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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII COLEGIADO DE ENFERMAGEM ANGELITA MARIA CARNEIRO A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE DA MULHER E O PAPEL DA ENFERMAGEM NO INCENTIVO A ESSA PRÁTICA SENHOR DO BONFIM 2012

Monografia Angelita Enfermagem 2012

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Enfermagem 2012

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Page 1: Monografia Angelita Enfermagem 2012

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

COLEGIADO DE ENFERMAGEM ANGELITA MARIA CARNEIRO

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE DA MULHER E O

PAPEL DA ENFERMAGEM NO INCENTIVO A ESSA PRÁTICA

SENHOR DO BONFIM 2012

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ANGELITA MARIA CARNEIRO

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE DA MULHER E O

PAPEL DA ENFERMAGEM NO INCENTIVO A ESSA PRÁTICA

Monografia apresentada como requisito obtenção do titulo de Bacharel em Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – campus VII, tendo como orientadora a PHD Drª. Maria de Fátima Brazil dos Santos Souto.

SENHOR DO BONFIM 2012

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ANGELITA MARIA CARNEIRO A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE DA MULHER E O

PAPEL DA ENFERMAGEM NO INCENTIVO A ESSA PRÁTICA Trabalho de Conclusão de curso como requisito para obtenção do titulo de

Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia Departamento de Educação-Campus VII

___/___/___

Data da aprovação

Banca

__________________________________

Dra. Maria de Fátima Brazil dos Santos Souto Universidade do Estado da Bahia

Orientadora

__________________________________

Thaisy Luzia Campos Fernandes

Membro da banca

_________________________________

Antonia Adonis Callou Sampaio

Membro da banca

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, por ter me dado forças e iluminando meu caminho para que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida;

A meu pai, José Rubem, pelo apoio e esforço para ajudar-me a realizar este sonho e principalmente, por sempre ter me ensinado a ser forte, a determinar focos em minha vida e por confiar no meu potencial;

A minha mãe Abelita Maria, pelo imenso amor e confiança que foram o alicerce de meus passos durante toda essa jornada, mulher pela qual tenho maior orgulho de chamar de mãe, meu eterno agradecimento por estar sempre ao meu lado vibrando pelo meu sucesso.

Aos meus irmãos Valdiana e Jonilson pelo carinho, apoio e atenção que sempre tiveram comigo, especialmente minha irmã por todos os conselhos e confiança em mim depositada.

As minhas sobrinhas, Rúbia e Yasmin, pelo imenso amor e respeito que dedicam a mim.

A meu marido Wanderson, meu companheiro incondicional, por toda compreensão, respeito e incentivo nesta minha caminhada.

A professora e orientadora deste trabalho, Maria de Fátima, pela dedicação, ensinamento e incentivo à concretização desta monografia.

Por fim, a todos os meus amigos e familiares por compreenderem minha ausência, nos momentos em que a dedicação aos estudos foi exclusivo.

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Dedico este trabalho aos meus pais, por todo o amor e dedicação para comigo, por terem sido a peça fundamental para que eu tenha me tornado a pessoa que hoje sou.

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"Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã." (Chico Xavier)

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RESUMO

Este trabalho reúne uma seleção de estudos que têm contribuído para aumentar a compreensão sobre os benefícios do aleitamento materno para a mãe e a contribuição da enfermagem no incentivo e esclarecimento à prática da amamentação. Trata-se de uma pesquisa descritiva de revisão de literatura, realizada através de uma busca ativa no site da biblioteca virtual em saúde – BVS em LILACS, disponível no site: http://lilacs.bvsalud.org/ e publicações do Ministério da Saúde do Brasil. Foram selecionados os trabalhos completos, escritos na Língua Portuguesa e publicados no período de 2000 a 2010. A análise do estudo realiza-se através da discussão entre estudos e pensamentos dos autores. Levando em consideração a grande relevância do tema, o período de 10 anos de pesquisa e diante dos achados é notório a necessidade de mais pesquisas nesta área, assim como de iniciativas governamentais que auxiliem os profissionais de saúde a prestarem um atendimento de pré-natal não só técnico, mas também educativo.

Palavras-Chaves: importância, aleitamento, saúde materna

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ABSTRACT

This work brings a selection of studies that have contributed to increase the

understanding about the benefits of breastfeeding to the mother and contribution of

nursing profession on encouraging and clarifying the practice of breastfeeding. This

is a descriptive research literature review, performed through an active searching on

the site of the virtual library in health - in LILACS VLH, available at:

http://lilacs.bvsalud.org/ and publications of the Ministry of Health Brazil. We selected

the complete works, written in Portuguese and published in the period from 2000 to

2010. The survey analysis takes place through the discussion between studies and

thoughts of the authors. Considering the great importance of the topic, the period of

10 years of research and findings in the face of it is obvious the need for further

research, as well as government initiatives that help the health professionals to

provide a prenatal care does not only technical but also educational.

Key Words: importance, breastfeeding, maternal health

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11

Produção láctea 11

Benefícios da amamentação para a saúde da mulher 14

Dificuldades para realizar a amamentação 17

Papel da Enfermagem 20

CONCLUSÃO 28

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS 29

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INTRODUÇÃO

Em contraste com o avanço do conhecimento sobre o papel da amamentação e do

leite humano para a saúde da criança, sabe-se pouco acerca dos benefícios do

aleitamento materno para a mulher (REA, 2004).

