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Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Práticas de Atividades Físicas e Desportivas Módulo 5 JDC : Voleibol Documento de Apoio Nº 1 Ano letivo 2014/2015 Docente: Alexandra Lopes

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Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão

Desportiva

Práticas de Atividades Físicas e

Desportivas

Módulo 5 – JDC : Voleibol

Documento de Apoio Nº 1

Ano letivo 2014/2015

Docente: Alexandra Lopes

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HISTÓRIA DO VOLEIBOL

Em 1895, o professor William Morgan, responsável pela educação física no colégio de Holyoke, no estado norte-americano do Massachusetts, idealizou um jogo menos cansativo que o basquetebol, colocando uma rede de ténis a uma altura de 1,83 metros, com uma bola adaptada de uma câmara-de-ar da bola de basquetebol, usando as mãos para passá-la de um lado para o outro da rede. William Morgan chamou a este jogo minonette.

William Morgan tentou criar uma atividade de carácter mais recreativo, que se adaptasse aos seus alunos e aos homens de negócios que frequentavam os seus cursos e que simultaneamente exigisse esforço físico e uma movimentação variada. Ter-se-á inspirado do ténis, uma vez que permaneceu na sua ideia uma rede a dividir o espaço de jogo, ao mesmo tempo que o jogo deveria ser jogado num recinto rectangular, entre duas equipas separadas por uma rede, mantendo uma bola em movimento, até que esta tocasse no solo, ou fosse batida para além dos limites do campo.

O número de jogadores não era limitado, só tinha de ser igual para ambas as equipas. O sistema de rotação era já usado, para que todos os jogadores pudessem servir.

Era pois, um jogo que poderia ser jogado em recintos cobertos ou ao ar livre, por um qualquer número de jogadores, que não precisavam de material para bater a bola, pois poderiam fazê-lo com as próprias mãos. A dificuldade estava em arranjar uma bola de grandes dimensões e de pouco peso, que se adaptasse ao tipo de jogo que se havia idealizado.

Como a bola de basquetebol era muito pesada, começou por se usar a sua câmara, o que também a tornava demasiado leve. Foi então que a firma A. G. Spalding & Brothers criou uma bola idêntica à dos tempos actuais.

Em 1896, numa demonstração do jogo, foi sugerido a William Morgan, a alteração do nome do jogo para voleibol, devido ao seu toque no ar, por ser idêntico à jogada do ténis de vólei (que é bater a bola para o outro lado da rede antes dela tocar no solo). Esta sugestão foi aceite por William Morgan, e assim nasceu o voleibol.

Em 1947, é criada a Federação Internacional de Voleibol. O primeiro Campeonato do Mundo é realizado em 1949, em Praga (República Checa). O voleibol foi aceite como desporto olímpico em 1964, nos Jogos Olímpicos de Tóquio Japão), para ambos os sexos. O voleibol de praia (equipas de 2 jogadores) foi aceite como desporto olímpico para ambos os sexos, nos Jogos olímpicos de Atlanta (Estados Unidos da América) em 1996.

Em Portugal, o voleibol foi trazido pelas tropas americanas que estiveram nos Açores, durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1938, é fundada a Associação de Voleibol de Lisboa, que organiza o primeiro torneio oficial e o campeonato de Lisboa, na época de 1939/40. Em 1942, a Associação Académica de Espinho, o Clube Fluvial Portuense, o Estrela e Vigorosa e outros fundaram a Associação de Voleibol do Porto. Por fim, em 1949, é criada a Federação Portuguesa de Voleibol (FPV).

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CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE

O voleibol é um jogo desportivo colectivo praticado por duas equipas, cujo

objectivo é enviar a bola por cima da rede, respeitando as regras do jogo, fazendo-a

tocar no campo do adversário, impedindo simultaneamente que a bola toque no seu

próprio campo.

O voleibol é um jogo desportivo colectivo praticado por duas equipas, cada uma delas constituída por 6 jogadores de campo e 6 suplentes (um dos 12 jogadores pode ser líbero).

O líbero tem como função específica defender na zona defensiva, não podendo atacar, fazer bloco, realizar o serviço ou passar a bola em passe por cima na zona de ataque. O líbero é um especialista em defesa, sendo fácil de reconhecer devido ao seu equipamento de cor diferente da dos companheiros.

