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EXMO(A) SR(A). JUIZ(A)DE DIREITO DA _____VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE JOÃO PESSOA/PB THAYNARAMARIA DE ASSISGOMES, solteira, estudante, residente e domiciliada à Rua dos Marfins, n º !", Geisel, #o$o %essoa (or suaad)o*ada in fine assinada, ut instrumento de (rocura+$o em ane o, )em, res(eitosamente, (romo)er a prese!e A"ÃO DE ALIME#TOS $RAVÍDICOS COM PEDIDO DE ALIME#TOS FIXADOS IN LIMINE ET INAUDITA ALTERA PARTE -.ei n/ ""/01&2110, arts/ 2º e !º3 .EI DOS A.IMENTOS GRA45DI6OS c/ .EI DE A.IMENTOS: contra ANDR; DA A.<REDO DE MEDEIR comercial, residente e domiciliado à Rua Geraldo A=e)edo, n (elas ra=>es de fato e direito adiante articuladas? DOS FATOS% A autora @ uma o)em de "0 -de=oito: an uni)ersitBria, cursando o "º (erCodo de Direito na ni( , mant@m namoro e rela+>es se uais com o r@u -doc/n/ 1":/ HB seis meses )erificou3se ue esta)a foi comunicado ao r@u, ue, inclusi)e, l e en)iou carin osos Fil etes celeFrando o acontecimento, sem(re se (osicionando como o “papai mais feliz do mundo” -doc/n 12/ 3 e ame (ositi)o de *ra)ide=&'eta H6G e Fil etes:/ A conce(+$o do fil o ocorreu no m s de os contendores esta)am de f@rias e )ia aram (ara o sul da (assando as f@rias, tendo ficado na %ousada Sidarta (or "! fiscal e (edida (ela os(edaria -doc/n/ 1 :/ 1

Modelo Pedido de Alimentos Gravidicos

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Petição de Alimentos

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Exmo

EXMO(A) SR(A). JUIZ(A)DE DIREITO DA _____VARA DE FAMLIA DA COMARCA DE JOO PESSOA/PB

THAYNARA MARIA DE ASSIS GOMES, solteira, estudante, residente e domiciliada Rua dos Marfins, n 461, Geisel, Joo Pessoa/PB, por sua advogada in fine assinada, ut instrumento de procurao em anexo, vem, respeitosamente, promover a presente AO DE ALIMENTOS GRAVDICOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS FIXADOS IN LIMINE ET INAUDITA ALTERA PARTE (Lei n. 11.804/2008, arts. 2 e 6- LEI DOS ALIMENTOS GRAVDICOS c.c. Lei n. 5.478/1968, art.4- LEI DE ALIMENTOS) contra ANDR DA ALFREDO DE MEDEIROS, solteiro, gerente comercial, residente e domiciliado Rua Geraldo Azevedo, n 69, Cristo, Joo Pessoa/PB, pelas razes de fato e direito adiante articuladas:

DOS FATOS:A autora uma jovem de 18 (dezoito) anos de idade, universitria, cursando o 1 perodo de Direito na Unip, no trabalha e h 10 (dez) meses mantm namoro e relaes sexuais com o ru (doc.n. 01).H seis meses verificou-se que estava grvida e o fato foi comunicado ao ru, que, inclusive, lhe enviou carinhosos bilhetes celebrando o acontecimento, sempre se posicionando como o papai mais feliz do mundo (doc.n 02. - exame positivo de gravidez/Beta HCG e bilhetes).A concepo do filho ocorreu no ms de janeiro, quando os contendores estavam de frias e viajaram para o sul da Bahia, Porto Seguro, por l passando as frias, tendo ficado na Pousada Sidarta por 16 (dezesseis) dias, conforme nota fiscal expedida pela hospedaria (doc.n. 03).Apresenta a autora as declaraes de amigos comuns com o ru, com firma reconhecida em cartrio de notas, afirmando que na poca da concepo, ela era namorada e viajara com o ru, como meio probatrio de demonstrar initio lide a legitimidade passiva ad causam (doc.n. 04).

