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Monitorização e Avaliação do Plano de Acção do Plano de Desenvolvimento Social (Referencial) Nota de Apresentação O presente documento constitui uma proposta de referencial do processo de monitorização e avaliação do Plano de Acção do Plano de Desenvolvimento Social (PDS), para 2009-2010, e enquadra-se numa forma mais lata na missão da Unidade de Avaliação e Monitorização Social do Território 1 . De forma sintetizada, e partindo duma breve reflexão sobre o entendimento e os pressupostos da Avaliação em contexto de Desenvolvimento Local, apresentam-se as principais orientações do processo de monitorização e avaliação dos Planos de Acção, definidos no âmbito do actual PDS. 1. Breve Enquadramento: a Avaliação em contexto de Desenvolvimento Social Territorial / Rede Social De acordo com a definição apresentada no âmbito do Programa Rede Social, “o Plano de Desenvolvimento Social, é um instrumento estruturante, de deliberação, onde se inscreve um projecto comum de mudança. Constitui um quadro estratégico de intervenção social, assente no conhecimento da realidade local (através do Diagnóstico Social), na definição de estratégias, objectivos e metas, concretizadas em Planos de Acção definidos numa base de negociação das principais acções/actividades, entre os parceiros, de acordo com a priorização dos problemas e das necessidades identificados” 2 . 1 De acordo com a proposta aprovada em sede de CLAS, no plenário de 23 Fevereiro 2006, a Unidade de Avaliação e Monitorização Social do Território, integra-se no Sistema de Informação e Comunicação, e define-se como sendo, uma estrutura que terá sob a sua responsabilidade a criação de condições para: a) a definição participada, de uma bateria de indicadores que permitam o desenvolvimento de processos de avaliação da intervenção desenvolvida no âmbito do CLAS, e monitorização do território no que respeita aos principais indicadores definidos no “Painel de Bordo”; b) o desenvolvimento de processos participados de avaliação e monitorização, do Diagnóstico Concelhio, do Plano de Desenvolvimento Social e respectivos Planos de Acção do Conselho Local de Acção Social; c) numa fase posterior, deverá igualmente permitir a monitorização dos projectos desenvolvidos no concelho. 2 In Programa Rede Social, Instituto para o Desenvolvimento Social, Setembro 2001.

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Monitorização e Avaliação do Plano de Acção do Plano de

Desenvolvimento Social

(Referencial) Nota de Apresentação

O presente documento constitui uma proposta de referencial do processo de

monitorização e avaliação do Plano de Acção do Plano de Desenvolvimento Social

(PDS), para 2009-2010, e enquadra-se numa forma mais lata na missão da Unidade de

Avaliação e Monitorização Social do Território1.

De forma sintetizada, e partindo duma breve reflexão sobre o entendimento e os

pressupostos da Avaliação em contexto de Desenvolvimento Local, apresentam-se as

principais orientações do processo de monitorização e avaliação dos Planos de Acção,

definidos no âmbito do actual PDS.

1. Breve Enquadramento: a Avaliação em contexto de Desenvolvimento Social

Territorial / Rede Social

De acordo com a definição apresentada no âmbito do Programa Rede Social, “o Plano

de Desenvolvimento Social, é um instrumento estruturante, de deliberação, onde se

inscreve um projecto comum de mudança. Constitui um quadro estratégico de

intervenção social, assente no conhecimento da realidade local (através do Diagnóstico

Social), na definição de estratégias, objectivos e metas, concretizadas em Planos de

Acção definidos numa base de negociação das principais acções/actividades, entre os

parceiros, de acordo com a priorização dos problemas e das necessidades

identificados”2.

1 De acordo com a proposta aprovada em sede de CLAS, no plenário de 23 Fevereiro 2006, a Unidade de Avaliação e Monitorização Social do Território, integra-se no Sistema de Informação e Comunicação, e define-se como sendo, uma estrutura que terá sob a sua responsabilidade a criação de condições para: a) a definição participada, de uma bateria de indicadores que permitam o desenvolvimento de processos de avaliação da intervenção desenvolvida no âmbito do CLAS, e monitorização do território no que respeita aos principais indicadores definidos no “Painel de Bordo”; b) o desenvolvimento de processos participados de avaliação e monitorização, do Diagnóstico Concelhio, do Plano de Desenvolvimento Social e respectivos Planos de Acção do Conselho Local de Acção Social; c) numa fase posterior, deverá igualmente permitir a monitorização dos projectos desenvolvidos no concelho. 2 In Programa Rede Social, Instituto para o Desenvolvimento Social, Setembro 2001.