Uma equipa vence um encontro, quando ganha 3 sets, logo no máximo são disputados 5 sets ao longo de um encontro. Os sets são disputados até aos 25 pontos, exceto o 5º set, que é jogado até aos 15 pontos. Quer sejam jogados até aos 25 ou até aos 15 pontos, deve existir sempre uma diferença mínima de 2 pontos entre as equipas. Caso essa diferença não se verifique, o set continua até uma equipa alcançar 2 pontos de diferença.

Não existe tempo limite no voleibol, sendo jogado o tempo que for necessário até que uma das equipas vença 3 sets.

O recinto oficial de jogo é rectangular tendo a dimensão de 18 x 9 metros e dividido ao meio por uma rede (altura de 2,43m para masculinos e 2,24m para femininos) com 2 varetas, colocadas no prolongamento vertical da linha lateral. Apresenta 2 linhas laterais, 2 linhas de fundo, linha de meio campo, 2 linhas de ataque ou de 3 metros (situadas a 3 metros da rede (dividem as zonas de ataque e defesa) e 2 linhas junto a cada linha de fundo delimitando a zona de serviço. Existem ainda linhas tracejadas fazendo o prolongamento lateral das linhas de ataque.

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O jogo é dirigido por 2 árbitros (1º e 2º árbitros) estando colocados no prolongamento da rede, um de cada lado da mesma, sendo auxiliados por 2 ou 4 juízes de linha (depende da importância da competição) e um marcador. Apesar do auxílio dos restantes elementos da equipa de arbitragem, é ao 1º árbitro que cabe a decisão final relativamente à arbitragem.

Uma equipa marca ponto sempre que ganha uma jogada, quer faça ou ganhe o serviço.

Cada equipa tem direito a 2 descontos de tempo, com a duração de 30 segundos cada. Em todos os sets (exceto no 5º set), quando se atingem o 8º e o 16º pontos, o árbitro interrompe o set, assinalando tempo técnico de 1 minuto.

Quanto às substituições, são permitidas, no máximo, 6 por equipa em cada set. Um jogador que tenha sido substituído apenas pode voltar a entrar num set se entrar para o lugar do jogador que o substituiu.

O líbero pode entrar e sair do jogo quantas vezes o treinador quiser, não contando estas substituições para as 6 que a equipa pode realizar em cada set. O líbero apenas pode substituir jogadores que se encontrem na zona defensiva.

REGRAS E ARBITRAGEM

Começo do jogo

O árbitro procede ao sorteio do campo e da posse de bola.

O jogo começa com o serviço realizado por um jogador da equipa que ganhou a bola; O executante está colocado na zona de serviço sem pisar a linha de fundo.

Obtenção dos pontos

A equipa ganha um ponto quando: - coloca a bola no solo do campo adversário passando-a por cima da rede; - o adversário comete uma falha (ex: coloca a bola fora); - o adversário sofre uma penalização (ex: discutir com o árbitro).

Recuperação do serviço

A equipa que não está de posse do serviço e ganha a jogada, marca ponto e recupera o serviço.

Toques na bola

A bola deve ser tocada e nunca agarrada ou empurrada (transporte).

A bola pode ser tocada por qualquer parte do corpo.

Um jogador não pode tocar duas vezes seguidas na bola (excepto após o próprio ter executado o bloco; os toques no bloco não contam para os 3 toques).

Cada equipa dispõe de um máximo de três toques para devolver a bola para o campo adversário.

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Bola fora / bola dentro

A bola pode tocar a rede durante o jogo, inclusivamente no serviço.

As linhas que delimitam o campo fazem parte deste, logo a bola que bate na linha está dentro.

A bola que bate no solo, para além das linhas do campo está fora.

É considerada bola fora quando esta bate no teto ou em alguém ou algum objeto exterior ao jogo.

Quando a bola passa por baixo da rede, embate nas varetas da rede ou passa pelo lado de fora destas é considerada fora.

Rede

È falta tocar na rede quando essa ação prejudicar o jogo adversário; caso não prejudique a outra equipa não é assinalada falta.

Um jogador pode pisar a linha central, desde que o pé não a ultrapasse completamente e esta ação não interfira com o jogo adversário.