NECESSIDADE DOS ALIMENTOS GRAVDICOSA AUTORA PORTADORA DA PATOLOGIA PR-ECLMPSIA E NECESSITA DE ALIMENTOS PARA ARCAR COM AS DESPESAS MDICAS E HOSPITALARES

POSSIBILIDADE DO FUTURO PAI DA CRIANAA partir da 20 semana de gravidez a autora passou a ter convulses, manifestar sintomas de edema, reteno de lquidos, frequentes dores de cabea, agravando o problema de presso alta que j se manifestava antes da gravidez.Foi internada no Hospital da UNIMED e aps uma sria de exames constatou que era portadora da patologia denominada eclampsia. Permaneceu 03 (trs) dias no UTI- Unidade de Terapia Intensiva do nosocmio para fins de estabilizar seu quadro clnico e proteo ao feto, passou a utilizar anticonvulsivante e medicao antihipertensiva, conforme relatrios mdicos ora anexados (doc.n. 05).Em virtude dessa doena acometida na autora, prpria da mulher em estado de gravidez, est necessitando de alimentos gravdicos para custear as despesas hospitalares e medicamentos prescritos que far uso por prazo indeterminado, o que se demonstra pelos relatrios mdicos e prescries exaradas pelo obstetra, Dr. Joo do Cu e pelo angiologista, Dr. Pedro do Co (doc.n. 06).O valor destas despesas mensais giram em torno de R$ 890,00( oitocentos e noventa reais), como revela o oramento feito na Farmcia dos Pobres (doc.n. 07).A autora no trabalha e nem dispe de recursos financeiros para arcar com esses custos imediatos, urgente, exigindo-se, por isso, o imediato pensionamento do futuro pai da criana.Lamentavelmente, o demandado se nega a auxiliar a autora nesta etapa fase difcil e grave do quadro emoldurado da gravidez, dizendo que a obrigao com o pagamento destas despesas no de sua responsabilidade. Destarte, no restou autora alternativa seno bater s Portas do Judicirio, amparado na lex specialis para receber alimentos gravdicos, como modo de garantir a sua sade e a do feto.Por seu turno, o ru Gerente, solteiro, no tem filhos, trabalha na loja MisterFake Ltda h 12 anos, recebendo salrio de aproximadamente R$ 8.000,00 (oito mil reais), alm de residir em imvel prprio (doc.n. 08).Destarte, provado ad sations os requisitos legais permissivos de se estabelecer em favor da autora a obrigao do ru lhe prestar alimentos gravdicos, ex arts. 2 e 6 da Lei n. 11.804/2008.

DO MRITO

O presente pedido tem inegvel amparo na legislao ptria. Com efeito, a prpria Carta Magna de 1988, em seu art. 226 e 227, caput e 229, que dispem, in verbis: Art. 226. A famlia, base da sociedade, tem especial proteo do Estado.Art. 227. dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana a ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e a convivncia familiar e comunitria, alem de coloc-los a salvos de toda forma de negligencia, discriminao,explorao, violncia, crueldade e opresso.

O art. 1.694 e seu 1 do Cdigo Civil determina, in verbis: Art. 1694, 1. Os alimentos devem ser fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. (Grifo nosso).

Por outro lado, a mais abalizada doutrina, na voz do mestre Yussef Said Cahali, orient-nos para o real sentido e alcance da expresso alimentos, seno vejamos:

Alimentos so, pois as prestaes devidas, feitas para quem as recebe possa subsistir, isto , manter sua existncia, realizar o direito vida, tanto fsica (sustento do corpo) como intelectual e moral (cultivo e educao do esprito, do ser racional.1Dessa forma, mostra-se cabido o presente pleito de condenao do Requerido ao pagamento de penso alimentcia para que a autora possa subsistir com o mnimo de dignidade, suprindo suas necessidades de alimentao, vestimenta, sade, transporte e tudo o mais na medida do binmio necessidade-possibilidade, a fim de lhe proporcionar uma gestao saudvel e um parto seguro.

