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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA JARI DO DETRAN DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP. CIRETRAN DA COMARCA DE ............-SP À COLENDA JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS DE INFRAÇÕES JARI – DETRAN/SP SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO RECURSO ADMINISTRATIVO DE 1ª INSTANCIA INFRAÇÃO DE TRÂNSITO CÓDIGO: ........ – ORGÃO AUTUADOR ......... PLACA DO VEÍCULO: ........... NOME DA EMPRESA , estabelecida a Av. ...., ...., ......, na cidade de ........-SP, inscrita no CNPJ sob o .........., e PROPRIETARIO.... , brasileiro, casado, portador do RG ........ e CPF nº .........., residente e domiciliado na Rua .........., ......, na cidade de .......... - SP vem, perante esta douta Junta, vêm respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, para oferecer DEFESA DA

Modelo - Multa de Transito - Embriaguez

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Modelo - Multa de Transito - Embriaguez

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ILUSTRSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA JARI DO DETRAN DO ESTADO DE SO PAULO/SP.CIRETRAN DA COMARCA DE ............-SP

COLENDA JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS DE INFRAES JARI DETRAN/SP SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS DE SEGURANA PBLICA DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO

RECURSO ADMINISTRATIVO DE 1 INSTANCIAINFRAO DE TRNSITO CDIGO: ........ ORGO AUTUADOR .........PLACA DO VECULO: ...........

NOME DA EMPRESA, estabelecida a Av. ...., n ...., ......, na cidade de ........-SP, inscrita no CNPJ sob o n .........., e PROPRIETARIO...., brasileiro, casado, portador do RG n ........ e CPF n .........., residente e domiciliado na Rua .........., n ......, na cidade de .......... - SP vem, perante esta douta Junta, vm respeitosamente presena de Vossa Senhoria, para oferecer DEFESA DA AUTUAO supra mencionada, pelas razes de fato e de direito a seguir expostos:

I - DOS FATOS:Cabe esclarecer que a empresa XXXXX a proprietria do veiculo e o Sr. ........... o Condutor e conforme descrito nos referidos autos de infrao. Ocorre que o Recorrente Sr. ....... foi surpreendido com a lavratura da notificao do Auto de Infrao de Trnsito (AIT) que consta o cometimento da suposta infrao descrita no cdigo (51691), ou seja, dirigindo o automvel modelo xxxx, cor xxxxx, placa xxxxxxxx, sob a influncia de lcool, ou seja, em nvel superior a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substncia entorpecente ou que determine dependncia fsica ou psquica, no dia xxxxx, por volta das xxxxxx horas. Cumpre ressaltar, que o autuado estava dirigindo de maneira segura em baixa velocidade sem colocar em risco a segurana do trnsito, no contrariando o artigo 306 do CTB, pois no estava expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.

II- DOS FUNDAMENTOS LEGAIS:

a) BAFMETRO:

Princpio constitucional de inocncia: ningum obrigado a produzir provas contra si mesmo. O art. 277 do CNT (Cdigo Nacional de Trnsito) diz, in verbis:

Art. 277. Todo condutor de veculo automotor, envolvido em acidente de trnsito ou que for alvo de fiscalizao de trnsito, sob suspeita de haver excedido os limites previstos no artigo anterior, ser submetido a testes de alcoolemia, exames clnicos, percia, ou outro exame que por meios tcnicos ou cientficos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado. (grifos nossos)

Ocorre que de acordo com normas e princpios constitucionais, ''ningum pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo''. Alm disso, tal fato contraria os Direitos Humanos. O Direito brasileiro faculta ao indiciado ou ao autuado adotar ou no a conduta que produzir a prova.

Vale aqui mencionar que o TRF (Tribunal Regional Federal) da 5 Regio decidiu desde 25 de novembro de 2003 que o uso do bafmetro e de exames clnicos no obrigatrio. So facultativos. As provas sero produzidas por depoimentos testemunhais. Esta deciso referente a uma ao civil pblica proposta pelo Ministrio Pblico Federal, em 1998, contra o artigo 277 do Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB), que cita o uso de testes de alcoolemia e exames clnicos como forma de certificar o estado de embriaguez do motorista. Todavia, agora, no cabem mais recursos contra esta deciso, uma vez que transitou em julgado. Portanto, passando esta sentena a ter fora de uma lei.