É permitido tocar na rede na execução de um remate, desde que o toque na rede seja posterior ao toque na bola e não interfira com o jogo adversário.

Toques na bola acima da rede

Ao bloco é permitido tocar a bola no outro lado da rede, desde que o jogador não interfira no jogo do adversário antes ou durante o seu ataque.

Depois do remate, o jogador pode passar a mão para o outro lado da rede, desde que o contacto com a bola tenha tido lugar no seu próprio espaço de jogo.

Rotação

Cada vez que uma equipa recupera o serviço, os seus jogadores devem fazer uma rotação de lugares no sentido dos ponteiros do relógio, isto é, de 1 para 6, de 6 para 5, de 5 para 4, de 4 para 3, de 3 para 2, e de 2 para 1 (serviço).

Serviço

O jogador que executa o serviço é o jogador da posição 1 (defesa direito), da equipa que venceu o ponto anterior.

O serviço é executado atrás da linha de fundo, sendo permitido apenas um lançamento de bola ao ar para a sua execução.

É falta executar bloco ao serviço do adversário.

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O primeiro serviço do primeiro set e do set decisivo (5º) é efectuado pela equipa designada pelo sorteio. Os outros sets começarão com o serviço da equipa que não efectuou o primeiro serviço no set anterior.

Cortina

Os jogadores da equipa que serve não devem impedir os adversários de ver o servidor ou a trajectória da bola, por meio de uma cortina individual ou colectiva.

Um jogador ou grupo de jogadores da equipa que serve fazem uma cortina se agitarem os braços, saltarem ou se moverem lateralmente no momento da execução do serviço ou se agruparem para tapar a trajectória da bola.

Faltas de posição

No momento de execução do serviço, todos os jogadores das 2 equipas devem estar nas suas posições relativamente aos colegas de equipa (excepto o jogador que executa o serviço que deve estar na zona de serviço):

- O atacante direito deve estar à frente do defesa direito, atacante central à frente do defesa central e atacante esquerdo à frente do defesa esquerdo.

- O atacante central deve ter o atacante esquerdo à sua esquerda e o atacante direito à sua direita, bem como o defesa central, deve ter o defesa esquerdo à sua esquerda e o defesa direito à sua direita.

Faltas no ataque

É falta quando um jogador da zona defensiva realiza um ataque na zona de ataque, estando a bola completamente acima do bordo superior da rede. Na zona de ataque os defesas não podem executar remate e bloco acima do bordo superior da rede.

Um defesa pode executar remate desde que a chamada seja realizada atrás da linha de ataque.

Mudança de meio-campo

A mudança de meio-campo ocorre no final de cada set e quando uma equipa atinge o 8º ponto do set decisivo (5º set).

Líbero

O libero é um especialista defensivo.

Este jogador não pode executar serviço, nem qualquer ação ofensiva acima do bordo superior da rede (remate ou bloco).

É falta quando o líbero executa um passe por cima dentro da sua zona de ataque.

Atitude disciplinar

Compete ao 1º árbitro aplicar a qualquer membro da equipa as sanções mais adequadas, tais como:

Por conduta grosseira (manifestação de desprezo): - à 1ª, advertência verbal ou gestual, extensiva a toda a equipa; - à 2ª, cartão amarelo e perda da jogada. - à 3ª, cartão vermelho e expulsão do set.

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Por conduta injuriosa: - à 1ª, cartão vermelho e expulsão do set; - à 2ª, desqualificação, deixando o recinto de jogo.

A desqualificação de um jogador ocorre também quando se verifica uma tentativa ou mesmo agressão física – o jogador infrator deve deixar imediatamente a área de jogo sendo excluído para o resto do encontro.

A equipa nunca fica a jogar com menos jogadores, pelo que um jogador expulso ou desqualificado é substituído por um colega.

CONTEÚDOS TÉCNICOS

Posição Base

Esta posição é utilizada em múltiplas situações de jogo, com o objectivo de

diminuir o tempo de reação, na fase de pré-intervenção sobre a bola. É fundamental manter uma atitude de expectativa e atenção no momento em que o jogador contrário realiza um movimento para, de imediato, reagir e tomar a decisão mais correta sobre o gesto técnico a realizar em seguida.