Alguns autores como Antunes et al., (2008) e Almeida e Novak (2004) trazem que a

amamentação tem papel importante sob vários aspectos para a mulher, desta forma

ao amamentar, o instinto maternal é satisfeito e supre a separação abrupta ocorrida

no momento do parto que pode causar até depressão, “protege” contra uma nova

gestação através do método de LAM (Método de Amenorréia Lactacional), o

estresse e mau humor são reduzidos, a forma física retorna ao peso pré-gestacional,

possui menor risco de desenvolver artrite reumatóide, risco reduzido de osteoporose

aos 65 anos e menor probabilidade de desenvolver esclerose múltipla, além de

diminuir a chance de desenvolver câncer endometrial, de ovário e de mama.

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) o profissional de enfermagem

deve apoiar e incentivar a lactante a por em prática o aleitamento materno,

preparando-a psicologicamente, informando-a sobre a fisiologia da lactação e seus

benefícios para o binômio mãe-filho.

Baseado nessas argumentações o presente trabalho de Revisão de Literatura

objetiva identificar os benefícios da amamentação para a saúde da mulher,

verificando a contribuição da enfermagem no incentivo e esclarecimento a esta

prática.

Para a concretização deste estudo foi realizada uma busca ativa no site da biblioteca

virtual em saúde – BVS em LILACS, disponível no site: http://lilacs.bvsalud.org/ e

publicações do Ministério da Saúde do Brasil no período de 2000 a 2010, utilizando

como descritores as palavras importância, aleitamento e saúde materna.

A seleção dos artigos para esta pesquisa teve como critério os textos publicados na

íntegra, escritos em Língua Portuguesa e no período acima citado, sendo discutidos

17 artigos de diferentes revistas como: Revistas de Enfermagem, Saúde Coletiva,

Materno Infantil, de Pediatria e Saúde Pública, que se enquadravam nesses critérios

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de seleção. Para desenvolver este estudo todos os artigos foram analisados e

discutiu-se os seguintes tópicos: (1) Produção láctea; (2) Benefícios da

amamentação para a saúde da mulher; (3) Dificuldades para realizar a

amamentação; (4) Papel da enfermagem.

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REVISÃO DE LITERATURA

Produção Láctea

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) a mama é formada em parte

por tecido glandular e em parte por tecido conjuntivo e gordura, sendo que o tecido

glandular produz o leite que posteriormente é conduzido ao mamilo através de

pequenos canais ou ductos que antes de atingir o mamilo se torna mais largo e

formam os seios lactíferos, nos quais o leite é armazenado; aproximadamente 10-20

ductos muito finos ligam os seios lactíferos ao exterior através da ponta do mamilo

que é muito sensível já que possui várias terminações nervosas o que é um

importante fator para o desencadeamento dos reflexos que auxiliam a “descida” do

leite.

Segundo ainda o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) ao redor do mamilo há um

círculo de pele mais escura chamado de aréola onde se situam as glândulas de

Montgomery (pequenas glândulas sebáceas) que produzem um líquido oleoso que

ajuda a manter a pele do mamilo macia e em boas condições

De acordo com Kenner (2001 apud SILVA et al., 2009) a lactação é um fenômeno

que ocorre pela ação de hormônios desencadeados pela glândula hipófise, entre os

quais, encontram-se a ocitocina, responsável pela descida do leite e a prolactina,

que possui a função de propiciar a ejeção do leite, mecanismos que ocorrem devido

ao ato de sucção, que estimula o sistema neuro-endócrino materno, possibilitando a

presença de leite no interior dos alvéolos mamários.

A lactogênese acontece quando a glândula mamária inicia a produção de secreção

de leite o que geralmente acontece entre 48 e 72 horas após o parto e alguns

fatores como o tecido mamário desenvolvido, níveis plasmáticos de prolactina

elevados e uma queda do nível de estrogênio e progesterona fazem parte do

processo de desenvolvimento da lactogênese (FIGUEIREDO, 2005 apud SILVA et

al., 2009).

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Ainda segundo Kenner (2001 apud SILVA et al.,2009) após a expulsão da placenta e

a diminuição do estrogênio e do hormônio progesterona circulante, a glândula

pituitária anterior secreta prolactina, um dos muitos hormônios que estimulam o

crescimento e o desenvolvimento da glândula mamária, dessa forma , as células

secretoras alveolares começam a extrair nutrientes do sangue e a convertê-los em

leite.

De acordo com o estágio da lactação o leite humano muda de composição e volume,

assim, no primeiro estágio o colostro já está presente nas mamas e se apresenta

como um líquido claro amarelado, rico em imunoglobulinas, proteínas e minerais; no

segundo estágio o leite apresenta-se menos concentrado e já começa a “descer” e

quanto maior for a sucção, maior será a quantidade de leite e o volume das mamas;

na terceira e última fase o leite muda sua composição a cada sucção, contendo mais

gordura o que auxilia o bebê a manter uma alimentação equilibrada (BOBAK,

LOWCLERMILK e PERRY 2002 apud AMORIM e ANDRADE, 2009) .

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) a glândula pituitária produz

mais prolactina durante a noite do que durante o dia. Portanto, o aleitamento

materno à noite ajuda a manter uma boa produção de leite. Entretanto, Kenner

(2001 apud SILVA et al., 2009) traz que a prolactina é um hormônio secretado

intermitentemente durante o dia, e a secreção aumenta durante o sono e as

alimentações noturnas e sendo assim, a alimentação frequente durante o período de

24 horas melhora a secreção de prolactina e aumenta significativamente a produção

de leite.

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) além dessa função de aumentar a

produção do leite a prolactina, juntamente com outros hormônios, podem ainda inibir

os ovários e assim, o AM (Aleitamento Materno) acaba retardando o retorno da

fertilidade e da menstruação, efeito esse que depende de uma sucção frequente e

de uma continuação da amamentação durante a noite para estimular a secreção de

prolactina e outros hormônios, sendo assim, se a criança inicia suplementos de

qualquer tipo, a mãe pode voltar a ovular e a menstruar e o AM deixa de espaçar a

ocorrência dos partos.

