 15
de maio para comunicar à Secretaria de Gestão de Pessoas o rol de servidores que
permanecerão em trabalho remoto nos termos desta Resolução.
Parágrafo único. O mês de maio de 2020 será destinado à preparação do
Tribunal para a adoção do modelo previsto nesta Resolução, sendo obrigatória a
participação dos gestores nos treinamentos a serem realizados por videoconferência.
Art. 8º A Resolução nº 621, de 29 de outubro de 2018, terá sua aplicação
suspensa enquanto estiver vigente o modelo diferenciado objeto desta Resolução.
Art. 9º O disposto nesta Resolução será aplicado, no que couber, aos
estagiários.
Art. 10. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Ministro DIAS TOFFOLI