Componentes críticas:

Pés afastados sensivelmente à largura dos ombros e com um pé ligeiramente mais à frente que o outro;

Membros inferiores ligeiramente fletidos;

Tronco ligeiramente inclinado à frente;

Braços semifletidos e ao lado do corpo;

Olhar dirigido para a frente (para a bola);

Peso do corpo sobre a parte anterior dos pés.

Passe por Cima (de Frente)

O passe é utilizado para colocar a bola no rematador (passe de ataque), para a

enviar para o campo contrário ou para a receber.

Componentes críticas:

Posição equilibrada com o peso do corpo distribuído pelos dois apoios;

Colocação do jogador por baixo da bola;

Olhar dirigido para a bola;

Pés afastados sensivelmente à largura dos ombros e com um pé ligeiramente mais à frente que o outro;

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Flexão/extensão em simultâneo dos membros inferiores e superiores;

Colocação das mãos acima e à frente da testa;

Dedos afastados com os polegares e indicadores formando um triângulo;

As mãos em forma de concha;

Contacto com a bola somente com os dedos.

Passe por Cima (de Costas)

O passe de costas é utilizado para colocar a bola no rematador (passe de

ataque), tendo por objetivo iludir a defesa adversária, através de uma mudança rápida da direção do ataque.

Componentes críticas:

Iguais às do passe de frente, mas aqui a bola é tocada mais atrás (por cima da cabeça) e há uma extensão do tronco atrás.

Manchete

A manchete é utilizada para amortecer a bola, após serviço ou remate

realizado pela equipa adversária, ou para jogar bolas baixas.

Componentes críticas:

Posição equilibrada com o peso do corpo distribuído pelos dois pés;

Peso do corpo sobre a parte anterior dos pés;

Os pés afastados sensivelmente à largura dos ombros;

Membros inferiores fletidos;

Tronco ligeiramente inclinado à frente;

Membros superiores em extensão à frente;

As mãos sobrepostas e os polegares unidos;

Face interna dos antebraços unidas e voltadas para cima de modo a oferecer à bola uma superfície plana;

Elevação dos membros superiores no momento do contacto da bola com os antebraços;

Flexão/extensão em simultâneo dos membros inferiores.

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Serviço por Baixo

O serviço por baixo é utilizado para enviar a bola por cima da rede para o campo adversário.

Componentes críticas:

Peso do corpo sobre a parte anterior dos pés;

Pés paralelos e orientados para o campo adversário;

Pé contrário à mão de batimento avançado;

Membros inferiores fletidos;

Tronco ligeiramente inclinado à frente;

O braço de batimento oscila à retaguarda enquanto o outro segura a bola ligeiramente abaixo da altura da cintura;

Movimento de trás para a frente e de baixo para cima do braço de batimento;

O batimento é realizado com a mão aberta e rígida e dedos unidos;

Extensão das pernas para a frente e para cima;

Avanço do pé mais recuado após o batimento.

Serviço por Cima

O serviço por cima é utilizado para enviar a bola por cima da rede para o campo adversário.

Componentes críticas:

Peso do corpo sobre a parte anterior dos pés;

Pés paralelos e orientados para o campo adversário;

Pé contrário à mão de batimento avançado;

Membros inferiores semifletidos;

Lançar a bola ao ar com a mão contrária ao batimento;

“Armar” o braço de batimento com a mão atrás das costas e rotação do tronco atrás;

Realizar a extensão do braço de batimento à frente, acompanhada de uma rotação do tronco à frente de forma a imprimir mais força à bola;

O batimento é realizado com a mão aberta e rígida e dedos unidos, com o braço em extensão (batendo a bola com a mão o mais alto possível);

Extensão das pernas para a frente e para cima;

Avanço do pé mais recuado após o batimento.

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Remate

O remate serve para finalizar o ataque, sendo mais agressivo e eficaz, pelo que é o ataque mais utilizado no jogo.

Componentes críticas:

Corrida de balanço, com o último passo realizado com a perna contrária à mão de batimento;

Chamada a 2 pés com o tronco ligeiramente recuado;

Na chamada, os pés são colocados alternadamente no solo (primeiro o pé do lado da mão de batimento e depois o outro).