O hormônio ocitocina torna o leite materno disponível para o bebê através de um

reflexo de esvaziamento conhecido como “ejeção do leite”, em que a estimulação do

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mamilo leva o hipotálamo a desencadear em torno do alvéolo a contração e ejeção

do leite dentro dos ductos do seio, tornando o leite disponível através de aberturas

nos mamilos e este reflexo condicionado de “esvaziamento”, ocorre após 2 a 3

minutos de sucção durante os primeiros dias de aleitamento (KENNER, 2001 apud

SILVA et al., 2009).

Brasil (2001) defende que os sentimentos, os pensamentos e as sensações da mãe

podem afetar esse processo de esvaziamento, sendo assim, a glândula pituitária de

uma nutriz pode produzir ocitocina se pensar no filho com carinho, se escutar seu

choro ou ter confiança em sua capacidade de amamentar,mas se tiver dúvidas, suas

preocupações podem inibir a “descida” do leite.

Para Figueiredo (2005 apud SILVA et al., 2009) algumas mulheres não têm sintomas

de esvaziamento, outras apresentam uma sensação de formigamento, outras ainda

uma dor momentânea nos mamilos vindo da parede torácica e no período pós-parto

inicial, outros sintomas de esvaziamento podem incluir cólicas uterinas, causadas

pela ação da ocitocina e um leve aumento de lóquios, os quais determinam a

involução uterina, justificando também que o ato de amamentar induz uma rápida

involução do organismo puerperal.

Rezende (2005 apud SILVA et al., 2009) traz que a restrição do tempo de sucção é

uma prática baseada na noção errada de que a sucção prolongada causa

traumatismo nos mamilos, o que pode interromper o funcionamento ideal do reflexo

de esvaziamento por evitar que o bebê esvazie completamente os ductos e acumule

o leite sinalizando ao organismo que interrompa a sua produção, levando ao

ingurgitamento e enrijecimento dos seios e achatamento dos mamilos, o que impede

a pega adequada do bebê. Para este mesmo autor, o organismo responde ao

ingurgitamento suspendendo a produção de leite, é o que se chama de feedback ou

retroalimentação do sistema neuro-endócrino-hipofisário; sendo assim, nos primeiros

dias de amamentação, a restrição do tempo de sucção pode estabelecer um sistema

de retroalimentação negativa que pode levar a uma produção insuficiente de leite e

do mesmo modo, pode forçar o bebê a se alimentar com mais frequência para

satisfazer a sua necessidade.

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Benefícios da amamentação para a saúde da mulher

Em contraste com o avanço do conhecimento sobre o papel da amamentação e do

leite humano para a saúde da criança, sabe-se pouco acerca dos benefícios do

aleitamento materno para a mulher, e por isso este tema deve constituir um

importante objeto de estudo nas próximas décadas (REA, 2004).

Segundo Pereira et al., (2000) as mães verbalizam amplamente a importância da

prática da amamentação, ainda que nem todas saibam expor os benefícios que o

leite materno traz para seus filhos e para si mesma e segundo as entrevistas

realizadas com algumas mães em programas pré-natais, os aspectos sobre

amamentação menos conhecidos por elas foram a importância do colostro, o

estímulo da sucção do seio pelo bebê para a produção do leite materno, as

situações em que a mãe não deve amamentar (AIDS), a relação entre dieta materna

e amamentação e os benefícios da lactação para a mãe, denotando falha no sistema

de saúde quanto à universalização das informações sobre aspectos de fundamental

importância.

A amamentação tem papel importante sob vários aspectos para a mulher, pois ao

amamentar, o instinto maternal é satisfeito e supre a separação abrupta ocorrida no

momento do parto, que pode causar até depressão; há redução de estresse e mau

humor, efeito este mediado pelo hormônio ocitocina, que é liberado na corrente

sanguínea durante a amamentação em altos níveis (MEZZACAPPA e KATLIN, 2002

apud ANTUNES et.al., 2008).

Ramos e Almeida (2003) sobre a ocitocina comentam que sua liberação começa na

hora do parto para a promoção da contração uterina e sua ação é continuada e

potencializada no ato da amamentação pela estimulação que a sucção causa sobre

a hipófise, dessa forma, a descarga de hormônio que ocorre, reduz o tamanho do

útero, libera a placenta, diminui o sangramento pós-parto, causa atraso da

menstruação e conseqüente prevenção à anemia, sendo que, enquanto não começa

a menstruação e a mulher amamenta exclusivamente, a proteção quanto à gravidez

fica em torno de 98% nos primeiros seis meses e depois cai para 96%, período em

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que as mulheres estão aplicando uma técnica de planejamento familiar

extremamente segura chamada LAM (Método de Amenorréia Lactacional).

Newcomb et al., (1994 apud REA, 2004) chama também atenção para essa prática

do LAM defendendo que para que a mulher utilize a amamentação como prática

contraceptiva, ela deve: (1) estar nos primeiros 6 meses pós-parto; (2) não ter

menstruado; e (3) amamentar exclusivamente ou quase exclusivamente,

recomendações que se apóiam no Consenso de Bellagio, de 1988, baseado na

revisão de todos os estudos sobre o tema publicados até aquela época .

Rea (2004) discute ainda em seu artigo sobre outros benefícios da amamentação

para a mulher, como a recuperação do peso pré-gestacional, revelando que na

gravidez, acumulam-se reservas da ordem de 100-150 calorias por dia e a mulher

muitas vezes termina a gestação com sobrepeso, desta maneira a mulher volta ao

peso pré-gravidez após algum tempo, que é variável (DEWEY, HEINIG e NOMMSEN,

1993 apud REA, 2004). No puerpério, quando o organismo da mulher está

preparado para lactar, nem sempre ela consome a quantidade necessária de

calorias para produzir o leite que o bebê necessita ingerir e sendo a amamentação

exclusiva, todas as calorias que o bebê estiver consumindo serão de origem

materna e assim a quantidade retirada da mãe maior será (GIGANTE et al., 2001

apud REA, 2004).