Contudo, a submisso ao exame de sangue para constatao de teor alcolico ou uso do bafmetro s devem ser utilizados quando consentidos pelos motoristas abordados, pois, caso contrrio, isso seria uma violao de diversos direitos constitucional do cidado. Ainda que no tenha realizado o exame de sangue, preservando o seu direito de no produzir provas contra si mesmo.

Cabe ainda informar, que depois de ter advertido que estaria na contra mo, imediatamente se desculpou, pois no conhecia bem aquele lugar, eis que reside em outra Cidade. Portanto, houve um equvoco do policial militar em afirmar que o Recorrente apresentava hlito etlico, pois, o mesmo estava nervoso pelo fato de estar na mo errada e diante de um policial, por isso, o auto de infrao inconsistente.

Em relao ao Recorrente, este, apenas, recusou em fazer o exame de sangue, devido orientao de seu advogado sobre a inconstitucionalidade de tais procedimentos do art. 277 do Cdigo Nacional de Trnsito. Todavia, sujeitou-se aos demais exames clnicos, por vontade prpria, os quais constataram que no havia nenhum sintoma de embriaguez. Ao contrrio, segundo consta no atestado medico emitido pelo Dr. Celso Luiz, em anexo, o Recorrente apresentava-se com no aparente quadro de embriaguez (grifos nossos).Vale ressaltar ainda, que aps a autuao a autoridade policial encaminhou o recorrente at a Santa Casa de xxxxxxxxxl, a fim de efetuar exame clinico sanguneo para detectar dosagem alcolica. Ocorre que o prprio atestado medico comprova que o recorrente NO ESTAVA EMBRIAGADO, estando com suas faculdades mentais e reflexos perfeitos, sem apresentar quadro de embriaguez. Portanto equivocou-se a autoridade policial, devendo ser anulado o presente autos de infrao.

Ainda que no tenha realizado o exame de sangue, preservando o seu direito de no produzir provas contra si mesmo, o atestado medico da Santa Casa de xxxxxxxxx totalmente contrrio ao que o policial militar descreve no BO. A Recorrente se apresentava com hlito incaracterstico. Portanto, houve um equvoco do policial militar em afirmar que a Recorrente estava embriagada. Contudo, no houve nenhuma infrao de trnsito descrita no AIT (Auto de Infrao de Trnsito).

b) AUTO DE INFRAO INCONSISTENTE:

Diz o pargrafo nico do inciso I do art. 281 do CNT que se considerado inconsistente ou irregular o auto de infrao este ser arquivado e julgado insubsistente. No restam dvidas quanto inconsistncia deste AIT, pois, como comprovado, no houve qualquer conduta descrita que correspondesse suposta infrao de trnsito imputada a Recorrente. Portanto, este AIT dever ser arquivado e julgado insubsistente.

Auto de infrao inconsistente:Diz o pargrafo nico do inciso I do art. 281 do CNT que se considerado inconsistente ou irregular o auto de infrao este ser arquivado e julgado insubsistente. No restam dvidas quanto inconsistncia deste AIT, pois, como comprovado, no houve qualquer conduta descrita que correspondesse suposta infrao de trnsito imputada a Recorrente. Portanto, este AIT dever ser arquivado e julgado insubsistente.

III PEDIDO:Pelo exposto, visando Justia e sensatez que caracterizam as decises desta Junta Administrativa de Recursos de Trnsitos (JARI), a Recorrente requerer que: a) Tomem cincia da presente defesa; bem como decidam pelo deferimento da mesma;b) Reconheam a nulidade das notificaes, em razo do pargrafo nico, inciso I do art. 281 do CNT (auto de infrao inconsistente), em razo do laudo do atestado mdico no comprovar a embriaguez. Requer tambm a liberao da CNH do requerente, para que possa livremente usufruir do seu direito de dirigir e de usar seu veiculo;c) Por fim, requer o consequente ARQUIVAMENTO dos autos de infrao n xxxxxxxxxxx, uma vez que o mesmo se apresenta nulo e no merece prosperar, posto que inexista infrao que capaz de ensejar a aplicao da pena de multa prevista e por consequncia seja excludo a pontuao de seu pronturio;d) Protesta por todos os meios de provas;e) Por fim, requer a juntada de copia de documentos em anexo.

Nestes termos,Pede deferimento. xxxxxxxxxxxxxxx/SP, xxxxx de xxxxxxxx de 2014.

AdvogadoOAB.....