Num contexto de luta contra a pobreza e de exclusão social, o PDS insere-se assim

numa lógica de Desenvolvimento Social Territorial (DST), o qual se define, como “(…)

sendo um processo participativo de produção social, que se constrói, com o maior

número de actores do mesmo território (população, instituições, poderes públicos),

sobre uma estratégia de definição negociada de um projecto de melhoria e promoção

social duradoura.”3 Este projecto, de natureza territorial, constitui um espaço de

encontro entre o social e o politico; entre os projectos dos diferentes agentes: cidadãos,

instituições, políticos, e agentes económicos; e entre a tomada de decisão e a realização

das acções.

Compreende-se portanto, que o entendimento dos processos de desenvolvimento social

territorial, vão mais além duma visão ligada unicamente ao acompanhamento individual

e ao desenvolvimento de projectos colectivos que privilegiem a integração dos mais

desfavorecidos. Eles são igualmente, processos de transformação dos territórios e de

melhoria das condições de vida das pessoas, de acordo com uma visão sistémica e

humanista, do progresso social.

É neste enquadramento, que a Avaliação deverá ser compreendida como um processo

transversal e articulado, com as diversas dimensões do DST – o Diagnóstico Social

Partilhado, a Participação dos cidadãos e o desenvolvimento de Projectos de

Intervenção Territoriais, assentes num processo de negociação, igualmente participado.

Enquanto estruturante do projecto, a avaliação está presente a montante e a jusante do

mesmo, e as suas metodologias confundem-se.

Múltiplos são os debates em torno, das questões associadas à natureza da avaliação4, e

sejam quais forem as respostas encontradas elas determinam sempre um

posicionamento face à intervenção e ao desenvolvimento social.

3 BERNOUX, Jean-François (2005), Mettre en Oeuvre le Développement Social Territorial. Paris: Dunod, pp.11. 4 Donde se destacam por exemplo: a) no que se pretende efectivamente avaliar? Os resultados das acções ou os processos que conduziram aos mesmos e os seus impactos nas populações e no território? b) se se segue, mais uma linha de controle da conformidade dos resultados com os objectivos? Ou outra, mais ligada ao conhecimento, à compreensão e à inovação? c) se se faz com ou sem a participação dos diversos agentes? d) se se faz numa base de verificação retrospectiva ou de acordo com uma visão prospectiva? e) se se faz com maior incidência nos territórios ou nas organizações?

Porém, centrando-nos na lógica do DST, a avaliação surge-nos distanciada duma visão

estrita da mesma5, cujo objecto, não é propriamente qualificar o projecto6, mas sim

medir o nível de concretização das acções definidas, o que conduz em geral à repetição

das mesmas e consequentemente, do idêntico. A avaliação para o desenvolvimento

social territorial, deverá centrar-se assim: (i) na análise das condições existentes para

“fazer o desenvolvimento”, tal como acima foi definido; (ii) no decurso do processo

afim de assegurar a sua interacção com a realidade que se pretende atingir.

Em síntese, e acercando-nos do modelo proposto por Jean-François Bernaux

(2005:121), avaliar para o desenvolvimento social territorial, é entre outros desenvolver

uma interligação entre os seus diferentes níveis. A saber:

Níveis da

Avaliação

Descrição

Principais

Indicadores-

Chave

1.

Avaliação Social

Que visa sobretudo identificar os meios necessários para a

redução das desigualdades existentes no território. Procede-se

aqui, a um olhar para o território, para os seus diferentes

actores e para as necessidades existentes, por forma a construir

um conhecimento que sirva de base à definição do projecto de

intervenção.

2.

Avaliação de

Desafios

No seguimento da anterior, identificam-se os objectivos que se

formulam a partir do entendimento das necessidades apontadas

(ponto de partida), e das aspirações (ponto de chegada). Trata-

se sobretudo de avaliar o impacto da intervenção, na vida das

pessoas directamente implicadas.

Pertinência

3.

Avaliação

Interna

Trata-se de medir a capacidade de acção e dos seus resultados,

à luz dos recursos mobilizados e existentes, tendo em

consideração os objectivos inicialmente traçados.

Eficiência

4.

Avaliação

Estratégica

Questiona-se aqui, a pertinência do Plano, ligando-o às razões

que motivaram a sua concepção e à realidade social que se

pretende melhorar, e que poderão conduzir a ajustamentos ou

novos olhares na realidade, ao nível da avaliação social.