Sterken (1999 apud ANTUNES et al., 2008) revela outros benefícios relacionados à

mulher após a amamentação como: menor risco de desenvolver artrite reumatóide,

risco reduzido de osteoporose aos 65 anos e menor probabilidade de desenvolver

esclerose múltipla.

Melton et al., (p. 143, 1993 apud REA, 2004) também traz sobre a fratura por

osteoporose:

Durante a fase de lactação, a mulher produz de 600 a 1.000 ml de leite por dia, com uma perda média diária de cálcio de 200 mg, o que poderia levar, por exemplo, a fratura óssea por perda desse mineral, especialmente se a amamentação for exclusiva por 6 meses (como é recomendado). Seria plausível, portanto, supor que a amamentação aumente o risco de fraturas, já que as perdas de cálcio e as modificações hormonais ocorridas na gravidez e na lactação podem ser responsáveis por modificações ósseas que facilitem fraturas. Porém, sabe-se que na natureza tal perda se recupera no período de desmame e de retorno menstrual. De fato, a massa óssea mostrou-se com maior densidade mineral entre mulheres que

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amamentaram por mais de 8 meses, em estudo realizado em Minnesota, Estados Unidos.

Antunes et al., (2008) estudando vários autores relata outros benefícios da

amamentação em relação aos diversos tipos de câncer: amamentar por no mínimo

dois meses reduz o risco de câncer no epitélio ovariano em 25%, (STERKEN, 1999

e SCHNEIDER, 1987 apud ANTUNES et al., 2008); de 3 a 24 meses é um dos

principais fatores protetores do câncer de mama que ocorre antes da menopausa

(OLAYA-CONTRERAS et al., 1999 apud ANTUNES et al., 2008); estabiliza o

progresso da endometriose materna diminuindo o risco de câncer endometrial e de

ovário (ROSENBLATT e THOMAS, 1995 apud ANTUNES et al., 2008).

Segundo Collaborative Group On Hormonal Factors In Breast Cancer (2002 apud

REA, 2004), uma revisão de 47 estudos realizados em 30 países envolvendo cerca

de 50 mil mulheres com câncer de mama e 97 mil controles sugere que o

aleitamento materno pode ser responsável por 2/3 da redução estimada no câncer

de mama.

Quanto ao câncer de ovário, embora a etiopatogenia não esteja totalmente

esclarecida, uma das hipóteses plausíveis é de que o câncer apareceria no epitélio

ovariano devido a traumas ininterruptos de ovulações e proliferações celulares, com

a formação de cistos onde as células malignas poderiam se reproduzir mais

facilmente, embora existam poucos estudos relacionando a prática de amamentar ao

câncer de ovário, pode-se afirmar que o risco da doença é menor em mulheres que

amamentam (LABBOK, 2001; ROSENBLATT e THOMAS, 1993 apud REA 2004).

A Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza um

programa de atenção pré-natal com grande ênfase nas atividades educativas e os

profissionais de saúde que se envolvem com as atividades de cunho educativo são

os enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais cujas ações

educativas acontecem diariamente, utilizando vários recursos didáticos; Assim, são

enfocados temas como o preparo dos seios, prevenção e tratamento de rachaduras

no bico do seio, importância do colostro, vantagens da amamentação para a mãe e

para o bebê (PEREIRA et al., 2000). Este autor em seu estudo realizado com 135

puérperas nesta maternidade da UFRJ sobre o conhecimento materno em

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amamentação confirma que a maioria das mulheres considerara que a

amamentação traz benefícios para elas próprias, sendo os benefícios mais citados a

praticidade e o prazer, seguidos da perda de peso, porém a grande maioria não

considera a amamentação como um método contraceptivo.

Neste mesmo estudo, o autor preocupa-se pelo fato de apenas 53,3% das mulheres

relatarem ter recebido informações sobre AM no pré-natal, considerando-se que as

informações sobre aleitamento materno são parte integrante da atenção pré-natal

realizada na Maternidade-Escola, o que poderia ser justificado pelo fato de as

mulheres não se lembrarem de ter recebido tais informações e a possibilidade de

uma falha no acompanhamento pré-natal (PEREIRA et al., 2000).

Dificuldades para realizar a amamentação

A motivação para o AM está alicerçada em princípios biomédicos e culturais, de

acordo com o momento histórico e a intencionalidade atribuída ao ato de amamentar

já que, os princípios biomédicos reforçam os discursos de promoção à saúde da

criança e são repetidos pelos profissionais da saúde durante a atenção à saúde da

mulher (ANTUNES et al, 2008). Todavia, sob o aspecto cultural, a temática da

amamentação admite outros olhares, sejam eles de apoio ou de rejeição, pois cada

mulher possui diferentes experiências e interferências, tanto da família e de outros

membros da comunidade em que vive, quanto dos profissionais da saúde (ALMEIDA

e NOVAK, 2004 apud JUNGES et al., 2010).

Segundo Lunardi e Bulhosa (2004) a prática do AM é uma experiência que envolve

fatores relacionados à criança e à mulher e parece não depender exclusivamente da

sua decisão de amamentar durante a gestação, já que a tomada de decisão em

amamentar depende do que a mulher considera como prioritário para ela e seu filho;

logo, a mulher nesse processo está continuamente avaliando os riscos e benefícios

de alimentar seu filho com o próprio leite. A cultura familiar se faz presente na

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prática do AM, influenciando a mulher com seus conhecimentos, por isso é

importante que um familiar, significante no processo, seja preparado pelo

profissional/ instituição de saúde para participar do AM e que a mulher seja vista

como um todo, um ser integral e singular, dessa forma, valorizando suas

experiências assim como sua realidade e expectativas frente ao ser mulher-mãe

podem ajudar no sucesso da prática do AM (REZENDE et al., 2002 apud LUNARDI,

BULHOSA, 2004).