O pleito ainda encontra respaldo na recm publicada Lei 11.804, de 5 de novembro de 2008 que assim dispe sobre alimentos gravdicos, cuja ntegra, ora se transpe:Art. 1o Esta Lei disciplina o direito de alimentos da mulher gestante e a forma como ser exercido.Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei compreendero os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do perodo de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepo ao parto, inclusive as referentes a alimentao especial, assistncia mdica e psicolgica, exames complementares, internaes, parto, medicamentos e demais prescries preventivas e teraputicas indispensveis, a juzo do mdico, alm de outras que o juiz considere pertinentes.Pargrafo nico. Os alimentos de que trata este artigo referem-se parte das despesas que dever ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuio que tambm dever ser dada pela mulher grvida, na proporo dos recursos de ambos.Art.3 (VETADO)Art.4 (VETADO)Art.5 (VETADO)Art. 6o Convencido da existncia de indcios da paternidade, o juiz fixar alimentos gravdicos que perduraro at o nascimento da criana, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte r.Pargrafo nico. Aps o nascimento com vida, os alimentos gravdicos ficam convertidos em penso alimentcia em favor do menor at que uma das partes solicite a sua reviso.Art. 7o O ru ser citado para apresentar resposta em 5 (cinco) dias.Art. 8Art. 9Art. 10Art. 11. Aplicam-se supletivamente nos processos regulados por esta Lei as disposies das Leis nos 5.478, de 25 de julho de 1968, e 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigo de Processo Civil.Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

DOS PEDIDOSLIMINAR DE CONCESSO DE ALIMENTOS GRAVDICOS INAUDITA ALTERA PARTEA autora preenche integralmente aos requisitos legais: gestante, portadora de doena grave e sem recursos para arcar com as despesas mdicas e dos indispensveis medicamentos que far uso por prazo indefinido (LAG, arts. 2 e 6).ANTE O EXPOSTO, com fulcro nos arts. 6 caput da LAG c.c. art. 4 da LA, a autora REQUER seja-lhe concedida liminarmente penso mensal a ttulo de alimentos gravdicos no valor equivalente a 30% (trinta por cento) do salrio lquido do ru, descontando, apenas, a contribuio previdenciria e de imposto de renda. Roga-se seja oficiado empresa empregadora para proceder ao desconto no salrio do ru, depositando-o diretamente na conta corrente bancria da autora n. 086958-3, junto ao Banco do Brasil, agncia 0642-1, bem como para que no prazo de 05 (cinco) dias apresente ao d. juzo informaes sobre o salrio do ru, sob pena do seu representante legal ser incurso nas ira do crime contra a administrao da justia (LA, art. 5 7 e art. 22).Ex positis, a autora REQUER:a)seja JULGADA PROCEDENTE A PRESENTE AO, convertendo-se os alimentos gravdicos reivindicados pela autora em penso alimentcia favorvel criana a partir do seu nascimento (LAG, art. 6, pargrafo nico);b)seja citado o ru via postal, com aviso de recebimento, no endereo registrado no prembulo, para, querendo, contestar no prazo legal de 05 (cinco) dias, sob pena de revelia (LA, art. 5, 2);c)outrossim, caso V.Exa. entenda necessrio, seja de pronto designada audincia de conciliao e julgamento, oportunidade que o ru apresentar a sua defesa sob pena de revelia, as partes prestaro depoimento pessoal e ser colheita a prova testemunhal (LA, art. 5, 1, 2; art. 6 e art.8);d)a produo de provas documental, testemunhal e pericial, especialmente, o depoimento pessoal do ru, sob pena de confisso;e)a intimao do Representante do Ministrio Pblico (CPC, art. 82, I);f) o deferimento da assistncia judiciria, por ser pobre no sentido legal, conforme declarao ora anexada (doc.n.09).

Valor da causa: R$ 38.000,00 (trinta e oito mil reais).Pede deferimento.Joo Pessoa, 10/03/2015

Franciclia de FranaOAB - 1501

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