Coerência

5 Na qual a avaliação incide somente sobre os resultados das acções e/ou sobre a análise dos meios e das estratégias então definidas. Neste sentido, de certa forma, concebe-se a avaliação como um exercício entre o ponto de partida e de chegada, para verificação do definido. 6 Ou seja, renovar o seu sentido e a sua apropriação pelos agentes.

2. Monitorização e Avaliação do Plano de Acção do PDS: uma proposta de

Organização e Funcionamento.

Face à natureza do processo desenvolvido no âmbito Rede Social e às condições

existentes, não nos é possível desenvolver à data, um processo de avaliação que nos

conduza ao atrás exposto. No caso do Plano de Acção do PDS 2008-2010, a avaliação

resume-se ao controle da conformidade dos resultados com os objectivos, devendo

todavia, futuramente, serem desenvolvidos esforços no sentido de se criar condições

para que a avaliação seja o sinónimo de uma verdadeira construção de mudança assente

na participação e num processo comum de aprendizagem de todos os implicados.

Neste sentido avaliam-se, fundamentalmente os Objectivos e as Acções, traçados em

função de cada Eixo estratégico do PDS, assente num processo de monitorização, que

permita acompanhar, controlar e gerir a acção, possibilitando a adopção de medidas de

correcção da mesma. A monitorização incide por isso, “ (…) sobre o cumprimento das

actividades planeadas em termos (a) da própria realização dessas actividades; (b) do

calendário traçado; (c) dos recursos humanos, materiais e financeiros programados;

(d) dos efeitos desejados. (…) por meio da medição periódica e sistemática de uma

bateria de indicadores seleccionados.”7

2.1 Monitorização e Avaliação do Plano de Acção do PDS 2008-2010: Quem, Como

e Quando se faz?

Quem?

Com Quem?

Quando?

Como?

Observações

Monitorização

e

Avaliação

Núcleo

Executivo /

Secretariado

Técnico

Equipas

Operacionais

responsáveis pela

implementação dos

Projectos/Acções

Em 3

Momentos:

(até…)

30 Março

30 Junho

* Reuniões

* workshops

* Focus Group

* Preenchimento dos

instrumentos de

7 In Mapa – Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, 2006, pp.258.

Técnicas de Apoio

às CSF/IF

15

Dezembro

monitorização

/avaliação

Técnicas de

Apoio às

CSF/IF

Presidências das

CSF/IF

Equipas

Operacionais

responsáveis pela

implementação dos

Projectos/Acções

Em 3

Momentos:

(até…)

20 Março

20 Junho

5

Dezembro

* Reuniões

* workshops

* Focus Group

* Preenchimento dos

instrumentos de

monitorização

/avaliação

Quando existam

acções dos

Planos de Acção

das CSF/IF que

concorram

directamente

para a

concretização

dos objectivos

do PDS / Plano

de Acção.

CLAS

Núcleo Executivo

Parceiros

Dois

momentos:

Maio/Junho

Nov/Dez

* Reunião Plenária

ordinária

2.2 Principais Instrumentos de Monitorização e Avaliação

Identificam-se como principais instrumentos de suporte aos processos de monitorização

e avaliação:

1. Ficha de Identificação e Caracterização do Projecto/Acção

2. Ficha de Caracterização da Equipa responsável de Projecto/Acção

3. Ficha de Acompanhamento do Projecto/Acção (ponto de situação/monitorização)

4. Ficha Síntese de Avaliação do Projecto/Acção

5. Ficha Síntese das Reuniões desenvolvidas no âmbito do Projecto/Acção

6. Ficha de Relatório Síntese de Reunião

Acercando-nos da experiência da Rede Social de Cascais, e partindo da partilha8

existente, apresenta-se de seguida uma proposta de modelo de Fichas, que em caso de

aprovação deverão ser assumidos por todos os parceiros com responsabilidades na

prossecução do PDS e dos seus respectivos Planos de Acção, e porque neste âmbito se

8 Durante 2008 e no âmbito do Sistema de Informação e Comunicação, têm vindo a ser desenvolvidos contactos entre os técnicos das Redes Sociais que integram a Plataforma Supraconcelhia, que têm permitido não só o desenvolvimento de trabalho conjunto como também a partilha de experiências e dalguns instrumentos de acção. No caso em questão, os instrumentos que agora se propõem resultam de uma adaptação dos existentes em Cascais, para o mesmo efeito.

justifica a harmonização e o reforço das dinâmicas de monitorização e avaliação ao

nível das CSF/IF, estes documentos deverão ser ainda integrados pelas mesmas.

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