O aleitamento não é uma prática fácil, exigindo uma adaptação da mulher ao seu

novo papel de mulher-mãe, logo, fatores como falta de apoio, experiências negativas

do AM, retorno ao trabalho, problemas mamários, depressão pós-parto, auto-

imagem prejudicada, condição biológica da mulher, papel da mulher na família

podem dificultar o AM (ALMEIDA, 1997; ICHISATO e SHIMO, 2001 apud LUNARDI;

BULHOSA, 2004).

As crenças e os tabus fazem parte de uma herança sociocultural, determinando

diferentes significados do aleitamento para a mulher já que a decisão de amamentar

ou não o seu bebê depende da importância atribuída a esta prática que

freqüentemente é fundamentada nas informações transmitidas culturalmente através

do relacionamento avó-mãe-filha (RAMOS e ALMEIDA, 2003).

Marques et al., (2010) estudando vários autores trouxe relatos sobre os fatores que

influenciam no desejo e na decisão de amamentar e destaca que a amamentação

não é uma prática meramente instintiva, mas é um ato fortemente influenciado pela

vivência da mãe-nutriz em sociedade, isto é, o contexto sociocultural se sobrepõe

aos determinantes biológicos (ALMEIDA E NOVAK, 2004 apud MARQUES et al.,

2010). Sob esta perspectiva, o conhecimento da rede social na qual o indivíduo -

neste caso a nutriz - e seus familiares estão inseridos permite compreender a

dinâmica de suas relações, sendo estas fontes de reflexão e objetos de

estabelecimento de ações de intervenção mais eficazes (SOUZA, 2006 apud

MARQUES et al., 2010).

Ainda de acordo com Marques et al., (2010) a rede social da nutriz pode exercer

interferência na decisão de amamentar, através de díspares determinantes, tais

como: (1) o incentivo/apoio; (2) o repasse de conhecimentos e valores culturais

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obtidos pela observação, experiência de vida e tradição familiar; (3) o

desinteresse/desestímulo e a pressão à lactante em relação à forma de alimentar a

criança e (4) a orientação quanto à fisiologia e benefícios da amamentação; e ao

cuidado com o bebê através do diálogo, do compartilhamento de angústias e

dúvidas.

Um estudo realizado no município de Conchas, no estado de São Paulo, uma área

totalmente coberta pelo Programa de Saúde da Família, cujo objetivo era identificar

a prevalência dos diferentes tipos de aleitamento e sua relação com variáveis

maternas foram citadas como dificuldades para realizar a amamentação: fissuras no

seio, ausência de leite e bicos de seios invertidos (PARADA et al., 2005).

Brito e Oliveira (2006) mostra que as relações - e tensões - paternidade e lactação

podem ser origem de novos conflitos entre marido e mulher, facilitando a

emergência de problemas antigos mal resolvidos, devido ao sentimento de carência

de afeto por parte da companheira - sentida pelo homem -, bem como o sentimento

de ciúme, competição, rivalidade dele para com o filho; de outro modo, é também

fator de aproximação do casal. Durante a lactação, alguns homens identificam sua

esposa como sua mãe, o que pode interferir na relação sexual, além disso, as

modificações corporais decorrentes da gravidez podem levar à diminuição do

interesse sexual ou mesmo o afastamento do casal e ainda após o nascimento da

criança, o marido deixa de ver o corpo da mulher como seu somente - a presença do

leite materno serve de "sinal" que o seio de sua mulher agora pertence ao seu filho

(SUSIN, 2004 apud MARQUES et al., 2010).

As mulheres em seus discursos costumam relatar a banalização do seu sofrimento

pela equipe de saúde, principalmente enfermeiras, que não possibilitam o apoio

necessário à mulher e se configura num dos fatores do desmame dessa forma,

pode-se enfatizar a necessidade do treinamento do profissional de saúde que lida

precocemente com a mãe através de treinamentos (RAMOS e ALMEIDA, 2003).

Antunes et al., (2008) defende que o SUS como provedor de um processo social em

construção permanente deve promover contínua discussão sobre como se

implementar políticas de saúde relacionadas à amamentação.

Page 21: Monografia Angelita Enfermagem 2012

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Papel da Enfermagem

Amamentar requer um complexo conjunto de condições interacionais no contexto

social da mulher e de seu filho e só a informação, ou orientação, não basta para que

as mulheres tenham sucesso em sua experiência de amamentar, ou fiquem

motivadas a fazê-lo; É necessário dar condições concretas para que mães e bebês

vivenciem esse processo de forma prazerosa e com eficácia (SILVA, 2000).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (1989 apud CICONI, VENANCIO e

ESCUDER, 2004) para que o início e o estabelecimento do aleitamento tenham

êxito, as mães necessitam do apoio ativo, durante a gravidez e após o parto, não

apenas de suas famílias e comunidades, mas também de todo o sistema de saúde,

sendo assim, os profissionais de saúde com quem gestantes e puérperas entrasse

em contato deveriam estar comprometidos com a promoção do aleitamento materno,

e ser capazes tanto de fornecer informações apropriadas como de demonstrar

habilidade prática no manejo do aleitamento. Embora, de acordo com uma pesquisa

realizada em São Paulo e Recife tenha identificado que os profissionais de saúde

conhecem melhor a teoria do que a prática sobre AM (REA e BERQUIÓ, 1990 apud

CICONI, VENANCIO e ESCUDER, 2004).