Extensão das pernas e impulsão na vertical (a pelo menos 1 metro da rede), rodando o tronco atrás e “armando” o braço de batimento;

Rotação violenta do tronco à frente e batimento da bola com o braço em extensão, acima e à frente da cabeça, com a mão aberta e rígida e dedos unidos.

Batimento da bola de cima para baixo, tentando acertar no campo adversário.

Bloco

O bloco é uma ação tanto defensiva como ofensiva. Se por um lado ele serve para diminuir a força da bola, tornando mais fácil a receção da nossa equipa, também é uma ação ofensiva, pois procuramos bloquear a passagem da bola, fazendo-a embater nos nossos braços e voltar para o campo adversário.

Componentes críticas:

Deslocamento lateral junto à rede, na direção do local do remate adversário;

No deslocamento as pernas não devem cruzar, realizando-o de forma rasteira (com as pernas semifletidas);

Impulsão na vertical em frente ao remate do adversário, com os braços em extensão e os dedos bem abertos, procurando ocupar o maior espaço possível;

Manter os olhos abertos de forma a orientar as mãos e braços no sentido da bola;

Inclinar os braços à frente e fletir ligeiramente as mãos à frente, no momento do contacto com a bola, de forma a enviar a bola de volta para o campo adversário.

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CONTEÚDOS TÁTICOS

Defesa

A primeira ação defensiva do jogo é a receção ao serviço do adversário, ou posteriormente a receção a um remate, sendo habitualmente realizada através de uma manchete.

Neste 1º toque, procuramos reduzir a velocidade da bola, dirigindo-a em condições jogáveis para o companheiro de equipa que vai realizar o 2º toque (normalmente o passador ou distribuidor).

Bloco

Esta ação tem como objetivo evitar que a bola passe para o nosso campo ou pelo menos reduzir a sua velocidade. Pode ser executado por 1, 2 ou 3 jogadores. Proteção ao bloco

A proteção ao bloco pode ser feita pelo defesa que fica responsável pelo espaço à sua frente. Esta atitude é fundamental para o êxito do bloco, pois reduz as hipóteses do rematador da equipa contrária, ao não permitir a simulação do remate forte e posterior execução de um amorti (bola empurrada por cima do bloco para o espaço por trás deste).

Defesa do campo

Em geral, os jogadores do fundo do campo analisam atentamente a combinação atacante da equipa contrária, em posição base, preparando a sua opção defensiva.

Ataque

A primeira ação de ataque é o serviço, sendo importante que este crie dificuldades ao adversário, quer marcando ponto direto, quer obrigando o adversário a realizar uma receção deficiente, o que vai dificultar a sua ação de ataque.

2º toque da equipa - passe

O 2º toque da equipa é muito importante, pois apenas será possível um bom remate se o passe for bem executado. Para um bom passe é também necessária uma boa receção no primeiro toque.

3º toque da equipa – finalização do ataque

Em geral, o 3º toque da equipa é realizado em remate, procurando concluir o ponto. Para isso, é importante estudar os pontos fracos da defesa contrária e ter o

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domínio visual do campo adversário, para planear e realizar a melhor colocação de bola possível. Deve haver um compromisso entre a força e a colocação do remate, não servindo de nada a execução de remates muito fortes, se estes embaterem continuamente no bloco adversário.

Proteção ao ataque ou cobertura

Na finalização de um ataque, é importante a sua cobertura. Esta deve ser feita pelo jogador responsável pelo espaço onde é executado o remate, defendendo o espaço onde a bola pode cair se embater no bloco adversário.

Sistemas Táticos

Na aprendizagem, o sistema tático mais utilizado é o 6:6, em que todos os jogadores passam por todas as posições.

Evoluindo taticamente, temos os sistemas 3:3 e 4:2, em que já há posições definidas e é necessário realizar trocas de posição durante o jogo. Nestes sistemas há 3 rematadores e 3 passadores (3:3) e 4 rematadores e 2 passadores (4:2).

Nas equipas de alta competição, o sistema tático é o 5:1, o qual apresenta a máxima especialização. Neste sistema apenas há um passador em campo o que leva a trocas constantes de posição em jogo. Todos os outros jogadores são rematadores, com exceção dos momentos em que o líbero está em campo. O libero é um especialista defensivo (em especial nas bolas baixas) mas não pode rematar.