Para Mascarenhas et al., (2006) o sucesso do aleitamento depende de fatores

históricos, socioculturais e psicológicos da puérpera e do compromisso e

conhecimento técnico-científico dos profissionais de saúde envolvidos na promoção,

incentivo e apoio ao aleitamento materno.

De acordo com Amorim; Andrade (2009):

O enfermeiro é o profissional que, seja na rede básica, hospitalar ou ambulatorial, deve estar preparado para lidar e direcionar uma demanda diversificada, principalmente quando se tratar de questões de ordem da mulher nutriz, deve ser capaz de identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o diagnóstico e o tratamento adequados. Acrescenta ainda que este mesmo profissional de saúde tem compromisso de atuar não apenas em função de seu conhecimento científico ou habilidades técnicas que possui, mas principalmente pela arte e sensibilidade que pode desenvolver no outro os sentimentos, vontades e que induzem ao aleitamento materno (p. 95).

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Algumas gestantes podem sentir-se mais a vontade para falar livremente com o enfermeiro em vez de outro profissional, e eventualmente, os enfermeiros têm mais disponibilidade para isso, pois permanece maior tempo no serviço, do que os profissionais de medicina. Esta inserção do enfermeiro realizando atividades atende um dos princípios basilares do SUS que é o da Integralidade e da Eqüidade, em realizar atividades de assistência às gestantes, visando à prevenção e promoção da saúde da mulher e da criança [...] (p. 108-9).

Para estes autores, orientar sobre amamentação requer tempo e isso muitas vezes

nas consultas médicas de pré-natal dificilmente acontece, por isso é preciso

disponibilidade para ouvir essas mulheres, afim de que ela conte suas experiências

anteriores, suas crenças e mitos que sem dúvida são fatores relevantes para o

futuro da próxima amamentação e este tem sido um dos papéis fundamentais que o

enfermeiro tem podido exercer.

Barreto, Silva e Christoffel (2009) estudando alguns autores defende, sobretudo, que

a sensibilidade e disponibilidade do enfermeiro, para estar com os pais e familiares

nesse processo, deve estar de acordo com ações que reflitam o reconhecimento dos

pais e familiares como pessoas importantes e como sujeitos de atos relevantes para

a criança (SILVA, MOURA e SILVA, 2007 apud BARRETO, SILVA e CHRISTOFFEL

2009). E para que se tenha uma assistência de enfermagem de qualidade, é

necessário que tenhamos a mãe, e por extensão a família, como aliada no contexto

da assistência ao lactente, para que ela possa desenvolver a indispensável ligação

afetiva mãe-bebê (PERCEGONI, ARAÚJO e SILVA, 2002 apud BARRETO, SILVA e

CHRISTOFFEL 2009).

Um dos grandes desafios de toda equipe de saúde para alcançar os objetivos dos

projetos e programas de incentivo ao AM reside na busca por compreender os reais

motivos pelos quais muitas mulheres deixam de amamentar seus filhos e desafio

maior, por conseguinte, é atuar junto a elas, na tentativa de intervir nos aspectos que

levam à decisão de desmame e introdução precoce de outros líquidos, ou alimentos,

na dieta do recém-nascido (SILVA, 2000).

Para Parada et al., (2005) a promoção do AM deveria ser vista como ação prioritária

para a melhoria da saúde e da qualidade de vida das crianças e de suas famílias, já

que pode ser um bom exemplo de política pública que envolve a família,

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comunidade, governos e sociedade civil, com baixo custo e excelente impacto sobre

o desenvolvimento infantil.

Segundo estes mesmos autores (p. 408):

O Programa Saúde da Família (PSF) pode ser uma boa estratégia para promoção e apoio ao AM, na medida em que oferece às famílias atenção à saúde preventiva e curativa, em suas próprias comunidades. Especificamente com relação à amamentação, a equipe de saúde da família pode desenvolver atividades educativas desde o período pré-natal, buscando interagir mais efetivamente com as mulheres, possibilitando conhecer suas experiências anteriores, o que significa para ela, naquele momento, a gravidez e outros aspectos subjetivos que possam favorecer ou não o processo do aleitamento materno. Também é possível atuar efetivamente nas intercorrências comuns no início da amamentação, como traumas mamilares, ingurgitamento mamário e mastite, responsáveis muitas vezes pelo desmame precoce. Entretanto, mesmo em áreas de atuação de equipes de saúde da família, tem sido um desafio ampliar a adesão à prática do aleitamento materno, especialmente na forma exclusiva.

Melo (2000 apud AMORIM e ANDRADE 2009) trazem que atualmente, o P.S.F. tem

sido a porta de entrada da população para o sistema de saúde do município e nele

as gestantes são cadastradas, encaminhadas e acompanhadas ao pré-natal e ao

Programa Municipal de Atenção as Gestantes, que objetiva prestar atenção integral

durante o período de gestação, dando orientações visando o bem-estar da mãe e do

bebê. Incentivando o aleitamento materno, através de palestras, orientando em

relação nos mitos da concessão do enxoval do bebê.

O PSF pretende integrar os princípios do SUS com a comunidade, trabalha com

uma concepção de saúde centrada na promoção da qualidade de vida, tem uma

relação mais próxima entre as pessoas, tende a humanizar a assistência

estabelecendo uma nova relação entre os profissionais da saúde e a comunidade

(BRASIL, 2000).

O trabalho das equipes do PSF prioriza a assistência a alguns grupos populacionais

considerados de maior risco a agravos: crianças menores de dois anos, gestantes,

portadores de hipertensão, diabetes, tuberculose e hanseníase; dentre as ações

desenvolvidas pelas equipes de saúde se destaca a assistência materno-infantil, que

envolve a promoção e o manejo do aleitamento materno (CICONI, VANANCIO e

ESCUDER, 2004).

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23

A importância do enfermeiro em todos os níveis da assistência e, principalmente, no

PSF é de substancial relevância e no que concerne à assistência pré-natal, ele deve

mostrar à população a importância do acompanhamento da gestação na promoção,

prevenção e tratamento de distúrbios durante e após a gravidez bem como informá-

la dos serviços que estão à sua disposição (SANTANA, 1998 apud AMORIM e

ANDRADE, 2009).

O profissional de saúde deve estar inserido no SUS atuando em nível central ou

distrital, em equipe interdisciplinares, no planejamento de políticas públicas

saudáveis e no desenvolvimento de ações de vigilância da saúde da comunidade

que venham promover a prática da amamentação (AERTS, ABEGG e CESA, 2004

apud ANTUNES et al., 2008).

Amorim e Andrade (2009) trazem que o enfermeiro capacitado em aleitamento

materno poderá trabalhar junto à população não somente prestando assistência,

mas também na promoção e educação continuada de forma efetiva, mais

concernente com as demandas de treinamento, com a atualização dos que atuam

no pré-natal e reciclando seus conhecimentos, sendo que este é um dos principais

objetivos do Programa de Saúde da Família e ressalta ainda que o enfermeiro, como

responsável técnico pela equipe de enfermagem, deve distinguir-se pela liderança,

pelo saber técnico, específico e científico de sua área de atuação.

Segundo o mesmo autor, a implantação de ações de incentivo ao aleitamento

materno no PSF, atuando como uma equipe prestadora de serviços domiciliares

possibilita maiores oportunidades de divulgar e promover o aleitamento materno,

apoiando as mães que amamentam seus filhos, melhorando significativa a qualidade

de vida de ambos dando uma resposta a um dos maiores problemas brasileiro que é

a preocupante situação do desmame precoce em nossa sociedade.

As principais razões relatadas pelas mães para a complementação precoce, isto é, a

introdução de outros alimentos que não o leite humano na alimentação da criança

antes dos quatro meses de vida, estão relacionadas com a insegurança materna

frente a sua capacidade de alimentar seu filho, a atribuição de responsabilidade à

mãe quanto aos cuidados com a criança, bem como a influência de terceiros - por

meio de orientações, conselhos, pressão exercida sobre a lactante, dentre outros

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(BRASIL, 2002b; BRASIL, 2001; ICHISATO e SHIMO, 2002 apud MARQUES et al.,

2010).

O profissional de saúde acredita que a visão das mulheres sobre o amamentar é

construída em experiências de amamentação vivenciadas por ela própria ou

captadas em seu contato social com outras mulheres, bem como aquelas

experiências que fazem parte do repertório familiar, que o profissional interpreta

como potencialmente positivas ou negativas (SILVA, 2001 apud MARQUES et

al.,2010).

Assim, da mesma forma que a nutriz constrói seu conceito de aleitamento materno

através do seu contexto sociocultural, os profissionais de saúde também constroem

sua assistência à lactante baseando-se nos significados que atribuem ao

aleitamento materno e o elemento mais forte na construção desse atendimento à

nutriz é a crença da amamentação como um ato biológico e natural - negligenciando

os aspectos sociais desta prática (SILVA, 2001; ARANTES, 1995 apud MARQUES

et al., 2010).

É importante ressaltar que o profissional de saúde deve apoiar e incentivar a

lactante a por em prática o aleitamento materno, preparando-a psicologicamente,

informando-a sobre a fisiologia da lactação, seus benefícios, como cuidar das

mamas, o posicionamento dela e do bebê durante a amamentação, sendo que este

preparo deve ser iniciado durante o pré-natal (BRASIL, 2001).

As equipes do Programa de Saúde da Família devem estar capacitadas para acolher

precocemente a gestante no Programa de Pré-natal e as puérperas nas consultas

pós-parto, garantindo-lhes orientações apropriadas quanto aos benefícios da

amamentação para a mãe, a criança, a família e a sociedade, além de organizar

reuniões, palestras e rotinas que apóiem e promovam o aleitamento materno

(AMORIM e ANDRADE, 2009).

De acordo com (BRASIL, 2003 p. 1-16):

No pré-natal, durante as consultas clínicas ou avaliações domiciliares os serviços de saúde podem estimular a formação de grupos de apoio à gestante com a participação dos familiares. Nas consultas, podem orientar as mães sobre as vantagens da amamentação para ela, para a criança e sua família; a importância do aleitamento materno nos primeiros seis meses

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e completado até os dois anos de idade; conseqüências do desmame precoce, produção do leite materno, manutenção da lactação, extração manual e conservação do leite materno, alimentação da gestante e da nutriz; uso de drogas durante o aleitamento materno, contracepção e aleitamento materno; amamentação na sala de parto, importância do alojamento conjunto, técnicas de amamentação, sobre os problemas e dificuldades da amamentação, os direitos da mãe e da criança na amamentação, podem também organizar palestras com grupos de gestantes enquanto esperam a consulta; orientar sobre grupos de apoio ao leite, no local mais próximo da casa da gestante e estimular o parto normal.

Segundo ainda Brasil (2003), no puerpério, isto é, logo após o parto, a mãe estando

internada, o enfermeiro deverá realizar a prática do alojamento conjunto durante

todo o tempo em que a puérpera estiver internada e apoiá-la durante todos os

cuidados com o bebê, ensinando as técnicas adequadas para amamentar, promover

encontros de palestras com as mães sobre o aleitamento materno e os cuidados que

o bebê precisa não oferecer nenhum outro tipo de alimento ou bebida além do leite

materno, ensinar a ordenha manual, avaliar a forma de mamar de todo bebê; podem

também estar estimulando o treinamento de profissionais para realizar as visitas

domiciliares, acompanhando o processo da amamentação, o crescimento e

desenvolvimento da criança, estimulando a participação das mães em grupos

comunitários de apoio à amamentação.

É de suma importância a participação do enfermeiro orientando o pai e os avós

desde as consultas de pré-natal até o pós-parto, pois, isso fará com que eles se

sintam também importantes, responsáveis e participativos neste processo de

amamentação e cuidados com o bebê. É importante que tanto as avós como os pais

sempre que possível, estejam junto nas consultas do pré-natal, durante o parto,

visitas domiciliares realizadas pelas equipes do Programa de Saúde da Família e no

ambulatório, durante as consultas, para participar em casa nos momentos de

amamentação, envolvendo os outros filhos; Muitas mães evitam ter o marido e os

filhos maiores perto delas durante a amamentação, mas pelo contrário, deve-se

estimular a presença deles para que vejam esse momento de prazer e saúde; a

criança, ao ver esta cena, aprenderá desde cedo que o aleitamento materno é muito

importante para o crescimento e desenvolvimento do bebê (BRASIL, 2002a).

De acordo com outros modos pelos quais o profissional de saúde pode auxiliar a

nutriz incluem: (1) a ênfase ao conceito de que toda mulher pode amamentar e que

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seu leite é o alimento ideal para a criança (quantitativa e qualitativamente); (2) o

elogio acerca dos cuidados dela com o bebê, quando estes estão corretos; (3) a

reiteração de que as dúvidas - quando, por exemplo, não se souber que atitude

tomar - poderão ser compartilhadas em um diálogo franco e (4) a disponibilidade à

ajuda quando ocorrerem problemas, encorajando a nutriz a insistir na prática

(BRASIL, 2001; ARANTES, 1995 apud MARQUES et al., 2010).

Para Almeida, Fernandes e Araújo (2004 apud AMORIM e ANDRADE, 2009) os

enfermeiros capacitados em aleitamento materno devem realizar planos de ação

sistematizados, visando melhorar o manejo dessa prática, porém a maioria dos

profissionais de saúde não está preparada para realizar esta atividade de orientação

adequada e é necessário considerar, no âmbito das estratégias de incentivo, a

educação permanente dos profissionais de saúde; assim percebe-se também como

indispensável, a relevância de uma adequada formação e capacitação técnica dos

profissionais de saúde, fazendo cursos de pós-graduação e em serviço, de forma a

enriquecer informações e conhecimentos, competências e principalmente

motivações necessárias para incentivar, promover e apoiar o aleitamento materno.

Destaca-se a importância da atenção à nutriz pautada no acolhimento e na formação

de vínculo entre profissionais de saúde e lactantes, de maneira a conhecer o

contexto socioeconômico-cultural no quais estas estão inseridas, ampliando, assim,

a compreensão dos profissionais de saúde sobre a experiência da amamentação e

seus determinantes, possibilitando uma intervenção mais eficaz - que incentive,

apóie e promova o aleitamento materno (FRACOLLI et al., 2003 apud MARQUES et

al., 2010).

É importante destacar que a participação da nutriz juntamente com um membro de sua rede social nas atividades educativas (palestras, cursos, reuniões de grupo) que abordem o tema aleitamento materno é fundamental para o sucesso desta prática, pois permite ao profissional de saúde esclarecer dúvidas e compreender a visão de cada um desses atores sobre a amamentação, possibilitando a promoção, proteção e apoio à lactação com maior eficiência. (MARQUES et al., p. 1.398, 2010)

Os estudiosos do PSF envolvidos em pesquisa apontam sugestões relevantes,

incluindo a necessidade de treinamentos em aleitamento materno e acredita-se que

um maior investimento na capacitação das ESF (Equipes de Saúde da Família) em

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aleitamento materno poderia levar ao melhor aproveitamento do potencial do PSF

para a promoção do aleitamento materno nas comunidades em que é implantado

(AMORIM e ANDRADE, 2009).

Assim, de acordo com Rivemales, Azevedo e Bastos (2010) inseridos num contexto

que exige, por parte dos profissionais da área de saúde, o descobrir e o assumir a

responsabilidade de ser o elemento de transformação, se fazem necessárias

mudanças enriquecidas com orientações, incentivos e gestos de apoio para que

muitas mães adquiram confiança em sua própria capacidade de amamentar.

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CONCLUSÃO

Levando em consideração a grande relevância do tema, o período de 10 anos de

pesquisa e diante dos achados é notório a necessidade de mais pesquisas nesta

área, assim como de iniciativas governamentais que auxiliem os profissionais de

saúde a prestarem um atendimento de pré-natal não só técnico, mas também

educativo.

Sobre o papel da enfermagem no incentivo à prática da amamentação, fica clara a

importância desse profissional na promoção, proteção e apoio nesse momento tão

singular ao binômio mãe-filho. Mas, cabe ressaltar que há necessidade de expansão

das atividades de apoio ao aleitamento materno, especialmente visando auxiliar as

mulheres a superarem as dificuldades no início do processo, bem como enfatizar os

benefícios que a amamentação traz para sua própria saúde.

O acompanhamento pré-natal poderia ser realizado não só com a nutriz como de

fato ocorre, mas com a presença de um familiar que possa auxiliar essa gestante a

dar continuidade ao processo de amamentação em casa.

Embora nas últimas décadas algumas iniciativas, programas, pesquisas e normas

tenham sido criadas em prol da amamentação ainda é preciso mais investimento do

governo e envolvimento dos profissionais de saúde que devem ser capacitados e

envolvidos com esse tema.

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